quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

ABRIL DE 2011 ATÉ HOJE.


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ONDE O NOSSO BLOG ANDA

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Como Vai Ser 2012?


Por Augustus Nicodemus Lopes
Quando olho o atual cenário da igreja evangélica brasileira – estou usando o termo “evangélica” de maneira ampla – confesso que me sinto incapaz de prever o que vem pela frente. Há muitas e diferentes forças em operação em nosso meio hoje, boa parte delas conflitantes e opostas. Olho para frente e não consigo perceber um padrão, uma indicação que seja, do futuro da igreja.
Há, em primeiro lugar, o crescimento das seitas neopentecostais. Embora estatísticas recentes tenham apontado para uma queda na membresia de seitas como a Universal do Reino do Deus, outras estão surgindo no lugar, como na lenda grega da Hidra de Lerna, monstro de sete cabeças que se regeneravam quando cortadas. A enorme quantidade de adeptos destes movimentos que pregam prosperidade, cura, libertação e solução imediata para os problemas pessoais acaba moldando a imagem pública dos evangélicos e a percepção que o restante do Brasil tem de nós. Na África do Sul conheci uma seita que mistura pontos da fé cristã com pontos das religiões africanas, um sincretismo que acaba por tornar irreconhecível qualquer traço de cristianismo restante. Temo que a continuar o crescimento das seitas neopentecostais e seus desvios cada vez maiores do cristianismo histórico, poderemos ter uma nova religião sincrética no Brasil, uma seita que mistura traços de cristianismo com elementos de religiões afro-brasileiras, teologia da prosperidade e batalha espiritual em pouquíssimo tempo.
Depois há o movimento “gospel”, que recentemente mostrou sua popularidade ao ter o festival “Promessas” veiculado pela emissora de maior audiência do país. Não me preocupa tanto o fato de que a Rede Globo exibiu o show, mas a mensagem que foi passada ali. A teologia gospel confunde “adoração” com pregação, exalta o louvor como o principal elemento do culto público, anuncia um evangelho que não chama pecadores e crentes ao arrependimento e mudança de vida, que promete vitórias mediante o louvor e a declaração de frases de efeito e que ignora boa parte do que a Bíblia ensina sobre humildade, modéstia, sobriedade e separação do mundo. Para muitos jovens, os shows gospel viraram a única forma de culto que conhecem, com pouca Bíblia e quase nenhum discipulado. O impacto negativo da superficialidade deste movimento se fará sentir nesta próxima geração, especialmente na incapacidade de impedir a entrada de falsos ensinamentos e doutrinas erradas.
Em Brasília, temos os deputados e senadores evangélicos que, gostemos ou não, têm conseguido retardar
mesmo impedir as tentativas de grupos ativistas LGTB de impor leis como o famigerado PL 122. O lado preocupante é que eles “representam” os evangélicos nestes assuntos e acabam, por associação, nos representando de maneira generalizada diante do grande público e da grande mídia. Por um lado, lamento que foram líderes de seitas neopentecostais e pastores de teologia e práticas duvidosas, em sua maioria, que conseguiram alcançar uma posição de destaque a ponto de serem ouvidos em Brasília. Esta é uma posição que deveria ter sido ocupada pelos reformados, como aconteceu em outros países. Mas, falhamos. E a bem da justiça, não posso deixar de reconhecer que Deus usa quem Ele quer para refrear, ainda que por algum tempo, a rápida deterioração da nossa sociedade. O que isto representará no futuro, é incerto.
Notemos ainda o rápido crescimento do calvinismo, não nas igrejas históricas, mas fora delas, no meio pentecostal. Não são poucos os pentecostais que têm descoberto a teologia reformada – particularmente as doutrinas da graça, os cinco slogans (“solas”) e os chamados cinco pontos do calvinismo. Boa parte destes tem tentado preservar algumas idéias e práticas características do pentecostalismo, como a contemporaneidade dos dons de línguas, profecia e milagres e um culto mais informal, além de uma escatologia dispensacionalista. Outros têm entendido – corretamente – que a teologia reformada inevitavelmente cobra pedágio também nestas áreas e já passaram para a reforma completa. Mas o tipo de movimento, igrejas ou denominações resultantes desta surpreendente integração ainda não é previsível. O que existe de mais próximo é o movimento neocalvinista, mas este é por demais vinculado à cultura americana para ser reproduzido com sucesso aqui, sem adaptações. Estou curioso para ver o que vai dar este cruzamento de soteriologia calvinista com pneumatologia pentecostal.

O impacto das mídias sociais também não pode ser ignorado. E há também o número crescente de desigrejados, que aumenta na mesma proporção da apropriação das mídias sociais pelos evangélicos. Com a possibilidade de se ouvir sermões, fazer estudos e cursos de teologia online, além de bate-papo e discipulado pela internet, aumenta o número de pessoas que se dizem evangélicas mas que não se congregam em uma igreja local. São cristãos virtuais que “freqüentam” igrejas virtuais e têm comunhão virtual com pessoas que nunca realmente chegam a conhecer. Admito o benefício da tecnologia em favor do Reino. Eu mesmo sou professor há quinze anos de um curso de teologia online e sei a benção que pode ser. Mas, não há substituto para a igreja local, para a comunhão real com os santos, para a celebração da Ceia e do batismo, para a oração conjunta, para a leitura em uníssono das Escrituras e para a recitação em conjunto da oração do Pai Nosso, dos Dez Mandamentos. Isto não dá para fazer pela internet. Uma igreja virtual composta de desigrejados não será forte o suficiente em tempos de perseguição.
Eu poderia ainda mencionar a influência do liberalismo teológico, que tem aberto picadas nas igrejas históricas e pentecostais e a falta de maior rapidez e eficiência das igrejas históricas em retomar o crescimento numérico, aproveitando o momento extremamente oportuno no país. Afinal, o cristianismo tem experimentado um crescimento fenomenal no chamado Sul Global, do qual o Brasil faz parte.

Algumas coisas me ocorrem diante deste quadro, quando tento organizar minha cabeça e entender o que se passa.

1 – Historicamente, as igrejas cristãs em todos os lugares aqui neste mundo atravessaram períodos de grande confusão, aridez e decadência espiritual. Depois, ergueram-se e experimentaram períodos de grande efervescência e eficácia espiritual, chegando a mudar países. Pode ser que estejamos a caminho do fundo do poço, mas não perderemos a esperança. A promessa de Jesus quanto à Sua Igreja (Mateus 16:18) e a história dos avivamentos espirituais nos dão confiança.

2 – Apesar de toda a mistura de erro e verdade que testemunhamos na sincretização cada vez maior das igrejas, é inegável que Deus tem agido salvadoramente e não são poucos os que têm sido chamados das trevas para a luz, regenerados e justificados mediante a fé em Cristo Jesus, apesar das ênfases erradas, das distorções doutrinárias e da negligência das grandes doutrinas da graça. Ainda assim, parece que o Espírito Santo se compraz em usar o mínimo de verdade que encontra, mesmo em igrejas com pouca luz, na salvação dos eleitos. Não digo isto para justificar o erro. É apenas uma constatação da misericórdia de Deus e da nossa corrupção. Se a salvação fosse pela precisão doutrinária em todos os pontos da teologia cristã, nenhum de nós seria salvo.

3 – Deus sempre surpreende o Seu povo. É totalmente impossível antecipar as guinadas na história da Igreja. Muito menos, fazer com que aconteçam. Há fatores em operação que estão muito acima dos poderes humanos. Resta-nos ser fiéis à Palavra de Deus, pregar o Evangelho completo – expositivamente, de preferência – viver uma vida reta e santa, usar de todos os recursos lícitos para propagar o Reino e plantar igrejas bíblicas e orar para que nosso Deus em 2012 seja misericordioso com os seus eleitos, com a Sua igreja, com aqueles que Ele predestinou antes da fundação do mundo e soberanamente chamou pela Sua graça, pela pregação do Evangelho.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sexo Oral é pecado? II PARTE

Não há fundamento para se dizer que sexo oral é pecado. Isso porque a Bíblia não diz nada claramente sobre o assunto e nem mesmo o livro de Levíticos - que se posiciona claramente contra vários desvios sexuais - não fala nada sobre o assunto.
Dizer que sexo oral é pecado é o mesmo que dizer que há partes do corpo permitidas de serem beijadas e outras não, o que seria por si só um tipo de "anti santificação" do corpo humano. Beijar a boca pode, beijar o seio, não. Chupar o pescoço pode, chupar outras partes do corpo não. Lamber o dedo da esposa pode, lamber outras coisas não. Não há, em toda a Bíblia, a demonização de nenhuma parte do corpo. O sexo e o amor foram criados por Deus para gozo e alegria de seus filhos e cada parte do corpo pode ser órgão sexual ou não, no sentido que há pessoas que se excitam se beijadas na orelha, outras sentem tesão por pés, outras ficam excitadas se tocadas no pescoço, etc... Dizer que certos lugares são liberados e outros não é incluir como lei o que não foi dito.
No entanto, apesar de não falar claramente, a Bíblia dá algumas pistas - bem claras, em alguns momentos - de como era a vida sexual de um casal que servia a Deus. O livro de Cantares é - além de uma metáfora do relacionamento de Cristo e a Igreja - uma descrição, muitas vezes minuciosa, de um relacionamento de amor e sexo entre um casal casado que se ama e serve a Deus.
De forma poética, delicada e, certamente, inspirada por Deus, o autor descreve a relação a dois e como pode haver gozo, prazer e alegria no sexo em um leito sem mácula e abençoado por Deus. Este livro fala claramente sobre o casal experimentando, comendo e bebendo de seus corpos. Ainda que não saibamos o que queiram dizer exatamente essas descrições, pode-se ter certeza de que não existem evidência alguma de que Deus esteja preocupado ou condenando o jeito que o casal se toca, beija ou acaricia.
Não quero com isso, fazer apologia a prática do sexo oral. O marido e sua esposa devem viver segundo a revelação que Deus tem dado aos dois. E se esta for não fazer sexo oral , amém, que assim seja feito. Deus faz diferentes revelações para diferentes pessoas porque o que para um é benção pode ser tropeço para outro. Assim o ideal é que o casal viva segundo o chamado de Deus para vocês. Se acreditam que é pecado, que não pratiquem. Muitas pessoas creêm que usar batom é pecado. Os pastores de sua igreja dizem isso. Elas acreditam. Elas não usam. Outras usam, mesmo seu pastor dizendo que é pecado. Usam porque não concordam. Assim, o casal deve decidir sobre isso juntos. E a partir daí, decidirem o que fazer. Se for praticar, o façam sem culpa. Se for se abster, também. De qq forma, não devem tornar esse assunto como o cerne de sua vida sexual porque sexo é muito mais do que isso. É intimidade, entrega e manifestação do amor de
Deus e de vcs um pelo outro. Decidir pelo que for trazer paz ao coração de ambos, mas não deve ser motivo para que se julgue aos que pensam diferente.
"Ora, ao que é fraco na fé, acolhei-o, mas não para condenar-lhe os escrúpulos. Um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come só legumes. Quem come não despreze a quem não come; e quem não come não julgue a quem come; pois Deus o acolheu. Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio Senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é o Senhor para o firmar. Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Pois, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto mesmo que Cristo morreu e tornou a viver, para ser Senhor tanto de mortos como de vivos. Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Deus. Porque está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua louvará a Deus. Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus." (Rom. 14:1-12)
"Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos ante a sua glória imaculados e jubilosos, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, e agora, e para todo o sempre. Amém." (Judas 1:24-25)

O problema da Língua Nervosa

Por Antognoni Misael
Este texto aborda o velho problema das línguas chamadas línguas estranhas. O fato é que desde que me conheço por gente encontro pessoas declamando verdadeiras frases esquisitas afirmando ser um momento de unção espiritual. Esta semana, de dentro do meu quarto ouvia uma pregação ocorrida em via pública cujo ministrante externando veemência e vigor tentava construir frases evangelísticas, mas que no meio delas, aparentando ser interrompido por uma “força divina”, inseria frases tipo “shek-la-ba-cânta-lá-su-ru-ma-naia” (aproveitando este parêntese, alguém já conseguiu decifrar o significado do “cânta-lá”, visto que parece ser um dialeto comum nos ritos (neo)pentecostais?) Ops!! – Aqui já reconheço que a Teologia não desenvolveu um departamento de linguística espiritual para desvendar e/ou interpretar certas expressões.
O que acontece sem sombra de dúvidas é que quando uma pessoa expressa tal dom (ou habilidade, para os que não crêem na contemporaneidade dos dons) na maioria das vezes ela perde a racionalidade do culto (Rm 12:1) e praticamente rasga os ensinamentos bíblicos. Ou seja: – a Bíblia que se vire! O que vale é que apareça o meu “espetacular dom de línguas”!
Para muitos, o falar em línguas representa um toque especial de espiritualidade, mas para o apóstolo Paulo, não. Ao escrever para a igreja de Coríntios – uma igreja de carisma e sem caráter – advertiu que ainda que ele falasse a língua dos anjos, de nada valeria, além de afirmar que preferia falar cinco palavras compreensíveis para instruir os outros a falar dez mil palavras desconhecidas.(1 Co 14:19); afinal muitos dos cristãos de corinto comumente exibiam seus domínios de línguas pátrias a frente da igreja, lendo e orando em outras línguas, porém sem que a Eclésia compreendesse.
Em nenhum momento das escrituras vejo Jesus dando um sermão recheado de expressões estranhas; em nenhum momento vejo João, Pedro ou Paulo dando demonstrações de espiritualidade através de frases sem nexo algum. Quando me interrogam sobre o falar em línguas estranhas, sempre respondo, sei um pouquíssimo de inglês porque fiz um curso intensivo, contudo reconheço que Deus não me presenteou falar em mandarim através de uma iluminação instantânea. Não tenho este dom. Reconheço.
Mas estou cansado dessa hierarquização espiritual. Quem não fala em línguas não é cheio do Espírito? Aonde tem isso na Bíblia? Chega de tanta invenção! O maior exemplo desse exibicionismo sem sentido ocorreu dentro na igreja de Corintos, então me respondam por que ainda se comete este mesmo erro hoje?
Línguas Estranhas não é vídeo game ou karaokê pra ninguém sair por aí “cantalabailando” o Evangelho de Deus.


Veja que Paulo:

1) disse que quem fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus (1 Co 14:2-4). – Portanto desligue a língua nervosa quando não estiver edificando ninguém, caso contrário estará confundindo o culto;

2) aconselha que bem melhor que falar o idioma estranho é pregar a palavra, pois o dom de profecias é bem maior do que o de línguas (1 Co 14:5). – Isto quebra a noção hierárquica de que se tem que falar línguas para crescer espiritualmente.

3) adverte que se use a língua para pronunciar palavras inteligíveis, visto que como se entenderá o que se diz? (1 Coríntios 14:9) – Falar palavras estranhas seria como falar ao ar.

4) adverte que todo dom precisa ser para edificação da igreja (1 Co 14:12). – Que se acabe o exibicionismo!

5) ratificou que o ato de orar, adorar ou cantar precisa ser feito com entendimento para que o próximo possa concordar (1 Co 14:14-15). – Como dirão amém se as línguas estranhas tomarem conta do recinto?

6) prefere falar cinco palavras inteligíveis, portanto, por que fazer um show de “unção” lingüística que ninguém compreende? (1Co 14:18-19) – Não sejam egoísta, falem de Jesus de forma clara e objetiva!

7) não usava a língua nervosa inconseqüente, além de afirmar que aplicada de forma incorreta provocará escândalo. (1 Co 14:23) – Portanto é bom fazer o uso correto do microfone, principalmente em cultos de rua. Chega de tanto “shek-la-ba-cânta-lá-su-ru-ma-naia” pra endoidar os descrente!!

8) enfatizou outra coisa importantíssima: se for falar em língua desconhecida, deve-se falar no máximo duas ou três pessoas, e por favor… sem intérprete não dá né? (1Co 14:27-28) – Ôh thurma das línguas, controle a língua nervosa, e caso não encontre um poliglota para interpretar, não desobedeça a palavra: Cale-se!

9 ) ainda ratificou que os espíritos dos profetas estão sujeitos a estes, e não vice-versa (1Co 14:32) – Não me venham com a desculpa de que entrou em transe e falou em várias línguas sem perceber.

10) não proibiu o uso das línguas desconhecidas, assim como não é isto que estou dizendo no texto. (1 Co 14.39-40) – Mas se realmente você tem esse dom, use dentro das ressalvas bíblicas e observe se tal língua é útil para edificação da igreja.
Antognoni Misael é editor do Arte de Chocar e colunista no Púlpito Cristão

Líderes religiosos estupram noiva pouco antes do casamento

Toda vez que leio uma notícia sobre assédio ou estupro, sinto um terrível sentimento de repulsa. Principalmente quando ocorre dentro da igreja, através das mãos sujas de homens que se dizem “ungidos do senhor”.
Mas, se sentimos essa sensação de nojo, de imundície, ao ver mulheres e crianças assediadas por homens sem o mínimo escrúpulo, porque não sentimos essa mesma sensação ao vermos a noiva de Cristo ser insessantemente estuprada por inúmeros pastores, bispos e apóstolos? Sim, estuprada! Porque o que fazem com a igreja nos dias de hoje é um estupro; tiram a pureza, corrompem o que era intocado, imundam as vestes e, no final, deixam aquela sensação de vergonha, de humilhação. Fazem o que bem intendem com esta noiva e nenhum homem a protege ou a ampara. E o Noivo, que a esperava imaculada, observa esse cenário de profundo desprezo para com sua noiva e percebe que, ao invés de a protegerem, protegem seus estupradores.
Essa é a situação da igreja evangélica hoje. Inúmeros pregadores e líderes pregando um evangelho mentiroso, vendendo salvação e uma falsa unção, distorcendo o que Cristo nos trouxe em vida, morte e ressurreição e seus seguidores, cegos e tolos, os protegendo e os chamando de “homens de deus”. Quem se levantará para amparar a noiva de Cristo e ir contra esses estupradores de púlpito que circulam por aí? Quem se levantará para fazer a diferença?
Essa pergunta ainda não possui resposta mas o Noivo, enfurecido, levantará soldados valentes que tragam a noiva de volta aos trajes brancos de outrora, tenho certeza.
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade” – Mateus 7.21-23.

Fonte: Nada Contra a Verdade

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Eu sou ungido, e muito mais do que você

Tem uma galera por aí que anda se escondendo atrás do título de “ungido do Senhor”. Não pode ser contestado, não pode ser contrariado senão fica roxo e etc… Deveriam ser chamados “mimadinhos do Senhor”.
Respeito e autoridade não se conquistam por meio da imposição de um título, mas emergem do coração de Deus para a vida de alguém que está disposto a não fazer de um rebanho um grupo de clones. Homens como Davi, por exemplo, que era falho, mas que tinha uma capacidade absurda de arrepender-se, Moisés, que foi o mais manso dos homens e chegou a arriscar sua própria salvação para proteger um povo.
Sinceramente, ungido é quem recebe a unção, e com disse uma vez o Rev. Antonio Elias, “unção é assim: Uns-são e outros não são”. Então pra fechar uma tiradinha estilo Maguila: “Quem é, é… quem não é, não é”. Fecha a conta e passa a régua!
E no mais, tudo na mais santa paz!

Cristãos críticos que criticam cristãos críticos (Festival Promessas)

Por Mauricio Zágari
O polêmico Festival Promessas, que levou alguns artistas gospel à telinha da Globo, causou um grande debate entre três segmentos de cristãos: os que viram nisso uma grande coisa, aqueles que consideraram o evento irrelevante e os que viram no programa um mal. A despeito da posição de cada um sobre o show, um aspecto do debate entre os prós e os contras chamou atenção: a questão da CRÍTICA.
Uma das principais críticas dos que criticaram quem criticou o espetáculo da Globo é que os críticos…foram críticos. Ou seja: para defender seu ponto de vista são incontáveis os cristãos que adotaram discursos na linha “tem gente que só critica e não faz nada” ou “como pode alguém criticar quem está fazendo algo?” e por aí vai. Diante disso, surgem diversas perguntas: qual deve ser a relação entre o cristão e a critica? De fato quem critica não faz nada? É pecado criticar? Criticar é murmurar? Criticar representa rebeldia? Crítica é algo diabólico? Enfim, há um rosário de assuntos que podem ser debatidos sobre o tema. Mas eu pretendo mostrar até o fim deste texto que se criticar fosse um grande mal, o próprio Deus Pai, Jesus, os apóstolos, a Igreja primitiva, os reformadores e outros cristãos sérios seriam, imagine você, seres malignos. O que simplesmente não é verdade.

Esse ensinamento de que a crítica é algo ruim vem sendo ensinado aos evangélicos que não têm senso crítico por alguns pastores que… não querem ser criticados. Um exemplo famosíssimo (a gravação está no Youtube, para quem quiser ouvir) é o de um conhecido telepastor, dono de uma editora e outras mídias, que prega a Teologia da Prosperidade e lançou uma campanha para arrecadar milhões do povo prometendo “unção financeira” a quem doasse dinheiro a sua organização – dinheiro que, até onde foi divulgado, serviu para ele comprar um jato particular. Na gravação, esse empresário-pregador solta essa pérola: “Quem critica não faz nada. Você conhece alguma obra de crítico? Você conhece alguma coisa que crítico construiu? Geralmente crítico é um recalcado que tem dor de cotovelo do sucesso dos outros”.
Quando um homem influente como esse lança esse tipo de discurso ao cristão que não tem muita capacidade de discernimento, a ideia soa como sendo uma verdade quase bíblica. Por exemplo: depois que publiquei no APENAS semana passada o post Festival Promessas e a guerra de opiniões e fui atacado por todos os lados por muitos críticos ao que escrevi (como mostrei no post seguinte, Festival Promessas: um raio-x da igreja brasileira), li nos comentários do blog mais pérolas que versavam sobre o fato de alguém criticar outro. Só que, desta vez, vindas de irmãos que apoiam o evento da TV Globo. Pérolas como estas:

“Realmente vivemos em um mundo onde os críticos cristãos também querem se engradecer por isso utilizam das críticas para fazerem seu nome.”

“é complicado,,tem pessoas que não tem,a vontade de realizar ,um culto de rua,e quando outros pracura fazer alguma coisa ,só sóbra criticas,,,faiz alguma coisa ,não perde tempo criticando“

“Essa galera não faz nada pra anunciar o evangelho e critica quem faz”.

“Que lamentável essa sua posição! Você, ainda, tem coragem de criticar os irmãos que se ofenderam uns aos outros por causa disso?”

“É mais facil criticar e desqualificar os que o fazem”.

“Reclamava-se tanto que sempre a Globo ou outras emissoras não davam espaço para o Evangelho e quando se chega lá ainda criticam??”

“CRITICAR ISSU É REDUNDANTE E HIPÓCRITA.”

“INFELIZMENTE TIVE O DESPRAZER DE CONHECER ESTE BLOG, É MAIS UM DE MUITOS, DOS CRITICOS DA IGREJA, –QUE FICARÃO — CRITICANDO, ENQUANTO JESUS SOBE COM A SUA NOIVA.”

“Prefiro ir e dar de graça o que recebi a permanecer sentado criticando quem realmente está fazendo a obra de Deus.”

“OS VERDADEIROS CRISTÃOS ESTÃO NAS RUAS (…) NÃO PERDENDO TEMPO EM ESTATOS E EM CRÍTICAS“.

“O tempo que você perde criticando, é o mesmo que poderia estar edificando”.

Chamam especial atenção as duas últimas frases, pois a penúltima dá a entender que criticar é perda de tempo e a última desassocia a crítica à edificação, como se fossem antagônicas. O que é interessante nesse debate é que a “famigerada” crítica é apontada como algo menor, pecaminoso, diabólico; e os críticos, naturalmente, só podem ser pessoas mal-intencionadas, frustradas, “recalcadas”, que não ajudam em nada. O tom dos comentários deixa claro que, aos olhos de muitos, ser crítico, ou seja, ter senso crítico no universo cristão, é desqualificador, sintoma de inveja, de apatia, de inoperância ou de qualquer coisa do gênero. Quando, em sua raiz etimológica, criticar significa uma atitude nobre: pelo dicionário, “criticar” significa “analisar, fazer uma apreciação”, “examinar com atenção”).
Aliás, se minha Bíblia não estiver errada, “examinar com atenção” (sinônimo, segundo o dicioário, de “criticar”) é exatamente o que os crentes de Bereia faziam e que lhes mereceu o seguinte elogio de Lucas em Atos 17.11: “Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo“. Sim, os bereanos foram chamados de “nobres” por serem muito críticos. Que coisa…

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Felipão entra para a família Graça Music!

Felipão é o mais novo integrante da família Graça Music!
Nesta quinta-feira (17), foi divulgado através da rede social "Twitter" que o cantor chegou ás instalações da gravadora, que fica no Rio de Janeiro (RJ) para conhecer o seu mais novo ambiente de gravação.
No twitter da Graça Music e do Pr. Felippe Valadão foram possíveis ver mensagens de gratidão a Deus e exalando a felicidade de todos pela chegada de mais uma bênção .

A Gravadora

A Graça Music é uma das maiores gravadoras do país, fazendo parte de sua equipe os cantores: Thalles Roberto, Mariana Valadão, André Valadão, Trazendo a Arca, David Fantazzini, Bruna Olly, entre outros.

JANNAINA TEREZA - 2011



01.. 7 taças
02.. Bola de fogo
03.. Cativeiro
04.. Depois da prova
05.. Quem é este
06.. Te adorar
07.. Tome posse da vitória
08.. Tú és meu Deus
09.. Uma nova história
10.. Vitória
Incluso Playbacks
Contato: AURELINO LEAL – BAHIA
(73) 3554 – 1044 / (73) 8139 – 9133 / (73) 8808 - 2613

Click Para baixar o CD!

JANNAINA TEREZA - 2009



01. Tome Posse Da Vitória
02. Entregue Tua Vida Ao Senhor
03. Abriu O Mar
04. Eu e Você
05. Receba Poder
06. Não Desanimes
07. Deus De Milagres
08. Santo Lugar
09. Levante A Cabeça
10 à 18 Play Back



DVD CATIVEIRO - AS SETE TAÇAS - JANNAINA TEREZA

CANTORA JANNAINA TEREZA

Unção de rei: a nova onda do pedaço

Um raro momento… Peguei-me ouvindo uma rádio evangélica! Papo vai, papo vem, e entre as propagandas, uma me saltou aos ouvidos: “Venha receber a
unção de rei e aprenda a lidar com ela através de três americanos especialistas em empresas de sucesso, eles te ensinarão a administrar a unção de rei!”
Fiquei estupefato! Unção de rei? Meditei nisso o resto da tarde. No que consistiria? Você recebe a unção e é coroado, exerce ministério de rei, senta num trono e corre o risco de receber muita prosperidade? Fui mais a fundo e constatei o seguinte: seja lá o que for a unção de rei, ela não está de acordo com as escrituras.
Jesus a todo tempo desprezou esse título, toda vez que alguém insistia em colocar uma coroa em sua cabeça ele recusava. Viveu com o necessário e não como um rei, comia como um plebeu e se vestia de forma comum a todos os habitantes de sua localidade. Varrendo a Escritura de Gênesis a Apocalipse, não há nada que aprove a unção de rei e confirme seu estilo de vida.
De onde essa comunidade tirou essa história? Porque estão falando de administrar uma unção que não tem valor? Porque não fazem um seminário com a unção de SERVO? Deve ser porque não da lucro hoje em dia ser servo, não enche igreja e não da IBOPE. Outra coisa que me intrigou é que isso é coisa de americano, e de americano empresário. E como costumamos comer todo lixo que vem da teologia americana, eu não hesito em vos alertar… afastem-se desse curso. A única coroa da qual éramos dignos Jesus usou por nós, e não era uma coroa de ouro, era feita de espinhos

Globo planeja três edições do Festival Promessas em 2012

A audiência do Festival Promessas despertou interesse da emissora Rede Globo em realizar três edições em 2012, duas edições regionais e uma nacional, de acordo com o blog Radar On-line, da Veja.
A intenção da emissora é realizar as edições fora do Rio de Janeiro, já que existem muitos eventos evangélicos dentro do Rio. De acordo com Lauro Jardim, a Globo ficou impressionada não só com os números do ibope, mas com a repercussão nas redes sociais, sites e blogs.
A transmissão de domingo (18), a emissora dedicou 75 minutos de sua programação à transmissão do Festival Promessas 2011. Na programação participaram nomes consagrados do mundo gospel, como Diante do Trono, Regis Danese, Damares, Fernanda Brum, Ludmila Ferber, Eyshila, Davi Sacer, Pregador Luo e Fernandinho.
Apesar da gravação do evento, realizado no Aterro do Flamengo, ter tido baixa participação do público, apenas 20 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Os números do ibope durante a apresentação do evento agradaram a emissora. Foram 13 pontos no Ibope, quase o dobro dos sete pontos registrados pela Record do bispo Edir Macedo.

O polvo, a aranha e a estrela do mar

A estrela do mar é um animal extraordinário. Por sua característica única de reprodução no reino animal, ela representa algo profético para nós. Trata-se de um sistema neurológico espetacular que nos ajuda a entender princípios de governo e expansão do Reino de Deus.
Observemos uma outra criatura semelhante à estrela do mar: o polvo. O polvo possui tentáculos, mas ao contrário da estrela do mar, todo seu sistema neurológico está centralizado na cabeça de tal maneira que, se cortarmos um de seus tentáculos, outro tentáculo crescerá em seu lugar, mas a parte cortada morrerá. A aranha possui as mesmas características.
Já a estrela do mar, é diferente. Corte um ou dois de seus bracos, e igualmente outros crescerão em seu lugar. Mas a diferença é que as partes cortadas, cada uma delas, se tornam uma nova estrela do mar!
Ao invés de possuir um sistema neurológico “hierárquico” – como o polvo ou a aranha, em que os membros estão subordinados a uma cabeça e dependem dela para funcionar, a estrela do mar possui um sistema descentralizado, ou seja, não possui uma cabeça. Trata-se de uma rede neurológica em que cada membro possui a capacidade de se multiplicar e se tornar uma nova estrela do mar.

A diferença entre adição e multiplicação é a diferença entre crescimento linear e explosão. Mas no Reino de Deus, a multiplicação não é uma ciência exata, é uma questão de DNA. Na criação, Deus embutiu em cada semente o potencial de multiplicação para que aquela pequena semente se torne igual ao todo do qual se desprendeu (Gen 10:1-11). O homem pode somar, ajuntar, acrescentar, mas somente Deus pode prover as características necessárias a um organismo vivo para que a multiplicação aconteça.

Obreiros na lavoura
O crescimento é algo natural em qualquer organismo vivo. De acordo com Lucas 13: 18-21, a Igreja é aquela minúscula semente de mostarda que se torna uma enorme árvore, e a pequena medida de fermento com poder para levedar toda a massa (o mundo). Seu poder de crescimento é exponencial.
Como obreiros, nosso principal papel não é empregar “métodos de crescimento” ou técnicas humanas para “fazer a Igreja crescer”, mas somente permitir que a Ekklesia cause seu próprio crescimento (Efesios 4:16). Quando as juntas e medulas do Corpo estão propriamente conectadas, o resultado não pode ser outro a não ser a renovação e espontaneidade que, conseguintemente, causam este desenvolvimento natural e a seu próprio tempo.
A Igreja é retratada na Bíblia de muitas formas. Uma delas é a de uma lavoura (1Co 3.6-9). Presbíteros na Ekklesia são como agricultores nesta lavoura. E visto que o agricultor não possui absolutamente nenhum controle sobre a semente e não pode fazê-la brotar, o melhor que ele tem a fazer é criar um ambiente favorável ao seu desenvolvimento, adicionando nutrientes à terra, removendo as ervas daninhas que surgirão e deixando que a semente brote de forma natural, para tornar-se igual à planta de onde se originou, na expectativa de que ela gerará seus próprios frutos.
Cada membro do Corpo de Cristo é a boa semente do Reino com um potencial de multiplicação sobrenaturalmente embutido em seu DNA espiritual. O perfil do presbítero que Deus busca no século XXI é o do obreiro-lavrador, que proporciona um ambiente natural de crescimento exponencial, preparando a terra com nutrientes (comunhão e intercessão), removendo as ervas daninhas da lavoura (ensino e aconselhamento), permitindo que este discípulo cresça naturalmente, comissionando-o e enviando-o no devido kairós divino, para que ela siga seu próprio processo de multiplicação no Reino.
A parábola do semeador nos ensina que nem todas as sementes darão seu fruto, e não há nada que possamos fazer com relação a isso. Em contrapartida, aquelas que dão seu fruto, frutificam de forma exponencial – a 20, 30, 60 e 100 por um – multiplicando-se de tal forma a suprir até mesmo por aquelas sementes que não brotaram. Nosso papel, como obreiros do Reino, é simplesmente não estorvar este processo de crescimento natural com nossas tradições, inseguranças pessoais ou excesso de zelo.

Conclusão
Na visão tradicional de Igreja, o processo de multiplicação é frequentemente confundido com divisão. Por isso, normalmente insistimos em adotar sistemas eclesiásticos de governo centralizados em um único pastor, encapsulando a Igreja em uma unidade institucional que favorece o inchaço de feudos religiosos, mas é contra-produtiva à expansão do Reino na cidade. Tais sistemas são, na melhor das hipóteses, polvos e aranhas que proporcionam um crescimento linear à Igreja local, mas inibem seu potencial de crescimento exponencial, como o da estrela do mar.
Como obreiros, somente encarnaremos esta revelação quando renunciarmos ao posto de “Cabeça da Igreja” e devolvermos a Ekklesia ao seu verdadeiro Dono, aceitando a verdade bíblica de que pastores não são “cabeças “ou “sacerdotes” do rebanho. São somente cooperadores na lavoura, irmãos mais velhos e mais experientes que trabalham no intuito de equipar os mais novos para que ELES desenvolvam seu chamado sacerdotal e, consequentemente, façam a obra do ministério (Ef 4:11-12).
Crescimento linear ou exponencial? Polvo ou estrela do mar? Controle ou expansão? Que possamos escolher sabiamente para cumprir com a Grande Comissão nos dias que precedem a volta do Senhor.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Pão, Circo e (in)culto!


Tenho acompanhado através de sites e blogs cristãos na internet a crescente preocupação com o volume absurdo de invencionices, modismos e heresias que afloram nas igrejas ditas evangélicas. Seria hilário – se não fosse trágico – a capacidade de criação de tamanhos absurdos.
E o pior: existe uma legião de crentes idólatras que defendem com unhas e dentes os criadores de tamanhas bizarrices, muitos por ignorância, outros por vontade.
A cada dia, percebe-se que a igreja evangélica institucional se afasta do Evangelho e é levada “em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente” (Efésios 4.14). O rebanho, magro e desnutrido biblicamente, é facilmente ludibriado por tais líderes.

Pão e Circo

Assim como na Roma antiga – no que diz respeito ao social – alguns líderes evangélicos praticam com o povo a política “panem et circenses” (política do pão e circo) – no aspecto espiritual. Nos dias da Roma antiga, devido a fatores socioeconômicos, houve um considerável êxodo dos moradores das regiões rurais em direção a Roma. Sem emprego e sem ter o que comer, a multidão se tornava um perigo crescente para ordem social, levando o império a tomar uma decisão que entorpeceria o povo, fazendo-os esquecer da realidade.
Tudo muito simples: de modo constante ocorriam lutas envolvendo gladiadores nos estádios, sendo o Coliseu o mais conhecido de todos. Durante as lutas o povo era “gentilmente” alimentado. Enquanto se divertiam com o show de horrores e se alimentavam, a multidão ficava “domada”, tranqüilizando os dominadores sociais.
E hoje em dia, o que temos visto em locais que, hipoteticamente, deveriam se concentrar na exposição das Escrituras? A pregação bíblica, doutrinariamente correta, que acordaria o povo brasileiro foi substituída por pão e circo. Rápidos em domesticar seus discípulos, alguns lideres evangélicos criam uma parafernália tão grande de remendos que assusta e nos faz perguntar: qual o limite disso tudo? Onde isso vai parar?
Os mais nervosos da ala que advoga por seus líderes costumam dizer: “Peraí, eles estão pregando o Evangelho e ganhando almas, e vocês, críticos?”. Argumento tão superficial e raso como uma poça d’água. E se estão de fato pregando o Evangelho, sempre fica a pergunta: Que Evangelho é esse? Que Jesus é esse? Ganhando almas e suprimindo cérebros?

A igreja evangélica tem inflado – e não crescido – com um contingente que não ousa pensar, não ousa raciocinar, não ousa sequer consultar nas Escrituras a veracidade do que seus dominadores (vide bispos, apóstolos, levitas, profetas) anunciam. Voltemos ao exemplo da igreja primitiva de Beréia (Atos 17.11), pelo amor que devemos ter ao Reino de Deus!

Padres pedófilos mancham a imagem do Vaticano


O Vaticano passa pela crise mais grave vivida pela Igreja em muitas décadas. As acusações se tornam corriqueiras e os escândalos começam a comprometer a própria credibilidade da cúpula papal. Uma pesquisa divulgada esta semana mostra que na própria Alemanha, terra natal do papa, a descendência da fé tem se agravado. Ela mostra que apenas 24% dos alemães continuam acreditando no papa; uma semana antes esse número era de 38%. A confiança na Igreja é ainda menor: era de 29% e caiu para 17%. E mesmo quando são considerados apenas os católicos, a queda é considerável: em janeiro a aprovação do papa era de 62%; agora, é de 39%. Em relação à Igreja, a queda foi de 56% para 34%.

Escândalos no clero católico

Desde o início de 2010, pelo menos 300 pessoas acusaram padres católicos da Alemanha de abuso sexual ou físico. As alegações estão sendo investigadas em 18 das 27 dioceses da Igreja Católica no país natal do papa Bento XVI.

No ano passado, dois documentos que examinaram acusações de pedofilia entre clérigos da Irlanda relevaram a profundidade do problema no país, com casos de abuso, acobertamentos e falhas hierárquicas envolvendo milhares de vítimas durante várias décadas.

Um dos documentos mostrou que quatro arcebispos de Dublin fizeram vista grossa para casos de abuso ocorridos entre 1975 e 2004.

Ainda neste mês de março, bispos da Holanda pediram uma investigação independente diante de mais de 200 acusações de abuso sexual de crianças por padres, além de três casos ocorridos entre 1950 e 1970.

Na Itália, em janeiro de 2009, vários homens deficientes auditivos vieram a público para dizer que foram abusados quando eram crianças no Instituto para Surdos Antonio Provolo, na cidade de Verona, entre 1950 e 1980.
Na Áustria, acusações independentes de abuso sexual infantil por padres surgiram em várias regiões do país.
Na Suíça, uma comissão formada pela Conferência dos Bispos da Suíça em 2002 vem investigando acusações de abuso envolvendo religiosos do país. Com informações da BBC
Já no Brasil, a polícia de Alagoas deve começar, ainda esta semana, a analisar a cópia de uma gravação que pode resultar nas primeiras prisões dos supostos integrantes da Máfia da Pedofilia, investigada a partir de uma série de denúncias contra padres de Arapiraca exibidas em nível nacional no programa Conexão Repórter, apresentado pelo jornalista Roberto Cabrini, no SBT.

Católicos pedem a saída do Papa
O movimento católico progressista alemão Iniciativa Igreja de Baixo (IKvU, na sigla em alemão) pediu a saída do papa Bento XVI devido as evidências contundentes de casos de pedofilia surgidos na Alemanha envolvendo o clero do país.

“Seria um gesto purificador se [Joseph] Ratzinger dissesse: ‘sou um obstáculo a uma purificação da Igreja. Me demito’”, declarou o diretor do movimento, Bernd Goehring, segundo informações do jornal Financial Times Deutschland.

Denúncia

Em meio às crescentes acusações de abuso sexual por padres na Europa e à pressão para que os bispos, em sua maioria na Irlanda, renunciem por não denunciar os casos às autoridades civis, o jornal americano The New York Times publicou uma reportagem sobre o reverendo Lawrence Murphy, acusado de abusar sexualmente de até 200 garotos surdos nos Estados Unidos entre os anos 1950 e 1970.
Entre os 25 documentos internos da Igreja que o jornal divulgou em seu site estava uma carta de 1996 sobre Murphy ao cardeal Joseph Ratzinger, então a principal autoridade doutrinária do Vaticano e agora Papa, mostrando que ele havia sido informado sobre o caso. Segundo o New York Times, ele teria se recusado a punir o padre Murphy. O Vaticano justificou, explicando que Joseph Ratzinger não havia sido informado senão 20 anos depois, quando o padre em questão estava velho e doente.
Em outra edição, o jornal americano acusou Bento XVI, então arcebispo de Munique, de ter deixado um sacerdote pedófilo alemão retomar suas atividades numa paróquia, sob o risco de cometer novos abusos. O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, desmentiu.

Mergulhado na crise

O clero católico parece que está mergulhado num poço sem fundo das crises. A cada dia surgem denúncias de abusos sexuais cometidos pelos padres ao redor do mundo, e muitos desses casos foram encobertos durante anos e somente em 2010 vieram à tona.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Como Perdoar Setenta vezes Sete


Por John Piper
A parábola conta a história de um rei cujo servo lhe devia a quantia espantosa de 10 mil talentos (18.24). "Para compreender a exorbitância dessa quantia, basta dizer que o rei Herodes tinha uma renda anual de cerca de 900 talentos, e que a Galileia e a Peréia [a 'terra além do Jordão'], no ano 4 a.C, pagaram 200 talentos em impostos." Aparentemente, a quantia foi exagerada de propósito (assim como dizemos "zilhões" de dólares) ou o servo era um oficial de alta patente que conseguiu apropriar-se de quantias enormes do tesouro do rei ao longo dos anos. Seja como for, Jesus descreve essa dívida como praticamente incalculável.
O rei ameaçou vender o servo e sua família. Mas "o servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: 'Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo' [uma promessa aparentemente impossível de ser cumprida, em vista da quantia]. O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir" (v. 26,27). Esse perdão é tão grandioso quanto o tamanho da dívida, e esse é o ponto principal. Jesus quer incutir em nossa mente que o pecado é uma dívida incalculável para com Deus. Jamais poderemos saldá-la. Jamais teremos condições de acertar as contas com Deus. Não há penitência, boas obras ou justificativas capazes de pagar a dívida da desonra que lançamos sobre Deus com nossos pecados.
O servo, porém, não recebeu aquele perdão pelo que este representava: magnífico, imerecido, destinado aos humildes de coração ou a quem suscita misericórdia. Jesus não relata nenhuma palavra de gratidão ou de admiração daquele servo. Incrível! Simplesmente relata acontecimentos incompreensíveis logo após o perdão.
Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denários. Agarrou-o e começou a sufocá-lo, dizendo: "Pague-me o que me deve!" Então o seu conservo caiu de joelhos e implorou-lhe: "Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei". Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida, (v. 28-30)
O "perdão" recebido por aquele homem não lhe abrandou a ira. Ele agarrou o conservo e começou a sufocá-lo.
O rei tomou conhecimento do caso e ficou (legitimamente) ira¬do (v. 34). Disse ao servo: " 'Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você?' Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia" (v. 32-34). A conclusão da parábola atinge em cheio a questão da ira e do perdão. Jesus diz: "Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão" (v. 35).
A mensagem principal da parábola é que Deus não tem obrigação de salvar quem diz ser seu discípulo, se esse pretenso discípulo não tiver recebido a dádiva do perdão pelo que ele realmente representa — infinitamente precioso, estupendo, imerecido, destinado aos humildes de coração e a quem suscita misericórdia. Se dissermos que fomos perdoados por Jesus, mas não houver em nosso coração nenhuma brandura para perdoar os outros, não receberemos o perdão de Deus (v. Mateus 6.14,15; Marcos 11.25).
Lembre-se, a parábola foi contada para ajudar Pedro a entender o mandamento de Jesus de perdoar setenta vezes sete (Mateus 18.22). Isto é, foi contada para ajudar-nos a lidar com a ira que surge naturalmente em nosso coração quando alguém nos ofende centenas de vezes. A solução, diz Jesus, é viver com plena consciência desta maravilhosa dádiva: fomos perdoados de uma dívida muito maior que todos os erros cometidos contra nós. Explicando melhor: devemos viver com plena consciência de que a ira de Deus contra nós foi eliminada, apesar de termos pecado contra ele muito mais que setenta vezes sete. Esse modo de viver produzirá um coração quebrantado, contrito, alegre e terno, que governará nossa ira. A única ira benéfica é a ira moldada por um coração humilde.
Fonte: O Cristão Hedonista

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

CONSAGRAÇÃO DO PASTOR ELMO ERON - IGREJA BATISTA DO SÃO CAETANO/SALVADOR







A

Festival Promessas alavanca ibope da Globo

Com 13 pontos de audiência, o Festival Promessas apresentado neste domingo (18) na Rede Globo, não só alavancou o ibope da emissora, registrando o dobro do último domingo (11), como também marcou o coração de cada evangélico que assistiu a transmissão do Festival.
Apresentado por Serginho Groisman a transmissão do Festival teve momentos marcantes, em especial o momento que a vocalista Ana Paula Valadão, juntamente com o grupo Diante do Trono, convidou o público a citar o versículo, texto áureo dos cristãos, João 3.16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. O momento foi comentado por internautas.
Cada ponto na ibope representa 58 mil televisores ligados na emissora e o programa não teve censura, conforme já havia comentado o cantor Regis Danese, cada artista pode fazer ministrações e citações de versículos ou passagens bíblicas.
Ana Paula Valadão escreveu uma curta frase expressando seu sentimento sobre o sucesso da programação: “O Brasil é de Jesus!”.
Além de Regis Danese e do Diante do Trono, da vocalista Ana Paula Valadão, participaram do programa apresentado pela Globo: Pregador Luo, Eyshila, Damares, Ludmila Ferber, Regis Danese, Fernandinho, Fernanda Brum, Davi Sacer e Diante do Trono.

Esta pastora vai mais a inferninho do que gringo em Copacabana

O internauta pergunta: crescimento no setor evangélico; bom ou ruim?


Leonardo:
“Gostaria de ler um comentário seu acerca da matéria publicada na revista Época, na qual apresentam a estimativa de que em 2020, metade da população brasileira será evangélica”.
J. Júnior, Três Corações – Brasil
Prezado irmão,
A matéria de Nelito Fernandes na revista Época, baseada em informações obtidas por meio da SEPAL, está baseada na premissa de que as igrejas evangélicas continuarão crescerão nos próximos vinte anos na mesma proporção que há 40 anos atrás. Da década de 60 até os dias atuais, o número de evangélicos no Brasil cresceu de 4 para 24 por cento, e a tendência é continuar crescendo. Se este crescimento se dará na mesma proporção que nas últimas 5 décadas, não sabemos, mas tudo indica que a igreja evangélica ganhará muitos novos adeptos. No entanto, o mais preocupante é o modo como essa igreja está crescendo: Se uma criança que cresce em tamanho, mas não amadurece mentalmente, dizemos que ela é doente. Do mesmo modo uma igreja que cresce em número, mas que não cresce em conhecimento, amor, zelo missionário, mordomia dos dons e ortopraxia, só pode estar enferma.

Particularmente, não fiquei comovido ou sobremodo contente com o prognóstico da revista Época, pelos seguintes motivos:

1. Apesar do crescimento notório, a igreja evangélica tem crescido às custas da importação de práticas pagãs: através do sal grosso e arruda do espiritismo, da água benta e do comércio de ícones do catolicismo, dos talismãs do xamanismo, da incorporação de práticas liturgicas oriundas da macumba africana (popularmente conhecidas como reteté), da teologia simonista importada dos E.U.A., da judaização da igreja que traz elementos “alienígenas” para o culto cristão, tais como Menoráh, réplicas da Arca, Cajado de Moisés, enfim, um crescimento doente, nocivo, perigoso, letal.
2. Outra razão porque não consigo me alegrar com a matéria da Época, são os crescentes escândalos e a frouxidão moral que impera em nosso meio. Podemos ver isso no comentário da antropóloga Christina Vital, na própria revista. Ela afirma que “os evangélicos não vão apenas mudar a sociedade brasileira, eles mudarão com ela”. Infelizmente isso já está acontecendo. O que a gente mais vê hoje é esta simbiose entre igreja e paganismo, uma adaptação dos valores do Reino às demandas do mercado de consumo religioso.
Ainda acerca do atual momento evangélico, Christina diz: “O movimento adapta-se aos costumes, o que deverá continuar nos próximos anos. Hoje temos igrejas evangélicas que aceitam gays”. Esta vergonhosa realidade também é percebida por Ari Pedro Oro, ao lembrar que “a religião evangélica foi abrasileirada e já não tem um foco tão grande de moralismo”.
3. Também não me iludo com o prognóstico da revista, porque sei que apesar do vultuoso crescimento dos evangélicos, esse crescimento se dá justamente naqueles setores mais doentes do protestantismo. Hoje em dia, as igrejas que mais crescem são aquelas que conhecemos como neopentecostais, igrejas que, salvo raríssimas exceções, são um foco de proliferação de heresias como maldição hereditária e demonização das ações humanas (não é o homem que decide ser homossexual, é o espírito do homossexualismo; não é o ladrão que rouba, e sim o espírito do latrocínio; não é o marido que bate na mulher, ele é vítima do espírito de violência). Fenômenos como Waldemiro Santiago e as toalhas ungidas devem aumentar nos próximos anos. Enquanto isso, as denominações históricas vão perder espaço na mesma proporção, pelo fato de não atenderem às demandas do mercado.
Eu estou absolutamente convicto de que, no ritmo que vamos, se Jesus tardar em buscar a igreja, teremos uma igreja evangélica muito grande em 2020. No entanto, me pergunto qual será a cara dessa igreja evangélica?
Será uma igreja que prega o evangelho em sua essência, ou deixará o evangelho de lado, substituindo-o pela famosa barganha com Deus, onde a misericordia divina é medida pela minha capacidade de dizimar e ofertar? Será o sal da terra e a luz do mundo, que se destaca e diferencia daqueles que a cercam, ou absorverá toda essa cultura mundana, tornando-se iguais àqueles a quem pregamos? Será conhecida por causa daqueles poucos, mas fiéis servos que não se deixam corromper, ou pelas figuras midiáticas como Malafaias, Felicianos, Waldemiros, Macedos, Hernandes e Soares da vida?
Não desejo com isso minar a fé e nem roubar a alegria de ninguém. Sei que muitos receberam essa estimativa como boa nova dos céus. Porém, não podemos deixar de ser realistas e reconhecer aquilo que realmente está em jogo. Todo crescimento é bom, desde que seja acompanhado de maturidade, inteligência, saúde. Desejo muito o crescimento da igreja, tanto que, tendo igreja para pastorear no Brasil, optei pelo campo missionário. Contudo, não posso ser hipócrita e fingir que está tudo bem. O que temos visto na igreja contemporânea de modo geral é inchaço, e não crescimento; é adesão, e não conversão. Crentes são substituidos por clientes, o púlpito cedeu lugar ao balcão de comércio, os dízimos foram transformados em dividendos e a bíblia passou a ser um mero adorno, um talismã mais na coleção de amuletos cristãos. Creio que tal crescimento jamais será bem visto aos olhos do Senhor.

Um abraço, do seu irmão que ora por um crescimento não apenas denominacional e numérico, mas também moral e espiritual;

Leonardo.

Silas Malafaia: De herege a herói em 15 minutos


Quinze minutos. Foi mais ou menos isso que durou o debate sobre o PL 122, projeto que pretende instituir o crime de homofobia. Sim, quinze minutos; novecentos segundos que transformaram o antes herege, moderno vendedor de indulgências, em herói evangélico. Foram quinze intensos minutos, que conseguiram apagar da mente dos críticos que nada constroem, a farra dos 900 reais e a promessa de vitória financeira até 1 de Janeiro de 2010. Quinze minutos que deletaram de muitas mentes o conteúdo espúrio das últimas preleções, nas quais Silas Malafaia ensina a fazer barganha com Deus e chama de “trouxas” àqueles que fazem ofertas por generosidade e gratidão, não interessados no feedback que ele, Edir Macedo, Estevam Hernandes, Renê Terra Nova e RR Soares prometem aos que forem “liberais”.
Durante a semana passada, blogs, sites e twitters se focaram no importante debate, que seria realizado no palco de um dos piores programas da TV brasileira, perdendo apenas para o BBB. Todos apreensivos para saber como Silas Malafaia se sairia no debate com a ex-deputada Iara Bernardes, autora do projeto que, se aprovado, reduzirá em parte a liberdade de se pregar abertamente temas relacionados a homoafetividade, restringindo tais interpretações ao ambiente do templo. O pastor havia se preparado bem para o debate, e sua performance, pedantismo e gritarias costumeiras, acabaram por suprimir toda crítica, produzindo um colapso mental na deputada. Mesmo assim, Silas foi convincente e conseguiu provar que o projeto tem intenções espúrias, ou pelo menos, que carece de modificações.
Não estou me posicionando ao lado do PLC 122. Como já disse em outras oportunidades, entendo que o projeto carece de acurada revisão, de modo que não interfira na liberdade de expressão, opinião e credo. Porém, não podemos permitir que milhares de homossexuais sejam espancados e assassinados por causa da sua orientação sexual. Devemos ter para com eles o mesmo amor que temos com as demais minorias. Algo deve ser feio para prevenir e punir tais eventos, seja reforçando o teor de nossas leis, seja fazendo cumprir aquelas já existentes.
Mas este texto não se remete aos homossexuais. Ele também não está endereçado ao pastor Silas Malafaia. Na verdade, estas linhas são um apelo à consciência individual, e um protesto conta aquela mentalidade brasileira que em geral predomina na política e na religião, onde a parte lesada conclui: “É um picareta, mas faz!”. Não podemos nos deixar persuadir por uma retórica inflamada, nem pela vitória em um debate em programa de auditório. Silas ganhou um debate, mas isso não o converte em santo, nem apaga sua militância passada e presente em favor da Teologia da Prosperidade. Também não anula o fato dele ter empregado exatos 12 milhões de dólares, dinheiro arrecadado com a farra do Morris Cerullo e sua bíblia superfaturada, e investido em um luxo besta como a compra de um avião particular.
Tão insensato quanto criticar só pelo prazer da crítica, é justificar de forma acrítica uma pessoa cuja trajetória tem sido tropeço para todo povo evangélico, tudo em função de quinze minutos.

Que troço é esse???


Visão de raio-X?????????????????????
Depois dizem que eu exagero quando falo que tem crentes “power ranger”, “super-homem” e “Dragon Ball Z”. Dá uma olhadinha nesse cartaz e dorme com um barulho desse!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O Natal e o Nome do Menino - PASTOR NILSON

"Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mateus 1:21).

De acordo com o relato acima do Evangelho de Mateus, o nome de Jesus Cristo foi dado pelo anjo Gabriel quando anunciou seu nascimento a José, desposado com a virgem Maria. Gabriel não somente disse que Maria estava grávida pelo Espírito Santo de Deus como orientou José a chamar o filho de "Jesus".
A razão para este nome, cuja raiz em hebraico significa "salvar," é que aquele menino, filho de Maria e Filho de Deus, haveria de salvar o seu povo dos seus pecados, conforme anunciou o anjo.
Não precisamos ir mais longe do que isso para entender o significado do Natal. Está tudo no nome do Menino. No nome dele, Jesus, temos a razão para seu nascimento, a sua identidade e a missão de sua vida. Em outras palavras, aquilo que o Natal realmente representa.
A razão do seu nascimento é simplesmente esta, que somos pecadores, estamos perdidos, não podemos resolver este problema por nós mesmos e precisamos desesperadamente de um Salvador, alguém que nos livre das consequências passadas, presentes e futuras dos nossos erros. Deus atendeu nossa necessidade escolhendo um homem como nós para ser nosso representante e Salvador, alguém que partilhasse da nossa humanidade e fosse um de nós. Esse homem nasceu há dois mil anos naquela manjedoura da cidade de Belém, num pais remoto, lá no Antigo Oriente. E ganhou o nome de Jesus por este motivo.
Sua missão era assumir nosso lugar como nosso representante diante de Deus e sofrer todas as consequências de nossos pecados, erros, iniqüidade, desvios e desobediências. Em vez de castigar-nos com a morte eterna, como merecemos, Deus faria com que ele a experimentasse em nosso lugar, que ele experimentasse toda dor e sofrimento conseqüentes dos nossos pecados. Essa missão foi revelada logo ao nascer pelo anjo Gabriel ao recitar seu nome a José: Jesus.
Para nos salvar de nossos pecados, ele teria de sofrer e morrer, ser sepultado, ficar sob o domínio da morte e desta forma pagar inteiramente nossa dívida para com Deus. Somente assim poderíamos ser salvos das consequências eternas de nossa desobediência. Mas, para que os benefícios de seu sofrimento e de sua morte pudessem ser transferidos a outros seres humanos, ele não poderia ter pecado ou culpa pois, senão, ao morrer, estaria simplesmente recebendo o salário do seu próprio pecado. Mas, se ele fosse inocente, sem pecado e perfeito, sua morte teria valor para os pecadores. Por este motivo, ele foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria, ainda virgem, Filho de Deus, sem pecado. O Salvador tinha que ser Deus e homem ao mesmo tempo.
Quando um colunista, que objeta ao nascimento sobrenatural de Jesus, escreveu recentemente em um jornal de grande circulação de São Paulo que virgens não dão à luz todos os dias, ele estava mais certo do que pensava. Esse é o único caso. Jesus é único. Deus e homem numa só pessoa. Nem antes e nem depois dele virgens engravidam sobrenaturalmente. Da mesma forma que Deus não cria mundos todos os dias, também não gera salvadores de virgens cotidianamente. Pois nos basta este.
O famoso teólogo suíço Emil Brunner disse que todo homem tem um problema no passado, no presente e no futuro. No passado, culpa. No presente, medo. E no futuro, a morte. Jesus nos salva de todas estas consequências do pecado: nos perdoa da culpa de nossos erros passados, nos livra no presente do medo ao andar conosco e nos livrará da morte pois ressurgiu dos mortos e vive à direita de Deus. Um dia haverá de nos ressuscitar.
É isto que o Natal representa. É por isto que os cristãos o celebram com tanta gratidão e alegria. Nasceu o Salvador. Nasceu Jesus! Como este anúncio alegra o coração daqueles que têm culpa, sentem medo e sabem que vão morrer!

Fogo estranho: bizarrices na igreja evangélica brasileira é tema da revista Cristianismo Hoje

Em tempos de aberrações teológicas, apologistas e líderes evangélicos demonstram perplexidade diante de desvios doutrinários
O crente brasileiro sabe: vez por outra, a Igreja Evangélica é agitada por uma novidade. Pode ser a chegada de um novo movimento teológico, de uma doutrina inusitada ou mesmo de uma prática heterodoxa, daquelas que causam entusiasmo em uns e estranheza em outros. Quem frequentava igrejas nos anos 1980 há de se lembrar do suposto milagre dos dentes de ouro, por exemplo. Na época, milhares de crentes começaram a testemunhar que, durante as orações, obturações douradas apareciam sobrenaturalmente em suas bocas, numa espécie de odontologia divina. Muito se disse e se fez em nome dessa alegada ação sobrenatural de Deus, que atraiu muita gente aos cultos. Embora contestados por dentistas e nunca satisfatoriamente explicados – segundo especialistas, o amarelecimento natural de obturações ao longo do tempo poderia explicar o fenômeno, e houve quem dissesse que a bênção nada mais era que o efeito de sugestão –, os dentes de ouro marcaram época e ainda aparecem em bocas por aí, numa ou noutra congregação.
Outras manifestações nada convencionais sacudiram o segmento pentecostal de tempos em tempos. Uma delas era a denominada queda no Espírito, quando o fiel, durante a oração, sofria uma espécie de arrebatamento, caindo ao solo e permanecendo como que em transe. Disseminada a partir do trabalho de pregadores americanos como Benny Hinn e Kathryn Kuhlman, a queda no poder passou a ser largamente praticada como sinal de plenitude espiritual e chegou com força ao Brasil. A coqueluche também passou, mas ainda hoje diversos ministérios e pregadores fazem do chamado cair no poder elemento importante de sua liturgia. A moda logo foi substituída por outras, ainda mais bizarras, como a “unção do riso” e a “unção dos animais”. Disseminadas pela Comunhão Cristã do Aeroporto de Toronto, no Canadá, a partir de 1993, tais práticas beiravam a histeria coletiva – a certa altura do culto, diversas pessoas caíam ao chão, rindo descontroladamente ou emitindo sons de animais como leões e águias. Tudo era atribuído ao poder do Espírito Santo.
A chamada “bênção de Toronto” logo ganhou mundo, à semelhança das mais variadas novidades. Parece que, quanto mais espetacular a manifestação, mais ela tende a se popularizar, atropelando até mesmo o bom senso. Mas o que para muita gente é ato profético ou manifestação do poder do Senhor também é visto por teólogos moderados como simples modismos ou – mais sério ainda – desvios doutrinários. Pior é quando a nova teologia é usada com fins fraudulentos, para arrancar uma oferta a mais ou exercer poder eclesiástico autoritário. “A Bíblia diz claramente que haverá a disseminação de heresias nos últimos dias, e não um grande reavivamento, como alguns estão anunciando”, alerta Araripe Gurgel, pesquisador da Agência de Informações Religiosas (Agir). Pastor da Igreja Cristã da Trindade, ele é especialista em seitas e aberrações cristãs e observa que cada vez mais a Palavra de Deus tem sido contaminada e pervertida pelo apelo místico. “Esse tipo de abordagem introduz no cristianismo heresias disfarçadas em meias-verdades, levando a uma religião de aparência, sensorial, sem a real percepção de Deus”, destaca.
“Não dá para ficar quieto diante de tanta bizarrice”, protesta o pastor e escritor Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança, em Niterói (RJ). Apologista, ele tem feito de seu blog uma trincheira na luta contra aberrações teológicas como as que vê florescer, sobretudo, no neopentecostalismo. “Acredito, que, mais do que nunca, a Igreja de Cristo precisa preservar a sã doutrina, defendendo os valores inegociáveis da fé cristã. A apologética cristã é um ministério indispensável à saúde do Corpo de Cristo”. Na internet, ele disponibiliza farto material, como vídeos que mostram um pouco de tudo. Um dos mais comentados foi um em que um dos líderes do Ministério de Madureira das Assembleias de Deus, Samuel Ferreira, aparece numa espécie de arrebatamento sobre uma pilha de dinheiro, arrecadado durante um culto. “Acabo de ver no YouTube o vídeo de um falso profeta chamado reverendo João Batista, que comercializa pó sagrado, perfume da prosperidade e até um tal martelão do poder”. acrescenta Vargens. Autor do recém-lançado livro Cristianismo ao gosto do freguês, em que denuncia a redução da fé evangélica a mero instrumento de manipulação, o pastor tem sido um crítico obstinado de líderes pentecostais que fazem em seus programas de TV verdadeiras barganhas em nome de Jesus. “O denominado apóstolo Valdomiro Santiago faz apologia de sua denominação, a Igreja Mundial do Poder de Deus, desqualificando todas as outras. E tem ensinado doutrinas absolutamente antibíblicas, onde o ‘tomá-lá-dá-cá’ é a regra”. Uma delas é o trízimo, em que desafia o fiel a ofertar à instituição 30% de seus rendimentos, e não os tradicionais dez por cento. A “doutrina das sementes”, defendida por pregadores americanos como Mike Murdock e Morris Cerullo nos programas do pastor Silas Malafaia, também rendeu diversos posts. Segundo eles, o crente deve ofertar valores específicos – no caso, donativos na faixa dos mil reais – em troca de uma unção financeira capaz de levá-lo à prosperidade. “Trata-se de um evangelho espúrio, para tirar dinheiro dos irmãos”, reclama Vargens. “Deus não é bolsa de valores, nem se submete às nossas barganhas ou àqueles que pensam que podem manipular o sagrado estabelecendo regras de sucesso pessoal.”

Crise teológica

Numa confissão religiosa tão multifacetada em suas expressões e diversa em termos de organização e liderança, é natural que o segmento evangélico sofra com a perda de identidade. O próprio conceito do que é ser crente no país – tema de capa da edição nº 15 de CRISTIANISMO HOJE – é extremamente difuso. E muitas denominações, envolvidas em práticas heterodoxas, vez por outra adotam ritos estranhos à tradição protestante. Joaquim de Andrade, pastor da Igreja Missionária Evangélica Maranata, do Rio, é um pesquisador de seitas e heresias que já enfrentou até conflitos com integrantes de outras crenças, como testemunhas de Jeová e umbandistas. Destes tempos, guarda o pensamento crítico com que enxerga também a situação atual da fé evangélica: “Vivemos uma verdadeira crise teológica, de identidade e integridade. Os crentes estão dando mais valor às manifestações espirituais do que à Palavra de Deus”.
Neste caldo, qualquer liderança mais carismática logo conquista seguidores, independentemente da fidelidade de sua mensagem à Bíblia. “Manifestações atraem pessoas. O próprio Nicodemos concluiu que os sinais que Cristo operou foram além do alcance do povo, mas não temos evidência de que ele tenha mesmo se convertido”, explica o pastor Russel Shedd, doutor em teologia e um dos mais acreditados líderes evangélicos em atuação no Brasil. Ele refere-se a um personagem bíblico que teve importante discussão com Jesus, que ao final admoestou-lhe da necessidade de o homem nascer de novo pela fé. “Líderes que procuram vencer a competição entre igrejas precisam alegar que têm poder”, observa, lembrando que a oferta do sobrenatural precisa atender à imensa demanda dos dias de hoje. “Mas poder não salva nem transmite amor”, conclui.
“A busca pela expansão evangélica traz consigo essa necessidade de aculturação e, na cultura religiosa brasileira, nada mais puro do que a mistura”, acrescenta o pastor Fabrício Cunha, da Igreja Batista da Água

Branca, em São Paulo. “O candomblé já fez isso, usando os símbolos do catolicismo; o espiritismo, usando a temática cristã; e agora, vêm os evangélicos neopentecostais, usando toda uma simbologia afro e um misticismo pagão”, explica. Como um dos coordenadores do Fórum Jovem de Missão Integral e membro da Fraternidade Teológica Latinoamericana, ele observa que mesmo os protestantes são fruto de uma miscigenação generalizada, o que, no campo da religião, tem em sua gênese um alto nível de sincretismo.
Acontece que, em determinadas comunidades cristãs, alguns destes elementos precisam ser compreendidos como estratégias de comunicação e atração de novos fiéis. Aí, vale tanto a distribuição de objetos com apelo mágico, como rosas ungidas ou frascos de óleo, como a oferta de manifestações tidas como milagrosas, como o já citado dente de ouro ou as estrelinhas de fogo – se o leitor ainda não conhece, saiba que trata-se de pontos luminosos que, segundo muitos crentes, costumam aparecer brilhando em reuniões de busca de poder, sobretudo vigílias durante a noite ou cultos realizados nos montes, prática comum nas periferias de grandes cidades como o Rio de Janeiro. O objetivo das tais estrelinhas? Ninguém sabe, mas costuma-se dizer que é fogo puro, assim como tantas outras manifestações do gênero.
“Alguns desses elementos são resultado de um processo de sectarização religiosa”, opina o teólogo e mestre em ciências da religião Valtair Miranda. “Ou seja, quanto mais exótica for a manifestação, mais fácil será para esse líder carismático atrair seguidores para seu grupo”. Miranda explica que, como as igrejas evangélicas, sobretudo as avivadas, são, em linhas gerais, muito parecidas, o que os grupos sectários querem é se destacar. “Eles preconizam um determinado tópico teológico ou passagem bíblica, e crescem em torno disso. Objetos como lenços ungidos, medalhas, sal ou sabonete santificados são exemplos. Quanto mais diferente, maior a probabilidade de atrair algum curioso”. A estratégia tende a dar resultado quando gira em torno de uma figura religiosa carismática. “Sem carisma, estes elementos logo provocam sarcasmo e evasão”, ressalva. O estudioso lembra o que caracteriza fundamentalmente um grupo sectário – o isolamento. “Uma seita precisa marcar bem sua diferença para segurar seu adepto. Quanto mais ele levantar seus muros, mais forte será a identidade e a adesão do fiel.”

“Propósito de Deus”

Mas quem faz das manifestações do poder do Espírito Santo parte fundamental de seu ministério defende que apenas milagres não bastam. “É necessário um propósito e uma mudança de vida”, declara o bispo Salomão dos Santos, dirigente da Associação Evangélica Missionária Ministério Vida. Como ele mesmo diz, trata-se de uma igreja movida pelo poder da Palavra de Deus, “que crê que Jesus salva, cura, liberta e transforma vidas”. O próprio líder se diz um fruto desse poder. Salomão conta que já esteve gravemente doente, sofrendo de hepatite, câncer e outras complicações que a medicina não podia curar. “Cheguei a morrer, mas miraculosamente voltei à vida”, garante o bispo, dizendo que chegou a jazer oito horas no necrotério de um hospital. “Voltei pela vontade de Deus”, comemora, cheio de fé.
Consciente, Salomão diz que milagres e manifestações naturais realmente acontecem, mas “somente para a exaltação e a glória do Senhor, e não de homens ou denominações”. O bispo também observa que alguns têm feito do poder extraordinário de Jesus uma grande indústria de milagres: “O Senhor não dá sua glória para ninguém. Ele opera maravilhas através da instrumentalidade de nossas vidas”. E faz questão de reiterar a simplicidade com que Jesus viveu sua vida terrena e que, muitas vezes, realizou grandes milagres sem nenhum alarde. “O agir de Deus não é um espetáculo.”

Sangue fajuto

A novidade chama a atenção pelo seu aspecto bizarro. Num templo da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), fiéis caminham através de pórticos representando diversos aspectos da vida (“Saúde”, “Família”, “Finanças”). Até aí, nada demais – os chamados atos proféticos como este são comuns na denominação. O mais estranho acontece depois. Caracterizados como sacerdotes do Antigo Testamento, pastores da Universal recebem as pessoas e, sobre um pequeno altar estilizado, fazem um “sacrifício de sangue”. A nova prática vem ganhando espaço nos cultos da Iurd, igreja que já introduziu no neopentecostalismo uma série de elementos simbólicos. Tudo bem que o sangue não é real (trata-se de simples tinta), mas a imolação simulada vai contra tudo o que ensina o Novo Testamento, segundo o qual Jesus, o Cordeiro de Deus, entregou-se a si