domingo, 24 de abril de 2011

Louvorzão 2011 reune 100 mil ao som de Marina de Oliveira, PG, Fernanda Brum, Bruna Karla, Eyshila, Kleber Lucas e outros

Mais de cem mil pessoas compareceram, nesta quinta-feira (21), ao show gospel “Louvorzão 2011?, que aconteceu na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio. A estimativa inicial é da Polícia Militar. Segundo o tenente-coronel Vinícius Mello, comandante do 4º BPM (São Cristóvão), não houve ocorrências graves durante as sete horas de evento.
Já os organizadores esperavam receber mais de 200 mil pessoas. Do pop ao forró, mais de 20 atrações gospel se apresentaram no palco montado no gramado da Quinta da Boa Vista. O show terminou por volta das 22h desta quinta.
Entre atrações estavam grandes nomes da música gospel como as cantoras Cristina Mel, Fernanda Brum, Bruna Karla e Eyshila e o cantor Kleber Lucas. Em 2010, o “Louvorzão” reuniu mais de 200 mil pessoas. “Esta é uma festa de religiosidade. É uma festa do amor, do som do amor de Deus. Toca o coração da gente, muda a história, muda vidas”%
O Louvorzão 2011, que mais uma vez lotou a Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, contou esse ano com 26 atrações, entre elas quatro estreias: Jairo Bonfim, Ariely Bonatti, Jill Viegas e Beatriz. Mais de 200 mil pessoas passaram o feriado de 21 de abril, véspera da Sexta-feira da Paixão, no tradicional evento realizado pelo Grupo MK de Comunicação. O megashow gospel teve o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e do Prezunic, além da promoção da Rádio 93 FM, segundo lugar de audiência no Rio entre todas as FMs.
A partir das 15h, foram horas e horas inesquecíveis de muita alegria, louvor, música e adoração, além de uma surpresa que deixou a todos da MK Music, 93 FM e o público emocionados. O Louvorzão contou também com um momento de clamor e oração pela paz na cidade, comandados pelo Deputado Arolde de Oliveira e a presidente da MK, Yvelise de Oliveira. A Comunidade Evangélica Internacional da Zona Sul deu a largada, seguida por Betânia Lima, Jairo Bonfim, Ariely Bonatti e Jill Viegas.

Passaram ainda pelo palco montado em um dos principais pontos turísticos da cidade Arianne, Os Arrebatados, Pamela, Andrea Fontes, Alex e Alex, Beatriz, Liz Lanne e Emerson Pinheiro. Antes de Pamela colocar a galera pra dançar, uma surpresa que deixou todos boquiabertos. Ao som de ‘Aleluia de Hendel’, um helicóptero que sobrevoava a área do evento jogou milhares de papeis picados prateados que deixaram a Quinta da Boa Vista brilhando, literalmente.
A multidão fez coro com Wilian Nascimento nas músicas pentecostais e românticas. Depois foi a vez da galera cantar com Léa Mendonça, Cristina Mel e adorar a Deus com Flordelis, Anderson Freire, Eyshila e Marina de Oliveira. Bruna Karla e Fernanda Brum fizeram a Quinta tremer com seus sucessos.
Após mais de cinco horas de Louvorzão, o público se manteve cada vez mais animado para as atrações finais. O Ministério Sarando a Terra Ferida e a banda Quatro por Um, que tocou no evento pela primeira com o novo vocalista, Klev Soares, deram continuidade ao show. O penúltimo a subir ao palco, Kleber Lucas levou muita energia e adoração para a Quinta da Boa Vista, como costuma fazer em suas apresentações.
O cantor PG encerrou o Louvorzão 2011 com muita animação e palavras de bênção, acompanhado de sua banda. Sucessos como ‘Louvarei na Tempestade’ e ‘Meu Universo’ foram cantados com público em uma só voz. Após quase sete horas de show, o povo de Deus saiu da Quinta da Boa Vista sabendo que valeu a pena passar a quinta-feira em comunhão com irmãos e cantores da MK.
Com certeza foram momentos inesquecíveis para quem esteve presente. Que venha 2012.

Política - Magno Malta condena declarações de psicólogo de que pedofilia é orientação sexual

Em discurso em Plenário, o senador evangélico Magno Malta (PR-ES) condenou as recentes declarações do professor Hubert Van Gijseghem de que a pedofilia é uma orientação sexual.

Segundo o senador, a declaração do psicólogo belga é uma mensagem subliminar e incentiva a pedofilia.


A afirmação do professor foi feita durante debate no parlamento canadense. Van Gijseghem afirmou que os verdadeiros pedófilos têm preferência exclusiva por crianças, o que é a mesma coisa de ter uma orientação sexual, que não pode ser mudada. Apesar disso, afirmou o professor, os pedófilos podem viver uma vida de abstinência. O senador não concorda com as declarações.
- É gente trabalhando ao redor do mundo para formar uma consciência de que é normal e é perfeitamente aceitável a violência sexual contra crianças - protestou o senador.
Plebiscitos

Magno Malta também defendeu a redução da maioridade penal como "parte da engrenagem" para acabar com a violência. O senador afirmou que vai propor a realização de um plebiscito sobre o tema.

Com relação à possibilidade de realização de um plebiscito sobre o desarmamento, o senador disse que a iniciativa "é louvável". Para ele, é preciso sair da hipocrisia e discutir o assunto.

Rob Bell afirma não estar arrependido de ter escrito o polêmico livro “Love Wins” (O Amor Vence)

Seu livro Love Wins (O Amor Vence) tem voado das prateleiras, atingindo o número 2 da lista dos mais vendidos de Nova York Times e top 10 no Amazon.


Muitos críticos combateram o livro denunciando Bell como um universalista ou um herege. Ele acusam Bell de distorcer as verdades bíblicas sobre o julgamento, a ira e o inferno, e menosprezando o significado do sangue e da cruz de Jesus Cristo para a salvação. A adoção dessa perspectiva segundo eles, leva a consequências potencialmente devastadoras para o destino espiritual daqueles que a adotam.
A polêmica do livro explodiu ainda semanas antes de ser lançado, com um curta-metragem anunciando a publicação do livro.
Nesta segunda-feira, Bell declarou em entrevista a jornalistas, que foi “duro” ser mal compreendido, mal interpretado e “acusado de todo o tipo de coisas incorretas.”
“Algumas das coisas que as pessoas dizem e da maneira que eles agem isto não pode ser o caminho de Jesus. Tem que ser um padrão mais elevado de discurso civil,” disse ele.
Para ele, uma discussão de nível teria que ser com as pessoas que realmente leram o livro desabafando “quando as pessoas falaram [sobre] a controvérsia, eu pensei ‘ninguém sequer leu o livro?’ Porque então há algo substantivo para combater.”
Apesar de tudo, Rob Bell não se arrepende de haver escrito o livro afirmando que “isto é apenas parte do custo de capturá-lo e escrevê-lo e colocá-lo lá fora.”
Mais tarde na noite, Bell subiu ao palco para falar sobre seu livro na frente de cerca de 3.000 pessoas na Igreja Metodista Central Hall, em Westminster.
Em seu discurso ele declarou que não foi sua intenção ser controverso, mas sim de “recapturar o Evangelho” e apontar que o Cristianismo tem uma “grande variedade de perspectivas” no julgamento e reconciliação.
“Eu estou interessado no que é verdadeiro o que pode ser confiável, a caça, a descoberta, a exploração e, se isso acaba por ser polêmico, vou aceitar isso, mas essa nunca foi à intenção.”
Esta exploração levou Bell a concluir que os Cristãos devem estar abertos à possibilidade de que o arrependimento pode vir tarde.
Existe um inferno, sublinhou, e este inferno é o que as pessoas experimentam quando eles rejeitam o amor de Deus e optam por um caminho diferente.
Bell explicou as razões de por que chamou o livro de Love Wins (O Amor Vence), “é que a natureza do amor é a liberdade. Você pode escolher, pode resistir, pode rejeitar, pode se rebelar contra Deus.”
Entretanto, ele afirma que Deus quer que todos sejam salvos, mas há pessoas que resistem à esse amor. “é por isso que no livro eu falo sobre o inferno e a realidade do inferno. Acho que devemos deixar espaço [para isso] porque a Bíblia deixa espaço para as pessoas rejeitarem e resistirem a Deus.”
“é por isso que eu deixo espaço para o inferno como a realidade de nossa liberdade de dizer que eu não quero isso (o amor de Deus),” disse o pastor Grand Rapids, Michigan.
Mas ele afirma que ainda há possibilidade de arrependimento e, portanto, a salvação poderia vir em um ponto além desta vida.
Perguntado sobre se ele acredita em um inferno eterno para as pessoas que não respondem nesta vida a Cristo, Bell disse que já podia ver um “inferno muito vivo, respirando na terra” sendo vivido pelas pessoas agora sob tais formas como a ganância, o estupro, genocídio, abuso e tráfico de sexo.
Para ele, ainda é possível que as pessoas desejem seguir buscando tais coisas mesmo depois de morrer e haverá aqueles que vão decidir parar e dizer “não, eu quero ter nada a ver com a festa, eu quero ter nada a ver com o convite,” disse ele.
Entretanto, ele disse que também é possível ler nas Escrituras sobre um Deus que quer que todos sejam salvos e admitiu que não sabe o que pode acontecer depois da morte, se Ele prosseguirá infinitamente buscando a salvação das pessoas ou não.
“Será que Deus prossegue infinitamente? Existe algum ponto onde Deus diz: ‘Olha, você teve sua chance e agora não há mais esperança de redenção para você?’”


“E eu não tenho idéia, não estive lá, e quando estiver lá e vir isso, então eu vou te dizer,” brincou.
“O que acho que é importante é que Deus quer que todos sejam salvos e devemos desejar as coisas que Deus deseja.”
Bell acredita que algo decisivo como “nós estamos dentro e eles estão fora, fim de papo,” não parece revelar o Deus que Jesus fala que sai em busca da ovelha, dracma e o filho.”
“Pode você se arrepender em algum momento? Há ainda a possibilidade ou Deus criou um mundo onde não há esperança, onde Ele diz ‘o arrependimento não funciona para mim?’” colocou ele.
Além de toda a polêmica, discussão e debate, Bell estava certo de que a única coisa que a maioria das pessoas quiseram tirar do seu livro foi o entendimento de que Deus é amor e que, idealmente, o amor deve ser respondido “agora.”
“As pessoas estão mais interessadas em compartilhar sua fé e contar a história porque a história pode realmente ser a melhor maneira mais do que percebemos no início,” observou. “As pessoas dizem ‘ah, isso é uma história que eu posso contar e posso contar essa história agora,” porque o Deus por trás dessa história é bom.”

Bell continua o circuito de seu livro em Cheltenham na terça-feira. Depois, irá para Liverpool no dia seguinte e terminará sua turnê em Cambridge, na quinta-feira.

Ricardo Gondin diz ser a favor da união civil entre homossexuais e que é o “herege da vez”

‘Deus nos livre de um Brasil evangélico?’ Quem afirma é um pastor, o cearense Ricardo Gondim. Segundo ele, o movimento neopentecostal se expande com um projeto de poder e imposição de valores, mas em seu crescimento estão as raízes da própria decadência. Os evangélicos, diz Gondim, absorvem cada vez mais elementos do perfil religioso típico dos brasileiros, embora tendam a recrudescer em questões como o aborto e os direitos homossexuais.


Aos 57 anos, pastor há 34, Gondim é líder da Igreja Betesda e mestre em teologia pela Universidade Metodista. E tornou-se um dos mais populares críticos do mainstream evangélico, o que o transformou em alvo. “Sou o herege da vez”, diz na entrevista a seguir.

Carta Capital: Os evangélicos tiveram papel importante nas últimas eleições. O Brasil está se tornando um país mais influenciável pelo discurso desse movimento?

RG: Sim, mesmo porque, é notório o crescimento no número de evangélicos. Mas é importante fazer uma ponderação qualitativa. Quanto mais cresce, mais o movimento evangélico também se deixa influenciar. O rigor doutrinário e os valores típicos dos pequenos grupos de dispersam, e os evangélicos ficam mais próximos do perfil religioso típico do brasileiro.

CC: Como o senhor define esse perfil?

RG: Extremamente eclético e ecumênico. Pela primeira vez, temos evangélicos que pertencem também a comunidades católicas ou espíritas. Já se fala em um “evangelicalismo popular”, nos modelos do catolicismo popular, e em evangélicos não praticantes, o que não existia até pouco tempo atrás. O movimento cresce, mas perde força. E por isso tem de eleger alguns temas que lhe assegurem uma identidade. Nos Estados Unidos, a igreja se apega a três assuntos: aborto, homossexualidade e a influência islâmica no mundo. No Brasil, não é diferente. Existe um conservadorismo extremo nessas áreas, mas um relaxamento em outras. Há aberrações éticas enormes.


CC: O senhor escreveu um artigo intitulado “Deus nos Livre de um Brasil Evangélico”. Por que uni pastor evangélico afirma isso?

RG: Porque esse projeto impõe não só a espiritualidade, mas toda a cultura, estética e cosmovisão do mundo evangélico, o que não é de nenhum modo desejável. Seria a talebanização do Brasil. Precisamos da diversidade cultural e religiosa. O movimento evangélico se expande com a proposta de ser a maioria, para poder cada vez mais definir o rumo das eleições e, quem sabe, escolher o presidente da República. Isso fica muito claro no projeto da igreja Universal. O objetivo de ter o pastor no Congresso, nas instâncias de poder, pode facilitara expansão da igreja. E, nesse sentido, o movimento é maquiavélico. Se é para salvar o Brasil da perdição, os fins justificam os meios.

CC: O movimento americano é a grande inspiração para os evangélicos no Brasil?

RG: O movimento brasileiro é filho direto do fundamentalismo norte-americano. Os Estados Unidos exportam seu american way of life de várias maneiras, e a igreja evangélica é uma das principais. As lideranças daqui Ieem basicamente os autores norte-americanos e neles buscam toda a sua espiritualidade, teologia e normatização comportamental. A igreja americana é pragmática, gerencial, o que é muito próprio daquela cultura. Funciona como uma agência prestadora de serviços religiosos. de cura, libertação, prosperidade financeira. Em um país como o Brasil, onde quase todos nascem católicos, a igreja evangélica precisa ser extremamente ágil, pragmática e oferecer resultados para se impor. É uma lógica individualista e antiética. Um ensino muito comum nas igrejas é de que Deus abre portas de emprego para os fiéis.

Eu ensino minha comunidade a se desvincular dessa linguagem. Nós nos revoltamos quando ouvimos que algum político abriu uma porta para o apadrinhado. Por que seria diferente com Deus?

CC: O senhor afirma que a igreja evangélica brasileira está em decadência, mas o movimento continua a crescer.

RG: Uma igreja que, para se sustentar, precisa de campanhas cada vez mais mirabolantes, um discurso cada vez mais histriônico e promessas cada vez mais absurdas está em decadência. Se para ter a sua adesão eu preciso apelar a valores cada vez mais primitivos e sensoriais e produzir o medo do mundo mágico, transcendental, então a minha mensagem está fragilizada.

CC: Pode-se dizer o mesmo do movimento norte-americano?

RG: Muitos dizem que sim, apesar dos números. Há um entusiasmo crescente dos mesmos, mas uma rejeição cada vez maior dos que estão de fora. Hoje, nos Estados Unidos, uma pessoa que não tenha sido criada no meio e que tenha um mínimo de senso crítico nunca vai se aproximar dessa igreja, associada ao Bush, à intolerância em todos os sentidos, ao Tea Party, à guerra.

CC: O senhor é a favor da união civil entre homossexuais?

RG: Sou a favor. O Brasil é um país laico. Minhas convicções de fé não podem influenciar, tampouco atropelar o direito de outros. Temos de respeitar as necessidades e aspirações que surgem a partir de outra realidade social. A comunidade gay aspira por relacionamentos juridicamente estáveis. A nação tem de considerar essa demanda. E a igreja deve entender que nem todas as relações homossexuais são promíscuas. Tenho minhas posições contra a promiscuidade, que considero ruim para as relações humanas, mas isso não tem uma relação estreita com a homossexualidade ou heterossexualidade.

CC: O senhor enfrenta muita oposição de seus pares?

RG: Muita! Fui eleito o herege da vez. Entre outras coisas, porque advogo a tese de que a teologia de um Deus títere, controlador da história, não cabe mais. Pode ter cabido na era medieval, mas não hoje. O Deus em que creio não controla, mas ama. É incompatível a existência de um Deus controlador com a liberdade humana. Se Deus é bom e onipotente, e coisas ruins acontecem., então há algo errado com esse pressuposto. Minha resposta é que Deus não está no controle. A favela, o córrego poluído, a tragédia, a guerra, não têm nada a ver com Deus. Concordo muito com Simone Weil, uma judia convertida ao catolicismo durante a Segunda Guerra Mundial, quando diz que o mundo só é possível pela ausência de Deus. Vivemos como se Deus não existisse, porque só assim nos tornamos cidadãos responsáveis, nos humanizamos, lutamos pela vida, pelo bem. A visão de Deus como um pai todo-poderoso, que vai me proteger, poupar, socorrer e abrir portas é infantilizadora da vida.

CC: Mas os movimentos cristãos foram sempre na direção oposta.

RG: Não necessariamente. Para alguns autores, a decadência do protestantismo na Europa não é, verdadeiramente, uma decadência, mas o cumprimento de seus objetivos: igrejas vazias e cidadãos cada vez mais cidadãos, mais preocupados com a questão dos direitos humanos, do bom trato da vida e do meio ambiente.