sexta-feira, 27 de maio de 2011

A Lei de Incentivo à Cultura incentiva a cultura de quem?


Gostaria de pedir licença a um grupo que fez sucesso no ano 2000 e usar um trecho de sua música para fazer a introdução a esse texto: “analisando essa cadeira hereditária, quero me livrar de uma situação precária (bis). É que o rico cada vez fica mais rico, e o pobre, cada vez fica mais pobre. E o motivo todo mundo já conhece: é que o de cima sobe e o de baixo desce. (bis)” Bem, é uma amostra da nossa cultura musical que não evoluiu muito de lá pra cá (bons tempos em que a música ruim não era pior que as de hoje).

Provavelmente quem tiver mais de 20 anos se lembrará facilmente desse Axé que estourou no verão daquele ano mas que, engraçado, faz sentido até mesmo para a realidade da cultura brasileira! A Lei de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313 de 23 de dezembro de 1991), também conhecida como Lei Rouanet, foi criada, em termos gerais, com a intenção de incentivar a produção cultural no Brasil. Por meio dela, empresas que patrocinam projetos ligados a cultura têm desconto de igual valor em seu imposto de renda. Ótima intenção. [Veja aqui quantos milhões os amigos da Lagoinha abocanharam - Nota do blog]


O que temos visto, porém, é a desvalorização da cultura por meio da valorização comercial da mesma, fazendo com que grandes empresa deem preferência somente aos artistas cujos projetos são aprovados pela lei, já são renomados e possuem potencial para veiculação na mídia. Afinal, nenhuma empresa é boazinha o suficiente para patrocinar sem uma contrapartida. E os novos artistas, tão talentosos ou mais que os priviligiados que conseguem recursos por meio dessa lei. Bem, esses ficam esquecidos de lado, afinal, não são rentáveis do ponto de vista comercial/institucional. E o nosso Ministério da Cultura, MinC pros íntimos, lavou suas mãos e deixou sob responsabilidade das nossas corporações privadas o direito de decidir o que o Brasil ouvirá, verá, lerá e assistirá. Nossa bagagem cultural está agora (e há um bom tempo) nas mãos de empresas que se outorgam de poder para decidir o que é bom ou ruim para o Brasil (e para eles, é claro).

No dia 16/03, foi divulgado que o MinC aprovou projeto da cantora Maria Bethânia que, para desenvolver o seu blog, precisará de uma verba de R$1,3 milhão(!!). Segundo seu projeto, recitará poemas diariamente em vídeo, por um ano, com produção de Andrucha Waddington. Sua justificativa para o valor do blog faz sentido, pois alega que o simples aluguel de equipamento para filmagem é muito caro. Ok. Não tenho nada a contestar a respeito da Maria Bethânia, mas quantos outros projetos de artistas ainda não renomados ficam obscurecidos por meio da aprovação desse projeto que indiretamente utilizará dinheiro público (impostos que deixarão de ser entregues ao governo federal) e que a sociedade deixará de conhecer. Como sempre, os patrocinadores optarão por artistas já conhecidos e deixarão uma pequena parcela de suas verbas para os novos, pequenos e fracos? Por que não oferecer melhores oportunidades aos artistas iniciantes que ralam com suas obras para ter um pouco de reconhecimento, ao invés de permitir e investir milhões àqueles que possuem outros meios para obterem recursos (se não próprios) e já possuem carreira estabelecida?

Enquanto a cultura brasileira é desvalorizada e submetida à baixa capacidade crítica dos mesmos, nossos valores culturais e históricos permanecerão a favor de interesses comerciais – por meio da lei ou não -, com direito a apresentações no Domingão do Faustão e Domingo Legal, raramente ultrapassando o limite de qualidade exigida para aparecerem nesses. Enquanto nosso próprio governo federal não for capaz de usar suas leis para incentivar e valorizar a cultura pela cultura e não pelo uso comercial, a nossa indústria cultural continuará a lançar Restart, Fiuk, Cine e cia., que moldarão os novos conceitos de valores e gosto da sociedade, deixando no fundo do lixo o que temos de melhor, que agora são considerados apenas como cult e cools. Bom Xibom, Xibom Bombom.

Bill Gates, Novo Aliado para os Cristãos Defenderem os Pobres

Grupos cristãos lutando para proteger os programas de assistência nacionais e internacionais para os pobres têm um grande aliado, o bilionário da Microsoft, Bill Gates, à frente das negociações do G8 que começaram hoje.


Gates, o fundador da Microsoft e co-presidente da Fundação Bill e Melinda Gates, viajou para a Capitol Hill, terça-feira, para apressar a vontade de financiamento continuada aos programas de ajuda destinada a atenuar os impactos internacionais e nacionais de pobreza.

Em seu discurso, Gates instou os legisladores a tomar “coragem” em meio a uma crise fiscal e investir mais na agricultura mundial e Programa de Segurança Alimentar. Ele reconheceu a enorme dívida federal, mas disse que não deve impedir o governo e os parlamentares de fazer a coisa certa.

“Sim, nós temos que ver o deficit,” afirmou. “Mas a crise financeira deve tornar-se uma crise de coragem – e não deve forçar cortes em programas que pagam enormes retornos.”

Gates elogiou o Congresso por dedicar US $ 100 milhões ao Fundo Global e ao Programa de Segurança Alimentar para ajudar os agricultores pobres no mundo em desenvolvimento.

Isso é um financiamento de boas-vindas em um momento difícil, mas só traz um aumento de financiamento dos EUA de um terço do compromisso que os EUA fez no lançamento do [programa] no ano passado,” disse ele.

O programa também ajuda os agricultores americanos, disse Gates.

Geraldine Ryerson-Cruz, gerente de Notícias Internacionais da Visão Mundial, elogiou Gates por espalhar uma “mensagem muito importante.”

O bilionário falou em especial sobre o aumento da ajuda para os agricultores pobres Africanos a tornarem-se mais produtivos. A maioria dos agricultores no mundo em desenvolvimento são pequenos produtores que não têm os mesmos recursos dos agricultores comerciais que têm para fornecer mais colheitas e transportar sua produção aos mercados locais, disse Ryerson-Cruz.

“Apoiá-los … [em] todas as coisas é muito importante para a resolução de os preços mundiais dos alimentos e ajudpa-los a resolver a fome e garantir o acesso à alimentação,” disse ela.

A Visão Mundial está atualmente frequentando as conversações G8 na França, defendendo a ajuda internacional para os países em desenvolvimento.

No G8 2009, US $ 22 bilhões foram prometidos até 2012 para financiar programas de redução da fome. No entanto, o grupo cristão de ajuda internacional divulgou que desde o Verão passado, não havia nenhum mecanismo para controlar o desembolso dos fundos.

Robert Zachritz, diretor da Visão Mundial de relações governamentais, disse em um e-mail a partir da cimeira, “Alguns desses compromissos de financiamento são acompanhados e monitorados, e outros não. A Visão Mundial está pressionando os líderes do G8 e do G20 para uma maior responsabilização e transparência.”

Os EUA prometeu US $ 3,5 bilhões ao longo de três anos. No entanto, Zachritz disse que o presidente Barack Obama está tendo problemas para fazer o Congresso financiar este programa do Banco Mundial.

Em casa, a Associação Nacional de Evangélicos e parceiros de várias outras dominações Cristãs formaram a “Circle of Protection (Círculo de Proteção)” para pedir ao Congresso que mantenha seus compromissos monetários para ajudar esses e outros programas de assistência.

A coalizão da NAE juntou-se com base na fé do grupo social de justiça Sojourners para pedir proteção orçamental dos programas de ajuda nacionais e internacionais que ajudam os necessitados.

Gates, que trabalha com sua esposa Melinda, para atenuar as disparidades que afligem a maioria dos países em desenvolvimento através de sua Fundação Gates agora revela-se um parceiro muito visível e vocal em sua causa.

Respostas de Harold Camping Bateram Com Pesquisa Sobre o Que Ele Diria Depois de 21 de Maio

As respostas de Camping sobre o fim do mundo e o dia do arrebatamento em sua declaração pública bateram com as respostas de uma pesquisa da Internation Business Times: Qual seria a resposta mais provável de Camping agora que a terra ainda está aqui?

A pesquisa, feita com 20.000 pessoas, descobriu que a maioria, 54 por cento, acreditou que Camping iria alegar sem remorso um erro do cálculo e formularia uma nova data para o Dia do Julgamento Final.


Ele afirmou em sua declaração nesta segunda-feira que a nova data para que definitivamente o fim do mundo aconteça seria no dia 21 de outubro. “Não vai haver um período terrível de calamidades durante cinco meses…como havíamos aprendido,” disse Camping. Ao invés disso ele disse que o fim do mundo virá rapidamente em 21 de outubro.

Apesar disso ele afirma que, o “tempo as estruturas, nada disso mudou,” afirmando que o julgamento sim veio, mas de uma forma espiritual.

Na pesquisa feita quase 16 por cento acreditaram que ele alegaria que o arrebatamento aconteceu, mas foi apenas de uma forma invisível.


“Em 21 de maio, este fim de semana passado, este é onde o aspecto espiritual disso realmente vem passando. Novamente Deus trouxe julgamento sobre o mundo. Não vejo nenhuma diferença, mas Deus trouxe o Dia do Julgamento a se incidir sobre todo o mundo,” proclamou.

Cerca de 19 por cento dos entrevistados disseram que Camping diria “Deus teve misericórdia pela humanidade e poupou a terra.”

Segundo ele as suas previsões desde 1988, passando por 1994, não estão erradas, mas que isso foi a primeira parte do fim do mundo. Assim ele enfatiza que desta maneira muitos puderam ser salvos, “é verdade, houve um julgamento de um modo terrível, mas houve também uma salvação de maneira maravilhosa. A salvação veio porque nos últimos 2,300 dias… ninguém poderia ter sido salvo no mundo todo.”

Apenas 8 por cento preveram que Camping diria que ele estava totalmente errado e pediria desculpas.

Camping não admitiu que estava totalmente errado, senão em parte. Quando questionado sobre essa nova previsão contradizer o que ele havia dito anteriormente, ele admitiu que, “Nós nem sempre acertamos o prego na cabeça pela primeira vez,” disse ele.“Tudo o que eu sou é um modesto professor. Eu busco a Bíblia. Eu busco a Bíblia,” disse ele.