sexta-feira, 3 de junho de 2011

Marta Suplicy negocia PLC 122 com Marcelo Crivella, “representante” dos evangélicos

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) se encontrou com o senador Marcelo Crivella (PR-RJ), no dia 31 de maio. Toni Reis, presidente da Associação de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) também participou do encontro.

A senadora declarou à imprensa que o novo texto do PLC 122 vai apenas “punir aqueles que induzirem a violência”, e disse também que o novo projeto “agradou o Toni Reis e o senador Crivella, que queria a proteção aos pastores e à liberdade de expressão”.

Crivella: o Evangelho é a cartilha mais comunista que existe
No que se refere a negociações com esquerdistas, Crivella se sente em casa. Em 2007 ele declarou que “o Evangelho é a cartilha mais comunista que existe”.
Marta Suplicy negou que se trate de um “novo projeto” e que são apenas “alterações” no texto original. “Eu pedi ao Crivella que, em homenagem à ex-deputada Iara Bernardi, que é autora do projeto original, e à ex-senadora Fátima Cleide, que ficou cinco anos aqui no Senado, que mantivéssemos o projeto original com todos os adendos, tirando algumas coisas que estavam previstas anteriormente”, declarou Suplicy.

A senadora revelou que o novo texto pretende aumentar as penas para crimes como homicídio e formação de quadrilha, quando a vítima for homossexual.
E quando os autores dos crimes forem homossexuais que matam e formam quadrilhas de prostituição e drogas? Suplicy não se pronunciou.

Deputado cantor gospel nomeia sua banda como funcionários da Câmara

Cantor gospel famoso e deputado de primeiro mandato, Marcelo Aguiar (PSC-SP) tem conjugado a vida parlamentar ao ofício de artista religioso. O músico nomeou integrantes de sua banda para os quadros de funcionários da Câmara e usou verba de passagens aéreas pagas pela Casa para patrocinar viagem ao Rio de Janeiro na mesma data da audição de seu CD Somente Deus. Somente em maio, Marcelo Aguiar gastou R$ 4.020 de verba indenizatória com passagens aéreas, do total de R$ 22 mil despendidos pelo cantor gospel no período. Além do parlamentar, na lista dos favorecidos pela emissão de bilhetes aéreos estão Tito Camargo e Fábio Acquesta, componentes de sua banda.

A gravadora do deputado informou no texto de divulgação do CD que, além do cantor, Tito e Acquesta estariam na audição do dia 5 no Rio de Janeiro. Em 6 de maio, três passagens no valor de R$ 555,66 cada uma foram emitidas por meio de recursos da Câmara com trajeto aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino a Congonhas, em São Paulo, para o parlamentar e os componentes da banda.


Segundo nota do gabinete de Marcelo Aguiar (PSC-SP), músicos viajaram na condição de assessores parlamentares

Em nota, o gabinete do deputado informou que em 5 de maio o parlamentar foi ao Rio de Janeiro para uma reunião com a executiva nacional do PSC e que Tito e Acquesta o acompanharam na condição de assessores parlamentares. Questionados sobre a agenda divulgada pela gravadora do deputado que também é cantor gospel, a assessoria informou que a audição do CD “só ocorreu à noite” e que a agenda política e musical em terras fluminenses foi uma coincidência.

A assessoria também explica que os componentes da banda conciliam o trabalho parlamentar com a rotina de shows do deputado-cantor. “Marcelo Aguiar explica que os dois servidores comissionados são membros de sua banda, mas não há incompatibilidade de horários nem conflito de interesses entre as funções de assessores e de artistas, já que as apresentações ocorrem em horários contrários à rotina parlamentar e o pagamento dos cachês é feito pelos contratantes dos shows.”

Loteamento
A dupla jornada do ofício artístico/religioso também ocorre em gabinetes de outros parlamentares da frente evangélica, como Lauriete (PSC-ES), Dr. Grilo (PSL-MG) e Ronaldo Fonseca (PR-DF). No gabinete dos parlamentares estão lotados líderes religiosos responsáveis pelo comando de igrejas em seus estados. Na lista dos funcionários da deputada Lauriete está o pastor Gersílio Ribeiro Nascimento, da Assembleia de Deus de Vila Velha (ES). Dr. Grilo nomeou o pastor Pezzotti, mas afirma que o escolheu pela experiência política e que o funcionário “é pastor, mas não tem igreja” e não pertence à sua agremiação. O deputado mineiro critica o loteamento religioso dos gabinetes. “As pessoas não podem chegar aqui e achar que estão representando apenas um grupo religioso, não podem ficar só pensando na questão da Igreja.” No gabinete de Fonseca, por sua vez, está o pastor Éber Eleutério, mas avisa que “não existe um critério de fé” para compor o time. O gabinete da deputada Lauriete foi procurado, mas não respondeu à reportagem até o início da noite de ontem.

IGREJA LANÇA CARTÃO E DÍZIMO NO DÉBITO

O missionário R.R.Soares, líder da Igreja Internacional da Graça, deu uma aula de criatividade aos seus irmãos em Cristo. A agremiação lançou um cartão de crédito internacional e uma nova modalidade de coleta de dízimo, através do débito automático em conta.

O pastor contou a novidade em seu programa televisivo, na Band, quando explicou que os fieis podem preencher um cadastro no site da entidade e informar seus dados bancários. Os parceiros dos religiosos na iniciativa são Banco do Brasil, Bradesco e Itaú. Ao realizar a inscrição, a pessoa ganha ainda um brinde surpresa. Já o cartão internacional é apresentado no site “como mais uma forma de você contribuir com sua Igreja nas ações e obras sociais por ela conduzidas”.

A partir da aprovação da proposta, o fiel poderá desfrutar vantagens como “pagar suas compras em até 40 dias, financiar no crédito rotativo, fazer saques de emergência no Brasil e exterior”. O pagamento de dízimos e doações por meio de cartões de crédito e débito é uma operação legal.


comemorações duplas.

Uma Assembleia de Deus, duas comemorações do Centenário






Centenário das ADs no Brasil será comemorado em todo o país, mas os eventos que acontecerão na cidade de Belém (PA) estão provando que o ministério está rachado. De um lado a Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB) está organizando um culto no dia 10 de junho, com vários pastores presentes, menos o líder da igreja-mãe, o pastor Samuel Câmara.
Do outro lado a AD de Belém, a única que está completando 100 anos, também organizou uma festa, serão três dias de festividade 16, 17 e 18 de junho.
Os motivos para que haja duas comemorações são muitos, mas o mais visível são as disputas políticas entre os pastores Samuel Câmara e José Wellington Bezerra da Costa. Eles concorreram às eleições da presidência da CGADB e José Wellington saiu vencedor.
O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foi o primeiro a falar sobre as comemorações duplas. De acordo com ele a CGADB organizou o evento uma semana antes para que os pastores de outros estados não participem das festas organizadas por Samuel Câmara.



Malafaia fez questão de dizer em seus programas que a igreja de Belém é a única que completa 100 anos e até pediu para que os membros e líderes não participem do evento do dia 10 de junho.





Era uma igreja muito engraçada…

Com certeza você já cantou essa musiquinha quando era criança: “Era uma casa muito engraçada, não tinha teto não tinha nada…”










Olha só:


Era uma igreja muito engraçada

Não tinha culto, não tinha nada.

Lá Deus não ouve minha oração

Só a do “apóstolo” com sua unção.

O lenço dele é uma tristeza

Mas tá curando que é uma beleza.

Lá não se fala contra o pecado

Porque não rende nem um trocado.

E os seus membros tão enganados

Pois o Evangelho não é pregado.

E Cristo aqui é só um curandeiro

Que troca a bênção por seu dinheiro.

Lá nós tomamos “posse da bença”

O pano suado faz diferença

E nessa igreja encontrei “vitória”

Mas eu não sei se vou para glória.

E abocanhado fui por um lobo

Que o tempo todo me fez de bobo…

***

Silas Malafaia diz que Record foi comprada pelo Povo de Deus mas está a serviço dos homossexuais

O pastor Silas Malafaia usou o Twitter para criticar a Rede Record de televisão que não noticiou em sua programação nacional a manifestação que aconteceu em Brasília no dia 1º de junho, juntando mais de 50 mil cristãos contra o projeto de Lei 122/2006 que torna crime toda opinião contrária ao homossexualismo.
Em seu microblog, o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo cobrou a emissora de Edir Macedo, da IURD, o apoio para coibir esse projeto, considerado por ele e outros líderes, inclusive o senador Marcelo Crivella (bispo da IURD) como inconstitucional.

“Parabéns a Rede Globo, Band, SBT, RedeTV, CNT, Rede Boas Novas, TV Canção Nova, TV Câmara e TV Senado pela reportagem que fizeram do evento,” escreveu o pastor.


“Agora e a TV Record? Essa emissora comprada com o dinheiro do povo de Deus está mais a serviço da causa homossexual do que do Reino de Deus,” questionou Malafaia, que organizou a Marcha da Família.
O líder da Advec pediu aos seus seguidores (que somam mais de 130 mil pessoas) que enviem e-mails ao senador Crivella pedindo explicações. “Perguntem ao Senador Crivela (crivella@senador.gov.br) por que a Record (http://migre.me/4HL1u) não deu cobertura.”
Os internautas chegaram a criar uma hashtag no Twitter para questionar a emissora de Macedo sobre sua posição em relação ao PL 122.
“Será q a Record e o @bispomacedo são a favor da PL122 ou são tão egoístas assim? #quevergonhaRECORD,’ tuitou um internauta.

“Para não dar Ibope ao ‘concorrente’ Silas Malafaia, Record não cobre Marcha. #quevergonhaRECORD,” foram as palavras de outro tuiteiro.

Outros chegaram a dizer que a Record só pede ajuda aos cristãos quando está em guerra com a Rede Globo. “Só ficam do lado dos cristãos quando está de briga com a Globo por audiência! #QueVergonhaRecord”.



André Valadão nega que tenha pedido dinheiro ao Ministério da Cultura

O cantor André Valadão explica por meio de um comunicado em seu site que as notícias que circularam pela internet na última semana alegando que o cantor estaria pedindo mais de R$1 milhão de reais para o Ministério da Cultura não são verídicas.
De acordo com a assessoria de André Valadão, quem pediu créditos da Lei Rouanet para o Ministério da Cultura foram organizadores de um show que teria, entre outras participações, a presença do cantor.

“No projeto apresentado ao MinC pela M&A Produções consta também que André Valadão seria apenas 1 (um) dos 30 artistas contratados para fazerem 30 shows no estado de Goiás e Distrito Federal,” diz trecho do texto.

Leia na íntegra:

“O cantor e pastor André Valadão tomou conhecimento de texto difamatório circulando na Internet e publicado em um site falando sobre o possível recebimento de uma quantia em dinheiro por meio do Ministério da Cultura (MinC).

Ao acionar profissionais especialistas sobre esta questão, André Valadão foi informado que uma produtora nomeada M&A Produções, do estado de Goiás, criou em 2010 um projeto com o nome “André Valadão Turnê 2011” e que ele teria sido aprovado pelo MinC para participar da Lei Rouanet. “Vi o projeto e fui informado que este tipo de documento pode ser elaborado mesmo sem minha autorização formal, a partir de uma abertura da própria Lei Rouanet. Soube que é comum produtoras criarem projetos, tentam aprová-los no MinC e depois buscam o ‘favorecido’ para negociar a realização dele”, conta.

A Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991), conhecida como Lei Rouanet foi criada com o objetivo de instituir políticas públicas dentro do Programa Nacional de Apoio à Cultura que geralmente apóia diversos tipos de manifestação cultural no Brasil desde então. Quando um projeto é aprovado pela Lei Rouanet o MinC autoriza que Pessoas Físicas ou Jurídicas possam contribuir com aquele valor em projetos culturais com dedução em seu Imposto de Renda.

Isso quer dizer que quando alguém tem um projeto agraciado pela Lei Rouanet vários procedimentos são cautelosamente analisados pelo MinC. Um deles é que o valor liberado pelo MinC para investimento de terceiros deve cumprir a tabela de planejamento dos recursos financeiros. A captação de recursos para a realização do projeto aprovado pela Lei Rouanet só pode começar após a aprovação do projeto e também a publicação dele no Diário Oficial da União.

No processo de captação de recursos com Pessoa Física ou Jurídica o pagamento dos valores que serão deduzidos do imposto de renda deles como investimento cultural (patrocínio) só poderá ser efetuado diretamente para os fornecedores e funções descritos detalhadamente no projeto, existe contabilidade certa para cada detalhe. Diferente do que se pensa, o valor proposto não é entregue nas mãos de quem teve o projeto aprovado pela Lei Rouanet. “Pelo que entendemos quando pesquisamos o assunto, a aprovação do projeto é uma das etapas, mas o trabalho seguinte que seria conseguir investidores é ainda mais trabalhoso”.

No caso específico noticiado por um site sobre André Valadão ter sido agraciado pela Lei Rouanet no valor de R$ 1.091.240,00 (hum milhão, noventa e um mil e duzentos e quarenta reais), teria sido aprovado então para a M&A Produções e não para André Valadão como descrito. “Outro ponto importante que minha equipe averiguou é que este projeto que leva meu nome foi aprovado em fevereiro de 2011 e até o momento não fui procurado por esta produtora. Mas vimos no MinC que o projeto está na situação de ‘pendência’ porque falta algum documento. Ele não foi publicado no Diário Oficial da União, então isso quer dizer que não houve captação de recursos”.

No projeto apresentado ao MinC pela M&A Produções consta também que André Valadão seria apenas 1 (um) dos 30 artistas contratados para fazerem 30 shows no estado de Goiás e Distrito Federal, ou seja, do valor aprovado R$ 1.091.240,00, André Valadão teoricamente receberia um cachê no valor de R$ 10mil assim como os outros 29 artistas. Quando se apresenta um projeto ao MinC ele pode ter qualquer nome, tanto, que pode ser alterado a qualquer momento do processo. “Fomos orientados de que é possível solicitar à produtora que retire meu nome do projeto e pretendemos fazer isso e já estamos tomando as medidas cabíveis”, destaca.

O Ministério André Valadão achou por bem esclarecer o que é a Lei Rouanet, como funciona e informar que não são verdadeiras as afirmações levantadas contra ele de que haveria recebido do Ministério da Cultura o valor de R$ 1.091.240,00. “As pessoas precisam conhecer a Lei Rouanet e perceber que este incentivo fiscal pode ser utilizado por qualquer projeto cultural no Brasil. Apesar deste projeto não ter sido entregue por mim, acredito que sim, nós como crentes devemos utilizar dos recursos disponíveis para propagar o Evangelho. Várias manifestações culturais como shows, peças de teatro e filmes vem sendo rodados com incentivo fiscal e não edificam. Por que nós crentes não podemos utilizar da Lei e agir dentro dela?”.”