segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A Sutileza de Satanás


O demônio trabalha corpo a corpo com as nossas paixões enganosas. Ele labuta para tornar-nos cegos às nossas faltas. Continuamente se esforça para nos levar ao pecado, e então, trabalha com a nossa mente carnal nos bajulando com a idéia de que somos melhores do que realmente somos. Assim, ele cega a consciência. É o príncipe das trevas. Cegar e enganar têm sido seu trabalho desde os nossos primeiros pais.
A força do hábito. Algumas pessoas se esquecem dos pecados que lhe são habituais. Frequentemente os pecados habituais entorpecem a mente, e dessa maneira, tais pecados, que uma vez afligiram a consciência, começam a parecer inofensivos.
O exemplo dos outros. Alguns se tomam insensíveis ao próprio pecado porque deixam a opinião popular ditar o seu padrão. Observam o comportamento dos outros a fim de discernir o que está certo ou errado. Porém, a sociedade é tão tolerante com o pecado que muitos deles perderam seu estigma. As coisas que não agradam a Deus e são consideradas abomináveis à sua vista parecem inocentes quando visualizadas através dos olhos da opinião popular.
Talvez as vejamos sendo praticadas por pessoas que estimamos, ou nossos superiores, ou por aqueles que são considerados sábios. Isso tende a favorecer essas coisas e a diminuir o sentido de sua pecaminosidade. É especialmente perigoso quando homens piedosos, líderes cristãos respeitados são vistos comprometidos com práticas pecaminosas. Isso especificamente tende a calejar o coração do observador e a cegar a mente a respeito de qualquer hábito maligno.

Obediência incompleta. Aqueles que obedecem a Deus indiferentemente ou pela metade correm o risco de viverem em pecado encoberto. Alguns cristãos professos negligenciam parte de seus deveres espirituais enquanto se concentram em outra parte. Seus pensamentos talvez estejam completamente voltados à oração secreta, à leitura bíblica, à adoração pública, à meditação e a outros deveres religiosos — enquanto ignoram os deveres morais: suas responsabilidades em relação à esposa, aos filhos ou aos vizinhos.
Sabem que não devem defraudar o seu vizinho, mentir ou fornicar. Mas parecem não considerar quanto mal há em falar dos outros de modo leviano, censurar o vizinho, contender e brigar com as pessoas, viver hipocritamente diante da família ou negligenciar a instrução espiritual de seus filhos.
Esse tipo de pessoa parece ser muito consciente em algumas coisas — aquelas áreas de sua obrigação sobre as quais se mantém vigilante — mas negligencia completamente outras áreas importantes.

Alegria no Sofrimento

Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma. (Tiago 1.2-4)


Os seguidores de Jesus Cristo enfrentam muitas dificuldades neste mundo. Algumas delas são experiência comum de todos os homens; os cristãos, contudo, são um povo escolhido, salvo e iluminado por Deus, e por isso devemos interpretar nossas vidas à luz do evangelho. Os não cristãos sustentam uma filosofia que se opõe à justiça de Deus e ao caminho de Cristo. Negam as verdadeiras causas e soluções para os problemas da humanidade. Assim, independentemente das variações e revisões, todas as teorias não cristãs falham em chegar à verdade sobre a nossa situação. Em vez de tomar conselhos a partir das dificuldades e dores de cabeça, eles se tornam amargos e endurecem seus corações contra a mensagem da salvação. E, em vez de capitular sob o calor da ira de Deus, juntam-se para lhe resistir. Mas a rebelião aumenta seus problemas e causa estragos em suas almas.Jesus Cristo nos salva da amargura e da rebelião, e transforma nossas perspectivas e atitudes. De fato, ele nos apresenta a única perspectiva verdadeira e as únicas atitudes adequadas. Ele nos faz homens e mulheres superiores. Aqueles que ainda estão obstruídos pela incredulidade e por más tradições hesitam dizer isso acerca dos seguidores de Cristo, mas se você se recusa a dizer que agora é superior ao seu antigo eu, significa que também alega que o evangelho é impotente e que as reivindicações que ele faz sobre o poder de Cristo são fraudulentas. Mas se você admite que agora é superior, isto também deve significar que você se tornou superior aos não cristãos, já que eles não se beneficiaram da sabedoria e do poder de Deus. A lógica é inescapável, mas de praxe os teólogos não falam dessa maneira, pois a maioria continua escrava da falsa humildade e dos clichês religiosos. Somos superiores porque Jesus Cristo é superior, e ele nos fez superiores nele por sua graça. É um dom de Deus ao seu povo.
Os não cristãos estão fora de contato com a realidade. Sua visão do mundo é pura fantasia, segundo a qual são pessoas boas e úteis, homens e mulheres podem livrar a si mesmos da perversidade e da destruição e Deus não os punirá com fogo do inferno. Jesus Cristo nos mostra a verdade e a realidade. Revela-nos que Deus é justo e soberano, que a humanidade transgrediu o padrão divino e caiu em pecado, e que Cristo veio para nos salvar da ira que está para vir e que já agora está operando no mundo. Jesus nos mostra que, embora tenhamos um futuro glorioso nele, que embora o caminho dos justos brilhe cada vez mais, este mundo segue caído e corrompido, que ainda não somos aperfeiçoados e que o crescimento nas virtudes de Cristo envolve dificuldades duradouras nesta vida.

Em si mesmas, as dificuldades não são agradáveis nem encorajadoras, mas Jesus Cristo nos capacita a enfrentá-las com alegria porque compreendemos que, quando as abordamos à luz do evangelho, elas exercitam nossa paciência e aumentam nossa resistência. Para isso significar alguma coisa, devemos entesourar as virtudes de Cristo mais que os confortos deste mundo. Devemos ter em mente as coisas de Deus mais que as coisas dos homens, e devemos ter um apetite semelhante ao dos anjos em vez do das feras.

Aqueles que foram regenerados pelo Espírito de Deus receberam a sabedoria para enfrentar a vida com essa perspectiva. Queremos ser como Jesus Cristo, que persistiu não apenas em meio às dificuldades gerais de viver neste mundo, como também à incredulidade, calúnia, toda sorte de abuso e mesmo à morte, podendo assim honrar seu Pai e salvar seu povo, isto é, os crentes de todas as gerações. Se seguirmos seu exemplo, nosso sofrimento no Senhor não será em vão.
Contudo, isso não significa que não fazemos nada para resistir. Algumas tradições religiosas querem nos fazer crer que a paciência e a resistência se traduzem em capitulação, que deveríamos permitir que os problemas nos atropelassem, como se isso por si só glorificasse a Deus e como se fosse a maneira adequada de se render à soberania de Deus. Isso é uma mentira de Satanás para nos convencer a abraçar a derrota, e fazê-lo sem luta. Deus nos deu recursos para superar muitos dos nossos problemas; de fato, é frequente a sua ordem de resistirmos com os métodos que ele ensina e fornece.

Visto que chegamos ao conhecimento da fé cristã, não importa o que enfrentamos na vida, devemos sempre lembrar que em Jesus Cristo já escapamos do pior tipo de problema — isto é, da ira de Deus em ação na alma, da escuridão intelectual de uma mente incrédula e da depravação moral de um pecador que vive sem o poder do evangelho. Ao contrário dos não cristãos, que estão sendo devorados pela morte a partir de seu interior, temos uma liberdade definitiva e crescente da morte. Estamos sendo educados na verdade pela palavra de Deus, e crescendo em coragem e autocontrole pelo poder do Espírito Santo.