domingo, 28 de agosto de 2011

Sexo Oral é pecado?

Não há fundamento para se dizer que sexo oral é pecado. Isso porque a Bíblia não diz nada claramente sobre o assunto e nem mesmo o livro de Levíticos - que se posiciona claramente contra vários desvios sexuais - não fala nada sobre o assunto.

Dizer que sexo oral é pecado é o mesmo que dizer que há partes do corpo permitidas de serem beijadas e outras não, o que seria por si só um tipo de "anti santificação" do corpo humano. Beijar a boca pode, beijar o seio, não. Chupar o pescoço pode, chupar outras partes do corpo não. Lamber o dedo da esposa pode, lamber outras coisas não. Não há, em toda a Bíblia, a demonização de nenhuma parte do corpo. O sexo e o amor foram criados por Deus para gozo e alegria de seus filhos e cada parte do corpo pode ser órgão sexual ou não, no sentido que há pessoas que se excitam se beijadas na orelha, outras sentem tesão por pés, outras ficam excitadas se tocadas no pescoço, etc... Dizer que certos lugares são liberados e outros não é incluir como lei o que não foi dito.
No entanto, apesar de não falar claramente, a Bíblia dá algumas pistas - bem claras, em alguns momentos - de como era a vida sexual de um casal que servia a Deus. O livro de Cantares é - além de uma metáfora do relacionamento de Cristo e a Igreja - uma descrição, muitas vezes minuciosa, de um relacionamento de amor e sexo entre um casal casado que se ama e serve a Deus.
De forma poética, delicada e, certamente, inspirada por Deus, o autor descreve a relação a dois e como pode haver gozo, prazer e alegria no sexo em um leito sem mácula e abençoado por Deus. Este livro fala claramente sobre o casal experimentando, comendo e bebendo de seus corpos. Ainda que não saibamos o que queiram dizer exatamente essas descrições, pode-se ter certeza de que não existem evidência alguma de que Deus esteja preocupado ou condenando o jeito que o casal se toca, beija ou acaricia.
Não quero com isso, fazer apologia a prática do sexo oral. O marido e sua esposa devem viver segundo a revelação que Deus tem dado aos dois. E se esta for não fazer sexo oral , amém, que assim seja feito. Deus faz diferentes revelações para diferentes pessoas porque o que para um é benção pode ser tropeço para outro. Assim o ideal é que o casal viva segundo o chamado de Deus para vocês. Se acreditam que é pecado, que não pratiquem. Muitas pessoas creêm que usar batom é pecado. Os pastores de sua igreja dizem isso. Elas acreditam. Elas não usam. Outras usam, mesmo seu pastor dizendo que é pecado. Usam porque não concordam. Assim, o casal deve decidir sobre isso juntos. E a partir daí, decidirem o que fazer. Se for praticar, o façam sem culpa. Se for se abster, também. De qq forma, não devem tornar esse assunto como o cerne de sua vida sexual porque sexo é muito mais do que isso. É intimidade, entrega e manifestação do amor de Deus e de vcs um pelo outro. Decidir pelo que for trazer paz ao coração de ambos, mas não deve ser motivo para que se julgue aos que pensam diferente.
"Ora, ao que é fraco na fé, acolhei-o, mas não para condenar-lhe os escrúpulos. Um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come só legumes. Quem come não despreze a quem não come; e quem não come não julgue a quem come; pois Deus o acolheu. Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio Senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é o Senhor para o firmar. Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Pois, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto mesmo que Cristo morreu e tornou a viver, para ser Senhor tanto de mortos como de vivos. Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Deus. Porque está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua louvará a Deus. Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus." (Rom. 14:1-12)

"Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos ante a sua glória imaculados e jubilosos, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, e agora, e para todo o sempre. Amém." (Judas 1:24-25)

Como Questionar a Deus

Romanos 9:19,20 afirma:
Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade? Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?

Paulo certamente estava insatisfeito com esta reação ao seu en­sinamento sobre Deus. Isso significa que é errado questionar o en­sino bíblico? Penso que não.
Paulo falava sobre assuntos polêmicos, e Pedro admitia que, às vezes, suas cartas eram difíceis de entender: "há certas coisas difí­ceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como tam­bém deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles" (2Pe 3:16). Paulo acrescenta: "Logo, tem ele [Deus] misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz" (Rm 9:18). A questão é que o próprio Deus decide se teremos um coração endu­recido ou não. "E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal". Deus teve misericórdia de Jacó e endu­receu a Esaú (Rm 9:11-13).
Ouvindo tal afirmação, alguém contesta: "De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade?" (v. 19) Ao que Paulo responde: "Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?!
"A palavra "discutir" (antapokrinomenos) aparece novamente no Novo Testamento, em Lucas 14:5,6. Jesus está mostrando aos in­térpretes da lei e aos fariseus que é legítimo realizar curas aos sába­dos, dizendo-lhes: "Qual de vós, se o filho ou o boi cair num poço, não o tirará logo, mesmo em dia de sábado? A isto nada puderam responder (antapokrithenai)".
Em que sentido eles não puderam "responder"? Não foram ca­pazes de apontar,qualquer erro, criticá-lo de forma legítima, ou realmente contradizê-lo. Assim, a palavra "responder" (ou discutir) provavelmente carrega o significado de "responder (ou discutir) com o objetivo de criticar, discordar ou corrigir".
Penso ser este o motivo da insatisfação de Paulo em Romanos 9:20. Deixando aberta a possibilidade de que um tipo diferente de questionamento seja aceitável, isto é, o questionamento humilde, que contribuía para uma melhor compreensão, e não para a censu­ra, a condenação ou a crítica do que está sendo dito.
Em Lucas 1:31, por exemplo, o anjo Gabriel veio à virgem Maria e disse: "Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus". Ela ficou maravilhada e perplexa, afinal, virgens não têm filhos. Poderia ter zombado ou contestado, mas, em vez disso, perguntou: "Como será isto, pois não tenho relação com homem algum?" (Lc 1:34). Ela não disse que seria impossível; perguntou: "Como?"
Por outro lado, temos a visita de Gabriel a Zacarias, pai de João Batista. O anjo veio e lhe disse: "Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, a quem darás o nome de João" (Lc 1:13). Zacarias sabia que "Isabel era estéril" (Lc 1:7), e seu ceticismo provocou um tipo de questionamento diferente: "Como saberei isto?". Ele não queria saber como o anjo o faria, mas qual a certeza de que o faria.
Gabriel não gostou dessa reação e disse: "Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para falar-te e trazer-te estas boas novas. Todavia, ficarás mudo e não poderás falar até ao dia em que estas coisas venham a realizar-se; porquanto não acreditaste nas minhas palavras, as quais, a seu tempo, se cumprirão" (Lc 1:19,20).
Concluo, portanto, que um questionamento humilde sobre como e por que Deus faz o que faz é aceitável a Deus. Ele responde de maneira satisfatória a Maria: "Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra" (Lc 1:35). Isso não diminuiu o mistério, mas ajudou.
Não posso remover o mistério de Romanos 9. Há mais para compreendermos do que temos visto, e eu quero desencorajar sua busca por conhecer mais e mais o coração e a mente de Deus. Ape­nas faça isso com humildade e com o desejo de confirmar o que ele já disse, ainda que lhe cause perplexidade.
Não deixe suas orações tornarem-se ocasiões para retrucar, não critique Deus nem sinta-se indignado com ele. Muito em breve, essa curta vida de perplexidades terminará: "Agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, co­nheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido" (ICo 13:12). Seja honesto com Deus sobre as coisas que o descon­certam, mas ponha a mão sobre boca se a contestação surgir. E melhor permanecer em silêncio e esperar pela explicação a dizer que algo não pode acontecer. "Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança" (SI 62:5).
Pai, confessamos que somos os filhos e tu és o Pai. Somos os aprendizes e o Senhor, o mestre. Somos pecadores e falheis e o Senhor, santo e sábio. Ensina-nos a medir nossos pensamentos pelos teus e não por outro padrão qualquer. Humilha-nos sobtua mão forte. Não permitas que nos indignemos contra o Senhor, que te critiquemos ou nos desapontemos contigo: Faze-nos estremecer diante de tais insultos. Oh! Quão profundas sãotuas riquezas e tua sabedoria! Quão insondáveis são teusjuízos! Quão inescrutáveis são teus caminhos! Louvamos-te!

Em nome de Jesus. Amém

ONDE O NOSSO BLOG ANDA

free counters

VISITAS DO DIA 01 DE ABRIL DE 2011 ATÉ HOJE




free counters