sábado, 3 de setembro de 2011

TV - Igreja Mundial do Poder de Deus oferece R$ 25 milhões por canal de TV nos EUA

O dinheiro oferecido seria destinado para a compra do horário no SBT, negociação que não houve acerto
O apóstolo Valdemiro Santiago enviou emissários aos Estados Unidos para negociar a compra de um canal de televisão. As negociações estavam marcadas para acontecer nesta quinta-feira, para a aquisição de um canal a cabo voltado para brasileiros e hispânicos residentes no país.
O valor que deve ser oferecido por este canal é de US$ 14 milhões, o equivalente a R$ 25 milhões, dinheiro que provavelmente seria usado na compra do horário das madrugadas do SBT, negociação que não foi acertada com os diretores da emissora de Silvio Santos.
Recentemente o fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus comprou as madrugadas da Band e também o horário entre as 12h e 14h da Rede TV!. Sem contar as 23 horas da programação do canal 21 UHF com quem tem contrato até agosto de 2012.

Fonte: Gospel Prime

Os milagrosos rituais da IURD

Hoje de madrugada estava a assistir a Record. Me deparei com horas e horas de cerimoniais, rituais e correntes que, supostamente, trariam prosperidade e libertação, prometidas pela IURD (Igreja Universal do Reino de Deus).
Para essa barganha, os líderes da IURD promovem rituais dos mais diversos tipos e por tempo determinado. Selecionei alguns que acontecem atualmente e estão sendo disseminados pela TV.
Nó em camisa
A pessoa leva uma camisa, virada do avesso e com um nó, pertencente a ela ou à pessoa que receberá oração e a entrega ao pastor.
Essa camisa representa a vida virada do avesso, com um nó, um impecilho para o crescimento.
Os pastores, ao final do culto, desfazem o nó da camisa, afirmando que todos os impecilhos cairão por terra naquele momento porque o nó foi desfeito.

Fogueira Santa de Israel
Esse ritual é velho conhecido do grande público.
Duas vezes ao ano – janeiro e junho – acontece o FSI. Cada pessoa deixa o seu pedido para ser levado à Israel e ser queimado junto com todos os outros milhares de pedidos numa grande fogueira em algum ponto histórico da terra santa, como Monte Sinai, entre outros.
Porém o pedido não é gratuito. É pregado que junto com o pedido deve haver uma oferta, um verdadeiro sacríficio que pese no bolso. É aconselhado vender um carro, ou esvaziar a poupança a fim de que doa no bolso e se mostre como sacrifício para Deus.
Assim, com o seu sacrifício, Deus vai se agradar e te abençoar grandiosamente.

Corrente dos revoltados
“Nasci revoltado, sou revoltado, e vou sacrificar”. Esse é o lema da corrente, que visa expulsar encostos que supostamente perseguem certas pessoas, as tornando revoltadas com a vida e com a igreja.
Distribuem pulseiras e camisetas pretas escritas “sou revoltado” aos participantes, que geramente são jovens.

Sessão descarrego
Outro velho conhecido do grande público. Um culto semanal que visa a expulsão de encostos que estejam a amaldiçoar e amarrar a vida dos fiéis.
São orações, ministrações e, atualmente, tem sido também feito o banho do descarrego; uma essência de arruda, com outros seis elementos para jogar sobre a cabeça.

Mural da sagrada família
Um enorme mural no qual você pendura a foto de sua família ou de seu parente que precisa de libertação. Pastores estarão orando sobre essas fotos para que maldições caiam por terra.
Verifiquei alguns fóruns da IURD. Eles justificam esses rituais como uma forma de chamariz para a igreja. Como chamariz funciona; só não funciona como verdade. Por isso, a porta de entrada em igrejas é grande, porém a porta de saída tem sido maior ainda. Hora de preferir a verdade.

P.s. Eu respeito o povo que está sendo enganado pela IURD. São pessoas de boa fé. O meu coração dói por eles, pois são pessoas que, em inúmeros casos, ainda precisam de salvação. Precisamos ter sabedoria ao falar sobre a IURD com esses irmãos, pois eles não sabem que estão sendo enganados (óbvio!).

O cristão e a política – o que a Bíblia diz

Já faz algum tempo, tenho refletido sobre o papel do cristão na política. Na minha concepção o cristão é muito nulo quando o assunto é exercer seus direitos. Talvez seja culpa daqueles jargões “Jesus é meu advogado” e “Deus sabe de todas as coisas“. Realmente Ele sabe e é seu advogado, mas você tem o direito e o dever de exercer seus direitos como cidadão de uma localidade.
Observando a Bíblia, me lembrei de uma passagem que joga luz a esse assunto. Todo mundo conhece a passagem em que Paulo expulsa o espírito de uma adivinha, na cidade de Filipos na Macedônia, o que enfurece os que lucravam com a menina e causa o açoite e a prisão de Paulo e Silas. No meio da noite tem um terremoto e lá eles conseguem evangelizar os guardas. Mesmo após o terremoto abrir todas as cadeias da prisão, Paulo permaneceu lá aguardando sua carta de soltura, que chegou na manhã seguinte. Acompanhemos o texto a partir daí:
Quando amanheceu, os pretores enviaram oficiais de justiça, com a seguinte ordem: Põe aqueles homens em liberdade.
Então, o carcereiro comunicou a Paulo estas palavras: Os pretores ordenaram que fôsseis postos em liberdade. Agora, pois, saí e ide em paz.
Paulo, porém, lhes replicou: Sem ter havido processo formal contra nós, nos açoitaram publicamente e nos recolheram ao cárcere, sendo nós cidadãos romanos; querem agora, às ocultas, lançar-nos fora? Não será assim; pelo contrário, venham eles e, pessoalmente, nos ponham em liberdade.
Os oficiais de justiça comunicaram isso aos pretores; e estes ficaram possuídos de temor, quando souberam que se tratava de cidadãos romanos.
Então, foram ter com eles e lhes pediram desculpas; e, relaxando-lhes a prisão, rogaram que se retirassem da cidade.
Atos 16:35-39
Vamos fazer algumas observações:
Pretores eram uma espécie de magistrado, ou seja, juízes da época de dominação romana. Eles condenavam, castigavam ou soltavam, instantaneamente. Esse cargo, somente para nobres, era vitalício e de uma tremenda responsabilidade. Foram eles quem condenaram Paulo e Silas à cadeia e os mandaram soltar na manhã seguinte.
Existia uma lei romana, a Lex Porcia, que isentava o cidadão romano do açoite e retirava o cargo do pretor que desobedecesse.
Feitas as considerações, vemos que Paulo fez valer os seus direitos como cidadão romano. Os pretores tinham o dever de se desculpar a Paulo e ele fez questão disso. Paulo poderia ter saído da prisão murmurando algo como “o Senhor me vingará“, mas ele bateu o pé e fez com que os pretores temessem pelo que fizeram a ponto deles irem pessoalmente pedir desculpas a Paulo.
Devemos nos espelhar nessa atitude de Paulo. Devemos ser cidadãos conscientes de nossos direitos, conscientes do que os políticos nos devem. Não sejamos omissos nem displicentes com nossos direitos; faça-os valer, não tenha vergonha nem preguiça disso! São direitos dados pelos homens que Deus mostra, através de Sua Palavra, que vale a pena serem preservados. Pensemos nisso!

Sexo, um pecado?

Nos últimos dias haverá tempos difíceis. Pois os homens serão egoísta, avarentos, orgulhosos, vaidosos, xingadores, ingratos, desobedientes... Não terão amor para com os outros e serão duros, caluniadores, sem domínio próprio; violentos e inimigos do bem. Serão traidores, atrevidos e cheios de orgulho. Amarão mais os prazeres do que a Deus. Terão a forma exterior da nossa religião, mas rejeitarão o seu verdadeiro poder. Afaste-se dessa gente. Alguns deles entram nas casas e conseguem dominar mulheres fracas, que estão cheias de pecado e que são levadas por toda espécie de desejos.” 2 Tm 3.1-6

Deus Criou o Ser humano com o fim principal de ser honrado e glorificado por ele (Jo 14.15,23). E, esta condição de nos achegarmos diante do Seu trono nos é concedida, quando dizemos não ao pecado e tomamos posse do sacrifico de Cristo (Ef 2.10; 2Co 5.17; 7.1) E concedeu-nos o Espírito Santo para habitar em nosso ser, que após a restauração, torna-se templo.
Vendo o diabo que o Senhor tem um amor extremo pelo homem, voltou-se contra este, para destruí-lo, tornando-os seus seguidores, discípulos.
Esta é a realidade de nossos dias, vivemos em tempos finais, proféticos. Dias nos quais o maligno tem agido com todo poder explicitamente.
No aspecto espiritual vêem-se as religiões declaradamente satânicas crescendo assustadoramente; os cultos afros cada vez mais em evidência; a igreja de Roma contextualizando seus ritos, etc.
No social, as desgraças são alimento para os programas de Tv. É a fome, violência, a falta de teto, o emprego escasso. Etc
Mas, o enfoque principal desta mensagem é a degradação moral da humanidade, patrocinada pelo diabo, que tem se acentuado cada dia mais. O Sexo é a grande arma nas mãos do maligno e ele tem sabido usa-la muito bem. E muitos têm sido aprisionados pelas correntes da imoralidade.
O Senhor deixou o sexo inicialmente com uma forma de procriação, como é comum a todos os animais, no entanto, em sua misericórdia permitiu que as relações sexuais fossem prazerosas e que naturalmente completasse a vida conjugal. O aproveitando-se disso, o diabo plantou nos corações a malícia e esta tem tomado os homens. A mulher tornou-se um objeto e sua imagem sedutora é usada em quase todos os aspectos.
Na mídia, para segurar os níveis de audiência, vemos as novelas e filmes com conteúdos altamente eróticos.
Os comerciais vendem de pneu a arroz.
Vivemos em dias, nos quais o sexo tem um apelo extremamente forte, a ponto de envolver até mesmo alguns crentes.
Mas, o sexo verdadeiramente é ruim?
De formal alguma; é um canal de prazer deixado por Deus aos homens e quando praticado de forma normal e natural e dentro de uma união é totalmente aceitável.
a) UMA PRÁTICA NATURAL: Rm 1.24-27; 6.19; Ef 4.19; Hb 13.4; 2Pe 2.10
É facilmente comprovada pela ciência a função de cada órgão de nosso corpo.
E os órgãos que foram criados por Deus para as relações sexuais, são a vagina e o pênis. Um foi feito para o outro. Naturalmente.
Os homens ímpios, influenciados pelo maligno, tornaram a verdade do Senhor em mentira e tomado por paixões infames, deixaram o modo natural das relações. Todas as formas antinaturais de relacionamento sexual são contrárias à vontade de Deus, por exemplo:
Sexo anal; oral; masturbação; uso de vibrador; entre pessoas do mesmo sexo; etc.

b) EXCLUSIVA NO CASAMENTO: Mt 5.27,28; 1Co 7.2,5; At 15.29; 1Co 7.2
O Sexo é uma benção deixada por Deus aos homens para serem praticadas exclusivamente dentro de uma União legal e normal. Sua prática fora do casamento é pecado!

C) INACEITÁVEL NO NAMORO/NOIVADO: Gl 5.19; 1Co 6.18; Ef 5.3; Cl 3.5
A impureza é um pecado sexual. Todos os atos impuros praticados entre casais de namorados são frutos da carne. A fornicação é um pecado!
Com certeza não vamos encontrar na Bíblia um texto que literalmente faça alusão às práticas sexuais impuras de uma forma explicita; mas, no conjunto da Palavra, facilmente vemos que tudo aquilo que é praticado de uma forma antinatural ou impura é errado.
A Palavra do Senhor é assim mesmo, simples e de fácil entendimento. Para que todos que a leiam, possam praticá-la. Mt 11.25; 1Co 2.1-5
As controvérsias existentes no meio cristão sobre o assunto, têm suas origens em vidas que se deixam influenciar pelos espíritos maus e buscam dar vazão aos desejos da carne.
Devemos dar lugar ao Espírito de Deus, jamais aos espíritos malignos.
O amor a Deus e a santidade no viver, é indispensável.

A Fornicação: A Defesa do Sexo Endeusado

Os desejos sexuais não devem ser objeto de ódio ou de vergonha. Podemos, e devemos, celebrá-los como um dom precioso. Deus é o autor deles (Gênesis 1:27; 2:22-24) e os declarou bons (Gênesis 1:31). O nosso Criador projetou o sexo não apenas para aumento do prazer físico e do bem-estar dos cônjuges no casamento, mas também para facilitar a expressão de seu carinhoso compromisso. Se o sexo, feito na intimidade do casamento, pode ser puro e santo (veja Hebreus 13:4; Romanos 13:1), não devemos imaginar que o nosso desenvolvimento espiritual seja mais bem atendido se negarmos a importância dos atos físicos do amor. O apóstolo Paulo admoesta sem rodeios aos casais: "Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência" (1 Coríntios 7:5).
Lamentavelmente, todas as boas dádivas de Deus para o homem, dentre as quais o sexo, foram tristemente corrompidas. As intimidades sexuais, tão proveitosas dentro da estrutura protetora do amor e do compromisso do casamento, podem voltar-se contra o homem de modo destrutivo, quando este permite que elas ultrapassem seus verdadeiros limites. O Espírito Santo tem o hábito de falar desse "sexo solto" como "fornicação". O termo em geral identifica toda perversão da capacidade sexual humana em intercurso ilícito, de natureza heterossexual, homossexual ou bestial. O adultério, o sexo antes do casamento, o incesto, a sodomia, o lesbianismo, etc. não passam de formas específicas de fornicação.
Ao contrário da opinião equivocada de alguns, a fornicação não tém a distinção de ser o primeiro nem o maior pecado. O orgulho maligno chega muito mais perto dessa desonra. No entanto, o preço que a fornicação tem exigido do homem, no que diz respeito à solidão, à infelicidade e à angústia, é tão desanimador que mal podemos imaginar suas conseqüências.
Quem pode descrever com a devida propriedade a degradação terrivelmente dolorosa da concubina levita que morreu ao segurar à porta do hóspede de seu marido, em Gibeá, após ter sido estuprada e abusada pelos homens da cidade de noite até a manhã (Juízes 19)? Quem pode contar os lares desintegrados e os filhos abandonados, ou medir a dor e as cicatrizes profundas que brotam desses "casos" impensados em nossos dias? E quem pode imaginar completamente os efeitos devastadores do abuso incestuoso de crianças em nossos dias? A culpa e a autodiscriminação impiedosamente dominam a mente e destroem a paz e a alegria. A angústia do que comete o erro e da vítima bradam lamentavelmente.
Paulo não apenas considera a fornicação um daqueles atos "manifestos" da carne, mas também o põe no topo da lista "carnal" de Gálatas 5:19-21 e raramente escreve a seus irmãos de várias regiões do mundo sem alguma admoestação especial para que a evitem (veja Romanos 13:13; Efésios 3:3-4; Colossenses 3:5; 1 Tessalonicenses 4:3). Ele insistiu com os coríntios para que "fugissem da fornicação", explicando que "qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo" (1 Coríntios 6:18). As intimidades sexuais fora do compromisso de amor do casamento contradizem ao propósito para o qual o corpo foi criado. Por serem contra a natureza, não podem deixar de ter conseqüências prejudiciais sobre o homem em geral.
Na raiz desse mau uso destruidor do sexo reside a alienação do homem em relação a Deus. Desesperadamente só, o homem busca compensar a sua perda numa busca desesperada por amor e aceitação. O desejo sexual, agora desprovido de amor puro, torna-se uma cobiça impessoal, egoísta. Assim, aquilo que Deus determinou ser um servo a manifestar o amor, torna-se um tirano que o suprime. E o corpo padece da desonra enquanto isso se dá (Romanos 1:24). Mas tenha esperança, meu amigo, há saída para os fornicadores!
A vitória sobre a fornicação (mesmo a do tipo homossexual) ocorre sobretudo no coração e na mente. Aí se deve lutar e vencer. A luta começa com uma profunda aceitação da responsabilidade pessoal (veja Romanos 1:21-26; 1 Coríntios 5), com um arrependimento genuíno (2 Coríntios 7:9) e com uma determinação sincera de deixar o sexo pervertido e todas as formas de perversidade e se agarrar em Deus (Atos 2:38; 17:30).
Somente com a plena reconciliação com Deus, podemos ter esperança de banir a solidão da alienação e quebrar o encanto do sexo endeusado (2 Coríntios 5:20; 1 Coríntios 6:9-11). Com o amor e a reverência cada vez maiores por Deus, devemos lançar-nos completamente sobre a graça de Deus. Paulo afirma: "Andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne" (Gálatas 5:16). Não há promessa de triunfo sobre a fornicação se for esse exclusivamente o nosso objetivo. Essa vitória é obtida no coração disposto a realizar toda a vontade de Deus. Aí aprendemos o amor que recebe o prazer sexual com gratidão, mas não o venera.

Crescimento evangélico estimula mercado de consumo e religião

Algumas Igrejas desenvolveram estruturas empresariais e planos de carreira; outras lançaram até cartões de crédito

O crescimento dos evangélicos no Brasil, em especial no ramo pentecostal, provocou mais do que mudanças religiosas: fortaleceu um mercado econômico, que chama a atenção tanto de igrejas como da iniciativa privada. De seu lado, as igrejas criaram estratégias de negócios. Algumas desenvolveram estruturas empresariais e planos de carreira; outras lançaram até cartões de crédito. E diversas montaram grupos e reuniões em que estimulam os fiéis a abrir negócios próprios e sanar suas finanças, com base na Teologia da Prosperidade – movimento que prega o bem-estar material do homem.
“Passava uma vida de miséria, comendo carcaça de frango”, conta uma frequentadora da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), acrescentando que, depois que começou a assistir às “reuniões da prosperidade” semanais da igreja, “as portas começaram a se abrir”. O depoimento é exibido pela própria IURD no YouTube. Em outro vídeo, um fiel diz que seus negócios não deram certo até ele entrar para o culto. Depois de “sair das trevas”, ele comprou “quatro, cinco casas”, onde cabem “sete ou oito carros”.
“A igreja é um local de ritos, mas hoje também um espaço de trocas e bens simbólicos”, diz Leonildo Silveira Campos, do departamento de Ciências Sociais e Religião da Universidade Metodista. “É voltada a pessoas cada vez menos preocupadas com questões transcendentais, e sim com o aqui e o agora. Para o novo pentecostal, o dinheiro não é para ser acumulado como previa a ética protestante, mas para comprar o carro e o apartamento novo. Para se inserir no mercado de consumo.”
Igrejas e empresas respondem a isso com produtos, que incluem cartões de crédito (emitidos pelas igrejas Internacional da Graça de Deus e Assembleia de Deus) e lançamentos constantes. A rua Conde de Sarzedas, no Centro de São Paulo, se especializou em atender consumidores cristãos. Ali, é possível comprar de bíblias segmentadas a CDs, jogos de tabuleiro com temas bíblicos e pacotes de turismo para Egito e Israel.

Se Deus está em toda parte, por que construir templos?

Nós não vamos aos templos para encontrar a Deus, mas para louvá-lo e adorá-lo em comunhão com nossos irmãos. Além disto, vamos compartilhar nossas experiências e aprender mais da Palavra e da vontade de Deus com aqueles que vivem há mais tempo na fé. Ao congregarmos em um templo, temos grande possibilidade de formarmos grupos de amigos, ou conhecermos, de repente, até a pessoa com quem vamos nos casar. Nestes locais também realizamos um ato de extrema importância que o próprio Senhor Jesus nos ensinou, que é a Ceia, na qual relembramos o sacrifício dele na cruz por nós.
Por meio de um templo, nós podemos inclusive colocar em prática muitos dos dons que Deus nos concede, como a do ministério pastoral, ou o ministério de ensino, ou qualquer outro tipo de atividade que nos integre com nossos irmãos e se enquadre como um serviço cristão; afinal, o ser humano não foi feito para viver só, e depois de convertido, esta convicção fica cada vez mais firme. Podemos inclusive servir uns aos outros, e nós mesmos como congregação nos organizar para servir aos de fora, que tem necessidades tanto físicas quanto espirituais.Quero aproveitar para desfazer uma confusão que ronda muitas mentes por aí. Igreja, como definida pela Bíblia, é o conjunto de todos os crentes em Jesus Cristo, de todas as épocas. Não é uma instituição humana, nem física: foi Deus quem criou a Igreja, e ela não é a mesma coisa que templo. Um templo pode conter uma congregação de pessoas que faça parte da Igreja de Cristo, mas a Igreja não é o templo.
Portanto, estas diversas denominações que hoje existem não era o plano original de Deus. Infelizmente, mesmo na época do apóstolo Paulo, já existiam dissensões na igreja, tentando criar grupos com interesses distintos (1Co 1.11-17). Assim, por um detalhe ou outro diferem na interpretação de alguma passagem bíblica, surgiram diversas denominações, embora pregando o verdadeiro Evangelho Salvador; existem também denominações que já se desviaram dele em partes (e outras, totalmente), e ensinam ‘outro evangelho’, também já combatido nos tempos de Paulo (Gálatas 1.6-10).Os templos são, primordialmente, casas de oração. E são casas de oração para todos os povos. É isto que diz a Palavra em Isaías 56.7 e Marcos 11.17. Deve ser um local onde a reverência à Deus concentra esforços coletivos . Nada que há lá deve tirar o foco disto. E ele é para ‘todos os povos’. Não é um lugar onde só entram os ‘perfeitos moralmente’, e sim para qualquer um que queira achegar-se ao Senhor de toda a criação, o nosso Salvador.
É importante ressaltar que o tamanho de um templo, ou a quantidade de pessoas que lá congregam, não significa que este templo é mais (ou menos) abençoado por Deus, ou ainda, que este povo seja mais (ou menos) santo. A pedra fundamental da Igreja é Jesus, e cada um de nós que faz parte dela está firmado nesta rocha eterna. Os ’tilojos’ desta igreja são cada um que ‘ouve os seus mandamentos e os pratica’. Nós somos o ‘material de construção’; portanto, prosperidade material não está ligada, necessariamente, à boa espiritualidade ou à santidade.
Deixo algumas passagens bíblicas a seguir para meditação. Todas falam em nos congregar; algumas são ordens do nosso próprio Deus.
Ajunta o povo, os homens e as mulheres, os meninos e os estrangeiros que estão dentro das tuas portas, para que ouçam e aprendam e temam ao SENHOR vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta lei (Deuteronômio 31:12 )
Lembramo-nos, ó Deus, da tua benignidade, no meio do teu templo (Salmos 48:9)
Salva-nos, SENHOR nosso Deus, e congrega-nos dentre os gentios, para que louvemos o teu nome santo, e nos gloriemos no teu louvor (Salmos 106:47)
Ouvi a palavra do SENHOR, ó nações, e anunciai-a nas ilhas longínquas, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor ao seu rebanho (Jeremias 31:10)
E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e ás boas obras, Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia (Hebreus 10:24,25)