terça-feira, 6 de setembro de 2011

Astrologia, o que a Bíblia diz?


A Bíblia ensina que a astrologia é não somente uma atividade inútil (sem valor), mas algo tão mau que sua simples presença indica que o juízo de Deus já ocorreu (Atos 7.42-43). Tanto como filosofia ou como prática, a astrologia rejeita a verdade relativa ao Deus vivo, e em seu lugar conduz as pessoas a objetos mortos, como os astros e planetas. Assim como a Bíblia ridiculariza os ídolos, também o faz com os astrólogos e suas práticas (Isaías 47.13).
Entretanto, isto não tem evitado que a maioria dos astrólogos declare que a Bíblia apóia favoravelmente a astrologia. Jeff Mayo, fundador da Escola Mayo de Astrologia, declara que "a Bíblia está cheia de referências astrológicas". Joseph Goodavage, autor de Astrology: The Space Age Science (Astrologia: A Ciência da Era Espacial) e Write Your Own Horoscope (Escreva Seu Próprio Horóscopo), declara que "a Bíblia está cheia da" filosofia da astrologia.[1]
Os astrólogos "justificam" tais afirmações da mesma maneira que muitas seitas citam a Bíblia como evidência de seus próprios ensinamentos falsos e anti-bíblicos. Eles distorcem as Escrituras até ensinarem algo contrário à Bíblia.[2] Qualquer passagem bíblica que refute tais ensinos é simplesmente ignorada, mal interpretada, ou eliminada. Pode-se provar que todo texto bíblico citado pelos astrólogos para provar que a Bíblia apóia a astrologia foi mal interpretado ou mal aplicado.[3] Assim como a água e o óleo não se misturam, a Bíblia e a astrologia são totalmente incompatíveis. Alguns não-cristãos também admitem que existe "um abismo ideológico permanente entre ambas as crenças".[4]
Historicamente o cristianismo tem-se oposto à astrologia por três razões bíblicas. Primeiro, a Bíblia explicitamente rejeita a astrologia como uma prática inútil (sem valor). Uma prova disso está em Isaías 47.13-14, onde Deus afirma: "Ja estás cansada com a multidão das tuas consultas! Levantem-se pois, agora os que dissecam os céus e fitam os astros, os que em cada lua nova te predizem o que há de vir sobre ti. Eis que serão como restolho, o fogo os queimará; não poderão livrar-se do poder das chamas; nenhuma brasa restará para se aquentarem, nem fogo para que diante dele se assentem." Aqui vemos que, em primeiro lugar, Deus condena o conselho dos astrólogos babilônicos. Em segundo lugar, Deus disse que suas predições baseadas no movimento dos astros não os salvariam do juízo divino que se aproximava. Finalmente, Deus disse que o conselho dos astrólogos não era inútil somente para os outros, mas que nem os salvaria a eles mesmos (Deuteronômio 4.19; 17.1-5; 18.9-11; 2 Reis 17.16; 23.5; Jeremias 8.2; 19.13; Ezequiel 8.16; Amós 5.26-27).
A segunda razão bíblica pela qual o cristianismo tem-se oposto à astrologia é porque Deus proíbe as práticas ocultas. Basicamente, a astrologia é uma adivinhação. Esta é definida pelo Webster’s New Collegiate Dictionary (1961) como "o ato ou prática de prever ou predizer atos futuros ou descobrir conhecimento oculto". No Webster’s New World Dictionary (1962), a astrologia é definida como "a arte ou prática de tentar predizer o futuro ou o conhecimento por meios ocultos". Por ser uma arte ocultista, Deus condena a adivinhação como mal e como uma abominação para Ele, dizendo que ela leva ao contato com maus espíritos chamados de demônios. (Deuteronômio 18.9-13; 1 Coríntios 10.20).
Finalmente, a Bíblia repudia a astrologia por levar as pessoas à terrível transferência de sua lealdade ao infinito Deus do Universo para as coisas que Ele criou. É como dar todo o crédito, honra e glória às magníficas obras de arte, esquecendo completamente o grande artista que as produziu. Nenhum astrólogo, vivo ou morto, daria às pinturas de Rembrandt ou Picasso o mérito que corresponde aos autores, mas eles o fazem rotineiramente com Deus. Entretanto, Deus é infinitamente mais digno de honra que os homens, pois é Ele quem fez "os céus e a terra" e em Suas mãos está a vida de todos os homens (Gênesis 1.1; Daniel 5.22-23).
O que têm provado os testes de validade dos signos zodiacais (por exemplo, se você é de Peixes, Áries ou Leão)?
A astrologia diz que o signo zodiacal de uma pessoa tem grande importância para determinar a totalidade de seu caráter. A análise de um pesquisador do conteúdo da literatura astrológica revela 2.375 adjetivos específicos para os doze signos zodiacais. Cada signo foi descrito por uns 200 adjetivos (por exemplo, "Leão" é forte, dominante, rude – um líder nato; "Touro" é indeciso, tímido, inseguro – não é líder). Nesse teste, mil pessoas foram examinadas segundo 33 variáveis, incluindo o atrativo físico, a capacidade de liderança, os traços de personalidade, as crenças sociais e religiosas, etc. A conclusão foi que este teste falhou em provar qualquer predição astrológica: "Todos os nossos resultados podem ser atribuídos ao acaso."[5]
Foi feito outro teste para descobrir se os planetas influem na compatibilidade do matrimônio, ou seja, se existe uma indicação significativa do número de casais que continuaram casados porque seus signos demonstraram ser "compatíveis"? E os que tinham um signo "incompatível" se divorciaram? O estudo foi feito com 2.978 casais que se casaram e 478 casais que se divorciaram em 1967 e 1968. Este teste demonstrou que os signos astrológicos não alteravam significativamente o resultado em qualquer desses grupos. Os nascidos sob signos "compatíveis" casaram e se divorciaram com a mesma freqüência do que os nascidos sob signos "incompatíveis".[6]
Os astrólogos alegam que os cientistas e os políticos são favorecidos por um ou outro signo zodiacal. Ou seja, que há uma suposta conexão entre o signo de uma pessoa e suas possibilidades de êxito numa determinada profissão. Ao investigar esse tema, John McGervy comparou a data de nascimento de 16.634 cientistas e 6.475 políticos e não encontrou correlação que substanciasse as afirmações dos astrólogos. Não pode haver dúvida de que a distribuição de signos nestas duas atividades foi tão aleatória quanto entre o público em geral.[7]
Concluindo, a evidência científica atual mostra que não é válida a afirmação dos astrólogos de que seu signo influi em sua vida.

Conclusão:

Enquanto a "luz dos astros" tem trazido dúvida e divisão entre os próprios astrólogos, e incerteza e frustração para o povo que anda sem direção, JESUS, o Criador de todos os astros celestes e de todo o Universo, apresenta-se como a verdadeira Luz do Mundo e declara que aqueles que O seguirem não mais andarão em trevas; mas terão a luz da vida (João 8.12).
Aos que estão buscando direção para suas vidas, Jesus convida: "Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei... e achareis descanso para a vossa alma" (Mateus 11.28-30).
Na Bíblia, a Palavra de Deus, encontramos revelações claras de que nossas vidas estão nas mãos de Deus. Davi revela-nos no Salmo 139 que Deus tudo conhece e que não podemos fugir da presença dEle em hipótese alguma. Daniel, o profeta, declara ao rei Belsazar: "...Deus, em cuja mão está a tua vida, e todos os teus caminhos..." (Daniel 5.23).
Nossas vidas e nossos caminhos estão nas mãos de Deus! Que consolo e descanso é sabermos que nossas vidas estão nas mãos desse Deus amoroso! Para os babilônios, todavia, que se deixavam guiar pelos astros, não foi assim, conforme lemos em Isaías 47.13-15.
Diante de nós está a escolha a ser feita: saber o que dizem os astros a meu respeito, ou saber qual a vontade de Deus para a minha vida. Convém recordarmos as palavras do apóstolo Paulo na sua Carta aos Romanos: "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (capítulo 12.2).

Espiritismo gospel: dando lugar a qualquer espírito

Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo.” – 1 Jo 4.1-3


Durante seis anos fui espírita kardecista, sendo médium por cinco. Exercia as faculdades mediúnicas de psicografia, psicofonia (ouvir os espíritos), incorporação, até a prática de cirurgias espirituais. No centro que eu frequentava, seu presidente (seu Cândido, talvez a melhor pessoa que já conheci até hoje) havia vindo da umbanda, e em homenagem aos espíritos dessa linha o centro fazia uma vez por mês uma reunião fechada aos médiuns, onde os espíritos de caboclos, pretos e pretas-velhas, pombas-giras, exus e erês vinham e traziam seus ensinamentos. Numa dessas reuniões, tive a visão de um orixá, com saia rodada e aquele véu de penduricalhos cobrindo-lhe o rosto, e incorporada pela entidade comecei a rodar, rodar, rodar. A entidade não falava, o que achei estranho (já que todas as demais falavam – aqui uma observação: um médium experimentado jamais perde a consciência durante uma incorporação: fica totalmente consciente controlando seu corpo, o que é muito importante principalmente em sessões de desobsessão, onde vêm espíritos muito revoltados, capazes de dizer os piores palavrões e até de agredir as pessoas). Depois descobri que orixá não fala mesmo, só espíritos de umbanda e kardecismo. Fui exortada a não permitir mais a manifestação de orixás nas reuniões de umbanda e tudo ficou bem.


Por que estou contando isso? Porque, logo que me converti, uma das minhas maiores dúvidas era sobre como discernir a atuação do Espírito Santo e a de espíritos enganadores na igreja.
Converti-me numa igreja pentecostal, achava lindo o falar em línguas, mas via umas coisas que já me intrigava, embora não pudesse sequer duvidar, pois duvidar da atuação do Espírito Santo seria cometer o tal “pecado imperdoável”, segundo me disseram na época. Então passei a achar tudo normal (lutando contra minha mente que insistia na dúvida), afinal estávamos na igreja e lá os demônios não podiam entrar, pois a luz não se mistura com as trevas. Ledo engano.
No início desse ano tive acesso aos vídeos que posto a seguir (são uma corajosa palestra realizada em junho de 2008 pelo pastor Wagner Antonio de Araujo – a versão escrita está aqui, mas vale a pena ver os vídeos para presenciar as cenas nas igrejas):

http://www.youtube.com/watch?v=7tzPTv0QSgA
http://www.youtube.com/watch?v=k_ZwYQtS8U0
http://www.youtube.com/watch?v=3f2eCHv6jro
http://www.youtube.com/watch?v=fitJ52cIDYg
http://www.youtube.com/watch?v=8Oo2Mz2UAeo
http://www.youtube.com/watch?v=V7KUer6N3Kc
http://www.youtube.com/watch?v=SyVxvvmbeWM
http://www.youtube.com/watch?v=4EId0z0ZDTA
http://www.youtube.com/watch?v=Wqw1rYCvuzQ
http://www.youtube.com/watch?v=2jvoqsjTrF8

Esses vídeos me desobrigam de dizer muita coisa. Dá para ver a atuação do Espírito Santo em cenas como essas, mesmo dentro das igrejas?

http://www.youtube.com/watch?v=D1rSrApukfQhttp://www.youtube.com/watch?v=7B5oC7VAyxY&feature=related (esse é especial, é uma “campanha contra a macumba”, acredite se quiser)http://www.youtube.com/watch?v=8IsAlEa5n24&feature=fvw

O que vemos é a infiltração e a plena aceitação de fogo estranho nas igrejas. Ninguém prova se os espíritos são de Deus, e por experiência própria, a fórmula de 1 Jo 4.1 serve perfeitamente, pois os espíritos dirão que Jesus é o maior espírito que já encarnou por essas bandas (como diziam no espiritismo), mas nunca, NUNCA, que Ele é quem Ele é. Sem prova-los, aceitamos qualquer manifestação como sendo de Deus pois, afinal, estamos na igreja, estamos com o pensamento em Deus, estamos clamando por Sua manifestação, e Deus não nos deixa enganados. Porém nos esquecemos que, para isso, Ele nos pede que estejamos sempre vigilantes, meditando dia e noite na Sua Palavra, buscando discernimento e tendo senso crítico, para que o lobo em pele de cordeiro não nos devore. Pena que muitas igrejas estão negligenciando esses ensinamentos, e assim tornando muitos crentes como “cavalos”, “aparelhos”, “médiuns” de espíritos que se fazem passar como o Santo, mas que visam apenas perpetuar sua dominação sobre os imprudentes.
Quem pensa que demônio só se manifesta na igreja para dar testemunho de maldade nas entrevistas feitas por alguns pastores está muito enganado. Os demônios assistem aos cultos da platéia, e alguns até os dirigem no púlpito. Sempre que a palavra pregada está em desacordo com o Evangelho de Jesus é possível perceber uma mãozinha do inferno colaborando para o engano coletivo.
De que adianta deixarmos o espiritismo, a umbanda, o candomblé, o vudu, se continuamos a manifestar os mesmos espíritos nas igrejas, com a conivência e até o incentivo de muitos pastores, esses também manipulados pelos demônios? Onde está a conversão a Cristo, ao poderio do Espírito Santo?
Sou pentecostal e continuo crendo que o Espírito Santo pode agir através dos crentes, dando-lhes dons, guiando-os, ensinando-os muitas coisas. Porém, não posso manter meus olhos fechados ao engano, e muito menos me manter calada enquanto muitos continuam joguetes do diabo mesmo frequentando uma igreja. As lideranças precisam atentar para essa triste realidade. A Igreja é o Corpo de Cristo, não o terreiro dos demônios.
Que a Igreja deixe de ser objeto de sarcasmo dos demônios para assumir sua verdadeira posição em Cristo. O espiritismo gospel é apenas mais um sintoma dessa igreja doente, cheia de dogmas, sofismas e metodologias que nada têm a ver com o Cristo ressurreto, servindo apenas para a glória de homens e do diabo, que se compraz com tudo isso.

fonte: revista cristã do Brasil.

Missionária Lanna Holder critica os crentes e afirma que, não existe cura para gays

missionária evangélica Lanna Holder ficou conhecida mundialmente por testemunhar que havia sido curada da homossexualidade. Deu palestras e promoveu o que seria a cura da homossexualidade em igrejas dos quatro cantos do mundo. Lanna acaba de protagonizar um episódio que abalou as estruturas evangélicas.



Ela se apaixonou por uma cantora gospel de renome nos Estados Unidos e se uniu à ela. A notícia de que ela voltou a ser homossexual (como se isso fosse possível) abalou as estruturas de muitas igrejas que ouviram (e acreditaram) em seu primeiro testemunho de cura da homossexualidade. Junta com sua namorada, Lanna inaugurarou em São Paulo a Comunidade Cidade de Refúgio, primeira denominação religiosa dirigida por um casal de lésbicas no Brasil. Hoje a missionária reconhece que nunca deixou de sentir atração sexual por mulheres e critica a postura das igrejas que, segundo ela, pregam uma libertação que não existe. Mesmo disposta a não falar mais de sua vida pessoal, já que se diz alvo de represálias de várias instituições evangélicas, ela aceitou receber a JUNIOR em seu escritório. Na ocasião, falou sobre a mentira em que viveu por anos devido à intolerância religiosa.

Antes você afirmava que a homossexualidade era possessão demoniaca e hoje se arrepende da visão que tinha. O que te fez mudar de opinião?

Quanto me converti, fui ensinada que a homossexualidade era uma maldição, então expunha para os fiéis da maneira que eu havia aprendido. Milhares de pessoas me procuravam para saber como eu havia deixado de ser lésbica e no fundo sabia que continuava gostando de mulheres. Eu professava aquela mentira na esperança de que um dia ela pudesse se tornar verdade na minha vida. Realmente lutei porque acreditava que iria mudar. Com o passar dos anos percebi que toda a teoria que eu pregava não surtia efeito em mim e muito menos nas multidões que se apoiavam na minha suposta cura. Resolvi deixar toda aquela vida falsa e mergulhei no estudo da teologia inclusiva, que considera a homossexualidade uma orientação, algo natural, sem nenhuma condenação de Deus.

Existem muitos gays mal resolvidos dentro das igrejas?

As igrejas evangélicas estão cheias de homossexuais tentando se curar em vão e por isso estão ficando doentes. O sucesso que eu fiz no passado se deve justamente ao grande número de gays evangélicos que se identificavam e se apoiavam no meu testemunho. Durante os cultos eles me procuravam deseseperados para dizer que estavam sofrendo e sendo discriminadas dentro da própria igreja e que precisavam de uma transformação. Atualmente recebo jovens traumatizados que foram expulsos de denominações evangélicas durante as reuniões porque eram afeminados.

O que você diria para as pessoas perderam anos de duas vidas acreditando nas coisas que você falava?

Eu olho para a minha história, para todas as coisas que eu dizia e lamento pelas pessoas que até se suicidaram, pessoas que geraram em seus corações uma expectativa de mudarem sua sexualidade e não conseguiram. Gente que achava que Deus me amava mais do que elas porque eu dizia que tinha sido liberta e não era verdade. Eu criei feridas no coração das pessoas e alimentei falsas expectativas. Tanta gente que, por minha causa, lutaram dentro das igrejas para deixarem de ser gays e não obteram exito. Peço perdão à todas essas pessoas. A igreja precisa acordar para esse erro que está comprometendo a vida de tanta gente.

Contantemente os evangélicos te atacam no meios de comunicação. Como você reage?

Eles sempre lançam pedras e me chamam de mentirosa. Eles não enxergam que eu deixei o vício das drogas, do cigarro e do álcool. O que Deus pôde transformar na minha vida ele transformou, a única coisa que continuou igual foi a minha sexualidade, que é algo intrínseco em mim e não pode ser mudado. Isso não é uma escolha, mas sim uma orientação. Quem ecolheria sofrer e ter um bando de crente hipócrita lançando na cara da gente que somos uma maldição? Ninguém no mundo escolhe sofrer.

Qual recado você daria para aquelas pessoas que ainda estão tentando ser curadas?

Eu tenho 49 anos e a maior parte da minha vida, assim como a de tantos evangélicos, foi jogada fora. Fiquei dentro de um armário porque se eu assumisse quem realmente era não poderia pregar, ser missionária, e muito menos considerada crente. Tive que omitir e esconder a minha sexualidade, proferindo que havia sendo curada, para conseguir continuar exercendo o meu ministério. Isso não vale a pena, cansei disso.

Qual é a proposta da Comunidade Cidade de Refúgio?

Deus não faz acepção de pessoas. Essa nova igreja foi criada para desmistificar a postura equivocada dos cristãos e para receber aqueles que querem viver com Deus, mas que não são aceitos por sua condição sexual. Praticamente todos os membros que recebemos, são pessoas rejeitadas por igrejas evangélicas. Aqui os casais gays poderam viver em paz, pregar, cantar e exercer seus dons diante de Deus. Aqui podemos reconhcer que somos gays, somos cristãos e somos felizes. Nos sentimos completamente amados e aceitos por Deus.

Você passou por algum tipo de ritual de libertação?

Todos que você possa imaginar. Fiz intensas sessões de regressão e cura interior, me entreguei para todas essas propostas, mas obviamente nada fez com que eu deixasse de ser lésbica.

Como é a sua atual relação com a igreja evangélica e com a sua família que pertence à denominações tradicionais?

Hoje não tenho nenhuma proximidade com os evangélicos e eles não aceitam minha atual condição. Todas as igrejas que no passado me convidavam para pregar não se comunicam mais comigo. Qualquer tipo de aliança foi quebrada porque eles consideram a homossexualidade possessão, maldição hereditária e algumas até mesmo doença. Eles não concordam com a visão que passei a seguir e são completamente opostos ao que estou pregando atualmente. A minha família tem a mesma postura, precisei me desligar deles para viver esse novo ministério.

Você se tornou uma das celebridades mais rentáveis do meio gospel. Qual foi o destino dos produtos comercializados com o seu nome?

É inevitável que as vendas diminuam. Aqueles que compravam não compram mais. Como o preconceito da igreja evangélica continua cada vez maior, a primeira atitude deles foi retirar todos os produtos com meu nome de suas livrarias.

Como você conheceu sua atual companheira?

Conheci a cantora e pastora Rosania Rocha em Bonton, nos Estados Unidos, na Assenbléia de Deus, igreja onde congregávamos. Nós éramos muito conhecidas entre o evangélicos e começamos a nos encontrar em viagens para pregar e cantar, foi quando iniciou o envolvimento. Na época contamos para a liderança da igreja com o objetivo de nos separármos. Eles reagiram da pior maneira possível, trouxeram o assunto à público e fomos humilhadas por evagélicos no Brasil e nos Estados Unidos. Depois dessa situação, resolvemos nos separar de nossos maridos e nos unir.