sexta-feira, 9 de setembro de 2011

QUANTO VOCÊ COBRA PARA PREGAR?

Alguns anos atrás eu estava no gabinete da igreja quando o telefone tocou. Quando atendi ao telefone, a pessoa do outro lado da linha disse que queria falar com o pastor Silas e se ele estava. Eu lhe disse que era o pastor Silas quem falava. Então ele se apresentou e me disse que era de uma igreja batista de uma outra cidade e se haveria a possibilidade de pregar em sua igreja em um congresso de jovens, me explicando que já havia ligado para o Pr. Silmar Coelho, mas nessa data ele estaria nos Estados Unidos, e que havia ligado para a cantora Eyshila, mas ela também não poderia estar no congresso naquela data. Então eles se lembraram de mim e resolveram ligar para ver se haveria a possibilidade de estar pregando no congresso. Eu olhei a minha agenda e verifiquei que na data que queriam, apesar de ser um feriado prolongado, eu estaria livre. Então veio a famosa pergunta:

- Quanto o senhor cobra para estar pregando em nosso congresso?
Então lhe falei que não cobrava nada. Ele surpreso me disse:
- Nada?!
- Nada. Respondi.
Então o rapaz me disse com muita empolgação:
- Pois eu quero lhe dizer que o senhor receberá uma boa oferta da igreja.
Confesso para vocês que eu fiquei surpreso, pois alguns anos antes eu havia pregado nessa igreja e ela não tinha paredes e eu nada cobrei e nem nada recebi. Voltei para pregar lá novamente, dessa vez já havia paredes e me deram uma oferta para cobrir as despesas da gasolina. Queridos, confesso para vocês uma coisa, não cobria a metade da gasolina que eu havia gasto, mas tudo bem.
Enquanto ele me falava pensei comigo: “Vou levar um grupo da igreja para esse congresso”. Mas aí ele completou:
- Não só uma boa oferta, mas o senhor terá todas as despesas pagas e dormirá num hotel fazenda excelente que temos aqui na cidade.
Meus irmãos, na mesma hora eu desisti de levar comigo a igreja; só vou com a minha esposa e não vou nem levar as crianças, meus filhos nessa época ainda eram bem novos. Hotel fazenda, boa oferta e ainda todas as despesas pagas. Que mudança. Que benção. Como estava mudada a igreja. Tão liberal e tão próspera.
Enquanto eu pensava nisso, o abençoado no outro lado da linha me disse assim:
- Pastor o senhor é muito famoso aqui em nossa cidade.
Aí eu pensei: “Famoso?” Ta certo que eu havia pregado lá duas vezes, e confesso que foi uma benção, mas famoso? Foi quando perguntei:
- Eu? Famoso?
- É. O senhor é muito famoso aqui, afinal de contas o senhor não é o pastor Silas Malafaia?
Então eu falei:
- Não meu irmão, eu sou o pastor Silas Alves Figueira.
- Ué! Ai não é a Assembléia de Deus da Penha?
- Não querido, aqui é a uma igreja batista e fica em Teresópolis.
- Ah pastor me desculpe pelo King Kong que eu paguei! Eu queria falar era com o pastor Silas Malafaia, o senhor não tem o telefone dele aí não?
- Não meu irmão, eu não tenho.
Queridos, tudo bem que eu não sou o Malafaia, mas também não sou nenhuma “Mala Sem Alça”. Por qual motivo o Malafaia tem boa oferta, despesa paga e hotel fazenda e para o Malafeia não têm nada? Só porque ele é famoso? Por que será que para o Pastor Silmar Coelho e para a cantora Eyshila podia ter honras financeiras e para o Malavazia não podia ter nada? Será que só eles merecem não ter gastos financeiros?
Fico imaginando eu e a minha querida esposa chegando à cidade e dando de cara com os cartazes, “Hoje estará conosco o famoso pregador Silas Malafaia.” E chega ao congresso o não famoso Malavazia com a sua digníssima esposa, que não se chama Elizete, mas Cláudia. Graças a Deus que o abençoado falou que o outro era famoso e eu achando que era eu. Já parou para pensar que situação eu iria enfrentar e eles?
Meus irmãos esse ocorrido me fez ver que quanto mais famoso você for, mais honras você recebe, como se a honra estivesse na fama e não na pessoa. Eu não tenho nada contra o pregador ou cantor receber uma oferta por ir a uma igreja para ministrar, o que eu não aceito é essa cobrança que se anda fazendo por aí. Pregadores e cantores cobrando para ministrar e cobrando alto, exigindo coisas que não tem lógica. Eu soube de um pregador que após pregar foi convidado a ir à casa de uma família da igreja para jantar. Quando ele viu que o jantar era sopa (pois estava muito frio naquela noite), ele disse para o dono da casa que por “aquilo” ele não dava graças, e foi jantar em outro lugar. Quanta arrogância entre os “famosos”, muitos vieram de lugares pobres, e muitos deles nem tinham o que comer direito, mas basta um pouquinho de fama e já começa o chilique, não como isso, não como aquilo. Onde isso vai parar meu Deus? Se alguém souber a resposta me diga por favor.

Pr Silas Alves Figueira, que não sabe o telefone do Malafaia.

CANTORA DEBORAH LIMA - A. Leal - Bahia

kADOSH EVANGELIZANDO EM UBAITABA

MINHA FAMÍLIA SERVINDO AO SENHOR.











Um clamor para que os céus se fendam

O profeta Isaías, num profundo clamor pela intervenção sobrenatural de Deus na vida do seu povo, clamou: “Oh! Se fendesses os céus e descesses!” (Is 64.1). Isaías está sedento pela presença manifesta de Deus. Isaías estava plenamente consciente de que nenhum poder da terra e nenhum recurso dos homens poderia trazer alento para o seu povo a não ser a presença de Deus. Essa é também a necessidade da igreja hoje. Não nos contentamos com templos bonitos. Não nos satisfaz termos um bom orçamento financeiro. Não é suficiente termos pessoas influentes na sociedade frequentando a igreja. Somente a presença manifesta de Deus pode levantar-nos para uma vida maiúscula e superlativa. Somente a presença de Deus pode encher-nos de entusiasmo espiritual. Precisamos desesperadamente de uma visitação extraordinária de Deus em nossa vida, em nossa família, em nossa igreja. Destacaremos, aqui, três verdades importantes:

1. o clamor pela presença de Deus só pode partir de corações sedentos por Deus. A igreja contemporânea tem sede de muitas coisas, mas está apática pelas coisas de Deus. Substituímos o Deus das bênçãos pelas bênçãos de Deus; o criador pela criatura; o doador pela dádiva. Construímos nossa própria torre de Babel. Celebramos o nosso próprio nome e contentamo-nos com as glórias da terra em vez de buscarmos com sofreguidão a glória do Deus eterno. O avivamento da igreja é a nossa maior e mais urgente necessidade. O avivamento, porém, acontece quando os céus se fendem e Deus desce com sua presença manifesta. O avivamento acontece quando a igreja anseia por Deus como um sedento clama por água e como a terra seca anseia pelas chuvas torrenciais. Ah, que Deus desperte nosso coração dessa letargia espiritual! Que Deus nos acorde desse sono da morte! É tempo de buscarmos o Senhor! É tempo de voltarmo-nos para Deus de todo o nosso coração!

2. o clamor pela presença de Deus tem o propósito de sermos inflamados pelo fogo divino. O profeta Isaías clama pela presença de Deus porque tem consciência da necessidade de ser aquecido pela presença manifesta de Deus como os gravetos são inflamados pelo fogo. Quando o Espírito Santo desceu no Pentecoste pousou sobre cada um deles como línguas de fogo. O fogo ilumina, aquece, purifica e alastra. Precisamos urgentemente rogar a Deus para que ele fenda os céus e venha sobre nós nos inflamar, aquecer e despertar para uma vida de entusiasmo espiritual. Não basta fazer a obra de Deus; é preciso fazê-la com entusiasmo. Não basta frequentar a casa de Deus; é preciso ter o coração aquecido. Não basta honrar a Deus com os lábios; é preciso ter o coração derramado na presença de Deus. Ah, falta vitalidade espiritual em nossa vida; falta vida em nossos cultos; falta aquela alegria indizível e cheia de glória em nossa adoração; falta calor espiritual em nossas orações. Que Deus tenha misericórdia de nós e fenda os céus e desça para nos despertar!

3. o clamor pela presença de Deus tem como propósito a vindicação da própria glória de Deus. Isaías ora para que os céus se fendam e clama pela presença manifesta de Deus não apenas para que o povo de Deus seja despertado, mas também, para que as nações reconheçam a glória de Deus e temam o seu nome. O avivamento é uma vindicação pela glória de Deus. Quando Deus fende os céus e desce para inflamar a igreja, a glória de Deus se manifesta entre as nações e os inimigos de Deus temem o seu glorioso nome. Quando a igreja perde seu vigor espiritual, quando seus cultos se tornam apáticos e cheios de formalidade; quando as brasas vivas se cobrem de cinzas e os crentes se tornam apáticos, abandonando o seu primeiro amor, o mundo se insurge contra Deus para zombar de seu santo nome. Ah, é tempo de clamar pela visitação extraordinária de Deus, para que ele fenda os céus e desça a fim de que os inimigos de Deus temam o seu santo nome. O avivamento acontece na igreja, mas transborda para o mundo. Quando Deus inflama o seu povo, o mundo reconhece que o nosso Deus é o único Senhor e teme o seu nome.

Fonte: Palavra da Verdade

Igrejas Cheias... Relacionamentos Vazios


Eu já participei de igreja cujo rol de membros ultrapassava os dois mil. Em outras tão pequenas que não chegava a trinta, onde a maioria pertencia à mesma família. Grande diferença. Cada irmão é conhecido e chamado pelo nome. E o abraço então, aconchegante, amistoso e caloroso. Enquanto isso nas igrejas agigantadas, equipes trabalham por turno e a maioria dos membros mal se conhece. O contato é superficial, pessoas viram números e o velho e essencial acolhimento que começaria “dentro de casa” acaba se perdendo em meio a outras novidades. A preocupação é atender e impressionar bem aos que vem de fora. Enquanto isso, no interior dos grupos, quanta gente sofrendo de solidão... Minguando afetivamente!

Tenho grande preocupação em avaliar como tem sido a nossa relação com demais pessoas de dentro da família de Cristo, no cotidiano e no institucional. Conseguimos perceber o olhar mais triste nesse ou naquele dia? Quando estes (as) desaparecem por algum tempo, o nosso primeiro pensamento é de censura ou preocupação? Passa pela nossa cabeça que possam estar atravessando uma fase difícil e, em caso afirmativo, nos mobilizamos para ampará-los? Aos que retornam após um período de ausência, a manifestação tem sido de acolhimento e alegria ou de cobrança?

Ah, as tais cobranças... Das piadinhas sarcásticas e olhares enviesados ao dedo em riste, vale tudo para manter o “bom andamento das atividades, em nome de Jesus”... Porém, vale a pena pensar se tem sido oferecido afeto, compreensão e solidariedade de acordo o que se cobra.

Muitas denominações se deixam favorecer por regras e dogmas que inibem a espontaneidade e a afetividade entre os trabalhadores da Seara de Cristo. Diversos grupos acabam resvalando para o extremismo. Antes, durante e depois das reuniões ignora-se que onde não há espaço para diálogo e autenticidade não pode haver uma relação saudável e verdadeira. Assim, vestindo a armadura do formalismo que afasta - em lugar da naturalidade que aproxima - temos nos tornado indiferentes. Sem perceber que estamos uns com os outros e não apenas passando uns pelos outros.

A preocupação em ser impecável sobrepõe-se então ao importar-se com. É que andamos muito ocupados em ser perfeitos. Ser perfeito como nosso Pai que está nos céus está longe da pretensa santidade que ainda estamos longe de possuir... Quanta ilusão! Louvo a Deus pela sua indizível graça e misericórdia por nós pecadores, adotados por ele, salvos por Jesus, nosso grande mediador.

Acontece de um irmão procurar ajuda, lá vem o julgamento implacável implícito na “velha e decorada receitinha”: Oração e vigilância... Com direito, é claro, a sorrisinho paternalista e tapinha nas costas. Dali cada qual pro seu lado e a cômoda sensação de dever cumprido, sem que tenhamos, entretanto, caminhado um milímetro sequer em direção às reais necessidades do outro. Sem contar que, numa quase ditadura como critério de “promoção” a trabalhador cristão, raros são os que têm coragem de expor suas dificuldades, por mais que estejam passando o pão que o diabo amassou. Afinal, um cristão não pode estar sujeito aos problemas existenciais inerentes aos “mortais”, como stress, depressão, frustração amorosa ou qualquer outro tipo de sentimentos. Daí o receio de se abrir, pois mostrar alguma fragilidade pode significar perda de credibilidade nas bênçãos de Deus, estar em pecado e até mesmo falta de conversão. Outras vezes pode render o estigma indigesto de endemoninhado.

Some-se a tudo isso o fato que, embora se dizendo crentes em Jesus, a maioria das igrejas tem vivido na prática como bons materialistas. Interagindo numa sociedade altamente competitiva, tem sido sutilmente seduzidos pelo supérfluo, em detrimento do essencial. As palavras de Jesus nos induz a buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça, objetivo primordial da vida do cristão. O sucesso profissional, social e financeiro, que inclui produzir, consumir (desde títulos acadêmicos e profissionais a bens materiais) nos seriam acrescentados. Mas ser “bem sucedido” dá muito trabalho. Os inúmeros cursos, viagens e horas extras à noite, fins de semana e feriados, somados à necessidade exacerbada de ter, tomam-nos muito tempo. Então os compromissos com o reino deixam de ser prioridade. Vão sendo adiados ou passados para terceiros pela metade, encaixados nas sobras de tempo que restam de tudo o que é material e “urgente.” Passa-se a ser membro do corpo quando dá... Só pra bater o ponto... E de preferência sem hora marcada. Nem bem acabou o “amém” as pessoas já saem apressadas para “levar ou buscar Fulana e Beltrano não sei onde”... Ou para compromissos que poderiam tranquilamente ser agendados em outra data.

Sabemos que quanto mais superficial a convivência, mais frieza nas relações. Passamos então a nos esbarrar não como irmãos, mas como meros colegas, como num circulo de relações à parte, onde dificilmente há lugar para os companheiros de ideal.

Dentro do preciosismo doutrinário e do igrejismo teremos perdido a sensibilidade, o prazer de estarmos juntos, os laços de amizade que extrapolavam os muros da igreja? Em que lugar do tempo foi parar as gostosas confraternizações, os agradáveis bate-papos após as atividades... A amizade parceira e edificante, o olhar atento que detectava quando esse ou aquele amigo não estava bem. Onde foi que perdemos o interesse verdadeiro pelo bem-estar uns dos outros?... Talvez seja mais fácil culpar alguém. Isso faz parte de nossa síndrome Adâmica. Precisamos responder honestamente a essas perguntas, mas uma coisa é inegável: Coragem é questão de fé, e tempo é questão de organização e prioridade.

Trazemos as pessoas para nossa congregação e por fim as deixamos abandonadas nos bancos de nossas igrejas. E são tantos os irmãos que reclamam atenção especial... Amigos e companheiros solitários para os quais os fins de semana são intermináveis e que, se acolhidos, com certeza se sentiriam muito melhor!... Companheiros em processos de reabilitação, a recomeçar em difíceis períodos de crise existencial, para os quais faria toda a diferença uma conversa amorosa, a presença amiga naquele momento ou a visita surpresa de aniversário. Celebrar gente é trabalhar a autoestima individual e coletiva. Quando as pessoas se sentem valorizadas, quando são envolvidas em ambiente de carinho, alegria e leveza, todo o grupo se torna mais harmônico, feliz e produtivo.

Eu me pergunto: Os tempos mudaram tanto assim... Ou as pessoas fizeram questão de mudar? “Amai-vos uns aos outros como a ti mesmo” A construção da frase sinaliza, clara e pedagogicamente, para a ação prioritária. Já temos teoria de sobra. Precisamos urgentemente aplicá-la no cotidiano das relações. É avaliar com honestidade até que ponto ser impecável, indispensável e PHD, tem sido mais importante do que ser irmão.

Repensemos. Continuar a brincar de ser cristão alimentando a distância entre o discurso e a pratica, é um enorme desserviço ao nosso próprio crescimento e felicidade. A Bíblia tem nos alertado sobre atos farisaicos... Para nossa sorte, em casos de pobreza e vulnerabilidade espiritual a Misericórdia Divina nunca nega o perdão e o abrigo quando é suplicado.

Em João 15: 14 lemos que: “Sereis meus amigos se fizerdes o que eu vos mando”. Neste momento é imperioso resgatar a nossa identidade de seguidores sinceros de Jesus, buscando interagir com sinceridade e companheirismo. Como distribuir aos que chegam o afeto, o aconchego e a tolerância quando não conseguimos construir entre nós, irmãos em Cristo Jesus?

No Amor de Cristo

Cleusa de S. Klein