sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Cantora presa por dois anos em contêiner de metal vem ao Brasil

A cantora gospel eritreia Helen Berhane que foi presa e passou por diversas sessões de torturas na Eritréia, estará entre os dias 20 e 23 no Brasil a convite da organização Portas Abertas Brasil para relatar todas as atrocidades que enfrentou e para alertar a população brasileira sobre a realidade de seu país.
Presa, por negar-se a recusar Jesus como Senhor, ele passou por diversas prisões sendo a ultima em um contêiner de metal, onde por dois anos foi submetida a diversas sessões de torturas. na prisão militar de Mai Serwa, na Eritreia.
Sempre ativa e preocupada com o desenvolvimento de seu país, a cantora gospel Helen Berhane acreditava na liberdade religiosa que se achava garantida pela nova Constituição da Eritreia, país que se tornou oficialmente independente em 1993.
Apesar do confinamento desumano, uma vez que a temperatura dentro de um contêiner no deserto é sufocante durante o dia e extremamente fria durante a noite, ela manteve-se ativa e firme em suas convicções pessoais. Isso lhe rendeu várias agressões, até que a pior delas fez com que ela fosse levada a um hospital, depois que os guardas a consideraram como morta.
Segundo Helen em seu livro Canção da Liberdade, publicado neste mês de outubro pela Editora Vida, ela, de maneira milagrosa, conseguiu embarcar para o Sudão, já que não tinha condições físicas de tentar fugir pela fronteira devido aos ferimentos na perna causados pelas torturas físicas a que foi submetida.
Helen e a filha, Eva, receberam asilo político na Dinamarca. Hoje, recuperada de sua frágil saúde, Helen arranjou um emprego, casou-se e continua pregando e cantando em países onde não há restrição ao cristianismo. Por todos os lugares que passa, Helen relata as experiências vividas e a forma como o governo da Eritreia lida com os prisioneiros de consciência.
Realidade
Acredita-se que cerca de 3 mil prisioneiros ainda vivam nessas condições. Calcula-se que 2 mil deles sejam cristãos.
Vinda ao Brasil
Entre os dias 20 e 23, haverá atividades no Parque da Aclimação, em São Paulo, para toda a sociedade como a exposição da realidade vivida pelos cristãos eritreus por meio de um contêiner marítimo no local, apresentação de filmes, gravação de vídeos e um relógio de oração para todos aqueles que querem fazer suas preces em favor dos prisioneiros de consciência eritreus. Muitos deles sequer sabem o motivo de estarem presos naquele local e a maioria, ainda é de cristãos que não aceitam negar sua fé em Jesus Cristo.
No dia 22 de outubro, sábado, às 10h, na Concha Acústica do Parque da Aclimação, em São Paulo,haverá um show com a cantora.

Maria Catherine FILHA DE ALINE BARROS

Aline Barros postou, nesta quinta-feira, 13, em sua página no Twitter uma foto sua com a filha recém-nascida. "Estou celebrando muito, minha filha é uma bênção de Deus e muito linda, Maria Catherine nos te amamos!", escreveu a cantora em sua página no microblog.

MINHA FAMÍLIA SERVINDO AO SENHOR.












VISITAS DO DIA 01 DE ABRIL DE 2011 ATÉ HOJE.



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E DISSE DEUS: “NÃO PONHAM PALAVRAS NA MINHA BOCA!”

Por Pr. Marcello Matias
Nosso país – que é um Estado Democrático de Direito – é regido por sua Constituição Federal – sua carta magna – que traz em seu cabedal o conjunto de regras e parâmetros que devem reger e proteger os direitos e deveres da nação brasileira.
Contudo, acho que nunca vi um documento tão importante e com tantos “remendos” quanto a nossa CF. Desde a Assembleia Constituinte de 88 para cá, muitas e muitas emendas foram feitas na nossa Constituição. Na minha visão, ela se torna, desse ponto de vista, uma imensa colcha de retalhos.
Estou usando o exemplo desse tão importante documento da nação, porque para mim, a Bíblia – nossa regra de fé e prática – a Palavra de Deus, tem sofrido tentativas de “Emendas” por muitos.
Quantas baboseiras ouvimos, quantas bizarrices vemos, quantas heresias tem surgido, tudo isso em “nome de Deus”! Em Jeremias 29:9, bem como em outros textos, Deus demonstra claramente sua indignação quando alguém diz em Seu Nome o que Ele na verdade não disse.
E isso na verdade não vem de hoje, começou lá no Gênesis. Lembra-se de Adão e Eva? Pois é. Um dos fatores que contribuíram para que caíssem foi justamente o fato de darem ouvidos a distorção feita pelo diabo daquilo que Deus disse anteriormente.
É como se Deus gritasse: “Ei, não ponham palavras na minha boca!” E de fato, ainda hoje, alias principalmente hoje existem inúmeros hereges se levantando como profetas e dizendo coisas que Deus não disse. Fazendo promessas que Deus não fez.
É por isso que Paulo, muito tempo depois de Jeremias diz: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gal. 1:8
Precisamos ter muito cuidado. A iluminação do Espírito Santo nunca é separada da Revelação de Deus. Em outras Palavras, o Espírito Santo nunca vai te mostrar uma ideia fora da realidade bíblica ou que distorça a mesma. Quem prega, o faz iluminado pelo Espírito de Deus em total harmonia com a Sua Palavra.
É por isso que a Igreja de Beréia tinha a preocupação de conferir tudo aquilo que os apóstolos lhes ensinavam na Bíblia.
A Bíblia não aceita Emendas. É a Revelação Final de Deus, não precisa de mais nada, além daquilo que a mesma já traz. Não é uma colcha de retalhos. É inerrante e perfeita. É atual e moderna.
Que Deus tenha misericórdia de tantos que, nos dias de hoje, tem ensinado e profetizado aquilo que Ele mesmo nunca mandou – dizendo e profetizando aquilo que distorce e fere a Palavra.

Igrejas Cheias... Relacionamentos Vazios

Por Cleusa de S. Klein
Eu já participei de igreja cujo rol de membros ultrapassava os dois mil. Em outras tão pequenas que não chegava a trinta, onde a maioria pertencia à mesma família. Grande diferença. Cada irmão é conhecido e chamado pelo nome. E o abraço então, aconchegante, amistoso e caloroso. Enquanto isso nas igrejas agigantadas, equipes trabalham por turno e a maioria dos membros mal se conhece. O contato é superficial, pessoas viram números e o velho e essencial acolhimento que começaria “dentro de casa” acaba se perdendo em meio a outras novidades. A preocupação é atender e impressionar bem aos que vem de fora. Enquanto isso, no interior dos grupos, quanta gente sofrendo de solidão... Minguando afetivamente!
Tenho grande preocupação em avaliar como tem sido a nossa relação com demais pessoas de dentro da família de Cristo, no cotidiano e no institucional. Conseguimos perceber o olhar mais triste nesse ou naquele dia? Quando estes (as) desaparecem por algum tempo, o nosso primeiro pensamento é de censura ou preocupação? Passa pela nossa cabeça que possam estar atravessando uma fase difícil e, em caso afirmativo, nos mobilizamos para ampará-los? Aos que retornam após um período de ausência, a manifestação tem sido de acolhimento e alegria ou de cobrança?
Ah, as tais cobranças... Das piadinhas sarcásticas e olhares enviesados ao dedo em riste, vale tudo para manter o “bom andamento das atividades, em nome de Jesus”... Porém, vale a pena pensar se tem sido oferecido afeto, compreensão e solidariedade de acordo o que se cobra.
Muitas denominações se deixam favorecer por regras e dogmas que inibem a espontaneidade e a afetividade entre os trabalhadores da Seara de Cristo. Diversos grupos acabam resvalando para o extremismo. Antes, durante e depois das reuniões ignora-se que onde não há espaço para diálogo e autenticidade não pode haver uma relação saudável e verdadeira. Assim, vestindo a armadura do formalismo que afasta - em lugar da naturalidade que aproxima - temos nos tornado indiferentes. Sem perceber que estamos uns com os outros e não apenas passando uns pelos outros.
A preocupação em ser impecável sobrepõe-se então ao importar-se com. É que andamos muito ocupados em ser perfeitos. Ser perfeito como nosso Pai que está nos céus está longe da pretensa santidade que ainda estamos longe de possuir... Quanta ilusão! Louvo a Deus pela sua indizível graça e misericórdia por nós pecadores, adotados por ele, salvos por Jesus, nosso grande mediador.
Acontece de um irmão procurar ajuda, lá vem o julgamento implacável implícito na “velha e decorada receitinha”: Oração e vigilância... Com direito, é claro, a sorrisinho paternalista e tapinha nas costas. Dali cada qual pro seu lado e a cômoda sensação de dever cumprido, sem que tenhamos, entretanto, caminhado um milímetro sequer em direção às reais necessidades do outro. Sem contar que, numa quase ditadura como critério de “promoção” a trabalhador cristão, raros são os que têm coragem de expor suas dificuldades, por mais que estejam passando o pão que o diabo amassou. Afinal, um cristão não pode estar sujeito aos problemas existenciais inerentes aos “mortais”, como stress, depressão, frustração amorosa ou qualquer outro tipo de sentimentos. Daí o receio de se abrir, pois mostrar alguma fragilidade pode significar perda de credibilidade nas bênçãos de Deus, estar em pecado e até mesmo falta de conversão. Outras vezes pode render o estigma indigesto de endemoninhado.
Some-se a tudo isso o fato que, embora se dizendo crentes em Jesus, a maioria das igrejas tem vivido na prática como bons materialistas.
Interagindo numa sociedade altamente competitiva, tem sido sutilmente seduzidos pelo supérfluo, em detrimento do essencial. As palavras de Jesus nos induz a buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça, objetivo primordial da vida do cristão. O sucesso profissional, social e financeiro, que inclui produzir, consumir (desde títulos acadêmicos e profissionais a bens materiais) nos seriam acrescentados. Mas ser “bem sucedido” dá muito trabalho. Os inúmeros cursos, viagens e horas extras à noite, fins de semana e feriados, somados à necessidade exacerbada de ter, tomam-nos muito tempo. Então os compromissos com o reino deixam de ser prioridade. Vão sendo adiados ou passados para terceiros pela metade, encaixados nas sobras de tempo que restam de tudo o que é material e “urgente.” Passa-se a ser membro do corpo quando dá... Só pra bater o ponto... E de preferência sem hora marcada. Nem bem acabou o “amém” as pessoas já saem apressadas para “levar ou buscar Fulana e Beltrano não sei onde”... Ou para compromissos que poderiam tranquilamente ser agendados em outra data.
Sabemos que quanto mais superficial a convivência, mais frieza nas relações. Passamos então a nos esbarrar não como irmãos, mas como meros colegas, como num circulo de relações à parte, onde dificilmente há lugar para os companheiros de ideal.
Dentro do preciosismo doutrinário e do igrejismo teremos perdido a sensibilidade, o prazer de estarmos juntos, os laços de amizade que extrapolavam os muros da igreja? Em que lugar do tempo foi parar as gostosas confraternizações, os agradáveis bate-papos após as atividades... A amizade parceira e edificante, o olhar atento que detectava quando esse ou aquele amigo não estava bem. Onde foi que perdemos o interesse verdadeiro pelo bem-estar uns dos outros?... Talvez seja mais fácil culpar alguém. Isso faz parte de nossa síndrome Adâmica. Precisamos responder honestamente a essas perguntas, mas uma coisa é inegável: Coragem é questão de fé, e tempo é questão de organização e prioridade.
Trazemos as pessoas para nossa congregação e por fim as deixamos abandonadas nos bancos de nossas igrejas. E são tantos os irmãos que reclamam atenção especial... Amigos e companheiros solitários para os quais os fins de semana são intermináveis e que, se acolhidos, com certeza se sentiriam muito melhor!... Companheiros em processos de reabilitação, a recomeçar em difíceis períodos de crise existencial, para os quais faria toda a diferença uma conversa amorosa, a presença amiga naquele momento ou a visita surpresa de aniversário. Celebrar gente é trabalhar a autoestima individual e coletiva. Quando as pessoas se sentem valorizadas, quando são envolvidas em ambiente de carinho, alegria e leveza, todo o grupo se torna mais harmônico, feliz e produtivo.
Eu me pergunto: Os tempos mudaram tanto assim... Ou as pessoas fizeram questão de mudar? “Amai-vos uns aos outros como a ti mesmo” A construção da frase sinaliza, clara e pedagogicamente, para a ação prioritária. Já temos teoria de sobra. Precisamos urgentemente aplicá-la no cotidiano das relações. É avaliar com honestidade até que ponto ser impecável, indispensável e PHD, tem sido mais importante do que ser irmão.
Repensemos. Continuar a brincar de ser cristão alimentando a distância entre o discurso e a pratica, é um enorme desserviço ao nosso próprio crescimento e felicidade. A Bíblia tem nos alertado sobre atos farisaicos... Para nossa sorte, em casos de pobreza e vulnerabilidade espiritual a Misericórdia Divina nunca nega o perdão e o abrigo quando é suplicado.
Em João 15: 14 lemos que: “Sereis meus amigos se fizerdes o que eu vos mando”. Neste momento é imperioso resgatar a nossa identidade de seguidores sinceros de Jesus, buscando interagir com sinceridade e companheirismo. Como distribuir aos que chegam o afeto, o aconchego e a tolerância quando não conseguimos construir entre nós, irmãos em Cristo Jesus?

No Amor de Cristo

Cleusa de S. Klein

O QUE A BIBLIA NÃO FALA MAS OS PASTORES SIM

Por Daniel Clós Cesar
Há alguns anos, fui convidado por um pastor, e participei de um evento para jovens e adolescentes em uma igreja evangélica aqui de minha cidade. O objetivo do presbitério da instituição era ensinar a sã doutrina conforme a Palavra, sem nenhuma idéia humana ali embutida. Ora, isso era o mesmo que pensavam ser possível os historiadores da Escola Metódica ou Positivista, eles morreram acreditando serem totalmente imparciais, isso porque não leram seus próprios textos 50 anos depois. Ora, quem pode ser totalmente imparcial? Se você é a favor da pena de morte não será um discurso que lhe fará mudar de opinião, pessoalmente, acredito que apenas uma transformação gerado no Espírito Santo te fará pensar de outra forma. O mesmo digo dos “idolatradores” da Teologia da Prosperidade, só o Espírito Santo para fazer uma obra na vida deles e os transformar, ou alguém acredita que por tanto gritar eles vão acordar? Somente quem tem ouvidos ouve.
Pois bem, alguns pastores e líderes sentados no meio de um grupo de aproximadamente 50 jovens e adolescentes, ávidos por questionarem tudo aquilo que desejam fazer mas têm medo de que sejam disciplinados por tal atitude, ainda que a tal denominação, como tantas outras, diga não ter doutrinas senão as bíblicas.
Entre as primeiras perguntas, escritas em um papel, afinal ninguém quer mostrar a cara quando se tem 16 anos e não é filho de pastor ou levita, veio a seguinte: “Jesus era tatuado, posso fazer uma tatuagem?”
A gente já sabe de onde o rapaz ou moça tirou a idéia de que Jesus é tatuado (Ap 19.16), e não vou entrar aqui no detalhe se Jesus é ou não tatuado, eu tenho tatuagem e fiz depois de muitos anos de convertido, mas não aconselharia ninguém a fazer uma, você pode se arrepender mais tarde, então, mantenha a pele limpa até ter certeza de alguma coisa... mas voltando ao Jesus tatuado e se eu posso ou não fazer a resposta dos pastores foi, entre outras coisas: “tatuagem tem um simbolismo perverso, é usada por pessoas de gangues e promiscuas, não por alguém que já teve um encontro com Deus etc...” por fim a mesma bobagem de sempre: “a Bíblia diz que não se deve marcar o corpo”.
Também sabemos de onde vem essa pérola, e aqueles que lêem a Palavra sabem que ela está incompleta. A Palavra diz em Lv 19.28, que “não golpeareis o corpo nem o marcareis pelos mortos”... hum mudou muito... mas não quero parar aqui, não quero me deter nas coisas pequenas, quero ir para o macro, para ver se assim, os legalistas conseguem abrir seus olhos. Neste mesmo capítulo de Levítico, a lei mosaica também proíbe o consumo de sangue animal, o corte arredondado do cabelo, o se vestir com roupas de diferentes malhas (ex: algodão e lã), manda guardar o sábado e por fim intruí quanto à prática do sacrifício de carneiros.
O que aconteceu que apenas um pedaço da lei foi mantido e o restante foi “detonado”? Moisés não ouviu direito o que Deus lhe disse e escreveu coisas além do necessário? Não servem mais?
Pergunta vai, resposta vem, surge o piercing... Ah o piercing... a resposta foi das melhores, vai bem a calhar com o fim da novela das 8 da Globo. “Essa é uma prática indiana em homenagem a ídolos, representa sensualidade e é demoníaca. Um cristão não pode ficar copiando esse tipo de coisa”. Aí resolvi participar, apesar de ser convidado. Fiz então a seguinte colocação e pergunta:

“Pastor, mas quando Eliezer encontra Rebecca ele lhe põe um pendente no nariz. Se lermos em Êxodo, vamos ver que as mulheres hebréias doaram seus pendentes de nariz para os utensílios do templo. Não poderíamos nós então pensar no “significado” do pendente para os judeus e não para os indianos?”
Antes da resposta ouvi: “De que igreja você é mesmo?” Depois de responder ouvi um solene: “Porque motivo seguiríamos a lei? Haviam outros povos andando com os judeus no deserto, certamente era desses outros povos, que não eram de Deus, os pendentes”.
Contraditório? Não, absurdamente insano, mundano e perverso esse tipo de pensamento. Um pensamento que só deseja cativar de forma violenta pessoas que vão ali em busca de água, e o que recebem para beber? Vinagre?
O mesmo aconteceu comigo aí já em outro lugar quando questionei uma festa à fantasia organizada por membros da minha igreja há vários anos atrás. Até porque essas mesmas idéias de “significados” rolam por lá. Discuti o fato de festas à fantasia estarem na origem das festas carnavalescas, nas orgias e outros tipos de eventos profanos desde a Antigüidade, e falo com a propriedade de um professor de História com estudos na área de História Antiga Clássica, e encontramos tanto na literatura tradicional como na hoje disposta na internet, uma vasta bibliografia à respeito.
O que ouvi foi: “Não podemos levar tudo tão à sério assim não”.
Ora, que tipo de cristianismo estamos vivendo? Um cristianismo arbitrário que escolhe aquilo que é bom e aquilo que é ruim conforme a moda, que diz não ao incenso mas diz sim ao mantra “gospelizado”, que diz não a música secular mas sim aos filmes seculares que usam essas mesmas músicas como tema? Aí quando queremos incorporar uma nova mania espiritualizamos tudo e dizemos: “Vamos resgatar o que o diabo nos tomou, e agora vamos fazer isso ou aquilo”.
A hipocrisia já atingiu faz muito tempo o ápice dentro da igreja instituição. Que a cada momento “resgata” alguma coisa das mãos do diabo. “Resgataram” o rock e o tornaram espiritual, “resgataram” a dança e a tornaram profética, “resgataram” a guitarra e a tornaram ungida, “resgataram” as festas à fantasia e tornaram momento de comunhão... só esqueceram de resgatar o homem e dar-lhe a chance de ser chamado, Filho de Deus.

A Dolorosa Lição de Aprender a ter Gozo

Por John Piper
Servir a Deus não é o mesmo que servir a qualquer outra pessoa. Deus é extremamente zeloso de que entendamos e gozemos isso. Por exemplo, Ele nos manda: "Servi ao SENHOR com alegria" (SI 100.2). Existe uma razão para essa alegria. A razão é apresentada em Atos 17.25: "[Deus não] é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais". Servimos a Deus com alegria porque não carregamos o fardo de satisfazer as necessidades dEle. Pelo contrário, nos regozijamos em um serviço no qual Ele satisfaz nossas necessidades.
O salmista compara este servir com a dependência de um servo para com o seu gracioso senhor: "Como os olhos dos servos estão fitos nas mãos dos seus senhores, e os olhos da serva, na mão de sua senhora, assim os nossos olhos estão fitos no SENHOR, nosso Deus, até que se compadeça de nós" (SI 123.2). Servir a Deus sempre implica receber graça de Deus.
Em 2 Crônicas 12, encontramos uma história que revela quão zeloso Deus se mostra em que recebamos graça e nos gloriemos nela. Roboão, o filho de Salomão, que governava no reino do Sul, depois da revolta das dez tribos, "deixou a lei do SENHOR" (V. 1). Escolheu não servir ao Senhor e prestar serviço a outros deuses e a outros reinos. Como julgamento, Deus enviou a Sisaque, rei do Egito, contra Roboão, com mil e duzentos carros e sessenta mil cavaleiros (v. 3).
Em sua misericórdia, Deus enviou o profeta Semaías com esta mensagem: "Assim diz o SENHOR: Vós me deixastes a mim, pelo que eu também vos deixei em poder de Sisaque" (v. 5). O resultado feliz desta mensagem foi que Roboão e seus príncipes se humilharam, em arrependimento, e disseram: "O SENHOR é justo" (v. 6).
Quando viu que eles se humilharam, o Senhor disse: "Humilharam-se, não os destruirei; antes, em breve lhes darei socorro, para que o meu furor não se derrame sobre Jerusalém, por intermédio de Sisaque" (v. 7). E, como disciplina para eles, o Senhor acrescentou: "Serão seus servos, para que conheçam a diferença entre a minha servidão e a servidão dos reinos da terra" (v. 8).
E assim aconteceu.
Deus é zeloso de que conheçamos a dife¬rença entre o servir a Ele e o servir a qualquer outra pessoa. A lição que Roboão e seus príncipes tiveram de aprender foi a de que servir a Deus é uma realização alegre ou, como Jesus disse, um fardo leve e um jugo suave (Mt 11.30). Disto podemos aprender, como afirmou Jeremy Taylor, que Deus ameaça coisas terríveis, se não queremos ser felizes. Foi isso que Moisés disse em Deuteronômio 28.47-48: "Porquanto não serviste ao SENHOR, teu Deus, com alegria e bondade de coração... servirás aos inimigos que o SENHOR enviará contra ti".
A verdade é clara: servir a Deus é receber, é ser abençoado, é ter gozo e benefício. Essa é a razão por que sou tão zeloso em dizer que, em nossa igreja, a adoração aos domingos e a adoração por meio da obediência diária não são um dar para Deus, e sim um receber de Deus.
Acautele-se de servir a Deus de um modo que O torna parecido com os deuses das nações. Que todo o nosso servir seja realizado na força que Ele supre (1 Pe 4.11