terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Como identificar um pregador “animador de auditório”


Por Gutierres Siqueira
O artigo em apreço não tem por objetivo traçar perfil de algum pregador famoso, mas sim alertar contra os mercenários vestidos de ovelhas que andam em nosso derredor. Que possamos tomar o cuidado de que os nossos nomes não estejam no rol de membros do conselho de animadores de auditório! É tempo de tomarmos posição, pois daqui a pouco não acharemos quem pregue a Palavra, mas sobrarão aqueles que buscam entretenimento para o povo.Como identificar um animador de auditório? Abaixo estão algumas características nada virtuosas desses pregoeiros do triunfalismo utópico.

Os animadores de auditório amam a popularidade

Ter nomes em camisetas, em placas de denominações, ser cogitado por várias igrejas e ter agenda impossível de ser cumprida, eis o sonho de todo animador de auditório. Querem popularidade, fama, glória! Para isso foi chamado o pregador do evangelho? Esse deve ser o objetivo daqueles que dizem seguir o humilde Nazareno? Fama e muitos seguidores é sinal de aprovação divina? É claro que não!
Alguém logo argumenta:- Ora, Jesus foi um homem popular em sua época! Mas é bom lembrar que Jesus não buscava popularidade, ele buscava almas! Jesus, mediante muitos de seus milagres dizia ao beneficiado que não contasse nada a ninguém. Quem foi o único homem digno de glória senão Jesus, mas ele “aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fp 2.7). Quis o manso Filho do Homem nos dar o exemplo!
Apesar da grande popularidade de Cristo, nos seus momentos de explosão de milagres, ele amargou o desprezo dos amigos e discípulos durante o caminho do Gólgota. Como bem havia profetizado o profeta messiânico: “Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum” (Is 53.3).

Os animadores de auditório são usuários do marketing pessoal

Certo dia vi um cartaz na igreja em que estava: “Pregador Fulano de Tal, Conferencista, em suas reuniões acontece batismos no Espírito Santo, curas divina, libertações, bênçãos, mas tudo pelo poder de Deus”! Seria cômico se não fosse trágico, pois usa de uma falsa modéstia para falar que todas essas bênçãos, promotoras do seu marketing pessoal, que acontecem simplesmente pelo poder de Deus. É claro que um cartaz bem elaborado como esse, serve para fazer promoção de alguém que quer evidência. Podemos fazer propaganda de milagres? Tornar o poder de Deus algo sujeito a nossa manipulação? Determinar o dia em que um milagre vai acontecer? Isso é o dom da fé ou o mercantilismo da fé?
O animador de auditório fala muito de si mesmo, diz ele: “Eu fiz isso, eu fiz aquilo; no meu ministério acontece isso, acontece aquilo; aqui eu faço e acontece”. Sempre há muita arrogância e busca de auto-promoção. Esse animador é sempre o grande ungido que não pode ser contestado.

Os animadores de auditório desprezam a pregação expositiva

Pregar sobre uma passagem bíblica de maneira profunda, bem estudada e pesquisada, além de levar os ouvintes a reflexão. Eis algo que os animadores de auditório abominam! Dizem logo que não precisam de esboços, pois o Espírito Santo revela. Ora, o Espírito Santo é limitado em expressar a sua vontade por meio de um esboço? O que esses animadores não querem admitir é que a pregação expositiva impede o seus teatrinhos, pois a centralidade é em torno da Palavra. Além disso, um sermão expositivo exige tempo e bom preparo, algo descabido na era dos descartáveis e das comidas-rápidas. Bem cantou o salmista: “A exposição das tuas palavras dá luz e dá entendimento aos símplices”(Sl 119.130).

Os animadores de auditório desprezam o ensino e o estudo da Palavra

Como pode alguém dizer que foi chamado para o ministério pastoral se não tem apreço para o ensino. Pastor não foi chamado para cantar, construir templos, fazer campanhas sociais, tudo isso é bom, mas a principal missão do pastor é ensinar o seu rebanho. Já dizia o apóstolo Paulo ao jovem pastor Timóteo: “seja apto para ensinar”(I Tm 3.2). O ensino exige aprendizado. Aquele que ensina deve-se dedicar ao ensino (Rm 12.7). Escreveu o professor James I. Packer: Despreze o estudo de Deus e você estará sentenciando a si mesmo a passar a vida aos tropeções, como um cego, como se não tivesse nenhum senso de direção e não entendesse aquilo que o rodeia. Deste modo poderá desperdiçar sua vida e perder a alma.[1]
Os animadores de auditório não suportam sermões de conteúdo, pois eles querem é entretenimento. São como crianças que deveria ficar na escola, mas pulam o muro para jogar bola. O pregador não pode fugir da responsabilidade de trazer conteúdo bíblico aos seus ouvintes, como disse Paulo: “Pregues a Palavra, instes a tempo e fora de tempo. Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (II Tm 4.2, 15).

Os animadores de auditório desprezam temas relevantes em suas pregações

Você já foi em um grande congresso, onde esses animadores de auditório comparecem, cujo tema era “O fruto do Espírito” ou “A Santíssima Trindade”? Mas certamente você já foi em eventos que os verbos mais conjugados foram: receber, vencer, poder, ganhar, conquistar, sonhar, triunfar etc?! Infelizmente os temas essenciais da Bíblia são desprezados nos púlpitos. Onde estão aquelas pregações sobre o “caráter cristão”, “a graça de Deus”, “o céu e inferno”, “a justificação pela fé”, “a mortificação da carne”, “o preparo para um encontro com Deus” etc? Logos os animadores dizem: “Isso é tema para Escola Dominical”, mas eles nunca vão a Escola Bíblica Dominical! E quem disse que pregação não deve conter o temas essenciais da fé cristã?Para pregar os temas relevantes da fé cristã é preciso manejar bem a Palavra da Verdade e ser como Apolo, “varão eloquente e poderoso nas Escrituras” (Atos 18.24). Mas não basta somente boa oratória, eloquência e experiência em homilias, é necessário acima de tudo dominar as Escrituras, ser “instruído no caminho do Senhor” e ser “fervoroso de espírito”, sendo assim, o pregador vai falar e ensinar com diligência “as coisas do Senhor”(Atos 18.25), assim como Apolo. John Stott escreveu: O arauto cristão sabe que está tratando de assunto de vida ou morte. Anuncia a situação do pecador sob os olhos de Deus, e a ação salvadora de Deus, através da morte e ressurreição de Cristo, e o convida ao arrependimento e à fé. Como poderia tratar tais temas com fria indiferença?[2]
A partir do momento em que os pregadores esquecem o tema principal do evangelho, eles desprezam o próprio Senhor da Palavra. Quando desprezam o verdadeiro Deus passam a adorar o falso deus da teologia da prosperidade: Mamon! Isso acontece quando as doutrinas centrais do cristianismo são desprezadas.

Os animadores de auditório despertam o emocionalismo

O emocionalismo é ser guiado e orientado pelas emoções. A emoção é parte importante do culto cristão, pois nós, os seres humanos, somos emocionais e também racionais; o grande problema é que os animadores valorizam excessivamente a emoção em detrimento da razão. Os animadores chegam a afirmar que as pessoas não precisam compreender aquilo que acontece em suas reuniões ou dizem para que os cultuantes não usem a mente. Outros, mais ousados, ameaçam sua platéia dizendo que Deus condena os incrédulos, com se ter senso crítico fosse incredulidade. A Bíblia adverte contra a credulidade cega, que não analisa e vê, baseado nas Escrituras, aquilo que está engolindo (I Jo 4.1). Os animadores de auditório não gostam de uma platéia que pense!

Os animadores de auditório pregam um deus mercantilista

Para os animadores Deus é obrigado a agradar os seus bons meninos dizimistas e ofertantes. A base do relacionamento com Deus é na troca: “Eu vou dar o dízimo para Deus me dar uma casa ou vou fazer uma grande oferta para arranjar uma linda noiva”. Ora, vejam com Deus é visto nos pensamento dos animadores, como um grande comerciante, melhor inclusive que aplicação na bolsa de valores.
Quão miserável é essa espiritualidade mercantilista, onde o dinheiro é visto com mediador entre o homem e Deus; onde a “divindade” faz trocas com homens materialistas. Ó quão miserável e podre doutrina dos animadores de auditório! Mas quão maravilhosa é a visão bíblica do Altíssimo, um Deus de amor que nos transmite graça sendo nos ainda pecadores, e que nos livra do pecado e da morte e nos dá uma nova vida em Cristo!

Os animadores de auditório amam títulos

Apesar do horror pelo estudo bíblico, os animadores gostam do título de Doutor em Divindades, que pode ser comprado por dois mil dólares em falsas faculdades nos Estados Unidos e no Brasil, mas só que na América de cima é mais chique! Ora, como alguém se torna doutor em apenas seis meses? (eis um rolo gospel do diploma).
Isso mostra que os animadores não estão preocupados com um estudo aprofundado das Escrituras ou até mesmo na trilha de uma carreira acadêmica, o que eles amam na verdade é os títulos. Hoje proliferam os auto proclamados bispos, profetas, apóstolos, arcanjos e daqui a pouco: semi-deus ou vice-deus. Mas é melhor não dar idéia.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

As bem-aventuranças dos "pastores idiotas".


Por Geremias do Couto
Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", quando fordes xingados com este epíteto simplesmente por acreditardes no que disse Jesus: "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem consomem, e onde os ladrões minam e roubam" (Mateus 6.9). Tal ato insano, ao invés de vos maldizer, mostra que ainda estais firmes na verdade.

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", que não sucumbistes aos "encantos" da teologia da prosperidade por compreender que "os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína" (1 Timóteo 6.9). Não vos entristeçais, nem penseis que estais sozinhos. Há muitos outros "idiotas" convosco, inclusive o apóstolo Paulo.

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", por não vos curvardes aos arautos que vos maltratam em virtude de crerdes que aos ricos deste mundo a Palavra de Deus ordena: "Não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas" (1 Timóteo 6.7). Tal maldição é, na verdade, um reconhecimento de que pondes a vossa confiança não nas riquezas desta vida, mas na abundância que vos é dada para a glória de Deus.

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", que resistis aos apelos dos que vos querem enredar com o brilho do ouro que perece, porque vós bem sabeis que é vosso dever continuardes a ensinar às suas ovelhas "que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis" (1 Timóteo 6.18). Saibais que outros "pastores idiotas" iguais a vós foram já recebidos na glória e aguardam o precioso galardão.

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", porque não perdestes a visão da semeadura e, por isso mesmo, sabeis que não se ganham almas com o glamour das riquezas humanas, mas com a sementeira do evangelho. Sem esquecerdes da advertência da parábola do semeador, que diz: "Os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera" (Mateus 13.22).

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", por não perfilardes o triunfalismo da pregação humanista, centrada no homem, que enriquece a quem prega e defrauda a quem ouve. Ainda que vos pareça estardes "fora do modelo contemporâneo", alegrai-vos porque continuais apegados ao modelo bíblico, que diz: "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" (Gálatas 6.14).

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", que embora injuriados pela vossa pregação "arcaica", ainda carregais no bolso do vosso coração a credencial de servo do Altíssimo, enquanto alguns já a trocaram pelas credenciais de semideus, arrogante e soberbo e usam-na ao sabor das circunstâncias para se locupletarem em cima da lã de suas ovelhas.

Bem-aventurados sóis vós, "pastores idiotas", que, enquanto alguns voam os céus do mundo em modernos jatinhos, trafegam as grandes avenidas em luzentes automóveis e se deleitam nos mármores de grandes mansões, o vosso prazer é estar junto das ovelhas, alegrardes com elas e, se preciso for, dar por elas a vossa própria vida. Não vos esqueçais que outros "idiotas" iguais a vós se encontram já no Reino do Pai.

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", que preferis o "prejuízo" da coerência, da fidelidade a toda prova aos princípios imutáveis da Palavra de Deus, do que sucumbirdes - ainda que tentados - às lentilhas que se vos oferecem para amenizar eventuais necessidades imediatas. Mais vale o pão dormido da consciência tranquila do que os banquetes da consciência aprisionada.
Bem-aventurado sois vós, "pastores idiotas", pelo modo como sois tratados por amor do nome do Senhor e por não vos enredardes pelo brilho passageiro da glória humana. Não sois melhores por isso, mas também não sois piores. Todavia, enchei o vosso coração de alegria porque o vosso nome faz parte da galeria dos heróis da fé que professam somente a Cristo e têm Deus como o bem maior da vida. Tende como lema o que Paulo ensinou: "Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos" (Filipenses 4.4).

Assina um "idiota" como todos vós.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Vendo igreja ou troco por carro #FALECI


Já tinha ouvido de caras que vendem igrejas (de porteira fechada, com os crentes dentro). Há tempos acompanhamos a venda da “fazenda do Vale do Paraíba”, parábola que despertou a ira de muita gente.

Agora, os caras de pau perderam totalmente a noção e colocam anuncio no jornal.

É ou não é de tirar o pica-pau do ôco?

Blu-rays da Aliança são indicados ao Troféu Promessas


Os Blu-rays (BDs) Nívea Soares Acústico e Ministério Vineyard (Vem, Esta é a Hora – Ao Vivo) estão entre os indicados ao Troféu Promessas 2011. Os primeiros Blu-rays da música gospel nacional produzidos pela Aliança concorrem na categoria ‘Melhor DVD/Blu-ray’ na premiação organizada pela GEO Eventos com apoio da Rede Globo.
Nívea Soares Acústico traz o show gravado ao vivo no Citibank Hall (SP) em Alta Definição, com as melhores canções de Nívea Soares e as participações de David Quinlan, Ana Paula Valadão, Fernanda Brum e Adhemar de Campos. O álbum conta com 50 minutos de Extras, incluindo Videoclipe Sobre as Águas (em HD), Bonus Track e Easter Egg.
Ministério Vineyard (Vem, Esta é a Hora – Ao Vivo) é a primeira gravação em vídeo dos grandes sucessos do Vineyard no Brasil como ‘Reina em Mim’, ‘Senhor, Te Quero’ e ‘Vem, Esta é a Hora’. Lançado originalmente em DVD, o trabalho foi adaptado para a mídia Blu-ray, ganhando novos recursos de interatividade, conforto e comodidade.

Em ambos os BDs, a programação inclui Jukebox, que permite montar uma sequência personalizada das faixas; Marcadores, para definir seus trechos prediletos e reiniciar a reprodução a partir de qualquer ponto do vídeo; Menu Pop-up para navegar pelo conteúdo a qualquer momento sem interromper a reprodução e a opção de Áudio 5.1 DTS HD, a mais alta qualidade de som disponível para você aproveitar ao máximo toda a riqueza do conteúdo.

Música cristã ganha espaço nas prateleiras


A expansão da música cristã tem alcançado índices sem precedentes no mercado nacional. As barreiras, costumeiramente enfrentadas até pouco tempo atrás, têm sido rapidamente derrubadas, muito em virtude do aumento da procura por CDs e DVDs pelo público em geral.
Independentemente dos interesses comerciais de determinados grupos, era inimaginável que ministros evangélicos pudessem participar dos especiais de fim de ano na principal emissora de televisão do país. Além disso, tem se tornado comum ouvir música gospel nos mais diversos ambientes como restaurantes, cruzeiros e programas de auditório, comprovando que esse gênero musical tem conquistado a aprovação popular.
Diante desse cenário, a Aliança acaba de dar um passo importante para facilitar ainda mais o acesso ao melhor da música cristã. A coleção Louvores Inesquecíveis, que reúne 160 clássicos em 10 CDs, já está à venda em diversas redes varejistas do país, como nas lojas Extra Hiper. Com um design moderno e atrativo construído a partir de elementos musicais no estilo retrô, a coleção resgata clássicos remasterizados das décadas de 70, 80 e 90.
Os álbuns ganham visibilidade graças ao display produzido especialmente para a série. Com isso, quem sai ganhando é a população, que passa a ter à sua disposição mais variedade de ritmos e estilos, podendo encontrar nas prateleiras um conteúdo enriquecedor.

A coleção Louvores Inesquecíveis e outros lançamentos estão à venda para lojistas na Aliança pelos Tels. (11) 5077.7200 (SP) ou 0800.772.5077 (outras localidades).

Distribuição de camisinhas nas escolas públicas colocam evangélicos em novo confronto com Fernando Haddad


Na última terça-feira, 18, o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO) protocolou uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro da Educação Fernando Haddad para que ele explique quais os objetivos de entregar preservativos nas escolas públicas.
O presidente da Frente Parlamentar Evangélica quer que o ministro responda ao requerimento encaminhado a ele em 14 de setembro de 2010, que apesar da Constituição brasileira dar 30 dias para que a resposta seja dada até o momento ele não se pronunciou.
Os projetos de Haddad tem incomodado a bancada evangélica que no ano passado lutaram contra a distribuição de um kit contra a homofobia, apelidado de “kit gay”. Na ocasião a presidente Dilma Rousseff suspendeu a distribuição do material.

Entenda o projeto

O projeto do Ministério da Educação é colocar uma máquina de preservativos nas escolas públicas de ensino médio para conscientizar os adolescentes sobre o sexo seguro. Esse programa faz parte do Programa Nacional de DST e Aids que tem como objetivo diminuir os números crescentes de doenças sexualmente transmissíveis entre os adolescentes.
Mas a polêmica não foi levantada só por evangélicos, estudantes, pais e até mesmo educadores já debateram se é válido colocar uma máquina de camisinhas à disposição dos alunos. Mas o Ministério da Saúde e a Unicef defendem o projeto dizendo que jovens entre 13 e 19 anos têm uma vida sexualmente ativa, mas encontram dificuldades para terem acesso aos preservativos.
“Neste local [escola], onde eles estão juntos em turmas de amigos, ter este acesso de maneira, sem preconceito, sem discriminação, com facilitação, acho que é o nosso papel” disse na época o coordenador do Programa DST Aids, do Ministério da Saúde, Dirceu Grecco.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ABRIL DE 2011 ATÉ HOJE.


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Psicóloga Marisa Lobo acusa Conselho Federal de Psicologia de fazer campanha pela legalização das drogas


A Psicóloga Cristã, Marisa Lobo voltou a entrar em debate contra o Conselho Federal de Psicologia (CFP), desta vez Marisa acusa o conselho de estar fazendo campanha a favor da legalização das drogas. A psicóloga coordenadora da campanha “Maconha Não” disse que o conselho está fazendo abaixo-assinado em defesa da legalização.
O deputado federal, Pastor Marco Feliciano mostrou apoio a causa da psicóloga lançando um abaixo-assinado contra a legalização da maconha e outras drogas. “O Deputado Marco Feliciano manifesta apoio incondicional ao movimento ‘Maconha Não’ (…) presidido pela Psicóloga Marisa Lobo, para lutar contra a legalização da maconha e de qualquer outras drogas, ou seja, substâncias psicoativa que venha prejudicar a saúde mental, física e social do ser humano”, esclarece o site.

“Essa visão é utópica e distorcida da realidade, são informações baseadas em especulações mentirosas, pois o que acabaria com o tráfico com certeza seria o não uso. Ninguém vende filmes pornográfico nas portas das igrejas, porque não tem consumo”, comentou a psicóloga Marisa Lobo.

O abaixo-assinado em defesa da legalização está no portal Petição Pública e foi intitulado “Manifesto Drogas: pelo tratamento sem segregação”. O texto explicativo diz que “com a descriminalização, mediante controle estatal estrito, através do qual haja cadastro dos dependentes químicos e oferta de tratamento aos que o aceitem, sempre via Sistema Único de Saúde (SUS) e Clínicas que ajam de acordo com as Políticas Públicas do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), já uma boa parte dos problemas seria resolvida”.

“Como? com que recurso material, financeiro pessoal, faremos este controle estatal? Quem vai treinar pessoal, o conselho? Há material humano para isso? Capacitação? Até conseguirmos ter pessoal qualificado, que demorará anos, onde serão tratadas essas pessoas? E porque nessa petição não são citadas as comunidades terapêuticas como fazendo parte das políticas públicas? Preconceito religioso?”, questiona Marisa Lobo.

Milhares de europeus católicos e protestantes pedem desbatismo


Pessoas de países como Holanda, Alemanha, Bélgica e Áustria estão não só se afastando das igrejas como também fazendo questão de providenciar o seu desligamento formal da religião, com a solicitação do desbatismo.
Anne Morelli, diretora de um centro de estudo sobre religião e laicidade da Universidade Livre de Bruxelas, disse que esse movimento se tornou visível em 2011 em toda a Europa. “Esse movimento está relacionado aos escândalos de sacerdotes pedófilos, mas ocorre já há algum tempo.”
Disse que ainda não existem estatísticas oficiais sobre o crescimento dos desbatismos, mas garantiu que eles ocorrem aos milhares. Trata-se, segundo Anne, de um fenômeno que se verifica entre protestantes e católicos.
Na França, houve um caso que obteve repercussão porque a Igreja Católica se recusou a conceder o desbatismo. O aposentado René Lebouvier (foto), 71, teve de ir à Justiça e obteve sentença favorável, mas a Igreja recorreu à instância superior, e agora a tramitação do processo poderá demorar anos até que saia uma decisão final.

Na opinião de Marc Blondel, presidente de uma organização francesa de livres-pensadores, a Igreja resistiu em tirar o nome de Lebouvier dos seus registros de batismo porque teme facilitar esse procedimento, o que levaria, segundo ele, outras pessoas a pedirem o seu desligamento formal da denominação.
Na região de língua francesa da Bélgica, o número de pedido de desbatismo pulou de 66 em 2008 para 2.000 em 2010, de acordo com a Federação dos Amigos da Moral Secular.

Na Alemanha, 181 mil católicos se desligaram da Igreja em 2011. Lá, em vez de pedir o desbatismo, eles estão preferindo comunicar ao governo que não mais querem pagar impostos à Igreja. Isso representa um rombo nas finanças da Igreja.
Na avaliação de Christian Weisner, porta-voz do movimento internacional leigo “Nós Somos a Igreja”, os alemães não querem se livrar de suas crenças, mas, sim, da hierarquia da Igreja, que perdeu toda sua credibilidade com os escândalos dos padres pedófilos.
Para o escritor Terry Sanderson, presidente da National Secular Society, o que algumas pessoas realmente querem é mostrar o seu repudio. “Elas querem dizer algo como ‘eu não sou mais um de seus membros’”.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Procura-se um Pastor


Era uma vez uma igreja tão enjoada, mas tão enjoada que, mesmo precisando desesperadamente de um novo pastor, ninguém conseguia preencher seus “requesitos”.
Então, alguém da Comissão de Sucessão Pastoral teve uma idéia brilhante: “Vamos colocar um anúncio numa revista especializada”. Não era uma iniciativa muito ortodoxa, mas todos acabaram concordando.

Apareceram vários candidatos.
Este foi o relatório final do Relator da Comissão:


Candidato número 1: NOÉ
* Muito velho (tem 120 anos). Diz que é bom pregador, mas confessou que nunca conseguiu converter ninguém.

Candidato número 2: MOISÉS
* Gagueja demais (esse só aceitaria o convite se puder trazer seu irmão junto).

Candidato número 3: ABRAÃO
* Não pára em lugar nenhum e já se meteu em problemas com as autoridades.

Candidato número 4: DAVI
* Cometeu uns pecados imperdoáveis no passado.

Candidato número 5: SALOMÃO
* É um sujeito muito inteligente, mas não costuma colocar em prática o que sabe.

Candidato número 6: ELIAS
* Entra facilmente em depressão, se submetido à muito estresse.

Candidato número 7: OSÉIAS
* É um ótimo candidato, mas, sua vida familiar está em pedaços. Divorciado, casou-se com uma prostituta.

Candidato número 8: JEREMIAS
* Muito emotivo e alarmista (o sujeito parece ser uma dor de cabeça).

Candidato número 9: AMÓS
* O sujeito veio da roça (talvez devesse continuar por lá).

Candidato número 10: JOÃO BATISTA
* O sujeito não tem muito tato e se veste como um hippie (não se sentiria bem num jantar da nossa igreja).

Candidato número 11: PEDRO
* Candidato de temperamento forte, mas meio “covardão” (confessou que negou a Cristo três vezes publicamente numa única ocasião, por medo de uma mulher).

Candidato número 12: PAULO
* Este também não tem tato. Por demais duro, sua aparência é igual, e suas pregações são muito longas.

Candidato número 13: TIMÓTEO
* Tem potencial, mas é muito jovem para a posição.

Candidato número 16: JUDAS
* De todos, pareceu ser o mais aceitável. Sujeito prático, cooperador, bom com finanças, pensa nos pobres, e se veste bem.

A Comissão, por unanimidade, indica somente o último para a assembléia da igreja.

Fonte: Site do Pastor

Cartaz do Gideões 2012

Sem diálogo não existe fé nem amor


Por Maurício Zágari
Vivi recentemente diferentes situações com princípios bem parecidos que me levaram a refletir sobre um mal que assola os nossos dias: a falta de diálogo. Não foi uma, não foram duas vezes, não foram três. Foram muitas situações similares num espaço de tão poucos dias que isso me fez ver que, mais do que uma postura pessoal, há um fenômeno social em andamento. Pessoas tomam decisões unilaterais e apenas comunicam as outras partes envolvidas, pressupondo que o interlocutor sabe todas as suas razões e motivações. Seria apenas mais um entre tantos fenômenos sociais se isso não fosse um tremendo erro do ponto de vista antropológico, que contraria séculos de padrões estabelecidos e que tem adentrado as igrejas e estragado relacionamentos - e, consequentemente, a comunhão sem a qual não existe Igreja.
Na Grécia antiga, a retórica era uma das artes mais apreciadas. Havia aulas sobre como dialogar bem - e convencer. A capacidade de empreender debates e, pela força dos argumentos, mostrar-se certo em determinado ponto era vista como admirável. O filósofo Sócrates foi mestre nisso, com sua "maiêutica socrática" - método de extrair a verdade do interlocutor mediante argumentos bem postos dentro de um diálogo. Mas o que percebo é que nessa era de trevas em que vivemos no século 21, a falta de diálogo está se tornando a tônica. Não se espante de eu usar essa expressão. Mas fato é que o século 21 está se tornando uma era de trevas: todos querem falar, ninguém quer ouvir. Resultado: caos.
No Cristianismo, sem diálogo não existe a fé: eu falo pela oração, Deus responde pela Bíblia. Isso é diálogo. Remova oração ou leitura da Palavra e você tem uma religião capenga, o religare com Deus não acontece. Deus não quer só falar ou só ouvir: Deus quer relacionamento. Pois só o verdadeiro relacionamento gera intimidade entre Criador e criatura. Evita mal-entendidos. Evita heresias. Evita que compreendamos mal o nosso Deus. O cristão não é um cristão se não sabe dialogar, pois ser filho de Deus pressupõe saber pôr em prática essa disciplina espiritual chamada "diálogo". E Deus tem tanto conhecimento da importância do diálogo que revelou seus pensamentos naquilo que hoje chamamos de Bíblia.
Vivemos uma era individualista. Egocêntrica. Pós-relativista. "Se eu tenho a minha verdade, por que vou perder tempo dialogando, se a sua verdade é diferente?", diria o pensamento desta época. E esse individualismo gera o mal do egoísmo: eu faço da minha forma e os outros que entendam e se enquadrem no que eu pressuponho. "Eu uso poucas palavras e que se virem para compreender o que se passa na minha cabeça". Só que, nisso, decisões importantes, que podem mudar rumos de vidas inteiras, são lançadas ralo abaixo. Relacionamentos que tinham tudo para gerar muitos e muitos frutos são assassinados.
E quando falo de diálogo não me refiro a conversas. Há uma sutil diferença. Você pode conversar com alguém apenas falando e esperando a vez de falar de novo enquanto a outra pessoa diz algo. Não se escuta. Não se presta atenção nos argumentos. "Eu entro na conversa, desde que não tenha que mudar de opinião", vê-se muito por aí. É velado, mas é o que acontece. Só queremos convencer. E a igreja tem vivido isso. Relacionamentos acabam porque casais não dialogam, só querem falar ou fazer as coisas ao seu modo mas não querem ouvir ou ceder. Relacionamentos são estragados porque o parente não entende o que o outro está falando. Casamentos vão por água abaixo porque tem que ser do jeito que um quer e acabou. Amizades são abaladas porque um diz "banana" e o outro compreende "maçã". Cristãos se desviam da igreja porque o pastor não apresentou as razões de determinada doutrina existir. E aí o que deveria ser uma calma troca de posicionamentos e ideias construtivas vira bate-boca, discussão, não raro com troca de ofensas e argumentos inacreditáveis entre pessoas que se gostam.

Uma das causas dessa falta de diálogo que identifiquei em muitas dessas situações é a pressuposição da "onisciência" alheia. "Eu esperava que você entendesse x quando eu disse y", dizem. Como? Telepatia? Não é assim que se dialoga. Se você quer tomar decisões que envolvam outros, nunca pressuponha que ele vai conseguir ler todas as suas entrelinhas. É desumano fazer isso. Principalmente se você diz coisas como "estou tomando essa atitude mas você nunca compreenderia". Como você pode saber? Num dos casos que vivi, quando a pessoa me explicou eu entendi tudo. Então como não entenderia antes? Pior: todos os argumentos dela faziam todo sentido do mundo e eu teria concordado com tudo caso fosse inicialmente exposto em forma de... diálogo. Teríamos trocado ideias e estabelecido bases como dois adultos que se respeitam e se gostam, com alegria e um sorriso no rosto. Pronto, resolvido, todos sairiam felizes e realizados. Mas não. Chegou em forma de imposição de ideias e todas as coisas maravilhosas que poderiam ter surgido desse diálogo foram atiradas no lixo por esse equívoco banal. Que lástima.
Outro fenômeno comum é tomar decisões sem ponderar com o outro ou com outros antes. "Na multidão de conselhos reside a sabedoria", diz a Biblia. No entanto, nesta era individualista, queremos tomar nossas próprias decisões e apenas comunicar. Não chamamos o outro, não pedimos opinião, falamos o que queremos mas sem disposição de ouvir o que não queremos. Não estamos preparados para isso. É a época da comida a quilo: não quero ninguém me dizendo o que pôr no meu prato. O resultado? Confusão, desentendimento, atritos, ofensas... tudo fruto da falta de diálogo causada por decisões unilaterais.

Irmão, irmã, vivemos em comunidade. Vivemos em familia. Vivemos em relacionamentos amorosos a dois. Vivemos em ambientes de trabalho onde equipes trabalham juntas. Vivemos em igreja. Vivemos com amigos. E a experiência mostra que em ambientes ditatoriais, onde não há conselheiros, onde não se expõe uma ideia para ser debatida e discutida pelas partes envolvidas, geralmente os erros são homéricos. O Presidente não toma decisões sozinho. Ele tem uma equipe com quem se aconselha, pondera, ouve, fala... dialoga. Porque há muito em jogo e ele sabe disso.
Quer que seu namoro dê certo? Não tome decisões e depois "comunique". Antes, dialogue, exponha sua visão, pondere, ouça o outro. Leve em conta a visão dos envolvidos como tão importante como a sua (e às vezes até mais). Quer que seu casamento dê certo? Antes de definir como serão certas coisas, dialogue com o cônjuge e, dependendo da extensão da questão, com os filhos. Quer que sua amizade dê certo? Não se imponha com suas visões e opiniões, mas ouça o que o outro tem a dizer. Mas não é o que vem acontecendo. No calor da tomada de decisões o indivídulo pós-relativista toma sua decisão e "informa" os demais envolvidos. Não há espaço para ponderação. Não há espaço para humanidade. Há uma bomba jogada no colo. E que se vire quem a recebeu.


Meu irmão, minha irmã, seres humanos não são oniscientes. Você quer que eles entendam o que você pensa? DIALOGUE com eles. Não pressuponha que eles vão te compreender por serem pessoas "sensíveis" ou o que for. Ninguém vai saber o que você pensa, quais são suas razões e motivações, quais são os seus projetos e planos... se você não fala. Veja você que coisa simples. Basta falar. Expôr. Apresentar ideias. Ouvir as ponderações. O filósofo Hegel nos ensinou isso com sua dialética: apresenta-se uma tese, OUVE-SE uma antítese e assim se chega a uma síntese. Mas, pelo visto, a dialética hegeliana está ficando fora de moda e estamos voltando à idade dos césares, em que um decide e os outros abaixam a cabeça - não importa que motivos, razões, raciocínios, caminhos ou ideias foram levados em conta para se tomar a decisão.

"Eu decidi Z e tome Z na sua cabeça!". "Mas... peraí... e como você chegou até Z e me impõe Z se eu não conversei sobre o A, sobre o B, sobre o C... você já chega com o Z e quer que eu entenda como você chegou até aí? Isso é no mínimo injusto, pois não me foi dada a oportunidade de dialogar de A até Y". Eu, por exemplo, escrevo livros. Mas nunca os entrego à editora sem ter pedido que pelo menos 4 ou 5 pessoas o leiam e me passem opiniões - e a experiência mostra que isso afeta muito positivamente o resultado final. Detalhe: faço isso ANTES do livro ser lançado. Depois... o que adiantaria?

Estou mal com esse fenômeno. Tenho visto isso ocorrer com muita frequência. As pessoas estão desaprendendo a dialogar. Como disse Chaplin, estamos nos tornando cada vez mais desumanizados e individualistas. Nos tornamos como máquinas, que apenas emitem tickets e o cliente que o recolha. E não queremos ouvir os outros. Queremos que eles nos entendam sem que lhes digamos nada. E, e-vi-den-te-men-te, o outro entenderá do jeito que quiser, pois para cada imposição há milhões de interpretações. A respeito de motivações, de raciocínios, de planos. É uma tremenda injustiça esperar a onisciência alheia. Ninguém tem a obrigação de saber nada se não dialogamos antes. E se impomos algo, a responsabilidade é nossa e não de quem não nos compreendeu.
Nas igrejas, esse fenômeno provoca êxodos. Gera desviados. Espera-se de você algo que nunca te foi dito. Que nunca te foi explicado. Que nunca foi ponderado. Que você nunca teve a chance de perguntar por que é desse modo. E o que acontece? O óbvio: a pessoa pula fora, por uma única razão: não entendeu. Não houve diálogo. A liderança não explicou. Os membros mais antigos não explicaram. Ninguém quis saber de explicar. Apenas se impõem ideias e conclusões. E isso não é cristão.
Veja as bem-aventuranças. Sempre existe um "pois" em cada uma delas. Ou seja, uma explicação, uma justificativa. "Bem aventurados os que choram". Que coisa bizarra! Como assim? "Bem-aventurado" significa "feliz", como podem ser felizes os que choram, que contrassenso!? Mas aí vem a explicação, o diálogo: "POIS... serão consolados". "Aaaaaahhhh!!! Agora eu entendi! Existe uma explicação, existe um 'pois'. E agora que ficou claro podemos dialogar e chegar juntos a essa conclusão".


O diálogo torna tudo mais humano, mais honesto, mais cristão. Sem diálogo não há amor. Quem impõe sem dialogar antes exerce a tirania. E a tirania tira de quem a promove o direito de julgar a reação de quem apenas recebeu a informação final e foi excluído dos diálogos - daí as sublevações históricas e as revoluções contra governos tirânicos. Lição que aprendi em meu primeiro dia na faculdade de Jornalismo: "Comunicação não é o que se fala, é o que se entende". No entanto, estamos entendendo tudo errado. E por quê? Porque se fala mal. Não se explica. Não se dialoga.

Meu irmão, minha irmã, se você percebe que está se relacionando com o próximo sem o diálogo correto, conserte isso. Nunca é tarde demais. Você pode evitar assim que, no futuro, Deus tenha de te ensinar a dialogar. E sabe como Ele fará isso? Mostrando a você o que sofre aquele que é alvo da sua falta de diálogo ao simplesmente impor decisões a você. E se Ele resolver te disciplinar dessa forma, você se juntará aos milhares que vemos pelas igrejas se lamuriando pelos cantos e chorando: "Por quê, Senhor, por quê???". E o Onisciente permanece em silêncio, sem responder a esse clamor. Pois o que Ele está fazendo com os tais é basicamente lhes ensinar como sofre quem recebeu imposições sem resposta. Está ensinando a importância de expôr as razões e as motivações que levam alguém a tomar esta ou aquela decisão dialogando com o próximo. Pois, quando você impõe uma decisão que foi tomada sem diálogo, o pobre e pasmo interlocutor fica se perguntando em meio a sofrimentos: "Por quê? Por quê?". E interessa a Deus que Seus filhos aprendam a não fazer isso - pois machuca e é uma maldade.
Razões são importantes em relacionamentos. Motivações são importantes em relacionamentos. Objetivos são importantes em relacionamentos. Métodos são importantes em relacionamentos. Diálogos... ah, esses são imprescindíveis. E são uma gigantesca prova de amor daqueles que se importam com você.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Porque Não Podemos Ser Evangélicos


Por Andrew Sandlin
A Reforma Protestante redescobriu o evangelho da livre graça de Deus, que tinha sido obscurecido na igreja medieval por um moralismo que ignorava a profunda depravação do homem, por um sacerdotalismo que se colocava entre os homens e Deus, e por um eclesiasticismo que apagava a distinção Criador-criatura, tornado-se a própria igreja a nova Encarnação. No cerne da Reforma estava uma ênfase renovada sobre o evangelho bíblico-paulinoagostiniano: salvação somente pela graça de Deus, sobre a base da obra expiatória de Cristo, recebida pela fé somente. Os Reformadores e suas igrejas tinham orgulho de serem conhecidos como “evangélicos”, visto que viam a si mesmos como pregando o puro evangelho, a mensagem do evangelho. Esse é o evangelicalismo bíblico.
Mas o que se passa hoje por evangelicalismo está, em muitos pontos, bem longe do evangelicalismo da Reforma, assim como está em geral longe do ensino bíblico em outros pontos. Quando amigos perguntam se sou evangélico, rapidamente digo “Não”. Porque freqüentemente eles identificam “evangélico” com “crer na Bíblia” e “pregar o evangelho”, tento explicar que é precisamente devido ao fato do evangelicalismo não crer corretamente na Bíblia ou pregar o evangelho fielmente, que não me considero um evangélico e não posso ser um membro de uma igreja evangélica (isso é grandemente verdade do fundamentalismo moderno, que é simplesmente uma versão mais restritiva e provincial do evangelicalismo). O que talvez seja os seus três principais distintivos permanece em total contraste com a crença e prática bíblica e reformada do Cristianismo.

Um Evangelho Subjetivo, e não Objetivo


Embora os evangélicos modernos professem uma crença firme na Bíblia, no centro de sua religião não está a sua visão da Bíblia, mas sua visão do evangelho. O evangelicalismo orgulha-se sobre a centralidade do evangelho e da salvação. É justamente aqui, contudo, que o evangelicalismo está mais poluído. Na verdade, ironicamente o suficiente, a visão evangélica do evangelho está mais perto daquela da Roma medieval do que do evangelho bíblico da Reforma. O Concílio de Trento, a resposta católica romana à Reforma, sustentou que a salvação é um empreendimento cooperativo entre Deus e o homem. Deus coloca o processo em movimento (no batismo), mas o homem ajuda ao longo do processo. De acordo com Roma, o livre-arbítrio do homem desempenha uma grande parte em sua salvação. Os Reformadores reconheceram corretamente que isso destruiu o evangelho da graça de Deus. Abriu o caminho para o homem afirmar sua própria contribuição, bondade e justiça. Para os evangélicos, isso é quase uniformemente sua própria “decisão”. Nesse ponto, eles são um com Roma.
Os evangélicos são defensores da “regeneração por decisão”. O evangelicalismo é essencialmente uma deturpação do novo nascimento, a institucionalização da experiência de conversão. A coisa importante sobre a salvação é a experiência do homem, seus sentimentos sobre ser salvo. Uma dose pesada desse experiencialismo foi introduzida na igreja no Wesleyianismo do século dezoito, e tem sido uma marca do evangelicalismo desde então. A experiência de Wesley foi a de ficar “estranhamente aquecido” quando ouviu o evangelho, e essa experiência tornou-se uma peça central de sua teologia. (Para ser justo, a soteriologia de Lutero também era de certa forma autobiográfica, mas ela guiou-o em direção de uma salvação somente pela obra de Deus.
Para Calvino, em contraste, nossa salvação reside na obra objetiva da expiação de Cristo. Os homens não são salvos pelo que experimentam; eles são salvos pelo que Cristo realizou. Em Sua grande obra redentora sobre a cruz e em Sua ressurreição, Cristo assegurou a salvação do Seu povo, cumprindo as exigências da lei ao substituir judicialmente os pecados dos pecadores. Quando o evangelho é pregado, ele atrai eficaz e irresistivelmente aqueles a quem Deus escolheu. Eles são conquistados por Cristo, o seu Redentor. Eles são trazidos sob seus joelhos em humilde submissão, e não podem fazer nada senão exercer fé na obra redentora de Jesus Cristo. Essa experiência, embora essencial, é um resultado da expiação objetiva de Cristo e da aplicação do evangelho pelo Espírito Santo.
Para os evangélicos isso é muito sofisticado e também “intelectual”. O fato realmente central é que Deus perdoou os seus pecados, aceitou-os em Sua família, tornou-os felizes, e preparou-os um lar no céu. Para evangélicos, o evangelho centra-se na vontade e prazer do homem; para os Reformados, o evangelho centra-se na vontade e prazer de Deus.


Porque ser um evangélico significa abraçar a sua forma de evangelho centrado no homem, não podemos ser evangélicos.

Uma Religião do Novo Testamento, e Não Bíblica

A ala Reformada da Reforma expressava a unidade do pacto de Deus no Antigo e Novo Testamento. Os evangélicos enfatizam a falta de unidade entre esses pactos, pois para os evangélicos o objetivo da Fé é reproduzir “o Cristianismo do Novo Testamento”. Os evangélicos crêem em ¼ da Bíblia; os cristãos Reformados crêem numa Bíblia inteira. Evangélicos rotineiramente desprezam a autoridade do Antigo Testamento. A lei do Antigo Testamento, eles afirmam, é parte do “velho” pacto, e foi destinado somente para o antigo Israel; hoje ouvimos apenas as palavras de Jesus, João, Paulo e assim por diante. Os evangélicos estão entre os mais ruidosos em insistir sobre “crer na Bíblia de capa a capa”, mas não crêem que ¾ do que aparece entre as capas tenha qualquer relevância para hoje. Eles falam hipocritamente sobre “estrita inerrância bíblica”, mas isso em geral é simplesmente “conversa piedosa”, pois eles negam que as provisões do novo pacto estavam em operação no Antigo Testamento (Gl. 4:22-31). Eles não vêem muito do evangelho, se é que algo, no Antigo Testamento. E porque o evangelicalismo centra-se no evangelho, isso significa que o Antigo Testamento é largamente irrelevante. Funcionalmente, portanto, o termo “crente na Bíblia” não se aplica a maioria dos evangélicos.

Um Evangelho Limitado, não a Fé Plena

Isso leva diretamente à característica final do evangelicalismo, a qual os cristãos que crêem na Bíblia devem repudiar expressamente. Para os evangélicos, é o evangel, o evangelho (limitada e erroneamente definido, é claro) que deveria impressionar nossas vidas. Para os Reformados, é a soberania de Deus e Seu governo régio absoluto na Terra que é impressionante. O evangelho evangélico não é meramente deturpado; é limitado. O evangelho evangélico é um fim em si mesmo. “Manter nossas almas longe do inferno” é todo o significado da vida sobre a Terra. Para os Reformados, o significado da vida sobre a Terra é a submissão absoluta a Cristo, o nosso Redentor real, e o trabalho diligente para estender o Seu reinado na Terra. Evangelismo é um meio essencial para esse fim, mas não o próprio fim. Afirmar que o evangelismo é um fim em si mesmo é expor uma teologia deturpada e centrada no homem. O fim é a glória de Deus e, com referência ao Seu plano para a Terra, a expansão gradual, porém inexorável do Seu reino (Mt. 6:33; 13:31-34).
Os evangélicos estão intensamente interessados no tipo de evangelismo deles. Porque esse evangelismo não é apenas deturpado, mas também limitado, ele não se relaciona com muitos aspectos da vida. Porque o evangelismo é o centro de sua religião e por não se relacionar com muitos aspectos da vida, a própria religião não se relaciona com muitos aspectos da vida. Porque sua religião não se relaciona com muitos aspectos da vida, eles tendem a pensar como os humanistas mundanos naquelas áreas sem relação com sua religião limitada. Esse é o porquê, em primeiro lugar, o método apologético evangélico compromete o evangelho, como Cornelius Van Til tão poderosamente demonstrou.
Os evangélicos estão dispostos a comprometer tudo, até Deus mesmo, por causa de seu ídolo precioso, o seu evangelho deturpado e limitado. Esse é o motivo da maioria deles não ver nada de errado em enviar seus filhos para escolas do governo, adotar uma psicologia secular, ensinar uma ciência evolucionária, eleger políticos ateus e endossar traduções errôneas da Bíblia. Essas áreas estão além do alcance de seu evangelho limitado. Tudo além do escopo de seu evangelho limitado é algo legal para uma perspectiva “neutra” (isto é, violadora do pacto).

Por essas razões, onde quer que o evangelicalismo moderno tenha florescido, ele tem bombardeado a ortodoxia bíblica histórica; eviscerado uma fé forte e teologicamente ancorada; e castrado uma religião robusta, vigorosa e abrangente. Seu sucesso tem sido o fracasso do Cristianismo bíblico.

Conseqüentemente, ser um evangélico no sentido moderno é diluir e eventualmente destruir a Fé.

Igreja Universal afirma que fiéis da denominação não devem namorar pessoas de outras igrejas


As orientações ligadas à vida conjugal que são passadas pela Igreja Universal do Reino de forma bastante direta. Em uma publicação do site Arca Universal, o artigo que respondia a uma suposta pergunta de leitores a respeito de manter relacionamentos com pessoas de outras denominações foi bastante ilustrada.
A pergunta do título era “Membros da IURD podem namorar pessoas de outras igrejas?”. Como resposta, o site escreveu que “A Igreja Universal do Reino de Deus não interfere nas escolhas e decisões de seus respectivos membros. Porém, há de se analisar que um casamento bem-sucedido acontece quando, além do amor, ambos compartilham do mesmo objetivo de vida e, principalmente, da mesma fé”. Sobre “mesma fé” o texto explica que isso envolve desde crenças até doutrinas e exemplificou com o caso de um casal que hipoteticamente frequentasse igrejas diferentes: “Imagine como seria, num domingo pela manhã, o casal saindo de casa para ir à igreja e, em vez de buscarem juntos a presença de Deus, cada um vai para um lado. Pense também no caso de uma discussão de assuntos doutrinários: a esposa aprendeu que não pode usar maquiagem ou cortar o cabelo, já o marido quer que ela ande bem arrumada. Ou, então, o homem entende que a doença, miséria e problemas são provações de Deus, e a mulher, frequentadora da IURD, não aceita os males, porque sabe que são frutos de forças malignas. Resumindo: um acredita que deve “esperar em Deus”, e o outro aprende que “tem que tomar atitude”. Diante dos exemplos citados, como suportar tamanho conflito?”.
Para enfatizar a orientação, a publicação apresentou um vídeo em que o líder da Universal, bispo Edir Macedo afirma durante um culto que o sucesso de seu casamento, que já dura quarenta anos, se deve ao fato de ter sido construído com base no que eles são como pessoas, e usou uma frase popular para definir suas afinidades: “O nosso santo cruza, se dá maravilhosamente bem”.

Cantores gospel ou Astros?


Graça e paz;vamos discutir um tema hoje que chama a atenção de todos evangélicos,cantores gospel,quem já não acompanhou a jornada o inicio de um cantor gospel? no inicio aquele nervosismo para ter uma oportunidade,chega na igreja mais cedo,ora sempre que possível,está sempre na escola bíblica para aprender a palavra de Deus,um cantor que busca [...]
Graça e paz;vamos discutir um tema hoje que chama a atenção de todos evangélicos,cantores gospel,quem já não acompanhou a jornada o inicio de um cantor gospel? no inicio aquele nervosismo para ter uma oportunidade,chega na igreja mais cedo,ora sempre que possível,está sempre na escola bíblica para aprender a palavra de Deus,um cantor que busca sempre a presença de Deus,mais quando o sucesso chega ai vem as mudanças,não vai mais na igreja sem convite,vem os valores para apresentação,começa a esquecer os seu lideres,pensam que são os donos da igreja,as estrelas da igreja,pena que acompanhamos isso todos os dias,uma absurdo o que acontece hoje no meio gospel,hoje não temos muitas músicas de qualidade,o que temos são quase mantra,repetições sem serem necessária,sem base bíblica na palavra de Deus,versões mundanas,estão profanando a musica gospel,qual a diferença de convidar Roberto Carlos e um desses astros da musica gospel? só alguns valores em real só isso e mais nada,ate que ponto estamos chegando,onde estão os verdadeiros levitas? Cadê aqueles que adoram de verdade? Hoje o que temos muitas vezes em nossas igrejas são Show gospel e não adoração,pena que esta doença esta afetando muitos,cantores que no começo uma benção,hoje uma maldição para muitos,é dura esta palavra mais é a verdade,ate que ponto esta chegando também a idolatria em nosso meio,idolatria não é só se prostra diante de uma imagem,não apenas isso,mais também adorar certos astros da música gospel.
Estamos vivendo,no fim dos tempos,estão profanando o altar do senhor,ate quando vamos ver isso acontecendo em nosso meio,hoje no Brasil qualquer igreja para levar algum desses astros tem que tirar valores altos,para eles cantar umas músicas,estamos esquecendo de Deus,dos verdadeiros adoradores,adorar não é só se emocionar,adoração vai além da emoção,o que estamos vendo hoje são cópias,Xerox baratas e falsificação de verdadeiros adores,a maioria dos nossos cantores gospel hoje,são astros,exibidos,e acima de tudo falta humilde que começou,mais ainda há tempo de voltar ao primeiro amor,se não lá no inferno vai ter lugar para tantas vozes lindas,maravilhosas,mais que não adorava a Deus.

Decepcionados com ordenação de homossexuais, presbiterianos deixam a denominação (PCUSA) em massa


Por Augustus Nicodemos Lopes
Como todos sabem, no ano de 2011 a PCUSA (Presbyterian Church of the United States) tomou a decisão em sua Assembléia Geral de aceitar como pastores e pastoras da denominação gays e lésbicas praticantes. Nós já havíamos tratado deste assunto aqui no blog, anunciando que uma divisão na PCUSA estava prestes a acontecer.
Os presbiterianos daquela denominação que não aceitaram esta decisão e que também estavam já preocupados com outros rumos desta denominação marcaram uma reunião para janeiro deste ano (2012), que aconteceu em Orlando, na Flórida. Havia cerca de 2100 participantes inscritos presentes representando cerca de 500 congregações da PCUSA. Lembremos que há aproximadamente 11.000 igrejas da PCUSA nos Estados Unidos.
Na reunião ficou decidida a fundação de uma nova entidade reformada, que será chamada “The Evangelical Covenant Order of Presbyterians” (“A Ordem Pactual Evangélica de Presbiterianos”), abreviada como ECO. Os detalhes ainda estão sendo trabalhados, mas provavelmente esta “Ordem” deverá funcionar como uma nova denominação, embora este ponto ainda não esteja claro.

Foi distribuída uma lista com os “valores” teológicos e pastorais da ECO:

Identidade moldada por Jesus (em que a questão essencial é se a pessoa é realmente um discípulo de Jesus);
Integridade bíblica (em que a questão essencial é saber se as Escrituras, única Palavra de Deus e que tem autoridade absoluta, realmente define a nossa identidade);
Teologia Reflexiva (em que a educação teológica reformada é estimada);
Comunidade responsável (em que as igrejas são comunidades onde a orientação é realmente uma experiência corporativa espiritual);
Ministério igualitário (em que os dons espirituais de ambos os sexos e de todos os grupos raciais e étnicos são “desencadeados”);
Centralidade missional (em que a Igreja “vive” a toda a Grande Comissão “, incluindo a evangelização, formação espiritual, compaixão e justiça redentora”)
Espiritualidade focada no centro (em que a Igreja chama as pessoas para o núcleo do que significa seguir a Jesus e “não se fixa sobre os limites”)
Liderança rápida (em que a Igreja identifica e desenvolve os líderes que são dispostos a assumir riscos, inovadores e orgânicos);
Vitalidade do Reino (pelo qual a igreja reproduz ativamente comunidades missionais).

Pastor e Pastora liderando a reunião
Já foram redigidos os documentos principais da futura enteidade e foram apresentados na reunião - um projeto dos compromissos teológicos do grupo e um outro com o projeto de estatuto da nova instituição.

Bom, na minha avaliação este novo corpo eclesiástico - denominação ou coisa parecida - será maior do que as duas principais denominações presbiterianas nos Estados Unidos que são conservadoras, a saber, a PCA (Presbyterian Church of America) e a EPC (Evangelical Presbyterian Church), embora ainda menor do que a PCUSA.
Fiquei feliz por ver que ainda há crentes verdadeiros e que amam a Palavra de Deus dentro de uma denominação que vem apostatando da verdade há muitos anos. Espero sinceramente que os que resolveram ficar na PCUSA e continuar a luta consigam, quem sabe, um dia retomar a histórica denominação para os caminhos do Evangelho de Cristo.
Dá para ver pela relação de valores acima que este novo grupo pretende realmente ser reformado, bíblico e conservador. Todavia, revendo a lista uma coisa me preocupa, que é o ítem chamado de "ministério igualitário". Trocado em miúdos, este item significa que a nova organização não somente aceitará como encorajará a ordenação de pastoras e presbíteras, como faziam na PCUSA de onde saíram. Algo similar ao fato de que Lutero, ao sair da Igreja Católica, manteve por um tempo determinadas idéias romanas. Aguardemos que da mesma forma que Lutero livrou-se deste ranço católico com o tempo, que os novos presbiterianos também tenham coragem para fazer a reforma completa e abolir a ordenação feminina.
Eles deveriam ser os primeiros a saber que foi a ordenação feminina quem abriu a porta para a ordenação de homossexuais na denominação deles. Tudo começou quando a PCUSA passou a tolerar que o liberalismo teológico fosse ensinado nas suas instituições teológicas, as quais são responsáveis pela formação teológica, eclesiástica e ministerial dos seus pastores. O liberalismo teológico retira toda a autoridade das Escrituras como palavra de Deus, introduz o conceito de que ela é fruto do pensamento ultrapassado de gerações antigas e que traz valores e conceitos que não podem mais ser aceitos pelo homem moderno. Assim, coloca a Bíblia debaixo da crítica cultural. O passo seguinte foi a aprovação da ordenação de mulheres cristãs ao ministério, em meados da década de 60, com base exatamente no argumento de que os textos bíblicos que impõem restrições ao exercício da autoridade eclesiástica por parte da mulher cristã eram culturalmente condicionados, e portanto impróprios para a nossa época, em que a mulher já galgou todas as posições de autoridade.
O argumento que vem sendo usado há décadas pelos defensores do homossexualismo dentro da PCUSA segue na mesma linha. Os textos bíblicos contrários ao homossexualismo são vistos como resultantes da cosmovisão cultural ultrapassada dos escritores bíblicos, refletindo os valores daquela época. Em especial, os textos de Paulo contra o homossexualismo (Romanos 1 em particular) são entendidos como condicionados pelos preconceitos da cultura antiga e pela falta de conhecimento científico, que segundo os defensores do homossexualismo hoje já demonstra que ser gay é genético, não podendo, portanto, ser mais considerado como desvio moral ou pecado. Já que a cultura moderna mais e mais aceita o homossexualismo como normal, chegando mesmo a reconhecer o casamento entre eles em alguns casos, por que a Igreja, que deveria sempre dar o primeiro exemplo em tolerância, aceitação e amor, não pode receber os homossexuais como membros comungantes e pastores da Igreja? Essa foi a argumentação que finalmente prevaleceu, pois a decisão permite que homossexuais praticantes considerem a sua escolha sexual como uma questão secundária e não como matéria de fé, sujeita à disciplina eclesiástica da denominação.

Infelizmente, uma das lições que se aprende com a história é que poucos aprendem alguma coisa com ela. Vamos esperar que este seja um destes casos...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Jesus Cristo é o 4º termo mais buscado na internet em 2011


Um ranking baseado em uma compilação do Google insights compara as palavras-chave mais utilizadas durante o ano de 2011.
Curiosamente Jesus Cristo está entre os quatro assuntos mais buscados na web, a primeira posição do ranking fica com a famosa cantora norte-americana Lady Gaga, seguida por Justin Bieber e gatos (animais) em geral.
A lista é composta de 26 termos, entre os quais a maioria são celebridades da música como os Beatles, que já criaram polêmica no passado por se dizerem mais populares que Jesus Cristo.

A Coca-Cola e a depravação total


Faz um tempo que Coca-Cola vem se posicionando como “culturalmente correta” através de suas campanhas publicitárias, que são sempre belas, é justo que se diga. Porém, a análise que te convido hoje a fazer é sobre uma mensagem veiculada em uma de suas campanhas que tem como tema “Os bons são maioria“. Aí você vai me perguntar: o que tem a ver a Coca-Cola com o Cristianismo? Por favor, não me venha falar que estou mandando ninguém parar de beber Coca-Cola, – até porque eu gosto muito e aprecio sempre que posso – mas aproveitar a oportunidade para te convidar a refletir sobre como você tem enxergado o Cristianismo que professa.
A campanha veiculada pela Coca-Cola traz uma sequência de estatísticas meio sem lógica aproveitando-se do estado de alerta da sociedade para tentar amenizar e dizer que ainda há uma solução humana para o mundo, pois as pessoas “de bem” ainda são maioria. Enfim, o centro dessa campanha é sustentar que o homem é basicamente bom e aperfeiçoável através de seus próprios esforços. Então, a pergunta que faço é a seguinte: você acredita mesmo que há solução para a humanidade por si mesma? Crê que é possível os “bons” mudem o mundo em que vivem? Pense na sua resposta. Pensou?

E então, vamos ao que Deus tem a nos dizer sobre isso em sua Palavra?

(…) tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. (Romanos 3:9b–12)

O versículo acima é uma das bases para a doutrina da Depravação Total, um dos 5 pontos da teologia reformada, que diz o seguinte:

O homem não regenerado é absolutamente escravo de Satanás, e, por isso, é totalmente incapaz de exercer sua própria vontade livremente (para salvar-se), dependendo, portanto, da obra de Deus, que deve vivificar o homem, antes que este possa crer em Cristo.

E é exatamente disso que trato aqui nesse texto: a incapacidade do homem de praticar o que é bom. Somos cercados por todos os lados por pensamentos humanistas que colocam o homem como centro de tudo e que fazem o possível para esquecerem-se do Deus soberano. O pensamento humanista é a base para estudos acadêmicos e o pensamento da sociedade corrente. Isso é normal, já que o mundo “jaz no maligno”. Porém, o mais triste de tudo é ver entrando no coração de alguns que se dizem salvos esse tipo de pensamento, que é completamente oposto ao que dizem as Escrituras.

Que homens que não conhecem a Palavra tenham esse tipo de pensamento é de se esperar, mas homens que se dizem de Deus pensando dessa forma é inaceitável. Na verdade, pensamentos assim só comprovam a depravação total, inclusive de alguns que se dizem cristãos e revelam o joio no meio do trigo. “Evangelhos” permeados pela visão e pensamento humanista temos aos montes. Homens que anunciam, não uma boa nova, mas uma mensagem voltada para o umbigo de outros homens que se julgam capazes de fazer o que acham que devam e de conseguir a saída para tudo mediante o esforço humano.

Aí, você me pergunta: então, qual é a saída para o mundo? A única saída para a humanidade está na graça de Deus. Graça é dom. Graça é dádiva. É, não apenas o caminho, mas a única verdade para onde o próprio Deus encaminha seus escolhidos. Os homens que confiam em sua própria força e conhecimento, vão seguir enganando-se e sendo enganados, pois como dizem as Escrituras:

Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do Senhor. Mas bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele está. Jeremias 17:5,7

É bom que nos lembremos de que a humanidade é a coroa da criação, mas continua sendo criatura.

Soli Deo Gloria

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Caio Fábio escapa da sentença de 4 anos de prisão


O reverendo Caio Fabio conseguiu na Justiça Eleitoral anular o mandado de prisão emitido pela juíza Léa Maria Barreiros Duarte, em circunstância da condenação dele a quatro anos de prisão em regime semi-aberto e quarenta dias multa no valor de dois salários-mínimos cada dia, no processo pelo crime de calúnia contra o presidente da República.
O processo foi movido a partir do suposto envolvimento de Caio Fábio com o Dossiê Cayman, que tentava incriminar os candidatos do PSDB durante as eleições presidenciais de 1998. Após a condenação, Caio Fábio apresentou recurso contra o julgamento em primeira instância, porém uma vez negado, o mandado de prisão havia sido emitido pela juíza.

Ricardo Gondim e Rubem Alves Convidam. Você Vai?


Por Silas Figueira
Ontem no Fecebook um pastor divulgou com muita alegria o lançamento e mesa de debate do livro de Rubem Alves “Por uma teologia da libertação”, no dia 09 de fevereiro de 2012 (Rubem Alves, Gondim e Gouvêa convidam: LANÇAMENTO e MESA DE DEBATE - veja aqui.
Este livro, como diz o próprio site, é considerado por muitos teólogos como o primeiro livro escrito sobre o que então se tornaria a “Teologia da Libertação”, antes mesmo de Gustavo Gutiérrez e Leonardo Boff.
Já alguns meses já se vêm falando muita coisa a respeito dos desvios teológicos do Pastor Ricardo Gondim, desde o seu apoio ao homossexualismo a negação da volta de Cristo, isso sem contar o seu apoio ao Teísmo Aberto. O próprio Gondim disse que estava sendo considerado o herege da vez.
A questão que me intriga é em que o Pastor Ricardo Gondim se assemelha com o ex-pastor da Igreja Presbiteriana Rubem Alves? Fazendo uma pequena pesquisa descobri o que Rubem Alves pensa a respeito do Céu e da Salvação.
Veja algumas frases que ele disse em um dos seus textos no seu site: “Tenho medo de morrer e ir para o céu. Eu me sentiria um estranho por lá. Sou um ser deste mundo e sinto que no meu corpo moram rios, árvores, montanhas e nuvens. Nenhum mundo além poderá consolar-me da sua perda. É certo que um espírito, por bem-aventurado que seja, não pode sentir o cheiro bom do capim gordura (que recém começa a florescer roxo nos campos). Para isso ele teria de ter um nariz. Amo este mundo. Por isso não quero ir para o céu. Nietzsche sentia o mesmo. Mas este dia, Corpus Christi, a se acreditar na tradição, diz que Deus, cansado de ser espírito, descobriu que o bom mesmo era ter corpo, e até se encarnou, segundo o testemunho do apóstolo. Preferiu nascer como corpo, a despeito de todos os riscos, inclusive o de morrer. Porque as alegrias compensavam. E nasceu, declarando que o corpo está eternamente destinado a uma dignidade divina. Curioso que os homens prefiram os céus, quando Deus prefere a terra”. O texto completo você pode ler aqui.

O Pastor Ricardo Gondim está seguindo o “Teísmo Aberto”, cujo ensino se fundamenta na relativização do absoluto. Para Gondim, o Deus da Bíblia não é Soberano e em virtude disto não possui domínio e governo sobre todas as coisas, mas que nas palavras de Gondim e Rubem Alves é apresentado de forma romantizada dando a ideia de um deus pequeno e frágil que precisa tanto de mim quanto de você. Um deus carente.
Assim como Rubem Alves o Pastor Ricardo Gondim também nega o céu e a volta Cristo. Você pode confirmar vendo este video no YouTube . Negam a Bíblia e o que o próprio Senhor Jesus falou e os apóstolos confirmaram e que o livro do Apocalipse reitera.
Eu fico com a Bíblia e não com esses teólogos de plantão que por terem apostatado da fé tem levado muitos com eles. Alguns pastores que estão abraçando esta mesma ideia estarão lá nessa mesa de debate, falando aberrações a respeito de Deus e de Sua Palavra, dando apoio e se alegrando com tamanhas distorções teológicas. Infelizmente muitas dessas pessoas irão arrastar atrás de si uma multidão de adeptos que por discordarem de Deus e da Sua forma de agir seguirão esses falsos ensinos que o apóstolo Paulo já havia dito a Timóteo que ocorreria: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência”. 1Tm 4.1,2.
Mas da mesma forma que o apóstolo Paulo chama a atenção de Timóteo em relação à apostasia dos últimos tempos, ele também chama a atenção do seu filho na fé a agir de forma contrária a tudo isso que estaria ocorrendo. O seu conselho a Timóteo é o mesmo para nós hoje também: “Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas caducas. Exercita-te, pessoalmente, na piedade. Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser. Fiel é esta palavra e digna de inteira aceitação. Ora, é para esse fim que labutamos e nos esforçamos sobremodo, porquanto temos posto a nossa esperança no Deus vivo, Salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis”. 1Tm 4.8-10.
O tempo que o apóstolo Paulo profetizou nós temos vivido. Está ficado cada dia mais difícil ver pessoas abraçando a sã doutrina, mas há um número enorme de pessoas dando ouvidos a ensinos de demônios, e o pior, em vários púlpitos. Mas se nós desfalecermos e nos deixarmos levar por essas heresias, a próxima geração será uma geração totalmente descrente das verdades bíblicas. Devemos seguir o conselho de Paulo que nos diz que devemos pregar a tempo e a fora de tempo.

Que o Senhor nos ajude!

O evangelho do Gentileza

Por Bráulia Ribeiro

“Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca [...]
Por isso eu pergunto
A você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria?”
(Marisa Monte)


À medida que o Brasil vai se tornando mais evangélico observamos as marcas culturais do evangelicalismo se misturarem à cultura popular e vice-versa. Missiólogos discutem a influência da cultura nos diversos modelos de evangelho que temos pelo mundo usando dois conceitos, contextualização e sincretismo.
Entende-se por contextualização a expressão do conceito novo -- a revelação do evangelho -- por meio de formas antigas e facilmente reconhecíveis pelo povo. O conhecido se torna a expressão do novo. Já o sincretismo trata de uma mistura promíscua, indesejada, das novas formas com conceitos antigos. É a revitalização do erro, que se veste com uma fantasia brilhante e aparentemente nova.
O evangelho no Brasil -- e, acredito, em muitos outros lugares -- se acultura de modo contextualizado e sincrético ao mesmo tempo. Para se discernir entre pureza e corrupção o trabalho é árduo, mas a discussão destes caminhos é hoje essencial para a saúde da igreja. Apenas o Espírito Santo e a Bíblia podem nos tirar do limbo de um semievangelho, que se torna inócuo por ser equivalente.
Atualmente existe uma guerra entre os evangélicos no Brasil que nada tem de santa. É uma releitura cultural da velha disputa de classes. Apesar de não termos uma cultura de castas, como na Índia, nossa tradição social, baseada em origem e poder econômico, é marcada pela exclusão de grupos sociais. Nos tempos coloniais, a família, o grau de proximidade da nobreza portuguesa, a cor da pele faziam a diferença. Hoje a subcultura à qual pertencemos, a linguagem que falamos, a música que ouvimos revelam o poder socioeconômico que temos.

As várias versões evangélicas atendem a subgrupos culturais diferentes e fazem concessões teológicas de acordo com a necessidade de cada um deles. O evangelho intelectual das classes dominantes requer uma lógica que se conforme ao discurso pós-moderno. O Deus tribal dos hebreus se transforma em uma força de amor despersonalizada e universalizante. Seguindo o exemplo da Europa multiculturalista, o evangelho palatável à “intelligentsia” tem que relativizar verdades. Não existe adaptação sem comprometimentos. A moralidade bíblica é um peso muito grande a ser carregado. Existe uma proposta de amor no evangelho, mas se exige para esta uma síntese hegueliana. Qualquer maneira de amar vale a pena, qualquer moralidade me diverte, desde que me satisfaça.

O evangelho das massas populares é simples: a entidade divina se tribaliza. Como qualquer proposta animista, o Deus tribal é pesado em suas demandas tributárias, requer riquezas em profusão e obediência cega às autoridades sacerdotais. Ele tem necessidade de demonstrar seu poder em um jogo intimidatório. As bênçãos são subornos e o Deus tribal dança conforme a música do desenvolvimento econômico e distribui casas, carros zero e cargos políticos, premiando a servidão de seus fiéis.

Nas duas versões o evangelho de Cristo se torna “o evangelho do profeta Gentileza”. O “amor” do Cristo folclórico não é amor, é entretenimento. Ele é simplório e ridículo. Quem é mais inteligente, o homem ou a lei, o livro ou a sabedoria? -- pergunta Gentileza. O homem, a sabedoria que não está nos livros nem no Livro -- respondemos. E decidimos então apontar as torres de nossas igrejas para o centro da sociedade brasileira -- o homem cordial que a todos agrada. A cultura brasílica, que não gosta de regras impostas, menospreza o Livro e reinventa em duas versões um Deus sem leis e sem moral, que se ocupa de nos servir.

Concordo com Marisa que a parede cinzenta é mais triste do que se permanecesse pintada com os escritos coloridos do Gentileza. Contudo, não vamos trazê-lo para as igrejas. É melhor deixá-lo nas ruas.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Você é bem informado ou um palpiteiro?


Por Maurício Zágari
Vivemos na era da opinião. Todo mundo tem sempre que ter algo a dizer sobre tudo. A consequência é que, como eu e você não sabemos tudo sobre tudo, acabamos expressando visões a respeito dos mais variados assuntos sem nenhuma base, nenhum conhecimento real. E, com isso, influenciamos montes de pessoas com opiniões que não passam de mero achismo e que só vão prejudicar os demais. Todavia, existe um ato de bravura ligado a isso de que parece que a humanidade se esqueceu, que é confessar abertamente: EU NÃO SEI.
Querido, querida, você não tem a obrigação de saber tudo. Eu não entendo de montes de coisas. Quando dava aula em seminário teológico, meus alunos ficavam espantadíssimos porque às vezes me perguntavam coisas e eu respondia: “Eu não sei”, pois todos os demais professores da escola davam respostas sobre tudo o que eles perguntavam. Obviamente, porque, quando não sabiam, para não passarem por ignorantes, inventavam ou davam opiniões, mas não SABIAM de fato. “Professor, Adão tinha umbigo?”. “Ah, claro, porque, veja bem, eu acho que…”. E esse achismo é que mata. Já eu não cometia esse tipo de atrocidade à honestidade: “Professor, os loucos vão pro Céu?”. “Eu não sei”. “Professor, por que Deus cria pessoas que Ele já sabe que vão pro inferno?”. “Eu não sei”. “Professor, se o diabo não é onisciente e onipresente como ele tenta 7 bilhões de habitantes do planeta ao mesmo tempo”. “Eu não sei”!!!

Existem mais coisas que não sei, ou seja, para as quais não tenho respostas, do que as que eu sei explicar. Falta-me conhecimento em muitas áreas. O mesmo ocorre com você. O mesmo ocorre com pastores e teólogos famosos. E aí começa o problema.

Pega mal para uma suposta autoridade não ter respostas na nossa cultura atual. Então o que ela faz? Inventa aquilo que mais lhe parece fazer sentido. No popular: entra pelo chutômetro. Só que as bases de suas afirmações em enorme parte das vezes são mero achismo, mera especulação. Mas como são pastores, teólogos e cantores gospel FAMOSOS, a palavra deles vira o 67o livro da Biblia. Por que eu destaquei “famosos”? Porque a fama é uma desgraça que te obriga a ter opiniões sobre tudo e converge os olhares para você. Pior: se você é famoso, os outros acreditam no que você diz. E tem muita gente famosa causando grandes estragos nos crédulos.


Ano passado fui a uma conferência teológica e lá encontrei a esposa de um pastor que por sua vez é muito amigo de outro pastor que tem pregado que Deus não tem controle sobre as tragédias do mundo, a tal Teologia Relacional (versão brasileira do Teísmo Aberto americano). O inventor dessa heresia é muito famoso, tem milhares de seguidores nas mídias sociais e até tinha uma coluna numa respeitada revista cristã (que justamente por ser séria teve a hombridade de demiti-lo) e vive tuitando muito sobre os valores dessa teologia, entre um verso e outro de poesias. Almocei com essa senhora e por saber que ela era próxima do “herege da vez” (como ele mesmo se autointitulou) com muita curiosidade lhe perguntei afinal de contas qual era a dele com esse pensamento novo – um pensador que eu admirara tanto no passado mas que tinha criado uma teologia antagônica à Bíblia. Ao que ela me respondeu: “Zágari, ele tem muito mais perguntas do que conclusões”. Diante disso, eu passei a me questionar: se ele tem perguntas sem conclusão, por que não diz EU NÃO SEI em vez de começar a lançar aos quatro ventos suas meras elocubrações como se fossem afirmações e verdades descidas do Céu trazidas por anjos em bandejas de prata? Pois ao fazer isso ele está irresponsavelmente contaminando milhares de pessoas com suas dúvidas sem apresentar respostas biblicamente embasadas.
Esse mal corrói nossas celebridades gospel. Afirmam muito, quando sabem pouco. Já participei diversas vezes de um programa de rádio de debates cristãos numa famosa rádio do Rio de Janeiro. E tive a oportunidade de ouvir, por exemplo, um pastor famoso de uma igreja famosa por lançar músicas que se tornam hits nacionais dizer absurdos homéricos do ponto de vista bíblico. “Se eu entrar numa boate o Espirito Santo fica na porta”, rompeu em fé o tal, que provavelmente nunca viu na Biblia que o Espirito habita em nós e que onde a luz brilha as trevas se dissipam e não o contrário. Eu, uma humilde ovelhinha, tive de lhe ensinar: “Pastor, acho que o senhor está falando de algo que NÃO SABE. Pois a Biblia não diz isso”. Ele passou o resto do programa de cara feia para mim e nem se despediu na hora de ir embora. Talvez ele não saiba divergir em ideias como um bom cristão.
Na faculdade de Jornalismo ouvi certa vez de um professor o seguinte: “Vergonha não é não saber, é se conformar em não saber e não buscar saber”. Creio que esse é o caminho. Pois hoje quem mais forma opiniões no Brasil (em especial no meio cristão) são a televisão, a rádio e a internet, não são mais os púlpitos. E a quantidade de gente que está nesses lugares dizendo absurdos, heresias, bobagens teológicas, erros bíblicos, opiniões desembasadas e coisas similares beira a maioria. Pessoas que não procuram o conhecimento. Que só querem informação e que cansam de repetir o que ouviram de alguém: não investigaram, não estudaram, não conferiram. Ouviram por aí. Mas afirmam com uma certeza acadêmica! O resultado disso é que daqui a pouco vemos pastores defendendo lutas de UFC, celebridades defendendo a participação de cantores gospel em programas de TV onde se oferecem oferendas a Iemanjá, cristãos anônimos defendendo loucuras do ponto de vista bíblico e outras insanidades teológicas. Não tem certeza se a Biblia aprova aquilo? Diga “eu não sei”. Não saia defendendo uma ideia se você não sabe se Deus aprova.

A igreja visível no Brasil transborda de opiniões. Todo mundo tem opiniões. Pouquíssimos sabem dar argumentos sólidos, bíblicos e teológicos para justificar seus pensamentos. E os que o fazem não estão na grande mídia. Geralmente, para ganhar dinheiro, poder e fama, quem está na grande mídia maipula as massas cristãs que simplesmente… não sabem. É por isso que chega um pregador fanfarrão na TV pedindo dinheiro em troca de “unção financeira” e milhares dão seu suado dinheirinho porque NÃO SABEM que aquilo é um pecado chamado simonia e uma inacreditável heresia. Ou que uma cantora gospel diz que o povo atravessou o Mar Vermelho saltando, cantando e dançando e a igreja termina os cultos aos saltos achando aquilo o máximo, porque NÃO SABE o desacordo bíblico que é aquilo – o povo estava apavorado pela aproximação de faraó e não feliz da vida.
Chega de opiniões. Chega de achismos. Não me interessa o que as celebridades pensam. Não me interessa o que um famoso gospel acredita ser fato. E sugiro que você faça o mesmo. Ele ou ela é apenas mais um na multidão de pessoas que têm uma opinião, com a diferença que alguém lhe deu um microfone na mão. Eu quero buscar a verdade. Quero ir atrás dos que sabem. Dos que gastaram horas e horas e horas não assistindo a lutas de UFC ou vendo programas de TV com cantores gospel, mas estudando a Palavra, lendo bons livros dos melhores autores cristãos, frequentando seminários teológicos sérios, dedicando seu tempo ao saber. Para que cada vez mais eu possa substituir a honra de dizer EU NÃO SEI pela honra de dizer AGORA EU APRENDI.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.