quarta-feira, 28 de março de 2012

VISITAS DO MÊS DE DEZEMBRO DE 2009 ATÉ HOJE.


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ONDE O NOSSO BLOG ANDA

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Quanto mais “rezo” mais assombração me aparece


Definitivamente eles não se cansam. A cada novo dia uma nova “tolice” tem sido inventada. Veja por exemplo esse seminário (cartaz abaixo) sobre proteção espiritual da criança. Pois é, no seminário em questão, os pastores de GEZUIS, prometem ensinar princípios bíblicos e práticos de libertação para a criança.
Calma! Foi isso mesmo que você leu! Os caras prometem ensinar como libertar as crianças do poder do demo! Triste isso não?
Ora, tudo bem que precisamos instruir as crianças quanto ao poder do ocultismo, da música, dos games, dos desenhos animados e etc, todavia, promover sessões de libertação na garotada é um pouco demais, não é verdade?
Bom, lamentavelmente existem pessoas que vêem o diabo em tudo e que fazem de dele um segundo Deus. Tais indivíduos construíram em suas mentes a idéia de que a vida é um grande conflito entre forças opostas.
O Movimento de Batalha Espiritual tem contribuído efetivamente com a propagação deste conceito, concedendo a Deus e o diabo; pesos idênticos. Para estes, a vida é uma grande trincheira, onde satanás e o nosso Deus lutam de igual para igual pelas almas da humanidade. Esta afirmação aproxima-se em muito da antiga heresia conhecida como maniqueísmo que ensinava que o universo é dominado por dois princípios antagônicos e irredutíveis: Deus ou o bem absoluto, o Diabo ou o mal absoluto. Infelizmente por considerar o bem e mal, como forças idênticas em peso e poder, os pregadores desta doutrina rejeitam a soberania de Deus sobre o inimigo de nossas almas.
Caro leitor, as Escrituras Sagradas em momento algum nos mostram um mundo dualista onde bem e mal protagonizam batalhas pirotécnicas cujo final é imprevisível. Antes pelo contrário, ainda que a Bíblia nos mostre as ações ardilosas de nosso inimigo, os quais não devem ser desprezadas, ela jamais trata do diabo como alguém que tem poder para se opor a vontade soberana de Deus.

Por favor, pare, pense e responda: Quem está regendo os acontecimentos na terra, Deus ou o diabo? Quem reina majestosamente no céu, Deus ou o diabo? Quem a Bíblia diz que estabelece e destitui reis, conforme a sua soberana vontade?

Ora, a visão de Deus reinando de seu trono é repetida nas Escrituras inúmeras vezes (I Rs 22.19; Is 6.1; Ez 1.26; Dn 7.9; Ap 4.2). Na verdade, os muitos textos bíblicos possuem a função de nos lembrar em termos explícitos, que o SENHOR reina como rei, exercendo o seu domínio sobre grandes e pequenos. O senhorio de Deus é total e nem mesmo o diabo pode deter seu propósito ou frustrar os seus planos.

Os neomaniqueistas sem que percebam rejeitam o governo de Deus na história, fundamentando sua fé em achismos e impressões absolutamente antagônicas ao ensino bíblico. Nas doutrinas neomaniqueistas, Caim virou Vampiro, portais dimensionais se abriram, trazendo a tona lobisomens, dentre outras lendas e superstições absurdas. Além disso, batalhas hercúleas são travadas a cada dia no mundo espiritual por Deus e o diabo, demonstrando assim o “quão forte e poderoso é o inimigo de nossas almas”.

Caro leitor, Jesus Cristo é o libertador e rei triunfante, é o autor e consumador de nossa fé, o Senhor da gloria. Sobre ele satanás não teve controle, nem tampouco poder. Através da morte na cruz , Cristo quebrou as forças opressoras do diabo, transportando-nos graciosamente para o Reino de Deus Pai. A guerra já foi vencida! Louvado seja o seu santo nome por isso! Satanás não tem poder sobre os eleitos de Deus! Somos de Cristo, e com Cristo viveremos por toda eternidade!

Nossa Apologética Tem De Apontar Para Cristo


Por Nathan Busenitz
O alvo da apologética deve ser evangelístico e, assim sendo, sua mensagem deve estar centrada na pessoa e obra de Jesus Cristo. Ele é a resposta a todos os males sociais e a cada coração que o busca. “Mas nós pregamos a Cristo crucificado”, Paulo explicou aos coríntios, “escândalo para os judeus, loucura para os gentios” (1 Co 1.23). De maneira semelhante, disse aos crentes de Colossos: “o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” (Cl 1.28). Armado com o lema “para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21), Paulo enfrentou o mundo como embaixador de Cristo, rogando aos ouvintes “em nome de Cristo, vos reconcilieis com Deus” (2 Co 5.20). Ele jamais tomou uma posição apologética que não apontasse para Cristo. Quer no Areópago (At 17) quer no tribunal diante do governador romano (At 26), a defesa da fé feita por Paulo sempre era centrada no evangelho (1 Co 15.3-4).
Uma apologética que deixa de apresentar o evangelho por inteiro deixa no mesmo lugar os pecadores: ainda perdidos. Até confessarem Jesus como Senhor e crer que Deus o ressuscitou da morte, eles permanecem mortos em seus pecados (Rm 10.9). Sua eternidade depende do que farão com Jesus Cristo. À pergunta: “O que devo fazer para ser salvo?” Jesus é a única resposta (At 16.30-31). Para o problema do pecado, ele é a única solução. Como disse João Batista a respeito de Jesus: “quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo 3.36).
Não podemos nos contentar com uma abordagem apologética que diminua ou negligencie o evangelho. Afinal de contas, nossa meta final não é apenas converter os ateus ao teísmo ou evolucionistas ao criacionismo, mas chamar os incrédulos (quer sejam eles ateus ou teístas, evolucionistas ou criacionistas) a receberem Jesus Cristo. Os argumentos quanto ao teísmo e criacionismo são importantes, mas a apologética cristã será incompleta se parar por aí e não proclamar o evangelho.
Uma ilustração disso está no fato de que muitos evangélicos deram grande valor à conversão do renomado ateu britânico Antony Flew do ateísmo para o teísmo. Ele documentou sua mudança de ideia no livro There is a God, onde admitiu que os argumentos do projeto inteligente o levaram a “aceitar a existência de uma Mente infinitamente inteligente”. [1] No fim do livro, Flew nota que poderia estar aberto ao cristianismo, mas não chega a reconhecer nenhum compromisso pessoal com Cristo. Por sua parte, Flew se identifica como deísta. [2]

Como avaliar esse tipo de conversão? Por um lado, alegramo-nos porque um renomado ateu renunciou publicamente seus erros anteriores. Podemos ser gratos pelos esforços daqueles que, por sua influência, o ajudaram a ver a falência filosófica do sistema ateu. Mas não podemos estar completamente satisfeitos com o resultado, pois o Professor Flew não se tornou cristão.
Quando o apóstolo Paulo esteve diante da oposição, quer no areópago quer diante de Festo e Felix, não se contentou apenas em convencer seus ouvintes da existência de Deus. Na verdade, eles já eram teístas. Contudo, eles tinham renhida necessidade de se reconciliarem com Deus, razão pela qual a mensagem de Paulo era centrada no evangelho de Jesus Cristo. Em uma época quando o ateísmo naturalista ganha aprovação popular, poderá ser tentador pensar que defender a existência de Deus deva ser nosso principal alvo. Mas se deixarmos de fora a mensagem cristocêntrica do evangelho, nosso trabalho apologético ficará incompleto. [3] Fomos comissionados a fazer discípulos do Senhor (Mt 28.18-20), não apenas teístas. Assim, pregamos Cristo crucificado a todas as pessoas, quer elas creiam quer não creiam em Deus.

[1] Antony Flew, There Is a God (New York: HarperCollins, 2007), 158.
[2] Antony Flew e Gary R. Habermas, “My Pilgrimage from Atheism to Theism: An Exclusive Interview with Former British Atheist Professor Antony Flew,” Philosophia Christi 6, no. 2 (Winter 2004). Online at www.biola.edu
[3] Se nos esquecermos da mensagem do evangelho que é centrada em Cristo, corremos o perigo de nos juntar a outros teístas, incluindo cristãos não evangélicos, em um esforço de convencer os não teístas a tornarem-se teístas.
Fonte: Blog Fiel

Bíblia não é papo de botequim


Por Bispo Walter McAlister
Existem assuntos que claramente cabem numa boa conversa de botequim. São esquentados. Não exigem muito conhecimento. São uma questão de gosto ou de opiniões formadas com muito pouco fundamento: Flamengo ou Vasco, PT ou DEM, globalização ou protecionismo, torresmo ou vegetarianismo, surf ou xadrez, chocolate ou baunilha.
Blogs não são botequins. São fóruns que existem, muitos deles, para que um teólogo, filósofo ou apologista contribuam com os seus pensamentos a um diálogo, em torno de assuntos de maior ou menor importância. Minha sobrinha tem um blog para mães chamado “Potencial Gestante”, por exemplo. Há blogs que tratam de inúmeros assuntos (política, saúde, consumo, criação de cachorros ou cavalos, e por aí vai), acrescentando informação e opiniões, influenciando e debatendo.
Mas teologia não é futebol, nem tampouco política. Teologia é a busca da Verdade contida nas Sagradas Letras. Tratar teologia requer ponderação, estudo, temor a Deus, um espírito voluntário, humildade pedagógica e amor pelas coisas de Deus, acima de tudo. Teologia requer um coração que considera a Bíblia uma autoridade à qual devamos nos submeter. A busca das verdades contidas nas suas páginas não é uma questão de se educar para afiar seus argumentos. É uma peregrinação por lugares sagrados. É um processo que nos faz ficar antenados à própria voz de quem nos criou.

Tenho aberto o assunto da eleição divina aqui no blog. Confesso que, em pouco tempo, me conscientizei do fato de não ser um fórum no qual poderei expor a doutrina com a clareza e riqueza que ela merece. É bíblica? Não há a menor dúvida quanto a isso. Como funciona? Quais são os critérios que Deus emprega ao eleger uns para a salvação? Bom, eu teria que ser Deus para responder isso. Sei que não há maldade no Senhor. Ele não é um Deus cruel. Ele não brinca com a sua criação. E não é menos misericordioso do que nós. Sim, muitos chegam a dizer, “como pode Deus…..?”. Chegamos ao absurdo de tentar interpelar Deus. “Se o que as Escrituras dizem tem mérito, então Deus é um monstro”, alguns chegam a ousar dizer. Que insensatez, meu Deus! Que arrogância! Nós, que somos o barro, apontamos um dedo de pó ao oleiro e o acusamos? Quanta jactância! Absurda atitude!

E então começam as farpas, as frases de efeito. A conversa de botequim “pega fogo”. Os “achólogos” se exaltam. Acusamos uns aos outros de loucos, irresponsáveis, idiotas, obtusos, radicais, frouxos e coisas piores. Para dizer a verdade, pecamos. Pecamos muito. Pecamos por falta de saber dividir bem a Palavra da Verdade, pois não somos obreiros aprovados. Aliás, vou até lembrar as palavras exatas de Paulo, como registradas em 1 Timóteo 2.15: “Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade”.

Muitas das discussões que giram em torno do assunto da soberania de Deus, da sua eleição divina, são francamente vergonhosas. Com bravata, ânimos exaltados e uma parcela ínfima de conhecimento, muitos desfilam a sua vergonha e a sua absoluta ignorância das Escrituras. Não são obreiros aprovados. Entenda… tudo o que falamos, falamos perante a face de Deus. Todo debate acontece perante a face de Deus. E quando discursamos em torno da Bíblia, estamos tratando da PALAVRA DA VERDADE. Sua opinião, preferência e sensibilidade são irrelevantes. O seu fel é uma afronta a Aquele que sopra as Escrituras, pois “TODA Escritura é inspirada por Deus” (2 Tm 3.16a).

O próprio apóstolo, ao falar para o seu discípulo e Bispo de Éfeso, criado na disciplina das Sagradas Letras pela sua mãe e avó, o admoestou: “Reflita no que estou dizendo, pois o Senhor lhe dará entendimento em tudo.” (2 Tm 2.7).

As discussões que ouço não são fruto de reflexão. Nem tampouco me parecem fruto de leitura. São baseados no que alguém disse, no que alguém pregou, no que alguém opinou. E agora, com o peito cheio de ar quente, esbravejamos o nosso repúdio desinformado e irrefletido, ofendendo e fazendo pouco de pessoas que procuram mergulhar na Palavra da Verdade. Mas… não fazemos isso para nos promover ou nos elevar acima dos demais. Não fazemos isso para achar um gancho pelo qual podemos nos considerar como superiores aos “ignorantes brutalizados e biblicamente analfabetos”. Se procuramos aprender, é porque amamos a verdade – A Verdade. Se o fazemos, é porque sentimos que. ao trilhar pelos caminhos do Senhor, acharemos paz para as nossas almas cansadas. Tomamos o jugo e aprendemos dele, que é manso de espírito.

Há calvinistas arrogantes? Claro. Assim como qualquer postura teológica tem os seus arrogantes. Pois gostam de ir para os “botequins” teológicos para dar uma safanada na cabeça dos que “nada entendem”. Que vergonha. Os jovens que acabam abraçando essaconvicção, e que ainda não entendem como a vida do próximo é preciosa, querem mostrar acima de tudo e do amor ao próximo que estão certos.

Meu Deus! A verdade nos liberta, não nos dá razão. Ter razão é vaidade. Quem quer “ter razão” está num projeto de vanglória e despreza o seu irmão. Creio que o meu tratamento deste assunto deve acabar por aqui. Mas eu seria omisso se não apontasse para recursos preciosos para os que querem se aprofundar no que é bom e edifica.

Um dos livros que ajudará quem quiser realmente entender o Calvinismo é Vivendo para a Glória de Deus, de Joel Beeke (Editora Fiel). Outro, maior ainda, é A Glória da Graça de Deus, editado por Franklin Ferreira (Editora Fiel). Quero deixar bem claro aqui que não tenho vínculo com a Fiel. Mas são livros que recomendo simplesmente porque são ótimos para o real entendimento.

Sei que os botequins teológicos continuarão a ferver com os “achólogos” de plantão – obreiros ainda não aprovados, pois não sabem “manejar a palavra da verdade”, mas que, nem por isso, se inflamam por argumentos apaixonados e humanistas. O divino não é desumano. Mas o humano não é divino, tampouco.

Fica aqui o meu apelo. Aos que imaginavam que eu iria dirimir todas as suas dúvidas sobre o Calvinismo, peço copiosas desculpas. Não é possível fazê-lo num blog. Livros servem para isso blogs não. Espero ter, no mínimo, mostrado o que está em jogo. Espero ter provocado os que honestamente querem entender o assunto. Então, sou calvinista? Não inteiramente. Tenho diferenças pontuais com muitas das afirmações de Calvino. Sou reformado? Sim. Acima de tudo, sou um Cristão, um que ama a verdade e A Verdade. Quero chegar ao Céu e levar todos que puder comigo. Não quero ofender, além da ofensa que já acompanha a proclamação da verdade. Procuro conciliar e arrazoar. É o meu compromisso aqui. Se algum mérito houver no que disse, fique comigo, pois é assim que continuarei a tratar os assuntos neste blog.

Que Deus tenha misericórdia de todos nós. Amém.

terça-feira, 27 de março de 2012

Pastores Voadores: Líderes evangélicos investem pesado na compra de aviões


Dizem que um homem pode ser medido pela grandiosidade dos seus sonhos. Se é mesmo assim, um seleto grupo de ministros do Evangelho anda sonhando alto – literalmente. Desde o ano passado, diversos pastores brasileiros andam cruzando os céus em aviões próprios, um luxo antes somente reservado a altos executivos, atletas milionários e sheiks do petróleo. A justificativa para as aquisições, algumas na faixa das dezenas de milhões de dólares, é quase sempre a mesma: a necessidade de maior autonomia e disponibilidade para realizar a obra de Deus, o que, no caso dos grandes líderes, demanda constantes deslocamentos pelo país e exterior a fim de dar conta de pregações e participações em palestras e eventos de todo tipo. Eles realmente estão voando alto.

O empresário e bispo Edir Macedo, dirigente da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) tem feito a ponte aérea Brasil – Estados Unidos a bordo de um confortável Global Express, avaliado no mercado aeronáutico por US$ 50 milhões (cerca de R$ 85 milhões). Para comparar, o preço é semelhante ao do Rafale, o caça-bombardeiro francês que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sonha comprar para as Forças Armadas brasileiras. Equipado com sala de estar, dois banheiros, minibar e lavabo, além de um confortável sofá, o jato permite deslocamentos dos mais confortáveis até os EUA, onde Macedo mantém residência, e tem autonomia suficiente para levá-lo à Europa ou à África. O Global, adquirido em setembro numa troca por um modelo mais antigo, veio juntar-se à frota da Alliance Jet, empresa integrada ao grupo Universal e que já possuía um Falcon 2000 e um Citation X, juntos avaliados em 40 milhões de dólares.

Edir Macedo justifica o uso de aviões particulares dizendo que precisa levar a Palavra de Deus pelas nações onde a igreja atua, que já são mais de 120, e também para evitar transtornos aos passageiros dos aviões comerciais, pois sua pessoa costuma atrair muita atenção da mídia. Pode haver também outros motivos. Foi em voos particulares que a Polícia Federal descobriu, em 2005, que deputados e empresários ligados à Iurd transportavam dinheiro em espécie, no episódio que ficou conhecido como o caso das malas. Os valores, explicou a igreja na época, teriam sido arrecadados nos cultos e eram transportados dessa maneira por questão de segurança e praticidade até São Paulo e Rio de Janeiro, onde a denominação tem sua administração.

Já o missionário R.R.Soares, mais discreto que o cunhado Macedo, não fez alarde da aquisição do turboélice King Air 350, em novembro, fato noticiado pela revista Veja.. Avaliado em cerca de R$ 9 milhões, a aeronave transporta oito passageiros. Como tem uma agenda das mais apertadas, Soares viaja praticamente toda semana pelos mais de mil templos que sua Igreja Internacional da Graça de Deus tem no país, além de realizar cruzadas e gravar programas diários para a TV. Ele realmente tem pensado alto: a igreja também mantém parceria com a empresa de aviação Ocean Air, através da qual um percentual sobre cada passagem comprada por um membro da Graça reverte para a denominação.


“Conquista” – O que chama a atenção no aeroclube dos pastores são as justificativas espirituais para a compra das aeronaves. Renê Terra Nova, apóstolo do Ministério Internacional da Restauração em Manaus (AM) e um dos grandes divulgadores do movimento G12 no Brasil, conta que o seu Falcon é fruto de profecias de grandes homens de Deus como o pastor e conferencista americano Mike Murdock. Em abril de 2009, durante um evento em que ambos estavam, Murdock incentivou uma campanha de doações a fim de que Terra Nova pudesse realizar seu “sonho”. Após chamar Terra Nova à frente, ele mesmo anunciou que ofertaria R$ 10 mil reais, atitude logo seguida por dezenas de pessoas. O avião foi comprado em julho. Dizendo-se “constrangido” com a atitude, Terra Nova admitiu que aquele era seu desejo e que se submetia ao que considerava a vontade de Deus. “O Senhor é testemunha que este avião não é para vaidade, mas para estimular que outros ministérios a que também tenham aviões e, juntos, possamos voar para as nações da terra, pregando o evangelho de Jesus. Assim está estabelecido”, diz o líder em seu site.

“Conquista” e “resultado da fé” também foram as expressões usadas pelo pastor Samuel Câmara, da Assembleia de Deus de São José dos Campos (SP), para comemorar a compra de seu King Air C90, de quatro lugares. O religioso, que durante anos liderou a Assembleia de Deus em Belém (PA) – onde montou a Rede Boas Novas, conglomerado de rádio e TV que cobre vinte estados brasileiros –, se diz muito grato a Deus pela bênção, avaliada em R$ 8,5 milhões. Ele espera juntar-se a outros líderes para montar “uma esquadrilha de aviões para tocar o mundo todo”. Ano passado, Câmara também esteve no noticiário pelas denúncias que fez contra supostas irregularidades nas eleições para a presidência da Convenção Geral das Assembleias de Deus (CGADB).

Mas a aquisição aérea que mais chamou a atenção, dentro e fora do meio evangélico, foi concretizada pelo famoso pastor e apresentador de TV Silas Malafaia, da Assembleia de Deus da Penha, no Rio. Possuir uma aeronave própria era um objetivo anunciado pelo líder já há algum tempo, inclusive em seu programa Vitória em Cristo, um dos campeões de audiência na telinha evangélica. Além dos insistentes pedidos por ofertas para manter-se no ar, Malafaia constantemente tocava no assunto avião em suas falas. O empurrão que faltava foi dado pelo pastor americano Morris Cerullo, outro profeta da prosperidade proprietário de um luxuoso Gulstream G4. Num dos programas, levado ao ar em agosto, Cerullo admoestou os telespectadores a desafiar a crise global e participar de uma campanha de doações ao colega brasileiro – um chamado “desafio profético”, no valor de 900 reais, estipulado graças a uma curiosa aritmética que associava a cifra ao ano de 2009.

Aparentemente surpreso, Silas Malafaia assentiu com o pedido. Não se sabe quanto foi arrecadado a partir dali, mas o fato é que em dezembro o pastor anunciou que o negócio foi fechado por cerca de US$ 12 milhões, cerca de 19 milhões de reais. Trata-se de um jato executivo modelo Cessna com pouco uso. Um “negócio espetacular”, na descrição do próprio. Bastante combatido pela maneira ostensiva com que pede ofertas para seu ministério, o pastor Malafaia, que dirige também a Editora Central Gospel, recorre à consagrada oratória para se defender: “Quem critica não faz nada. Você conhece alguma coisa que algum crítico construiu? Crítico é um recalcado com o sucesso da obra alheia.”

Valdemiro Santiago insinua que Edir Macedo tenha conta em paraíso fiscal

Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, rebateu as acusações de ter comprado fazendas com dinheiro da igreja e ter passado para seu nome.Valdemiro questionou a compra da TV Record por Edir Macedo e insinuou que o líder da Igreja Universal do Reino de Deus, tem conta em paraíso fiscal.
“Por que você não convoca uma entrevista comigo e com seu patrão, o dono ai da TV. É bom que eu já faço umas perguntas pra ele, para saber com que dinheiro ele comprou a TV”, afirmou, dirigindo-se ao autor da matéria, o repórter Marcelo Rezende.

“O diabo quer colocar um contra o outro. A luta é contra satanás não é contra homens. Porque satanás quer destruir não só o Valdemiro Santiago, mas também o bispo Edir Macedo”, afirmou durante um culto transmitido pela TV Mundial, admitindo estar surpreso com as circunstâncias, pois, ele e sua esposa amavam Macedo: “Eu jamais imaginei que essas coisas aconteceriam um dia. Se o senhor quer me maltratar, usar a Record pode usar, mas eu vou orar por sua vida, por seus pastores”, afirmou o líder da Mundial.

Sobre o autor da reportagem do Domingo Espetacular, o líder da Igreja Mundial afirmou que o repórter é uma “resenha”, em fim de carreira, e que por isso aceitou fazer a matéria, que outros profissionais da emissora teriam se recusado a fazer, segundo Valdemiro.

O apóstolo afirma que a Igreja Mundial do Poder de Deus ainda não pagou nem a primeira parcela da compra das fazendas, pois foi negociado um prazo de carência de 18 meses a contar da data em que o negócio foi fechado. “Chama o seu patrão e coloca ele comigo na entrevista, aí pede para ele levar as contas abertas e eu levo as minhas, porque eu não tenho contas lá fora”, afirmou Santiago, insinuando que o líder da Igreja Universal do Reino de Deus possua contas em paraísos fiscais.

Programa Conexão Repórter do SBT investiga supostos crimes de Marcos Pereira e apresenta novas testemunhas

O programa Conexão Repórter do SBT, do dia 22 de março tratou das sérias denúncias contra o pastor Marcos Pereira, vulgo pastor sonic, que foi acusado de uma série de crimes, incluindo: estupro, pedofilia, associação ao crime, formação de quadrilha, tráfico de drogas e outros.
A reportagem investiga as denúncias feitas originalmente por José Júnior, fundador do AfroReggae que em matéria da revista Veja chamou o referido pastor de “maior mente criminosa do Rio de Janeiro”, mas acrescenta um novo e importante componente denunciatório: o pastor Rogério Ribeiro de Menezes que ficou 17 anos no ministério, ficando seis anos e foi homens de confiança de Marcos Pereira. O pastor Rogério, que já foi objeto de matérias no Genizah, confirma e amplifica as acusações de José Junior e ainda oferece o relato de sua própria esposa, que segundo a versão teria sido violentada por Marcos Pereira.
Roberto Cabrini reuniu ainda outras testemunhas na linha da acusação e da defesa de Marcos Pereira e ainda apresentou uma exclusiva com o próprio pastor, que respondeu às suas questões na presença centenas de membros de sua comunidade, no templo da seita. Marcos Pereira negou todas as acusações, mas deixou, ele próprio, uma cicatriz exposta: falou de um problema de tentação carnal que teria enfrentado (não deu detalhes), mas que o mesmo teria apresentado a toda a sua comunidade em contrição e arrependimento.
Esta é a segunda reportagem de Cabrini tratando de Marcos Pereira. A anterior foi elogiosa e mostrou a presença hipnótica de Pereira entre presos e a população miserável da cidade do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Como podemos ter paz no vale


Por Rev. Hernandes Dias Lopes
A verdadeira paz existe e pode ser experimentada! Essa paz não se encontra nas farmácias nem nos boutiques famosas. Não está nas agências bancárias nem nas casas de shows. Essa paz não é encontrada no fundo de uma garrafa nem numa noitada de aventuras. Essa paz está centralizada em Deus. Ela vem do céu. É sobrenatural. Como poderemos experimentar essa paz, ainda que cruzando os vales da vida?
Em primeiro lugar, conhecendo o Deus e Pai de toda consolação. Deus é a fonte de todo consolo. Quando ele nos permite passar pelo vale, é para fortalecer nossa fé e nos aperfeiçoar em santidade. Quando ele nos leva para o deserto, nossas experiências tornam-se ferramentas em suas mão para consolar outras pessoas. É Deus quem nos matricula na escola do deserto. O deserto é o ginásio de Deus, onde ele treina seus filhos e, equipa-os para grandes projetos. Quando somos consolados, aprendemos a ser consoladores. Alimentamo-nos da fonte consoladora e tornamo-nos canais dessa consolação para os aflitos. Não há paz fora de Deus. Não há descanso para a alma senão quando nos voltamos para Deus. Não há consolo para o coração aflito fora de Deus, pois só ele é o Deus e Pai de toda consolação, que nos consola em toda a nossa angústia, para consolarmos outros, com a mesma consolação com que somos consolados.

Em segundo lugar, conhecendo a Jesus, a verdadeira paz. A paz não é ausência de problema, é confiança no meio da tempestade. A paz é o triunfo da fé sobre a ansiedade. É a confiança plena de que Deus está no controle da situação, mesmo que as rédeas da nossa história não estejam em nossas mãos. A paz não é um porto seguro onde se chega, mas a maneira como navegamos no mar revolto da vida. A paz não é apenas um sentimento, mas sobretudo, uma pessoa, uma pessoa divina. Nossa paz é Jesus. Por meio de Cristo temos paz com Deus, pois nele fomos reconciliados com Deus. Em Cristo nós temos a paz de Deus, a paz que excede todo o entendimento. Paz com Deus tem a ver com relacionamento. Paz de Deus tem a ver com sentimento. A paz de Deus é resultado da paz com Deus. Quando nosso relacionamento está certo com Deus, então, experimentamos a paz de Deus. Essa paz coexiste com a dor, é misturada com as lágrimas e sobrevive diante da morte. Essa é a paz que excede todo o entendimento. Essa paz o mundo não conhece, não pode dar nem pode tirar. Essa é a paz vinda do céu, a paz que emana do trono de Deus, fruto do Espírito Santo. Você conhece essa paz? Já desfruta dessa paz? Tem sido inundado por ela? Essa paz está à sua disposição agora mesmo. É só entregar-se ao Senhor Jesus!

E terceiro lugar, conhecendo o Espírito Santo como o nosso consolador. A vida é uma jornada cheia de tempestades. É uma viagem por mares revoltos. Nessa aventura singramos as águas turbulentas do mar da vida, cruzamos desertos tórridos, subimos montanhas íngremes, descemos vales escuros e atravessamos pinguelas estreitas. São muitos os perigos, enormes as aflições, dramáticos os problemas que enfrentamos nessa caminhada. A vida não é indolor. Mas, nessa estrada juncada de espinhos não caminhamos sozinhos. Temos um consolador. Jesus, nosso Redentor, morreu na cruz pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação. Venceu o diabo e desbaratou o inferno. Triunfou sobre a morte e deu-nos vitória sobre o pecado. Voltou ao céu e enviou o Espírito Santo para estar para sempre conosco. Ele é o Espírito de Cristo, que veio para exaltar o Filho de Deus. Ele é o Espírito da verdade, que veio para nos ensinar e nos fazer lembrar tudo o que Cristo nos ensinou. Ele é o outro consolador, aquele que nos refrigera a alma, nos alegra o coração e nos faz cantar mesmo no vale do sofrimento. O consolo não vem de dentro, vem de cima. Não vem do homem, vem de Deus. Não vem da terra, vem do céu. Não é resultado de autoajuda, mas da ajuda do alto!

Paulo e a Tradição Humana.


Por Vincent Cheung
Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, segundo a promessa da vida que está em Cristo Jesus, a Timóteo, meu amado filho: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor. (2 Timóteo 1.1-2)
Como Paulo escreve em outro lugar, ele foi “circuncidado no oitavo dia de vida, pertencente ao povo de Israel, à tribo de Benjamim, verdadeiro hebreu” (Filipenses 3.5). Ele era um dos fariseus, uma seita muito rigorosa da religião judaica. Antes de se converter à fé cristã, tudo isso contava como algo, mas depois ele perceberia que seu pano de fundo não lhe rendeu nenhum favor aos olhos de Deus. Ele teria que se chegar a Deus de outra forma.
Lucas apresenta-o em Atos 7. Ele era chamado Saulo naquele tempo, e consentiu quando os judeus apedrejaram Estevão até à morte. De uma perspectiva não cristã, ou da perspectiva daqueles cegos para a verdade, Saulo era um judeu perfeito, um fariseu justo, um erudito altamente credenciado. Contudo, a verdade era que ele era um cúmplice do assassinato de um homem inocente. Em Atos dos Apóstolos, essa é a primeira coisa que aprendemos sobre ele.
Saulo continuou nessa direção, e Atos 9 registra que ele “respirava ameaças de morte contra os discípulos do Senhor”. Ele recebeu autoridade do sumo sacerdote para visitar Damasco, a fim de capturar e aprisionar os cristãos dali. Parece que uma pessoa que perseguiria, aprisionaria e até mesmo assassinaria outros deve ser séria sobre suas próprias convicções. De fato, ele era um homem zeloso. Mas como mais tarde admitiria, ele agiu em “ignorância e incredulidade”. Seu zelo não era informado pela verdade, e não procedia de uma abertura para com Deus, ou fé no que Deus tinha revelado. Aqueles que se opõem e perseguem os cristãos são, por definição, pessoas injustas e sem inteligência.
Sua religião não o tornou um homem piedoso. Fez dele um assassino. O problema não estava na religião em si. Saulo tinha um tipo específico de religião: ou foi essa religião que o tornou um assassino, ou ele tornou-se um assassino porque seu comprometimento a essa religião era defeituoso ou distorcido. Contudo, sua devoção à sua religião pareceria “irrepreensível” (Filipenses 3.6). Dessa forma, mesmo que houvesse um lado pessoal e subjetivo em seu grande erro, havia também um lado público e objetivo.
Havia algo errado em sua religião. Não estou me referindo à religião do Antigo Testamento. Esse é o equívoco que muitas pessoas fazem – eles assumem que a religião dos judeus e dos fariseus era a religião do Antigo Testamento. Não, embora a religião deles fosse baseada no Antigo Testamento, em geral era muito diferente e mesmo antagônica a ele, contradizendo-o em espírito e em letra. Algumas pessoas cometem o equívoco de pensar que os fariseus eram hostis a Jesus porque eles eram muito inflexíveis quanto a seguir a lei de Moisés ou o Antigo Testamento. Mas eles faziam o oposto. Jesus disse que eles anulavam os mandamentos de Deus por meio das suas tradições (Mateus 15.6). Eles tinham inventado regras e costumes que eram supostamente consistentes com os mandamentos de Deus, mas que na verdade redefiniam e substituíam os mandamentos de Deus em suas vidas. Ele disse que a profecia de Isaías se aplicava a eles: “Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens” (Mateus 15.9).
A religião dos judeus e dos fariseus não era a religião do Antigo Testamento. Era um sistema que eles tinham fabricado para se escusarem de aceitar as palavras dos profetas. Jesus disse que eles nem mesmo criam no Antigo Testamento: “Se vocês cressem em Moisés, creriam em mim, pois ele escreveu a meu respeito. Visto, porém, que não creem no que ele escreveu, como crerão no que eu digo?” (João 5.46-47). A fé em Cristo, e dessa forma a fé no Novo Testamento, segue-se naturalmente da fé no Antigo Testamento, porque Cristo cumpriu o Antigo Testamento. Os judeus e os fariseus não seguiam a revelação de Deus, mas sua própria tradução humana. Devemos corrigir a ideia que eles eram hostis a Cristo porque eram muito obcecados com a precisão em sua doutrina e obediência. Não, eles eram hostis a Cristo porque se preocupavam muito mais sobre como evitar crer e obedecer à palavra de Deus enquanto davam a aparência de devoção religiosa, e Cristo expôs a hipocrisia deles.

Assim, Paulo, ou Saulo, era um homem zeloso. Mas esse zelo por sua religião o levou a ódio e assassinato contra o povo de Deus. Alguns poderiam dizer que isso era um caso de zelo mal direcionado. Isso não é inteiramente errado, mas a questão não era tão simples. Zelo não é uma atitude ideologicamente neutra – uma pessoa é zelosa por algo. Visto que uma pessoa é zelosa por algo, isso significa que zelo tem conteúdo, e visto que o conteúdo – as crenças ou ideologias – pode ser correto ou errado, então o zelo pode ser correto ou errado. Portanto, quando o zelo de uma pessoa o leva a fazer algo errado, se esse zelo é consistente com e um produto de sua ideologia pelo que ele é tão zeloso, então o próprio zelo é errado. Ele não é apenas um zelo mal direcionado, mas um zelo errado ou perverso, e um tipo diferente de zelo daquele zelo pelo que é verdadeiro e correto.

Não devemos supor que Paulo tinha uma atitude zelosa natural que era boa em si mesmo, mas apenas mal direcionada, e que esse zelo fez dele um crente mais eficaz uma vez que o zelo foi redirecionado pelo evangelho. Novamente, isso assume que zelo pode ser considerado em si mesmo, à parte daquilo pelo que a pessoa é zelosa, de forma que uma pessoa pode usar o mesmo zelo para esse ou para aquele, dependendo de como ele é direcionado. Contudo, o zelo não pode ser separado da ideologia. Não, Paulo tinha o tipo errado de zelo, um zelo que o tornou um assassino. Era um tipo de zelo que, por sua própria admissão, era baseada na “ignorância e incredulidade”. O zelo que ele exibiu como um cristão era baseado num fundamento inteiramente diferente, um que foi gerado pela obra do Espírito e um entendimento correto da graça do Senhor Jesus Cristo. E visto que o Espírito opera em todos do povo de Deus, e visto que todos do povo de Deus podem entender a graça de Deus, todos os cristãos podem possuir grande zelo pelas coisas de Deus. Isso não é algo que pertence a pessoas como Paulo à parte do evangelho, mas algo que é tornado disponível a todos os que creem no evangelho.

A fé de Jesus Cristo era o cumprimento das palavras dos profetas. Paulo não viu isso no início. Ele percebeu Cristo como uma ameaça à sua religião, embora grande parte dela não fosse procedente da religião do Antigo Testamento, mas da tradição humana, isto é, da invenção humana. Assim como Ismael zombou de Isaque, o filho da promessa, e assim como os fariseus perseguiram Cristo, o Filho da Promessa, os judeus perseguiram os cristãos. Os herdeiros da tradição humana sempre perseguirão os herdeiros da revelação divina. Não devemos ter a mínima simpatia pela posição de Paulo antes de sua conversão. Ele seguia a tradição em vez da Palavra de Deus. Seu entendimento da lei era errado. Ele nem mesmo cria no que foi escrito por Moisés. Se tivesse crido na Palavra de Deus, ele teria crido no evangelho de Cristo prontamente. Mas ele não o fez. Ele estava errado.

domingo, 25 de março de 2012

Aparelho promete substituir telefone celular


O designer Nikolaus Frank, da Franketc, criou o Spider Computer, um aparelho que promete substituir o laptop, smartphone e até mesmo a TV. O Spider é, até aqui, apenas um conceito, mas seu inventor acredita que o aparelho aponta para o futuro da tecnologia. Com este projeto, Frank pode ter dado o próximo passo em termos de convergência de plataformas.
É possível utilizar o dispositivo móvel como celular ao dobrar as “pernas” do aparelho. Embora não fique claro nas imagens disponíveis, a superfície cilíndrica é, na verdade, um LCD circular. É por ele que o usuário pode interagir com os conteúdos móveis.
Ao estender as pernas, o aparelho projeta nas superfícies uma tela e um teclado. É desta forma que o Spider torna-se um laptop.
Como o aparelho não dispõe de muito espaço para um HD, o seu funcionamento fixa-se exclusivamente em dados armazenados na nuvem. O hardware tem sensores que adaptam as projeções de tela e teclado, levando em consideração a inclinação das superfícies.
O mesmo projetor, usado para que o aparelho funcione como laptop, permite que ele envie imagens para uma parede, funcionando como alternativa ao televisor da sala. O projeto venceu o Spark, um importante concurso de design. Até aqui, trata-se apenas de um conceito e a ideia é que novos Spiders sejam fabricados e desenvolvidos por estudantes.

Abro mão (mesmo?)

O que fazer quando a jumenta está falando?


Por Giuliano Miotto
“E, vendo a jumenta o anjo do SENHOR, deitou-se debaixo de Balaão; e a ira de Balaão acendeu-se, e espancou a jumenta com o bordão. Então o SENHOR abriu a boca da jumenta, a qual disse a Balaão: Que te fiz eu, que me espancaste estas três vezes? E Balaão disse à jumenta: Por que zombaste de mim; quem dera tivesse eu uma espada na mão, porque agora te mataria. E a jumenta disse a Balaão: Porventura não sou a tua jumenta, em que cavalgaste desde o tempo em que me tornei tua até hoje? Acaso tem sido o meu costume fazer assim contigo? E ele respondeu: Não.” (Números 22:27-30)
Alguns pastores têm caminhado pela estrada do ministério com tanta sede de dinheiro, de serem reconhecidos, de terem cada vez mais pessoas debaixo de sua “cobertura”, de estarem debaixo das luzes da ribalta que se esquecem de observar se não tem algum anjo do Senhor no meio do caminho já com a espada desembainhada para feri-los de morte e pior, começam a espancar as mulas que dão sustentação ao seu ministério, à sua caminhada. Só porque as pobres “jumentas-profetas” estão tentando mostrar que alguma coisa está muito errada neste caminho que está sendo seguido.
Não é fácil sair do caminho das facilidades, pois quando olhamos para os grandes ministérios de longe tudo parece tão glamoroso, aqueles homens e mulheres com tanta unção, tanto brilho, carros e jóias caras, que a maioria dos pastores mal podem esperar para verem seus ministérios explodirem e se transformarem nos pregadores ou cantores da moda.
Existe todo esse esforço nas igrejas no sentido de produzir crescimento, mesmo que seja artificial, essa pressa de se formar “líderes” prontos para conquistarem sua geração, que não dá tempo para ouvir essas estúpidas jumentas que não param de dar trabalho e de reclamar do chicote pesado.
Mas quem foi Balaão? Foi um profeta que havia sido instruído por Balaque para pôr tropeços e amaldiçoar o povo de Israel. No entanto, Deus lhe revelou que ele deveria, na verdade, abençoar o povo. No entanto, ludibriado por ofertas financeiras feitas pelo rei, se pôs a caminho para amaldiçoar o povo, momento em que ocorreu a situação descrita acima com a jumenta.

Interessante que o livro do Apocalipse, na carta de Jesus à Igreja de Pérgamo, está escrito que: “Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem. Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio. Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca” (Apocalipse 2:14-16). Olha a espada desembainhada de novo.

Assim amado pastor e líder, se as jumentas que sustentam sua vida ministerial começarem a dar com os burros n’água, tentando te alertar de alguma coisa, se os seus propósitos têm sido metas numéricas e financeiras, apenas meta o chicote na jumenta, mas bata com gosto, com muita força mesmo, quem sabe no desespero da mula Deus não abre sua boca para que falem alguma coisa e você possa ver o anjo com a espada desembainhada? Quem sabe Deus não abre seus olhos para que você irmão possa ver o quanto seu caminho está errado? Batendo na jumenta, tudo pode acontecer.

O bom da Bíblia é isso, que até mesmo uma jumenta pode nos ensinar alguma coisa e ser usada por Deus para nos alertar de algo que esteja errado. E se Deus pode usar jumentas, imagina o que Ele não pode fazer com um profeta?

Mas temo que esses Balaãos modernos não queiram mais dar ouvidos, nem a jumentas, nem aos profetas, e por isso se cumpre a palavra que diz:“Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.” (Romanos 1:21)

Na história da Bíblia pelo menos Balaão viu o anjo e escutou o murmúrio da pobre jumenta. Mas os pastores de hoje estão tão obstinados em sua caminhada tresloucada rumo ao sucesso, que nem se a jumenta gritar vai fazer com que eles mudem o curso. Pior, eles vão continuar castigando impiedosamente quem não se conforma com suas visões de mundo. Isso é uma pena, pois eles acreditam que a nossa inveja (de nós jumentas ou profetas) é o combustível de seu sucesso (frase tosca de pára-choque de caminhão).

Oremos…

Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se arremetam a ti. (Salmo 32:9)

sábado, 24 de março de 2012

Como lidar com perdas.


Por Mauricio Zágari
Lamento, mas com perda não se lida: se sofre. "Que horror, Zágari", você poderia dizer, "não é bem assim". Desculpe, mas é sim. É a pura verdade. Ao longo da nossa vida perdemos muitas coisas: bens materiais, tempo, crenças, saúde e, o que é mais precioso: pessoas. O parente que morreu. O irmão que foi morar em outro país. O amigo que te apunhalou pelas costas. A mulher amada que se casou com outro. A verdade crua é que, nessas situações, não há nada a se fazer. Exceto sofrer.
Eu sei, esse pensamento contraria o triunfalismo que é pregado em milhares de púlpitos brasileiros, segundo o qual sofrimento é para ímpio, crente não sofre. Mentira. Jesus, que era um homem de dores, nos prometeu aflições. Nos prometeu sofrimento. Nos disse que haveria perda. "Quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á." (Mt 10.38, 39). Perda. Ela virá. E com ela, sofrimento. Prepare-se.

"Diga para quem está ao seu lado: Somos mais do que vencedores!", bradarão os empolgadores de multidões. Mas quer saber a verdade nua e crua, meu irmão, minha irmã? Ao longo da sua vida você vai perder. Muitas coisas. Muitas pessoas. Estenderá a mão e não as alcançará. E vai sofrer por isso. Acostume-se: assim é a vida. Davi, o homem segundo o coração de Deus, perdeu mais de um filho. O primeiro que teve com Bateseba morreu bebê. Absalão foi assassinado. Te convido a ouvir a voz do pai quando soube da perda, relatada em 2 Samuel 18.33. Mas não leia simplesmente o versículo. Sinta-o. Tente sentir o que se passava no mais íntimo do coração do homem segundo o coração de Deus: "Então, o rei, profundamente comovido, subiu à sala que estava por cima da porta e chorou; e, andando, dizia: Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho!".

Quanta dor, meu Deus, quanta dor.

Perda. Dor. Lágrimas. Angústia. Sofrimento. Certos e garantidos na vida daqueles que amam o Senhor e que lhe são fieis. Jó, "homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal", perdeu os sete filhos e as três filhas de forma terrível. Todos ao mesmo tempo e de maneira sangrenta. Morreram esmagados, sob os escombros de uma casa que desmoronou. Consegue nem que seja de longe imaginar (eu não consigo) o que sente um pai que perde dez filhos de uma vez estraçalhados por escombros? Dizem que a dor de perder um filho é a pior que há. Agora multiplique por dez e você terá uma vaga ideia do que o que o "homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal" sentiu. E, se ele passou por aquilo, por que conosco seria diferente? Eu, Mauricio Zágari, não chego à sola dos pés de Jó. Nem de longe sou um homem segundo o coração de Deus, como Davi, embora quisesse ser. E, apesar disso, desejo que minha vida seja um mar de rosas. E... confesse: você também quer. Petulantes que somos.

Duras palavras, meu irmão, minha irmã. Sei disso. Mas o descanso está apenas no porvir. Não há explicações para a perda, além da soberania de Deus, cujos caminhos são mais elevados que os nossos, que conhece todos os mistérios e cuja essência é o mais puro amor. Então como compreender isso?

Adeptos do Teísmo Aberto e da Teologia Relacional se chocam tanto com esse fato da vida, que o Deus amor permite tanto sofrimento, que preferiram forjar a explicação herética de que "nas perdas e tragédias Deus abriu mão de sua soberania e não participa". Mentira. Deus nunca abriu mão de sua soberania, é atributo seu inseparável de seu Ser tanto quanto o amor. E do mesmo modo que o Senhor nunca deixaria de ser 100% amor, Ele nunca deixaria de ser 100% soberano. "Tá, Zágari, então como você explica as perdas e o sofrimento?". Eu não explico, querido, querida. Sou incapaz e incompetente para compreender a mente de Deus. Sei que sofrerei perdas. Sei que sentirei dor. Sei que sofrerei. Sei que viverei lutos por pessoas que morreram e também por aquelas que seguem vivas, mas que perdemos. O que me cabe fazer? Fazer e dizer como Jó (Jó 1.21-23): "Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor! Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma".

Explicação não há. Há sim uma compreensão, que está em Romanos 9.14ss: "Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia. (...) Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz. (...) Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?".

Você está vivo? Então prepare-se para ter perdas. Para sofrer. Prepare-se para o ai. Sim, você chorará. Prometer que só porque você é cristão e o Espírito habita em si isso não acontecerá é mentira triunfalista e antibíblica. Não creia nela.

Mas há um porém.

Uma simples promessa, escondida no meio de 66 livros, para aqueles que chegarem, doloridos, sofridos e vitoriosos, ao final da jornada: "E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida. O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho". Essa é a esperança. Perderemos nesta vida. Ganharemos na próxima. Eis a essência do Evengelho.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

sexta-feira, 23 de março de 2012

MARCHA CONTRA AS DROGAS - GANDU/BAHIA

VISITAS DO MÊS DE DEZEMBRO DE 2009 ATÉ HOJE.


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O segredo da batalha de Valdemiro Santiago e Edir Macedo


Por Mariel M. Marra
Todo aquele que se sentir lesado e enganado pode e deve sair dessas instituições (Universal e Mudial). Entretanto digo para não se envolverem nesse confronto particular entre Valdemiro e Macedo, visto que não se trata de perseguição de satanás contra os cristãos, tal como o Valdemiro tem dito, mas sim de um jogo de satanás consigo mesmo, a fim de que no final dessa “guerra santa”, o evangelho saia completamente desmoralizado.
Não se envolver e deixar que Macedo e Valdemiro resolvam essa meninice sozinhos, isso significa que ninguém foi chamado para defender suas instituições e placas denominacionais, tal como se defende um time de futebol.
O Evangelho não compactua com a atitude de nenhum dos dois, quer seja Valdemiro ou Macedo, por isso qualquer manifestação tomando partido nessa batalha carnal, imbecil e particular de Valdemiro e Macedo, qualquer tomada de partido, isso apenas fará com que essa imbecilidade tome ainda mais tamanho, sendo que é exatamente isso que o diabo almeja, afinal, se você não discerniu ainda o espírito por trás disso, veja que ele quer apenas criar uma grande divisão com o objetivo de enfraquecer o Evangelho.
Valdemiro e Macedo são dois personagens controlados por satanás, ambos com telhado de vidro, sendo que o verdadeiro inimigo do diabo não é nenhum dos dois, mas sim o Evangelho. Ele pouco se importa com a derrota de Macedo ou Valdemiro.
O diabo quer que eles se mordam e se consumam mutuamente, pois é assim que o Evangelho será desmoralizado. Por isso não se envolva nessa disputa particular entre Valdemiro e Macedo, pois é examente isso que o diabo espera! Ele quer criar dois grandes grupos de pessoas para se degladiarem públicamente em nome de “Jesus” para vergonha do evangelho!
Há momentos em que o melhor a ser feito é ficar em silêncio, pois é no silêncio que o Espírito Santo falará tudo aquilo que precisa ser dito. Lembrando que há uma enorme diferença entre ficar em silêncio e não fazer nada. Aquele que fica em silêncio, muitas vezes faz mais do que aquele que tomado por emoção faz o que Deus não ordenou.
Fonte: Guerreiros da Luz

quinta-feira, 22 de março de 2012

5 pontos para se identificar um falso profeta

“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios.” (1 Timóteo 4.1)


O assunto pode parecer repetitivo. Mas não. Não pense assim! De fato, nestes dias onde em quase toda esquina ou canal televiso existe um redundante apelo às falsas profecias que não param de ecoar, não posso me considerar redundante. De forma alguma!
Mesmo morando numa cidade relativamente pequena, conheço muita gente que continua tentando fazer de sua experiência uma regra doutrinária de fé. Infelizmente isso remete a uma consequência séria das atitudes de falsos profetas.
Ao elencar os 5 pontos não pretendo instigá-los a sair “caçando” falsos mestres, mas simplesmente proponho que vos acautelai, e assim como os bereanos (Atos 17.11) busquem examinar se o que falam por aí realmente vem da parte do Senhor.
É comum os falsos evangelistas comoverem seu público com táticas, estratégias de auditório, recursos neurolinguisticos, porém sem nunca usarem o texto bíblico (ou quando usam, adaptam aos seus próprios interesses).
Estas “criaturas” sempre enfatizam o visível, palpável e material. Andam movidos pelo meio de se chegar a algo e não pelos princípios. Eles sentem, por exemplo, alegria em profecias, línguas estranhas, mas estranhamente não têm o mesmo entusiasmo quando na conversão de um pecador.

São indícios estranhos, concorda? Mas vamos direto aos 5 pontos:

1) O que o falso profeta fala pode se cumprir, porém, ele conduzirá os fieis a práticas não-bíblicas [Dt 13.1-3] – Lembremos que esta observação é super relevante: não é a “profecia” que se cumpre ou não, mas o que mais importa ele está ensinando ao seu rebanho. Quando Cristo diz que é a videira verdadeira (Jo 15.1-5), certamente deve haver outras falsas, visto que as folhas (dons) não são determinantes para se constatar a veracidade, mas a raiz (ensino da Palavra).

2) O falso profeta certamente acrescentará novos ensinos a Palavra de Deus [Dt 18.20] – Vejam como alguns pregadores televisivos andam inovando e acrescentando doutrinas (“Unção Financeira dos últimos dias”, “Medida Extra”, “Unção da Meia”, “Desafio da Fé”, “Fogueira Santa, etc.) e tire suas conclusões.

3) O falso profeta tem aparência de ovelha [Mt 7.15] – E realmente essa aparência convence, cativa, e aprisiona muitos fracos em seu cativeiro religioso. Os fieis sentem-se presos emocionalmente, devedores de dízimos, ofertas (a ele), e possuem uma gratidão exagerada, colocando o tal líder como uma espécie de “ungido privilegiado” cujo poder e orações são hiper-inspiradas pelo divino (um tipo de segundo intercessor). Geralmente ele é o centro da idolatria na vida dos fieis. “É Deus no céu e o seu pastor na terra”.

4) O falso profeta irá procurar fazer as mesmas coisas que Cristo fez, como se possuísse a mesma condição e posição [Mt 24.4,5,24] – Com certeza não é difícil localizar algum desse por aí que se diz ser o próprio Cristo em pessoa, ou talvez, que tente demonstrar que tem a mesma autoridade, domínio e poder sobre as pessoas e sobre o mundo.

5) O falso profeta usará “sinais” que servirão de engano para arrebatar o povo [2 Ts 2.3-9] – O interessante é notar que tais sinais também acompanharão as curas e milagres, contudo vale salientar que tais obras, embora parecendo ser algo bom e operado pelo próprio Deus, na verdade não é. Deus chama estas obras de iniquidade (veja em Mt 7.21-23), logo quem as comanda são os demônios.

O falso profeta rouba a Graça de Deus, aprisiona seus seguidores. Ele quer devorá-los, escravizá-los pelos sinais, propostas de curas e bem estar terreno. Note, jamais um falso profeta se valerá do Sermão do Monte (Mt. 5) e ensinará aos seus fieis as bem aventuranças; jamais pregará Cristo crucificado; jamais pregará que temos algo melhor na glória celestial.
Conclusão final. Se alguém porventura se enquadrar em apenas um desses pontos, não duvide, a Bíblia o intitula como falso profeta!

quarta-feira, 21 de março de 2012

É o sujo falando do mal lavado, diz Silas Malafaia sobre reportagem do Domingo Espetacular

O pastor Silas Malafaia usou o site Verdade Gospel para comentar a matéria do programa Domingo Espetacular, da Rede Record, que no domingo (18) transmitiu uma reportagem acusando o apóstolo Valdemiro Santiago de ter desviado o dinheiro dos dízimos para comprar fazendas e milhares de cabeças de gado de alta linhagem.
Na visão do líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo o programa foi usado pela Igreja Universal para acusar o ex-bispo da igreja de cometer os mesmo crimes que Edir Macedo, fundador da IURD e dono da Record, já foi acusado anteriormente.

“O resumo da historia é este: “o sujo falando do mal lavado. Todos farinha do mesmo saco”, sentencia Silas Malafaia que lembra que a Record usou os mesmos truques de edição que a Globo usou nos anos 90 e 95 para falar contra Edir Macedo.

“Por algum acaso a Rede Record, que está no nome dele, foi comprada com o dinheiro de quem? Foi comprada com ofertas do povo de Deus”, diz ele que já criticou a emissora outras vezes por não usar a programação para evangelizar.
Mas dessa vez ele não defendeu Valdemiro Santiago e disse que nessa história o fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus não é inocente. “[Santiago] Faz igualzinho ao que ele mesmo criticava. Compra espaço na TV que pertencia a outros, oferecendo mais dinheiro, o que aconteceu comigo. Há muito tempo vem debochando e ridicularizando o Macedo, e desdenhando das outras Igrejas, dizendo que a Igreja dele é que mais cresce no Brasil”.

Malafaia continua dando sua posição sobre o episódio que, para ele, ridicularizou os pastores e as igrejas evangélicas do Brasil, dizendo que lamenta que o espaço da TV aberta esteja sendo usado para interesses pessoais e não para defender o Corpo de Cristo como um todo.

“Importa que haja heresias para que os que são fiéis se manifestem. Deus tenha misericórdia destes dois. Tenham a certeza que a Igreja de Jesus continuará sua marcha invencível”, encerra Silas Malafaia.

Leia o texto na íntegra:

Vou começar pelo fim. O resumo da historia é este: “o sujo falando do mau lavado”. Todos farinha do mesmo saco. O que me impressiona é que Edir Macedo, que já foi vítima de denúncias envolvendo enriquecimento ilícito e reportagens tendenciosas construídas para denegri-lo, feitas pela Rede Globo, principalmente entre os anos 90 e 95 (e que eu mesmo, várias vezes, no vigésima quinta hora, da Rede Record, os defendi), agora usa do mesmo expediente para atacar e denegrir um outro pastor, e com isto expor ao ridículo pastores e as Igrejas evangélicas.

Por algum acaso a Rede Record, que está no nome dele, foi comprada com o dinheiro de quem? Foi comprada com ofertas do povo de Deus.

A outra parte na questão, o Apóstolo Valdemiro, que por um bom tempo eu o julgava inocente, e que tinha boas intenções, no final descubro que é farinha do mesmo saco. Faz igualzinho ao que ele mesmo criticava. Compra espaço na tv que pertencia a outros, oferecendo mais dinheiro, o que aconteceu comigo. Há muito tempo vem debochando e ridicularizando o Macedo, e desdenhando das outras Igrejas, dizendo que a Igreja dele é que mais cresce no Brasil, e agora que a “batata” dele está assando, vem dar uma de espiritual, com aquele choro que já não convence a mais ninguém, em uma pseudo humildade dizendo: ” estou orando pelo Macedo, estou orando pela Igreja Universal”. Porque só agora esta fazendo isto? De 2 anos para cá tem incessantemente baixado o pau no Macedo e na Igreja Universal.

O que eu lamento é que ambos possuem poder na mídia, mas não utilizam isso em prol do Reino de Deus, somente quando são seus interesses no Reino de Deus. O movimento gay quer interferir no lugar do culto, bem como criminalizar nossa pregação e eles não falam absolutamente nada. Quando você viu Macedo, ou Valdemiro defender alguma posição em relação à Igreja evangélica como um todo? Como diz a Bíblia, Deus não se deixa escarnecer, está tratando com os dois, e se bobearem vão se autodestruir.

Para os mais novos na fé e os incautos, deixo uma palavra da Bíblia: É necessário que haja escândalo, mas ai daquele por onde eles vem. E uma outra: Importa que hajam heresias para que os que são fiéis se manifestem. Deus tenha misericórdia destes dois. Tenham a certeza que a Igreja de Jesus continuará sua marcha invencível.

Confronto entre Valdomiro Santiago e Edir Macedo leva Ministério Público a abrir investigação após reportagem da Record

Os impasses entre Valdomiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD) e Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) e dono da Rede Record, que apresentou uma reportagem em que denunciava o líder da Mundial por enriquecimento ilícito, tomaram um nível sério. Nesta segunda-feira (20) o Ministério Público Federal, em Mato Grosso, anunciou que abrirá investigações sobre o apóstolo Valdomiro Santiago.

No último domingo o programa da Record transmitiu por mais de 30 minutos reportagem investigativa, exibindo supostas irregularidades no uso do dinheiro arrecadado por doações de fiéis da IMPD. A reportagem acusava Valdomiro Santiago de enriquecimento ilícito por ter adquirido duas fazendas no Estado do Mato Grosso, avaliadas no valor de 50 milhões de reais.

Poucos minutos depois da reportagem de meia hora do Domingo Espetacular da Rede Record mostrar suas fazendas no Mato Grosso, o apóstolo Valdemiro deu uma resposta ao vivo pelo Canal 21. A rede pertence à Band, mas está arrendada para a programação da Igreja Mundial do Poder de Deus.

Afirmando não ter visto a matéria porque estava trabalhando no momento, ressaltou que era inocente e que tudo era patrimônio da igreja.

Logo em seguida, fez algumas provocações ao bispo Macedo e a rede Record. Afirmou que as pessoas que viram o programa no domingo visitariam a Igreja Mundial do Poder de Deus nesta segunda porque viram que “aqui é lugar de prosperidade. Aqui é lugar de vitórias”.

Em nota, a Procuradoria informou que “o vídeo da reportagem foi protocolado no MPF, que fez a autuação de uma peça de informação que será distribuída a um procurador da República que irá conduzir a investigação”.

terça-feira, 20 de março de 2012

Quão invencível é a graça de Jeová!


Por Robert Murray McCheyne
...Quão invencível é a graça de Jeová! Nenhuma criatura tem o poder de atrair o homem a Cristo. Exibições, evidências miraculosas, ameaças, inovações são usadas em vão. Somente Jeová pode trazer a alma a Cristo. Ele derrama seu Espírito com a Palavra, e a alma sente-se alegre e poderosamente inclinada a vir a Jesus. "Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder" (Sl 110.3). "Acaso, para o SENHOR há coisa demasiadamente difícil?" (Gn 18.14.) "Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o seu querer, o inclina" (Pv 21.1).

Considere um exemplo: um judeu estava assentado na coletoria, próxima à porta de Cafarnaum. Sua testa estava enrugada com as marcas da cobiça, e seus olhos invejosos exibiam a astúcia de um publicano. Provavelmente, ele ouvira falar de Jesus; talvez O ouvira pregando nas praias do mar da Galiléia. Mas seu coração mundano ainda permanecia inalterado, visto que ele continuava em seu negócio ímpio, assentado na coletoria. O Salvador passou por ali e, quando olhou para o atarefado Levi, disse-lhe: "Segue-me!" Jesus não disse mais nada. Não usou qualquer argumento, nenhuma ameaça, nenhuma promessa. Mas o Deus de toda graça soprou no coração do publicano, e este se tornou disposto. "Ele se levantou e o seguiu" (Mt 9.9). Agradou a Deus, que opera todas as coisas de acordo com o conselho da sua vontade, dar a Mateus um vislumbre salvador da excelência de Jesus; a graça caiu do céu no coração de Mateus e o transformou. Ele sentiu o aroma da Rosa de Sarom. O que significava o mundo agora para ele? Mateus não se importava mais com os lucros, os prazeres e os louvores do mundo. Em Cristo, ele viu aquilo que é mais agradável e melhor do que todas essas coisas do mundo. Mateus se levantou e seguiu a Jesus.

Aprendamos que uma simples palavra pode ser abençoadora à salvação de almas preciosas. Freqüentemente, somos tentados a pensar que tem de haver algum argumento profundo e lógico, para trazer as pessoas a Cristo. Na maioria das vezes, colocamos nossa confiança em palavras altissonantes. No entanto, a simples exposição de Cristo aplicada ao coração pelo Espírito Santo vivifica, ilumina e salva. "Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos" (Zc 4.6). Se o Espírito age nas pessoas, estas simples palavras: "Segue a Jesus", faladas em amor, podem ser abençoadas e salvar todos os ouvintes. Aprendamos a tributar todo o louvor e glória de nossa salvação à graça soberana, eficaz e gratuita de Jeová.

Um falecido teólogo disse: "Deus ficou tão irado por Herodes não lhe haver dado glória, que o anjo do Senhor feriu imediatamente a Herodes, que teve uma morte horrível. Ele foi comido por vermes e expirou. Ora, se é pecaminoso um homem tomar para si mesmo a glória de uma graça tal como a eloqüência, quão mais pecaminoso é um homem tomar para si a glória da graça divina, a própria imagem de Deus, que é o dom mais glorioso, excelente e precioso de Deus?"

Quantas vezes o apóstolo Paulo insiste, em Efésios 1, que somos salvos pela graça imerecida e gratuita? E como João atribui toda a glória da salvação à graça gratuita do Senhor Jesus - "Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados... a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!" (Ap 1.5, 6). Quão solenes foram as palavras de Jonathan Edwards, em sua obra Narrativa Pessoal! "A absoluta soberania e graça gratuita de Deus, em demonstrar misericórdia àquele para quem Ele quer expressar misericórdia, e a absoluta dependência do homem quanto às operações do Espírito Santo têm sido para mim, freqüentemente, doutrinas gloriosas e agradáveis. Estas doutrinas têm sido o meu grande deleite. A soberania de Deus parece-me uma enorme parte de sua glória. Tenho sentido deleite constante em aproximar-me de Deus e adorá-Lo como um Deus soberano, rogando-Lhe misericórdia soberana."

A morte de uma igreja


Por Rev. Hernandes Dias Lopes
As sete igrejas da Ásia Menor, conhecidas como as igrejas do Apocalipse, estão mortas. Restam apenas ruínas de um passado glorioso que se foi. As glórias daquele tempo distante estão cobertas de poeira e sepultadas debaixo de pesadas pedras. Hoje, nessa mesma região tem menos de 1% de cristãos. Diante disso, uma pergunta lateja em nossa mente: o que faz uma igreja morrer? Quais são os sintomas da morte que ameaçam as igrejas ainda hoje?

1. A morte de uma igreja acontece quando ela se aparta da verdade. Algumas igrejas da Ásia Menor foram ameaçadas pelos falsos mestres e suas heresias. Foi o caso da igreja de Pérgamo e Tiatira que deram guarida à perniciosa doutrina de Balaão e se corromperam tanto na teologia como na ética. Uma igreja não tem antídoto para resistir a apostasia e a morte quando a verdade é abandonada. Temos visto esses sinais de morte em muitas igrejas na Europa, América do Norte e também no Brasil. Algumas denominações histórias capitularam-se tanto ao liberalismo como ao misticismo e abandonaram a sã doutrina. O resultado inevitável foi o esvaziamento dessas igrejas por um lado ou o seu crescimento numérico por outro, mas um crescimento sem compromisso com a verdade e com a santidade.

2. A morte de uma igreja acontece quando ela se mistura com o mundo. A igreja de Pérgamo estava dividida entre sua fidelidade a Cristo e seu apego ao mundo. A igreja de Tiatira estava tolerando a imoralidade sexual entre seus membros. Na igreja de Sardes não havia heresia nem perseguição, mas a maioria dos crentes estava com suas vestiduras contaminadas pelo pecado. Uma igreja que flerta com o mundo para amá-lo e conformar-se com ele não permanece. Seu candeeiro é apagado e removido.

3. A morte de uma igreja acontece quando ela não discerne sua decadência espiritual. A igreja de Sardes olhava-se no espelho e dava nota máxima para si mesma, dizendo ser uma igreja viva, enquanto aos olhos de Cristo já estava morta. A igreja de Laodicéia considerava-se rica e abastada, quando na verdade era pobre e miserável. O pior doente é aquele que não tem consciência de sua enfermidade. Uma igreja nunca está tão à beira da morte como quando se vangloria diante de Deus pelas suas pretensas virtudes.

4. A morte de uma igreja acontece quando ela não associa a doutrina com a vida. A igreja de Éfeso foi elogiada por Jesus pelo seu zelo doutrinário, mas foi repreendida por ter abandonado seu primeiro amor. Tinha doutrina, mas não vida; ortodoxia, mas não ortopraxia; teologia boa, mas não vida piedosa. Jesus ordenou a igreja a lembrar-se de onde tinha caído, a arrepender-se e a voltar à prática das primeiras obras. Se a doutrina é a base da vida, a vida precisa ser a expressão da doutrina. As duas coisas não podem viver separadas. Uma igreja viva tem doutrina e vida, ortodoxia e piedade.

5. A morte de uma igreja acontece quando falta-lhe perseverança no caminho da santidade. As igrejas de Esmirna e Filadélfia foram elogiadas pelo Senhor e não receberam nenhuma censura. Mas, num dado momento, nas dobras do futuro, essas igrejas também se afastaram da verdade e perderam sua relevância. Não basta começar bem, é preciso terminar bem. Falhamos, muitas vezes, em passar o bastão da verdade para a próxima geração. Um recente estudo revela que a terceira geração de uma igreja já não tem mais o mesmo fervor da primeira geração. É preciso não apenas começar a carreira, mas terminar a carreira e guardar a fé! É tempo de pensarmos: como será nossa igreja nas próximas gerações? Que tipo de igreja deixaremos para nossos filhos e netos? Uma igreja viva ou igreja morta?

Cristão ou macaco de imitação?


Por Mauricio Zágari
Tenho 40 anos. Na minha infância, quando alguém reproduzia o comportamento de outro a gente no colégio chamava de "macaco de imitação". Não tenho certeza, mas creio que essa gíria já caiu em desuso, pois não vejo mais as crianças chamarem outras disso. De qualquer modo, sempre que observo alguém mimetizar o comportamento de outra pessoa, minha memória puxa lá do fundo do baú aquela gíria e a imagem de um bando de crianças apontando para outra e todas gritando juntas - no que em nossos dias seria bullying: "Macaco de imitação! Macaco de imitação! Macaco de imitação!". Por mais estranho que possa soar, é exatamente assim que hoje em dia se forma um cristão: a pessoa é convertida, começa a frequentar a igreja e lá observa o que os irmãos fazem, como se comportam, que linguagem falam e como vivem sua relação com Deus. E aí passam a reproduzir esse comportamento crendo piamente que aquilo ali é ser cristão.
Repare só: se o irmão é convertido em uma igreja do reteté vai sapatear e berrar "glórias" e "aleluias". Se for em uma bem tradicional, vai achar que bater palmas na hora do louvor é pecado. Se for em um grupo alternativo, tipo igreja em lares, vai demonizar a Igreja institucional. Se for numa congregação emergente vai achar crente de terno e gravata uns fariseus. Se for num grupo de desigrejados vai jurar que "eu sigo Jesus e não religião". E por aí vai. Sejamos honestos: somos belíssimos "macacos de imitação" na hora de definir o tipo de cristãos que seremos.

A grande questão é que isso é pura casca. Não mostra essência. Essa foto que você está vendo à esquerda somos eu e minha filhinha de um ano num culto. Sentamos no último banco, para que, se ela começasse a fazer barulho, eu pudesse sair rapidamente com ela do santuário sem atrapalhar a celebração. Obviamente, de lá era possível ver o que todos os demais na igreja estavam fazendo. Agora... observe o que ELA está fazendo. Na hora do louvor ela vê todo mundo na igreja levantando as mãos, olhando para o céu, batendo palmas (sim, somos pentecostais reformados) e ela faz tudo igualzinho. E a foto não faz justiça à aparência de devocionalidade que ela exprime. Ela olha pro céu, fecha os olhinhos, mexe a boca como se estivesse orando e canta daquele jeito que crianças de um ano cantam, balbuciando os sons. Em casa, ela tem uma boneca da Mônica que dança e se balança toda. Quando apertamos um botão no peito dela, o bonequinha para. Pois de vez em quando a boneca cai de costas no chão e parece estar estrebuchando. Aí eu brinco com a filhinha: "Expulsa o capeta dela, filha", ao que a pequenina dá um tapa no peito da pobre Mônica e emite um gritinho, como se dissesse "sai!". E a Mônica para na hora com a "manifestação" e fica quietinha, liberta de todos os "espíritos malignos".

Bem, aí eu pergunto: será que em todos esses momentos a minha herdeira, que só fala "papai", "mamã" e "sodadi", está vivendo uma devocionalidade real? Será que ela está de fato louvando a Deus na igreja e libertando bonecas de demônios? A resposta é óbvia: não, ela não tem a menor noção do que está fazendo. Está apenas imitando os outros, como uma boa... macaquinha de imitação. Mas se você olha na hora do louvor... meu irmão, minha irmã...vai dizer que ela é a mais crente da igreja.

Infelizmente isso é o que está acontecendo em grande parte da Igreja evangélica brasileira de nossos dias. Os santuários, é fato, estão lotados. Mas, se você reparar... uma enorme parte de quem está ali não está em espírito e em verdade prestando culto ao Senhor (porque culto não se "assiste", se "presta", você tem essa noção?), mas macaqueando. Quem prega percebe isso com muita clareza. Por exemplo, ao final de uma pregação eu tenho por hábito levar a congregação a fechar os olhos, introspectar-se e refletir por poucos minutos sobre o que foi pregado. "Feche seus olhos, por favor e...". Posso afirmar que em absolutamente todas as vezes em que fiz isso tive de pedir de novo: "Por favor, TODOS fechem os olhos e os mantenham fechados", pois inevitavelmente vai haver uns quatro ou cinco que abrirão os olhos, darão uma espiada em volta, bocejarão, mexerão em algo de suas roupas, cochicharão algo com alguém que esteja ao lado... ou seja, não estão realmente preocupados em aproveitar aquele momento para praticar a introspecção e o religare com Deus. Que a meu ver é o momento mais importante de uma pregação: quando o pregador se cala e quem o ouviu reflete sobre o que escutou, aplicando o que eram palavras em sua vida, tornando-as ação.

Para que ler a Bíblia se tudo o que preciso fazer para transparecer que "sou cristão" é repetir dois ou três versículos que ouvi alguém dizer? Para que ser santo se basta escrever coisas no twitter ou no facebook que me deem uma aparência de santidade (de preferência, pondo na Bio "menina dos olhos de Deus" ou, como ouvi outro dia, "Filho do Deus Altísssimo")? Para que orar se basta imitar os outros, fechar os olhos e erguer as mãos? Para que dar a outra face se para acharem que sou cristão basta macaquear um "a paz do Senhor"? Para que chorar com os que choram se basta macaquear um "vou orar por você"? Para que ter devocionalidade com Deus no seu quarto se ali não tem nenhum irmão para admirar suas macaqueadas? Melhor assistir ao futebol, à novela, ao BBB ou ao UFC. Não tem ninguém pra ver mesmo, né? Então fingir que ora pra quê?

Em casa minha filhinha macaquinho de imitação nunca levantou a mão sozinha com Deus na hora em que toca uma música de louvor. Mas quando o pai ouve ópera e brinca de Plácido Domingo cantando "Nessun Dorma" ela vira uma diva do municipal. Parece Maria Callas: mesma postura, mesmo gestual. Antes de comer, a família dá as mãos, ela na roda, e ao final todos dizem "amém". E... adivinha só? Ela também diz "amém". Não entendeu nada do que foi dito, nem ao menos entende por que todos deram as mãos. Mas como todos falaram ela também fala.

Quando o pai lê com ela a "Biblia das Crianças" e aponta o desenho ela sabe repetir direitinho o nome do personagem que ali está representado, por imitar aquele nome que papai já repetiu montes de vezes: "Jesus". Mas não o conhece. Não sabe quem Ele é. Não tem uma relação de intimidade com Ele. Não põe em prática seus mandamentos. Mas é um belo macaquinho de imitação: "Quem é esse, filhinha?". "Jesus!". Mas se eu perguntar a ela QUEM É ESSE na plenitude da pergunta... ela ficaria me olhando com cara de boba, sem ter a menor ideia, pois apenas reproduz comportamentos cristãos. Com 1 ano de idade ela ainda não é uma cristã: não entende o plano de salvação, não foi convertida pelo Espirito de Deus, não vive o fruto do Espirito. Mas vai todo domingo à igreja, levanta a mão na hora do louvor, diz "amém" ao final das orações, reconhece quando lhe apontam "Jesus". Mas vida com Deus? Zero.

Aí eu olho em volta. E, confesso, em alguns momentos os que se chamam pelo nome do Senhor agem de modo tão anticristão que me pergunto até que ponto estamos vivendo Cristo ou apenas somos macacos de imitação daqueles que deveriam dar a outra face, andar a segunda milha, pacificar, pagar o mal com o bem, não se vingar, amar o próximo como a si mesmo. E, como não sou o juiz do universo, me pergunto até que ponto eu mesmo não estou comendo bananas na hora da Ceia. Essa é uma reflexão que nunca devemos deixar de nos fazer: como está nossa devocionalidade? Feche os olhos (se puder) e pense: como está a SUA devocionalidade?

A resposta a essa pergunta está embutida na resposta a outra pergunta: você vive de fato Cristo em tudo o que faz e pensa ou apenas replica como um macaquinho de imitação o comportamento, os jargões e o modo de cultuar dos crentes? Pare. Pense. E responda a si mesmo. Para não ter de responder a Deus naquele grande e terrível dia em que estará face a face com o Criador.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

sábado, 17 de março de 2012

Até que a morte nos separe

Você projetou, sonhou, fez vários planos, mas de repente algo não aconteceu como se esperava. Pelo contrário, a situação de seu casamento está cada vez pior, vocês estão a ponto de se separar.
O que ouve? Quem errou? Foi egoísmo, infidelidade? Falta de domínio próprio, de compreensão, ausência de diálogo? A família de seu cônjuge intromete no seu relacionamento? Ou foi a famosa crise financeira, responsável pela maior parte das brigas e discussões entre os casais? Quem está vivendo uma situação crítica no casamento, com toda certeza apontou alguma dessas características ou até mesmo assinalou outras que não estão descritas neste texto.
Costumo dizer uma frase às pessoas que aconselho em relação ao matrimônio. “Casamento é sonhar sim, mas com o pé no chão”, ou seja, nem tudo são flores, nem tudo é perfeito, nem tudo acontece com a gente quer, nem tudo é um mar de rosas. Existirão problemas, dificuldades, discussões, algumas decepções e desilusões.
O interessante é que esses problemas são identificados durante a cerimônia de casamento. Só que muitos cônjuges não se dão conta disso. Quando o pastor pede aos noivos que repitam a seguinte frase: “Na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza, na alegria ou na tristeza... até que a morte nos separe”, objetivamente está sendo apresentado aos jovens nubentes a realidade da vida a dois: é uma jornada com sonhos e riscos de quem enfrenta um futuro a ser construído. Ao repetir essa frase deve-se, naquele momento, dizer isso conscientemente, pois no mundo espiritual está se fazendo um pacto, um compromisso com Deus que se prontifica a honrar seu matrimônio quando vieram as tempestades.

Certa vez um casal comentou que eles estavam tão cansados no momento da cerimônia matrimonial, que eles tinham plena convicção de que simplesmente repetiram o que foi dito, mas não analisaram o conteúdo da frase. Isso é muito sério. Devemos dar importância ao que pronunciamos.

Alguns casais são “cheios de amor pra dá” quando estão vivenciando uma boa situação financeira, de saúde e estão sem problemas. Mas a qualquer sinal de intempérie chegam a pronunciar palavras pesadas do tipo: “Maldita hora em que me casei com você”. A frase penetra no coração do parceiro como uma “facada”, matando todos os sonhos e motivações do cônjuge, frustrando-o completamente.

Você que tem enfrentado lutas e adversidades em seu casamento faça uma nova aliança com seu esposo (a). Repitam juntos novamente as mesmas palavras ditas no dia de seu enlace matrimonial. Lembre-se: vocês se comprometeram a se amarem mesmo quando estivessem passando por lutas e tribulações, estando enfermos ou tristes ou em ocasiões de crises financeiras. Ali foi firmado um pacto de que os dois estariam enfrentando os problemas juntos e vencendo em nome de Jesus!

É importante que se analise o tipo de união e qual o alvo que vocês pretendiam alcançar com a vida em comum. Toda fortaleza vai depender de que saibam que um nasceu para outro, que você é um presente, a parte complementar da pessoa amada.
Isso nos faz lembrar da passagem bíblica sobre os dois fundamentos, em Mateus 7:24-27. Onde você está construindo o seu lar? Na rocha ou na areia? Você está edificando o seu lar em interesses pessoais ou está pensando em sua família? Só está com seu cônjuge enquanto ele tem dinheiro para oferecer? Só ama quando o seu parceiro está saudável? Pense nisso. Que além da morte não haja outro fator que venha separar vocês. Que Deus abençoe!

Ana Paula Costa
redacao@lagoinha.com