segunda-feira, 30 de abril de 2012

Fábrica de loucos

Por Pr. Weber Esta semana tomei conhecimento de um dado estatístico assustador: 70% dos pacientes internados em manicômios do Brasil são de origem evangélica. Sinceramente, perdi o chão. Que a religião pode ser um fator que contribui para o desequilíbrio psíquico, ao mesmo tempo que pode constituir um espaço confortável para desequilibrados mentais, eu já sabia, o que não sabia era que a contribuição evangélica para este desastre fosse tão acentuada. A razão para esse trágico dado passa pela teologia, pela liturgia, e principalmente pelo compromisso do resgate de um Cristianismo mais bíblico, emoldurado pela Verdade escrita e não pela “verdade” sensitiva. Já não é de agora que denominações inteiras cultivam e estimulam um emocionalismo barato, sem o menor temor de rotular suas práticas ao “mover do Espírito Santo”. Com isso, transformam suas reuniões e grandes encontros num autêntico espetáculo do circo dos horrores, com gente caindo pra todo lado, tremendo, correndo, saltando e expressando sua insanidade em gargalhadas descontroladas, tudo isso sob a bandeira de um suposto “avivamento espiritual”. O mais preocupante em todo esse processo é a falta de alguém lúcido e psicologicamente são, que seja capaz de sugerir um exame criterioso das Escrituras. A espiritualidade cristã jamais será moldada por qualquer geração doente. A chancela do que é saudável e do que é doentio é dada pelo próprio Cristo, por Seu ensino e exemplo. A tentativa de desenvolver uma espiritualidade vinculada à cultura ou às tendência de qualquer desequilibrado que aparece, contando uma visão ou uma revelação, só contribui para aumentar o número dos que dão entrada em clínicas psiquiátricas em meio a verdadeiros surtos psicóticos. O pior de tudo isto é que ninguém fala absolutamente nada.
É bem provável que a causa deste silêncio seja o despreparo teológico da maioria e a construção de certos paradigmas podres. Um deles é relacionar o estudo teológico à falta de unção. Com todo respeito, não há estupidez maior do que esta. Na verdade, é a resistência ao texto que colocou o movimento evangélico no Brasil e no mundo sob suspeita. Uma rápida leitura dos Evangelhos, deixará em qualquer leitor minimamente atento, a real impressão de que o ministério de Jesus foi reflexivo. Ele nunca tencionou provocar transes e catarses. Suas mensagens e ensinamentos tinham o objetivo de fazer sua audiência pensar. Logo, embarcando na boléia de Jesus, Sua espiritualidade tinha um caráter mais cognitivo do que sensitivo, por isso Ele foi chamado de Mestre. Já estou antevendo os comentários que chegarão: “O intelectualismo é morte”; “a letra mata”; “a teologia não presta pra nada”… Mas, vou correr o risco e fazer uma colocação final. Todo cristão precisa estar comprometido com Cristo e o seu ensino. Nenhuma manifestação que escape ao escrutínio bíblico e não faça parte das práticas pessoais de Cristo e dos apóstolos, merece ser considerada, sequer analisada como possivelmente legítima, sob o risco de se abraçar a loucura ao invés da fé. Pense nisto! Sola Escriptura!

domingo, 29 de abril de 2012

Silas Malafaia: dois pesos e duas medidas

É contraditório que líderes evangélicos, alguns deles midiáticos, combatam com veemência a mordaça gay, representada pela insistência de alguns parlamentares em aprovar o PLC 122/06, enquanto, no âmbito executivo, admitem não haver qualquer dificuldade em dar apoio a candidatos que apóiem a Marcha do Orgulho Gay desde que apóiem também a Marcha Para Jesus ou eventos religiosos de qualquer outra natureza. Este posicionamento ficou bem claro na fala do pastor Silas Malafaia, em seu programa do dia sete de abril, quando mostrou a incoerência do Ministério Público Federal em pedir-lhe esclarecimentos por certas expressões, que não passaram de metáforas, para sermos justos, empregadas em seu discurso ano passado, na Marcha Para Jesus em São Paulo, contra o uso de símbolos católicos na Marcha do Orgulho Gay para vilipendiar a fé católica. Mostrou em sua defesa o discurso do Senador Magno Malta no plenário do Senado, que recebeu aparte do senador Lindberg Farias favorável ao pastor Silas Malafaia, sob os protestos do setor LGBT do PT, já que o programa do partido é muito claro nessas questões. Deputados já foram punidos por infringirem essas normas. Mas para quem não sabe, conforme informa o blog Holofote Net, Lindberg, o defensor de Malafaia, assinou o pedido de desarquivamento do PLC 122/06 e, como deputado federal, votou contra a PEC 25/95 que proibia o aborto em qualquer situação. No entanto, como tem pretensões políticas em 2014, provavelmente como candidato a Governador do Estado do Rio, nada como dar uma aliviada para atrair setores evangélicos para a sua candidatura. Mas o ponto a destacar aqui é a contradição entre atacar a mordaça gay e ao mesmo tempo apoiar candidatos a cargos majoritários, como o de prefeito, por exemplo, que sejam condescendentes com os evangélicos, mesmo que, do modo como a causa gay se insinua no Congresso Nacional, façam dela um dos pontos fortes de sua administração, tema este também já tratado no Holofote Net e no blog do Júlio Severo.
Sobre o assunto, que já começa a pipocar nas redes sociais, houve quem defendesse tal contradição com a tese de que o executivo governa para todos, e não para um grupo em particular, razão pela qual temos de aceitar, digamos, essas ambiguidades. É óbvio que a tese é válida nos termos para os quais o candidato é eleito, qual seja o de administrar a cidade, o estado ou o país e garantir que todos tenham do Estado aquilo que lhes é de pleno direito. Este não é o caso da Marcha do Orgulho Gay e da Marcha Para Jesus, a primeira de caráter reivindicatório, embora transvestida de manifestação cultural; a segunda, olhada primariamente em suas raízes, com a finalidade de proclamar a Cristo numa sociedade secularizada. Foi assim que surgiu na Europa, embora hoje possa ter outras conotações. No entanto, em ambos os eventos não cabe qualquer patrocínio do Estado, a não ser aquilo que lhe compete, como, entre outras coisas básicas, ter um plano de operação em que conste prestar segurança, cuidar do trânsito e disponibilizar socorro médico. Quanto a isso, sou coerente com o que escrevi neste blog sobre a proposta do Senador Crivella, em 2007, que incluía as igrejas evangélicas como beneficiárias da Lei Rouanet de incentivo à cultura. Veja aqui. Defendo a separação total entre a Igreja e o Estado. Todavia, no Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes vai muito além disso por estar comprometido até a medula com o movimento gay. Como estamos em ano eleitoral, com o intuito de amenizar tal comprometimento e angariar simpatia entre os evangélicos, chegou a dizer há cerca de dois meses, em Encontro do Conselho de Pastores do Rio, que a cidade terá a maior Marcha Para Jesus de todos os tempos. Ora, a fala do prefeito casa-se de maneira perfeita com a fala do pastor Silas Malafaia, que pode ter usado o argumento já mencionado acima para preparar o terreno com vistas a apoios futuros. A prova que Eduardo Paes tem fortes compromissos com o movimento gay está no vídeo abaixo, preparado pela Riotur, empresa administrada pelo município, para atrair turistas homossexuais do exterior. Isso fica claro em matéria do jornal britânico, The Guardian, como citado no Holofote Net, o qual diz que as políticas implementadas por Paes tem por fim tornar o Rio a maior referência aos homossexuais. O vídeo apresenta o Rio de Janeiro como a cidade da diversidade sexual, com cenas chocantes, beirando à pornografia, e infringe a própria legislação brasileira. Quem viaja com frequência, já viu nos aeroportos do país dezenas de cartazes que combatem o turismo sexual como crime, sem tipificar a forma da sexualidade. Ora, o que faz o vídeo de Eduardo Paes, senão estimular o turismo sexual? Por outro lado, uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e sancionada pela então Governadora, Rosinha Garotinho, proíbe a venda de cartões postais que exponham mulheres em trajes sumários e estimulem, com isso, o turismo sexual. Mas o vídeo de Eduardo Paes, com suas imagens sensuais homoafetivas, infringe, por analogia, a própria lei estadual.

sábado, 28 de abril de 2012

Vencendo as crises antes do divórcio

Alguém disse que: “o Casamento é uma fortaleza sitiada, cercada, quem está fora quem entrar, quem está dentro quer sair”. Este tem sido o versículo mais usado nos nossos convites de casamento, muitos dos quais já terminaram num Cartório. Um amor à prova de vendavais precisa de maturidade. Inspirado no amor de Deus será um amor forte, aceso e tão rico que ninguém pode comprá-lo. Parece que nos envolvemos demais com o romantismo dos contos de fada e desprezamos o amor bíblico e maduro que fortalece os relacionamentos. Os casais precisam redescobrir este livro. Precisamos com urgência de um programa de apoio às famílias que discuta a fundo as questões diárias que nos levam a essas crises e com coragem tratarmos da saúde conjugal afetada. I – ESTEJAMOS ATENTOS A ALGUMAS QUESTÕES FUNDAMENTAIS Sem vigilância mútua nosso casamento se expõe. Essa vigilância implica em avalia-ções freqüentes. Quando nos avaliamos, de algum modo corremos o risco dessa liberdade, mais vale a pena. Alguns mitos precisam ser banidos no começo da vida conjugal: 1 – Nenhum casamento vem pronto e acabado – A felicidade do casamento é artesanal e requer paciência. Durante o noivado traçamos o projeto. Agora temos a vida inteira para a construção e reformo ou aprimorar o acabamento. O amor deverá ser vivenciado pela renúncia, diálogo aberto e liberdade de expressão. 2 – Qualquer casamento está potencialmente sujeito à separação – Somos pecadores, falíveis e o Evangelho não nos isenta de tribulação. Mas alguns preferem ser ufanistas cegos que pensam que serão felizes por causa da sua fé apenas piedosa. Outros influenciados pelo pessimismo que se abate sobre as famílias desistiram na primeira dificuldade. Em ambos os casos, tem resultado uma vivência amarga, porque as fraquezas não foram tratadas com amor. 3 – Nem todos estão preparados para encarar as diferenças individuais – Nosso risco começa no noivado. Nós sabemos da diferença mas disfarçamos por causa da conquista. Não discutimos e até nem “brigamos” por essas questões e “despachamos a bagagem” para dentro do casamento. Ser diferente é simplesmente normal. No aconselhamento pré-nupcial sempre en-contramos noivos que me dizem que são “almas gêmeas”, e isso não raro, resulta em choque futuro. O segredo, para mim, consiste em tirar bom proveito dessas diferenças em função da unidade. Este é um dos grande segredos da vida conjugal. 4 – Muitas vezes os grupos de apoio são também grupos de pressão – Muitos dos casamentos que já acabados resultaram da pressão de pais, familiares, sociedade e mesmo a igreja. Mas nem sempre nós estamos convicto do que queremos. O mesmo grupo que escolhe para nós um casamento poderá nos cobrar depois o nosso fracasso. A Igreja precisa incentivar o poder in-dividual de decisão e apoiar. II – PRECISAMOS DE SABEDORIA PARA VENCER AS CRISES Encarar a crise como normal e que precisa ver vencida com amor é preciso identificar o ponto trazido ao casamento ou adquirido na trama doméstica da inter-relação. Falaremos de crises mas na verdade queremos falar de níveis de relacionamento. A crise vem da não compreen-são de um bom relacionamento 1 – Crise de mando e de poder – Os três Poderes em nossa casa - Talvez uma das sérias. Geralmente não resolvida no noivado vai tomando força e prejudicando a boa relação conjugal. O autoritarismo e a subserviência são dois pontos fracos. Na maioria das vezes o autoritário é machista e freqüentemente desfaçado de conteúdo bíblico. Se Deus for mesmo o Senhor da nossa família e aprendermos o que Deus ensinou ao primeiro casal sabe-remos administrar harmonicamente a nossa família. 2 – Crise de economia e finanças – o dinheiro desponde por tudo - Esta crise está intimamente ligada a de mando e poder. Se Deus for o Senhor da casa e a nossa visão de mordomia for bíblica, ninguém será sócio majoritário. Primeiro o Reino de Deus, segundo o casal harmonicamente, com sabedoria, incluindo os filhos discutirão juntos as suas decisões. 3 – Crise sócio-familiar – os demais da família - Quando dois se casam, um leque de fraternidade ou de intrigas podem estar se abrindo. O casal precisa dar espaço aos demais familiares até o limite e não interferir em qualquer decisão a ser tomada pelos dois. Muitos pais falham porque continuam a dirigir seus filhos por “controle remoto”. 4 – Crise de criatividade, falta humor e relaxamento no lazer – Em geral os noivos procuram ser criativos, cheios de bom humor e promovem seu lazer. Quando se casam, em nome de muita ocupação, ganhar mais dinheiro ou muitos cursos, enterram esta chance de vida ao casamento. Saber “quebrar o gelo” e dar um novo toque de alegria a relação conjugal é para muitos a porta da saída da crise. 5 – Crise afetivo-sexual – o que a falta de carinho pode fazer - Muitos casais se queixam sempre da famosa diferença entre ser noivo e ser casado. É como se tivessem sido enganados. Muitas promessas não cumpridas. E no afeto a crise é grande. Quando abandonamos os pequenos gestos começamos a “matar” o afeto do outro por nós. Cada um deve Ter liberdade de se expressar livremente e o outro de entender o seu gesto. As outras crises atingem a esta e quando não temos mais motivo para estarmos juntinhos e aquecidos, em qualquer idade, entramos numa área de risco e não raro tem sido aqui a porta da infelicidade. Este tratamento não tem contra-indicação, serve em qualquer idade. 6 – Crise da fé bíblica – Espiritualidade - Na verdade, a resposta à todas essas crises está na Palavra de Deus. Muitas vezes para convencer a família, igreja e pastor dizemos que estamos “no plano de Deus”, mas é o cultivo diário da Bíblia, oração em família, testemunho da palavra que manterão a família em pé. Sem espiritualismo falso. CONCLUSÃO Jamais minimize a crise nem a superestime. Juntos em oração, renúncia e franco diálogo, muitas crises serão vencidas. É preciso incrementar o aconselhamento bíblico da família nas igrejas e grupos de casais de mútua ajuda e que sejam confidentes.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Urubus e mala de dólares: realidade e mito nos últimos dias de Gramacho

Isso aqui já foi um eldorado nos anos oitenta. Tirava R$ 300 por dia. Foi assim que sustentei meus cinco filhos. Hoje não tiro nem R$ 60 na semana. Quem lucrou, lucrou. Agora não lucra mais”. A frase é de Otávia de Souza, 68 anos. Assim como ela, cerca de 1400 catadores cadastrados trabalham atualmente no Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, no município de Duque de Caxias, Baixada Fluminense. O local, que já teve mais de cinco mil pessoas revirando diariamente as nove mil toneladas de lixo (vindas dos municípios de Caxias, São João de Meriti, Nilópolis, Belford Roxo, Queimados, Mesquita e Rio), está prestes a encerrar as atividades. O fechamento definitivo do despejo em Gramacho estava previsto para o dia 23 de abril, mas foi adiado para maio. O atraso aconteceu devido ao cadastramento das 1400 pessoas que terão direito a receber da Prefeitura do Rio os recursos do Fundo dos Catadores. Em parcela única, cada um dos catadores receberá cerca de R$ 14 mil. Leia também: Relembre como o lixo tem sido retratado nas telas e nos palcos Desde a inauguração em 2011 do Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica (CTR), a 75 quilômetros do Rio, a quantidade de lixo em Gramacho foi reduzindo. Segundo a secretaria de Conservação, o Rio produz 9 mil toneladas de resíduos diariamente e o CTR já recebe cerca de dois terços desse total. Em Seropédica, não há catadores. Marcio de Oliveira, 23 anos, um dos líderes da Associação dos Catadores de Jardim Gramacho, está preocupado com a situação que se avizinha. “Vai abalar muita gente que não sabe fazer outra coisa na vida, que não seja separar madeira, plástico e papel. Não sei o que essa gente vai fazer da vida”, diz Marcio. Foto: Isabela Kassow Porcos se misturam às toneladas de lixo que chegam diariamente ao aterro Cena de novela e mala de dólares Mãe de quatro filhos, Jaqueline Lopes, 35 anos, faz planos para quando receber a indenização. “Com o dinheiro que vai vir, quero terminar minha casinha”, diz ela, que convive com o ar sufocante de Jardim Gramacho desde os 12 anos, levada pela mãe. “Vejo a novela e relembro quando vinha pequena para cá. Não tinha jeito. Era isso ou morrer de fome”, recorda. Jaqueline se refere à novela “Avenida Brasil” que retrata a realidade de quem vive em um lixão. No Jardim Gramacho já não se vê mais crianças trabalhando como na trama da TV Globo, mas se sabe que ali sempre foi habitado por personagens reais que mais parecem saídos do imaginário.
As histórias de gente que sustentou – e mobiliou - a casa com o que foi descartado por milhões de fluminenses brotam dos entulhos. Otávia de Souza repete há 23 anos a rotina de subir e descer a “rampa” três vezes por semana. Rampa é como os catadores chamam as montanhas de lixo que se acumulam às margens da Baía da Guanabara, desde a criação do lixão, em 1978. “A cerâmica que forma o piso lá de casa é toda daqui, achada no lixo. As portas e janelas também. E eu mesma fiz, porque não podia pagar pela mão de obra. O chão do meu quarto tem pedacinhos de mármore que fui guardando”, relata Otávia, que pretende comprar uma máquina de costura com o dinheiro da indenização. Não demora muito e ela procura novamente a reportagem do iG. Mudou de ideia. “Não sei se vou comprar a máquina, não. Quero mesmo é ir para o pé da serra, comprar um barraquinho por lá e plantar verduras. Quero vender verdura para a cidade toda”, diz Otávia, afastando os muitos urubus ao seu redor. Algumas das histórias contadas no lixão têm jeito de mito. “Teve um amigo nosso que uma vez achou uma mala tipo a do (filme) 007 e abriu. Estava cheia de dólares. Jogou tudo pro alto achando que era de brinquedo. Todo mundo avançou. Consegui uns 400 dólares”, conta Paulo Sergio, 41 anos, ex-dançarino de street dance. Teve um outro que achou uma garrafa fechada e bebeu pensando que era coca-cola. Morreu em minutos. Era soda cáustica. Foto: Isabela Kassow Adelson Saltos é um dos 1400 catadores que ainda vivem do trabalho local Documentário premiado Foi neste mesmo ambiente que viveu Estamira Gomes de Sousa, protagonista do documentário “Estamira”, de Marcos Prado (Veja outros casos que ganharam a ficção). Com seu discurso filosófico e poético, Estamira, que faleceu no final de 2011, virou referência. Assim como os catadores que serviram de modelo para os trabalhos do artista plástico Vik Muniz. “Quero ser como o Tião, ainda vou ganhar muito dinheiro”, planeja o simpático Geraldo Oliveira, em alusão ao ex-catador Tião Santos, que inspirou trabalhos de Muniz. Geraldo é dos catadores mais conhecidos em Jardim Gramacho. Mas pelo apelido de Brizola. Diz para todos que foi motorista do ex-governador do Rio. Aos 59 anos, já veio e foi embora do aterro sanitário várias vezes. Sempre prometendo não mais retornar. “Ia cortar cana em Campos, minha terra. Mas os canaviais de lá estão contratando cada vez menos gente”, lamenta. Brizola é uma figura. Apesar da vida severa no lixo, tira espaço para o humor. Imita com perfeição o apresentador Wagner Montes, até no modo de andar. Foto: Isabela Kassow Marcio de Oliveira, um dos líderes da Associação dos Catadores de Gramacho O futuro de Gramacho Preparando-se para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada de 13 a 22 de junho na cidade, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), inaugura no dia 5 de maio a Usina de Biogás do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho. A implantação do sistema de captação e queima do biogás é um dos projetos de redução de emissões de gases do efeito estufa no País. As três tochas da usina são alimentadas por uma rede de gasodutos que transportam o biogás succionado de 230 poços de captação, localizados ao longo da superfície do aterro. Pelos cálculos da Comlurb, isto evitará que, nos próximos 15 anos, cerca de 75 milhões de metros cúbicos de metano por ano sejam liberados para atmosfera. Com movimentação econômica estimada em R$ 407 milhões, o projeto pretende manter o aterro por mais 15 anos após o encerramento do despejo de lixo, além do monitoramento ambiental e geotécnico da região. “O aterro vai gerar renda pelos próximos 15 anos com a venda de biogás e créditos de carbono. O que a prefeitura do Rio está fazendo é antecipar os recursos aos catadores cadastrados junto a cooperativas”, explica ao iG o secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osorio. Naquele mesmo dia da visita da reportagem do iG, Gramacho ainda receberia uma rede de TV japonesa e da equipe de um jornal peruano. A Comlurb tem recebido pedidos de visitação de várias partes do mundo. O fechamento do maior lixão da América Latina porá fim também ao emblemático depósito de histórias que a realidade tentou descartar.

Médico diz acerca de homem “com morte cerebral” que foi salvo pouco antes de lhe removerem os órgãos: a “morte cerebral” nunca é realmente morte

Especialista diz: o termo “morte cerebral” foi inventado a fim de se obter órgãos. Nunca foi baseado na ciência”. John Jalsevac OKLAHOMA, EUA, 27 de março de 2008 (LifeSiteNews.com) — Zack Dunlap, um rapaz de 21 anos diagnosticado como “cerebralmente morto” e que estava a minutos de ter os órgãos removidos por uma equipe médica, agora diz, quatro meses depois do acidente que o levou à beira da morte, que ele se sente “muito bem”. O caso de Dunlap foi noticiado pela NBC no começo desta semana, e ele próprio foi entrevistado. O caso de Zack está sendo louvado nos meios de comunicação como “milagre”, porém um neonatologista e especialista em morte cerebral relatou para LifeSiteNews.com que o caso de Zack, ainda que seja num sentido extraordinário, não é tão raro quanto o noticiário da grande mídia faz parecer. “O jovem nunca morreu”, disse o Dr. Paul Byrne, ex-presidente da Associação Médica Católica. Ele começou a escrever sobre o tema da morte cerebral em 1977. O que torna o caso de Dunlap raro, ainda que não inédito, diz Byrne, é que Zack foi sortudo o suficiente para ser constatado com vida antes da remoção de seus órgãos vitais. “Embora a história dele seja apresentada como algo miraculoso”, ele disse para LifeSiteNews, “não quero remover nada que seja de Deus, mas não é sobrenatural o que ocorreu. Se há algo sobrenatural nisso, é que não conseguiram os órgãos dele antes que alguém pudesse notar algum tipo de outra reação. Ele estava sempre vivo — seu coração estava sempre batendo, havia sempre pressão sangüínea, ele estava sempre bastante vivo”. O Dr. Byrne diz que durante anos ele vem coletando informações sobre numerosos casos em que pacientes rotulados como cerebralmente mortos “voltaram dos mortos”. O motivo, diz Byrne, é que “morte cerebral jamais é realmente morte”. Zack Dunlap sofreu numerosos ossos quebrados e grave traumatismo craniano em novembro passado depois de se envolver num acidente, em que ele perdeu o controle do carro que estava dirigindo e capotou. No hospital os médicos diagnosticaram o jovem como “cerebralmente morto”. Autoridades de Oklahoma foram informadas de que Zack estava legalmente morto e que seus órgãos deveriam ser removidos. “Queríamos nos assegurar de que alguma pessoa sortuda continuasse a viver com o coração de Zack”, Pam, a mãe de Zack, disse para a NBC. Planos para remover os órgãos dele, porém, foram adiados de forma dramática. Dois dos primos de Zack, ambos enfermeiros, disseram que, nos momentos finais antes da chegada da equipe médica que iria remover os órgãos de Zack, eles sentiram que seu primo não havia verdadeiramente morrido. Confiando num pressentimento, Dan Coffin passou seu canivete no pé de Zack. O paciente com suposta morte cerebral reagiu imediatamente afastando o pé. Coffin então enfiou sua própria unha debaixo da unha de Zack, um lugar especialmente sensível do corpo, e seu primo de novo reagiu afastando o braço. “Passamos de um momento de extrema tristeza para, ‘Oh, meu Deus, nosso filho ainda está vivo!’” relatou Pam Dunlap. A avó de Zack disse que ela também sentia, como os primos de Zack, que seu neto não estava pronto para morrer. Logo antes que seu neto começou a mostrar sinais de vida de novo, ela entrou no quarto dele e orou por um milagre. “Ele era jovem demais para Deus levá-lo”, ela disse com lágrimas nos olhos na entrevista da NBC. “Não era a hora”. “Eu havia ouvido de milagres minha vida inteira. Mas nunca vi um. Agora, eu vi um milagre. Tenho prova disso”, disse ela. “Ambos sentimos que Deus tem algum plano grande para Zack. Faremos tudo dentro de nossas possibilidades para ajudá-lo a alcançar esse plano — qualquer que seja”, disse a mãe de Dunlap. O próprio jovem disse para a NBC que ele ouviu os médicos o declararem cerebralmente morto, e comentou: “Estou contente que eu não conseguia me levantar para fazer o que eu queria fazer”. Quando lhe perguntaram o que ele queria fazer, ele respondeu: “Provavelmente, eu lançaria os médicos pela janela”. “Estou muito, muito agradecido que eles não desistiram”, ele disse sobre as últimas tentativas de seus primos de descobrir se ele ainda estava vivo. “Só os bons morrem cedo. Por isso, não morri”, brincou ele. O pai de Zack, Doug Dunlap, diz que ele não culpa ninguém, indicando que os médicos lhe deram a certeza de que seu filho estava morto, e que não havia fluxo sangüíneo em seu cérebro. “Eles disseram que ele estava com morte cerebral, que não havia vida. Por isso, nos preparamos”. Quarenta e oito dias depois do acidente de Zack, o jovem voltou para casa, andando sozinho. Ele ainda sofre alguns problemas emocionais, perda de memória e outras conseqüências do acidente, e uma recuperação total pode levar um ano. Mas seus pais dizem que estão simplesmente gratos que seu filho esteja vivo. O Dr. Byrne, por outro lado, disse para LifeSiteNews.com que o caso de Zack deve ser visto como um aviso sobre a insuficiência dos critérios de morte cerebral. Ele disse: “Embora esse caso mostre que o jovem estava ouvindo os médicos conversando e declarando-o com morte cerebral, a pergunta é: Quantos outros doadores de órgãos estão em situação semelhante?” “O termo morte cerebral foi inventado a fim de se obter órgãos. Nunca foi baseado na ciência”. Em 2007 o Dr. John Shea, o conselheiro médico de LifeSiteNews.com, escreveu concordando com as preocupações de Byrne sobre morte cerebral, dizendo que o critério de “morte cerebral” é teoria científica, e não fato, acrescentando que é uma teoria que é particularmente aberta para abusos utilitários e portanto deve ser tratada com extrema cautela. Ele também apontou que há o problema adicional de que há vários conjuntos de critérios de morte cerebral, onde uma pessoa pode ser considerada morta de acordo com um critério, e não por outro. Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com.br; www.juliosevero.com

Pai resgata filho com “morte cerebral” de médicos que queriam remover os órgãos dele. Rapaz se recupera completamente

LEICESTER, Inglaterra, 25 de abril de 2012 (LifeSiteNews.com) — De acordo com o jornal DailyMail, um jovem britânico deve sua vida a um pai insistente que não queria dar permissão para que os órgãos do filho fossem removidos do corpo, apesar de declarações de quatro médicos garantindo que o filho não conseguiria se recuperar dos ferimentos que sofrera num recente acidente de carro. A reportagem do DailyMail diz que Stephen Thorpe, então com 17 anos, foi colocado num coma induzido por medicamentos depois de um engavetamento de vários carros que já havia tirado a vida de seu amigo Matthew, que estava dirigindo o veículo. Stephen Thorpe: quatro médicos o haviam declarado com morte cerebral Embora uma equipe de quatro médicos tivesse insistido que seu filho estava com “morte cerebral” depois do acidente, o pai de Stephen conseguiu a ajuda de um clínico geral e um neurologista, que demonstraram que seu filho ainda tinha atividade de ondas cerebrais. Os médicos concordaram em tirá-lo do coma, e cinco semanas mais tarde Stephen deixou o hospital, tendo se recuperado quase que completamente. Hoje, o jovem de 21 anos com “danos cerebrais” está estudando contabilidade numa universidade local. “Minha impressão é que talvez o hospital não estivesse contente que meu pai queria uma segunda opinião”, ele disse ao DailyMail. O caso é semelhante a dezenas de outros que LifeSiteNews tem noticiado em anos recentes, em que paciente em coma ou inconscientes são declarados com “morte cerebral”, ou totalmente incuráveis. Em muitos casos, médicos agressivos buscam os órgãos dos pacientes para remoção. Em 2011, o Hospital Sainte Croix de Drummondville em Quebec buscou permissão para extrair os olhos de uma paciente que havia se sufocado em comida do hospital na ausência de uma enfermeira, afirmando que ela estava com “morte cerebral”. Depois que a família exigiu prova dos médicos de seu problema alegado, ela recobrou a consciência, e recuperou a maior parte de suas faculdades. A família declarou sua intenção de processar o hospital. Em 2008, um francês de 45 anos voltou à vida na mesa de operação no momento exato em que os médicos estavam prontos para remover os órgãos dele para doação, depois de uma parada cardíaca. Na investigação subsequente feita pelo comitê de ética do hospital, muitos médicos confessaram que tais casos, embora raros, eram muito conhecidos para eles. Naquele mesmo ano, Zack Dunlap, um americano de 21 anos com “morte cerebral”, estava para ter seus órgãos removidos quando suas duas irmãs, ambas enfermeiras, decidiram testar a teoria do hospital de que o cérebro dele não mais estava funcionando. Membros da família cutucaram os pés dele com uma faca e cravaram suas unhas nas unhas dele, provocando fortes reações de Dunlap e provando que ele estava consciente. Ele se recuperou completamente. Mais tarde, ele relatou que estava consciente e ciente enquanto os médicos estavam conversando sobre remover os órgãos dele em sua presença. O termo “morte cerebral” foi inventado em 1968 para tornar conveniente a necessidade de obter órgãos vitais em seu estado “mais fresco” de um doador que alguns argumentam está ainda muito vivo. Embora a morte tivesse no passado sido definida como ausência de respiração e ausência de atividade do coração, a “morte cerebral” foi julgada compatível com o paciente que, em outros aspectos, está vivo. A “morte cerebral” nunca teve uma definição rigorosa, e não há testes padronizados para apurar se o problema existe. O Dr. John Shea, consultor médico de LifeSiteNews.com, aponta para o fato de que os pacientes diagnosticados com “morte cerebral” muitas vezes continuam a exibir funções cerebrais. No livro “Organ Donation: The Inconvenient Truth” (Doação de Órgãos: A Verdade Inconveniente), Shea declara que os critérios para “morte cerebral” só “testam a ausência de alguns reflexos cerebrais específicos. Funções do cérebro que não são consideradas são controle de temperatura, pressão sanguínea, batimento cardíaco e equilíbrio de sal e água. Quando um paciente é declarado com morte cerebral, essas funções estão não somente ainda presentes, mas também frequentemente ativas”. Traduzido por Julio Severo do artigo de LifeSiteNews: Dad rescues ‘brain dead’ son from doctors wishing to harvest his organs – boy recovers completely

Fernando Haddad busca apoio de pastores e tenta se livrar de estigma do “kit gay”

O pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, é acompanhado de perto por líderes evangélicos desde que era Ministro da Educação e propôs o polêmico chamado “kit anti-homofobia” ou “kit gay”, que seria distribuído em 6.000 escolas públicas de todo o país. Agora, ele tem tentado reverter esse estigma fazendo reuniões com pastores para tentar reduzir resistências e se aproximar deles, informa a Folha de São Paulo. Os encontros ocorreriam duas vezes por semana, em bairros da periferia e não são divulgados em sua agenda pública. Desde que Marcelo Crivella foi empossado como Ministro da Pesca tem sido dito que era uma manobra do governo federal para diminuir a rejeição a Haddad por parte dos evangélicos. Crivella inclusive defendeu o ex-ministro da Educação durante uma visita a duas colônias de pescadores na ilha de Madeira, região metropolitana do Rio de Janeiro. Na última segunda-feira, no bairro Guaianases, zona leste da capital paulista, cerca de 40 pastores estavam reunidos para ouvir Haddad explicar que desconhecia o teor do “kit gay”. O material vazou antes de ser aprovado e não chegou a ser distribuído a crianças e adolescentes. Os congressistas da bancada evangélica alertavam que o kit iria estimular o homossexualismo, algo negado pelo ministério e pela ONG que o produziu. Destinado originalmente a alunos e professores do ensino médio, nível em que estão alunos que têm entre 14 e 18 anos de idade, o material conteria vídeos que tratavam explicitamente de questões como transsexualidade, bissexualidade e relações entre gays e lésbicas. A polêmica tomou conta e o material teve sua distribuição vetada pela presidente Dilma Rousseff. “Ele disse que entendeu que aquilo não era adequado e mandou suspender a distribuição dos kits. (Haddad) disse que a Dilma entendeu que não era hora de soltar aquilo (o kit)”, defende o pastor Marçal Borges, da Comunidade A Palavra de Deus, que garantiu o apoio da sua igreja ao candidato. A reunião ocorreu nas dependências da igreja e uniu lideranças da região, entre elas religiosas. Compareceram vereadores locais, entre eles o deputado estadual Luiz Moura (PT). Foi divulgado que antes da reunião, Haddad conversou com o pastor Marçal Borges, que o questionou sobre o kit anti-homofobia, pois, o tema seria determinante para a comunidade apoiar o petista. Haddad também tem focado sua agenda em reunião com líderes católicos. Segundo ele, muitas lideranças se sentem usadas na atual gestão e não querem mais fazer parte de um “jogo menor”. Mas nem todos os setores evangélicos acreditam na mudança de postura de Haddad. O pastor Silas Malafaia também usou o Twitter em março para para comentar a nomeação de Marcelo Crivella e afirmou “ Não adianta colocar evangélico no Ministério. Não vamos dar refresco ao Haddad em São Paulo com o kit gay”.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Renascer vende replica de pulseira de Estevam Hernandes para reformar antena da TV Gospel


A Igreja Renascer em Cristo está vendendo a R$ 1.000 pulseiras idênticas à de seu líder, Estevam Hernandes, para custear a manutenção da antena da TV Gospel, localizada na rua Consolação, em São Paulo. O objetivo é arrecadar entre os fiéis cerca de R$ 2 milhões para a obra. Em seus cultos, Hernandes diz que a verba será utilizada também para as obras de acabamento interno e da parte elétrica do prédio. A assessoria da Renascer afirma que anualmente a igreja realiza campanhas para a reforma de seus prédios e que as doações são voluntárias e não estão vinculadas a venda

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quarta-feira, 25 de abril de 2012

VISITAS DO MÊS DE DEZEMBRO DE 2009 ATÉ HOJE.


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Nívea Soares lança promoção e CD Glória e Honra na Lagoinha


Na terça (24/4) Nívea Soares fez o lançamento do CD Glória e Honra e também da promoção “Meu vídeo vale um iPhone”, na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte(MG). O CD Glória e Honra, distribuído pela Onimusic, tem 11 faixas gravadas ao vivo, produzido e mixado por Gustavo Soares, esposo e parceiro ministerial de longa data de Nívea. A masterização do CD foi feita por Chris Athens, Sterling Sound NY (responsável por nomes como Coldplay e Michal W. Smith). Na oportunidade do lançamento do CD Glória e Honra, Nívea Soares divulga a promoção “Meu vídeo vale um iPhone” – de 24/4/12 à 25/5/12 – que tem três passos básicos: 1. Gravar um vídeo com uma das músicas do CD Glória e Honra; 2. Publicar o vídeo no YouTube com o título seguindo o padrão “PromoGloriaeHonra”e 3. Fazer o cadastro no site www.niveasoares.com . Durante 30 dias os internautas vão poder produzir, gravar e publicar no YouTube um vídeo cantando/tocando uma das canções do CD Glória e Honra. “Pode ser cantando ou tocando uma das músicas, vai ser muito bom poder abençoar o pessoal que tem nos acompanhado pela Internet”, destaca Nívea. Serão dois internautas contemplados com um iPhone 4 (cada um). O primeiro critério para ganhar o iPhone 4 é o vídeo mais acessado no YouTube que siga os critérios propostos no regulamento do concurso cultural e o segundo vencedor vai ser escolhido pessoalmente por Nívea Soares sendo o mais bem produzido e criativo na opinião dela. Saiba mais sobre a promoção “Meu vídeo vale um iPhone” e também sobre o Ministério Nívea Soares. Acesse o site www.niveasoares.com.

Do fracasso à fidelidade – João Marcos, o primeiro filho de crente

Por Jesse Johnson Ao me preparar para pregar pelo evangelho de Marcos, tenho ficado perplexo com a vida do autor. João Marcos talvez tenha sido o primeiro filho de crente. Sua mãe, Maria, era viúva, e João Marcos era, provavelmente, um adolescente na época do Pentecostes. A igreja de Jerusalém se reunia de casa em casa, mas as maiores reuniões ocorriam na casa de Marcos. Por ter crescido sem um pai, e por Pedro ser o pastor da igreja da casa de Marcos (pelo menos durante sua adolescência), os dois tinham um relacionamento especial. Pedro o chamava de seu próprio filho (1 Pedro 5.13). João Marcos assitiu de perto muito do drama e dos perigos que a igreja primitiva experimentou. Quando Pedro foi preso e milagrosamente solto, a igreja estava reunida na casa de Marcos, orando pela salvação de Pedro. De fato, quando o anjo resgatou Pedro, ele se viu livre, nas ruas de Jerusalém, procurado pelas autoridades, no meio da noite. Buscando abrigo, ele foi diretamente para o local da reunião de oração, bateu na porta da casa de Marcos e, como muitos conhecem a história, teve que esperar um pouco do lado de fora enquanto os de dentro demoravam a acreditar que Deus tinha realmente respondido suas orações. Foi após esse evento cômico que Marcos participou da primeira expedição missionária autorizada pela igreja. Houve outros missionários antes, é claro, mas esses haviam ido para o campo por causa da perseguição, não de forma planejada. Dessa vez era diferente. A igreja se reuniu e separou Paulo e Barnabé para ir aos gentios. E enviaram João Marcos com eles. Talvez porque ele tinha dois nomes (“João”, um nome judeu e “Marcos”, grego – Atos 12.25 deixa esse fator implícito), e talvez porque ele era primo de Barnabé (Colossenses 4.10), ele foi enviado para ser o assistente de Paulo e Barnabé (literalmente, um servo – Atos 13.15). A viagem passou por Chipre, Perge, Icônio e Atália. Igrejas foram plantadas de formas até dramáticas (leia Atos 13 e 14). Mas também houve muitas dificuldades e perseguições. Eles experimentaram espancamentos, fome e rejeição, e isso tudo parece ter sido demais para Marcos, que os deixou e retornou a Jerusalém. Alguém pode se perguntar qual foi a reação de Marcos à recepção que Paulo e Barnabé tiveram após a viagem. Quando os dois retornaram a Jerusalém, foram tratados como heróis de guerra. Eles voltaram contando história de como Deus estava alcançando os gentios e as maravilhas que eles experimentaram. Ficamos pensando se Marcos compartilhava dessa alegria ou se ficou desapontado de não estar com eles quando voltaram. Após o concílio de Atos 15, a igreja decidiu recomissionar Paulo e Barnabé e enviá-los novamente para fortalecer as igrejas. Essa seria a última conversa entre Paulo e Barnabé da qual temos registro. Barnabé insistiu que seu primo tivesse uma segunda chance e lhe fosse dada a oportunidade de servi-los novamente. Paulo recusou veementemente. Ele se recusou a viajar com Marcos novamente, por temer que ele desertasse mais uma vez. Os dois estavam tão firmes em suas posições que seguiram caminhos diferentes. Os presbíteros da igreja ficaram do lado de Paulo e o comissionaram (juntamente com Silas), enquanto Barnabé e Marcos seguiram seu caminho discretamente. É interessante que, por meio dessa separação, Deus trabalhava providencialmente. Paulo perdeu João Marcos, mas ganhou Silas. Além disso, dois versículos após a separação de Marcos e Paulo, o apóstolo conheceu Timóteo, que se tornou seu filho na fé. Além disso, Lucas ganhou certa proeminência (note, no livro de Atos, a mudança da terceira pessoa para a primeira). Por meio dessa separação, o Espírito Santo não só aproximou Timóteo e Paulo, mas também assegurou que Lucas e Marcos escreveriam dois evangelhos separadamente. O Senhor pode ter afastado Marcos de Paulo, mas não havia concluído sua obra nele. De alguma forma, ele se juntou a Pedro novamente. Você consegue imaginar alguém melhor que Pedro para discipular João Marcos? F. F. Bruce comenta que é difícil imaginar um par mais apropriado para influenciar esse homem perdido do que Pedro (que sabia uma coisa ou duas sobre o fracasso) e Barnabé (o filho do encorajamento). É possível que Paulo e João Marcos tenham se encontrado novamente na Galácia, mas isso não ficou registrado. Conforme o ministério de Paulo foi interrompido por sua prisão, ele se encontrou em companhias interessantes. Ele disse a Filemon “Epafras, meu companheiro de prisão por causa de Cristo Jesus, envia-lhe saudações, assim como também Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores.” (v. 23-24). Lucas, obviamente, permaneceu com Paulo, mas, de alguma forma, Paulo deu outra chance a Marcos (assim como a Demas!). Paulo chamou esses homens de “meus cooperadores”, o que não deixa de ser um avanço do título de “servo” que Marcos carregava quando desertou, anteriormente. E Marcos provou ser fiel até o fim. Na última epístola de Paulo no Novo Testamento, ele estava encarando a morte muito de perto. Estava preso, sem amigos por perto e até mesmo sem roupas apropriadas para sobreviver. Ele se voltou a Timóteo, seu verdadeiro filho na fé, e fez alguns pedidos. Ele pediu seu casaco, alguns livros e alguns pergaminhos (uma possível referência aos evangelhos de Lucas e Mateus?). Mas isso não é tudo. Ele suplicou a Timóteo: “Procure vir logo ao meu encontro, pois Demas, amando este mundo, abandonou-me e foi para Tessalônica [...] Só Lucas está comigo. Traga Marcos com você, porque ele me é útil para o ministério.” Já havia passado vinte ou mais anos desde que Paulo tinha se separado de Barnabé por causa de João Marcos. Agora mais velho, sozinho e ansioso por estar com o Senhor, seu último pedido é ver Marcos novamente. Pense em tudo que mudou naqueles vinte anos. A Galácia era a fronteira final em Atos 15, mas agora o evangelho havia chegado a Roma, à África, a Chipre, a Corinto e a Creta. E João Marcos passou de ser aquele que abandonou Paulo na primeira viagem missionária para ser o colaborador do apóstolo e, finalmente, o homem que Paulo desejava encontrar antes de morrer. É de comum acordo, geralmente, entre os teólogos, que Marcos chegou a encontrar com Paulo em Roma, que Paulo foi solto e então viajou até a Espanha. Marcos, entretanto, não o acompanhou. Ao invés disso, permaneceu em Roma até a chegada de Pedro. Lá, ele serviu ao lado de Pedro (1 Pedro 5.13) e escreveu o evangelho que leva seu nome. Se o testemunho da igreja primitiva é válido (e eu creio que sim), Marcos permaneceu em Roma durante o reinado de Nero, e após a partida de Paulo, ministrou lá até o martírio de Pedro, quando foi para o norte da África e lá encerrou seu caminho, pastoreando uma congregação. Eventualmente, seguiu Paulo e Pedro rumo à sepultura, quando foi martirizado por Nero em Alexandria. Quando lemos o evangelho de Marcos, é útil lembrar que Marcos sabia o que era ser perseguido. Ele sabia que os cristãos estavam lutando por suas vidas sob o reinado de Nero, enfrentando feras selvagens no coliseu. Quando ele registra as palavras de Jesus sobre as perseguições que viriam, que Jesus não retornaria para resgatar seus seguidores até que o evangelho tivesse alcançado todos os cantos da terra, é essencial enxergar essas palavras vindo da pena de alguém que viu o homem que o criou como filho ser morto por sua fé. Mas em um nível mais pessoal, João Marcos sabia o que era cair e o que era ser restaurado. Ele serviu ao lado de Pedro e serviu ao lado de Demas. Ele sabia que havia dois resultados possíveis após o fracasso e louvado seja Deus por Paulo ter ido encontrá-Lo vendo Marcos como alguém que era “útil ao ministério”.

A Natureza da Fé Bíblica

Por J. I. Packer Em primeiro lugar, o que é fé? Vamos aclarar a questão. A idéia popular a respeito é que se trata de um certo otimismo obstinado: a esperança tenazmente assegurada, face à adversidade, de que o universo é fundamentalmente amigável e de que as coisas podem melhorar. Diz a Sra. A. à Sra. B.: "Você precisa ter fé". Mas, tudo quanto ela quer dizer é: "Coragem, não desanime se as coisas vão mal". Isso, porém, é apenas a forma da fé, sem seu conteúdo vital. Uma atitude confiante que seja divorciada de um objeto que corresponda a essa confiança não é a fé no sentido bíblico. Em contraste, a noção histórica da Igreja Católica Romana acerca da fé tem sido de mera confiança e docilidade. Para Roma, a fé é apenas a crença naquilo que a Igreja Romana ensina. De fato, Roma distingue entre fé "explícita" (a crença em algo que foi compreendido) e fé "implícita" (o assentimento incompreensível de qualquer coisa, seja o que for que a Igreja Romana assevere). A Igreja Romana diz que somente esse último tipo de fé, que na realidade é apenas um voto de confiança no ensino da igreja e que pode manifestar-se lado a lado com a total ignorância da doutrina cristã, é requerido dos leigos para a sua salvação! E evidente que a fé, na concepção da Igreja Romana, quando muito, é apenas o conteúdo da fé, sem sua forma apropriada; pois conhecimento, pouco ou muito, divorciado de qualquer correspondente exercício de confiança, não é a fé, no total sentido bíblico. O exercício da confiança é precisamente o que se faz ausente na análise da Igreja Romana. Segundo Roma, fé consiste em confiar nos ensinos da igreja. Mas, de acordo com a Bíblia, fé significa confiar em Cristo como Salvador, e isso é algo totalmente diferente. Na Bíblia, ter fé ou crer (no grego, o substantivo é pistis; o verbo é pisteuõ) envolve tanto confiança como entrega da vida. De várias maneiras o objeto da fé é descrito como sendo Deus (Rm 4.24; 1 Pe 1.21), Cristo (Rm 3.22, 26), as promessas de Deus (Rm 4.20), o caráter de Jesus como Messias e Salvador (1 Jo 5.1), a realidade da ressurreição (Rm 10.9), o evangelho (Mc 1.15) e o testemunho dos apóstolos (2 Ts 1.10). A natureza da fé, porém, é invariável. É uma apreensão responsiva de Deus e de sua verdade salvadora; é um reconhecimento da resposta dada por Deus à necessidade humana, que doutro modo jamais seria atendida; é a compreensão de que o evangelho é a mensagem pessoal de Deus, bem como o convite pessoal de Cristo ao seu ouvinte; é o mover-se confiante da alma em direção ao Deus vivo e ao seu Filho. Isso se torna claro através da mais comum das construções gramaticais no Novo Testamento grego — o verbo pisteuo com a preposição eis, ou, ocasionalmente, com a preposição epi, com o objeto direto no acusativo — cujo significado é "confiar para dentro de" ou "confiar sobre". Esta construção jamais aparece no grego clássico e raramente na Septuaginta. Trata-se de uma nova expressão idiomática, desenvolvida no Novo Testamento, para expressar a idéia de um movimento de confiança que se dirige ao objeto da confiança e que descansa no mesmo. Esse é o conceito bíblico e cristão de fé. Os reformadores frisaram esse conceito, afirmando que a fé não é apenas fides (crença), mas também fiducia (confiança). Nas palavras do bispo Ryle: A fé que salva é a mão da alma. O pecador é como um homem que está se afogando, prestes a afundar de vez. Ele vê o Senhor Jesus Cristo oferecendo-lhe ajuda. Ele a aceita e é salvo. Isso é fé (Hb 6.18). A fé que salva é o olho da alma. O pecador é como um israelita picado por uma serpente venenosa no deserto e que está à morte. O Senhor Jesus lhe é oferecido como a serpente de bronze, levantado para sua cura. O pecador olha para Ele e é curado. Isso é fé (Jo3.14, 15). A fé que salva é a boca da alma. O pecador está definhando por falta de comida e sofrendo de uma doença dolorosa. O Senhor Jesus lhe é apresentado como o pão da vida e o remédio universal. Ele O recebe e fica bem de saúde e forte. Isso é fé (Jo. 6.35). A fé que salva é o pé da alma. O pecador é perseguido por um inimigo mortal e teme ser vencido. O Senhor Jesus lhe é apre¬sentado como uma torre forte, um refúgio e um esconderijo. O pecador corre para Ele e fica em segurança. Isso é fé (Pv 18.10)". {Old Paths — Caminhos Antigos — pp. 228 e 229). Por todo o Novo Testamento, de fato, esse é o conceito normal de fé. As únicas exceções são as seguintes: 1. Algumas vezes, "fé" exprime o conjunto das verdades em que cremos (Jd 3 e 1 Tm 4.1, 6, etc). 2. Algumas vezes, "fé" significa um mais estrito exercício de confiança, que opera milagres (Mt 17.20, 21; 1 Co 13.2). Mesmo nos dias do Novo Testamento, porém, a fé salvadora nem sempre era acompanhada pela "fé que opera milagres" (cf. 1 Co 12.9) e vice-versa (cf. Mt 7.22, 23). 3. Em Tiago 2.14-26, "fé" e "crer" denotam mero assentimento intelectual à verdade, sem a correspondente resposta de uma vida de obediência confiante. Mas, parece que Tiago estava simplesmente imitando o uso da palavra "fé" daqueles a quem procurava corrigir (cf. v. 14), e não precisamos supor que ele normalmente a usasse em um sentido tão limitado (por exemplo, a sua alusão à fé, no verso 5, claramente envolve um sentido muito mais amplo).

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O MAIOR NO REINO DOS CÉUS

Por Isaltino Gomes Coelho Filho
Mateus 18.1-6: "Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus? E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus. E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe. Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar". As pessoas lutam por poder, para terem domínio sobre as outras. Vemos isto desde cedo, na história da humanidade. Em Gênesis 10.8 se fala de Ninrode, o primeiro homem que se tornou poderoso na terra. Infelizmente, esta luta por poder também se encontra no cenário religioso. Encontramos nas igrejas gente que quer mandar e que deseja ser importante. Antigamente bastava aos pastores terem o título de pastores, que era considerado como honroso. Hoje alguns querem ser bispos, outros querem ser apóstolos, há bispo primaz, e há quem se chama de patriarca. E há aquelas pessoas que têm grandes carências emocionais e buscam na igreja o lugar para supri-las, lutando por reconhecimento. Na realidade, isso é mais doença espiritual que qualquer outra coisa. Quem é o grandão? Quem é que manda? Os discípulos fizeram esta pergunta a Jesus: “Quem é o maior no reino do céu?” (v. 1). Talvez esperassem que ele dissesse que era aquele que fizesse mais milagres. Ou aquele tivesse a voz mais forte e pregasse mais alto, alcançando mais pessoas. Eles se preocupavam com isso, em serem os grandões. Tanto que mais tarde, nem perguntaram. Discutiram entre si. E numa ocasião, dois deles chegaram com a mãe, que fez um pedido bem estranho. Ela queria que os dois filhos ocupassem o primeiro e o segundo lugares no céu (Mt 20.20-21). Mãe faz cada uma pelos filhos! Nem ela nem seus filhos entenderam que este desejo de ser o maioral quebrava a unidade do grupo. Mas acontece muito disto. As pessoas não ligam para unidade. Querem se destacar. E muitas vezes, por causa da sua ambição de poder, quebram a unidade da igreja. A resposta de Jesus, como quase sempre sucedia, foi desconcertante. Ele colocou uma criança no meio deles, disse-lhes que eles precisavam se converter e se tornarem como crianças. Se não fizessem isso, nunca entrariam no reino, quanto mais ser o maior no reino. Se não bastasse isso, ele acrescentou: “Quem se tornar humilde como essa criança, esse será o maior no reino do céu” (v. 4). Como aprendemos de Jesus! A primeira coisa que ele disse aos discípulos foi que eles precisavam se converter! A maior marca da conversão não é mandar, e sim servir. Se eles queriam mandar nos outros é porque ainda não tinham se convertido. Ainda não compreendiam bem o evangelho. Em outra ocasião, falando sobre si mesmo, ele disse: “Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a vida em resgate de muitos” (Mc 10.45). Ele nunca lutou por títulos nem cargos nem se esforçou para dominar as pessoas. Ele as conquistou porque as serviu. E é assim que ele tem conseguido muitos seguidores, ao longo da história. As pessoas descobrem que Jesus as ama e pode fazer uma grande obra na vida delas. Muita gente ainda pensa como os discípulos de Jesus. Elas querem ser importantes. Quando as pessoas agem assim, mostram que ainda não colocaram Deus em primeiro lugar nas suas vidas. O primeiro lugar continua sendo ocupado por elas. A doença chamada “importantite” mostra ausência de conversão e um coração vaidoso. Os querem mandar, na igreja, precisam de conversão. O convertido tem desejo de servir e de ser útil. Quando Paulo caiu no caminho de Damasco e Jesus se apresentou a ele, sua pergunta foi: “Senhor, que farei?” (At 22.10). Uma pessoa convertida quer fazer algo, e não que os outros façam algo para ela. O convertido coloca a Jesus em primeiro lugar na sua vida, e deseja ser útil. O vaidoso, a pessoa não rendida a Cristo, mesmo que seja membro de igreja, quer atenção e que as pessoas a sirvam. Jesus usou a figura de uma criança. Criança não manda. Geralmente obedece. Obedece aos pais, aos avós, aos professores. Cumpre ordens. É com uma delas que Jesus compara o maior no reino dos céus. O maior não é o mandão. É o serviçal. Além dessa lição de que o maior não é quem manda, mas quem obedece, há outras duas lições de Jesus. A segunda é que o maior no reino dos céus não é o forte, mas o fraco. Fisicamente, uma criança é mais fraca que um adulto, mas Jesus mostra que o maior não é forte, mas o fraco. Parece absurdo? Não. Lembre-se da palavra de Paulo: “Pois, quando sou fraco, então é que sou forte” (2Co 12.10). Quando somos fracos, a graça de Deus age. Quando nos julgamos fortes, não deixamos espaço para a graça. Porque graça é para fracos e pequenos. Deus até pode usar pessoas arrogantes, porque é soberano, e age como quer. Mas usa preferencialmente, como vemos na Bíblia, pessoas submissas, que se quebrantam. Se você quer que Deus use sua vida, não sonhe com grandeza. Sonhe em ser um instrumento. A terceira lição de Jesus é que o maior não é o independente, mas o dependente. Adultos se viram sozinhos, encontram soluções por si, e fazem o que julgam que devem fazer. Crianças são dependentes. Precisam da mãe para se arrumar e para se alimentar. Precisam dos adultos para seu sustento. O maior no reino é como a criança dependente. Dependente, sempre, de Deus, de sua graça e de seu poder. O maior é aquele que não confia na sua capacidade pessoal ou na sua rede de amigos. O maior não é aquele que se basta, mas aquele que necessita dos outros. Adolescentes não querem ser crianças. Querem ser adultos. E sonham em ser grandes. Mas se você quer desempenhar um grande papel no reino de Deus, e deseja ser um instrumento nas mãos dele, lembre-se: seja criança. Lembre-se que Deus se vale dos pequenos, dos que são insignificantes aos olhos do mundo, e os engrandece porque os usa. Não queira ser o maioral. O maioral é Deus. Seja pequeno. Aí, você será grande!

Combatendo o pecado com a Verdade!

Por C. H. Spurgeon Paulo nos oferece o modelo completo de um ministro cristão. Pastor vigilante, ele se preocupava sem cessar com o rebanho confiado a seus cuidados. Ele não se limitava a pregar o Evangelho, e não cria ter completado todo o seu dever em anunciar a salvação, mas seus olhos estavam sempre voltados às Igrejas que havia fundado, seguindo-as, com um interesse zeloso, no seu progresso ou declínio na fé. Quando ele tinha que ir proclamar o Evangelho eterno em outras regiões, ele não cessava de velar pelo bem estar espiritual de suas vibrantes colônias cristãs da Grécia e da Ásia menor, semeadas por ele em meio às trevas do paganismo; e enquanto acendia novas lâmpadas na tocha da verdade, ele não negligenciava aquelas que já flamejavam. É assim que, em nosso texto, ele dá à pequena Igreja de Filipos uma prova de sua solicitude, lhes dirigindo conselhos e advertências. E o Apóstolo não era menos fiel que vigilante. Quando via pecado na Igreja, não hesitava em denunciá-lo. Ele não lembrava a maioria dos pregadores modernos, que se vangloriam de não ter jamais tido uma relação pessoal com seu rebanho ou jamais ter incomodado suas consciências, e que põem sua glória naquilo que é enganoso; porque tivessem eles sido fiéis, tivessem exposto sem impureza todo o conselho de Deus, teriam infalivelmente, uma vez ou outra, ferido a consciência de seus ouvintes. Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas. (Fil. 3:18,19). Paulo agia totalmente diferente: ele não temia atacar frontalmente o pecador, e não somente tinha a coragem de declarar a verdade, mas sabia da necessidade de insistir sobre esta verdade: "Repetidas vezes eu vos dizia, e eu vos digo ainda, que muitos entre vós são inimigos da cruz de Cristo”. Mas se, por uma parte o apóstolo era fiel, por outra ele era cheio de afeto. Como todo ministro de Cristo deveria fazer, ele amava verdadeiramente as almas sob seu encargo. Se ele não podia admitir que algum membro das Igrejas colocadas sob sua direção se desviasse da verdade, não podia mais ainda lhes repreender sem derramar lágrimas. Ele não sabia brandir a ira com o olho seco, nem denunciar os juízos de Deus de maneira fria e indiferente. As lágrimas brotavam de seus olhos, enquanto que sua boca pronunciava as mais terríveis ameaças; e quando censurava, seu coração batia tão forte de compaixão e amor, que aqueles a quem ele se dirigia não podiam duvidar da afeição com que suas censuras eram ditadas: “Eu, repetidas vezes vos dizia, e agora vos digo até chorando”. Meus amados. A advertência solene que Paulo, outrora, dirigiu aos Filipenses nas palavras de meu texto, eu as dirijo a vocês hoje, para que entendam. Temo que esta advertência não seja menos necessária em nossos dias que nos tempos do Apóstolo, porque em nossos dias como nos dias do Apóstolo, há vários na Igreja cuja conduta testemunha fortemente que são inimigos da cruz de Cristo. Que posso dizer? O mal, longe de diminuir, me parece ganhar terreno a cada dia. Há, em nosso século, um maior número de pessoas que fazem profissão de fé que no tempo de Paulo, mas há também mais hipócritas. Nossas Igrejas, eu lhes digo para sua vergonha, toleram em seu seio membros que não têm nenhum direito a este título; membros que estariam bem melhor se postos em uma sala de festim, ou em qualquer outro lugar de dissolução e loucura, mas que jamais deveriam molhar os lábios no cálice sacramental ou comer o pão místico, emblemas dos sofrimentos de nosso Senhor. Sim, em vão procurariam dissimular que há vários entre nós – (e se tu voltasses à vida, ó Paulo. Quanto não te sentirias apressado em nos dizer, e quantas lágrimas amargas não derramarias ao nos dizer!...) – que são inimigos da cruz de Cristo, e isto porque o deus deles é o ventre, porque eles dirigem suas afeições às coisas da terra, e sua conduta está em completo desacordo com a santa lei de Deus.

QUERIDO OU FIEL?

Por Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho “Querido ou fiel?” é o título de um capítulo do livro Arrisque, de Kenny Luck. Nele, o autor aborda um dilema sério da vida cristã contemporânea. “Ser querido” é ser o centro da vida e receber. “Ser fiel” é tornar Cristo o centro da vida, e dar-se, gastar-se no reino. Os cristãos estão mais preocupados em serem queridos que em serem fiéis. Não pensam em compromisso com Jesus, mas no seu bem estar pessoal. Seu ideal é a bênção e não a fidelidade. Luck fala dos mártires cristãos que morreram por sua fidelidade a Jesus, em tempo de perseguição. Seguir a Cristo dispor-se a morrer por ele. A igreja se compunha de compromissados. Hoje, em seu meio há muita gente sem noção do que seja o evangelho, de quem seja Jesus, e que foge de compromisso. Para muitos, ela é apenas uma maneira agradável de passar um tempo, ouvindo coisas boas e recebendo promessas. Um centro de autoajuda. “Ponha a mão no ombro da pessoa ao seu lado e diga que ela nasceu para vencer! Que ela vai triunfar!”. Busco uma base mínima para esse exercício histriônico e não lembro uma só frase em toda a Bíblia. Nascemos para servir e honrar a Deus, e não para que ele nos sirva. Para muitos, seguir a Jesus é uma maneira de ter carros maiores, casas mais imponentes e passar as férias em Miami. Há gente que está na igreja e não tem noção alguma do evangelho. Pensa que é só ser abençoado. É a visão do “ser querido”. Por isso que temos um evangelho aguado, displicência espiritual e escândalos. “Ser querido” é salvar a sua pele, buscar o melhor para si, ter tudo de bom. Nesta ótica, seguir a Jesus é ter um bilhete de primeira classe por este mundo. “Ser fiel” é mais duro. É saber que o mais importante não somos nós, mas Deus. É saber que a essência da vida cristã é “Seja feita a tua vontade”, e não o “Eu quero” ou “Eu declaro”. “Ser fiel” é ser um cristão maduro que não busca sua glória ou seu bem estar pessoal, mas quer ver a glória do Senhor Jesus. Crentes como o Pr. Youcef são do tipo “fiel”. Que bênção se a igreja voltasse à Bíblia, e deixasse as palavras de ordem e frases de efeito de gurus e semideuses evangélicos! Se voltasse à cruz. Se diante dela dobrasse os joelhos. Se chorasse seus pecados e pedisse perdão! Se cada um de nós fosse apaixonado por Cristo crucificado, e parasse de pensar em uma vidinha fácil e pensasse em ser útil! Se houvesse menos ambição, menos melindre e mais serviço! O mundo seria transformado! Você sofreria por sua fé? Morreria por Jesus? Ou acha que é dever de Deus lhe dar bagulhos materiais? Você busca “ser querido” ou busca “ser fiel?”. Quem busca ser querido ainda não entendeu a vida cristã. Quem busca ser fiel está no caminho. Arrisque! Seja fiel!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

O que você pensa acerca da cruz de Cristo?

Por J. C. Ryle Talvez você considere esta questão como algo de somenos importância; não obstante, dela depende intensamente o bem-estar eterno de sua alma. Há mil e oitocentos anos atrás, houve um homem que disse gloriar-se na cruz de Cristo. Foi alguém que revirou o mundo de cabeça para baixo pelas doutrinas que pregava. De todos os homens que já viveram neste mundo, foi ele quem mais contribuiu para o estabelecimento do Cristianismo. E mesmo assim, foi este homem quem disse aos Gálatas: “Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”, Epístola de Paulo Aos Gálatas 6.14 Leitor, a “cruz de Cristo” deve ser um assunto verdadeiramente importante para que um apóstolo inspirado fale de tal forma sobre ela. Deixe-me tentar demonstrá-lo o verdadeiro significado desta expressão. Uma vez reconhecendo o que significa a cruz de Cristo, com a ajuda de Deus você se tornará capaz de perceber a importância dela para a sua alma. A palavra cruz, na Bíblia, algumas vezes faz referência à cruz de madeira na qual o Senhor Jesus foi cravado e posto para morrer, no Calvário. Isto é precisamente o que São Paulo tinha em sua mente quando falou aos Filipenses que Cristo “foi obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2.8). Contudo, esta não era a cruz na qual São Paulo se gloriava. Ele esquivar-se-ia com horror da idéia de gloriar-se em um mero pedaço de madeira. Eu não tenho quaisquer dúvidas de que ele denunciaria a adoração católica romana do crucifixo como profana, blasfema e idolátrica. A cruz, em outras vezes, é atinente às aflições e provações que os crentes atravessam pela causa da religião que professam, quando seguem a Cristo fielmente. Este é o sentido no qual nosso Senhor usa a palavra, quando diz: “Aquele que não toma a sua cruz, e segue-me, não é digno de mim” (Mt 10.38). Este também é o sentido no qual Paulo usa a palavra quando escreve aos Gálatas. Ele conhecia bem esta cruz. Deveras, ele a carregava pacientemente; no entanto, também não é sobre isto que ele está falando aqui.

Família Feliz - Como Conquistá-la?


Família Feliz - Como Conquistá-la? - Conquistamos uma família quando aprendemos a sonhar corretamente de acordo com a vontade de Deus para nossa vida e família. - Tudo na vida de um líder começa a existir a partir de um sonho, de uma visão que lhe impulsione a atingir todas as suas metas, que precisam estar bem traçadas. "Bem-aventurado todo aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Do trabalho das tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem. Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos como plantas de oliveira, ao redor da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao Senhor. De Sião o Senhor te abençoará; verás a prosperidade de Jerusalém por todos os dias da tua vida, e verás os filhos de teus filhos. A paz seja sobre Israel". (Salmo 128) - Esse salmo tão bem escrito por Davi, nos dá um perfil de uma família feliz. Desde o princípio o desejo do coração de Deus é que seus filhos tenham famílias estruturadas e felizes. - Toda família que teme ao Senhor colhe os frutos de sua obediência: um bom casamento e uma família ajustada. Essas são as maiores bênçãos da vida, muito mais que bens materiais. - Quando um casal entra em aliança, na maioria das vezes ele espera ser feliz, como um interesse próprio. Porém, a Bíblia nos ensina como um princípio que é dando que se recebe. Então, a mentalidade precisa ser mudada e ao entrar em aliança o maior desejo do coração do cônjuge deve ser fazer o outro feliz, quando isso acontece a recíproca torna-se algo natural. Quando fazemos o outro feliz a conseqüência e sermos felizes. Leia Mais

Uma questão de limites


Por Sérgio Lyra Há algumas semanas atrás li a postagem de um jovem cristão na rede social Facebook, na qual ele se dizia incapacitado para identificar e estabelecer os limites adequados para a sua intimidade. Ele se apresentava como alguém machucado, frustrados com as experiências que havia construído. A sua conclusão foi a seguinte: “Por não haver um manual”, optou por se entregar ao relativismo dizendo que “cada um estabeleça o seu limite!”. Li aquele pequeno texto e fiquei muito preocupado com o jovem. Além disso, ninguém deu uma resposta que viesse a ajudá-lo, de fato. Por isso, resolvi escrever este texto, como uma proposta sincera a postagem do jovem, apresentando um manual especial e eficiente, a Palavra de Deus, que ensina e orienta eficazmente sobre o assunto. Bem, em primeiro lugar devemos saber que a existência de limites é fator indispensável para qualquer vida social ordeira, e eles são expressos por leis e costumes de um povo. Todavia, não basta existir limites coletivamente estabelecidos e conhecidos para que tudo corra bem. Os limites de uma sociedade podem estar errados e os limitados podem não querer respeitar os limites, mesmo se estes estiverem certos. Como cristão, acredito que a Bíblia supre plenamente a questão dos limites inadequados, pois ela é a revelação perfeita de Deus para todos, um verdadeiro “manual do fabricante” para a humanidade. O Deus perfeito estabeleceu limites perfeitos e funcionais. Agir dentro dos limites funcionais significa funcionar para o que foi projetado e produzir resultados adequados e satisfatórios para si mesmo e para o contexto social. Se alguém quer conhecer e experimentar o bom de Deus (e adianto que não há nada melhor) precisa dedicar-se a conhecer e praticar os ensinos bíblicos. Leia, por exemplo, o Sermão da Montanha (Mateus 5 a 7). Ele é um excelente resumo dos princípios que regem o comportamento cristão. Limites e intimidade Sabendo que o assunto é muito amplo. Volto-me mais especificamente para a questão da intimidade. Esta é uma palavra muito especial, pois torna substantivo o que é íntimo, caracterizando algo do nosso interior. Nas Escrituras Sagradas, a intimidade é apresentada como um profundo compartilhar de vida interior (Sl 25.14). Assim, prioritariamente, quando se fala de intimidade deve-se pensar em comunhão intensa com o interior de alguém, acessos especiais e conhecimentos privilegiados. Fica claríssimo que o atual conceito de intimidade que a maioria das pessoas utiliza difere em muito do significado bíblico, pois basicamente o define como liberdade para carícias mais eróticas e excitantes. Acredito que o questionamento daquele rapaz reside exatamente nessa área. No que diz respeito aos limites do relacionamento sexual, qualquer pessoa pode constatar que estes sofreram verdadeiros tsunamis nos últimos 30 anos. Se jovens de hoje ouvissem quais foram os limites que a maioria dos jovens cristãos utilizavam enquanto namoravam e noivavam nos anos 70, certamente diriam que esses jovens eram de “outro planeta”. Atualmente, se alguém me disser que está namorando, afirmo com toda a sinceridade, eu não sou mais capaz de dizer o que eles fazem quando estão juntos. A geração dos cristãos que nasceram após a segunda guerra mundial até 1965, foi educada em um ambiente com limites claros, que exigia respeito pelos outros e não apenas a satisfação ilimitada de seus prazeres. Deixe-me exemplificar o que quero destacar no que se refere a quase exclusão de limites que o nosso contexto social urbano hoje vivencia. Certo domingo pela manhã, quando ia para a igreja, dei carona a uma mãe com a sua filhinha de apenas oito anos. A pequenina me perguntou: “pastor, BV é errado?”. Totalmente alheio ao significado da sigla e achando que se tratava da praia da Boa Viagem em Recife (PE), respondi: “Não filha, Boa Viagem é apenas um local como qualquer outro”. Mãe e filha começaram a rir e logo me tiraram da ignorância: “Pastor… BV significa Boca Virgem, ou seja, que nunca foi beijada”. Meu Deus, aquela garotinha de oito anos estava sendo pressionada na escola porque era BV! Agora, imagine a pressão sexual nos adolescentes que começam a lidar com a sua ebulição hormonal e são extremamente desejosos em experimentar algo novo e muito excitante. Os meios de comunicação digital, com apenas um ou dois cliques, expõem em segundos milhares de fotos e vídeos pornográficos a custo zero. Como ajudar o jovem a modelar seu caráter e controlar seus desejos lícitos se não houver limites que os ajude a visualizar e experimentar o que é realmente bom? No Salmo 119 versículo 9, o salmista fez a seguinte pergunta: “Como pode um jovem conservar pura a sua vida?” A resposta veio de imediato: “É só obedecer aos teus mandamentos.”, e isto, trocando em miúdos, é respeitar os limites estabelecidos por Deus (Sl 119.11). Quem estabelece limites? Surge então, a pergunta: quem deve estabelecer os limites: a igreja, a escola, o estado ou a família? A resposta é a seguinte: nenhum deles! Acredito que os limites já foram estabelecidos por Deus através da sua Palavra revelada. Assim a pergunta correta deve ser: quem é o responsável por ensinar e zelar pelos limites? Por ordem de prioridade: a família, a igreja e o estado. Estou plenamente consciente que muitos jovens que hoje são cristãos não vieram de lares evangélicos; nesses casos, a igreja deve se apresentar com uma prioridade especial. No caso do jovem do Facebook, trata-se de um cristão e de família cristã. Mesmo conhecendo os bons limites de Deus para desfrutar de intimidade sadia com outra pessoa, ele resolveu experimentar o outro lado da moeda. Resolveu ouvir e ceder às tentações de suas paixões e questionou se ceder a elas não era melhor do que a proposta divina. Foi exatamente isto que Satanás fez com Eva. Instrumentos externos despertaram o desejo do coração (tentação) e quando esse mau desejo é atendido, os limites são desrespeitados e o pecado instala a sua desgraça (Tg 1.13-15). Na sua postagem digital, aquele jovem chegou à triste conclusão de que se tornara escravo de seus próprios sentimentos e desejos e, portanto, colhia grande desapontamento, embora sentisse prazer por alguns instantes ao “liberar” os limites de sua intimidade. O Deus eterno, único e criador de todas as coisas, estabeleceu limites físicos como a gravidade, a nossa capacidade de produzir esforços, suportar calor, obter oxigênio, alimentação, etc. Ninguém ousa desconsiderar estes limites, pois se o fizer, logo sofrerá os danos. O mesmo Deus soberano também estabeleceu limites relacionais para todos. Note com atenção que quando alguém desconhece a Deus e a sua Palavra, os limites divinos são desrespeitados por ignorância, mas quando se conhece as Sagradas Escrituras trata-se de desobediência e rejeição. Quanto mais o ser humano se afasta de Deus, mais ele desrespeita os limites da sua intimidade (Rm 1.18-33). Todavia, como ele foi criado para viver bem, apenas sob limites divinamente preestabelecidos, a única postura humanamente razoável que lhe resta é deixar a questão dos limites no campo das relatividades: “Cada um faça o que acha que é bom e certo para si mesmo.” Sempre me lembro do texto bíblico da carta aos Romanos 12.1-2, escrita pelo apóstolo Paulo. Ele nos alerta que os limites do cristão não são os mesmos do mundo que vive alheio a Deus. Sinto-me encorajado e disposto a encorajar os jovens crentes a estabelecerem e preservarem os limites santos e revelados na Bíblia para os seus desejos sexuais (1 Ts 4.3-4; Rm 6.11-22; 1 Co 7.1-2). Acredito, e eu mesmo experimentei na minha vida, que a vontade de Deus é “boa, perfeita e agradável”. Afirmo sem medo de errar: Nunca haverá limites melhores do que os bons limites de Deus.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Apóstolo Valdemiro Santiago é entrevistado pela folha.com durante o intervalo de um culto


De mãos dadas com Francileia, sua esposa, ao longo de toda a entrevista, Valdemiro Santiago recebeu a reportagem da Folha no intervalo de um culto. Leia os principais trechos: 
A doença é um problema de espírito? 
Valdemiro Santiago: Às vezes. Mas se fosse um problema exclusivamente de ordem espiritual, então as pessoas que estão afinadas com Deus não correriam o risco de ficar doentes. O próprio Isaac morreu cego. Então algumas doenças são de ordem espiritual e precisam ser tratadas espiritualmente - ou seja, através da oração, avivando e fortalecendo a fé das pessoas. E há doenças que a ciência consegue tratar. Eu e minha família precisamos dos médicos, também. Há enfermidades que são para a ciência e outras que são para serem tratadas espiritualmente. Embora Deus possa curar todas elas.
Quais são as doenças que estão nas mãos de Deus e quais na da ciência? 
No ano passado você passou por um tratamento do joelho no hospital Albert Einstein... Na verdade todas as doenças estão nas mãos de Deus. 
O sacerdote é um instrumento nas mãos de Deus. Você é um instrumento nas mãos de Deus? 
Tenho plena certeza disso. Só que os médicos também são. Deus é quem dá o conhecimento, Deus instituiu os médicos. Deus nos colocou essa autoridade para que pudéssemos suprir as pessoas, honrando cada um. Você já curou doenças incuráveis? 
 Na verdade eu nunca curei ninguém, nem a mim mesmo. Tenho alguns momentos de tristeza que eu queria me livrar, mas não consigo. Aí chego à conclusão de que não sou eu que curo. Porque se curasse, evitaria meu próprio sofrimento. Então não sou eu que faço, é Deus que faz através da vontade dele. Deus através de minha oração já curou muitas doenças incuráveis pelo recurso da ciência. Eu já vi Deus fazendo coisas que a ciência não pode fazer. Apóstolo Valdemiro Santiago é entrevistado pela folha.com durante o intervalo de um culto Como foi sua infância? 
 Depois que minha mãe morreu, eu e meu pai nos desentendemos, ele até atentou contra minha vida, e eu contra a vida dele. Mas não por falta de amor... Então saí de casa. Tinha um quartinho, mas como não conseguia pagar fui colocado pra fora e fiquei meio desamparado. Passei a viver na rua por causa da liberdade que a rua dava e dá. 
Você estudou? 
 Não concluí o segundo grau. Sou autodidata, estudei sozinho. Mas não li muitos livros, Não consigo pegar um livro... há livros que me ensinam mas sempre parcialmente. Só a Bíblia que tem sua totalidade, só a palavra de Deus. 
Em que medida a Mundial se diferencia das outras igrejas?
 Se eu analisar de fora, eu acho que pela simplicidade, pela forma como é pregada a palavra. O povo não busca a sofisticação, o luxo, o glamour, a igreja de mármore ou de ouro. Jesus pregava de maneira simples. Às vezes o pregador dificulta muito, não fala a língua do povo. Tem pregador que tem vergonha de falar que trabalhou nisso ou naquilo. Eu não, eu sou um lavrador da roça mesmo, minha profissão verdadeira é essa, pegar enxada e lavrar terra. 
Como interpreta a ascensão da classe c? 
Não atribuo a ascensão da classe c a esse ou aquele governo. E sim a Jesus. Porque a classe c não tem recurso intelectual para buscar bons empregos ou fazer bons negócios. Quando você se apoia na fé, Deus abre portas. A Mundial já tem dois deputados. 
Quais são suas ambições políticas? 
A política é necessária. Não é nociva. Deus criou a política. Sou do altar, mas pretendo um dia ver pessoas da igreja trabalhando na política. Se alguma aliança puder trazer benefício, coloco-me a disposição. Tenho amigos no PT, PMDB, PSDB, PSC, PTB. 
Por que a ênfase no dízimo em seus cultos? 
 O dízimo é bíblico. É dez por cento. É o que sustenta a igreja. A oferta é voluntária. Não é uma coisa controlada, fiscalizada. Não é como a Receita, que cobra 27,5%. Devolver o dízimo faz parte da aliança entre você e Deus. 
E as fazendas que apareceram na Record? 
São fatos ainda não constatados. Eu desconheço aquelas propriedades, à exceção de uma - que eu tenho escritura e está no nome da igreja mundial do poder de deus. As outras eles criaram. Mas esta pertence a todo mundo, pertence à obra de Deus.
A fazenda é da igreja ou sua? 
Olha, as coisas se misturam. Já vendi gado para pagar horário na TV. Mesmo com o gado não sendo propriedade da igreja, nesse caso. Eu tenho recurso, não sei se você já percebeu. O último CD vendeu um milhão de cópias a 20 reais. Dá pra comprar um bezerrinho, não dá? 
 BOX Denúncias contra a Mundial são várias. Santiago já foi condenado a pagar cestas básicas por porte ilegal de armas. Em 2010, três pastores foram presos no Mato Grosso do Sul transportando sete fuzis M 15. Presume-se que em conluio com o tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Construções irregulares de alguns templos e o mau uso do dinheiro arrecadado nos templos também fazem parte da lista.

29º CONGRESSO DE GIDEÕES


Ativistas gays querem impedir venda dos livros de Silas Malafaia nas revistas da Avon


De acordo com o site Verdade Gospel ativistas gays estariam enviando e-mails para a Avon pedindo para que a empresa retire a venda dos livros do pastor Silas Malafaia de seus catálogos. A Avon é uma das maiores empresas do ramo de revenda por catálogos no Brasil e no folheto “Moda Casa Avon” vende livros e até CDs de diversos temas, incluindo títulos evangélicos. Ao que parece os ativistas estariam se unindo para impedir que os produtos do pastor assembleiano sejam revendidos nesses catálogos. Comentando o assunto, Malafaia diz que os evangélicos representam cerca de 30% das vendas da Avon, um número bastante expressivo.
“Eles são tão abusados que pensam que com ameaças vão nos calar. Querem cercear através do império do medo. É importantíssimo você enviar seu protesto para a Avon e conclamar outros a fazerem o mesmo”, diz Malafaia que volta a dizer que esse grupo são os mais intolerantes da pós-modernidade. Não é a primeira vez que ativistas homossexuais tentam barrar as palavras do pastor, processos pedindo a cassação de seu registro como psicólogo já foram abertos e até mesmo um processo para classificar o programa Vitória em Cristo como impróprio, obrigando as emissoras a mudar o horário da programação de Malafaia. “[os ativistas gays] Estão me dando elementos como nunca para que o PLC 122 seja definitivamente enterrado, pois se antes de ter leis que dão a eles privilégios, eles já se acham no direito de perseguir e intimidar aqueles que são contra seus ideais, imaginem se a lei for aprovada”. Fonte Gospel Prime

VISITAS DO MÊS DE DEZEMBRO DE 2009 ATÉ HOJE.


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TERMÔMETRO OU TERMOSTATO: QUE TIPO DE CRENTE VOCÊ É?

O termômetro é um instrumento inventado por Galileu no século 16. Trata-se de um aparelho que registra a temperatura, mas não pode alterá-la. O termômetro não tem poder de mudar o ambiente, muito pelo contrário, é afetado por ele. Está sempre subindo ou descendo de acordo com a temperatura. Mas o termostato, usado em aparelhos de ar condicionado e aquecedores, é um instrumento que tem a extraordinária capacidade de regular a temperatura ambiente impedindo-a de sofrer variação. No que tange a vida cristã, somos termômetro ou termostato. Se você é termômetro, viverá sempre em altos e baixos espirituais, de acordo com as situações, ao sabor das circunstâncias. Mas o crente do tipo termostato, não vive de acordo com a inconstância das circunstâncias, mas, apesar delas, e acima delas. Termostato é um dispositivo destinado a manter constante a temperatura de um determinado sistema. O apóstolo Paulo era um crente do tipo termostato. Isso fica evidente quando ele mesmo diz: “aprendi a viver contente em toda e qualquer situação”. Filipenses 4.11 Ao fazer essa extraordinária declaração Paulo não está assumindo a postura dos estóicos que aspiravam a auto-suficiência. Para o estóico a eliminação de todo desejo e emoção era uma conquista humana que lhe permitia viver acima das circunstâncias. Todavia, não é isso que Paulo pretende. Ao tomar emprestada a palavra contente (autarkes), ele a transformou em algo totalmente diferente do homem auto-suficiente dos estóicos. O contentamento de Paulo mesmo em meio a circunstâncias terrivelmente desfavoráveis era um dom de Deus e não uma conquista humana. A capacidade de ser termostato é uma graça de Deus para todos quantos desfrutam da suficiência que há em Cristo. Paulo era tão humano quanto nós. Homem de carne e osso que viveu situações difíceis, entretanto não se comportou como um termômetro. Seu contentamento incondicional era uma evidência de que em Jesus Cristo há força “termostática”, razão pela qual ele podia dizer: “tudo posso naquele que me fortalece”. Que tipo de crente você é, termômetro ou termostato?

Negar-se a si mesmo? Fala sério…

Por Maurício Zágari Vamos fazer uma coisa chata para muitos cristãos que estão na Internet: ler a Bíblia. Não, claro que não estou falando de você, querido leitor, que sem sombra de dúvida tem momentos devocionais diários e que investe muito mais tempo na leitura da Palavra de Deus do que em outros prazeres, como Twitter, Facebook, televisão, shows gospel e entretenimentos do gênero. Ler a Bíblia não diverte, é apenas um privilégio que o Criador do universo concedeu àqueles que querem de fato conhecê-lo em intimidade, negar-se a si mesmo, tomar a sua cruz e segui-lo. E, veja só, é exatamente sobre isso que tratam as três passagens das Escrituras que te convido a ler agora. As três contam o mesmo episódio, mas tirado de evangelhos diferentes: Em Lucas 9.22-24, Jesus diz: “É necessário que o Filho do Homem sofra muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas; seja morto e, no terceiro dia, ressuscite. Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará“. Já em Marcos 8.34-36, conta o evangelista: “Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?“. Por fim, Mateus 16.24-27 afirma: “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á. Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma? Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras“. Todos nós conhecemos essas palavras de Jesus. Mas o que elas querem de fato dizer? O que significa “negar-se a si mesmo”? E… “tomar a cruz”? Coisa estranha, hoje em dia crucificação nem existe mais em nossa sociedade. O que então Jesus quis dizer com isso? Quais são suas implicações práticas? Bem, vamos devagar. Em primeiro lugar é importante vermos a quem Jesus estava se dirigindo. Os textos deixam claro que havia uma multidão dos que o seguiam e… os discípulos. Ou seja, Jesus estava falando para crentes. Para mim e para você. E não foram palavras fáceis de se ouvir. Não foi um exposição sobre prosperidade material, “Vida Vitoriosa para Você”, sobre declarar a bênção ou “tomar posse” do carro do ano. Não, nenhuma dessas heresias foi o assunto de Jesus. Ele falou sobre algo duro. Algo que ninguém quer ouvir: abnegação. “Abnegação”, como a análise da palavra mostra, tem a ver com ab-negação, ou seja, com negação do interior. Segundo o dicionário, é “renúncia espontânea do interesse, da vontade, da conveniência própria”. É sobre isso que Jesus está tratando aqui: negar-se a si mesmo significa não lutar em favor do que lhe interessa, de dinheiro, de um bom marido, de facilidades, de benefícios. Significa, isso sim, abrir mão do que me interessa, do que me é conveniente, daquilo que tenho vontade de fazer”. Ok, mas e depois? Bem… depois a coisa piora. Passo a passo: Jesus está dizendo para aqueles por quem tinha vindo à terra sofrer e morrer que teriam de abrir mão de seus desejos, interesses e vontades. Só que não para aí. O Mestre prossegue: “Dia a dia tome a sua cruz”. Coisa pesada, literalmente. Estima-se que uma cruz pesasse cerca de 80 a 90 quilos. Olha, não sei se você tem noção, mas isso é MUITO peso. Minha filha pesa cerca de 9 quilos e se a carrego no colo por pouco mais de dez minutos sinto dores nos braços, nas costas, em tudo o que é parte do corpo. Multiplique isso por dez. Me imagino carregando dez filhas e a imagem que vem a minha mente é uma dor de coluna incomensurável. Mas não é só a um difícil, cansativo e doloroso ato físico que Jesus está se referindo. Repare o contexto no evangelho segundo Lucas. Antes de dizer o que era necessário para segui-lo, o Cristo profetiza a sua própria paixão e morte: “É necessário que o Filho do Homem sofra muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas; seja morto e, no terceiro dia, ressuscite”. Ou seja: Jesus antevia sua própria cruz. Que viria depois de “sofrer muitas coisas”, “ser rejeitado” e, enfim, causaria sua morte. Eis o que Jesus propõe aos que desejam segui-lo: abrir mão de seus desejos, interesses e vontades, sofrer muitas coisas, ser rejeitado e até dispor-se a perder a vida por sua decisão. E isso “dia a dia”, ou seja: sempre. Nada fácil, hein?! Dá vontade de dizer “fala sério, Jesus, pega leve”. “Mas então esse negócio de ser cristão é um péssimo negócio, Zágari”, muitos poderiam dizer. Bem, aparentemente só temos a perder ao ir após Jesus, ou seja, ao segui-lo. Mas calma. O texto ainda não terminou, ele não para por aí. “Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará”. Aqui já entra um elemento novo: Jesus empenha sua palavra numa promessa: que quem se submeter a tudo isso e abrir mão de sua vida por Cristo a terá salva. Uau, aqui o jogo vira. As nuvens negras começam a deixar passar um raio de sol. “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”, é a pergunta crucial do Mestre. Por quê? Porque até agora parecia uma péssima ideia seguir Jesus. Abnegação, carregar uma cruz di-a-ri-a-men-te, perder a vida, sofrer… meu Deus, quem quer isso? Pra viver esse negócio é melhor esquecer essa ideia de igreja e ir à praia. Só que aí chega o Mestre com essa pergunta, que cria uma oposição reveladora: revela o preço da alma humana. Não sejamos hipócritas: quem não gostaria de ganhar o mundo inteiro? Espere. Acho que você não conseguiu visualizar ainda o significado dessa expressão: “mundo inteiro”. Querido, querida, nós ficamos exultantes se encontramos uma nota de 100 reais no meio da rua. Por quê? Porque é algo de valor material que pode nos proporcionar benefícios, comprar uma roupa, um lanche, 6 exemplares do livro “A Verdadeira Vitória do Cristão”, 5 ingressos de cinema e por aí vai (sim, uma entrada no cinema custa mais caro do que meu mais recente livro rs). Agora, se 100 reais nos causam essa alegria, imagine o que não nos proporcionaria ganhar “o mundo inteiro”? Pense na riqueza dos sheiks do petróleo árabes, na cobertura de Donald Trump, nas mansões dos astros de Beverly Hills, nas jóias das lojas de Rodeo Drive, no montante de dinheiro movimentado todo dia na Bolsa de Valores de Nova Iorque, nas limusines que desfilam por Los Angeles, nas fortunas dos novos-ricos de Miami, nas joias da Coroa britânica que estão na Torre de Londres, em todos os bens acumulados por falsos pastores que compram fazendas de gado e jatos particulares com o dinheiro dos fieis… pense em tudo isso e em muito, muito, muito mais. Tesouros, fortunas, prédios, impérios… meu Deus, é muita, mas MUITA coisa. Segundo a revista “Galileu”, há no mundo atualmente US$ 170 trilhões em dinheiro circulando por todos os países (ou R$ 309 trilhões). Tentei calcular quantos exemplares de “A Verdadeira Vitória do Cristão” seria possível adquirir com esse valor mas minha calculadora não teve dígitos suficientes para fazer a conta, tão grande é esse montante. E aí vem Jesus e diz que toda essa riqueza não vale uma única alma humana. Uau. Dá pra imaginar então quanto vale uma alma? No mínimo, no mínimo, 170 trilhões de dólares, para Jesus dizer isso. Hoje eu passei numa praça e havia uma mendiga, provavelmente esquizofrênica, falando sozinha sem parar coisas sobre Brigitte Bardot. Pois a alma daquele ser esquecido pelo mundo custa muito mais que 309 trilhões de reais. Assim, eu me atreveria a dizer que NADA paga uma alma humana. Retornando à linha de raciocínio, abrir mão de seus desejos, interesses e vontades, sofrer muitas coisas, ser rejeitado e até dispor-se a perder a vida por sua decisão todos os dias entra em um prato da balança e a sua alma, que vale mais do que 309 trilhões de reais entra no outro. Para que lado pende a balança? Jesus responde: o peso de sua alma faz com que ela abaixe o prato da balança, enquanto o mundo inteiro vai lá para cima. É um peso bem desigual. E, ao final, Jesus encerra, dizendo “Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras”. Esse e o gran finale, o desfecho, o fechar das cortinas após o último ato. Nós sofremos, fomos abnegados, abrimos mão de nós mesmos, carregamos a cruz, passamos os maiores perrengues do mundo para seguir Cristo. E agora Ele diz de que serviu isso tudo: na volta de Jesus Ele virá em sua glória e majestade, ladeado pelos anjos, na companhia do Pai, e trará recompensa. Sim, meu irmão, minha irmã, compensará. Todo o sufoco, o sacrifício, a abnegação, o abrir mão de seus desejos, interesses e vontades, o sofrer muitas coisas, ser rejeitado e até dispor-se a perder a vida dia a dia por causa de Cristo compensará. Pois o Senhor preservará viva por toda a eternidade a sua alma de valor incalculável e, além disso, ainda lhe dará aquilo descrito em 1 Coríntios 2.9: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam”. É isso, meu irmão, minha irmã. Aparentemente, a si mesmo se negar, tomar a sua cruz e seguir Jesus pode parecer um mau negócio, pois trará muita tribulação. Abrir mão do que se quer não é fácil. Mas, no fim, a recompensa é vida eterna para nossa alma e ainda por cima maravilhas que permanecem um segredo, já que nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetraram em coração humano. Não sei o que você pensa, mas no final das contas para mim me parece um ótimo negócio. O preço para manter minha alma viva pela eternidade é carregar minha cruz? É abrir mão de mim? É despir-me dos meus quereres humanos por amor a Jesus de Nazaré? Então, por favor, apenas me ajude a apoiar esses 90 quilos no ombro e comecemos a caminhada. Paz a todos vocês que estão em Cristo.