sexta-feira, 29 de junho de 2012

Chaves hermenêuticas do engano! (Jesus contra Jesus)

Quando achamos que podemos escolher no que crer na Bíblia, já declaramos não crer nela. Numa época em que queremos um cristianismo cada vez mais em sintonia com a cultura atual, fabricamos "chaves hermenêuticas" para na verdade, reescrever a verdade de Deus segundo nossas opiniões. Hoje, por não suportar a sã doutrina, ou não conseguir conciliar as doutrinas ofensivas do evangelho ao orgulho humano, ao liberalismo, ou para abraçar um cristianismo água com açúcar que transforma Cristo numa espécie de Gandhi... é comum ver pessoas colocando Cristo contra o apóstolo Paulo, Pedro... - mas na verdade o que temos é um ataque sutil e mortal contra a própria Palavra de Deus. Sempre que alguém coloca Jesus contra o apóstolo Paulo, o alvo é atacar a Verdade de Deus!! Os cristãos não podem retalhar a Bíblia ou ensinar que algumas partes dela tem mais autoridade do que outras. Ou que alguma doutrina possa ser deixada de lado. Ou que algumas passagens são mais verdadeiras que outras. Muitas vezes para um cristão desavisado pode parecer e soar muito piedoso a declaração de que as palavras de Jesus têm mais peso do que as do Apóstolo Paulo, por exemplo, mas o fato é que por trás disso se esconde alguém que está propositalmente e enganosamente atacando a Palavra de Deus, cortando e jogando fora a realidade e necessidade do conselho de TODA a Palavra de Deus. A Bíblia não poderia ser mais clara: "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra". 2 Timóteo 3:16-17 Toda Escritura é divinamente inspirada. Em nenhum lugar nas Escrituras lemos que algumas escrituras são mais inspiradas e que a luz delas outras partes possam ser ignoradas por ter menos "inspiração". Colocar partes da Bíblia contra outras partes, colocar Jesus contra Paulo, Jesus contra Pedro... implica dizer que as cartas de Paulo, por exemplo, são menos inspiradas e autoritárias que as palavras de Jesus registradas nos evangelhos. Mas nada poderia estar mais longe da verdade. Jesus é o único Deus verdadeiro, e se realmente acreditamos no que está registrado em 2 Timóteo 3.16-17, temos que crer que Jesus é quem "soprou", inspirou as palavras que o Apóstolo Paulo e os outros apóstolos escreveram em suas cartas. Colocar Jesus contra Paulo, Pedro, João... ou qualquer outra porção das Escrituras, é colocar Jesus contra Jesus. Paulo não registrou suas meras opiniões, ( quer alguém goste ou não ), sobre o evangelho e a sã doutrina, escreve Escrituras inspiradas e autoritária. Veja o que Pedro diz: "Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz. E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza; Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém”. - 2 Pedro 3:14-18 Pedro fala das cartas de Paulo como Palavra de Deus e alertou contra mestres ignorantes, instáveis e falsos que estavam distorcendo essas verdade para sua própria destruição. Junto com o entendimento de que o Antigo Testamento deve ser interpretado pelo Novo Testamento, aprendemos também que as narrativas do Evangelho devem ser interpretadas pelas Epístolas, e não o contrário. Os Evangelhos registram os acontecimentos históricos de nossa redenção, a encarnação, vida, morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo. Mas por si mesmos, eventos históricos não são suficientes, precisamos de uma palavra de autoridade que nos diga o verdadeiro significado desses eventos. Se um homem pensa que pode olhar para um acontecimento histórico e de sua própria cabeça interpretar o que significa o evento, ele se coloca no lugar de Deus. Pegue o fato histórico da ressurreição, por exemplo. Não é para nós presumirmos o que a ressurreição significa. As Epístolas soletram para nós o que isso significa, e aquele que vai além do que é interpretado nas Epístolas está fabricando uma doutrina de sua própria cabeça. Também não é prerrogativa da igreja interpretar qualquer um dos eventos da história redentora. Deus enviou os apóstolos para esse fim e não devemos adicionar ou tirar nada de suas palavras. Precisamos ir para as Epístolas para interpretar corretamente os eventos registrados nos Evangelhos. A igreja muitas vezes não segue este princípio fundamental. Ela sempre tenta justificar alguma prática ou costume, chamando alguma lição "espiritual" da vida, morte ou ressurreição de Cristo, mas esta é uma interpretação particular e humana ao invés de ser uma interpretação divina do evangelho. Ao colocar muitas vezes os evangelhos contra as epístolas, o que se está fazendo é rejeitar, por exemplo, a interpretação teológica da vida, morte e ressurreição de Cristo registrada por Paulo (ou Pedro... ) através da inspiração direta do Espírito Santo. Ao tentar silenciar as Cartas dos Apóstolos, o propósito é fabricar um evangelho falso e "benevolente" para uma sociedade inimiga do Deus da Verdade! Jesus deu o evangelho que Paulo, Pedro, João... proclamaram. Liberais modernistas e pós-modernista propositadamente suprimem a verdade ( Rm. 1:18 ) que Paulo recebeu o evangelho que ele pregou do próprio Jesus Cristo. Disse Paulo: "Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo". Gálatas 1:11-13 Em outras palavras, o evangelho de Paulo não era contraditório com o evangelho de Jesus. O evangelho de Paulo era o evangelho que o próprio Jesus ordenou ao Apóstolo Paulo pregar e proclamar. Este é ainda corroborada pelo fato de que, Jesus apareceu para o apóstolo Paulo em Corinto e encorajou-o a manter a pregação do evangelho que Ele lhe deu. E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales; Porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade. E ficou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus”. Atos 18:9-11 As palavras de Paulo aos gálatas resume perfeitamente o que vemos hoje: Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. - Gálatas 1:6-9

quarta-feira, 27 de junho de 2012

‘Se Deus é bom por que Ele permite a dor?’ Maurício Zágari responde

A pergunta que não quer calar. Quem gosta de sofrer? Muitos já fizeram essa pergunta, “Se Deus é bom por que Ele permite a dor?” Um escritor cristão responde. Maurício Zágari, autor do livro vencedor do Prêmio Areté 2011 como Autor Revelação e Melhor livro de Ficção/Romance – com o livro “O Enigma da Bíblia de Gutemberg“, escreveu em seu blog sobre o assunto, revelando seus sofrimentos pessoais por meio de uma doença incurável. “Se Deus é bom por que Ele permite a dor? Por que o Deus que é amor permite tanto sofrimento, até entre seus filhos?” pergunta ele. O autor revela que possui um doença incurável há 16 anos, chamada fibromialgia, que o faz sentir dor 24 horas por dia, 7 dias por semana. Segundo ele, ela não tem cura e o impede que desempenhe uma série de atividades físicas, como digitar no computador, dirigir, carregar peso, fazer exercícios, entre outros. Assim, falando como um esperto no assunto “sofrimento”, ele diz que muitos tem o mesmo questionamento sobre a permissão de Deus em deixá-los nessa condição. “Quanto e quantos de nós já não passamos por situações de dor – seja física, moral, emocional ou de qualquer outro tipo – e questionamos o Senhor sobre nossa condição? Isso já aconteceu comigo e certamente também com você”. Maurício diz ter sofrido muito, não somente com os sintomas da doença, mas também pela reação das pessoas que chegam a não acreditar na doença por não entenderem a “moléstia invisível”, visto que a doença não pode ser detectada através de exames. Mas Zágari afirma que acredita que o Senhor o deixa passar por isso para que no futuro possa auxiliar outras pessoas que venham a passar pela mesma situação e solidificar seu relacionamento com Cristo. “Em outras palavras, penso que Deus autoriza a dor para que mais à frente possamos usar a experiência advinda desse sofrimento com o objetivo de ajudar o próximo que esteja vivendo aquilo que já vivemos. E, nesse ajudar, tanto quem ajuda quanto quem é ajudado desenvolve, fortalece e solidifica muito seu relacionamento com Cristo.” Numa postagem anterior, ele diz que a doença lhe permitiu glorificar o nome de Deus. “Pelo menos 9 pessoas de minha família foram salvas por Jesus de um modo ou de outro por causa dessa minha doença, por caminhos que você não imagina”. Ele também afirma que desde que a doença manifestou-se no seu corpo, ele traduziu 17 livros cristãos, usando um software de ditado vocal e escreveu quatro livros com o velho método de caneta sobre caderno. “Deus tem me dito que ‘Sua graça me basta’ e tem me dado meios e alternativas – assim consegui sobreviver aos meus últimos 16 anos.” Apesar de ainda continuar a orar pela cura, ele fala como isso o aproximou mais de Cristo, de uma maneira prática e não teórica. “(…) parei de ver Cristo como um personagem e passei a enxergá-lo como uma pessoa. Deixei de buscá-lo por interesse, como o balconista que poderia me dar algo, e comecei a ter intimidade com Ele, a ter uma relação pessoal, de diálogo, de compartilhamento.” Maurício hoje quase não toca no assunto de sua enfermidade e diz não “murmurar” ou “lamuriar mais”. Ele ora todos os dias pedindo a cura e acredita veementemente que as coisas ruins que acontecem servem para ajudar aqueles que passam pela mesma situação e dar glória a Deus. Assim, ele urge aos cristãos que “você possa usar o seu sofrimento, e aquilo que com ele aprender, para a glória do Criador do Universo e para ajudar o seu próximo”.

Quando perdoar se torna fácil!

E José lhes disse: Não temais; porventura estou eu em lugar de Deus? Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida. Gênesis 50:19-20 Contemplamos uma excelente teologia na vida de José. Ninguém que tem o caráter de José poderia ter uma má teologia. Este homem tem uma visão correta de Deus. O que ele diz aos seus irmãos tem uma importância espiritual tremenda: "Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia..." - Essas palavras são um manual da doutrina cristã da Providência de Deus. Podemos defini-la assim: é a ação santa, poderosa e sábia de Deus que rege TODAS as Suas criaturas e todas as suas ações. Nem um pardal cai no chão sem o controle de Deus, sem que seja expressão de Sua vontade, todos os cabelos de nossa cabeça estão contados... Ele governa tudo... Nada acontece sem Deus. Como essa doutrina ( negada por muitos ao tentar aumentar o homem e diminuir Deus ) foi essencial para José. Doutrina correta é indispensável para vida correta, caráter correto... José atravessou dificuldades enormes. Imagine ele na prisão, sofrendo injustiça nas mãos de seus irmãos... Sem precisar ouvir tantos sermões e sem resistência a Verdade, em Sua bondade Deus lhe ensinou a doutrina da Providência: que o propósito de Deus em Sua Soberania absoluta está controlando e determinando os acontecimentos de nossa vida. E agora então José está pregando este sermão maravilhoso aos seus irmãos: "O que vocês fizeram a mim quando eu ainda era um garoto, foi pura maldade, mas com isso Deus estava determinando algo bom em Seu perfeito plano”. Um velho puritano disse: "Deus pode desenhar uma linha reta com uma vara torta". Ou seja, coisas que para nós parecem confusas e incompreensíveis, são coisas que Deus está usando para trazer a realidade a Sua límpida e clara vontade. Ele desenha uma linha reta com uma vara torta. José pregou essa boa teologia ainda com lágrimas nos olhos ao se dar conhecer aos irmãos. Ele não queria humilhar os irmãos ou atacá-los de qualquer forma que seja, ele estava os instruindo e ensinando uma boa teologia. A Bíblia está cheia de ilustrações sobre o controle da Providência de Deus sobre tudo. Olhe o pecado de Adão. O representante legal de todos os homens pecou e se rebelou contra Deus. O que poderia ser pior? O pecado entrou no mundo e passou a todos, porque todos morreram em Adão. Nascemos pecadores e culpados. E tudo que fazemos como homens naturais expressão isso. Nós merecemos a ira de Deus, o inferno, a maldição e a condenação. Simplesmente é inacreditável os homens se queixarem porque crianças morrem tão jovens, porque tanta miséria no mundo e em nossa vidas, doença, tristeza... Não há como compreender porque as pessoas se surpreendem com isso. Se você começar com a opinião bíblica sobre a humanidade, que somos maus, então, é claro, todas essas coisas - tristezas, tribulações... serão esperadas. Agora, o que Adão fez por maldade, Deus usou e determinou para o bem. Qual foi o bem vinda através do pecado de Adão? Deus deste o princípio planejou nos dar outro Adão, um Adão infinitamente melhor, o último Adão - Cristo! A revelação de Seu Filho! Um Salvador! Um Redentor! Aquele que tem uma justiça perfeita, divina, eterna! Infinitamente melhor do que Adão jamais poderia ter sido. Que revelaria toda a Glória só conhecia pela Trindade por toda a eternidade! E não graças a Adão, mas tudo graças a Deus. Você vê como a doutrina de José se encaixa como uma chave perfeita na fechadura da história? Adão agiu com um propósito mal, mas Deus tinha um propósito perfeito para aquilo, Ele tornou aquilo num bem infinito: "Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem" - Gênesis 50:20 Mas não há melhor exemplo disso do que a Cruz do Calvário. Todos nós, os salvos, fomos resgatados através de um assassinato cruel que foi determinado desde toda a eternidade: "...do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo". Apocalipse 13:8 - No Calvário o homem deu o seu pior. Nenhuma maldade se compara aos acontecimentos daquele dia. Se Deus pôde usar os atos mais cruéis da história para realizar a coisa mais maravilhosa jamais ouvida, então todos os outros eventos da vida humana nada são para Sua Providência invencível! A Cruz é, ao mesmo tempo, o maior pecado da história e a maior benção da história. Quem diz se gloriar na cruz e não vê a Providência e o controle Soberano de Deus em todas as circunstâncias da vida, ou os nega, está em perfeita contradição. Pedro, no primeiro sermão da era da igreja, proclamou exatamente esta verdade: "A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela" - Atos 2:23-24 O mundo crucificou Cristo pela maldade e depravação de seu coração: "...a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más" - João 3:19. E eu e você temos participação direta nessa maldade insana - nossos pecados o levaram a cruz. Mas Deus em Seu Plano eterno determinou e usou isso para o bem. A maior maldade da história resultando por causa da providência soberana de Deus no maior bem. José chorou quando estava falando com seus irmãos. Lembrou da Soberania e Providência perfeitas de Deus, lembrou de como Deus usou caminhos inacreditáveis em sua vida e glorificou a Deus. Ele poderia perdoar seus irmãos com muita facilidade, porque ele conseguiu ver em tudo a mão invisível de Deus operando para o seu bem. Ele foi ferido, tratado injustamente... tudo que poderia ser para o seu mal, Deus redundou em bem. Devemos esperar a roda dar o giro completo. Vamos descobrir que não perdemos nada por sermos pacientes, por engolir a raiva, por ter um espírito perdoador de acordo com o padrão de nosso Salvador: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (Lucas 23.34). Olhe para o que José diz aos seus irmãos. Era o momento ideal para José feri-los, mas ele diz: "Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e a vossos filhos. Assim os consolou, e falou segundo o coração deles" - Gênesis 50:21 É fácil imaginar como ele poderia dar o troco aos seus irmãos sendo governador de todo o Egito. Mas ele põe a mão em seus ombros e beija as suas faces. Ele diz - Judá, não tenha medo; Simeão, não tenha medo; Benjamim, meu irmão, não tenha medo... não lhes farei mal, vou alimentá-los e cuidarei de seus filhos. Irei fazer a vocês todo o bem possível enquanto eu viver. Isso é cristianismo! Isso é semelhança com Cristo! "Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”. Efésios 4:32 Somente a compreensão das doutrinas sobre Deus podem levar a uma vida que o exalta.

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É impossível o impossível ser impossível

Fé. Gosto da definição de Hb 11.1, “a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”. Ela é perfeita. Mas ousei cunhar uma definição minha, à qual costumo me remeter sempre: fé é crer que é impossível o impossível ser impossível. É pela falta de fé que pecamos. É pela fé que somos salvos. Fé em Cristo é o alicerce do Evangelho. Fé é o alicerce da vida terrena. Portanto, o cristão sem fé é o pior tipo de cristão que há, simplesmente porque não atende aos pré-requisitos para ser cristão. A pessoa cristã sem fé é uma derrotista, acha que seu caso não tem jeito, se guia pelas circunstâncias. Não acredita que conselhos humanos ou mesmo intervenções divinas serão capazes de mudar sua situação. Ela prefere viver a infelicidade em segurança do que o risco em esperança. E inconscientemente age sob o lema “nada posso naquele que me fortalece”. A Bíblia é fé de Gênesis a Apocalipse. Em Gênesis, por não ter tido fé no que Deus alertou sobre o fruto proibido, Adão e Eva pecaram. Em Apocalipse 21.8, o texto alerta que “os covardes (…) o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre”. No original grego, a palavra traduzida aqui como “covardes” ou, em outras versões, “tímidos”, é deilos, que, na raiz etimológica, infere “aqueles sem fé”. É triste o que a Bíblia diz sobre as pessoas que não têm fé, conforme Tiago 1: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos”. Essa é a verdade bíblica: ter fé não nos garante receber, pois estamos debaixo da soberania de Deus. Mas NÃO ter fé é garantia de NÃO receber. Verdadeiro e apavorante. Pois a pessoa sem fé não conseguirá o que almeja, é como um carro sem combustível: não chegará ao seu destino. E como toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do Pai das Luzes, quem não tem fé não receberá dEle boas dádivas ou dons perfeitos. Salvo pela misericórdia dAquele que faz o sol nascer sobre bons e maus e a chuva descer sobre justos e injustos. Fé é o antônimo da apatia. Para que o povo de Israel entrasse na Terra Prometida, Deus abriu o rio Jordão. Mas as águas só pararam de correr quando os sacerdotes tiveram fé e puseram o pé na água. Se ficassem apáticos, até hoje estariam plantados às margens do rio, vendo a banda passar. Esperando. Esperando. Esperando. Parados. Cansados. Infelizes. E como sem fé é impossível agradar a Deus, apatia desagrada Deus. Os exemplos na Bíblia são muitos. Quando Elias fica apático e se esconde no deserto pedindo a morte, vem logo um anjo e lhe diz “levante-se e coma, pois a sua viagem será muito longa”. Em outras palavras, “sai dessa, Elias, e tenha fé!”. Quando o povo de Israel se desespera e fica estagnado por ver o exército de faraó chegando às margens do Mar Vermelho, Deus diz a Moisés: “Por que você está clamando a mim? Diga aos israelitas que sigam avante”. Ou, em paráfrase: “Tenham fé, creiam que posso fazer e marchem!”. Ao mesmo tempo em que o Todo-Poderoso comanda o universo, trabalha em conjunto com nossas ações e iniciativas para conduzir aquilo que chamamos de vida. E por isso nossas ações têm de ser guiadas pela nossa fé. Sempre. Em tudo. Sem exceções. Não se pode ter 50% de fé: ou se tem 100% de fé ou 0%. O que foge a isso é fé genérica, fé falsificada, fé da boca para fora. Ou seja: não espere que Ele vai fazer um emprego cair do Céu se você não se mexer para levar o currículo até o empregador. Ou que vai salvar seu pai se você não pregar o Evangelho a Ele. Ou que te dará um esposo ou uma esposa se você ficar trancado em casa sem conhecer gente. Ele age soberanamente mas não invalida as ações que praticamos. E se as praticarmos sem fé… nada nos resta a não ser esperar que o pior ocorra. Tristeza. Infelicidade. Uma vida vivida sem agradar o Criador, por ser uma vida construída sobre o lamaçal da falta de fé. Como a Bíblia diz que uma das virtudes do fruto do Espírito é a fé e que fé é dom de Deus, temos de fazer nossas as palavras dos apóstolos ao Senhor em Lucas 17.5: “Aumenta a nossa fé!”. Se choramos, nos rasgamos, ficarmos deprimidos e nos apavoramos porque algo parece não ter jeito, a pior coisa que podemos fazer é crer que não tem jeito. Pois Deus faz ser impossível o impossível ser impossível. E se você crer nisso, entregar o teu caminho ao Senhor, confiar nele (ou seja, ter fé nele)… tudo mais ele fará. Sem fé, nada. Com fé, Deus. O que vai ser? Paz a todos vocês que estão em Cristo.

O teólogo e o simpatizante da teologia

Cresce cada vez mais no meio evangélico principalmente pentecostal o número de homens que se auto-intitulam “teólogos”. O mais curioso é que na maioria dos casos isso parte daqueles que aparentemente nada têm haver com a teologia. Quando aqui me refiro “aparentemente” faço pela ótica do sentido comportamental que envolve palavras, citações, opiniões a temas bíblicos e principalmente o contato com as Escrituras. Outro dado curioso é o fato de ser a grande massa formada por pregadores “avivalistas”, o que mais uma vez contraria o sentido do termo em questão. Não que os teólogos não sejam avivalistas, mas simplesmente pelo fato de não serem apenas avivalistas, mas sim verdadeiros evangelistas, discipuladores e educadores na Palavra. Mas não é difícil identificar um autêntico teólogo comparando-o com esses que passo a chamar aqui de “Simpatizantes da Teologia”. A diferença se faz nas seguintes observações: O simpatizante da teologia estuda teologia aleatoriamente e sem a sua sistematização, criando assim em sua vida uma esfera fatídica de um conhecimento sem sustentação e coerência doutrinária; O Teólogo respira e vive a teologia. É cuidadoso para com seu investimento acadêmico e cultural. Tem uma direção certa em suas conclusões teológicas, formando assim um embasamento concreto para com os princípios bíblicos; O simpatizante da teologia é um defensor de suas teses e de suas ideias bíblicas. Em suas pregações cria uma interpretação tão distante da Verdade que, até mesmo a mais simples conjectura derrama nas mentes dos incautos uma avalanche de contradições bíblicas, perceptível apenas aos que estudam a Bíblia com seriedade; O Teólogo é um defensor da fé, da Verdade e da pureza bíblica. Prega a Palavra sem modismo, sem crendices, sem esses desvios de propósitos do texto. Sua interpretação respeita os princípios da hermenêutica, principalmente os da gramática, como bem lembrou Philipp Melanchthon, sucessor de Lutero ao dizer que “a interpretação gramatical respeita integralmente a inspiração verbal das Escrituras”, ou seja, até o cuidado que o teólogo tem com a interpretação bíblica preserva doutrinas e produz uma límpida exegese capaz de impactar vidas com o poder da Palavra de Deus; O simpatizante da teologia investe em DVDs de “grandes” pregadores. Possui uma vasta coleção de bons DVDs dos mais diversos pregadores. As pregações são para ele como pequenas aulas para “conhecimento” bíblico; O Teólogo, por sua vez, investe nos livros dos grandes Escritores. É pela leitura que ele entende adquirir o conhecimento que o levará ás experiências no dia a dia. Essas experiências nos levam a sabedoria que na melhor das manifestações vem unicamente de Deus. O Senhor separou homens valorosos para comentar, esboçar, compartilhar, aconselhar e educar por meio dos livros, nossos ilustres mestres literários. O gosto pela leitura leva ao amor pela meditação nas Escrituras. Não se alcança conhecimento ouvindo pregações. Nossas pregações são apenas para edificação espiritual e maturidade cristã com capacidade para levar pessoas á leitura da Palavra, é claro que para isso, depende também de uma boa pregação; Poderia aqui trazer inúmeras diferenças entre o simpatizante da teologia e o Teólogo, tais como as questões da ética e dos valores, da verdadeira espiritualidade, da jornada adquirida com o tempo, da formação teológica, e principalmente de trechos de mensagens com frases comprometedoras. Mas o presente artigo é apenas uma forma de dizer o quanto podemos fazer o melhor para Deus, sendo canais de bênçãos na vida das pessoas. Mas não poderia deixar de concluir dizendo que: O simpatizante da teologia, principalmente o que é pregador, sempre entrará em conflitos por causa de seu limite real nas Escrituras. Chegará o dia em que deverá se esconder por trás de uma espiritualidade artificial, pois o Espírito Santo não atua em “espetáculos” cujo artista principal é o próprio homem e seu EGO devastador. O Teólogo por sua vez trilha numa direção que o levará para dois caminhos: Se ele como teólogo está profundamente afundado em letras sem a Unção do Espírito (isso também é possível), deverá encontrar nas próprias Letras, por serem sagradas, o despertar para uma vida de experiências relevantes para com o Espírito da Palavra. O próprio Deus na sua incomparável misericórdia encontrará um espaço para atuar nesse extremo “zeloso” das Escrituras, levando-o á mergulhar nas águas do Eterno. Agora, se ele como teólogo vive em uma atmosfera de graça e conhecimento, na mais bela vivência de intimidade com o Espírito Santo, com certeza será ainda mais um instrumento de Deus para impactar vidas, levando-as á salvação pelo único sacrifício perfeito já existente – o da cruz de Cristo e da Redenção. Os tais como Teólogos jamais perderão a grande missão e o verdadeiro chamado para com a Obra de Deus.

A igreja sádica e pecadora

Um fenômeno incompreensível no nosso meio é a alegria que muitos frequentadores de igreja demonstram quando um cristão cai em pecado. E digo "frequentadores de igreja" não por acaso: um cristão de verdade jamais se alegra com o pecado de ninguém. A verdade é que, enquanto Jesus diz que "haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento" (Lc 15.7), aqui na terra a turma se esbalda quando alguém peca. Evidentemente não estou falando só de pecados gravíssimos, terríveis, como: glutonaria, rancor, ira, maledicência, discórdia, ciúmes, egoísmo, inveja e outros dessa estirpe (ou você achava que esses pecados não eram sérios? Leia Gálatas 5.19-21). Refiro-me basicamente à tríade sexo, poder e dinheiro - os grandes pecados que elegemos para não perdoar, junto, é claro, com o álcool e o cigarro. Envolveu um desses pecados e a turma vai adorar falar por anos a fio sobre os envolvidos nessas histórias, que na cabeça do cristão brasileiro são piores que a blasfêmia contra o Espírito Santo. Não, pecar não é correto. Não se justifica. É uma desobediência ao Rei dos Reis. É feio. É condenável. Cheira mal às narinas do Santíssimo. Mas permita-me abordar 4 aspectos da questão: 1. Absolutamente todo mundo peca. Eu e você, inclusive. 2. Todos pecados são hediondos, mesmo os que você pratica e acha que não são. O glutão é tão pecador como o assassino. O invejoso e o ciumento são tão pecadores como o estuprador. Se você acha que o seu pecado é menor do que o do bandido da boca de fumo, novamente sugiro que leia Gálatas 5.19-21 e me diga se estou errado. 3. Jesus encarnou como o Cordeiro de Deus que veio para tirar o pecado do mundo. Depois da Cruz, ele concede o perdão a todo pecador que se arrepende (a única exceção é a blasfêmia contra o Espírito Santo, mas nesse caso não haveria arrependimento). E, se Deus já perdoou, quem você pensa que é para continuar acusando o pecador arrependido? 4. Alegrar-se quando alguém peca é tão pecado como qualquer outro, pois vai contra o maior mandamento: amar o próximo como a si mesmo. Apesar dessas verdades, o que vejo ao meu redor é que o frequentador de igreja em geral ama crucificar quem Deus já perdoou. Ama de paixão. Tem um prazer e uma alegria sádicos de ficar apontando o pecado alheio. É como se dissesse: "Hehehe, sou melhor do que você". Pior: há os que amam ficar sabendo e tricotando sobre o pecado do outro. "Você não soube o que fulana fez? Vou te contar, mas é só pra você orar por ela", diz o fofoqueiro. "Pode contar, só quero saber para interceder por beltrano", diz o frequentador de igreja com aparência de piedade mas que por dentro está se escangalhando de se entreter com a desgraça do seu próximo. Tudo pelo sádico prazer anticristão de ver o próximo se dar mal. Essa que é a pura verdade. Pois o cristão de fato não se alegra com a queda do irmão: o ajuda a se reerguer, o preserva, chora com ele, proteje-o. Pois todo aquele que escorregou tem o grande potencial de se tornar um cristão melhor após ser reerguido pelo Espírito de Deus - basta ver o exemplo de Davi no caso de Bateseba. E o cristão de verdade sabe disso e luta para que o irmão que pecou torne-se um homem segundo o coração de Deus. Não pisa na cabeça dele nem o acusa. Isso já tem alguém chamado Satanás para fazer, nenhum ser humano precisa tomar do diabo aquilo que ele já fará naturalmente. Quem o faz torna-se cúmplice dele. Tomei conhecimento de um caso envolvendo conhecidos meus que me encheu de asco (desculpe, não acho uma palavra mais apropriada do que essa para traduzir meus sentimentos). Vou usar nomes fictícios por razões óbvias. Em uma certa igreja, Maria estava tendo um caso extraconjugal. Seu marido, João, que era funcionário da igreja e morava num apartamento funcional de propriedade da mesma, não sabia, mas outros membros "cristãos" tinham conhecimento do problema. E só ficavam pelas costas dele, fazendo piadinhas, o chamando de nomes depreciativos e dizendo "muuuuu" em meio a risinhos quando ele passava. Não consigo imaginar um comportamento mais impiedoso. Diante disso, pastor Zezinho, um dos líderes da congregação, chamou João para conversar e assim o marido acabou tomando conhecimento do pecado da esposa. Mas o pastor disse-lhe que se mantivesse afastado da mulher, pois se ele voltasse logo para ela "haveria falatório entre os frequentadores da igreja". Só que João foi para casa, conversou com Maria, houve um diálogo franco, muitas lágrimas e reconciliação. E ele fez o que Jesus ensinou: a perdoou. No domingo seguinte, apareceram na igreja como deveriam: juntos, reconciliados, de mãos dadas. Um exemplo a ser seguido. Só que aí começou o massacre. A mando do pastor da igreja, João foi demitido. Não, você não leu errado: por ter perdoado o pecado da esposa, o homem foi de-mi-ti-do de uma igreja cristã. E ele, a mulher e o filho receberam ordem de despejo: dentro de um certo prazo teriam que deixar o apartamento em que moravam. Tudo porque, em vez de cumprir o ritual hipócrita do marido ferido que passa um tempo afastado antes de perdoar a esposa que o traiu, João fez exatamente o que Jesus ensinou: a perdoou - e demonstrou publicamente seu gesto bíblico. João foi cristão. Maria, arrependida, foi cristã. Já o que fizeram com eles foi a coisa menos cristã que já vi em toda minha trajetória. Foi abominável. Tudo porque frequentadores de igreja fizeram piadinhas com uma coisa grave e os líderes da igreja, que deveriam dar o exemplo do que significa o Evangelho - dar a outra face, andar a segunda milha, perdoar 70 vezes7 - agiram da forma menos bíblica que já vi na minha vida. João, que, infelizmente, teve de se mudar para outra cidade para sobreviver, ganhou minha admiração como um dos homens mais cristãos que já conheci. Que passou por cima de seu orgulho e perdoou um pecado cometido contra si. Isso lamentavelmente é o que acontece: quem peca mas age como Jesus disse que deveria agir, mortifica sua natureza carnal e pede perdão por ter ferido alguém e magoado o Senhor - é execrado publicamente. É visto como um leproso. Ninguém da igreja quer mais se aproximar dele - afinal, é "o pecador" e, sei lá, vai que isso é contagioso. Gente que não entendeu nada do Evangelho. Que o Evangelho é arrepender-se, perdoar e ser perdoado, ser restaurado e reerguido... e continuar. Como disse um sacerdote veterano certa vez, quando alguém lhe perguntou se deveria perdoar alguém que praticou grande mal: "Bem... temos duas opções: ou nós não o perdoamos ou fazemos o que a Bíblia manda". Sim, a resposta do problema era matemática: 70 vezes 7. E a equação estava resolvida. Esse relato me lembra uma frase de Jesus quando uma certa mulher adúltera foi levada até ele, pois queriam apedrejá-la. Você conhece a história. Disse o Cordeiro de Deus: "Visto que continuavam a interrogá-lo, Jesus se levantou e lhes disse: 'Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela'." (João 8.7). Meu irmão, minha irmã, perceba: você peca todo santo dia - por pensamentos, palavras, atos e omissões. Você e eu não somos menos pecadores do que o pior dos assassinos. Mas aí vem logo alguém com aquele argumento óbvio: "Ah, eu peco, só que eu não vivo pecando". E eu perguntaria: "Não vive pecando? Ok. Então me diga um único dia da sua vida em que você não pecou". Pois é. Você e eu pecamos TODOS os dias das nossas vidas, tirando talvez algum dia em que estivemos em coma. Fora esse, você pecou TODOS os dias. Então, caro amigo vaidoso, glutão, fofoqueiro, invejoso, iracundo, maledicente, preguiçoso, cobiçoso, egocêntrico, que não põe Deus acima de todas as coisas, que deseja o mal ao próximo, que não prefere os outros em honra, que devolve mal com o mal, que não perdoa as dívidas e ofensas, que é rude com os outros, que desdenha os mais pobres, que inveja os mais ricos, materialista, que tem inimizades e ciúmes, que tem iras e discórdias, que promove dissensões e facções... meu querido, lamento informar, mas você e eu vivemos SIM pecando. Di-a-ri-a-men-te. E Paulo diz em Gálatas 5 que "não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam". Então, caro, estamos mal na fita - e carecemos da graça de Deus tanto quanto quem você acha o pior dos pecadores. É a isso que Jesus se referia quando disse para olharmos a trave em nosso olho antes de olhar o argueiro no olho do outro, caro frequentador de igreja. Diante disso, se me permite, sugiro que a partir de hoje você olhe menos para o pecado do seu próximo - em especial se por acaso você sente aquela satisfação sádica de ver o pecador se arrebentar - e passe a dirigir mais sua atenção para os seus próprios pecados e, principalmente, para a Cruz de Cristo. Pois, pode acreditar: você vai precisar muito dela no Dia do Juízo.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Paulo e a revelacão divina


Por Vincent Cheung

Os judeus comissionaram Paulo para caçar os cristãos em várias cidades e prendê-los. Ele então dava seu voto contra esses cristãos condenados à morte (Atos 26.9-11). Nossa atenção é frequentemente focada no que aconteceu na estrada para Damasco, mas obter um quadro preciso da condição de Paulo antes de ser convertido, é importante perceber que ele participou não somente no assassinato de Estevão (Atos 7.58, 60), e que Damasco não foi o primeiro lugar onde ele foi perseguir cristãos (Atos 9.2). Seu próprio testemunho nos diz que ele aprisionou cristãos e votou contra eles em múltiplas ocasiões (Atos 26.10, e a missão Damasco foi apenas uma das muitas jornadas nas quais ele perseguiu cristãos em cidades estrangeiras (Atos 26.11-12). Quando se aproximava de Damasco, o Senhor Jesus lhe apreceu num resplendor de luz e o confrontou. O relato em Atos 9 poderia dar a impressão que o encontro foi breve. Leva dez segundo para ler os versículos 3 a 6, mas é provável que a conversa tenha durado muito mais. As conversas, sermões e discursos registrados na Bíblia são quase sempre sumários e não transcrições completas do que foi dito. Eles são sumários acurados, mas sumários não obstante isso. Seria absurdo pensar que nenhum dos discursos e interações dos crentes primitivos durou mais do que alguns segundos. Em Atos 20, Lucas escreve que Paulo falou a algumas pessoas e continuou falando até o amanhecer. No caso da visão do Senhor por Paulo em Damasco, há indicação direta que a nós é dado apenas um sumário, e que o encontrou foi uma conversa que durou mais do que alguns segundos. Atos 22 registra o testemunho de Paulo sobre o incidente. As palavras usadas são similares, e a duração é quase a mesma do relato em Atos 9. Mas quando Paulo relata o evangelho novamente ao Rei Agripa em Atos 26, o número de palavras atribuído a Jesus é multiplicado várias vezes. Sua declaração inicial agora inclui: “Resistir ao aguilhão só lhe trará dor!”. E os versículos 16-18 consistem de declarações que estão ausentes em Atos 9 e 22. A explicação apropriada é que Atos 9 e 22, e mesmo Atos 26, são apenas sumários do que aconteceu. Elas incluem os pontos essenciais do evento, e detalhes adicionais são incluídos quando eles são relevantes para o contexto ou situação. Sem dúvida, isso não é incomum, e é a forma como todos nós resumimos eventos e interações. Eu podria ter uma conversa de duas horas com alguém sobre quais são melhores, carros americanos ou japoneses, e o sumário disso poderia ser: “Eu disse, ‘Penso que os carros americanos são melhores’, mas meu amigo disse, ‘Discordo. Os carros japoneses são melhores’”. Poderia ser algo simplificado, mas até onde diz respeito um sumário essencial, ele seria acurado e suficiente. Mas se estou relatando a conversa num contexto que requeira mais detalhes, então eu lembraria declarações adicionais feitas por nós. Ainda assim, provavelmente não repetiria todas as palavras ditas, mas apenas as relevantes. Dessa forma, não sabemos quanto tempo se passou na visão na estrada para Damasco, mas podemos estar certos que muito mais foi dito do que temos registrado em Atos 9. É possível que o Senhor Jesus tenha explicado o evangelho a Paulo em grande detalhe, e também o papel que ele teria em proclamá-lo às nações. Não sabemos exatamente o que foi dito nessa visão, e seria errado especular. Contudo, não seria errado dizer que o próprio Senhor ensinou o evangelho a Paulo, visto que isso é o que Paulo alega em Gálatas 1.12. Em adição, não seria errado dizer que o Senhor ensinou pelo menos algo do evangelho a Paulo por aparição direta em visões, visto que vemos um padrão disso em Atos dos Apóstolos. Atos 18 diz que Jesus falou a Paulo numa visão: “Não tenha medo, continue falando e não fique calado, pois estou com você, e ninguém vai lhe fazer mal ou feri-lo, porque tenho muita gente nesta cidade”. Novamente, isso é provavelmente um sumário – não sabemos se Jesus falou com Paulo durante dez segundos, dois minutos, ou três horas. Mas não há garantia para afirmar com certeza que a visão foi breve. Então, Atos 23 diz que certa noite “o Senhor, pondo-se ao lado de Paulo, disse: ‘Coragem! Assim como você testemunhou a meu respeito em Jerusalém, deverá testemunhar também em Roma”. E novamente, é possível que o Senhor apareceu a Paulo, levou dois segundos para pronunciar essa declaração, e então desapareceu. Mas é possível também que ele apareceu e permaneceu ali por duas horas. Seja qual for o caso nas visões individuais, o relato bíblico é que Paulo teve uma vida incrível de revelação na qual o próprio Jesus ocasionalmente apareceu e falou com ele, ensinou-lhe teologia, e o encorajou em seu ministério. Parece haver um padrão nas aparições pessoais de Jesus na vida de Paulo. Embora não possamos dizer se outros apóstolos experimentaram o mesmo ou não, temos conhecimento de três pontos importantes. Primeiro, Jesus já tinha ensinado aos outros apóstolos durante aproximadamente três anos. Segundo, os outros apóstolos continuaram a receber revelação. Jesus disse que o Espírito Santo continuaria a ensinar-lhes e guiar-lhes à toda verdade. Algumas vezes meios extraordinários foram usados. Por exemplo, Deus deu a Pedro uma lição em teologia quando lhe mostrou numa visão, “não chame impuro ao que Deus purificou” (Atos 10.15). Terceiro, embora não vejamos um padrão na aparição pessoal de Jesus na vida dos outros apóstolos (como vemos na vida de Paulo), sabemos que isso pode ter acontecido, e aconteceu a João quando Jesus apareceu a ele numa forma gloriosa, ditou-lhe sete cartas, e lhe mostrou as visões registradas no livro de Apocalipse. Assim, na vida dos apóstolos, incluindo Paulo, havia uma história e um padrão contínuo de revelações diretas, pessoais e espetaculares. Isso nos ajuda a entender e apreciar a base da autoridade apostólica, e por extensão natural e necessária, a autoridade da Sagrada Escritura. A inspiração da Escritura foi uma operação distinta do Espírito, na qual ele conduziu os escritos à medida que eles produziam o texto, e isso ocorreu para assegurar um registro perfeito e permanente da história e mensagem do Senhor Jesus, pregada por apóstolos que foram direta, pessoal e espetacularmente ensinados pelo próprio Deus.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Pentecostais me assustam

á ouvi esta frase muitas vezes e em diferentes lugares. De certa forma dói quando ouço isto, mas compreendo perfeitamente. Dói porque sou de origem pentecostal. Eu até diria que sou um pentecostal. Só que, para dizer isso, tenho que fazer comentários qualificando a minha condição de pentecostal. E por uma série de razões. A primeira razão é o fato da total confusão que cerca o termo. O pentecostes neotestamentário foi registrado no livro Atos dos Apóstolos. Aquele dia marcou o nascimento da Igreja (se bem que há quem diga que a Igreja nasceu na Insuflação – o dia em que Jesus soprou sobre os discípulos e disse, “recebei o Espírito Santo”). Certamente marcou o início dos “últimos dias”, como fora profetizado por Joel. Pentecostes inaugurou uma nova maneira de o Espírito Santo agir neste mundo. Até aquele momento, o Espírito tinha agido por meio de poucos indivíduos: profetas, juízes e até mesmo no ventre de Isabel a criança João Batista se agitou, por ocasião da visita de Maria – e isso pelo poder do Espírito Santo. Quando Jesus foi apresentado no templo, Simeão, movido pelo Espírito, entendeu que a sua esperança de ver a salvação do Senhor nos seus braços se cumprira. Foi pelo próprio Espírito de Deus que Maria se viu grávida do Salvador. A diferença nesta era do Espírito é a sua ação abrangente. Jovens, velhos, homens, mulheres, todos podem ser movidos pelo poder do Espírito Santo, profetizando até, sonhando e tendo visões (algo extraordinário). De fato, somos incapazes de confessar Jesus Cristo como Senhor sem que haja o poder do Espírito agindo em nós. (“Por isso, eu lhes afirmo que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: ‘Jesus seja amaldiçoado’; e ninguém pode dizer: ‘Jesus é Senhor’, a não ser pelo Espírito Santo” -1 Co 12.3). No início do século passado, houve um grupo de pessoas que buscavam uma intimidade maior com Deus. Numa igreja humilde, na Rua Azuza, em Los Angeles, um grupo de pessoas se abriu para o que fosse, buscando uma intimidade maior com Deus. O que nasceu lá foi nada menos que um movimento que cercou o mundo e se tornou a força evangelizadora mais poderosa do século 20. Em meio a manifestações legítimas, houve excessos. Não há dúvidas quanto a isso. A minha família, já faz quatro gerações, engrossa as fileiras desse movimento ao redor do mundo: pastores, missionários, educadores, médicos, evangelistas… e por aí vai. Conheço bem o movimento, pois a sua história corre como um rio maior, do qual a minha família é um de seus muitos afluentes. Por isso, posso dizer com conhecimento de causa e envergadura moral que o movimento pentecostal envelheceu muito mal. Ao longo dos últimos 100 anos, houve excessos, abusos, histeria, e heresias. Também houve inúmeras pessoas curadas, salvas e libertas pelo poder de Deus. O bem que o Espírito concedeu se viu misturado com o mal que nasce da carnalidade e da imaturidade humanas. Por isso, não há como negar a força evangelística que o movimento pentecostal gerou, como também não há como negar o escândalo que o acompanhou. Por fim, o pentecostalismo se misturou ao neopentecostalismo (há quem sequer compreende a diferença entre os dois movimentos). Tornou-se uma cultura de pessoas tipicamente despreparadas, desconhecedoras das Escrituras, excessivas nas suas expressões e, para dizer pouco, apavorantes para os demais membros da Igreja de Jesus Cristo. Sim, pentecostais assustam outros cristãos. Quando pessoas leem meus livros, ouvem as minhas palestras, e depois me procuram, vejo a sua perplexidade ao descobrir que sou um pentecostal. “Mas é sério?”, perguntam. “Como assim?”. Chegam a inferir que eu pareço “normal, apesar de pentecostal”. Fico triste. Reconheço que andamos “em baixa”. Reconheço que faço parte de uma constelação de denominações que frequentemente parecem muito peculiares (até porque muitas são exatamente isso – e até pior). Queria poder resgatar esse termo. Creio que o cerne do Pentecostalismo verdadeiro é uma cosmovisão sobrenaturalista. Isso quer dizer que creio que essa sensibilidade e dependência do Espírito, em tudo e para tudo, seja uma mentalidade que deveria ser da Igreja como um todo. Mas, parece que, por bem ou por mal, são os pentecostais que mais promovem esta maneira de ver a vida. Ao constatar que o termo estava desgastado, desacreditado e até desvirtuado do seu sentido mais bíblico, a denominação que lidero decidiu mudar o nosso nome de Igreja Pentecostal de Nova Vida para Igreja Cristã Nova Vida. Abraçamos os ensinamentos dos patriarcas, da Reforma, a fé dos antigos, até o ano litúrgico (algo que só as igrejas mais tradicionais observam). Ao bebermos de fontes antigas, nos afastamos dos modismos – algo que aconteceu quase que por reflexo direto. Então somos pentecostais? Sim, mas não precisam ter medo de nós. Não vamos subir pelas suas paredes. Não são todos os que vão começar a profetizar na sua sala de jantar, nem dançar no seu elevador, “tomado pelo Espírito”. Veja o meu caso. Sou normal. Um teólogo. Um líder. Um pensador e escritor. Mas temo que grande parte da nação pentecostal me considere um diferente, visto que já me tornei muito tradicional para eles. Para os tradicionais (os ditos “históricos”), sou uma incógnita. Mas, em meio a tudo isso, sigo tentando pregar a simplicidade do Evangelho e apontar caminhos para a Igreja neste bravo novo mundo no qual temos que viver – e proclamar a Cruz. Estendo a mão. Quem responderá a meu gesto de comunhão? Na paz,

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Deus, o Tentador, a Tentação, e o Tentado

 

 Por Natan de Oliveira "E a ira do Senhor se tornou a acender contra Israel; e incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, numera a Israel e a Judá." 2 Samuel 24.1 1. Pergunto às pessoas "boazinhas"... O Deus da imaginação de vocês pode irar-se? 2. Ficou claro ou não que o Deus da Bíblia se ira? 3. Pergunto também a quem possa interessar, Deus incitou a Davi? Será isto mesmo, não estaria errado o texto sagrado? Agora leia este texto paralelo: "Então Satanás se levantou contra Israel e incitou Davi a numerar a Israel." 1 Crônicas 21.1 Afinal quem foi que incitou Davi a fazer a contagem do povo de Israel? Foi Deus ou foi satanás? Pois bem, Davi homem "obediente" que era, foi e fez a contagem. Então... "E este negócio pareceu mau aos olhos de Deus..." 1 Crônicas 21.7a E mais tarde por causa da "obediência" de Davi... "Mandou, pois, o Senhor a peste a Israel; e caíram de Israel setenta mil homens." 1 Crônicas 21.14 Humanistas religiosos torcem o semblante e já refutam tal texto bíblico, pois na concepção deles nunca um Deus justo, santo e bom poderia mandar mantar setenta mil homens via peste por causa do pecado de um só (Davi). E pior, de forma alguma eles entendem que Davi possa ter sido punido, por uma coisa que o próprio Deus (através do diabo) incitou no seu coração para que fizesse. Muitos irmãos cristãos diante de versos assim, simplesmente ignoram tais textos bíblicos e afirmo com convicção que é mais fácil achar um homem com 6 dedos num só pé do que achar um púlpito cristão pregando tais textos. Pregam sim: Você (homem) pode, você consegue, você tem valor, você é importante para Deus, você, você, você.... Homem. Pregam uma doutrina que exalta o homem em detrimento de exaltar a Deus, por vezes para se defenderem desta acusação, exaltam os dois, Deus e o homem e por isto entendem que a salvação depende de um esforço conjunto entre Deus que proporciona a salvação e o homem que a tornaria efetiva quando a aceita e toma posse dela pelo exercício do seu suposto livre arbítrio. Pois bem, no caso do título presente, respondemos com coragem sobre o exemplo de Davi: Deus é Deus. Ele nem foi o Tentador, nem pode ser confundido com a Tentação, nem com o Tentado. O Tentador foi Satanás, o diabo. A Tentação foi a situação em que Davi foi colocado, veio do seu coração um forte desejo de contar o povo. O Tentado foi Davi. E todas as três coisas Tentador, Tentação e Tentado, todas elas o tempo todo e de forma absoluta e completa, pois Deus é totalmente soberano e nada existe e subsiste sem Ele, todas estas três coisas foram controladas por Deus. Se Deus te colocasse numa situação semelhante, o que você faria? Blasfemaria contra Ele e o deixaria? Vejamos um segundo caso e identifiquemos as mesmas questões: “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado quando atraído e engodado pela própria concupiscência. Depois havendo a concupiscência concebido, dá a luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.” Tiago 1.13-15 Vejamos as quatro figuras novamente: Deus, o Tentador, a Tentação, e o Tentado. Neste caso Deus não é o Tentador, uma vez que Ele não nos diz diretamente “peque”. O Tentador é Satanás. A Tentação por si vem do coração concupiscente (que tem desejo exagerado por prazeres) que pode se manifestar de mil e uma formas. O Tentado é o pecador. E como nada pode existir a parte de Deus, também neste caso Deus reina soberanamente sobre o Tentador, sobre a Tentação e sobre o Tentado. Vejamos agora um caso mais famoso, pois afinal todos os cristãos já aprenderam a oração do Pai Nosso um dia, e pelo menos uma vez na vida já a fizeram: “Pai nosso, que estás nos céus... E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal...” Mateus 6.9-13 Neste caso Deus também não é o Tentador, mas Ele é quem controla totalmente a tentação, pois o texto mostra claramente que quem induz ou não para a tentação é Ele (Pai nosso que estás nos céus). Quando Ele por motivos que a Ele pertence, nos induz a tentação, o faz através do Tentador satanás dando-lhe permissão e limites expressos para tal. No texto é ainda mais constrangedor o fato de que Ele também é o Senhor e controlador do mal, pois quem tem o poder de livrar-nos do mal (ou não) é Ele. O Tentador portanto é Satanás. A Tentação é o mal que brota de dentro do coração do homem, cuja natureza é propensa para isto e por isto pecador, satanás apenas provoca a situação e o coração do pecador já se alvoroça. O Tentado (ou não) será aquele que está a fazer a oração do Pai Nosso. Mais e mais exemplos poderiam ser dados, mas apenas mais um será apresentado para ilustrar plenamente as quatro figuras: “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito Santo ao deserto, para ser tentado pelo diabo... ... E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem pães...” Mateus 4.1-3 Também neste caso as figuras de Deus, do Tentador, da Tentação e do Tentado se apresentam da mesma forma. Deus continua sendo Deus. Deus continua sendo soberano e Rei sobre todas as coisas e acontecimentos. Deus mesmo através da pessoa do Espírito Santo é quem leva e conduz Jesus ao deserto para ser tentado pelo diabo. Mas ele diretamente não foi o Tentador. O Tentador foi Satanás. A Tentação brotou neste caso da pergunta do diabo e não do coração maligno de Jesus, pois Jesus não tinha coração maligno, nem natureza pecadora. O Tentado neste caso era Jesus, o Deus Filho. Quando eu sou tentado na minha mente a usar o argumento da predestinação absoluta, e da soberania de Deus contra o próprio Deus, eu confesso que eu sofro um pouco. Todavia, recomendo que creiam na Palavra de Deus que diz que Deus é santo e justo, e de uma maneira que não compreendemos é soberano sobre o mal, controla o Tentador, a Tentação e o Tentado, e mesmo assim de uma forma inexplicável (pelos menos por mim) continua sendo santo, justo e bom. Você não precisa retroceder e se omitir em relação ao que a Bíblia ensina, não precisa criar argumentos para aliviar a “pressão sobre Deus” quanto ao mal presente no mundo e na história. Deus não precisa do esforço da tua defesa. Mantenha-se firme. Deus é Deus, santo, justo e bom, um dia Ele me explicará como consegue reinar sobre o mal sem deixar de ser santo. Se o diabo ainda assim te perturbar, faça o que a Palavra de Deus recomenda: “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” Tiago 4.7

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Caio Fábio afirma: A Bíblia não é um livro de Deus

Um vídeo do pastor Caio Fábio causou imensa polêmica na internet. Nele, o líder do “Caminho da Graça” nega a inerrância das Escrituras. Segundo ele, a Bíblia é um livro cheio de erros que não deve ser tido como Palavra de Deus. As declarações de Caio Fabio desencadearam uma série de críticas e contra-argumentaçoes por parte de várias lideranças. O pastor Renato Vargens, da igreja Crista da Aliança disse que “a Bíblia possui suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; e somente ela é o árbitro de todas as controvérsias”. Wilson Porte Jr, pastor da igreja Batista Liberade o comparou à serpente do Édem, ao distorcer as Escrituras: “Como pode alguém afirmar que Jesus é a Palavra e depois afirmar que a Palavra contêm muitos erros?”, desabafou. “É impressionante a quantidade de homens nos púlpitos das igrejas cristãs que não acreditam na autoridade, suficiência e inerrância das Escrituras. Um desastre!”, escreveu o pastor Judiclay Santos. “Incrível: em dois mil anos de história, NINGUÉM leu a Bíblia tendo Cristo como chave hermenêutica… só o Caio Fábio. E assim a fileira pós-moderna de megalôs é perpetuada, cada um asseverando que tem a verdade inteira e essencial que ninguém tem!”, ironizou Norma Braga na rede social Facebook. A Declaração de Chicago sobre Inerrância começa dizendo: ”A autoridade das Escrituras é um tema chave para a igreja cristã, tanto desta quanto de qualquer outra época. Aqueles que professam fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador são chamados a demonstrar a realidade de seu discipulado cristão mediante obediência humilde e fiel à Palavra escrita de Deus. Afastar-se das Escrituras, tanto em questões de fé quanto em questões de conduta, é deslealdade para com nosso Mestre”. Jesus creu e ensinou as Escrituras. Portanto, declarar contra as Escrituras é declarar contra o próprio Jesus. Mas uma coisa é certa: Ninguém pode negar que Caio Fabio é um homem coerente. Ele realmente vive o que prega: Uma fé capenga baseada numa “biblia fragil e equivoca em matéria de fé”, que abre as portas para ser homossexual, praticar aborto, adulterar e continuar sendo “cristão”. Caio Fábio é “integro”; só que num sentido oposto ao que o cristão deve ser.

Os carismáticos brasileiros

No evageliquês brasileiro, não foi difícil encontrar certos comentários nos blogs reformados, em que aquele que comenta pergunta coisas como “quantas almas já ganhou para Cristo” , “fale de uma coisa que você conhece” , “não toque no ungido de Deus” ou “você é um frustrado que nunca falou em línguas ou não possuí dom de profecia” , etc. Os artigos que geraram tais comentários são aqueles que falam algo sobre megapastores “ungidos” de nossa atualidade, ou que falam sobre monergismo e sinergismo, calvinismo, dom espirituais. As agressões que esses comentários contém são as mais absurdas e demonstram a falta de leitura da bíblia e em função disto, uma conseqüente interpretação pessoal acerca de assuntos tratados no Santo Livro. Infelizmente as interpretações pessoais são bastante freqüentes em tudo e todos que se usam o termo “evangélico” ao nosso redor. Não se faz uma análise acurada e tudo o que chega aos nossos ouvidos com o nome de origem cristã, logo é tida como “ah, se é de Deus…”. Assim, cada vez mais os evangélicos brasileiros aceitam o que quer que sejam em detrimento às Sagradas Escrituras simplesmente por fazer pouco uso delas, tornando-se cada vez mais carismáticos. “Apesar de vários desejarem atribuir à Bíblia uma posição destacada de autoridade em sua vida, as Escrituras, com muita freqüência, ocupam segundo lugar em definir o que eles crêem (o primeiro é a experiência)” [1] A fundamentação da fé cristã deve ser o ponto de partida para toda e qualquer experiência vivida e não as experiências fundamentando a fé, do contrário é negligencia a Palavra de Deus. Contudo, não parece existir um limite para a criatividade do religioso povo brasileiro que passa desde revelações em sonhos, palavras proféticas e etc. até chegar no quase culto a símbolos ou objetos (as meias e rosas ungidas, os copos com água em cima da TV, novas unções, apostolados etc.). Essa falta de limite tem destruído, até certo ponto, a possibilidade de um crescimento qualitativo do cristianismo no Brasil, aliás, se é que podemos chamar de cristianismo certas práticas neopentecostais. Talvez a maior causa de todo a desordem teológica que temos vivido hoje seja fruto da desordem quando se ‘estuda’ a Bíblia. Primeiro se lê um texto isolado, que contenha alguma afirmação que sirva para o que se acha, depois ao seu bel prazer explicar a passagem como se ela fosse uma alegoria de carnaval bem enfeitada e que chega até a ser desejável a medida que a aplicação da palavra aumenta a emoção em 1000% e afaga o ego de quem ouve. Triste realidade! A alegorização das Escrituras tem o mal de fazer muitos seguidores famintos em ouvir que Deus esqueceu-se da justiça e passou a ser somente misericordioso, tão lastimável que muitos passam a crer em qualquer outro ser, menos no Deus verdadeiro. Por fim, o evangelho relativizado, mal interpretado e mal exposto é , digamos, “o mal do século” para o cristianismo, de forma que as pessoas não se vêem mais como pecadoras nem muito menos reconhecem a dependência de Deus para todo e qualquer propósito de vida. As interpretações particulares da Escritura Sagrada lamentavelmente constituem, em nossos dias, a forma moderna de se apostatar da genuína fé, pois as experiências não podem ser validas em si mesmas e nem opiniões próprias constituem a verdade revelada por Deus, mas sim a inerrante Palavra de Deus devidamente estudada, corretamente interpretada (não pelo que creio, mas pelo que o Espírito da Verdade revelar) e coerentemente exposta. É o evangelho que mostra ao homem a sua condição diante de Deus e não o homem que condiciona o evangelho a ser o que ele imagina que é, diante de Deus.

Os três processos da Reforma Protestante

A Reforma protestante foi o marco de uma nova fase da História da Humanidade. Com ela o Cristianismo retomou sua verdadeira identidade, contribuindo assim para a restauração do homem caído e para uma grande visão bíblica de valorização humana. Mas a Reforma não aconteceu da noite para o dia. Foram séculos de pequenas manifestações e reações por parte daqueles que enxergavam uma igreja em decadência, que precisava urgentemente rever seus valores. Muitos foram ridicularizados, calados á força e mortos á fogueira da inquisição, isto é, a “igreja” estava tão decadente que dia a dia levava o Evangelho a empedernir a ponto de matar até mesmo seus próprios filhos. Para a conclusão do propósito divino de restauração da Igreja de Cristo, a Reforma passou por três grandes processos em sua execução: A Reforma Teológica, a Reforma Litúrgica, e a Reforma Missionária, ou missiológica. 1º Processo: A Reforma Teológica: A reforma teológica significou o resgate da pureza do Evangelho e foi a base do retorno ás Escrituras. Foi o momento do rompimento definitivo com o paganismo religioso que a Igreja Romana havia abraçado e o estabelecimento dos valores e princípios da Bíblia, centrados em Cristo, sua Graça, na Fé verdadeira e na Glória somente a Deus. Estes cinco valores fundamentais conhecidos em Latim como Sola Scriptura, Solo Christus, Sola Gratia, Sola Fide e Soli Deo Gloria se tornaram o fundamento da Teologia Reformada. A Igreja Romana havia cometido um desvio teológico tão flácido e vexatório que nem mesmo o povo tinha acesso á leitura da Bíblia, excluindo assim uma prática nobre da igreja de Cristo (Atos 17.11). Os Bispos se auto intitularam papas. A instituição da intercessão aos mortos e a substituição do culto cristão pelas rezas e missas davam ar de que a verdadeira teologia havia sido destruída. No ano 416 d.C teve início ao batismo de crianças recém nascidas e pouco tempo depois, em 431, é estabelecido o culto a Maria, mãe de Jesus. Mas os desvios teológicos vão além com a oficialização do purgatório e com o culto às imagens. Por fim, a venda de indulgência, ou seja, pagar pela salvação foi o maior golpe da Igreja Romana contra a pureza do Evangelho. Coube aos teólogos Martinho Lutero e John Calvino esse resgate bíblico. Lutero em 31 de outubro de 1517, afixou na porta da Igreja de Wittenberg, na Alemanha, suas 95 teses e Calvino com a sistematização teológica lançou a grande obra “Instituição da Religião Cristã” em 1536. Esses acontecimentos de comportamento guapo dos líderes cristãos deram início á reforma teológica na cristandade. 2º Processo: A Reforma Litúrgica: O vocábulo “Liturgia“, em grego, formado pelas raízes leit- (de “laós”, povo) e -urgía (trabalho, ofício) significa serviço ou trabalho público. Por extensão de sentido, passou a significar também, no mundo grego, o ofício religioso, na medida em que a religião no mundo antigo tinha um caráter eminentemente público. A liturgia é considerada por várias denominações cristãs o momento da adoração e celebração ao Deus vivo. É o culto ao Senhor, pelo povo do Senhor. Mas o Romanismo havia deturpado o culto também, e com as cansadas missas, cheias de artifícios religiosos, transformou o momento de devoção á Deus num período de tristeza e escravidão religiosa, sem vida e sem a graça de Deus. As missas como eram conhecidas, pareciam mais uma prisão obrigatória de um ritual que não oferecia ao cristão a oportunidade de uma nova experiência com Deus e seu Espírito, e nem mesmo transmitia a alegria da Salvação uma vez conquistada por Cristo. Faltava a Bíblia, a pregação poderosa pela unção, o compartilhamento da fé entre membros do corpo. Faltava a essência da verdadeira adoração, do tempo-momento, da edificação espiritual. Os reformadores foram unânimes na Reforma litúrgica e começaram com a música, com o louvor ao Deus Trino. Lutero, exemplo de musicista compôs hinos que marcaram gerações. Louvores que ecoaram em toda a Europa. Mas a liturgia envolvia também o momento do ensino da palavra. Nesse âmago o reformador suíço Úlrico Zwínglio revelou sua ousadia na exposição e ampla visão bíblica. Zwínglio morreu, mas o movimento iniciado por ele não morreu. As igrejas que surgiram como resultado do movimento iniciado por Zwínglio são chamadas de igrejas reformadas em alguns países. A restauração do Culto ao Senhor foi o resultado do espírito jocoso de nossos reformadores. 3º Processo: A Reforma Missiológica: O que foi então a Reforma missiológica? O que isso teve haver com o processo da Reforma Protestante? Acontece que a Igreja Romana havia perdido de vez a verdadeira visão missionária de pregação do Evangelho em todo o mundo. Suas preocupações políticas e econômicas cegavam a verdadeira responsabilidade para com os perdidos. A obra de expansão do Evangelho não era mais exequível, pois dera lugar á busca de conquistas territoriais e guerras religiosas. O período da Reforma missiológica começa com John Knox (1515-1587) passando por ilustres homens como Moody, Hudson Taylor, Bunyan, George Whitefield e muitos outros. Mas ninguém se destacou tanto na restauração da visão missionária do que Guilherme Carey conhecido como o “pai das missões modernas”. O sapateiro que tinha em sua oficina um grande mapa-mundi, olhou para o mundo com o coração, e levou o Evangelho ás vidas mais distantes, enfrentando os mais diversos desafios. Além de atingir a Reforma missiológica, a atitude para com a Igreja abrangia ao mesmo tempo algo muito expressivo que havia também se deteriorado: A pregação relevante e seu poder transformador. Enfim, a Reforma missionária definia os caminhos verdadeiros da Igreja de Cristo. Onde quer que esteja a Igreja do Senhor, estaria ali também um povo livre, de uma teologia pura e restaurada, da liturgia que exalta unicamente a Deus e não ao homem, e de uma chama missionária que jamais se apagou.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Cáio Fábio está errado!

Cáio Fabio afirmou que a Bíblia é não é inerrante. Eu discordo dele! Para mim as Escrituras são por definição a única Palavra de Deus escrita como também a única expressão verbal das verdades de Deus publicamente acessível, visível, e infalível no mundo. Na minha perspectiva, a Bíblia possui suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; e somente ela é o árbitro de todas as controvérsias. Os reformadores consideravam que somente as Escrituras possuíam a palavra final em matéria de fé e prática. João Calvino costumava dizer que o verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia. Para o reformador francês a Bíblia era a Palavra de Deus. Calvino também afirmou que a Bíblia era o único escudo capaz de nos proteger do erro. Caro leitor, para o protestantismo a Bíblia é a revelação verbal de Deus. É Deus falando aos homens. É a voz do próprio Deus. O apóstolo Paulo ao escrever a sua 2ª epistola a Timóteo afirmou que “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. ” Pedro em sua 2ª carta, explicou que os homens que escreveram as Escrituras foram “inspirados pelo Espírito Santo”, para que nenhuma parte dela fosse “produzida por vontade de homem algum” ou pela “interpretação particular do profeta” Além disso, também vale à pena ressaltar a infalibilidade da Bíblia. A Bíblia não contém erros. Ela é correta em tudo o que declara, visto que Deus não mente ou erra. Tudo aquilo que nela está escrito é a mais pura verdade. Jesus disse que “a Escritura não pode ser anulada” , e que é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei”

terça-feira, 19 de junho de 2012

Eu aceito o desafio do Pastor Silas Malafaia

Por Nilson Alves de Souza 
Sabe que eu até gosto de algumas coisas que ele diz... Se bem que combinam mais com um ativista político do que com um representante de Deus! O homem tem muitos fãs e corro o risco de ser escrachado sem direito a fiança, mas não custa recorrer ao bom senso. Dias depois de ter transmitido em seu programa a segunda parte da mensagem que desafiaria seus críticos, o pastor Silas Malafaia escreveu um artigo no site Verdade Gospel dizendo que ninguém conseguiu provar que ele está errado ao pregar sobre prosperidade financeira. Primeiro vamos a algumas peças que vagam nos blogs evangélicos, do próprio Malafaia e do site Aspecto Gospel: "Sobre os blogueiros que aceitaram o desafio ele diz que são invejosos que usam a internet para caluniar e difamar aqueles que conquistam espaços e ainda os classificou de 'ilustres desconhecidos'. 'São pessoas frustradas, recalcadas, invejosas, onde o sucesso dos outros incomoda muito mais do que seu fracasso ou mediocridade', completa o pastor. Para ele o interesse de quem tentou mostrar que suas pregações são incoerentes são pessoas sem 'nenhuma notabilidade' que tem como objetivo 'crescer a custa da história dos outros'. Malafaia ainda usa o espaço para reafirmar o desafio. 'Continuo desafiando quem vai me contraditar na palavra de Deus! Se você não acredita em prosperidade é problema seu. Em síntese, prosperidade é obedecer as leis de Deus'. Muitos escritores cristãos usam a internet para pregar contra pastores, que assim como Malafaia, falam de bênçãos materiais em suas pregações e estimulam a doação de ofertas para alcançá-las. Para tentar provar para essas pessoas que ele não está errado, o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo desafiou os blogueiros a provarem que há incoerência bíblica em suas pregações". “Os desafiei a contraditar na Bíblia, e até agora não apareceu um, a não ser bravatas, calúnias, argumentações filosóficas, e pasmem: montagem de vídeos com minhas falas, se utilizando de parte de mensagem, igualzinho aos ímpios inescrupulosos fazem quando querem difamar alguém”, disse. "Quem critica não faz nada. Você conhece alguma coisa que algum crítico construiu? Crítico é um recalcado que tem sucesso da obra alheia”, finalizou. “Filho, instrumento de satanás para perturbar a fé e a igreja. Te cuida malandro. Te cuida meu chapa, porque Deus é juiz”. Primeiro vamos aquela passagem em 1 Pedro 3.15: "Antes santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós”, que os próprios pastores o lembraram e a que Malafaia responde - “Primeiro quem fala isto é um idiota! Desculpe a expressão, mas comigo não tem colher de chá! Por que quando é membro eu quebro um galho, mas pastor não: é um idiota. Deveria até mesmo entregar a credencial e voltar a ser membro e aprender. Para começar não sabe nada de teologia, muito menos de prosperidade. Existe uma confusão e um radicalismo, e todo radicalismo não presta”. Novamente os pastores o recordam quanto ao que vem em 2 Timóteo 2.24,25 onde está escrito: “E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem”. "O próprio Silas Malafaia, durante muitos anos, foi um ferrenho oponente da teologia da prosperidade. Há, inclusive, vídeos no YouTube que apresentam sua verberação contra essa heresia. Mas ele não entregou a sua credencial de pastor nem voltou a ser membro para aprender. Pelo que tudo indica, a sua mudança de crítico da aludida heresia para propagador dela ocorreu por influência do telemilionário Murdock e outros. O reverendo Caio Fábio concedeu uma entrevista ao blogueiro Danilo Fernandes, do blog Genizah Virtual e falou sobre temas que envolvem o presente e o passado da igreja evangélica brasileira. Falando sobre Silas Malafaia, o reverendo Caio Fábio afirma que o pastor líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo é um “menino” e conta que viu o surgimento e crescimento dele, e também acusa o pastor de ter recebido dinheiro de Edir Macedo durante um tempo:

domingo, 17 de junho de 2012

Silas Malafaia ironiza seus críticos e os chama de “ilustres desconhecidos”

Dias depois de ter transmitido em seu programa a segunda parte da mensagem que desafiaria seus críticos, o pastor Silas Malafaia escreveu um artigo no site Verdade Gospeldizendo que ninguém conseguiu provar que ele está errado ao pregar sobre prosperidade financeira. Sobre os blogueiros que aceitaram o desafio ele diz que são invejosos que usam a internet para caluniar e difamar aqueles que conquistam espaços e ainda os classificou de “ilustres desconhecidos”. “São pessoas frustradas, recalcadas, invejosas, onde o sucesso dos outros incomoda muito mais do que seu fracasso ou mediocridade”, completa o pastor. Para ele o interesse de quem tentou mostrar que suas pregações são incoerentes são pessoas sem “nenhuma notabilidade” que tem como objetivo “crescer a custa da história dos outros”. Malafaia ainda usa o espaço para reafirmar o desafio. “Continuo desafiando quem vai me contraditar na palavra de Deus! Se você não acredita em prosperidade é problema seu. Em síntese, prosperidade é obedecer as leis de Deus”. Muitos escritores cristãos usam a internet para pregar contra pastores, que assim como Malafaia, falam de bênçãos materiais em suas pregações e estimulam a doação de ofertas para alcançá-las. Para tentar provar para essas pessoas que ele não está errado, o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo desafiou os blogueiros a provarem que há incoerência bíblica em suas pregações. “Os desafiei a contraditar na Bíblia, e até agora não apareceu um, a não ser bravatas, calúnias, argumentações filosóficas, e pasmem: montagem de vídeos com minhas falas, se utilizando de parte de mensagem, igualzinho aos ímpios inescrupulosos fazem quando querem difamar alguém”, disse.

Me masturbo pensando num quadro de Rembrandt! #SERÁ?

Seria um exagero meu afirmar que a grande maioria dos jovens e adolescentes cristãos brasileiros são viciados em masturbação?( Não responda, por favor!)
 O que sei, sem dúvida, é que se na minha época (de velhas paisagens sensuais) já era complicadíssimo lidar com determinados impulsos sexuais, fico imaginando nessa geração de hoje…!  
Gente, nunca vi tanto narcisismo erotizado como atualmente. Muitos se auto personificam simplesmente para mostrar o que têm de melhor nos seus corpos – a sensualidade tem se tornado um adereço viral presente em todas as aréas do cotidiano. Não se pode mais ligar a TV; não se pode entrar num site esportivo, ou de notícias; não se pode andar pela rua olhando pra frente; não se pode adicionar algumas mulheres (inclusive evangélicas) no facebook, que a coisa fica séria. Corpo, corpo e mais corpo; estímulos, estímulos e mais estímulos. Mas o que tem a ver masturbação com tais estímulos? – Tudo! Talvez você comente consigo, “esse escritor deve é se masturbar muito”! (risos). Bem, não serei hipócrita em dizer que alguns estímulos visuais não me chegam à vista, porém, por ser muito bem casado a pouco mais de 4 anos, confesso que minha “disciplina a dois” ainda me faz muito bem… Estou satisfeitíssimo! Enquanto alguns programas que se dizem educativos incentivam a masturbação como auto conhecimento e/ou um ato saudável, pouco vejo se falar dela dentro das igrejas. Posso estar errado, e por favor me corrijam, mas tenho a séria impressão de que nossos adolescentes e jovens têm passado por apuros nesta área. Certa vez, quando adolescente alguém me disse, “é melhor se masturbar e resolver o problema de vez, afinal, o que é pior: pecar no banheiro ou pecar constantemente lutando contra as paisagens sexuais na mente”? Cruzes, pensei: “isso faz sentido! – o jovem que não se masturba acumula muito desejo e tensão não podendo ver um rabo de saia que logo pira”. Mas isso foi só um tipo de Síndrome de Estocolmo para com o pecado juvenil. A Bíblia não relativiza tal pecado e pensar erroneamente assim torna a coisa mais descontrolada ainda. Sem chances! Vejamos que o ato por si só de se masturbar não configura pecado, mas o que se pensa e de onde vem o estímulo é que é o problema. Ninguém se masturba pensando no quadro O Boi Abatido, de Rembrandt – fala sério! Contudo, a Bíblia nos adverte que basta só pensar em cobiçar uma mulher para cometer adultério com ela (Mateus 5.28) – e isto gera um resultado perigoso quando culmina no ato de se masturbar. O caso torna-se grave quando alguém passa a ser escravizado por esse pecado. O vício além ser um ato infrator perante Deus, pode causar problemas sérios para o praticante (clique aqui e leia). Portanto, aos viciados, aconselho, é bom fazer bom uso de Fp 4.8 (ocupando a mente com coisas edificantes) e converter o tempo como um super aliado. A prática esportiva, os estudos, passeios, entretenimento, o uso da internet e outras atividades precisam estar em harmonia no dia-dia para que tais estímulos sexuais compulsivos não causem dependência. Penso que a educação sexual é pauta relevante e precisa ser posta na roda de debate cristão na atualidade. Sendo assim, ratifico, melhor que se render ao vício da masturbação é viver em santidade perante o Senhor, sabendo que a recompensa virá no futuro, seja num namoro moderado, num casamento saudável. Termino deixando o tema em aberto para futuras problematizações pois há muito do que se falar e sugerir. Mas pra início de conversa, fica a reflexão: será se este é um problema relevante na atualidade? Além do “cardápio espiritual” Bíblia e oração, o que mais devemos fazer para sermos fiéis a Deus e ao corpo de forma integral? É possível ser cristão autêntico sem ser atingido por pecados, por assim dizer, secretos como o da masturbação? *** Antognoni Misael, que curte a arte de Rembrandt, mas não é pansexual, ok?! Diretor do Arte de Chocar e na edição do Púlpito Cristão.

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Malafaia não é candidato a nada e pode ser candidato a tudo

Em uma boa entrevista à Veja algumas semanas atrás, o pastor Silas Malafaia confirma ser uma pessoa polêmica, mas de posições firmes e claras. Porém, afora as declarações polêmicas, que fazem o prazer da imprensa e do leitor superficial, Malafaia diz algumas coisas muito importantes na entrevista. Uma delas é o fato de acreditar que os pastores podem ter papel político, sim. Malafaia refuta a intenção de o religioso ser jogado de lado no debate político. Defende que todos podem fazer política, inclusive os religiosos. Vale destacar que ele usa o termo “religiosos” ao invés de “pastores”. Outra afirmação forte é a de que nunca será candidato a nada. Mas diz que quer influenciar as pessoas e que “não sataniza partido político nem candidaturas”. Em suas pregações, Malafaia embute muitas reflexões de natureza política, e não apenas no que tange a questões como o aborto ou o homossexualismo. Suas afirmações demonstram que ele é mais do que um pastor; é uma personalidade política com sofisticação em suas articulações. Com esse tipo de pregação, Malafaia pode ter um imenso potencial eleitoral. Até mesmo pelo fato de que sua vida, pelo menos o que se sabe dela, não envolve nenhum aspecto que entre em contradição com sua pregação. Com o destaque ganho na seção Páginas Amarelas, Malafaia comprova ser uma das personalidades mais influentes do país nos dias de hoje. E, ao usar essa sua influência para abdicar da possibilidade de ser candidato, prepara-se para ser um poderoso cabo eleitoral. Talvez o mais influente de todos para as eleições de 2014 dentro do mundo evangélico. Porém, ser candidato presidencial, ou não, não é uma questão simples nem de natureza pessoal. Malafaia, ao dizer que não é candidato a nada, torna-se mais forte ainda como potencial candidato a tudo. É evidente que uma candidatura presidencial não nasce de uma hora para outra. Tem de amadurecer e depender das circunstâncias políticas e econômicas. Considerando que o “lulismo” deve ter fôlego para mais uma eleição presidencial, pelo menos, o quadro para 2018 ainda apresenta alguns lugares disponíveis. Em especial, no espectro da “centro-direita” e da “direita”. Outro ponto relevante é que existe um potencial eleitoral entre os evangélicos que nunca foi adequadamente explorado com a constituição de um partido. Um partido com base em princípios do cristianismo que poderia ultrapassar os próprios limites dos evangélicos. Por suas múltiplas denominações e divisões, fica difícil acreditar que os evangélicos marchariam unidos ao largo de preferências partidárias “seculares”. Porém, podem servir de base a uma agremiação partidária forte, assim como os metalúrgicos do ABC foram a base original do PT, que há muito é um partido que aglutina trabalhadores, profissionais liberais, empresários, líderes do terceiro setor, burocratas, entre outros. É de considerar o fato de que Malafaia tem uma pregação que ultrapassa os arraiais do mundo evangélico. E que tal pregação, fundada mais em valores do que em religiosidade, pode levá-lo a adquirir uma situação política ainda mais forte em seu segmento, e respeitável fora dele. No mundo evangélico, Malafaia não é o único protagonista. Waldemiro Santiago e Edir Macedo são seus potenciais “concorrentes”. No entanto, Edir Macedo e seu PRB não conseguem deixar de ser vistos como uma força da Igreja Universal, e não dos evangélicos como um todo. Santiago ainda não tem uma estratégica política clara. Sendo assim, nenhum dos concorrentes de Malafaia tem um discurso tão forte e com tanto potencial político no cenário de médio e longo prazos quanto o seu. E com capacidade de articular uma candidatura e/ou um partido com base evangélica e alcance no mundo católico que seja competitivo ao final da década.

Adorando a Deus ou a nós mesmos?

Quem está sendo adorado em nossos cultos? Hoje é comum o pensamento de que o propósito do culto é entreter, animar… A idéia não é adorar a Deus maravilhados no temor santo de Sua graça infinita manifestada em nós por amor a Cristo. O culto deixa assim de ser a agitação de todas as afeições santas produzidas em nós pelo Espírito através da revelação plena de Sua Palavra. Não! As pessoas se reúnem muitas vezes para consumir, sentar, desfrutar de uma experiências musical, achar um pouco de auto-ajuda e conselhos para interesses próprios não centrados e nem com o propósito de glorificar a Deus. A mensagem deve ser não ofensiva ao ego sensível, não deve gerar desconforto… As pessoas estão ali para consumir como o fazem em teatros, cinema… Quais são as razões pelas quais a grande maioria das pessoas escolhem onde congregar? Sequer pensam em escolher por causa da pregação das Escrituras que o levem de fato conhecer a Deus mais e mais… escolhem por fatores externos estranhos ao evangelho. A avaliação tem os mesmos aspectos que teriam ao se avaliar um restaurante… O ambiente, as luzes, a música, o ar-condicionado… ou um clube, ou um shopping… que tipo de rapaziada tem lá, que tribo frequenta… Essa mentalidade abraçada nada mais é que um culto a si mesmo. E hipocritamente uma igreja profana chama isso de um culto “sensível” – Sensível a quem? Quando o objetivo de uma igreja é auto-congratulação ela se tornou idólatra e presta serviço e culto a si mesma e não é mais dirigida pelo mandamento de adorar somente a Deus. O foco está em si mesmo o culto se torna sessões psicológicas cujo principal propósito é gerar bons sentimentos sobre nós mesmos – O que é isso senão idolatria? A violação do primeiro mandamento? Esta realidade está devorando a “igreja” de nossa geração” – Perdendo o foco de que Cristo é tudo, começamos a perguntar tudo o que podemos encontrar fora dEle que faça a vida satisfatória. A verdadeira adoração é prestada a um Deus Santo! O que nos leva sempre a reconhecer que somos merecedores do inferno e que segundo tão somente a graça, pelo sangue de Cristo podemos entrar na presença desse Deus santo. Do começo ao fim adoramos o Deus da graça. Portanto a verdadeira adoração é uma perda de toda confiança em si mesmo e vendo somente a obra de Cristo como a centralidade do que somos, vivemos, e que se expressa em nosso culto, ou nosso culto é uma farsa. Quando acreditamos que devemos ser satisfeitos em vez de Deus ser glorificado em nossa adoração, colocamos Deus abaixo de nós mesmos, com se a adoração e o culto fosse algo para nós e não para Deus.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Uma canção no deserto

O deserto é possivelmente uma das mais claras representações da ausência de vida e esperança. Beduínos e Tuaregues - povos do deserto - desenvolveram milenares técnicas de sobrevivência para resistirem à angustiante mistura de sol, calor e areia. Anos atrás atravessei a parte ocidental do Saara e, apesar do costume a temperaturas tropicais, nada me preparou para os 54 graus à sombra durante aquelas tardes. Lembro-me que o pensamento mais obsessivo e recorrente era simplesmente água, o elemento mais desejado em terras áridas. Davi escreveu o Salmo 63 no deserto de Judá enquanto fugia de Saul. Encontrava-se em um dos momentos mais constrangedores de sua vida. Além de estar no deserto, tomado pelo desconforto e temores natos ao ambiente, seu povo e rei o perseguiam. Contrariando a natural tendência do descontentamento de coração perante as caminhadas desérticas, Davi revela, ali mesmo na areia, que a sua alma tinha “sede de Deus”. Este parece ter sido o mais paradoxal pensamento que passou pela mente do salmista: a sede de Deus era maior que a sede de água. A busca pela presença de Deus era mais forte que qualquer outra carência humana. Quando em caminhadas solitárias e perseguidos pelos que antes eram mais chegados que irmãos, precisamos nos conscientizar desta verdade transformadora: precisamos mais de Deus em nossas vidas do que água no deserto. C.S. Lewis nos diz que “o amor é o princípio da existência, e seu único fim”. Com isto nos incita a pensar que o amor não é apenas o meio, mas também o propósito final. Somos convidados, em toda a caminhada cristã, a andar de forma paradoxal, em expressões de amor: perder a vida para ganhá-la; oferecer a outra face a quem nos fere; esperar contra a esperança; amar, e não odiar os inimigos; perdoar, mesmo perante óbvias razões para a amargura; desejar mais a Deus do que a água, mesmo quando se vagueia, foragido, por entre terras mais secas. É nesta caminhada que encontramos descanso verdadeiro. Davi não apenas fala da possibilidade de descanso em Deus, mas o experimenta. Os principais verbos nos versos 6 a 8 estão no presente. Davi se lembra, pensa e canta o descanso em Deus enquanto caminha - não apenas o planeja fazê-lo amanhã. Reconhecer que a presença de Deus é melhor que a vida parece ser o exercício mais transformador – de mente, coração e visão de mundo - que qualquer pessoa possa experimentar. Somos amados por Deus e este fato deveria ser definidor em como vemos a vida e o mundo ao nosso redor. Ser amado por Deus é entender que somos convidados a um relacionamento eterno, é perceber que estamos em lugar seguro e saber que não há nada melhor. A construção desta canção do deserto revela a alma de Davi. No verso 1 ele expressa que tinha sede de Deus. Nos versos 2 a 5 ele louva a Deus pelo Seu amor, que é melhor que sua própria existência. Nos versos 6 a 8 Davi descansa no Senhor e finalmente nos versos 9 a 11 ele declara sua confiança na vitória sobre os inimigos. Encontro-me rotineiramente com pessoas que, à semelhança de Davi, experimentam a solidão do deserto, o constrangimento da fuga e a incerteza de não saber para onde ir. A vida nestas horas torna-se mais lenta, opaca e pesada. Porém, justamente em momento assim a presença de Deus nos convida a crer um pouco mais, e nos encoraja a continuar caminhando. Em um relance olhamos para trás e percebemos que no passado o Senhor foi fiel, mesmo no dia mais escuro. Amanhã não será diferente. A presença de Deus sempre trás à memória o que pode nos dar esperança. Lutero, citado por C. J. Mahaney em seu livro “Glory do Glory”, nos diz que: “esta vida, portanto, não é justiça, mas crescimento em justiça. Não é saúde, mas cura. Não é ser, mas se tornar. Não é descansar, mas exercitar. Ainda não somos o que seremos, mas estamos crescendo nesta direção. O processo ainda não está terminado, mas vai prosseguindo. Não é o final, mas é a estrada. Todas as coisas ainda não brilham em glória, mas todas as coisas vão sendo purificadas” Que o Senhor se mostre presente em nossas vidas. Nestes dias o deserto se tornará lugar de alegria e descanso.

Por um cristianismo sem César

Os Evangelhos nos mostram que o centro do ministério de Jesus era cumprir a vontade do Pai. Toda sua vida foi devotada a servi-lo com amor, fazendo tudo conforme o plano de Deus, o Soberano. Uma das questões que muito têm me trazido à reflexão nesses últimos dias é a questão do capital envolvido na comunidade cristã, bem como a forma como ele é tratado em nossa sociedade. O centro da sociedade da qual fazemos parte é o capital. Compra-se, vende-se, tudo gira em torno do dinheiro. E é esse o ponto que quero destacar nos ensinamentos do Mestre sobre a nossa vida. Quero chamar sua atenção, leitor, para o que vemos em Mateus 22.15-22, onde Jesus nos dá uma lição de vida e deixa bem claro que os que ressuscitaram com Ele procuram as coisas que têm origem no alto (Cl 3.1-2) e sabem diferenciar o que é para Deus e o que é dessa vida. No trecho de Mateus em questão os enviados dos fariseus e de Herodes, que tentavam incriminar Jesus usando as próprias palavras do Mestre, vêm até Ele e lhe fazem uma pergunta: “É certo pagar impostos a Cesar ou não?” (v. 17). É importante lembrar que essa pergunta foi feita com a intenção de acusarem Jesus, dependendo da resposta, já que o mestre era visto como uma ameaça para o sistema em questão. Vamos esclarecer um pouco mais o contexto da época: a nação de Israel estava sofrendo sob o poder de Roma (Herodes era o governador daquela localidade) e ao mesmo tempo os fariseus – Judeus – esperavam a vinda de um Messias supostamente libertador político, que livraria Israel da tirania do governo romano. Agora, coloque-se no lugar de Jesus tendo dar uma resposta que não comprometesse um lado nem o outro. Que resposta você daria? Sua resposta seria evasiva? Você sairia sem responder à questão levantada pelos fariseus e herodianos? A pergunta era uma, digamos, pegadinha, já que se respondesse que não, correria o risco de ser preso como traidor de Roma, já se respondesse sim, seria visto pelos judeus como apoiador do regime tirano, logo, não seria Jesus o Messias prometido. Era uma questão difícil. Continuando a leitura do capítulo você verá que a resposta de Jesus é a mais surpreendente e profunda de todas. O Mestre pede que a pessoa que lhe perguntou mostre a moeda que era usada pra pagar o imposto (1 denário)[1]. Agora Jesus pede que lhe digam de quem é a imagem que está na moeda e a resposta óbvia é “de César”. Aí, então, Jesus aplica o golpe de misericórdia respondendo da forma que só a própria sabedoria saberia responder: “Dêem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Jesus consegue com isso responder à pergunta que tinha o objetivo de incriminá-lo e seus acusadores o deixam admirados com sua sabedoria. Vimos a maravilhosa sabedoria de Jesus em se desvencilhar daqueles que procuravam lhe acusar de traidor, porém o mais impressionante é a grande sabedoria contida na resposta de Jesus e que podemos aplicar à nossa vida cristã. Vamos refletir sobre o “Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”? Quantas vezes nos vemos fazendo o contrário do ensinamento de Jesus, ou seja, dando a César o que é de Deus e a Deus o que é de César? Quando fazemos isso demonstramos que ainda não morremos para o mundo (Cl 3.1), mas estamos vivendo de acordo com o sistema de valores deste século. E é exatamente essa confusão que tem feito a igreja dos nossos dias perder sua essência. A igreja perde sua essência quando nós – seus membros – achamos que por meio das contribuições financeiras conseguiremos alcançar o favor de Deus sobre suas vidas e que por “darmos” a Deus ele é obrigado a nos devolver em dobre ou 7 vezes mais, como se estivéssemos pagando um tributo a um governante e cobrando de volta em saúde, saneamento, educação, etc. A igreja perde sua essência quando em vez de entregar a sua vida a Deus, entrega apenas os seus bens. Estamos passando por uma crise de identidade por não sabermos fazer essa diferença. Precisamos entender que o nosso Deus não precisa de moedas. Ele não deseja só o nosso dinheiro, ele quer toda a nossa vida. Em resumo, dar a Deus o que lhe é devido implica dedicar-lhe não o seu dinheiro, mas principalmente o seu tempo, a sua vida. Dar a Deus o que lhe é devido implica vivermos uma vida santa e de comunhão com o Eterno, fazendo o que lhe agrada, buscando em primeiro lugar os Reino de Deus e sua Justiça e tendo fé de que tudo do que precisamos para viver nos será concedido conforme sua vontade. Que vivamos um cristianismo sem César. Soli Deo Gloria!