domingo, 1 de janeiro de 2012

Jesus em quinto lugar no Brasil cristão

Por Augustus Nicodemus Lopes
Saiu uma pesquisa no site da revista Forbes que mostra que Jesus Cristo está em quinto lugar no ranking dos nomes mais admirados pelos brasileiros. Na frente de Jesus estão Angelina Jolie, Lula, Silvio Santos e Bill Gates.
Acho que a pesquisa simplesmente revela o que já sabíamos. Ela mostra que apesar da grande maioria dos brasileiros declararem que acreditam em Deus, poucos realmente têm a fé correta. Mais de 90% dos brasileiros têm fé, mas em que e em quem? Somente a fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador único pode realmente salvar. A pesquisa mostra um quadro mais realista da situação religiosa brasileira do que as pesquisas que indicam um grande número de pessoas que acreditam em Deus.
Acho também que a pesquisa mostra que grande parte dos que se declaram católicos ou evangélicos não freqüentam as igrejas ou não praticam sua religião. É preciso apenas esclarecer que a proporção de desigrejados e não praticantes é provavelmente muito maior entre os católicos do que entre os evangélicos. Apesar de menor do que se pensa, todavia há crescimento sensível no Brasil dos que professam fé verdadeira na pessoa de Jesus Cristo, conforme o encontramos nas Escrituras.
Outro dado interessante da pesquisa é que a maioria das pessoas entrevistadas dizem não acreditar que alguém precisa ser rico para ser feliz. Todavia, as pessoas que elas mais admiram, de acordo com a lista, são pessoas ricas ou milionárias, além de bem sucedidas.
O que transparece é que quando os brasileiros dizem que o dinheiro não traz felicidade, estão apenas sendo politicamente corretos. Os indícios de que todos desejam ser ricos estão em todo lugar. A própria teologia da prosperidade, que domina grande parte dos que se chamam evangélicos neopentecostais, é uma teologia que promete felicidade mediante o sucesso financeiro. Não somente a sociedade brasileira, como também a igreja evangélica brasileira, está profundamente influenciada pelo materialismo e secularismo que predomina no mundo ocidental hoje.
O que nos fortalece é saber que Deus nunca deixou de ter uma igreja fiel que o ama e serve acima de todas as coisas.

Magno Malta: Lei da Palmada não tem futuro no Senado Federal

Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Família Brasileira, senador Magno Malta (PR-ES) é totalmente contra a chamada lei da Palmada. “Sempre provei para população, que família estruturada reflete uma sociedade também estruturada. Filhos tem que ser educados pelos pais. Não podemos interferir na educação e nos bons costumes familiares. É lógico, que sou contra qualquer tipo de violência, mas Deus permitiu as mães corrigirem os filhos com palmadas. Este tipo de correção é também uma forma de amor. É melhor fazer uma criança chorar, do que ter que chorar no futuro”, explicou Magno Malta.
O projeto, aprovado por unanimidade pela Comissão Especial da Câmara, especifica que crianças e adolescentes devem ser protegidos do castigo físico, “em que há o uso da força e resulte em sofrimento e lesão”. No entendimento dos integrantes da comissão, o texto, na prática, proíbe a palmada. Mas a interpretação sobre que tipo de palmada resulta em sofrimento ficará a cargo da Justiça. A lei faz emendas ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990. O estatuto faz restrições aos “maus-tratos”, sem definir a prática. O projeto foi aprovado em caráter terminativo, o que significa que, caso não haja requerimento para votação em plenário – assinado por 52 dos 513 deputados no prazo máximo de cinco sessões – seguirá para o Senado.
“Caso seja votada no Senado Federal, com certeza vamos mobilizar a Frente em Defesa da Família Brasileira para coibir este absurdo”, finalizou Malta.

Igreja evangélica: Rumos errados e necessidade de reformas


Entre uma denominação histórica (tradicional) e uma neopentecostal, onde me encaixo? Se o modelo antigo, com seu aparelho burocrático e engessado, não funciona mais e a nova proposta de “igreja” vem com um enorme vazio de Palavra e seriedade, o que fazer?
Vejamos o tamanho da crise:
As igrejas de hoje têm inúmeros apóstolos, bispos e reverendos, mas pouquíssimos pastores. A coisa mais difícil é encontrar espaço na agenda do líder para um aconselhamento pastoral, afinal, os inúmeros compromissos com a televisão, rádio e os políticos de plantão não permitem que a ovelha perdida seja socorrida pelo seu “pastor”, principalmente se essa ovelha tiver “pouca lã”.
A liturgia do culto tradicional, sem vida e engessada, mais parece um cerimonial fúnebre onde todos estão mudos na presença de um morto que não ressuscitou.
O neoculto, por sua vez, é dividido em três partes: o louvor, composto de uma repetição sem fim dos chamados “cânticos espirituais”, convida o público a “namorar” Jesus, a sentar no seu colo e sentir seu calor, num estado de quase transe emocional. O ofertório (imenso) é o momento de textos fora do contexto para justificar pedidos de polpudas ofertas com taxa de retorno maior que prometiam o pessoal do “Boi Gordo”, com direito a uso de cartão de crédito e/ou débito. A palavra, sempre voltada a um evangelho triunfalista e reivindicatório que obriga Deus a atender todos os pedidos dos fiéis sob pena da não mais contribuir com o seu “reino aqui na Terra”.
A música é outro ponto que merece destaque. Com o aumento da chamada população evangélica, o mercado de cd’s tornou-se verdadeira mina de dinheiro para um seleto grupo que tem construído verdadeiros impérios financeiros, produzindo música de questionável qualidade técnica, e duvidosa qualidade teológica. Esses grupos têm gravadoras, rádios, empresas de comunicação, editoras, agências de turismo, etc, tudo isso para “explorar” o emergente e ávido mercado dos irmãos.
Também merece atenção o lastimável envolvimento de denominações e de igrejas locais com o sistema político vigente, alguns chegando ao ponto de serem eleitos a fim de representar a Igreja de Cristo junto ao Estado como se o Deus Todo-Poderoso, que rege o universo, dependesse de um senador ou deputado para implantar Seu Reino na Terra.
Entre o “velho” e o “novo” existem ainda aquelas igrejas tradicionais que, com medo do êxodo dos poucos fiéis que lhe restam, tentam imitar as emergentes neopentecostais. Chega a ser ridículo. É como querer jogar tênis com as regras do frescobol. Embora existam semelhanças – duas raquetes, dois jogadores e uma bolinha – o jogo é completamente diferente.

Quanta tristeza e cansaço!

Creio que é chegada a hora da virada (seria uma reforma da reforma?). O velho modelo, gélido e sem vida, definha, enquanto o novo é vazio de conteúdo e coerência. Para onde ir? Parece que o chão da verdadeira Igreja sumiu e muitos estão sem rumo e desiludidos. É claro que, em ambos os lados, existem as exceções. Igrejas sérias que servem a Deus com temor e tremor. Muito pouco num Brasil continental. Por isso mesmo, quero convocar a todos os cristãos espalhados nas mais variadas denominações a uma cruzada de reflexão e ação onde a volta ao verdadeiro e simples evangelho seja o alvo de nossos esforços e orações.
Chega de engano e abuso espiritual. Pare, leia, questione, reflita. E que o Deus Todo Poderoso, Senhor da História e do Universo, tenha misericórdia dos cansados e confusos como eu.
Embora o texto esteja na primeira pessoa do singular, ele foi escrito a duas mãos. Mãos que se encontraram num caloroso aperto no inverno de 1995. De lá pra cá, nasceu uma amizade regada a boas conversas e grandes desabafos como esse que agora você acabou de ler.