quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Declarações de pastores da Lagoinha sobre Jesus geram polêmica


Para os pastores Mariana Valadão e Felippe Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, Jesus era filho de um carpinteiro rico e o burrinho usado por Ele era a “BMW da época”.
Em um programa apresentando por Alex Passos, da Rede Super, a cantora Mariana Valadão deu uma entrevista que gerou muita polêmica, ao lado de seu esposo, Felippe Valadão, eles afirmaram que Jesus não era pobre e que o burrinho usado por Ele era a “BMW da época”.
A declaração do casal incomodou diversos pastores que condenam a chamada Teologia da Prosperidade, entre eles o pastor e blogueiro Renato Vargens que escreveu um texto condenando as afirmações do casal.
“Segundo o pessoal da Lagoinha, além de possuir um carrão, Jesus nos dias de hoje teria uma banda de música, usaria a tecnologia bem como as mídias sociais e seria um carpinteiro cheio da grana”, escreveu.
Realmente no vídeo que foi postado com trechos desse programa o casal afirmou que Jesus teria um microblog e uma banda, pois ele não se incomodava em estar rodeado de pessoas.
Mariana respondia uma pergunta referente a sua participação nas redes sociais. Foi aí que ela mencionou que Jesus não era pobre e que essa pobreza atribuída ao menino que nasceu na manjedoura precisa ser desmistificada.
Para o pastor Vargens todas as pregações das igrejas estão tratando apenas de dinheiro, fato que ele lamenta. “Lamentavelmente todas as discussões teológicas, todas as campanhas evangelísticas, além de todas as manifestações musicais só tratam de uma coisa: Dinheiro!”
Ele citou os textos de Mateus 8: 18-22 e Filipenses 4:10-13 para condenar tais teologias afirmando que Jesus não pensava em dinheiro e nem possuía riquezas, ao contrário do que muitos pastores pregam em seus púlpitos.

Ou tudo ou nada


Por Adeildo Nascimento Filho
O juiz nazista Roland Freisler durante o julgamento de Helmut Moltke disse uma frase que ficou célebre no mundo todo. Ao comparar o nazismo com o cristianismo Roland disse: “Nós e o cristianismo só temos uma coisa em comum: exigimos a pessoa toda!”.
Olho para esta frase e tento fazer um paralelo com o cristianismo que vivemos hoje. São tantas vozes, discursos, defesas e ataques de como os cristãos devem se portar numa sociedade pós-moderna relativista e cheia de sincretismos religiosos, que me parece que Roland talvez pensaria duas vezes em pronunciá-la novamente. Por quê? Talvez Roland não encontre mais um “cristianismo” que exija a pessoa toda.
É quase chover no molhado mas é sempre bom lembrar o que significava ser cristão logo após a ressureição de Cristo. Além de exigir a pessoa toda em vida o preço mais comum a ser pago pela cristandade era encarar a própria morte, ou seja, efetivamente doar a própria vida. Particularmente se ouvisse Roland dizer isso nessa época certamente diria que ele estava forçando a barra pois não acredito que o fervor de um soldado nazista era o mesmo de um jovem cristão antes de ser devorado por leões.

Contudo, hoje em dia, as concessões feitas por cristãos pós-modernos batem de frente com a afirmação de Roland. Hoje é possível ser cristão mas viver pacificamente com ideologias que mudam radicalmente o cerne do evangelho de Cristo. É possível ser cristão e abrir concessões a ponto de pregar Jesus como sendo mais um caminho e não mais O ÚNICO caminho. É possível ser cristão e dividir sua vida em busca de “bênçãos” modernas e utilitaristas. É possível ser cristão por apenas 2 horas na semana e investir o resto do seu tempo. Afinal de contas tempo é dinheiro e dinheiro é sinal de vitória e sucesso.

O mundo evolui e junto com ele a decadência moral e espiritual do homem. Até que ponto os cristãos se manterão fiéis ao cerne do evangelho de Cristo, aquele que exige a pessoa toda, eu não sei. O que sei é que isso tudo não é novidade nem surpresa para nós.

A iniquidade se multiplicará até o ponto em que “a pessoa toda” signifique um preço muito alto. Quanto mais o tempo passar a comparação de Roland fará menos sentido para quase todos.

Ou tudo ou nada. Jesus não deixou espaço para meio termo.

Fonte: NAPEC - Apologética Cristã

Conversão ou coerção?


Por P. Andrew Sandlin
Uma verdade fundamental da Bíblia é que a natureza do homem pode ser transformada apenas sobrenaturalmente. (Por “natureza”, quero dizer natureza ética, na esfera do certo e errado, não natureza metafísica, na esfera de sua constituição como um homem criado à imagem de Deus.) A Bíblia nega de forma absoluta que a natureza do homem possa ser transformada por meios puramente naturais (João 1.12-13; 1Co 2.14). Os homens são convertidos (transformados eticamente) pela regeneração. Na regeneração, o Espírito Santo implanta no homem a disposição santa perdida na Queda, na qual todos os homens nascem (2Co 5.17). Essa é a única forma pela qual a natureza do homem pode ser transformada. Se o homem há de ser transformado eticamente, ele deve ser convertido.

Quando os homens perdem a esperança na Bíblia, eles devem encontrar outras formas de tentar mudar a natureza do homem. A forma mais frequente é por meio da coersão. O exemplo mais consistente disso está nos estados comunistas modernos. Eles creem que ao expor o homem a certo estímulo externo, a sua natureza interna pode ser alterada. Ao martelar nele, por meio de propaganda, a ideia que a motivação por lucro é má para os indivíduos (embora, aparentemente, não para o Estado), eles esperam criar um Novo Homem que trabalhará para o bem da comunidade e do Estado, e não para si mesmo e sua família. Se os homens se opõem e questionam esse Estatismo, eles devem ser remodelados em campos de concentração infernais ao ser violentamente quebrados física, emocional e psicologicamente, e então remendados novamente para serem bons cidadãos estatais. Essa é uma suposição razoável para qualquer um que tenha abandonado a esperança na obra miraculosa da regeneração. Marque isso: qualquer Estado, igreja, família ou outra autoridade institucional que opte por coerção como um meio para alterar a natureza do homem abandonou a esperança no Deus da Bíblia. Isso aplica-se tanto aos estatais materialistas como também aos legalistas fundamentalistas.
A Bíblia permite a coerção somente em uns poucos e limitados casos. O Estado pode empregar a espada (Rm 13.1-7) para proteger a vida, liberdade e propriedade. (Por implicação, o Estado pode usar a coerção para proteger seus cidadãos de invasão estrangeira.) O indivíduo pode usar coerção para proteger a vida e a propriedade (Ex 22.1-2). Pais piedosos podem empregar punição corporal limitada para regular o comportamento externo dos filhos (Pv 23.13-14). Nada disso tem a intenção de alterar a natureza do homem. Multa e restituição não transformam a natureza de um ladrão, assim como uma palmada não muda a natureza de uma criança. A coerção pode proteger, no máximo, a ordem externa; ela não pode alterar a natureza do homem. Somente o Espírito de Deus pode alterar a natureza de um homem.
Não é sem motivo que o evangelho de Jesus Cristo é chamado o “evangelho da paz” (Rm 10.15; Ef 6.15). Ele cria paz com Deus, paz com o indivíduo, e paz entre o indivíduo e seus semelhantes. O aumento da coerção e da violência na família, escola, mídia e no Estado é uma marca de uma cultura ímpia e réproba. Quando os homens são convertidos, apenas um mínimo de coerção é necessária para manter seus impulsos pecaminosos em cheque. A solução para o pecado e apostasia generalizada não é coerção generalizada, mas sim conversãogeneralizada.