sábado, 14 de janeiro de 2012

Cientistas Desvendam Profecia Maia Sobre O Fim Do Mundo Em 2012


Arqueólogos de diversos países se reuniram no Estado de Chiapas, uma área repleta de ruínas maias no sul do México, para discutir a teoria apocalíptica de que essa antiga civilização previra o fim do mundo em 2012. A teoria, amplamente conhecida no país e contada aos visitantes tanto no México como na Guatemala, Belize e outras áreas onde os maias também se estabeleceram, teve sua origem no monumento nº 6 do sítio arqueológico de Tortuguero e em um ladrilho com hieróglifos localizado em Comalcalco, ambos centros cerimoniais em Tabasco, no sudeste do país.
O primeiro faz alusão a um evento místico que ocorreria no dia 21 de dezembro de 2012, durante o solstício do inverno, quando Bahlam Ajaw, um antigo governante do lugar, se encontra com Bolon Yokte’, um dos deuses que, na mitologia maia, participaram do início da era atual.
Até então, as mensagens gravadas em “estelas” – monumentos líticos, feitos em um único bloco de pedra, contendo inscrições sobre a história e a mitologia maias – eram interpretadas como uma profecia maia sobre o fim do mundo.
Entretanto, segundo o Instituto Nacional de Antropologia e História (Inah), uma revisão das estelas pré-hispânicas indica que, na verdade, nessa data de dezembro do ano que vem os maias esperavam simplesmente o regresso de Bolon Yokté.
“(Os maias) nunca disseram que haveria uma grande tragédia ou o fim do mundo em 2012″, disse à BBC o pesquisador Rodrigo Liendo, do Instituto de Pesquisas Antropológicas da Universidade Autônoma do México (Unam).

“Essa visão apocalíptica é algo que nos caracteriza, ocidentais. Não é uma filosofia dos maias.”

Novas interpretações
Durante o encontro realizado em Palenque, que abriga uma das mais impressionantes ruínas maias de toda a região, o pesquisador Sven Gronemeyer, da Universidade australiana de Trobe, e sua colega Bárbara Macleod fizeram uma nova interpretação do 6º monumento de Tortuguero.
Para eles, os hieróglifos inscritos na estela se referem à culminação dos 13 baktunes, os ciclos com que os maias mediam o tempo. Cada um deles era composto por 400 anos.

“A medição do tempo dos maias era muito completa”, explica Gronemeyer. “Eles faziam referência a eventos no futuro e no passado, e há datas que são projetadas para centenas, milhares de anos no futuro”, afirma.
Para a jornalista Laura Castellanos, autora do livro “2012, Las Profecias del Fin del Mundo”, o sucesso da teoria apocalíptica junto à cultura ocidental se deve a uma “onda milenarista” que, segundo ela, “antecipa catástrofes ou outros acontecimentos cada vez que se completam dez séculos”.
Para Castellanos, esse tipo de efeméride é reforçada por uma ‘crise ideológica, religiosa e social’.
Ela observa que as profecias sobre 2012 não têm somente uma ‘vertente catastrófica’, mas também uma linha que “prognostica o despertar da consciência e o renascimento de uma nova humanidade, mais equitativa”.

Propaganda política na igreja é crime: Denuncie!


Caro amigo,
Estamos bem próximos das eleições, e como você já deve saber, algumas igrejas evangélicas (e também católicas ou de outras vertentes) têm como costume ceder o púlpito para candidatos discursarem. Toda véspera de eleição é comum ver o altar se transformar em palanque e as portas dos templos se abrindo para toda classe de charlatanismo.
Acontece que esta prática, além de medíocre, também é criminosa. Segundo a Lei 9.504/97 e de acordo com o artigo 13 da resolução 22.718/2008, do Tribunal Superior Eleitoral, fica proibida toda e qualquer propaganda eleitoral dentro de templo. A lei entende que os templos são espaços de acesso comum e não devem ser usados como palanques eleitorais.
Sendo assim, se você notar que estão usando sua igreja como curral eleitoral, DENUNCIE. Precisamos dar um basta nessa politicagem dentro dos templos. Igreja é lugar de louvar a Deus!
Distribuir santinhos, fazer o púlpito de palanque eleitoral e colocar cabresto no eleitor é uma atitude criminosa.
Para denunciar a politicagem na sua igreja, basta procurar a delegacia ou o cartório eleitoral.
Vamos acabar com essa palhaçada!

As criações de Deus e a retórica do diabo


Por: Percival Puggina
Há muitos anos, participei de um debate sobre direito de propriedade, reforma agrária, MST, invasões, etc.. Não lembro mais o título do evento, mas a instituição promotora era uma organização religiosa. O debate consistia em uma série de sucessivas e breves manifestações, coisa do tipo cinco minutos cada para um, entre eu e o meu contendor, a quem vamos chamar, aqui, de "o outro".
Fui o primeiro a falar, expondo o que penso a esse respeito. Quando conclui a exortação inicial, senti que meus pontos de vista haviam sensibilizado o auditório. O outro proferiu umas poucas palavras, deu de mão num violão e, com bela voz, desatou uma canção cujo refrão, várias vezes repetido, dizia mais ou menos assim: "Deus criou o mundo para todos. E o diabo fez as cercas". O efeito no auditório foi arrasador. Percebi que quase todo mundo se bandeara para o lado oposto.
Era preciso argumentar. Foi o que fiz, denunciando que aquele refrão continha conhecida arapuca retórica, dessas que são usadas quando alguém quer vencer um debate sem ter razão. No caso, tratava-se de afirmar algo absolutamente correto - "Deus criou o mundo para todos" - e de justapor a e essa afirmação, uma outra, inteiramente falsa, na expectativa de que a segunda, assim, meio que por osmose, ganhe credibilidade pelo contato com a primeira. Deus criara o mundo sem cerca e sem uma infinidade de outras coisas necessárias, como paredes, telhados e portas, lavouras, silos, estradas, linhas de transmissão de energia, sistemas de irrigação e drenagem, planos de saúde e por aí afora. Afirmar que tais iniciativas, bens e serviços eram criações demoníacas apenas por não terem saído das mãos de Deus constituía um disparate... Deus atribuíra ao homem dar continuidade à sua obra criadora. E isso era uma grande responsabilidade.
O outro não se deu por achado e voltou à carga, desta feita sem violão. Ele, agora, queria argumentar. Afirmou que as benfeitorias humanas que eu havia descrito - telhados, paredes, portas, etc. - eram derivadas daqueles bens originalmente criados por Deus para todos e, por consequência dessa ordem natural da Criação, deveriam estar à disposição de todos, sem qualquer apropriação individual. Armara outra armadilha retórica, como demonstrei ao público. Ela era idêntica à anterior na finalidade, mas diferente na forma. Tratava-se de fazer uma afirmação correta - a de que aquelas benfeitorias eram derivadas da Criação - extraindo daí uma conclusão disparatada. A vítima do embuste era levada a crer que de uma afirmação verdadeira só se extraem conclusões verdadeiras. Mas isso é falso. Na verdade, Deus criara para todos e não designara o modo como suas criaturas humanas haveriam de gerir tais bens. Deixou tal tema à deliberação dos povos. E os povos, autonomamente, podem decidir se o fazem: a) sob regime de propriedade privada entendida de um modo insusceptível de restrição; b) sob regime propriedade privada onerada pela função social; c) sob regime de apropriação dos bens pelo Estado; d) sob regime de uma confusa administração coletiva, sem qualquer espécie de proprietários, fórmula que estava sendo defendida pelo outro. Acrescentei que a primeira era uma evidente fonte de dominação; que a segunda, herdeira da sã filosofia e do Direito Natural, era adotada em quase todas as sociedades modernas; que a terceira, experimentada durante várias décadas pelos países comunistas, foi mãe da miséria social e do totalitarismo por concentrar no Estado o poder político e o poder econômico; e que a quarta jamais fora testada por ser absolutamente insana. A ideia de um mundo no qual tudo pertencesse a todos poderia ser graficamente representada como a antecâmara do inferno.

Quando a palavra retornou ao meu oponente, ele apelou para o Ato dos Apóstolos, livro do Novo Testamento que relata a vida dos primeiros tempos do cristianismo. Ali, no capítulo 4, versículos 32 a 34, leu o que se conhece: os primeiros cristãos tinham tudo em comum e não havia necessitados entre eles. Completada a leitura, olhou-me e disse: "De onde tirou o senhor a ideia de que Deus não se manifestou sobre o assunto? Aí está, na experiência dos primeiros cristãos, o projeto do Criador".

O que estávamos assistindo a era uma terceira armadilha retórica... O outro sabia o que estava fazendo, mas o auditório tende a crer em quem fala com a Bíblia na mão. Quando me retornou o microfone, mostrei que ele havia proclamado apenas meia verdade. A outra parte da verdade ficara ardilosamente oculta por ser inconveniente à tese que ele sustentava. E qual era essa outra metade? Ora, os primeiros cristãos de Jerusalém, convencidos de que o Mestre voltaria em breve para Juízo Final, venderam o que tinham e colocaram seus bens em comum. Passavam o tempo em oração, curando enfermos e pregando ao povo. De fato, não houve necessitados entre eles, até acabarem as provisões e os recursos materiais. A atitude que haviam adotado perante as necessidades da vida trouxe consequências que transparecem das epístolas em que o apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos e aos Coríntios, conclama essas comunidades a socorrerem "os pobres que há entre os santos de Jerusalém". Já na sua segunda carta aos tessalonicenses, o apóstolo dos gentios, preocupado com que via acontecer, advertia: "Quem não trabalhar, também não há de comer". Com efeito, quem estende um colchonete no chão e fica esperando que Deus o socorra ou que alguém o regale com o fim da pobreza, acaba na fila da cesta básica ou no bolsa-família.

“Lei do Pai Nosso” criada por vereador evangélico já esta em vigor em Ilheus (BA)


O vereador de Ilhéus (BA) Alzimário Belmonte (PP), conhecido na cidade como professor Gurita, elaborou uma lei polêmica que já está em vigor na cidade. A lei, já sancionada pelo prefeito do município, define que os alunos do ensino municipal da cidade baiana devem rezar o Pai Nosso antes de todas as aulas.
O vereador, de 49 anos, que é evangélico e frequenta uma igreja batista afirma que o objetivo da lei é “educar nossos jovens na cultura da oração”. Formado em educação física, Gurita afirma: “Não bebo, não fumo, pratico atividade física e não perco noite”.
Em entrevista à Revista Época o vereador falou sobre a lei: “Construí essa lei para que nós possamos educar nossos jovens a cultura da oração. É o processo educativo da oração, da pessoa saber que a oração é uma forma de chegar até Deus, de proteção espiritual, de educação mesmo”.
Perguntado sobre o funcionamento da lei e sua fiscalização ele afirma que “o Pai Nosso deve ser rezado antes das aulas nas escolas públicas do município” e que a fiscalização é responsabilidade da Secretaria de Educação.
Sobre a punição para quem não cumprir a lei o vereador disse que “a lei não prevê sanção nenhuma” e que “seria um absurdo se tivéssemos uma sanção porque a pessoa não quer orar o Pai Nosso”. O vereador completou falando da validade da lei: “…Não quer dizer que é obrigatório. Vivemos em um estado laico de direito. Se a pessoa quiser orar, ora. Se não quiser fica calada, pede licença, sai da sala na hora da oração”.
Indagado se a cidade não tem problemas que mereçam mais sua atenção Gurita foi categórico ao afirmar que criou “um comitê de combate à pedofilia, o conselho municipal de política sobre drogas, o fundo municipal do direito do dependente químico e a lei que proíbe fumar em espaço público” o vereador resumiu dizendo que só criou “coisas importantes para a cidade”.