segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Caio Fábio escapa da sentença de 4 anos de prisão


O reverendo Caio Fabio conseguiu na Justiça Eleitoral anular o mandado de prisão emitido pela juíza Léa Maria Barreiros Duarte, em circunstância da condenação dele a quatro anos de prisão em regime semi-aberto e quarenta dias multa no valor de dois salários-mínimos cada dia, no processo pelo crime de calúnia contra o presidente da República.
O processo foi movido a partir do suposto envolvimento de Caio Fábio com o Dossiê Cayman, que tentava incriminar os candidatos do PSDB durante as eleições presidenciais de 1998. Após a condenação, Caio Fábio apresentou recurso contra o julgamento em primeira instância, porém uma vez negado, o mandado de prisão havia sido emitido pela juíza.

Ricardo Gondim e Rubem Alves Convidam. Você Vai?


Por Silas Figueira
Ontem no Fecebook um pastor divulgou com muita alegria o lançamento e mesa de debate do livro de Rubem Alves “Por uma teologia da libertação”, no dia 09 de fevereiro de 2012 (Rubem Alves, Gondim e Gouvêa convidam: LANÇAMENTO e MESA DE DEBATE - veja aqui.
Este livro, como diz o próprio site, é considerado por muitos teólogos como o primeiro livro escrito sobre o que então se tornaria a “Teologia da Libertação”, antes mesmo de Gustavo Gutiérrez e Leonardo Boff.
Já alguns meses já se vêm falando muita coisa a respeito dos desvios teológicos do Pastor Ricardo Gondim, desde o seu apoio ao homossexualismo a negação da volta de Cristo, isso sem contar o seu apoio ao Teísmo Aberto. O próprio Gondim disse que estava sendo considerado o herege da vez.
A questão que me intriga é em que o Pastor Ricardo Gondim se assemelha com o ex-pastor da Igreja Presbiteriana Rubem Alves? Fazendo uma pequena pesquisa descobri o que Rubem Alves pensa a respeito do Céu e da Salvação.
Veja algumas frases que ele disse em um dos seus textos no seu site: “Tenho medo de morrer e ir para o céu. Eu me sentiria um estranho por lá. Sou um ser deste mundo e sinto que no meu corpo moram rios, árvores, montanhas e nuvens. Nenhum mundo além poderá consolar-me da sua perda. É certo que um espírito, por bem-aventurado que seja, não pode sentir o cheiro bom do capim gordura (que recém começa a florescer roxo nos campos). Para isso ele teria de ter um nariz. Amo este mundo. Por isso não quero ir para o céu. Nietzsche sentia o mesmo. Mas este dia, Corpus Christi, a se acreditar na tradição, diz que Deus, cansado de ser espírito, descobriu que o bom mesmo era ter corpo, e até se encarnou, segundo o testemunho do apóstolo. Preferiu nascer como corpo, a despeito de todos os riscos, inclusive o de morrer. Porque as alegrias compensavam. E nasceu, declarando que o corpo está eternamente destinado a uma dignidade divina. Curioso que os homens prefiram os céus, quando Deus prefere a terra”. O texto completo você pode ler aqui.

O Pastor Ricardo Gondim está seguindo o “Teísmo Aberto”, cujo ensino se fundamenta na relativização do absoluto. Para Gondim, o Deus da Bíblia não é Soberano e em virtude disto não possui domínio e governo sobre todas as coisas, mas que nas palavras de Gondim e Rubem Alves é apresentado de forma romantizada dando a ideia de um deus pequeno e frágil que precisa tanto de mim quanto de você. Um deus carente.
Assim como Rubem Alves o Pastor Ricardo Gondim também nega o céu e a volta Cristo. Você pode confirmar vendo este video no YouTube . Negam a Bíblia e o que o próprio Senhor Jesus falou e os apóstolos confirmaram e que o livro do Apocalipse reitera.
Eu fico com a Bíblia e não com esses teólogos de plantão que por terem apostatado da fé tem levado muitos com eles. Alguns pastores que estão abraçando esta mesma ideia estarão lá nessa mesa de debate, falando aberrações a respeito de Deus e de Sua Palavra, dando apoio e se alegrando com tamanhas distorções teológicas. Infelizmente muitas dessas pessoas irão arrastar atrás de si uma multidão de adeptos que por discordarem de Deus e da Sua forma de agir seguirão esses falsos ensinos que o apóstolo Paulo já havia dito a Timóteo que ocorreria: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência”. 1Tm 4.1,2.
Mas da mesma forma que o apóstolo Paulo chama a atenção de Timóteo em relação à apostasia dos últimos tempos, ele também chama a atenção do seu filho na fé a agir de forma contrária a tudo isso que estaria ocorrendo. O seu conselho a Timóteo é o mesmo para nós hoje também: “Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas caducas. Exercita-te, pessoalmente, na piedade. Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser. Fiel é esta palavra e digna de inteira aceitação. Ora, é para esse fim que labutamos e nos esforçamos sobremodo, porquanto temos posto a nossa esperança no Deus vivo, Salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis”. 1Tm 4.8-10.
O tempo que o apóstolo Paulo profetizou nós temos vivido. Está ficado cada dia mais difícil ver pessoas abraçando a sã doutrina, mas há um número enorme de pessoas dando ouvidos a ensinos de demônios, e o pior, em vários púlpitos. Mas se nós desfalecermos e nos deixarmos levar por essas heresias, a próxima geração será uma geração totalmente descrente das verdades bíblicas. Devemos seguir o conselho de Paulo que nos diz que devemos pregar a tempo e a fora de tempo.

Que o Senhor nos ajude!

O evangelho do Gentileza

Por Bráulia Ribeiro

“Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca [...]
Por isso eu pergunto
A você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria?”
(Marisa Monte)


À medida que o Brasil vai se tornando mais evangélico observamos as marcas culturais do evangelicalismo se misturarem à cultura popular e vice-versa. Missiólogos discutem a influência da cultura nos diversos modelos de evangelho que temos pelo mundo usando dois conceitos, contextualização e sincretismo.
Entende-se por contextualização a expressão do conceito novo -- a revelação do evangelho -- por meio de formas antigas e facilmente reconhecíveis pelo povo. O conhecido se torna a expressão do novo. Já o sincretismo trata de uma mistura promíscua, indesejada, das novas formas com conceitos antigos. É a revitalização do erro, que se veste com uma fantasia brilhante e aparentemente nova.
O evangelho no Brasil -- e, acredito, em muitos outros lugares -- se acultura de modo contextualizado e sincrético ao mesmo tempo. Para se discernir entre pureza e corrupção o trabalho é árduo, mas a discussão destes caminhos é hoje essencial para a saúde da igreja. Apenas o Espírito Santo e a Bíblia podem nos tirar do limbo de um semievangelho, que se torna inócuo por ser equivalente.
Atualmente existe uma guerra entre os evangélicos no Brasil que nada tem de santa. É uma releitura cultural da velha disputa de classes. Apesar de não termos uma cultura de castas, como na Índia, nossa tradição social, baseada em origem e poder econômico, é marcada pela exclusão de grupos sociais. Nos tempos coloniais, a família, o grau de proximidade da nobreza portuguesa, a cor da pele faziam a diferença. Hoje a subcultura à qual pertencemos, a linguagem que falamos, a música que ouvimos revelam o poder socioeconômico que temos.

As várias versões evangélicas atendem a subgrupos culturais diferentes e fazem concessões teológicas de acordo com a necessidade de cada um deles. O evangelho intelectual das classes dominantes requer uma lógica que se conforme ao discurso pós-moderno. O Deus tribal dos hebreus se transforma em uma força de amor despersonalizada e universalizante. Seguindo o exemplo da Europa multiculturalista, o evangelho palatável à “intelligentsia” tem que relativizar verdades. Não existe adaptação sem comprometimentos. A moralidade bíblica é um peso muito grande a ser carregado. Existe uma proposta de amor no evangelho, mas se exige para esta uma síntese hegueliana. Qualquer maneira de amar vale a pena, qualquer moralidade me diverte, desde que me satisfaça.

O evangelho das massas populares é simples: a entidade divina se tribaliza. Como qualquer proposta animista, o Deus tribal é pesado em suas demandas tributárias, requer riquezas em profusão e obediência cega às autoridades sacerdotais. Ele tem necessidade de demonstrar seu poder em um jogo intimidatório. As bênçãos são subornos e o Deus tribal dança conforme a música do desenvolvimento econômico e distribui casas, carros zero e cargos políticos, premiando a servidão de seus fiéis.

Nas duas versões o evangelho de Cristo se torna “o evangelho do profeta Gentileza”. O “amor” do Cristo folclórico não é amor, é entretenimento. Ele é simplório e ridículo. Quem é mais inteligente, o homem ou a lei, o livro ou a sabedoria? -- pergunta Gentileza. O homem, a sabedoria que não está nos livros nem no Livro -- respondemos. E decidimos então apontar as torres de nossas igrejas para o centro da sociedade brasileira -- o homem cordial que a todos agrada. A cultura brasílica, que não gosta de regras impostas, menospreza o Livro e reinventa em duas versões um Deus sem leis e sem moral, que se ocupa de nos servir.

Concordo com Marisa que a parede cinzenta é mais triste do que se permanecesse pintada com os escritos coloridos do Gentileza. Contudo, não vamos trazê-lo para as igrejas. É melhor deixá-lo nas ruas.