segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Será que Cristo voltou e eu não fiquei sabendo?


É impressionante o número de notícias ruins advindas do meio evangélico nos últimos tempos. Tem-se a impressão que a igreja virou mundo tantas são as atrocidades e barbaridades cometidas por líderes cristãos e tudo isso em nome de Deus.
Até parece que já estamos no fim do mundo e que Cristo já voltou e nós não ficamos sabendo. Até parece que Cristo está ausente deste planeta chamado Terra, pois ele não é mais referencia para os ministérios pastorais, não é modelo para a vida diária. Pastores prometendo curas e não cumprindo. Pastores prometendo todos os tipos de restaurações e nada acontecendo. Pastores iludindo o povo na área financeira. Igrejas perdendo suas propriedades. Crentes entregando seus bens para as igrejas. E assim caminha a mediocridade evangélica neste Brasil cansado de tantas promessas e tantas fábulas por parte dos políticos e agora acrescida da desilusão religiosa.

A esperança vai aos poucos se tornando desesperança.

Quando podíamos ser sal, somos salmoura. Quando podíamos ser luz, somos uma pequena chama. Quando podíamos ser embaixadores de Cristo somos portadores de estórias caducas que não fazem nenhum sentido. Quando podíamos ser o perfume de Cristo somos impregnados do cheiro da morte.
Sugiro que você não se envolva com nenhum “ministério” miraculoso e fanfarrão que promete a você o impossível. Não ajude e não oferte para estas causas porque elas não são nobres.
Envolva-se com aquilo que promove o reino de Deus e o avanço do evangelho entre os povos. Isto sim deve ocupar o seu coração.
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Será que Cristo voltou e eu não fiquei sabendo?
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Fique tranqüilo que certamente ele ainda não voltou, mas pode ter a certeza de que ele está voltando mais rápido do você pensa. Ele voltará antes que os “profetas” liquidem com o Seu nome.

Palavrão? @#%*!!!! Como assim?!


Por Augustus Nicodemos Lopes
O Solano Portela já escreveu aqui sobre palavrão. Acredito que ele já mostrou com clareza os argumentos bíblicos para que os seguidores de Jesus não fiquem usando palavrões em suas comunicações, faladas ou escritas. Há outros argumentos baseados no bom senso, educação e etc.
É que de vez em quando leio os murais e comentários de alguns dos mais de 3 mil "amigos" que tenho no Facebook e não poucas vezes me deparo com murais compartilhando fotos meio-eróticas, palavrões, para não falar de comentários cheios de palavras chulas e palavrões do pior tipo. Sei que boa parte destes amigos não são crentes em Jesus Cristo. Mas estou me referindo aos que se identificam como crentes, que postam tanto declarações de fé e amor a Jesus quanto material chulo.
Os argumentos a favor do uso de palavrões pelos crentes podem parecer bons: todo mundo usa, trabalho ou estudo num ambiente de descrentes e não quero parecer um ET, não tenho nenhuma intenção maligna ou pornográfica, etc.

O problema - para os crentes que tomam a Bíblia como regra de fé e prática e como o referencial de Deus para suas vidas - é o que fazer com estas passagens:


"Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem" (Ef 4:29).

"3 Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos; 4 nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças. 5 Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. 6 Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. 7 Portanto, não sejais participantes com eles" (Ef 5:3-7).

"34 Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração. 35 O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más. 36 Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; 37 porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado" (Mat 12:34-37).

"Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes" (1Cor 15:33)".

"Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar" (Col 3:8).

"A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um" (Col 4:6).

"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento". (Filip 4:8).



As interpretações destes versículos podem variar entre si, mas resta pouca dúvida de que o conjunto deles traz uma mensagem uniforme: o filho de Deus é diferente do mundo, no que pensa e no que fala. A pureza e a santidade requeridas na Bíblia para os cristãos abrange não somente seus atos como também seus pensamentos e suas palavras.
Eu sei que muitos vão dizer que o problema é a definição de palavrão. Entendo. Sei que palavras que ontem arrepiavam os cabelos de quem as ouviam, hoje viraram parte do vocabulário normal. Sei também que palavras que são palavrão numa região do Brasil não são em outra. Mesmo considerando tudo isto, ainda há muitos cristãos que usam palavrões no sentido geral e normal. É só ler blogs, comentários em blogs, murais e comentários no Facebook, tuítes da parte de gente que se diz crente.
Acho que a vulgarização do vocabulário dos evangélicos é simplesmente o reflexo do que já temos dito aqui muitas outras vezes: o cristianismo brasileiro é superficial, tem muita gente que se diz evangélica mas que nunca realmente experimentou o novo nascimento, as igrejas evangélicas estão cedendo ao mundanismo e ao relativismo da nossa sociedade. em vez de sermos sal e luz estamos nos tornando iguais ao mundo no viver, agir, pensar e falar.

Proponho o retorno daquele corinho que aprendíamos quando éramos crianças nos departamentos infantis das igrejas históricas:

"O sabão, lava meu rostinho
Lava meu pezinho, lava minha mão.
Mas, Jesus, prá me deixar limpinho,
Quer lavar meu coração".

PS: Comentários com palavrões não serão publicados, obviamente!

As três grandes tentações


Por Jonas Ayres
Por durante quarenta dias, Jesus se absteve de comida material para que pudesse desfrutar ainda mais do banquete espiritual do Pai Celeste. Então, quando já estava pleno de recursos espirituais, e fortalecido, Deus Pai permite que o Maligno venha até ele com três grandes tentações – tentações estas que Jesus certamente já havia enfrentado mais de uma vez e que iria ter que enfrentar novamente ao longo de seu ministério terrestre. Entretanto, estas não foram somente tentações a nível individual; eram tentações que dariam a Jesus acesso às três instituições poderosas de seus dias – a econômica, a religiosa e a política.
A primeira tentação e a Tentação Econômica que consistia em fazer com que Jesus transformasse pedras em pães (Mt 4:1-4). O objetivo ia além de saciar sua fome; a tentação era fazer com que Jesus se tornasse uma espécie de padeiro milagroso que proveria “pão” para as massas sempre que esta a desejasse no futuro próximo. Mas Jesus sabiamente rejeitou a ideia de viver somente de pão. “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que vem da boca de Deus” (Mt. 4:4). Jesus reitera isso também no Evangelho de João, onde deixa claro que devemos trabalhar por outro tipo de alimento (Jo 6:26-27).
A segunda tentação e a Tentação Religiosa que consistia em fazer com que Jesus pulasse do pináculo do templo e, ao ser carregado por anjos em queda livre até o solo, tomasse posse da liderança religiosa de sua época, um verdadeiro espetáculo tipo “Cirque du Soleil”. Recebendo assim, uma espécie de aprovação divina publica dentro dos limites sagrados do templo que certamente lhe garantiriam o apoio unanime da hierarquia sacerdotal. Mas Jesus discerniu a tentação e confrontou a corrupção de forma direta a religião institucionalizada – não somente no deserto como ao longo de seu ministério, não que fosse contra a instituição, nem ao templo, pois foi o próprio SENHOR que os institui, mas sempre que ela se tornou idólatra ou oprimia a seus seguidores com doutrinas e fardos de homens Ele denunciava. Jesus estava consciente de todos os erros religiosos de seu tempo e os confrontou, assim também devemos fazê-lo (Mateus 23:13-36).
A terceira e última tentação foi a Tentação Política, era a promessa de obter “todos os reinos do mundo e sua gloria e fama” em troca da alma de Jesus (Mat. 4:8-10). Esta tentação representava a possibilidade de um poder político a nível global – não apenas por meio da força de exercito de sua época, mas também por meio da fama e prestígio de se sentar no trono mais alto em influência e status do mundo. Ser um “George Busch” em sua época.

Esta tentação viria ao encontro das perspectivas messiânicas daqueles dias, por um Salvador que derrubaria a opressão política dos romanos com seus altíssimos tributos. Mas Jesus sabia que subjugar e oprimir não são a maneira de Deus no Novo Testamento. Ele rejeitou as três Tentações porque planejava demonstrar um novo tipo de poder, uma nova maneira de liderar. Servir, sofrer, morrer – estas eram as formas messiânicas de poder que Jesus se utilizava.
Jesus Cristo rechaçou a esperança popular judaica por um Messias que se dedicaria a alimentar os pobres, que usaria seus milagres para ganhar aceitação e que destronaria regimes opressores. Ele rejeitou as essas Três Tentações: a exploração econômica, a manipulação religiosa e a opressão política.

É curioso observar como, ao longo da história, a Igreja sempre sucumbe a pelo menos uma destas Três Tentações de tempos em tempos.

A Tentação Econômica faz com que a Igreja viva unicamente em função de atender as necessidades dos homens e o Evangelho a “La Carte”. Seu evangelho é antropocêntrico e minimalista, voltado unicamente para o bem estar do ser humano, o chamo de Hedo-evangelho (evangelho hedonista). Este evangelho se manifesta ora por meio da Teologia da Prosperidade ora pelo chamado “evangelho social”, com a diferença de que a primeira vertente transforma a Igreja em um Show Business e a segunda em uma militância social meramente humanista. Arrependimento, conversão, novo nascimento, viver em santidade e a realidade do inferno são temas raramente falados.
A Tentação Religiosa é o espírito da política eclesiástica. Líderes influenciados por este espírito deixam de lavar os pés dos santos para lamber botas de seus membros mais abastados, em busca de aceitação, prestígio e reconhecimento. Pastores que se desviam de seu chamado inicial de servir os pequeninos e se tornaram “empreendedores do reino”, não sabemos qual reino. Tornaram-se narcisistas eclesiásticos e amantes da fama. Diferentes da outra ora princesa Diana, morreriam por não serem fotografados pelos paparazzis da fé.
A Tentação Política faz com que a Igreja troque o pano de saco pelo colarinho branco, se envolvendo com os poderes deste mundo em troca de favores. Ao invés de influenciar a sociedade de baixo para cima com demonstrações simples de amor, serviço e santidade, a Igreja se vende a um partido ou ideologia política na tentativa de influenciar a sociedade de cima para baixo, por meio de poder e influência política. A história esta ai para provar que agir assim não traz resultados, o “sal não salga mais” e a sociedade esta cada vez mais paga. Para mim a igreja não pode ser apolítica, mas para se manter pura deve ser apartidária. Objetivo e a implantação do Reino, novos céus e nova terra onde se habitarão a retidão e justiça para sempre!

Que Deus nos ajude e nos livre destas Três Tentações é minha humilde oração!

Soli Deo Gloria!