quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Os pastores, sua mania de grandeza e impessoalidade das relações.


Por acaso você já percebeu que boa parte dos nossos pastores estão muito mais preocupados com números do que com gente? Infelizmente em nome de Deus e de uma espiritualidade avançada, muitos dos lideres evangélicos vestiram a couraça da conquista, tornando-se megalomaníacos, descaradamente transformando gente em números.
Tenho uma amiga, que por muitos anos freqüentou uma igreja de porte médio numa cidade perto da minha. Por motivos diversos, ela teve que mudar do bairro onde morava para outro mais distante, o que por questões financeiras impediu a sua permanência na igreja. Em virtude disto, passou a freqüentar uma famosa e grande comunidade cristã, cujo numero de membros ultrapassava os três mil. Lá ela permaneceu por aproximadamente três anos, até que num determinado dia ao entrar em um elevador comercial, encontrou o seu pastor. Para seu espanto e perplexidade, nossa irmã descobriu que o seu líder espiritual não sabia seu nome, nem tampouco a conhecia. Chocante isso não?

Soube através de um grande amigo que numa tarde de verão, o Rev. Antônio Elias subiu ao púlpito para pregar o Evangelho da Salvação Eterna. No entanto, em vez de abrir a Bíblia e anunciar o Evangelho de Cristo, o saudoso reverendo colocou-se num inquietante silêncio. Depois de alguns instantes, dirigiu-se à congregação pedindo que orassem uns pelos outros. Em meio à oração, o idoso pastor, desceu da plataforma, e foi em direção ao povo a fim de que intercedesse a Deus por algumas pessoas. Passados alguns minutos, lentamente retornou a púlpito com lágrimas nos olhos.

Naquele instante, sem titubeios, o sábio senhor de forma franca e direta disse aos que lá estavam: – “Meus irmãos, eu estou envergonhado, isto porque, não sei o nome de todos vocês.”

Caro leitor, ao ouvir esse relato foi-me impossível conter as lágrimas. Como é bom ouvir da história de pastores que não sucumbiram à tentação de tratarem suas ovelhas como números e estatísticas. Que bom é ouvir testemunhos sobre pastores que se preocuparam em relacionar-se intimamente com suas ovelhas.
Infelizmente no país do gospel é comum encontrarmos pastores que influenciados pela megalomania que os possui, deixaram de lado princípios fundamentais ao exercício do ministério.
Sem sombra de dúvidas essa geração necessita urgentemente de pastores de almas, pastores de gente, pastores segundo o coração de Deus.

Que Deus tenha misericórdia de seu povo.

O contraste entre o justo e o ímpio


Por Rev. Hernandes Dias Lopes
O livro dos Salmos é uma coletânea de cânticos, orações e lamentos do povo de Deus, escrito por vários autores, desde os dias de Davi até o período pós-cativeiro babilônico. Há mais de cem citações do livro de Salmos no Novo Testamento. Isso prova sua relevância na história da redenção. Esse livro tem sido uma fonte de consolo para a igreja de Deus ao longo dos séculos até aos dias atuais.
O Salmo 1 é a porta de entrada deste, que é o maior livro da Bíblia. Destacaremos, aqui, três lições importantes deste Salmo.
Em primeiro lugar, um contraste profundo é apresentado. O autor sagrado faz um profundo contraste entre o ímpio e o justo. Enquanto o ímpio é como uma palha que o vento dispersa, o justo é como uma árvore plantada junto à fonte. Enquanto o ímpio está seco espiritualmente, o justo tem verdor mesmo nos tempos de sequidão. Enquanto o ímpio não tem frutos que agradam a Deus, o justo produz frutos na estação certa. Enquanto o ímpio não tem estabilidade e é jogado de um lado para o outro pelo vendaval, o justo tem suas raízes firmadas no solo da fidelidade de Deus. Enquanto o ímpio tem suas obras reprovadas por Deus, o justo tem sucesso em tudo quanto faz. Enquanto o ímpio busca a roda dos escarnecedores, o justo se deleita na lei do Senhor. Enquanto o ímpio não terá assento na assembleia do santos nem prevalecerá no juízo, o justo será conduzido por Deus na história e recebido na glória. Enquanto o caminho do ímpio perecerá, o caminho do justo é conhecido por Deus. É tempo de você refletir sobre sua vida. Quem é você? Onde está o seu prazer? Onde está o seu tesouro? Em qual dessas duas molduras você pode colocar sua fotografia? Lembre-se: o ímpio pode parecer feliz, mas seu fim é trágico. Mas, o justo, mesmo passando por provas na vida, é bem-aventurado.

Em segundo lugar, um caminho de felicidade é descortinado. A felicidade existe e pode ser experimentada. É legítima e compatível com a fé cristã. Essa iguaria especial da alma não se encontra no conselho dos ímpios, daqueles que se esquecem de Deus. Esse tesouro tão cobiçado não é encontrado no caminho largo dos pecadores nem mesmo na mesa, onde os escarnecedores rasgam a cara em ruidosas gargalhas prenhes de escárnio. Onde está a felicidade? Você é feliz em primeiro lugar, por aquilo que evita. Você sorve o néctar da felicidade quando tapa os ouvidos ao conselho dos ímpios, quando afasta seus pés do caminho dos pecadores e quando não busca um lugar junto à mesa na roda dos escarnecedores. Em segundo lugar, você é feliz por aquilo que você faz. Uma pessoa feliz nutre sua alma com os jorros benditos que emanam da lei de Deus. A felicidade está em alimentar a mente com a verdade de Deus e ser governado por essa verdade. Em terceiro lugar, você é feliz por quem você é. Uma pessoa feliz é como uma árvore frondosa, de folhas viçosas e frutos excelentes, que mesmo na adversidade, não perde sua beleza nem escasseia seus frutos. Uma pessoa feliz tem sucesso constante, uma vez que tudo quanto faz será bem sucedido.

Em terceiro lugar, um juízo inevitável é anunciado. Os ímpios são aqueles que não levam Deus em conta. Esses não têm segurança diante das tempestades da vida e serão levados como a palha que o vento dispersa. Os pecadores são aqueles que deliberada e conscientemente andam na contramão da vontade de Deus e transgridem a lei de Deus. Esses, mesmo sendo religiosos e tendo seu nome no rol de membros de uma igreja não permanecerão na congregação dos justos. Os perversos são aqueles que, além de rejeitarem a verdade, escarnecem de Deus e zombam da fé cristã. Esses podem prevalecer no juízo dos homens, subornando os tribunais e amordaçando a justiça, mas jamais prevalecerão no juízo de Deus. Ímpios, pecadores e perversos podem vender uma imagem glamorosa do pecado e podem passar a imagem de que estão sorvendo todas as taças da felicidade, mas sua alegria é ilusória, sua vida é vazia e sua condenação no juízo é certa. É preciso abrir os ouvidos da alma para escutar a retumbante voz do salmista, quando conclui, dizendo: “Pois o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá”.