segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A importância da heresiologia na atualidade



Por Robson T. Fernandes

Por que se faz necessário estudar heresiologia na atualidade?
Será que heresiologia é um assunto importante?

Bem, o apóstolo Judas nos disse o seguinte:
Amados, enquanto eu empregava toda a diligência para escrever-vos acerca da salvação que nos é comum, senti a necessidade de vos escrever, exortando-vos a pelejar pela fé que de uma vez para sempre foi entregue aos santos (Jd 3)
De acordo com Judas, a pregação que conduz à salvação exige uma luta pela fé. Essa luta inclui uma defesa contra os ataques (apologética), uma correta compreensão do texto bíblico (hermenêutica / exegese) e uma correta aplicação desses textos para que não se caia em armadilhas e laços (heresiologia).
A heresiologia é o ramo da teologia que se preocupa com os falsos ensinos, para lhes responder a altura e de forma adequada.

Por definição, vem do grego hairesis e significa:

1. Seita, facção, grupo ou partido. Um grupo que defende determinada doutrina (At 5:17);

2. Ensino contrário a Sagrada Escritura (2 Pe 2:1).

Não só o surgimento, mas também o aumento da quantidade de heresias, dá-se como cumprimento de profecias bíblicas e sinal de alerta em vigor nos dias atuais para a Igreja, feita pela Bíblia.
O estudo da heresiologia além de importante é bíblico, pois Jesus alertou os seus (Mt 24:24); O apóstolo Paulo alertou a Igreja (Gl 2:4); O apóstolo Pedro alertou a Igreja (2 Pe 2:1-3); O apóstolo João alertou a Igreja (1 Jo 4:1); O apóstolo Judas alertou a Igreja (Jd 8); O profeta Isaías alertou o povo (Is 44:24-25); O profeta Jeremias alertou o povo (Jr 5:31); O profeta Oséias alertou o povo (Os 4:6); O profeta Ezequiel alertou o povo (Ez 13:2); O profeta Miquéias alertou o povo (Mq 3:5); O profeta Sofonias alertou o povo (Sf 3:4); O profeta Zacarias alertou o povo (Zc 13:4). Enfim, a Bíblia alerta para o falso ensino e o falso mestre.

Como poderemos identificar os ensinos falsos se desprezamos a heresiologia?

Infelizmente, nos dias atuais muitas pessoas têm buscado um suposto avivamento alicerçado na emoção e no bem estar social eclesiástico. O fato é que a doutrina bíblica genuína e verdadeira nem sempre trará um bem estar social eclesiástico, muito embora traga o bem-estar com Deus. Entendemos que todos os verdadeiros profetas do Antigo Testamento foram mortos pelos seus próprios conterrâneos (Mt 23:31,37). Jesus foi perseguido por trazer um ensino que se posicionava na contramão da vontade religiosa, e todos os apóstolos foram sacrificados por manterem a mesma posição. Agora, por que os supostos cristãos da atualidade têm buscado um caminho diferente daquele que o Autor e Consumador de nossa fé estabeleceu? Por que o cristianismo pós-moderno tem buscado a contramão da Bíblia, na busca por uma aceitação desenfreada de hereges em seu seio?
Como poderemos identificar Charles Darwin, William Marrion Branham, Joseph Smith, Daniel Brandt Berg, Hippolyte Leon Denizard Rivail, Ellen G. White, Kenneth Hagin, Charles Taze Russell, Cesar Castellanos, Benny Hinn, William Soto Santiago, José Luiz de Jesus Miranda, Paul C. Jong, Kenneth Coppeland, Valnice Milhomens e centenas de outros mais como hereges se negligenciarmos o estudo da heresiologia?
Ora, ao negligenciarmos tal ensino estaremos irremediavelmente nos tornando propensos a acreditar, respectivamente, que: Somos descendentes de símios: A Trindade não existe; Jesus é irmão de Lúcifer e Deus pratica sexo; O sexo fora do casamento é uma forma de evangelização; A reencarnação existe; Temos que guardar o sábado atualmente; Jesus possui a mesma natureza que satanás; Existem dois tipos de salvos, os que herdarão a Terra e os que herdarão o céu; Que o G12 é uma fórmula mágica bíblica; Que somos deuses; Que o anjo de Apocalipse 22:16 está entre nós hoje; Que Jesus reencarnou e está no nosso meio hoje; Que o batismo salva; Que uma das formas de Deus se manifestar ocorre quando alguém ri descontroladamente e se atira ao chão em queda livre inconscientemente; E que é necessário trazer as práticas judaizantes para a Igreja.
Bem, alguns questionam o fato da apologética e da heresiologia desmascararem os hereges e seus ensinos, como se isso fosse antiético. Na realidade, ética é um termo de origem grega e que pode ser traduzida como “costume” ou ainda como “propriedade de caráter”. Assim sendo, a ética é a “investigação geral sobre aquilo que é bom” (Moore GE. Princípios Éticos. São Paulo: Abril Cultural, 1975:4). Dessa forma, podemos compreender que em se tratando de ensino bíblico tanto a apologética como a heresiologia são éticas, porque se procuram com muita propriedade em investigar aquilo que é bom, ou seja, aquilo que é biblicamente bom e espiritualmente saudável.
A heresiologia é a ferramenta teológica, que associada com a apologética, apresenta a defesa para um cristianismo sadio.

Como disse Judas:

Amados, enquanto eu empregava toda a diligência para escrever-vos acerca da salvação que nos é comum, senti a necessidade de vos escrever, exortando-vos a pelejar pela fé que de uma vez para sempre foi entregue aos santos (Jd 3)
Em outras palavras, o cristão que é verdadeiramente diligente (zeloso e aplicado) em pregar o Evangelho genuíno de Cristo para que haja salvação verdadeira, e não apenas convencimento mental através de discurso fluente e enganador acompanhado de lotação de igrejas, este cristão genuíno, peleja (luta, batalha) pela fé bíblica verdadeira que foi entregue a quem é de fato santo (separado do pecado, isto é, das heresias).

Procuradoria da República Federal processa Pr. Silas Malafaia

AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO DE LIMINAR
0002751-51.2012.4.03.6100
Assinada pelo Procurador
JEFFERSON APARECIDO DIAS
Data: 16.02.2012



MPF-Procuradoria da República Em São Paulo

Assessoria de Comunicação*


"16/02/12 – PRDC quer que programa evangélico exibido pela Band veicule retratação por comentários homofóbicos.

Pastor Silas Malafaia defendeu “baixar o porrete” em participantes da Parada Gay; retratação deve ter, pelo menos, o dobro do tempo usado no comentário preconceituoso.

A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo quer que o programa “Vitória em Cristo”, exibido pela Rede Bandeirantes, veicule uma retratação pelos comentários homofóbicos feitos pelo pastor Silas Malafaia, no programa de 02 de julho de 2011. Utilizando gírias de baixo calão, o pastor defendeu “baixar o porrete” e “entrar de pau” contra integrantes da Parada Gay. A retratação deverá ter, no mínimo, o dobro do tempo utilizado nos comentários preconceituosos. A ação foi proposta hoje e tramitará em uma das varas cíveis da Justiça Federal de São Paulo.

“Os caras na Parada Gay ridicularizaram símbolos da Igreja Católica e ninguém fala nada. É pra Igreja Católica 'entrar de pau' em cima desses caras, sabe? 'Baixar o porrete' em cima pra esses caras aprender (sic). É uma vergonha”, afirmou o pastor evangélico, durante o programa. A associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais protocolou reclamação no Ministério Público Federal, o que motivou a abertura, pela PRDC, de um inquérito civil público para apurar o caso.

No curso do inquérito, Malafaia explicou à PRDC que tinha feito uma “crítica severa a determinadas atitudes de determinadas pessoas desse segmento social, acrescida também de reflexão e crítica sobre a ausência de posicionamento adequado por parte das pessoas atingidas”. E defendeu que as expressões “baixar o porrete” ou “entrar de pau” significam “formular críticas, tomar providências legais”.

Para o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias, as gírias têm claro conteúdo homofóbico, por incitar a violência em relação aos homossexuais. “Mais do que expressar uma opinião, as palavras do réu em programa veiculado em rede nacional configuram um discurso de ódio, não condizente com as funções constitucionais da comunicação social”, disse.

Durante o inquérito, Silas Malafaia pediu a seus fiéis, através do site “Verdade Gospel”, que enviassem e-mails em sua defesa ao procurador da República responsável pelo caso. Centenas de e-mails e correspondências foram, então, enviados ao gabinete de Dias. “Da mesma forma que seus seguidores atenderam prontamente o seu apelo para o envio de tais e-mails, o que poderá acontecer se eles decidirem, literalmente, “entrar de pau” ou “baixar o porrete” em homossexuais?”, questiona o procurador.

Dias afirma que, como líder religioso, Malafaia é formador de opiniões e moderador de costumes. “Ainda que sua crença não coadune com a prática homossexual, incitar a violência ou o desrespeito a homossexuais extrapola seus direitos de livre expressão”, argumentou. Por isso, a importância da retratação de seus comentários homofóbicos diante de seus telespectadores, além da abstenção de veicular novas mensagens homofóbicas.

A ação também é movida contra a TV Bandeirantes, a quem cabe evitar que outras mensagens homofóbicas sejam exibidas, além de veicular a retratação pedida pela PRDC. “A emissora é uma concessionária do serviço público federal de radiofusão de sons e imagens e deve compatibilizar sua atuação com preceitos fundamentais como o direito à honra e à não discriminação”, defende a ação.

“Ainda que haja a liberdade de culto e a liberdade de expressão, também previstas na Constituição Federal, a manifestação do pensamento não pode ser utilizada como justificativa para ofensa de direitos fundamentais alheios”, afirma o procurador.

A PRDC pede que seja concedida liminar para que Silas e Band sejam obrigados a se abster de exibir novas agressões verbais. Ao final da ação, uma vez condenados o pastor e a emissora, o MPF requer que o programa evangélico e a emissora sejam condenados a exibir, imediatamente, a retratação.

Dias lembra que a TV está presente em pelo menos 90,3% dos municípios brasileiros. “Trata-se de número enorme de pessoas expostas ou passíveis de exposição a manifestações de cunho homofóbico ou que incitem a violência de homossexuais”, afirma. Para ele, a demora judicial pode permitir que o réu continue “propagando tais mensagens, atentando continuamente contra direitos fundamentais de homossexuais”.

A ação também pede que a União seja condenada a, por meio da Secretaria de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, fiscalizar a referida exibição."

Leia aqui a íntegra da ação nº 0002751-51.2012.4.03.6100

Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Estado de S. Paulo
Mais informações à imprensa: Elaine Martinhão e Marcelo Oliveira
11-3269-5068/5368
ascom@prsp.mpf.gov.br
www.twitter.com/mpf_sp


Comentário do Blogueiro: Os evangélicos, que estão acostumados a ouvir o Pr. Silas, sabem interpretar de fato o que ele quis dizer. Tanto é verdade que não houve um único incidente de crentes distribuindo bordunadas em homossexuais. Pelo contrário, o tratamento sempre foi respeitoso.

Por outro lado, o Pr. Silas, há muito deveria saber que palavras como "baixar o porrete", "palhaços", "vagabundos" e outras o gênero, não devem sair da boca de nenhum crente, que dirá de um Pastor. A Bíblia é bem clara neste ponto: "Nenhuma palavra torpe saia da vossa boca; só a que for para edificação". Sou contribuinte do ministério do Pastor, daí, critico e tenho o direito de baixar "o porrete" (entenda-se: A língua) nas "costas" dele. Resumindo: Quem fala demais... acaba arranjando "sarna" para se coçar.

Quanto à liderança do movimento GLTB, acostumada a vilipendiar a religião e ícones dos outros, que se cuide. De agora em diante, podem levar uma enxurrada de processos para cada desrespeito religioso que praticarem. Está ficando cada dia mais do que evidente que essa liderança do movimento gay é useira e vezeira em discriminar crentes e ofender a Bíblia Sagrada.