quarta-feira, 7 de março de 2012

VISITAS DO MÊS DE DEZEMBRO DE 2009 ATÉ HOJE.


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O Problema é a Bíblia que atrapalha

A caminhada cristã é feita na estrada dos absolutos.
Por esta razão os profetas bradaram sua voz contra poderosos reis, sistemas religiosos corruptos e a própria cultura adoecida de suas gerações. O elemento solidificador de sua mensagem era a inspiração divina, que com severidade ecoava: “Assim diz o Senhor”.
Reformas como a do tempo de Josias (2ª Crônicas 34.1-35.19), e os reformadores como Esdras e Neemias, tiveram como coluna mestra e rocha de construção a comunicação divina através da Palavra de Deus. Em nenhum desses momentos de tensa dramaticidade para o povo de Judá foram-lhes oferecidas “revelações” atípicas, rituais estranhos, subterfúgios místicos ou transes embriagantes, mas, o modificador da vida e das diárias do povo era a Palavra Absoluta de Deus.
A vida e obra do Messias foram respaldadas por cerca 300 profecias a seu respeito e todas se cumpriram cabalmente. O Mestre co-relatava suas ações com o que estava estabelecido nas Escrituras. Algumas de suas afirmações acerca delas foram: que não podem falhar (João 10.35); erravam por não a conhecerem, nem o poder de Deus (Mateus 22.29); que os acontecimentos em torno do seu ser e sua história era para o seu cumprimento (Mateus 26.54,56); que ela dava testemunho sobre Ele, Jesus (João 5.39); que elas eram suficientes para o conhecimento da salvação (Lucas 16.29-31) e que era a verdade (João 17.17).
O caminhar dos apóstolos e discípulos na implantação da Igreja de Cristo teve sempre como patamar a proclamação da Palavra de Deus. O Senhor comissionou-os a ensiná-la (Mateus 28.20). Felipe anunciava Jesus através dela (Atos 8.35). Paulo testificou sua inspiração e fidelidade (2ª Timóteo 3.16). Para Pedro – concordando com Salmos 119.105 – era como uma candeia a iluminar em lugar escuro, e jamais podia ser particularizada por indivíduos para os seus próprios desejos (2ª Pedro 1.19-21). Pedro, também tinha plena consciência de sua eternidade (1ª Pedro 1.24,25). O escritor de Hebreus a identifica como viva, eficaz e espada de dois gumes com uma ação imanentemente transcendente em toda criação (Hebreus 4.12).
A Reforma Protestante foi um movimento de retorno ao estudo, ensino da Bíblia na prática de vida da Igreja. Nada foi tão poderoso para abalar as estruturas de poder de uma religião perdida e corrompida do que a argumentação de que a Bíblia, somente a Bíblia é a única regra de fé e prática (Sola Escriptura).
Como podemos perceber os avivamentos na história da Igreja é uma seqüência de retornos a obediência ás Escritura Sagradas.
Para os protestantes, os “crentes”, a Bíblia está acima qualquer outra revelação, tradição ou concílio. Aliás, qualquer sonho, qualquer profecia, qualquer movimento, qualquer avivamento, qualquer prática, qualquer ensino tem que se coadunar com a Palavra, de outra forma seja anátema, ainda que seja um anjo a bradar. (Gálatas 1.8)
Eu pensava que era assim!
Visite uma “igreja” em qualquer dia, qualquer “culto”. Principalmente aquelas dos novos movimentos, dos “moveres”, dos “mistérios”, as neo-pentencostais e você testemunhará o absoluto da Palavra de Deus, a Bíblia, ser descaradamente colocada em segundo plano, esquecida, relegada, ou ainda pior, distorcida e aviltada.
Adivinhações, “visões”, profecias antropocêntricas, mensagens de auto-ajuda, metralhadoras para matar o capeta, gente rodando como carrapetas sem razão, disparate de falação em línguas e promessas de vitórias subjetivas e sofismadas que não se concretizam. Some-se a isso a música sendo usada como um mantra hipnotizante que induz os participantes a gestualidades assustadoras e paranóicas.
Meu Deus! Meu Deus!
Que “igreja” é essa?
Em que parte não entenderam: “ ordem e decência”?
Em que lugar foi perdido a cristocentricidade do Culto?
Em que lugar aprenderam que o Pai, o Filho e o Espírito vivem a nos servir como garçons celestiais a nos fornecer como marmitas as “bençãos”, que nada são a não ser desejos mesquinhos de vil metal e de pisar, humilhar e derrotar quem por alguma razão nos ofendeu?
Cansei de ver pregadores que nem sequer a Bíblia consultava para suas prédicas. Ficava deveras confuso com essa anti-prática cristã, até que compreendi o problema da Bíblia, é que ela, nesses casos, só atrapalha.
Em Cristo, a Palavra da Verdade.

FÉ: UMA CRENÇA ILÓGICA NO QUE NÃO SE PODE PROVAR?

Por John Stott

Quisera saber se há outra virtude cristã mais mal compreendida do que a fé. Comecemos com dois aspectos negativos.


Primeiro, fé não é credulidade. O americano H.L. , Menvhekn, crítico anti-sobrenaturalista do cristianismo, certa vez afirmou que “a fé pode ser definida concisamente como sendo uma crença ilógica na ocorrência do improvável”. Mas Mecken errou: Fé não é credulidade. Ser crédulo é ser ingênuo, completamente desprovido de qualquer crítica, sem discernimento, até mesmo irracional, no que crê. Porém é um grande erro supor que a fé e a razão são incompatíveis. A fé e a visão são postas em oposição, uma à outra, nas Escrituras, mas nunca a fé e a razão. Pelo contrário, a fé verdadeira é essencialmente racional, porque se baseia no caráter e nas promessas de Deus. O crente em Cristo é alguém cuja mente medita e se firma nessas certezas.

Em segundo lugar, fé não é otimismo. Nisso é que parece que Normam Vicent Peale se confundiu. Muito do que ele escreveu é certo.

Sua convicção básica refere-se ao poder da mente humana. Ele cita William James, que disse que “a maior descoberta desta geração é saber que os homens podem mudar suas vidas alterando suas atitudes mentais” e Ralph Waldo Emerson, “o homem é o que pensa durante todo o dia”. Assim, o Dr. Peale desenvolve sua tese sobre o pensamento positivo, o qual ele acaba por igualar (erradamente) com a fé. O que é precisamente essa “fé pela qual advoga?” Seu primeiro capítulo do livro O Poder do Pensamento Positivo tem o significativo título de “Tenha Confiança em Si Mesmo”.
No capítulo 7 (“Espere sempre o Melhor e Consiga-o”) ele faz uma sugestão que garante que dará certo. Leia o Novo Testamento, diz ele, destaque “uma dúzia de conceitos sobre a fé, os que mais gostar”, e procure memorizá-los. Que esses conceitos de fé permeiem sua mente consciente. “Repita-os muitas vezes”. Eles se impregnarão em seu subconsciente e esse processo o transformará num crente”. Até que isto parece ser algo promissor. Mas, espere um pouco. Quando a Bíblia se refere ao “escudo da fé”, prossegue ele, ela está ensinando uma “técnica de força espiritual”, a saber, “fé, crença, pensamento positivo, fé na vida. Esta é a essência da técnica que ela ensina”. O Dr. Peale prossegue citando alguns versículos maravilhosos, tais como “se podes! Tudo é possível ao que crê”; “se tiverdes fé ... nada vos será impossível”, e “faça-se-vos conforme a vossa fé”. Mas, então ele estraga tudo, ao explicar este último texto da seguinte maneira: “de acordo com a fé que você tiver em si mesmo, em seu emprego, em Deus, é o que terá e não mais do que isso”.
Estas citações bastam para mostrar que o Dr. Peale aparentemente não faz nenhuma distinção entre a fé em Deus e a fé em si mesmo. De fato, o que ele demonstra é não se preocupar absolutamente com o objeto da fé. Ele recomenda, como parte de seu sistema de acabar com as preocupações, que a primeira coisa a fazer todas as manhãs, ao acordarmos e antes de nos levantarmos, é dizer em voz alta “eu creio!” três vezes; mas ele não nos diz em que devemos estar afirmando que cremos com tanta confiança e insistência. As últimas palavras de seu livro são simplesmente “tenha, pois, fé, e viverá feliz”. Mas fé em que? Crer em quem? Para o Dr. Peale a fé não passa de mais uma palavra para exprimir autoconfiança, ou um exagerado e não fundamentado otimismo. Ouvi dizer que o Dr. Peale mudou seu ponto-de-vista depois de Ter escrito este livro, mas o livro acha-se ainda em circulação, e sendo lido. E nesse livro parece estar bem claro que o seu pensamento positivo é, no fim das contas, meramente um sinônimo para “fé naquilo que a gente quer que seja verdade”.
O mesmo se pode dizer com relação ao Sr. W. Clement Stone, o filantropista e fundador de “Atitudes Mentais Positivas”. “De simples homens comuns fazemos super-homens”, diz ele, pois desenvolveu “a técnica de vendas para acabar com todas as técnicas de vendas”. Porque “você pode até mesmo vender-se a si próprio, recitando da mesma maneira como fazem os vendedores da AMP todas as manhãs: “estou contente, tenho saúde, sou o máximo!

“Mas a fé cristã é bem diferente do “pensamento positivo” de Peale e das “atitudes mentais positivas” de Stone. Fé não é otimismo.

Fé é uma confiança racional, uma confiança que, em profunda reflexão e certeza, conta o fato de que Deus é digno de todo crédito.

Por exemplo, quando Davi e seus homens voltaram a Zicagle, antes dos filisteus terem matado Saul na batalha , um terrível espetáculo os aguardava. Na sua ausência os amalequitas tinham saqueado a sua aldeia, incendiando as suas casas e levado cativas as suas mulheres e crianças.
Davi e seus homens choraram “até não terem mais forças para chorar” e então, na sua amargura, o povo cogitou de apedrejar a Davi. Era uma crise séria e Davi facilmente poderia Ter-se deixado cair no desespero.

Mas, em vez disso, lemos que “Davi se reanimou no Senhor seu Deus”.

Esta era uma fé verdadeira. Ele não fechou seus olhos aos fatos. Nem tentou criar sua própria autoconfiança, ou dizer a si mesmo que se sentia realmente muito bem. Não. Ele se lembrou do Senhor seu Deus, o Deus da criação, o Deus da aliança, o Deus que prometeu ser o seu Deus e colocá-lo no trono de Israel. E à medida em que Davi se recordava das promessas e da fidelidade de Deus, sua fé crescia e se fortificava. Ele “se reanimou no Senhor seu Deus”.
Assim, pois, a fé e o pensamento caminham juntos, e é impossível crer sem pensar. CRER É TAMBÉM PENSAR!