quarta-feira, 28 de março de 2012

VISITAS DO MÊS DE DEZEMBRO DE 2009 ATÉ HOJE.


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ONDE O NOSSO BLOG ANDA

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Quanto mais “rezo” mais assombração me aparece


Definitivamente eles não se cansam. A cada novo dia uma nova “tolice” tem sido inventada. Veja por exemplo esse seminário (cartaz abaixo) sobre proteção espiritual da criança. Pois é, no seminário em questão, os pastores de GEZUIS, prometem ensinar princípios bíblicos e práticos de libertação para a criança.
Calma! Foi isso mesmo que você leu! Os caras prometem ensinar como libertar as crianças do poder do demo! Triste isso não?
Ora, tudo bem que precisamos instruir as crianças quanto ao poder do ocultismo, da música, dos games, dos desenhos animados e etc, todavia, promover sessões de libertação na garotada é um pouco demais, não é verdade?
Bom, lamentavelmente existem pessoas que vêem o diabo em tudo e que fazem de dele um segundo Deus. Tais indivíduos construíram em suas mentes a idéia de que a vida é um grande conflito entre forças opostas.
O Movimento de Batalha Espiritual tem contribuído efetivamente com a propagação deste conceito, concedendo a Deus e o diabo; pesos idênticos. Para estes, a vida é uma grande trincheira, onde satanás e o nosso Deus lutam de igual para igual pelas almas da humanidade. Esta afirmação aproxima-se em muito da antiga heresia conhecida como maniqueísmo que ensinava que o universo é dominado por dois princípios antagônicos e irredutíveis: Deus ou o bem absoluto, o Diabo ou o mal absoluto. Infelizmente por considerar o bem e mal, como forças idênticas em peso e poder, os pregadores desta doutrina rejeitam a soberania de Deus sobre o inimigo de nossas almas.
Caro leitor, as Escrituras Sagradas em momento algum nos mostram um mundo dualista onde bem e mal protagonizam batalhas pirotécnicas cujo final é imprevisível. Antes pelo contrário, ainda que a Bíblia nos mostre as ações ardilosas de nosso inimigo, os quais não devem ser desprezadas, ela jamais trata do diabo como alguém que tem poder para se opor a vontade soberana de Deus.

Por favor, pare, pense e responda: Quem está regendo os acontecimentos na terra, Deus ou o diabo? Quem reina majestosamente no céu, Deus ou o diabo? Quem a Bíblia diz que estabelece e destitui reis, conforme a sua soberana vontade?

Ora, a visão de Deus reinando de seu trono é repetida nas Escrituras inúmeras vezes (I Rs 22.19; Is 6.1; Ez 1.26; Dn 7.9; Ap 4.2). Na verdade, os muitos textos bíblicos possuem a função de nos lembrar em termos explícitos, que o SENHOR reina como rei, exercendo o seu domínio sobre grandes e pequenos. O senhorio de Deus é total e nem mesmo o diabo pode deter seu propósito ou frustrar os seus planos.

Os neomaniqueistas sem que percebam rejeitam o governo de Deus na história, fundamentando sua fé em achismos e impressões absolutamente antagônicas ao ensino bíblico. Nas doutrinas neomaniqueistas, Caim virou Vampiro, portais dimensionais se abriram, trazendo a tona lobisomens, dentre outras lendas e superstições absurdas. Além disso, batalhas hercúleas são travadas a cada dia no mundo espiritual por Deus e o diabo, demonstrando assim o “quão forte e poderoso é o inimigo de nossas almas”.

Caro leitor, Jesus Cristo é o libertador e rei triunfante, é o autor e consumador de nossa fé, o Senhor da gloria. Sobre ele satanás não teve controle, nem tampouco poder. Através da morte na cruz , Cristo quebrou as forças opressoras do diabo, transportando-nos graciosamente para o Reino de Deus Pai. A guerra já foi vencida! Louvado seja o seu santo nome por isso! Satanás não tem poder sobre os eleitos de Deus! Somos de Cristo, e com Cristo viveremos por toda eternidade!

Nossa Apologética Tem De Apontar Para Cristo


Por Nathan Busenitz
O alvo da apologética deve ser evangelístico e, assim sendo, sua mensagem deve estar centrada na pessoa e obra de Jesus Cristo. Ele é a resposta a todos os males sociais e a cada coração que o busca. “Mas nós pregamos a Cristo crucificado”, Paulo explicou aos coríntios, “escândalo para os judeus, loucura para os gentios” (1 Co 1.23). De maneira semelhante, disse aos crentes de Colossos: “o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” (Cl 1.28). Armado com o lema “para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21), Paulo enfrentou o mundo como embaixador de Cristo, rogando aos ouvintes “em nome de Cristo, vos reconcilieis com Deus” (2 Co 5.20). Ele jamais tomou uma posição apologética que não apontasse para Cristo. Quer no Areópago (At 17) quer no tribunal diante do governador romano (At 26), a defesa da fé feita por Paulo sempre era centrada no evangelho (1 Co 15.3-4).
Uma apologética que deixa de apresentar o evangelho por inteiro deixa no mesmo lugar os pecadores: ainda perdidos. Até confessarem Jesus como Senhor e crer que Deus o ressuscitou da morte, eles permanecem mortos em seus pecados (Rm 10.9). Sua eternidade depende do que farão com Jesus Cristo. À pergunta: “O que devo fazer para ser salvo?” Jesus é a única resposta (At 16.30-31). Para o problema do pecado, ele é a única solução. Como disse João Batista a respeito de Jesus: “quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo 3.36).
Não podemos nos contentar com uma abordagem apologética que diminua ou negligencie o evangelho. Afinal de contas, nossa meta final não é apenas converter os ateus ao teísmo ou evolucionistas ao criacionismo, mas chamar os incrédulos (quer sejam eles ateus ou teístas, evolucionistas ou criacionistas) a receberem Jesus Cristo. Os argumentos quanto ao teísmo e criacionismo são importantes, mas a apologética cristã será incompleta se parar por aí e não proclamar o evangelho.
Uma ilustração disso está no fato de que muitos evangélicos deram grande valor à conversão do renomado ateu britânico Antony Flew do ateísmo para o teísmo. Ele documentou sua mudança de ideia no livro There is a God, onde admitiu que os argumentos do projeto inteligente o levaram a “aceitar a existência de uma Mente infinitamente inteligente”. [1] No fim do livro, Flew nota que poderia estar aberto ao cristianismo, mas não chega a reconhecer nenhum compromisso pessoal com Cristo. Por sua parte, Flew se identifica como deísta. [2]

Como avaliar esse tipo de conversão? Por um lado, alegramo-nos porque um renomado ateu renunciou publicamente seus erros anteriores. Podemos ser gratos pelos esforços daqueles que, por sua influência, o ajudaram a ver a falência filosófica do sistema ateu. Mas não podemos estar completamente satisfeitos com o resultado, pois o Professor Flew não se tornou cristão.
Quando o apóstolo Paulo esteve diante da oposição, quer no areópago quer diante de Festo e Felix, não se contentou apenas em convencer seus ouvintes da existência de Deus. Na verdade, eles já eram teístas. Contudo, eles tinham renhida necessidade de se reconciliarem com Deus, razão pela qual a mensagem de Paulo era centrada no evangelho de Jesus Cristo. Em uma época quando o ateísmo naturalista ganha aprovação popular, poderá ser tentador pensar que defender a existência de Deus deva ser nosso principal alvo. Mas se deixarmos de fora a mensagem cristocêntrica do evangelho, nosso trabalho apologético ficará incompleto. [3] Fomos comissionados a fazer discípulos do Senhor (Mt 28.18-20), não apenas teístas. Assim, pregamos Cristo crucificado a todas as pessoas, quer elas creiam quer não creiam em Deus.

[1] Antony Flew, There Is a God (New York: HarperCollins, 2007), 158.
[2] Antony Flew e Gary R. Habermas, “My Pilgrimage from Atheism to Theism: An Exclusive Interview with Former British Atheist Professor Antony Flew,” Philosophia Christi 6, no. 2 (Winter 2004). Online at www.biola.edu
[3] Se nos esquecermos da mensagem do evangelho que é centrada em Cristo, corremos o perigo de nos juntar a outros teístas, incluindo cristãos não evangélicos, em um esforço de convencer os não teístas a tornarem-se teístas.
Fonte: Blog Fiel

Bíblia não é papo de botequim


Por Bispo Walter McAlister
Existem assuntos que claramente cabem numa boa conversa de botequim. São esquentados. Não exigem muito conhecimento. São uma questão de gosto ou de opiniões formadas com muito pouco fundamento: Flamengo ou Vasco, PT ou DEM, globalização ou protecionismo, torresmo ou vegetarianismo, surf ou xadrez, chocolate ou baunilha.
Blogs não são botequins. São fóruns que existem, muitos deles, para que um teólogo, filósofo ou apologista contribuam com os seus pensamentos a um diálogo, em torno de assuntos de maior ou menor importância. Minha sobrinha tem um blog para mães chamado “Potencial Gestante”, por exemplo. Há blogs que tratam de inúmeros assuntos (política, saúde, consumo, criação de cachorros ou cavalos, e por aí vai), acrescentando informação e opiniões, influenciando e debatendo.
Mas teologia não é futebol, nem tampouco política. Teologia é a busca da Verdade contida nas Sagradas Letras. Tratar teologia requer ponderação, estudo, temor a Deus, um espírito voluntário, humildade pedagógica e amor pelas coisas de Deus, acima de tudo. Teologia requer um coração que considera a Bíblia uma autoridade à qual devamos nos submeter. A busca das verdades contidas nas suas páginas não é uma questão de se educar para afiar seus argumentos. É uma peregrinação por lugares sagrados. É um processo que nos faz ficar antenados à própria voz de quem nos criou.

Tenho aberto o assunto da eleição divina aqui no blog. Confesso que, em pouco tempo, me conscientizei do fato de não ser um fórum no qual poderei expor a doutrina com a clareza e riqueza que ela merece. É bíblica? Não há a menor dúvida quanto a isso. Como funciona? Quais são os critérios que Deus emprega ao eleger uns para a salvação? Bom, eu teria que ser Deus para responder isso. Sei que não há maldade no Senhor. Ele não é um Deus cruel. Ele não brinca com a sua criação. E não é menos misericordioso do que nós. Sim, muitos chegam a dizer, “como pode Deus…..?”. Chegamos ao absurdo de tentar interpelar Deus. “Se o que as Escrituras dizem tem mérito, então Deus é um monstro”, alguns chegam a ousar dizer. Que insensatez, meu Deus! Que arrogância! Nós, que somos o barro, apontamos um dedo de pó ao oleiro e o acusamos? Quanta jactância! Absurda atitude!

E então começam as farpas, as frases de efeito. A conversa de botequim “pega fogo”. Os “achólogos” se exaltam. Acusamos uns aos outros de loucos, irresponsáveis, idiotas, obtusos, radicais, frouxos e coisas piores. Para dizer a verdade, pecamos. Pecamos muito. Pecamos por falta de saber dividir bem a Palavra da Verdade, pois não somos obreiros aprovados. Aliás, vou até lembrar as palavras exatas de Paulo, como registradas em 1 Timóteo 2.15: “Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade”.

Muitas das discussões que giram em torno do assunto da soberania de Deus, da sua eleição divina, são francamente vergonhosas. Com bravata, ânimos exaltados e uma parcela ínfima de conhecimento, muitos desfilam a sua vergonha e a sua absoluta ignorância das Escrituras. Não são obreiros aprovados. Entenda… tudo o que falamos, falamos perante a face de Deus. Todo debate acontece perante a face de Deus. E quando discursamos em torno da Bíblia, estamos tratando da PALAVRA DA VERDADE. Sua opinião, preferência e sensibilidade são irrelevantes. O seu fel é uma afronta a Aquele que sopra as Escrituras, pois “TODA Escritura é inspirada por Deus” (2 Tm 3.16a).

O próprio apóstolo, ao falar para o seu discípulo e Bispo de Éfeso, criado na disciplina das Sagradas Letras pela sua mãe e avó, o admoestou: “Reflita no que estou dizendo, pois o Senhor lhe dará entendimento em tudo.” (2 Tm 2.7).

As discussões que ouço não são fruto de reflexão. Nem tampouco me parecem fruto de leitura. São baseados no que alguém disse, no que alguém pregou, no que alguém opinou. E agora, com o peito cheio de ar quente, esbravejamos o nosso repúdio desinformado e irrefletido, ofendendo e fazendo pouco de pessoas que procuram mergulhar na Palavra da Verdade. Mas… não fazemos isso para nos promover ou nos elevar acima dos demais. Não fazemos isso para achar um gancho pelo qual podemos nos considerar como superiores aos “ignorantes brutalizados e biblicamente analfabetos”. Se procuramos aprender, é porque amamos a verdade – A Verdade. Se o fazemos, é porque sentimos que. ao trilhar pelos caminhos do Senhor, acharemos paz para as nossas almas cansadas. Tomamos o jugo e aprendemos dele, que é manso de espírito.

Há calvinistas arrogantes? Claro. Assim como qualquer postura teológica tem os seus arrogantes. Pois gostam de ir para os “botequins” teológicos para dar uma safanada na cabeça dos que “nada entendem”. Que vergonha. Os jovens que acabam abraçando essaconvicção, e que ainda não entendem como a vida do próximo é preciosa, querem mostrar acima de tudo e do amor ao próximo que estão certos.

Meu Deus! A verdade nos liberta, não nos dá razão. Ter razão é vaidade. Quem quer “ter razão” está num projeto de vanglória e despreza o seu irmão. Creio que o meu tratamento deste assunto deve acabar por aqui. Mas eu seria omisso se não apontasse para recursos preciosos para os que querem se aprofundar no que é bom e edifica.

Um dos livros que ajudará quem quiser realmente entender o Calvinismo é Vivendo para a Glória de Deus, de Joel Beeke (Editora Fiel). Outro, maior ainda, é A Glória da Graça de Deus, editado por Franklin Ferreira (Editora Fiel). Quero deixar bem claro aqui que não tenho vínculo com a Fiel. Mas são livros que recomendo simplesmente porque são ótimos para o real entendimento.

Sei que os botequins teológicos continuarão a ferver com os “achólogos” de plantão – obreiros ainda não aprovados, pois não sabem “manejar a palavra da verdade”, mas que, nem por isso, se inflamam por argumentos apaixonados e humanistas. O divino não é desumano. Mas o humano não é divino, tampouco.

Fica aqui o meu apelo. Aos que imaginavam que eu iria dirimir todas as suas dúvidas sobre o Calvinismo, peço copiosas desculpas. Não é possível fazê-lo num blog. Livros servem para isso blogs não. Espero ter, no mínimo, mostrado o que está em jogo. Espero ter provocado os que honestamente querem entender o assunto. Então, sou calvinista? Não inteiramente. Tenho diferenças pontuais com muitas das afirmações de Calvino. Sou reformado? Sim. Acima de tudo, sou um Cristão, um que ama a verdade e A Verdade. Quero chegar ao Céu e levar todos que puder comigo. Não quero ofender, além da ofensa que já acompanha a proclamação da verdade. Procuro conciliar e arrazoar. É o meu compromisso aqui. Se algum mérito houver no que disse, fique comigo, pois é assim que continuarei a tratar os assuntos neste blog.

Que Deus tenha misericórdia de todos nós. Amém.