quarta-feira, 27 de junho de 2012

‘Se Deus é bom por que Ele permite a dor?’ Maurício Zágari responde

A pergunta que não quer calar. Quem gosta de sofrer? Muitos já fizeram essa pergunta, “Se Deus é bom por que Ele permite a dor?” Um escritor cristão responde. Maurício Zágari, autor do livro vencedor do Prêmio Areté 2011 como Autor Revelação e Melhor livro de Ficção/Romance – com o livro “O Enigma da Bíblia de Gutemberg“, escreveu em seu blog sobre o assunto, revelando seus sofrimentos pessoais por meio de uma doença incurável. “Se Deus é bom por que Ele permite a dor? Por que o Deus que é amor permite tanto sofrimento, até entre seus filhos?” pergunta ele. O autor revela que possui um doença incurável há 16 anos, chamada fibromialgia, que o faz sentir dor 24 horas por dia, 7 dias por semana. Segundo ele, ela não tem cura e o impede que desempenhe uma série de atividades físicas, como digitar no computador, dirigir, carregar peso, fazer exercícios, entre outros. Assim, falando como um esperto no assunto “sofrimento”, ele diz que muitos tem o mesmo questionamento sobre a permissão de Deus em deixá-los nessa condição. “Quanto e quantos de nós já não passamos por situações de dor – seja física, moral, emocional ou de qualquer outro tipo – e questionamos o Senhor sobre nossa condição? Isso já aconteceu comigo e certamente também com você”. Maurício diz ter sofrido muito, não somente com os sintomas da doença, mas também pela reação das pessoas que chegam a não acreditar na doença por não entenderem a “moléstia invisível”, visto que a doença não pode ser detectada através de exames. Mas Zágari afirma que acredita que o Senhor o deixa passar por isso para que no futuro possa auxiliar outras pessoas que venham a passar pela mesma situação e solidificar seu relacionamento com Cristo. “Em outras palavras, penso que Deus autoriza a dor para que mais à frente possamos usar a experiência advinda desse sofrimento com o objetivo de ajudar o próximo que esteja vivendo aquilo que já vivemos. E, nesse ajudar, tanto quem ajuda quanto quem é ajudado desenvolve, fortalece e solidifica muito seu relacionamento com Cristo.” Numa postagem anterior, ele diz que a doença lhe permitiu glorificar o nome de Deus. “Pelo menos 9 pessoas de minha família foram salvas por Jesus de um modo ou de outro por causa dessa minha doença, por caminhos que você não imagina”. Ele também afirma que desde que a doença manifestou-se no seu corpo, ele traduziu 17 livros cristãos, usando um software de ditado vocal e escreveu quatro livros com o velho método de caneta sobre caderno. “Deus tem me dito que ‘Sua graça me basta’ e tem me dado meios e alternativas – assim consegui sobreviver aos meus últimos 16 anos.” Apesar de ainda continuar a orar pela cura, ele fala como isso o aproximou mais de Cristo, de uma maneira prática e não teórica. “(…) parei de ver Cristo como um personagem e passei a enxergá-lo como uma pessoa. Deixei de buscá-lo por interesse, como o balconista que poderia me dar algo, e comecei a ter intimidade com Ele, a ter uma relação pessoal, de diálogo, de compartilhamento.” Maurício hoje quase não toca no assunto de sua enfermidade e diz não “murmurar” ou “lamuriar mais”. Ele ora todos os dias pedindo a cura e acredita veementemente que as coisas ruins que acontecem servem para ajudar aqueles que passam pela mesma situação e dar glória a Deus. Assim, ele urge aos cristãos que “você possa usar o seu sofrimento, e aquilo que com ele aprender, para a glória do Criador do Universo e para ajudar o seu próximo”.

Quando perdoar se torna fácil!

E José lhes disse: Não temais; porventura estou eu em lugar de Deus? Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida. Gênesis 50:19-20 Contemplamos uma excelente teologia na vida de José. Ninguém que tem o caráter de José poderia ter uma má teologia. Este homem tem uma visão correta de Deus. O que ele diz aos seus irmãos tem uma importância espiritual tremenda: "Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia..." - Essas palavras são um manual da doutrina cristã da Providência de Deus. Podemos defini-la assim: é a ação santa, poderosa e sábia de Deus que rege TODAS as Suas criaturas e todas as suas ações. Nem um pardal cai no chão sem o controle de Deus, sem que seja expressão de Sua vontade, todos os cabelos de nossa cabeça estão contados... Ele governa tudo... Nada acontece sem Deus. Como essa doutrina ( negada por muitos ao tentar aumentar o homem e diminuir Deus ) foi essencial para José. Doutrina correta é indispensável para vida correta, caráter correto... José atravessou dificuldades enormes. Imagine ele na prisão, sofrendo injustiça nas mãos de seus irmãos... Sem precisar ouvir tantos sermões e sem resistência a Verdade, em Sua bondade Deus lhe ensinou a doutrina da Providência: que o propósito de Deus em Sua Soberania absoluta está controlando e determinando os acontecimentos de nossa vida. E agora então José está pregando este sermão maravilhoso aos seus irmãos: "O que vocês fizeram a mim quando eu ainda era um garoto, foi pura maldade, mas com isso Deus estava determinando algo bom em Seu perfeito plano”. Um velho puritano disse: "Deus pode desenhar uma linha reta com uma vara torta". Ou seja, coisas que para nós parecem confusas e incompreensíveis, são coisas que Deus está usando para trazer a realidade a Sua límpida e clara vontade. Ele desenha uma linha reta com uma vara torta. José pregou essa boa teologia ainda com lágrimas nos olhos ao se dar conhecer aos irmãos. Ele não queria humilhar os irmãos ou atacá-los de qualquer forma que seja, ele estava os instruindo e ensinando uma boa teologia. A Bíblia está cheia de ilustrações sobre o controle da Providência de Deus sobre tudo. Olhe o pecado de Adão. O representante legal de todos os homens pecou e se rebelou contra Deus. O que poderia ser pior? O pecado entrou no mundo e passou a todos, porque todos morreram em Adão. Nascemos pecadores e culpados. E tudo que fazemos como homens naturais expressão isso. Nós merecemos a ira de Deus, o inferno, a maldição e a condenação. Simplesmente é inacreditável os homens se queixarem porque crianças morrem tão jovens, porque tanta miséria no mundo e em nossa vidas, doença, tristeza... Não há como compreender porque as pessoas se surpreendem com isso. Se você começar com a opinião bíblica sobre a humanidade, que somos maus, então, é claro, todas essas coisas - tristezas, tribulações... serão esperadas. Agora, o que Adão fez por maldade, Deus usou e determinou para o bem. Qual foi o bem vinda através do pecado de Adão? Deus deste o princípio planejou nos dar outro Adão, um Adão infinitamente melhor, o último Adão - Cristo! A revelação de Seu Filho! Um Salvador! Um Redentor! Aquele que tem uma justiça perfeita, divina, eterna! Infinitamente melhor do que Adão jamais poderia ter sido. Que revelaria toda a Glória só conhecia pela Trindade por toda a eternidade! E não graças a Adão, mas tudo graças a Deus. Você vê como a doutrina de José se encaixa como uma chave perfeita na fechadura da história? Adão agiu com um propósito mal, mas Deus tinha um propósito perfeito para aquilo, Ele tornou aquilo num bem infinito: "Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem" - Gênesis 50:20 Mas não há melhor exemplo disso do que a Cruz do Calvário. Todos nós, os salvos, fomos resgatados através de um assassinato cruel que foi determinado desde toda a eternidade: "...do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo". Apocalipse 13:8 - No Calvário o homem deu o seu pior. Nenhuma maldade se compara aos acontecimentos daquele dia. Se Deus pôde usar os atos mais cruéis da história para realizar a coisa mais maravilhosa jamais ouvida, então todos os outros eventos da vida humana nada são para Sua Providência invencível! A Cruz é, ao mesmo tempo, o maior pecado da história e a maior benção da história. Quem diz se gloriar na cruz e não vê a Providência e o controle Soberano de Deus em todas as circunstâncias da vida, ou os nega, está em perfeita contradição. Pedro, no primeiro sermão da era da igreja, proclamou exatamente esta verdade: "A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela" - Atos 2:23-24 O mundo crucificou Cristo pela maldade e depravação de seu coração: "...a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más" - João 3:19. E eu e você temos participação direta nessa maldade insana - nossos pecados o levaram a cruz. Mas Deus em Seu Plano eterno determinou e usou isso para o bem. A maior maldade da história resultando por causa da providência soberana de Deus no maior bem. José chorou quando estava falando com seus irmãos. Lembrou da Soberania e Providência perfeitas de Deus, lembrou de como Deus usou caminhos inacreditáveis em sua vida e glorificou a Deus. Ele poderia perdoar seus irmãos com muita facilidade, porque ele conseguiu ver em tudo a mão invisível de Deus operando para o seu bem. Ele foi ferido, tratado injustamente... tudo que poderia ser para o seu mal, Deus redundou em bem. Devemos esperar a roda dar o giro completo. Vamos descobrir que não perdemos nada por sermos pacientes, por engolir a raiva, por ter um espírito perdoador de acordo com o padrão de nosso Salvador: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (Lucas 23.34). Olhe para o que José diz aos seus irmãos. Era o momento ideal para José feri-los, mas ele diz: "Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e a vossos filhos. Assim os consolou, e falou segundo o coração deles" - Gênesis 50:21 É fácil imaginar como ele poderia dar o troco aos seus irmãos sendo governador de todo o Egito. Mas ele põe a mão em seus ombros e beija as suas faces. Ele diz - Judá, não tenha medo; Simeão, não tenha medo; Benjamim, meu irmão, não tenha medo... não lhes farei mal, vou alimentá-los e cuidarei de seus filhos. Irei fazer a vocês todo o bem possível enquanto eu viver. Isso é cristianismo! Isso é semelhança com Cristo! "Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”. Efésios 4:32 Somente a compreensão das doutrinas sobre Deus podem levar a uma vida que o exalta.

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É impossível o impossível ser impossível

Fé. Gosto da definição de Hb 11.1, “a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”. Ela é perfeita. Mas ousei cunhar uma definição minha, à qual costumo me remeter sempre: fé é crer que é impossível o impossível ser impossível. É pela falta de fé que pecamos. É pela fé que somos salvos. Fé em Cristo é o alicerce do Evangelho. Fé é o alicerce da vida terrena. Portanto, o cristão sem fé é o pior tipo de cristão que há, simplesmente porque não atende aos pré-requisitos para ser cristão. A pessoa cristã sem fé é uma derrotista, acha que seu caso não tem jeito, se guia pelas circunstâncias. Não acredita que conselhos humanos ou mesmo intervenções divinas serão capazes de mudar sua situação. Ela prefere viver a infelicidade em segurança do que o risco em esperança. E inconscientemente age sob o lema “nada posso naquele que me fortalece”. A Bíblia é fé de Gênesis a Apocalipse. Em Gênesis, por não ter tido fé no que Deus alertou sobre o fruto proibido, Adão e Eva pecaram. Em Apocalipse 21.8, o texto alerta que “os covardes (…) o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre”. No original grego, a palavra traduzida aqui como “covardes” ou, em outras versões, “tímidos”, é deilos, que, na raiz etimológica, infere “aqueles sem fé”. É triste o que a Bíblia diz sobre as pessoas que não têm fé, conforme Tiago 1: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos”. Essa é a verdade bíblica: ter fé não nos garante receber, pois estamos debaixo da soberania de Deus. Mas NÃO ter fé é garantia de NÃO receber. Verdadeiro e apavorante. Pois a pessoa sem fé não conseguirá o que almeja, é como um carro sem combustível: não chegará ao seu destino. E como toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do Pai das Luzes, quem não tem fé não receberá dEle boas dádivas ou dons perfeitos. Salvo pela misericórdia dAquele que faz o sol nascer sobre bons e maus e a chuva descer sobre justos e injustos. Fé é o antônimo da apatia. Para que o povo de Israel entrasse na Terra Prometida, Deus abriu o rio Jordão. Mas as águas só pararam de correr quando os sacerdotes tiveram fé e puseram o pé na água. Se ficassem apáticos, até hoje estariam plantados às margens do rio, vendo a banda passar. Esperando. Esperando. Esperando. Parados. Cansados. Infelizes. E como sem fé é impossível agradar a Deus, apatia desagrada Deus. Os exemplos na Bíblia são muitos. Quando Elias fica apático e se esconde no deserto pedindo a morte, vem logo um anjo e lhe diz “levante-se e coma, pois a sua viagem será muito longa”. Em outras palavras, “sai dessa, Elias, e tenha fé!”. Quando o povo de Israel se desespera e fica estagnado por ver o exército de faraó chegando às margens do Mar Vermelho, Deus diz a Moisés: “Por que você está clamando a mim? Diga aos israelitas que sigam avante”. Ou, em paráfrase: “Tenham fé, creiam que posso fazer e marchem!”. Ao mesmo tempo em que o Todo-Poderoso comanda o universo, trabalha em conjunto com nossas ações e iniciativas para conduzir aquilo que chamamos de vida. E por isso nossas ações têm de ser guiadas pela nossa fé. Sempre. Em tudo. Sem exceções. Não se pode ter 50% de fé: ou se tem 100% de fé ou 0%. O que foge a isso é fé genérica, fé falsificada, fé da boca para fora. Ou seja: não espere que Ele vai fazer um emprego cair do Céu se você não se mexer para levar o currículo até o empregador. Ou que vai salvar seu pai se você não pregar o Evangelho a Ele. Ou que te dará um esposo ou uma esposa se você ficar trancado em casa sem conhecer gente. Ele age soberanamente mas não invalida as ações que praticamos. E se as praticarmos sem fé… nada nos resta a não ser esperar que o pior ocorra. Tristeza. Infelicidade. Uma vida vivida sem agradar o Criador, por ser uma vida construída sobre o lamaçal da falta de fé. Como a Bíblia diz que uma das virtudes do fruto do Espírito é a fé e que fé é dom de Deus, temos de fazer nossas as palavras dos apóstolos ao Senhor em Lucas 17.5: “Aumenta a nossa fé!”. Se choramos, nos rasgamos, ficarmos deprimidos e nos apavoramos porque algo parece não ter jeito, a pior coisa que podemos fazer é crer que não tem jeito. Pois Deus faz ser impossível o impossível ser impossível. E se você crer nisso, entregar o teu caminho ao Senhor, confiar nele (ou seja, ter fé nele)… tudo mais ele fará. Sem fé, nada. Com fé, Deus. O que vai ser? Paz a todos vocês que estão em Cristo.

O teólogo e o simpatizante da teologia

Cresce cada vez mais no meio evangélico principalmente pentecostal o número de homens que se auto-intitulam “teólogos”. O mais curioso é que na maioria dos casos isso parte daqueles que aparentemente nada têm haver com a teologia. Quando aqui me refiro “aparentemente” faço pela ótica do sentido comportamental que envolve palavras, citações, opiniões a temas bíblicos e principalmente o contato com as Escrituras. Outro dado curioso é o fato de ser a grande massa formada por pregadores “avivalistas”, o que mais uma vez contraria o sentido do termo em questão. Não que os teólogos não sejam avivalistas, mas simplesmente pelo fato de não serem apenas avivalistas, mas sim verdadeiros evangelistas, discipuladores e educadores na Palavra. Mas não é difícil identificar um autêntico teólogo comparando-o com esses que passo a chamar aqui de “Simpatizantes da Teologia”. A diferença se faz nas seguintes observações: O simpatizante da teologia estuda teologia aleatoriamente e sem a sua sistematização, criando assim em sua vida uma esfera fatídica de um conhecimento sem sustentação e coerência doutrinária; O Teólogo respira e vive a teologia. É cuidadoso para com seu investimento acadêmico e cultural. Tem uma direção certa em suas conclusões teológicas, formando assim um embasamento concreto para com os princípios bíblicos; O simpatizante da teologia é um defensor de suas teses e de suas ideias bíblicas. Em suas pregações cria uma interpretação tão distante da Verdade que, até mesmo a mais simples conjectura derrama nas mentes dos incautos uma avalanche de contradições bíblicas, perceptível apenas aos que estudam a Bíblia com seriedade; O Teólogo é um defensor da fé, da Verdade e da pureza bíblica. Prega a Palavra sem modismo, sem crendices, sem esses desvios de propósitos do texto. Sua interpretação respeita os princípios da hermenêutica, principalmente os da gramática, como bem lembrou Philipp Melanchthon, sucessor de Lutero ao dizer que “a interpretação gramatical respeita integralmente a inspiração verbal das Escrituras”, ou seja, até o cuidado que o teólogo tem com a interpretação bíblica preserva doutrinas e produz uma límpida exegese capaz de impactar vidas com o poder da Palavra de Deus; O simpatizante da teologia investe em DVDs de “grandes” pregadores. Possui uma vasta coleção de bons DVDs dos mais diversos pregadores. As pregações são para ele como pequenas aulas para “conhecimento” bíblico; O Teólogo, por sua vez, investe nos livros dos grandes Escritores. É pela leitura que ele entende adquirir o conhecimento que o levará ás experiências no dia a dia. Essas experiências nos levam a sabedoria que na melhor das manifestações vem unicamente de Deus. O Senhor separou homens valorosos para comentar, esboçar, compartilhar, aconselhar e educar por meio dos livros, nossos ilustres mestres literários. O gosto pela leitura leva ao amor pela meditação nas Escrituras. Não se alcança conhecimento ouvindo pregações. Nossas pregações são apenas para edificação espiritual e maturidade cristã com capacidade para levar pessoas á leitura da Palavra, é claro que para isso, depende também de uma boa pregação; Poderia aqui trazer inúmeras diferenças entre o simpatizante da teologia e o Teólogo, tais como as questões da ética e dos valores, da verdadeira espiritualidade, da jornada adquirida com o tempo, da formação teológica, e principalmente de trechos de mensagens com frases comprometedoras. Mas o presente artigo é apenas uma forma de dizer o quanto podemos fazer o melhor para Deus, sendo canais de bênçãos na vida das pessoas. Mas não poderia deixar de concluir dizendo que: O simpatizante da teologia, principalmente o que é pregador, sempre entrará em conflitos por causa de seu limite real nas Escrituras. Chegará o dia em que deverá se esconder por trás de uma espiritualidade artificial, pois o Espírito Santo não atua em “espetáculos” cujo artista principal é o próprio homem e seu EGO devastador. O Teólogo por sua vez trilha numa direção que o levará para dois caminhos: Se ele como teólogo está profundamente afundado em letras sem a Unção do Espírito (isso também é possível), deverá encontrar nas próprias Letras, por serem sagradas, o despertar para uma vida de experiências relevantes para com o Espírito da Palavra. O próprio Deus na sua incomparável misericórdia encontrará um espaço para atuar nesse extremo “zeloso” das Escrituras, levando-o á mergulhar nas águas do Eterno. Agora, se ele como teólogo vive em uma atmosfera de graça e conhecimento, na mais bela vivência de intimidade com o Espírito Santo, com certeza será ainda mais um instrumento de Deus para impactar vidas, levando-as á salvação pelo único sacrifício perfeito já existente – o da cruz de Cristo e da Redenção. Os tais como Teólogos jamais perderão a grande missão e o verdadeiro chamado para com a Obra de Deus.

A igreja sádica e pecadora

Um fenômeno incompreensível no nosso meio é a alegria que muitos frequentadores de igreja demonstram quando um cristão cai em pecado. E digo "frequentadores de igreja" não por acaso: um cristão de verdade jamais se alegra com o pecado de ninguém. A verdade é que, enquanto Jesus diz que "haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento" (Lc 15.7), aqui na terra a turma se esbalda quando alguém peca. Evidentemente não estou falando só de pecados gravíssimos, terríveis, como: glutonaria, rancor, ira, maledicência, discórdia, ciúmes, egoísmo, inveja e outros dessa estirpe (ou você achava que esses pecados não eram sérios? Leia Gálatas 5.19-21). Refiro-me basicamente à tríade sexo, poder e dinheiro - os grandes pecados que elegemos para não perdoar, junto, é claro, com o álcool e o cigarro. Envolveu um desses pecados e a turma vai adorar falar por anos a fio sobre os envolvidos nessas histórias, que na cabeça do cristão brasileiro são piores que a blasfêmia contra o Espírito Santo. Não, pecar não é correto. Não se justifica. É uma desobediência ao Rei dos Reis. É feio. É condenável. Cheira mal às narinas do Santíssimo. Mas permita-me abordar 4 aspectos da questão: 1. Absolutamente todo mundo peca. Eu e você, inclusive. 2. Todos pecados são hediondos, mesmo os que você pratica e acha que não são. O glutão é tão pecador como o assassino. O invejoso e o ciumento são tão pecadores como o estuprador. Se você acha que o seu pecado é menor do que o do bandido da boca de fumo, novamente sugiro que leia Gálatas 5.19-21 e me diga se estou errado. 3. Jesus encarnou como o Cordeiro de Deus que veio para tirar o pecado do mundo. Depois da Cruz, ele concede o perdão a todo pecador que se arrepende (a única exceção é a blasfêmia contra o Espírito Santo, mas nesse caso não haveria arrependimento). E, se Deus já perdoou, quem você pensa que é para continuar acusando o pecador arrependido? 4. Alegrar-se quando alguém peca é tão pecado como qualquer outro, pois vai contra o maior mandamento: amar o próximo como a si mesmo. Apesar dessas verdades, o que vejo ao meu redor é que o frequentador de igreja em geral ama crucificar quem Deus já perdoou. Ama de paixão. Tem um prazer e uma alegria sádicos de ficar apontando o pecado alheio. É como se dissesse: "Hehehe, sou melhor do que você". Pior: há os que amam ficar sabendo e tricotando sobre o pecado do outro. "Você não soube o que fulana fez? Vou te contar, mas é só pra você orar por ela", diz o fofoqueiro. "Pode contar, só quero saber para interceder por beltrano", diz o frequentador de igreja com aparência de piedade mas que por dentro está se escangalhando de se entreter com a desgraça do seu próximo. Tudo pelo sádico prazer anticristão de ver o próximo se dar mal. Essa que é a pura verdade. Pois o cristão de fato não se alegra com a queda do irmão: o ajuda a se reerguer, o preserva, chora com ele, proteje-o. Pois todo aquele que escorregou tem o grande potencial de se tornar um cristão melhor após ser reerguido pelo Espírito de Deus - basta ver o exemplo de Davi no caso de Bateseba. E o cristão de verdade sabe disso e luta para que o irmão que pecou torne-se um homem segundo o coração de Deus. Não pisa na cabeça dele nem o acusa. Isso já tem alguém chamado Satanás para fazer, nenhum ser humano precisa tomar do diabo aquilo que ele já fará naturalmente. Quem o faz torna-se cúmplice dele. Tomei conhecimento de um caso envolvendo conhecidos meus que me encheu de asco (desculpe, não acho uma palavra mais apropriada do que essa para traduzir meus sentimentos). Vou usar nomes fictícios por razões óbvias. Em uma certa igreja, Maria estava tendo um caso extraconjugal. Seu marido, João, que era funcionário da igreja e morava num apartamento funcional de propriedade da mesma, não sabia, mas outros membros "cristãos" tinham conhecimento do problema. E só ficavam pelas costas dele, fazendo piadinhas, o chamando de nomes depreciativos e dizendo "muuuuu" em meio a risinhos quando ele passava. Não consigo imaginar um comportamento mais impiedoso. Diante disso, pastor Zezinho, um dos líderes da congregação, chamou João para conversar e assim o marido acabou tomando conhecimento do pecado da esposa. Mas o pastor disse-lhe que se mantivesse afastado da mulher, pois se ele voltasse logo para ela "haveria falatório entre os frequentadores da igreja". Só que João foi para casa, conversou com Maria, houve um diálogo franco, muitas lágrimas e reconciliação. E ele fez o que Jesus ensinou: a perdoou. No domingo seguinte, apareceram na igreja como deveriam: juntos, reconciliados, de mãos dadas. Um exemplo a ser seguido. Só que aí começou o massacre. A mando do pastor da igreja, João foi demitido. Não, você não leu errado: por ter perdoado o pecado da esposa, o homem foi de-mi-ti-do de uma igreja cristã. E ele, a mulher e o filho receberam ordem de despejo: dentro de um certo prazo teriam que deixar o apartamento em que moravam. Tudo porque, em vez de cumprir o ritual hipócrita do marido ferido que passa um tempo afastado antes de perdoar a esposa que o traiu, João fez exatamente o que Jesus ensinou: a perdoou - e demonstrou publicamente seu gesto bíblico. João foi cristão. Maria, arrependida, foi cristã. Já o que fizeram com eles foi a coisa menos cristã que já vi em toda minha trajetória. Foi abominável. Tudo porque frequentadores de igreja fizeram piadinhas com uma coisa grave e os líderes da igreja, que deveriam dar o exemplo do que significa o Evangelho - dar a outra face, andar a segunda milha, perdoar 70 vezes7 - agiram da forma menos bíblica que já vi na minha vida. João, que, infelizmente, teve de se mudar para outra cidade para sobreviver, ganhou minha admiração como um dos homens mais cristãos que já conheci. Que passou por cima de seu orgulho e perdoou um pecado cometido contra si. Isso lamentavelmente é o que acontece: quem peca mas age como Jesus disse que deveria agir, mortifica sua natureza carnal e pede perdão por ter ferido alguém e magoado o Senhor - é execrado publicamente. É visto como um leproso. Ninguém da igreja quer mais se aproximar dele - afinal, é "o pecador" e, sei lá, vai que isso é contagioso. Gente que não entendeu nada do Evangelho. Que o Evangelho é arrepender-se, perdoar e ser perdoado, ser restaurado e reerguido... e continuar. Como disse um sacerdote veterano certa vez, quando alguém lhe perguntou se deveria perdoar alguém que praticou grande mal: "Bem... temos duas opções: ou nós não o perdoamos ou fazemos o que a Bíblia manda". Sim, a resposta do problema era matemática: 70 vezes 7. E a equação estava resolvida. Esse relato me lembra uma frase de Jesus quando uma certa mulher adúltera foi levada até ele, pois queriam apedrejá-la. Você conhece a história. Disse o Cordeiro de Deus: "Visto que continuavam a interrogá-lo, Jesus se levantou e lhes disse: 'Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela'." (João 8.7). Meu irmão, minha irmã, perceba: você peca todo santo dia - por pensamentos, palavras, atos e omissões. Você e eu não somos menos pecadores do que o pior dos assassinos. Mas aí vem logo alguém com aquele argumento óbvio: "Ah, eu peco, só que eu não vivo pecando". E eu perguntaria: "Não vive pecando? Ok. Então me diga um único dia da sua vida em que você não pecou". Pois é. Você e eu pecamos TODOS os dias das nossas vidas, tirando talvez algum dia em que estivemos em coma. Fora esse, você pecou TODOS os dias. Então, caro amigo vaidoso, glutão, fofoqueiro, invejoso, iracundo, maledicente, preguiçoso, cobiçoso, egocêntrico, que não põe Deus acima de todas as coisas, que deseja o mal ao próximo, que não prefere os outros em honra, que devolve mal com o mal, que não perdoa as dívidas e ofensas, que é rude com os outros, que desdenha os mais pobres, que inveja os mais ricos, materialista, que tem inimizades e ciúmes, que tem iras e discórdias, que promove dissensões e facções... meu querido, lamento informar, mas você e eu vivemos SIM pecando. Di-a-ri-a-men-te. E Paulo diz em Gálatas 5 que "não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam". Então, caro, estamos mal na fita - e carecemos da graça de Deus tanto quanto quem você acha o pior dos pecadores. É a isso que Jesus se referia quando disse para olharmos a trave em nosso olho antes de olhar o argueiro no olho do outro, caro frequentador de igreja. Diante disso, se me permite, sugiro que a partir de hoje você olhe menos para o pecado do seu próximo - em especial se por acaso você sente aquela satisfação sádica de ver o pecador se arrebentar - e passe a dirigir mais sua atenção para os seus próprios pecados e, principalmente, para a Cruz de Cristo. Pois, pode acreditar: você vai precisar muito dela no Dia do Juízo.