sábado, 1 de setembro de 2012

Eu não tomo mais banho!!

Tudo que um filho de Deus faz deve ter clara direção, ordem, motivos bíblicos. Quando argumentamos sem claro ensino bíblico, quando argumentamos sem a Bíblia, argumentamos como ímpios. A lista a seguir parece espelhar razões que as pessoas dão para não ir e estar em comunhão numa igreja local, não estar em comunhão com a comunidade dos santos... deixar de congregar como Deus ordena. Se você tem dado as mesmas desculpas que as pessoas usam para não estar numa igreja local e aplicá-las para outras áreas importantes da vida, você percebe como é inconsistente a lógica usada, (apesar de que nenhuma lógica sem a Bíblia seria argumento válido também!) Eu não tomo mais banho porque, 
 1. Fui obrigado a tomar banho quando era criança. 
 2. As pessoas que tomam banho são hipócritas. Eles pensam que são mais limpas do que qualquer outra pessoa que não tome banho. 
 3. Existem tantos tipos diferentes de sabonete, eu nunca poderia decidir qual deles é o melhor. 
 4. Eu costumava tomar banho, mas isso me cansou, então eu parei. 
5. Eu tomo banho somente em ocasiões especiais, como Páscoa e Natal... 
 6. Nenhum dos meus amigos toma banho. 
7. Eu ainda sou jovem. Quando eu estiver mais velho e estiver, com o passar to tempo, um pouco mais sujo, eu poderei começar a tomar banho. 
 8. Eu realmente não tenho tempo para tomar banho. 
 9. O banheiro nunca está suficientemente quente no inverno ou o suficiente fresco no verão.
 10. As pessoas que fazem sabão só estão atrás do seu dinheiro. 
 11. Eu me sinto muito bem sem tomar banho. 
12. Eu trabalho duro a semana toda e estou muito cansado para tomar um banho no fim de semana.
 13. O primeiro sabonete que usei me deu alergia, então eu não vou mais chegar perto de um sabonete ou banhero outra vez. 
14. Eu não entendo as palavras escritas na parte de trás da embalagem do sabonete. 
15. Não me sinto sujo, e eu estou ofendido de que as pessoas me digam que eu estou. 
 16. Eu não tenho toalhas agradáveis ​​ou um roupão de banho adequado. 
 17. Quando Deus quiser que eu tome banho Ele fará chover sobre mim. 
18. O banheiro que tenho agora não é tão bom quanto o meu antigo banheiro. 
19. Eu sou tão limpo quanto as pessoas que tomam banho. 
 20. Eu tomei banho uma vez e não gostei. 
21. Eu gosto de ser sujo. 
22. Tomar banho é para pessoas inseguras. 
23. Se tomasse banho, eu tomaria num rio, caverna... como as pessoas faziam a milhares de anos atrás.
 24. Ninguém na minha família e entre meus amigos toma banho. 
25. Eu não acredito no banho, e eu sou sincero em acreditar que estou limpo.

1Coríntios 7 e Divórcio

Por John Piper Douglas Wilson,
 numa postagem recente intitulada “Paulo sobre divórcio e novo casamento”, diz que 1 Coríntios 7.8 permite que um homem divorciado se case novamente. Não penso que seja isso que Paulo esteja dizendo. 1 Coríntios 7.27-28 diz: “Estás casado? Não procures separar-te. Estás livre de mulher? Não procures casamento. Mas, se te casares, com isto não pecas; e também, se a virgem se casar, por isso não peca”. A questão é se “livre de mulher” no versículo 27 significa divorciado, ou se significa ainda não casado. Se significa “divorciado de uma mulher”, então ele está dizendo: “se tal pessoa divorciada se casar de novo, com isto não pecas”. O melhor argumento em favor da leitura do versículo 27 dessa forma é que por detrás do português “livre de mulher” está o grego lelusai, que é a voz passiva de luō (“eu desligo”), de forma que lelusai significa algo como “desligado de uma mulher”, isto é, “divorciado”. Penso ser improvável que Paulo esteja dizendo aos divorciados que eles tenham permissão para casar de novo. Antes, ele está provavelmente dizendo que virgens desposadas — homens e mulheres — deveriam considerar seriamente a vida de solteiro, mas saber que não pecavam caso casassem. Aqui estão os argumentos em favor dessa visão: 1. O versículo 25 assinala que Paulo está começando uma nova seção e lidando com um novo assunto. Ele diz: “Com respeito às virgens (tōn parthenōn), não tenho mandamento do Senhor; porém dou minha opinião, como tendo recebido do Senhor a misericórdia de ser fiel”. Ele já tinha lidado com o problema de pessoas divorciadas nos versículos 10-16. Agora ele aborda um novo assunto, sobre aqueles que ainda não eram casados, e assinala isso dizendo: “Com respeito às virgens”. Portanto, é muito improvável que as pessoas mencionadas nos versículos 27 e 28 sejam divorciadas. 2. Uma declaração simples de que não é pecado pessoas divorciadas se casarem novamente (versículo 28) contradiria o versículo 11, onde ele disse que um mulher que se separou do seu marido deveria permanecer solteira. “Se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher.” 3. O versículo 36 está muito provavelmente descrevendo a mesma situação em vista nos versículos 27 e 28, mas claramente se refere a um casal que ainda não é casado. “Entretanto, se alguém julga que trata sem decoro a sua filha (parthenon), estando já a passar-lhe a flor da idade, e as circunstâncias o exigem, faça o que quiser. Não peca; que se casem” (1 Coríntios 7.36). Isso é o mesmo que acontece no versículo 28, onde Paulo diz: “Mas, se te casares, com isto não pecas”. 4. A referência em inglês no versículo 27 a estar ligado a uma “esposa” (“estás casado?”, na RA e “estás ligado a mulher?” na RC *) pode ser enganosa, pois pode sugerir que o homem já está casado. Mas no grego a palavra para esposa é simplesmente “mulher” e pode se referir à noiva de um homem, bem como à sua esposa. Assim, “estar ligado” e “estar desligado” tem referência a se uma pessoa está em noivado ou não. 5. É significante que o verbo usado por Paulo para “desligado” (lelusai, de luō) ou “livre” não é uma palavra que ele usa para divórcio. As palavras de Paulo para divórcio são chorizō (versículos 10, 11, 15; cf. Mateus 19.6) e aphienai (versículos 11, 12, 13). De fato, luō não é usada para divórcio em nenhum lugar no Novo Testamento. Abaixo a transcrição das passagens citadas nas versões Almeida Revista e Atualizada (RA), Almeida Revista e Corrigida (RC) e Almeida Século 21 (A21). RA 7.11 (se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher. RC 7.11 Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher. A21 7.11 Se, porém, ela se separar, que não se case, ou que se reconcilie com o marido. E que o marido não se divorcie da mulher. - RA 7.25 Com respeito às virgens, não tenho mandamento do Senhor; porém dou minha opinião, como tendo recebido do Senhor a misericórdia de ser fiel. RC 7.25 Ora, quanto às virgens, não tenho mandamento do Senhor; dou, porém, o meu parecer, como quem tem alcançado misericórdia do Senhor para ser fiel. A21 7.25 Quanto aos solteiros, não tenho mandamento do Senhor. Dou, porém, o meu parecer, como alguém que, pela misericórdia do Senhor, tem sido fiel. - RA 7.27 Estás casado? Não procures separar-te. Estás livre de mulher? Não procures casamento. RC 7.27 Estás ligado à mulher? Não busques separar-te. Estás livre de mulher? Não busques mulher. A21 7.27 Estás casado? Não procures separação. Estás solteiro? Não procures casamento. - RA 7.28 Mas, se te casares, com isto não pecas; e também, se a virgem se casar, por isso não peca. Ainda assim, tais pessoas sofrerão angústia na carne, e eu quisera poupar-vos. RC 7.28 Mas, se te casares, não pecas; e, se a virgem se casar, não peca. Todavia, os tais terão tribulações na carne, e eu quereria poupar-vos. A21 7.28 Mas, se te casares, não pecaste. E se uma virgem se casar, também não pecou. Entretanto, os que se casam enfrentarão dificuldades na vida terrena;* e eu gostaria de poupar-vos. - RA 7.36 Entretanto, se alguém julga que trata sem decoro a sua filha, estando já a passar-lhe a flor da idade, e as circunstâncias o exigem, faça o que quiser. Não peca; que se casem. RC 7.36 Mas, se alguém julga que trata dignamente a sua virgem, se tiver passado a flor da idade, e se for necessário, que faça o tal o que quiser; não peca; casem-se. A21 7.36 Mas, se alguém julgar que está agindo de forma desonrosa para com sua noiva, se ela estiver passando da idade de se casar, e se for necessário, faça o que quiser. Ele não peca por isso; que se casem.

Criança Tem Anjo da Guarda?

Por Augustus Nicodemus Lopes
 “Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de meu Pai celeste” (Mateus 18:10). Em certa ocasião, desejando dar aos discípulos uma lição sobre humildade (Mt 18.1), o Senhor Jesus chamou uma criança para perto de si (v. 2) e ensinou aos discípulos a necessidade de alguém se tornar como uma delas para entrar no Reino (v. 3-4). Receber uma criança no nome do Senhor significa receber ao próprio Senhor (v. 5). Em seguida, o Senhor falou do castigo dos que colocam tropeços diante dos “pequeninos” que crêem nEle (v. 6-9) e advertiu os discípulos a que não os desprezassem, diante do cuidado vigilante de Deus por eles, através dos anjos (v. 10). Este dito é difícil porque sugere a existência de “ anjos da guarda” de crianças, que estariam constantemente na presença de Deus, velando e cuidando das crianças. O conceito de que cada crente tem um anjo da guarda enviado por Deus sempre foi popular entre os cristãos, e tem se tornado ainda mais popular com a crescente onda de fascínio pelos anjos que tem invadido as igrejas evangélicas, acompanhando o aumento do misticismo e do ocultismo no mundo. Há várias interpretações para este dito difícil de Jesus. 1. Os anjos no céu são as almas das crianças quando morrem. De acordo com este entendimento, Jesus ensinou que as almas das crianças (os “anjos” delas) vão para o céu após a morte das crianças, e ficam continuamente na presença de Deus. De acordo com esta interpretação, Jesus mandou que os discípulos não desprezassem as crianças pois elas, quando morrem, vão, na forma de anjos, morar na presença de Deus. Alegam que Jesus se referiu aos “seus anjos no céu”, indicando que se refere ao que acontece após a morte. A dificuldade óbvia com esta interpretação é que identifica alma com anjo, uma associação impossível à luz do Novo Testamento. A alma faz parte da personalidade humana, enquanto que um anjo é um ser distinto do homem. As pessoas não se transformam em anjos quando morrem, conforme a crendice popular, mas suas almas comparecem, como almas, à presença de Deus. 2. Cada criança tem um anjo da guarda. Outra interpretação entende que a expressão “seus anjos” se refere a anjos destacados por Deus para guardar cada criança, e que neste labor, eles ficam subindo constantemente ao céu, na presença de Deus, para dar relatórios de suas atividades e interceder em favor das crianças. Esta doutrina é defendida pela Igreja Católica, que diz que no batismo cada criança recebe seu anjo da guarda, que é enviado por Deus para proteger e aconselhar esta criança toda a sua vida. Esse anjo é também chamado, na teologia católica, de "anjo custódio". Há várias passagens bíblicas usadas para defender esta interpretação. “O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os livra” (Salmo 34:7) é uma das mais conhecidas. Também Gênesis 48.16, onde Jacó se refere a um anjo que o teria livrado de todo o mal (na verdade, refere-se ao anjo do Senhor). Menciona-se também o anjo que veio em socorro de Daniel (Dn 6.22). Estas e outras passagens entretanto não provam o ponto, apenas mostram que Deus envia anjos para proteger e salvar seus servos em determinados momentos. A idéia de “ anjo da guarda” para cada criança é bastante estranha à luz da doutrina bíblica, muito embora esteja claro que uma das funções dos anjos é proteger os filhos de Deus. Nenhuma das passagens geralmente usadas para provar a existência de “anjo da guarda” realmente prova coisa alguma. Ao final, existe muita influência da crendice e da superstição popular sobre o assunto. 3. Os “pequeninos” são os crentes em Jesus Cristo. A outra interpretação defende que a chave para entendermos este dito difícil de Jesus é a palavra “pequeninos”. A quem Jesus se refere? O termo pode ser tomado literalmente como se referindo às crianças, como as duas interpretações acima o fazem, ou figuradamente, como se referindo aos discípulos de Jesus. Esta última possibilidade resolve o problema e tem apoio bíblico. Primeiro, Jesus usa regularmente o termo “pequeninos” para se referir aos discípulos, cf Mt 10.42; 18.6; Mc 9.42; Lc 17.2. Note que nos versos 1-5 Ele se referiu claramente às “crianças”, e nos versos 6-10 Ele menciona os “pequeninos”. Segundo, os discípulos são comparados com crianças, no que diz respeito à confiança em Deus. Terceiro, a passagem se encaixa no ensino geral do Novo Testamento sobre o ministério dos anjos em favor dos filhos de Deus, como Hebreus 1.14. Portanto, a melhor explicação para esta passagem é que Jesus está ensinando que Deus envia seus anjos para assistir aos “pequeninos”, que são os seus discípulos, os filhos de Deus pela fé, comparados a crianças, e que, portanto, nós não devemos desprezar estes “pequeninos”. Esse ministério angélico para com os “pequeninos” faz parte do cuidado geral que os anjos desempenham, pelo povo de Deus (cf. Sl 91.11; Hb 1.14; Lc 16.22). A passagem não está ensinando que cada crente ou criança tem seu próprio “anjo da guarda”, como era crido popularmente entre os judeus na época da igreja primitiva. Fazia parte desta crença que o “anjo guardião” poderia tomar a forma do seu protegido (cf. At 12.15). Ela simplesmente expressa o cuidado geral de Deus por seu povo através dos anjos.