terça-feira, 9 de outubro de 2012

Marketing cristão e o desafio de ser um pequeno cristo

Propagandas sobre religião às vezes me irritam. Sei que o marketing de Jesus é legal, mas tentar sistematizar resultados dando exemplos aparentes do antes e depois de nascer de novo pode se tornar confuso. Gera aquela lógica: “veja como fulano era sem Jesus, veja como ele ficou agora com Jesus”! Não vejo isso como fundamental.
Qualquer organização filantrópica ou projeto social pode mudar a vida aparente de pessoas. De fato, elas podem ficar bem melhores afetivamente, profissionalmente, esteticamente (mais gordinhas, magrinhas) ou até se libertarem das drogas.


 

Tirinha utilizada por usuários do Facebook
A grande verdade é que a conversão pode nos livrar de certos vícios, mas não garante essa vida linda vistas em algumas tirinhas populares de algumas redes sociais. Aparência na vida cristã já diz tudo: superficialidade. Mas a vida como um todo reflete o que Deus quer de cada um.
Imagine se eu fosse fazer uma tirinha demonstrativa da vida de Paulo, por exemplo, como ficaria antes da conversão e depois? Mais gordinho? Mais conservado? Mais bem vestido? Só especulação… Ninguém curtiria ser e sofrer como Paulo após converter-se a Cristo. (Marketing Zero não é?)
Mas já que estamos na era do Fast food, vejo que a ignorância passa a ser um direito de todos, a informação disponível a todos, mas o conhecimento um desafio. Portanto, conhecer é preciso. Ler é preciso. Pensar é preciso.
As redes sócias comprovam a superficialidade de parte dessa geração. Um simples quadrinho com conteúdo de clichê tipo “Quem ama Jesus compartilha, quem só gosta curte”, ou algo do tipo “Esta pessoa aqui é um Vencedor”, etc. faz com que diversas pessoas em suas mais agudas diferenças por instantes ocupem o mesmo lugar ideal. Tudo isso por conta de um efeito, de um clichê. Assim como verdades soltas são compartilhadas, mentiras maquiadas são difundidas. Ao fim de tudo, o que resta-nos é uma tremenda disparidade entre a marketagem e a realidade.
Sem descarta as vantagens dela, termino sugerindo que o grande perigo das redes sociais é continuar a reproduzir pessoas superficiais, cidadãos idiotizados e cristãos que não sabem ainda o real sentido de ser um pequeno cristo.

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O lugar mais importante na igreja

Por Maurício Zágari
Sim, existe um lugar mais importante na igreja. É o local onde, em geral, se senta quem mais importância tem em um culto público. Não fica no ponto mais visível, não é a cadeira de espaldar mais alto da plataforma nem os bancos onde se sentam os músicos do louvor. Também não é a poltrona do tesoureiro, a sala do administrador ou o cômodo onde se reúne o conselho de presbíteros. O gabinete pastoral tampouco é o lugar mais importante em uma igreja, bem como o banco mais próximo do púlpito. Não é, também, o tanque batismal ou a mesa da Ceia. Bem, se não é nenhum desses lugares... qual é? Não há dúvidas de que Jesus é a pessoa mais importante em uma igreja, mas, como ele não habita mais aqui do que ali, sua onipresença o põe igualmente em todos os lugares do santuário ao mesmo tempo. Está tão presente na mesa da Ceia como naquele membro que come o pão e bebe o vinho. Ele está tanto no púlpito onde é ministrada a palavra quanto no meio do povo que a recebe. Pois a mesa da Ceia e o púlpito não têm razão de ser sem que haja quem ceie e quem ouça - logo, a importância do memorial está atrelada a quem se lembre da Cruz e a importância da proclamação está atrelada a quem a receba e viva por ela. Mas será que depois de Deus há uma segunda pessoa mais importante na igreja - e que ocupa, consequentemente, o lugar mais importante? Sim, há. Mateus 25.31-40 relata: "Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda; então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes". Essa passagem deixa claro que Cristo associa sua imagem de modo íntimo à daqueles que mais precisam de socorro, amparo, auxílio, amor. Jesus associa Sua própria pessoa ao faminto e ao sedento (os desamparados), ao forasteiro (o que depende de orientações), ao nu (o que precisa desesperadamente de algo), ao enfermo (o aflito e fraco) e ao preso (o solitário e isolado). Em suma, infere-se que Jesus diz que sua presença se faz mais do que tudo naqueles que precisam de uma mão estendida, de socorro, de um ombro, de uma palavra de consolo e conforto. De amor. Minha experiência e a de qualquer irmão que tenha o cuidado de conversar com quem está no santuário antes de o culto começar mostra onde os tais costumam se sentar: no último banco. O último banco - aquele mais escondido, onde se pode chorar sem que ninguém perceba, onde o desesperado e o aflito costumam sentir-se mais seguros. É o cantinho da igreja onde quem costuma se ver como indigno geralmente se refugia. Portanto, para mim, o lugar mais importante na igreja é o último banco do santuário. A razão de ser da Igreja é glorificar Deus. E isso se faz, acima de tudo, cumprindo o maior mandamento, ou seja, amando ao Senhor sobre todas as coisas e... ao próximo como a si mesmo. Portanto, no âmbito do relacionamento com Deus, a melhor forma de glorificá-lo é devotando-lhe amor, e isso se faz por meio da obediência ("Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama", disse Jesus em João 14.21a). Já no âmbito do relacionamento com o próximo, a melhor forma de dar glória a Deus é doando-se pelo outro, cuidando de suas feridas - como Jesus deixa claro na parábola do bom samaritano, relatada justamente para explicar quem é nosso próximo. E na igreja quem mais precisa ter suas feridas cuidadas em geral se abriga no último banco. Logo, se você quer glorificar Deus amando o próximo como a si mesmo, aqui vai uma dica: sempre concentre suas atenções em quem está sentado no fundo. Ali deve estar o nosso foco. Do púlpito e da mesa da Ceia vêm o aprendizado e a proclamação. No último banco deve estar esse aprendizado sendo posto em prática. O Evangelho pregado de púlpito é a mensagem que desperta. O Evangelho praticado no último banco é a mensagem que despertou alguém. Por isso, deixo aqui a minha sugestão: quando você chegar à igreja antes de o culto começar não vá direto bater papo com seus amigos ou sentar-se no seu lugar para ficar sem fazer nada até o início da celebração. Em vez disso, dirija-se a quem está no último banco. Sente-se ao seu lado. Pergunte seu nome. Apresente-se e pergunte como ele está. Ouça sua resposta. Ore com ele. Aconselhe. Apresente-o ao seu pastor. Convide-o para a comunhão. Dê atenção. Dê afeto. Dê a ele o de beber, o de comer, vista-o. O mesmo procure fazer ao final do culto. Você vai reparar que, geralmente, pessoas ficam ainda por algum tempo sentadas no último banco após a bênção final e a despedida. Provavelmente porque anseiam desesperadamente por algo mais. Seja você esse algo mais. Leve afeto até elas. Visite-as no isolamento de seu banco. Reflita Cristo para elas. Ame-as. Sim, o último banco da igreja é seu lugar mais importante. Pois ali costumam estar as melhores oportunidades de praticar aquilo que é pregado no púlpito. Faça essa experiência. E você verá como é maravilhoso ocupar o lugar de maior honra que pode haver para um cristão dentro de uma igreja cristã: o lugar onde se estende a mão para o triste, o caído, o abatido, o pecador, o desesperado, o deprimido. Paz a todos vocês que estão em Cristo, Mauricio

Problema de Relacionamentos é o maior motivo da demissão de Pastores. Conflitos pessoais sãos responsáveis pela quase totalidade dos casos

Por Vagner Vaelat 
Mais de um em cada quatro pastores (28%) dizem que foram forçados a sair de uma igreja após ataques pessoais e críticas de membros de suas congregações. Este e outros dados são parte da nova pesquisa apresentada por Marcus Tanner, da Texas Tech University. Os pastores pesquisados tiveram uma pontuação alta nos testes, indicando estresse pós-traumático, crises de ansiedade, problemas de depressão e de saúde física. Em reportagem do Huffington Post, a mesma pesquisa é analisada. Chamados de “matadores de sacerdotes”, esses grupos são quase onipresentes nas igrejas. “Todo mundo sabe que isso está acontecendo, mas ninguém quer falar sobre isso”, afirma Marcus Tanner em uma entrevista. “A grande maioria das denominações não está fazendo absolutamente nada”. Por outro lado, os pastores e líderes que saem das igrejas não recebem a ajuda de que necessitariam, completa Tanner. Paralelo a isso, estudo da Virginia Tech University sobre as congregações norte-americanas diz que 9% das igrejas registraram algum conflito grave nos últimos dois anos que resultou na saída de um pastor ou líder remunerado. Curiosamente, os principais motivos para a saída dos pastores não são questões morais ou doutrinárias, mas apenas conflitos pessoais. Ambos os estudos fazem parte de uma matéria publicada na revista Christianity Today deste mês. Os levantamentos realizados entre as igrejas e pastores indicam que esse tipo de situação independe da denominação. Todas têm problemas em um percentual parecido. Foram analisados dados oficiais de igrejas batistas, luteranas, de Cristo, metodistas, pentecostais, presbiterianas e não denominacionais. Ao todo, foram 582 pastores e líderes entrevistados, 410 homens e 172 mulheres, de 39 denominações, com idade entre 26 e 55. Os participantes foram questionados se alguma vez precisaram sair de um ministério “devido à negatividade constante, ataques pessoais e críticas de parte dos membros”. As pesquisas da Texas Tech e da Virginia Tech indicam que 55 dos ministros que foram forçados a sair da igreja que lideravam sofreram graves conseqüências psicológicas. “Este estudo mostra que a rescisão forçada é um problema sério e cruel, que tem efeitos angustiantes sobre aqueles que passam por isso… É importante que as organizações cristãs reconheçam o problema e tomem medidas para aumentar a conscientização e buscar soluções”, afirmam os pesquisadores Marcus Tanner, Anisa Zvonkovic e Jeffrey Wherry no artigo que publicaram na edição mais recente da Revista de Religião e Saúde. Enquanto isso, a edição brasileira da revista Christianity Today publicou este mês uma reportagem mostrando que mais de 1.5 mil pastores desistem do ministério todo mês. A reportagem da Christianity Today oferece algumas “dicas” ou “sinais” que um ministro pode estar correndo perigo de ser demitido: 1. Sermões muito curtos (menos de 20 minutos) Igrejas indicam que o comprimento do sermão e questões de homilética são a principal causa que gera algum tipo de reclamação/conflito que resulta na saída de um líder. Pastores com sermões mais longos têm menor chance de serem cobrados pelas igrejas nesse sentido. 2. Igreja com poucos homens Se 90 por cento ou mais dos membros e visitantes regulares são mulheres, as chances de alguma questão resultar na saída do pastor são de 20% dos casos. Segundo os dados da pesquisa, cerca de 7% das igrejas pesquisadas tinham esse perfil. 3. O pastor ou líder principal é mulher Igrejas lideradas por pastoras ou missionárias são quase duas vezes mais propensas a ter um conflito sério com a liderança. Congregações com liderança mista (homem e mulher) tiveram um número quase igual de conflitos com os fiéis. 4. O pastor é jovem Se o pastor da igreja tiver menos de 30, há uma chance de 29% que ele saia após dois anos de ministério local. A média dos pastores mais velhos é de três anos e meio. 5. Os membros são “crentes antigos” Se entre 75 e 89% da igreja for composta por pessoas com mais de 60 anos, as chances de o pastor ser mandado embora é três vezes maior que nas demais congregações. Não há adultos com menos de 35 anos, as chances são ainda maiores. 6. A maioria dos membros são da classe C Se de 56 a 74% dos membros a igreja podem ser considerados “classe C” ou D, a pesquisa mostra que 50% de igrejas com esse perfil perdem seus líderes por causa de conflitos. Mas quando 100% da igreja pertence à mesma classe social, as chances de conflitos diminuem 75%. Com informações Christianity Today e Huffington Post