domingo, 25 de novembro de 2012

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Reconciliação: uma mensagem para hoje

Por Magno Paganelli
Fundada por Selêuco c. 300aC, Antioquia tornou-se a terceira maior cidade do Império Romano. Antioquia foi importante ponto e rota comercial e tornou-se um influente centro do pensamento teológico, tendo nomes como Inácio e João Crisóstomo como bispos. 


Havia ali farta diversidade no campo do pensamento. Dentro os habitantes, contava-se mais judeus em Antioquia do que em toda Jerusalém. O judaísmo predominante na igreja em Jerusalém impedia o amplo florescimento do cristianismo; mas em Antioquia havia sinagogas nas quais foi possível estabelecer vínculos com a nova religião. Soma-se o helenismo e cultura grega naturais na cidade de Antioquia, o culto ao Imperador, os elementos do gnosticismo, religiões asiáticas, charlatanismo babilônico e o templo de Apolo: o desafio não era pequeno. Curiosamente foi em Antioquia onde os discípulos de Jesus foram, “pela primeira vez, chamados cristãos” (At 11.26). E um dos segredos que vejo para que isso acontecesse reside na mensagem de reconciliação ensinada por Paulo. Revertendo o que Noé predisse milhares de anos antes, o Espírito Santo estava reconciliando consigo o mundo, etnias e classes sociais antes separadas. Vemos a conversão do cananita etíope (At 8); do semita Saul (At 9) e do jafetita Cornélio (At 10). Em seguida, em Atos 11, não mais um indivíduo, mas uma igreja entende o sentido plural de sua missão. Paulo fala de reconciliação em quatro textos ao longo de sua obra: em Romanos 11 (sobre Israel), em 2Corintios, Efésios e Colossenses. Rm 11.15: “Pois se a rejeição deles é a reconciliação do mundo…”. 2Co 5.18-20: “Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem [ou palavra] da reconciliação. Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus.” Ef 2.15,16: “[...] na sua carne desfez a inimizade [...] para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela [a cruz] as inimizades. Cl 1.19,20: “Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse, E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus.” A raiz grega da palavra reconciliar (apokatalassō) indica restauração, restabelecimento e cura. De fato as pessoas e a sociedade estão doentes. Quando um filho grita e estapeia sua mãe, quando um adolescente recebe a polícia à bala, quando um político eleito pelo povo desvia dinheiro que deveria ser usados na melhoria de vida de milhões de pessoas, estamos vendo o resultado da doença chamada pecado. Não gostamos mais dessa palavra; é obsoleta. Mas não há com ignorar seus efeitos diários em nossas vidas. Tapar o sol com peneira em nada ajuda. A cura do homem é o que precisamos observar na expressão da nossa mensagem e missão diárias. A igreja deve curar as pessoas, não adulá-las. As pessoas estão separadas de Deus e para reconciliá-las, precisamos aplicar a Palavra que corta e opera, não uma filosofia ou promessa que ilude e mata. Portanto, a mensagem da Igreja não deve ir ao mesmo sentido dos acontecimentos do seu tempo. Num ambiente que se separa de Deus matando o Salvador do homem, a igreja em Antioquia promovia a reconciliação pelo Evangelho, na prática missionária local e estrangeira. A igreja não pode ser uma alternativa cultural, ela deve ser a melhor – senão a única – opção espiritual: a única que reconcilia o homem com Deus.

Como ser Cheio do Espírito Santo

Por John Piper
Como beber o vinho de Deus? Efésios 5:18 diz: "E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito". Há, pelo menos, quatro efeitos de ser cheio do Espírito. Primeiramente, o versículo 19 mostra que o efeito é musical: "...falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor". É evidente que a alegria em Cristo é a característica peculiar de ser cheio do Espírito. 



Mas não somente alegria. No versículo 20, encontramos a gratidão: "Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo". Gratidão perpétua, gratidão por tudo resulta de ser cheio do Espírito - e essa gratidão tem como alvo o vencer a murmuração, o descontentamento, a autocompaixão, a amargura, o queixume, a carranca, a depressão, a inquietação, o desânimo, a melancolia e o pessimismo! Mas os efeitos não são apenas alegria musical e gratidão por tudo; há também a submissão de amor às necessidades uns dos outros - "sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo". Alegria, gratidão e amor humilde - essas são algumas das marcas de ser cheio do Espírito. Poderíamos acrescentar um quarto efeito: ousadia no testemunho cristão. Podemos ver isto com mais clareza em Atos 4:31: "Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus". Nenhum crente deixará de ser ousado e zeloso no testemunho, se o Espírito Santo estiver produzindo nele alegria transbordante, gratidão perpétua e amor humilde. Oh! Como precisamos ser cheios do Espírito! Procuremos esse enchimento! Busquemo-lo! No entanto, há uma pergunta crucial: como podemos buscá-lo? Comecemos com a analogia mais próxima: "Não vos embriagueis com vinho... mas enchei-vos do Espírito" (v. 18). Como você se embriaga com o vinho? Você o bebe... em grande quantidade. Então, como ficaremos embriagados (cheios) com o Espírito? Bebamos dEle! Bebamos em profusão. Paulo disse: "A todos nós foi dado beber de um só Espírito" (1 Coríntios 12:13). Jesus disse: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito" (João 7:37-39). Como podemos beber do Espírito Santo? Paulo disse: "Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, [cogitam] das coisas do Espírito" (Romanos 8:5). Bebemos do Espírito cogitando das coisas do Espírito. O que significa "cogitar" das coisas do Espírito"? Colossenses 3:1-2 afirmam: "Buscai as coisas lá do alto... Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra". "Pensar" significa "procurar, dirigir a atenção para, preocupar-se com". Significa "ser dedicado a" e "absorvido com". Portanto, beber do Espírito significa buscar as coisas do Espírito, dirigir a atenção às coisas do Espírito, dedicar-se às coisas do Espírito. Quais são "as coisas do Espírito"? Quando Paulo disse: "Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus" (1 Coríntios 2:14), estava se referindo aos seus próprios ensinos inspirados pelo Espírito (1 Coríntios 2:13) - especialmente seus ensinos a respeito dos pensamentos, planos e caminhos de Deus (1 Coríntios 2:8-10). Então, "as coisas do Espírito" são os ensinos dos apóstolos a respeito de Deus. Jesus também disse: "As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida" (João 6:63). Logo, os ensinos de Jesus também são "as coisas do Espírito". Portanto, beber do Espírito significa cogitar das coisas do Espírito. E cogitar das coisas do Espírito significa dirigir nossa atenção aos ensinos dos apóstolos a respeito de Deus e às palavras de Jesus. Se fizermos isso por bastante tempo, ficaremos embriagados com o Espírito. De fato, ficaremos viciados no Espírito. Em vez de dependência química, desenvolveremos uma maravilhosa dependência do Espírito Santo. Mais uma coisa: o Espírito Santo não é como o vinho, porque Ele é uma pessoa e livre para ir e vir aonde quer que deseje (João 3:8). Por isso, temos de acrescentar Lucas 11:13. Jesus disse aos seus discípulos: "Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?" Se queremos ser cheios do Espírito, temos de pedir isso ao nosso Pai celestial. E foi isso que Paulo fez pelos crentes de Éfeso. Ele pediu ao Pai celestial que aqueles crentes fossem "tomados [cheios] de toda a plenitude de Deus" (Efésios 3.19). Beba do Espírito e ore. Beba do Espírito e ore. Beba do Espírito e ore.