quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Bancada Evangélica pede mais discussão sobre reforma do Código Penal

A Frente Parlamentar Evangélica, pediu, durante encontro com o presidente do Senado, José Sarney, tranquilidade na discussão da reforma do Código Penal (PLS 236/12). As críticas ao novo projeto de Código Penal em discussão no Senado foram a tônica da sessão solene ontem em homenagem ao Dia Nacional de Valorização da Família, comemorado em 21 de outubro.
Os parlamentares evangélicos manifestaram preocupação principalmente com a ampliação das hipóteses de aborto legal, com a descriminalização do porte ou plantio de drogas para uso próprio e com a redução da idade para que seja caracterizado o estupro de vulnerável. A realização da sessão foi proposta pelo líder do PSC, deputado Andre Moura (SE); pelo presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos; e pelo deputado Arolde de Oliveira (PSD-RJ). Os três se revezaram na presidência da sessão, que contou com a participação de lideranças religiosas, principalmente evangélicas. Para o presidente da Frente Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), a reforma é válida, mas não pode “afrouxar” as leis. “Nós somos a favor, desde que seja em uma concepção de endurecer a legislação penal em uma perspectiva de diminuir a criminalidade, a violência e a impunidade no País”, disse. “A família vem sendo atacada e desconfigurada”, disse João Campos. Para ele, o leilão da virgindade de uma catarinense na Austrália “é um indicativo do rumo que a sociedade adotou, que leva mais em conta o ter do que o ser”. O presidente José Sarney afirmou que o projeto do novo Código Penal passará por um longo debate antes de ser aprovado e que todos os setores da sociedade serão ouvidos. “O Senado vai ouvir, naturalmente, em audiências públicas, o povo, as diversas correntes de opinião, as pessoas dissidentes, aqueles que pensam diferentemente, os que queiram introduzir novas ideias”. Segundo Sarney, a votação do novo Código Penal não será feita de forma apressada. “Para que o Congresso decida melhor e tem uma base grande, é que um anteprojeto feito por grandes juristas”. Para o deputado federal, Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) a reforma do Código Penal apresenta um “perigoso liberalismo”. Para ele, “a reforma deve acontecer, mas de forma planejada e objetiva, levantando em consideração a melhoria e o cumprimento da lei, não o liberalismo total e irresponsável”. (Com informações Jornal da Câmara)

Eles querem é a CPAD: Afirma José Wellington em entrevista a portal evangélico

Desde 1987 à frente da CGADB, eleito por sete vezes, ele diz que não dá nenhum passo fora da direção de Deus. O pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) disse em entrevista ao portal Creio que as acusações que fazem contra ele é porque seus adversário querem a direção da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). 


Esses adversários, no caso, são os pastores Samuel Câmara e Silas Malafaia, que estão contestando, entre outras coisas, a festa paralela que a CGADB está organizando na cidade de Belém (PA) para comemorar o Centenário da denominação no Brasil. Desde 1987 à frente da CGADB, eleito por sete vezes, ele diz que não dá nenhum passo fora da direção de Deus. “Se Deus disser basta, eu entrego a direção, não vejo problema”, dispara o líder que tem em seu ministério 2,3 mil congregações e se vê envolvido na construção de um grande templo para 10 mil pessoas. José Wellington conta que quando assumiu a CPAD tinha R$ 1,5 milhão em duplicatas. “Assumi a empresa, profissionalizei a gestão com irmão Ronaldo. Hoje, mesmo sem fins lucrativos, a empresa caminha com excelência.” Quanto a identidade dos ministérios da AD Belém, José Wellington continua sua tese: “Nós temos influência dos suecos, temos doutrina firme. Nosso objetivo é salvação e edificação. O deles é baseado nos americanos com atos midiáticos e comércio. Eles se amoldam a determinados costumes que não nos adaptamos.” Sobre o futuro da Assembleia de Deus ele finaliza: “A AD é uma árvore que dá muitos frutos. Unidos nós estamos.”

Por que sou credobatista?

Por Clóvis "Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração" At 8:36-37 Antes de mais nada, o que é um credobatista? É uma pessoa que crê que o batismo deve se realizado apenas em pessoas crentes, em termos práticos, que fizeram confissão de fé. Difere do batismo de adulto por não estabelecer uma idade mínima para realização do batismo e do pedobatismo por entender que uma criança não exerce fé pessoal, que é um pré-requisito para o batismo. As razões que me fazem um credobatista são bíblicas, teológicas e históricas. Argumentos bíblicos 1. As prescrições do batismo A Bíblia traz várias orientações sobre o batismo, as quais acabam por requerer que o candidato ao mesmo tenha primeiramente crido. Na Grande Comissão Jesus garantiu que "quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado" (Mc 16:16). A ênfase recai sobre o ato de crer, sendo o batismo conseqüência natural. Tanto que na oração seguinte, sequer se fala do batismo, que é irrelevante se alguém não tem fé. Na inauguração da igreja Pedro instou com o povo dizendo "arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo" (At 2:38). Vemos em seguida que "foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra" (At 2:41). Crer, arrepender-se e receber de bom grado a Palavra são coisas que antecedem o batismo. Na repreensão de João Batista vemos o mesmo princípio. Ele diz "à multidão que saía para ser batizada por ele: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento" (Lc 3:7-8). O precursor de Jesus exigia conversão de todos quantos quisessem descer às águas do batismo. O batismo cristão segue o mesmo princípio. Quando o eunuco perguntou o "que impede que eu seja batizado?" Filipe respondeu "É lícito, se crês de todo o coração" e somente quando o eunuco confessou "creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus" é que "desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou" (At 8:36-38). Portanto, o crer em Cristo é condição sine qua non para o batismo. 2. Os exemplos bíblicos Os exemplos de batismos registrados na Bíblia corroboram o credobatismo. Os que eram batizados por João Batista o eram "confessando os seus pecados" (Mt 3:6; Mc 1:5) e "justificaram a Deus" (Lc 7:29). Atos registra que "como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres" (At 8:12). Continua o historiador dizendo que "creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou de contínuo com Filipe" (At 8:13) e que "os coríntios, ouvindo-o, creram e foram batizados" (At 18:8). Não há um só registro positivo de batismo de não crentes sendo batizados. Argumentos teológicos 1. O significado do batismo O batismo é o primeiro das duas ordenança de Cristo à Igreja. O significado teológico do batismo varia conforme a tradição evangélica. Para os credobatistas, o batismo é principalmente um sinal e um testemunho externo da obra de Deus realizada na regeneração. Como a Ceia do Senhor representa a obra de Cristo na cruz, o batismo representa a obra do Espírito Santo no coração do crente. Temos então que o batismo é um símbolo exterior que representa uma realidade interior, sendo a fé o vínculo entre o símbolo e a coisa significada. Sem fé, o batismo não é um sacramento. Não é de se estranhar, portanto, que todos os batismos registrados na Bíblia sejam de crentes. 2. Depoimentos teólogos Mesmo autores não credobatistas tem que reconhecer que o batismo de não crentes, especialmente o de recém-nascidos, não tem amparo bíblico direto. Creio que pela palavra de três pedobatistas. O Dr. A. Plummer (Igreja da Inglaterra) diz que "dos que recebem o batismo cristão é requerido que se arrependam e creiam" (Dictionary of the Bible). M. W. Jacobus (Congregacional) reconhece que "nós não temos nenhum registro no Novo Testamento do batismo de infantes" (Standard Bible Dictionary). E o presbiteriano Scott McKnight afirma que "o Novo Testamento não contém referência explícita ao batismo de infantes ou de criancinhas" (Dictionary of de the Bible). Argumentos históricos 1. O Didaquê O Didaquê ou Ensinamento dos Doze Apóstolos, escrito entre os anos 145-150 dC, traz a seguinte orientação: "Quanto ao batismo, batize assim: tendo primeiro ensinado todas essas coisas, batize em água corrente, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (VII, 1). A expressão "tendo primeiro ensinado" deixa claro que o batismo é precedido de ensinamento. A prescrição seguinte também pressupõe pessoas crentes sendo doutrinadas "antes de batizar, tanto aquele que batiza como o batizando, bem como aqueles que puderem, devem observar o jejum. Você deve ordenar ao batizando um jejum de um ou dois dias" (VII, 4). Portanto, no segundo século, o costume da igreja era batizar crentes professantes. 2. Pais da Igreja O Dictionary of Christianity in America diz que algum tempo depois do segundo século é que o batismo de infantes foi introduzido na igreja, mas que a prática do batismo de crentes continuou como de uso geral até a Idade Média. Não ignoro as referências de Orígenes (185-253), Tertuliano (160-240), Ireneu (125-190) e Justino Mártir (c. 138) ao batismo infantil. Mas elas estão invariavelmente ligadas ao erro da regeração batismal ou são incertas. Orígenes diz que crianças são batizadas para perdão dos pecados. Tertuliano reprovava o batismo infantil, por considerar que o batismo lava os pecados passados, então aconselhava postergar o ato. Ireneu até mesmo usa o termo regeneração como significando batismo. E Justino diz que "muitas pessoas, de ambos os sexos, algumas com seis ou sete anos de idade, foram feitas discípulos de Cristo desde sua infância". Porém não há referência ao batismo aqui e a expressão "foram feitas discípulos" parece apontar para a conversão e o ensino. Conclusão O fato é que a Bíblia exige fé e arrependimento de quem se apresenta para o batismo e não registra nenhum caso de não crente ou infante sendo batizado. A história revela que a prática do batismo infantil não remonta aos apóstolos e que se iniciou com uma visão distorcida de seu significado teológico. Por estas razões, sou credobatista. E por outras não sou pedobatista. Mas isto é assunto para outro artigo.