quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Deus faz as regras tanto no céu como no inferno.



Por Jesemar Bessa

O inferno não é nem a AUSÊNCIA eterna de Deus, nem a SEPARAÇÃO eterna de Deus. De fato Deus é muito presente no inferno, mas presente na totalidade de sua IRA.
Ninguém ficará eternamente deixado aos seus próprios termos. Isso mostra o contrário da opinião tão difundida de que Satanás governa o inferno. Deus faz as regras tanto no céu como no inferno. Ele é o Deus do céu e do inferno, ele é o Deus da luz, mas também é o Deus das trevas, de fato, só Ele é Deus.

Davi disse confessou que não importava onde ele fosse, não poderia escapar da presença de Deus: “Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá. Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim. Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa” - Salmos 139:7-12
Deus é inevitável para suas criaturas! Deus é soberano sobre todas as coisas - Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também. O inferno não é uma “festa” onde Satanás é o anfitrião. O inferno é o lugar onde Deus derrama Sua ira implacável sobre o homem não justificado em Cristo.
Jesus apaga a névoa que repousava sobre os autores do Antigo Testamento, nos dando uma visão clara sobre a eternidade: “E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo” - Mateus 10:28
Na cruz, Jesus não suportou a AUSÊNCIA do Pai. Ele suportou a PLENITUDE de Sua ira. Vemos isso na imagem do “cálice” que Jesus bebeu. Falando com Tiago e João, Jesus diz: “Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu hei de beber...” - Mateus 20:22 - Já no Velho Testamento há a linguagem presente do cálice da ira de Deus (Is 51.15; Jr 25.15; Is 51.22...) – Eis a oração de Jesus momentos antes de enfrentar a Cruz: “E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres”. Mateus 26:39
A realidade do abandono do Pai a Jesus não era apenas que Jesus foi separado do Pai. Ele foi abandonado no sentido em que foi colocado sobe Jesus tudo o que o Pai despreza, odeia e amaldiçoa. Ele não foi abandonado no sentido em que foi deixado sozinho, mas que ele ficou desprovido de TODA MISERICÓRDIA e sujeito a TODA IRA. Ele bebeu o cálice da ira de Deus. A face do Pai que brilhou tão radiante no batismo do Filho, tornou-se uma carranca escura quando o Filho foi feito pecado por nós, seu povo.
O inferno é o lugar de tormento tanto para Satanás quanto para os homens. É onde Deus serve a taça da ira ( Que Jesus bebeu na cruz por todos os redimidos ) por toda a eternidade. Satanás não comanda tormentos do inferno, ele próprio estará sofrendo o tormento a partir da mão do próprio Deus. Satanás não está no comando do inferno, Deus está. O inferno é o inferno de Deus.
Separação eterna de Deus seria um alívio para o pecador diante de um Deus irado.. Mas não é esse o caso quando se fala do inferno. O inferno não é a separação eterna de Deus. Na verdade, é exatamente o oposto. É o sofrimento eterno vindo mão de Deus. É o abandono e separação de toda misericórdia de Deus e o eterno beber do cálice que Jesus tomou na cruz: “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” - Hebreus 10:3

Devemos pregar sobre o inferno, Satanás e os demônios?

Sata2 
Por Maurício Zágari
A proclamação do Evangelho deve ter como centro Jesus. A cruz. As boas-novas da salvação. Sempre. Sempre. Sempre. Podemos pregar sobre qualquer assunto correlato, desde que tenha ligação com o epicentro de nossa fé: Cristo. Pregações sobre dízimo devem ter foco em Jesus. Pregações sobre casamento devem ter foco em Jesus. Pregações sobre vida sexual devem ter foco em Jesus. Pregações sobre arrependimento devem ter foco em Jesus. Por isso, existe uma grande resistência em alguns setores da Igreja a se pregar sobre o inferno, o diabo e os demônios. Em grande parte, isso ocorre como reação à ênfase despropositada que certas denominações dão à chamada “libertação”, em todas as suas variáveis – “descarrego”, “batalha espiritual”, expulsão de demônios etc. -,  o que leva muitos a tomar uma postura contrária, eliminando totalmente do púlpito mensagens que tenham a ver com as hostes espirituais da maldade. Essa postura acaba se refletindo em todas as esferas da vida cristã dos que assim procedem, como a rejeição por livros que falem do assunto ou mesmo nas orações que fazem e nas músicas que cantam. Por muito tempo compartilhei desse pensamento. Falar sobre isso era como jogar uma barata dentro de uma refeição refinada num restaurante chique. Mas tenho revisto essa posição. Hoje estou convencido de que devemos sim pregar sobre o inferno e os perigos das forças espirituais do mal – desde que as pregações sobre o assunto tenham foco em Jesus.
A primeira razão que me fez rever essa posição foi a releitura do Novo Testamento. Lendo as Escrituras e alguns bons livros descobri, espantado, que Jesus de Nazaré falou mais nos Evangelhos sobre o inferno do que sobre o Céu – sabia? Ou seja: o próprio Senhor abriu o precedente. Afirmar que não se pode pregar sermões que tratem do mundo espiritual maligno – com foco em Cristo, sempre – seria dizer que Jesus não poderia ter falado o que falou. E repreender Deus é, no mínimo, complicado. Se por um lado, o Senhor nos disse para não ficarmos eufóricos com esse assunto (“Contudo, alegrem-se, não porque os espíritos se submetem a vocês, mas porque seus nomes estão escritos nos céus” – Lc 10.20), por outro nos instrui muitas vezes sobre ele (como em “Jesus repreendeu o demônio; este saiu do menino [...]  Então os discípulos aproximaram-se de Jesus em particular e perguntaram: “Por que não conseguimos expulsá-lo? “  Ele respondeu: [...] esta espécie só sai pela oração e pelo jejum” -  Mt 17.18-22).
Sata3
Trabalho como editor de livros cristãos. Meu último projeto – sobre o qual não posso falar muito, por enquanto, por questões éticas – é uma obra de um importante pastor presbiteriano brasileiro e chanceler de uma universidades  cristã. Tradicional. Histórico. E brilhante. Surpreendeu-me, portanto, quando li em seu texto o seguinte:  “Alguém já disse que pregar sobre o inferno não é um caminho muito bom para levar pecadores ao arrependimento, porque, nesse caso, as pessoas se converteriam por medo da perdição eterna. Pessoalmente, entendo que é preferível que seja assim ao fato de o indivíduo não se converter de maneira nenhuma. Se alguém se converteu porque tem medo de ir para o inferno, isso é ótimo, mas se a conversão ocorreu por amor a Jesus é melhor ainda. Não faz mal o crente se assustar com a realidade da justiça divina”.

Cada vez mais tenho percebido a importância de alertar a Igreja, como fez o próprio apóstolo Pedro, de que “o diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge, procurando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8). Forças do mal estão se infiltrando nas igrejas. Nas empresas cristãs. Ensinamentos diabólicos estão conquistando espaço nos corações e nas mentes dos jovens e adolescentes evangélicos. Temos guardado os portões da frente de nossas vidas pela proclamação indispensável do Evangelho de Cristo, mas, ao fecharmos os lábios contra “as ciladas do diabo” (Ef 6.11), deixamos a porta dos fundos escancarada para a entrada dos sabotadores de nossa espiritualidade.
Sata4Deus é infinitamente mais poderoso que o diabo. A velha ideia de que Satanás e Jeová disputam as almas humanas como num cabo-de-guerra, em igualdade de condições, é um erro de proporções (anti)bíblicas. O Deus criador é tão superior ao diabo criatura que, com um piscar de olhos, Ele poderia, se quisesse, eliminar todos os demônios, todo o inferno, tudo, tudo, tudo. Então, imaginar que o diabo é inimigo direto do Todo-poderoso chega a ser engraçado, pois o querubim caído não pode absolutamente nada contra o criador do universo. Na-da. Ele é inimigo, isso sim, dos homens, a quem consegue astutamente enganar. Em especial aqueles que não estão alertas contra esse engano  e que se julgam imunes à tentação maligna.
Portanto, é por isso que Paulo, o apóstolo, prega à igreja de Éfeso: “A nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.12). E deixar de fora das nossas preocupações, do nosso discurso e da nossa pregação essa realidade seria ignorar um assunto tratado extensamente por Jesus e por seus discípulos nos evangelhos, nas epístolas e em Apocalipse. Seria uma irresponsabilidade.
Sata5A literatura cristã está repleta de livros sérios que alertam para o tema, seja de forma direta ou por meio da ficção. Um exemplo que imediatamente me vem à mente é o do grande C.S.Lewis, que escreveu as obras ficcionais “Cartas de um diabo a seu aprendiz”, “O Grande Abismo”, “Cartas do Inferno” e “As crônicas de Nárnia”, que mostram explicita ou implicitamente a ação de demônios e – graças a Deus – despertam o fascínio sobre o tema. Aliás, dedicar tempo e tinta para alertar a Igreja contra o inferno, o diabo e seus ardis fez parte da preocupação de grandes homens de Deus desde o princípio. Além do próprio Jesus e dos autores canônicos, os primeiros escritos da época patrística trazem textos sobre o assunto de alguns pais da Igreja, como Orígenes (“De principiis”), Gregório de Nissa e outros. Assim foi e prosseguiu pelo período da escolástica (com Erasmo) e da Reforma (com Lutero e Zuínglio), seguindo por John Wesley, John Bunyan e outros (a série do website Voltemos ao Evangelho sobre “A História do Inferno” fornece uma boa bibliografia sobre o assunto). A conclusão é que sempre houve na Igreja cristã saudável a preocupação de pregar e escrever sobre Satanás, os demônios e o inferno – de Jesus a John Piper e Paul Washer. Basta procurar.
Em nossos dias, livros e relatos de ficção apresentados como verídicos, como as histórias de Rebecca Brown e similares, prestaram um desserviço à Igreja, por dois ângulos: de um lado houve quem cresse em seus contos como se fossem realidade e passasse a viver segundo suas ficções. Do outro, quem percebeu que se tratava de uma farsa passou a ter um preconceito refratário a qualquer coisa do gênero, qualquer livro que toque no assunto, qualquer música que mencione o diabo ou o inferno. O satanismo, uma realidade tão presente e infiltrada nas igrejas, ministérios e outros ambientes cristãos, tornou-se um assunto sobre o qual não se deveria falar. Com isso, saiu perdendo a importância bíblica e histórica de se tratar e de pregar sobre a questão. E quem saiu ganhando? Preciso responder?
Até mesmo na música. O tradicional hino “Castelo Forte”, composto pelo reformador Martinho Lutero,  dedica quase metade de suas linhas ao diabo e os demônios (depois que ele afirmou, veja você: “Não pretendo deixar para o Diabo as melhores melodias!”):

“Castelo forte é nosso Deus,
Amparo e fortaleza:
Com seu poder defende os seus
Na luta e na fraqueza.
Nos tenta Satanás, Com fúria pertinaz, Com artimanhas tais E astúcias tão cruéis, Que iguais não há na Terra.

A nossa força nada faz:
Estamos, sim, perdidos.
Mas nosso Deus socorro traz
E somos protegidos.
Defende-nos Jesus,
O que venceu na cruz
O Senhor dos altos céus.
E sendo também Deus,
Triunfa na batalha.

Se nos quisessem devorar Demônios não contados, Não nos podiam assustar, Nem somos derrotados. O grande acusador Dos servos do Senhor Já condenado está: Vencido cairá Por uma só palavra.
Que Deus a luta vencerá, Sabemos com certeza,
E nada nos assustará
Com Cristo por defesa.
Se temos de perder
Família, bens, poder,
E, embora a vida vá,
Por nós Jesus está,
E dar-nos-á seu reino.”

Sata6O inferno existe e é um assunto sério. Bíblico. Jesus falou e pregou sobre ele – e muito. Devemos fazer o mesmo. Satanás e os demônios são um assunto sério. Bíblico. Jesus lidou pessoalmente, expulsou constantemente e falou sobre eles – e muito. Devemos fazer o mesmo. Se for preciso despertar o fascínio sobre o assunto, que assim seja. Pois, no pesar da balança, é melhor pecar pelo excesso do que pela omissão. Pois o que está em jogo aqui são almas humanas. Precisamos saber lidar de forma bíblica e correta com as hostes espirituais da maldade, que tanto dano provocam no seio da Igreja. E isso só vai acontecer se nossos líderes nos ensinarem a fazê-lo biblicamente. Enquanto acreditarem na inverdade que “não se prega falando sobre o inferno, Satanás e os demônios”, estarão na contramão do que fez Jesus, os escritores canônicos, os pais da Igreja, os escolásticos, os reformadores, os expoentes dos grandes despertamentos e importantes pregadores reformados de nossos dias. E, com isso, só quem lucra é o diabo, que pode usar e abusar dos cristãos que não sabem lidar com o mal porque nunca lhes ensinaram a fazer isso de forma sadia.
É ingenuidade acreditar que basta pregar sobre Cristo sem falar nada sobre o diabo e estaremos isentos das artimanhas e dos ataques do maligno. Já ouvi o bom argumento de que para aprender a identificar a nota falsa basta conhecer bem a verdadeira – só que, se a tinta da nota falsa gera prurido e alergia em nossa pele, somente conhecer a verdadeira não vai adiantar muito, depois que já manuseamos a falsificada. A luz espanta as trevas, é verdade, mas me diga um cristão com Jesus no coração que não peca porque aqui e ali se deixou enganar pelas forças do mal. Como vigiaremos se não sabemos como é o inimigo? Como estaremos alertas às “ciladas do diabo” se não temos conhecimento de como ele age, o que faz, como se combate? Muitas tecnologias fajutas de “batalha espiritual” ganham notoriedade em nossos dias justamente porque houve muitos que ensinaram errado enquanto os que poderiam ensinar certo deram as costas ao assunto.
Sata7Pregar sobre Jesus é o centro, o foco e a essência. Mas o que muitos lamentavelmente não enxergam é que pregar mensagens de alerta sobre o inferno, Satanás, o satanismo, as hostes espirituais da maldade – de forma bíblica! – também é fazer exatamente isso: ressaltar a altura da montanha pela profundidade do vale. Mostrar a luz pela contraposição com as trevas. Posicionar o bem a partir de um referencial maligno. Exilar o mal de nossa proclamação do Evangelho é remover o diabo da tentação de Jesus no deserto; é tirar a história do rico e Lázaro da Bíblia; é contar a parábola do semeador pela metade; é amputar os primeiros capítulos do livro de Jó; é rasgar páginas e mais páginas das epístolas; é anular todo o sentido de Apocalipse; é jogar no lixo trechos como Lc 11.14, Mc 7.29, Jo 8.49, Mt 9.33, Mt 17.18, Mc 7.26, Lc 4.33 e muitos outros. Mais importante ainda: é arrancar da história da salvação o relato da Queda. E, sem o que a serpente fez no Éden, por que mesmo precisaríamos da cruz?

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

“Família Estruturada, Sociedade Curada” é novo projeto de Marco Feliciano



feliciano (1)O deputado federal, pastor Marco Feliciano divulgou no último domingo (20) uma campanha para incentivar as manifestações em favor da família. “Família Estruturada, Sociedade Curada” servirá como base em suas campanhas contra o casamento gay, adoção de crianças por homossexuais, divórcio, drogas, aborto entre outros debates que fazem parte da agenda do deputado do Partido Socialista Cristão.

“A ideia deste projeto é incentivar a família, aos pais e mães que são contra a ‘ditadura gay’ a opinarem, se manifestando em suas redes sociais, blogs, sites, na igreja, em conversas com os filhos e parentes”, disse Feliciano.
O parlamentar divulgou através de sua conta no Twitter o logo do projeto. Feliciano também criticou a posição da ministra Marta Suplicy e da deputada Érica Kokay, favoráveis às leis que criminalizam a opinião contra a prática homossexual.
Para Feliciano os cristãos no Brasil deveriam ser mais participativos e expressar sua desaprovação quanto às leis de benefício de homossexuais e as leis que incentivam a desvalorização da família.

O Cristão e a Cultura



Por Franklin Ferreira

Uma definição de cultura

Antes de falarmos da relação do cristão com a cultura, é necessário definirmos o que é cultura:
- Em sentido amplo, refere-se ao cultivo de hábitos, interesses, língua e vida artística de uma nação: histórias, símbolos, estruturas de poder, estruturas organizacionais, sistemas de controle, rituais e rotinas.
- Tudo o que caracteriza uma realidade social de um povo ou nação, ou então de grupos no interior de uma sociedade: valores, atitudes, crenças e costumes.
Não raro o cristão se torna uma subcultura dentro de uma nação. Ele tem seus valores, atitudes, crenças e costumes. Mas daí, surgem as perguntas: O cristão pode participar das festas nacionais? O cristão pode beber? Como o cristão lida com arte, cinema, etc.? O cristão pode ser um diretor, ator, etc.? O cristão pode ouvir música do mundo? Como o cristão lida com economia, política, filosofia? O cristão deve impor sua cultura quando sai em missões? O que pode ser tolerado? O que deve mudra?

Modelos de como os cristãos lidaram com a cultura ao longo da história

Para falar sobre o cristão e a cultura, precisamos lembrar que a igreja não nasceu em nossa geração. Temos que ser humildes e olharmos para a história da igreja para ver como os cristãos do passado lidaram com a cultura.
H. Richard Niebuhr (1894-1962), apresentou em seu livro Cristo e cultura (download gratuito) cinco categorias de classificação do relacionamento entre o cristão e a cultura, fornecendo, assim, ferramentas para descrever a forma que os cristãos encaram questões sociais, éticas, políticas e econômicas.

1. O cristão contra a cultura

Os que seguem esta corrente enfatizam que, diante da natureza decaída da criação, é necessário que se criem estruturas alternativas, e que estas sigam mais de perto o chamado radical do evangelho. Esta posição foi afirmada no Didaquê, na Primeira Epístola de Clemente, e nos escritos de Tertuliano (c.160–c.225) e dos anabatistas do século xvi, como Michael Sattler (c.1490–1527).
Resumidamente, a cultura é caída, má e demoníaca; rejeite tudo. Exemplos:
“A filosofia é a matéria básica da sabedoria mundana, intérprete temerária da natureza e da ordem de Deus. De fato, é a filosofia que equipa as heresias… Ó miserável Aristóteles! Que lhes proporcionaste a dialética, esse artífice hábil para construir e destruir, esse versátil camaleão que se disfarça nas sentenças, se faz violento nas conjecturas, duro nos argumentos, que fomenta contendas, molesta a si mesmo, sempre recolocando problemas antes mesmo de nada resolver. Por ela, proliferam essas intermináveis fábulas e genealogias, essas questões estéreis, esses discursos que se alastram, qual caranguejos, e contra os quais o Apóstolo nos adverte na sua carta aos Colossenses: ‘Cuidado que ninguém vos venha a enredar com suas sutilezas vazias, acordadas às tradições humanas, mas contrárias à providência do Espírito Santo’. Este foi o mal de Atenas… Ora que há de comum entre Atenas e Jerusalém, entre a Academia e a Igreja, entre os hereges e os cristãos? Nossa formação nos vem do pórtico de Salomão, ali nos ensinou que o Senhor deve ser buscado na simplicidade do coração. Reflitam, pois, os que andam propalando seu cristianismo estóico ou platônico. Que novidade mais precisamos depois de Cristo? [...] Que pesquisa necessitamos mais depois do Evangelho? Possuidores da fé, nada mais esperamos de credos ulteriores. Pois a primeira coisa que cremos é que para a fé, não existe objeto ulterior.” (Tertuliano, De praescr. haeret., VII)
“Quarto, unimos nossas forças no que diz respeito à separação do mal. Devemos nos afastar do mal e da perversidade que o diabo semeou no mundo, para não termos comunhão com isso e não nos perdermos na confusão dessas abominações. Aliás, todos que não aceitaram a fé e não se uniram a Deus para fazer a sua vontade são uma grande abominação aos olhos de Deus. Deles não poderão acrescentar ou surgir nada mais do que coisas abomináveis. Não existe nada mais no mundo e em toda a criação do que o bem e o mal, crentes e incrédulos, trevas e luz, os que estão no mundo e fora do mundo, os templos de Deus e dos ídolos, Cristo e Belial, e nenhum deles poderá ter comunhão um com o outro. Para nós, pois, é obvio o imperativo do Senhor, pelo qual nos ordena que nos afastemos e nos mantenhamos longe dos maus. Assim, ele será nosso Deus e nós seremos seus filhos e filhas. Além disso, ele nos exorta a abandonar a Babilônia e o paraíso terreno egípcio, para não passar pelos sofrimentos e dores que o Senhor enviará sobre eles. (…) Devemos nos afastar de tudo isso e não participar com eles. Porque tudo isso não passa de abominações, que nos tornam odiosos diante do nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos libertou da escravidão da nossa natureza pecaminosa e nos tornou aptos para o serviço de Deus, por meio do Espírito que nos ortogou.” (Confissão de Schleitheim, IV)

2. O cristão da cultura

Os ensinos do evangelho têm íntima relação com as estruturas culturais, num processo de acomodação a esta. Ou seja, toda e qualquer cultura é incorporada no cristianismo.
Apesar das objeções que são lançadas a esta posição, ela tem sido influente na história da igreja. Os ensinos de gnósticos do século III, Abelardo de Paris (1079–1142) e dos teólogos liberais do século XIX refletem esta posição.. A igreja evangélica na Alemanha, por influência deste entendimento, trocou seu nome para Igreja do Reich e seus pregadores juraram obediência a Hitler.
O fundamentalismo americano acabou espelhando esta posição, afirmando os valores básicos da cultura dos Estados Unidos. Aqui no Brasil, se por um lado rejeitamos toda cultura local (o cristão contra a cultura), por outro acabamos abraçando a cultura americana (o cristão da cultura), como se ela fosse uma cultura cristã e achamos que uma cultura é intrinsicamente superior a outra.

3. O cristão acima da cultura

Este é o conceito católico, influenciado por Clemente de Alexandria (c.150–c.215) e Tomás de Aquino (1225–1274), que busca uma unidade entre o cristão e a cultura, onde toda a sociedade aparece hierarquizada. Na Idade Média o ensino eclesiástico alcançou quase todos os aspectos da sociedade: suas práticas religiosas formaram o calendário; seus rituais marcaram momentos importantes (batismo, confirmação, casamento, ordenação) e seus ensinamentos sustentavam crenças sobre moralidade, significado da vida e a vida após a morte. A igreja e sua mensagem são institucionalizadas e o que deveria ser condicionado culturalmente é absolutizado. Neste terceiro modelo, o que é levado não é o evangelho, mas uma cultura.

4. O cristão e a cultura em paradoxo

Posição comumente associada a Martinho Lutero (1483-1546) e Søren Kierkegaard (1813-1855). Esta posição mantém o entendimento bíblico da queda e da miséria do pecado, e o chamado para se lidar com a cultura. A relação do cristão com a cultura é marcada por uma tensão dinâmica entre a ira e a misericórdia.
Lutero enfatizou este tema com sua doutrina dos “dois reinos”: a mão esquerda, mundana, segura a espada do poder no mundo, enquanto a mão direita, celeste, segura a espada do Espírito, a Palavra de Deus. Não se pode tentar coagir a fé, nem se pode tentar acomodar a fé aos modos seculares de pensamento.
Um exemplo: espancamento feminino. A mulher deve processar o marido? Nesta visão paradoxal, como cristã, ela não deveria (pois o crente não leva outro ao tribunal secular), mas como cidadã, sim. Então, a mulher vive um conflito paradoxal.

5. O cristão como agente transformador da cultura

A cultura deve ser levada cativa ao senhorio de Cristo. Sem desconsiderar a queda e o pecado, mas enfatizando que, no princípio, a criação era boa, os que estão nesse grupo enfatizam que um dos objetivos da redenção é transformar a cultura. Sendo assim, por mais iníquas que sejam certas instituições, elas não estão fora do alcance da soberania de Deus. Ou seja, mesmo sabendo da queda, o cristão não abandona a cultura (o cristão contra a cultura), mas busca redimi-la, levá-la aos pés de Cristo.
Agostinho (354-430), João Calvino (1509-1564), John Wesley (1703-1791) e Abraham Kuyper (1837-1920) são alguns dos que entenderam que os cristãos são agentes de transformação da cultura, posição que é exposta nesta obra de Niebuhr. Em Apocalipse, vemos que Deus redime tanto a pessoa, como a diversidade cultural.
Nesta posição, não há divisão entre o sagrado e o profano – essa é uma dicotomia católica (a divisão sagrado/profano afirma que na igreja fazemos atividades sagradas e, no mundo, atividades profanas; ou seja, rezar, ser padre é algo sagrado, mas construir um prédio e ser um engenheiro são coisas profanas). A divisão bíblica é entre o que é santo e está em pecado; e que está em pecado deve ser santificado.
Relatório de Willowbank
A afirmação de que o cristão é um agente transformador da cultura pode ser resumida na compreensão de que “uma vez que o homem é criado por Deus, parte de sua cultura será rica em beleza e bondade. Por causa da queda e do pecado do homem, toda a sua cultura [usos e costumes] está manchada pelo pecado, e parte dela é demoníaca” (Pacto de Lausanne §10) — o evangelho nunca é hóspede da cultura, mas sempre seu juiz e redentor.
O Grupo de Teologia e Educação de Lausanne propôs um modelo hierárquico de ação sobre a entrada do evangelho na cultura (Relatório de Willowbank, 1978) que pode ser de auxílio em nosso trato com a cultura ao nosso redor.
Categoria de costumes
Como um missionário deve proceder em uma cultura diferente? O Relatório de Willowbank propõe uma relação quádrupla do cristão com a cultura:
1. Alguns costumes não podem ser tolerados, como a idolatria, infanticídio, canibalismo, vingança, mutilação física, prostituição ritual, entre outros.
2. Alguns costumes podem ser temporariamente tolerados [por uma geração], como a escravidão, o sistema de castas, o sistema tribal, a poligamia, entre outros.
3. Há alguns costumes cujas objeções não são relevantes para o evangelho, como o costume de o homem e a mulher sentarem separados nos cultos, os costumes alimentares, vestimentas, hábitos de higiene pessoal, entre outros.
4. Assuntos secundários (adiáforos) sobre os quais há controvérsias mas que pode-se ter liberdade de análise, como escatologia, governo da igreja, ceia e batismo
Exemplo do ponto 2: quando chefes tribais polígamos se convertiam, eles eram obrigados pelos missionários a abandonar todas suas esposas, que ou morriam de fome ou se prostituiam, podendo morrer apedrejadas. Vendo isso, os missionários acharam uma medida sábia não exigir desse chefe tribal o abandono da poligamia, mas exigir tal atitude da próxima geração de cristãos.
Aplicação do ponto 3: Se você é um novo pastor, não tente mudar a cultura da igreja, se ela se encaixa neste nível. Pregue o evangelho!
“Não se distinguem os cristãos dos demais, nem pela região, nem pela língua, nem pelos costumes. (…) Seguem os costumes locais relativamente ao vestuário, à alimentação e ao restante estilo de viver, apresentando um estado de vida admirável (…). Enquanto cidadãos, de tudo participam, porém tudo suportam como estrangeiros. (…) Se a vida deles decorre na terra, a cidadania, contudo está nos céus. Obedecem as leis estabelecidas, todavia superam-nas pela vida. Amam a todos, e por todos são perseguidos (…) Para simplificar, o que é a alma no corpo são no mundo os cristãos”. (5-6) (Epístola a Diogneto)

A trágica vinda de Benny Hinn ao Brasil



Por Márcio Jones
Diante de alguma controvérsia doutrinária ou evento de questionável índole, o puritano John Owen (1616-1683) possuía um método solucionador interessante, o qual quero apresentar. Owen nunca tratou um problema direta e imediatamente; sempre o colocou em seu contexto. Além disso, não se precipitava em responder a perguntas suscitadas. Antes, perguntava: “que princípio está aqui envolvido”? Em seguida: “onde isto se encaixa na doutrina e no ensino geral da Bíblia?”. Vejo tal postura como muito equilibrada, que se distancia, principalmente, de análises equivocadas por falta de conhecimento e que diplomaticamente se adequa até mesmo à mais acirrada discussão teológica. Afinal, se nos dizemos cristãos, sobretudo reformados, invocamos como única regra de fé e prática a Sagrada Escritura, e, para solucionarmos dúvidas teológicas, devemos nos dirigir a Ela em última instância, e as paixões e partidarismos que fiquem em segundo plano.
Partindo desse pressuposto, quero tecer alguns comentários sobre a recente vinda do sr. Benny Hinn ao Brasil, sobretudo à Taguantinga-DF, e as reuniões por ele lideradas, em geral, rotuladas de “cultos de avivamento”. Entendo que é de suma importância ao se estudar determinado instituto doutrinário identificarmos aquilo que não está contido em seu conceito. Ou seja, para que compreendamos o que vem a ser um avivamento, necessário é sabermos o que não é um avivamento. Para tanto, convém que tratemos um pouco sobre o ministério de um homem chamado Charles Finney.
No século XIX, avivamento passou a ser um assunto de grande relevância, a partir do ministério do pastor Charles Finney, então presbiteriano, mais conhecido por suas técnicas do que por sua teologia nada ortodoxa. Antes dele, tais manifestações eram tidas como soberanas, graciosas e inesperadas, provenientes de Deus. Finney, porém, após narrar uma experiência marcante com o Espírito Santo, passou a compreender que avivamento espiritual nada mais é do que o emprego de determinadas leis espirituais. Ele o comparou à semeadura. Pensava que da mesma maneira com que se cultiva uma semente, no campo espiritual, se houver rigorosa observância aos métodos corretos o avivamento é possível de ser fabricado. É dizer, se o povo de Deus se arrepender de seus pecados e os confessar, buscar a Deus em oração, o avivamento virá.
Finney, então, começou a colocar tais métodos em prática. Ele costumava visitar cidades onde havia igrejas presbiterianas ou não, nas quais fazia reuniões de uma semana, pregando contra o pecado e a necessidade de as pessoas se arrependerem de seus pecados e se humilharem diante de Deus. Com efeito, ele narra, e outros também, resultados extraordinários, como quebrantamento, cidades inteiras mudadas pelo Espírito Santo mediante. Finney então inaugura um tipo de ministério que não havia antes na igreja, que é o do ‘avivalista’, um pastor especialista em produzir avivamentos.
Em sentido contrário, à luz da Escritura notamos que avivamento não é uma ciência, como afirmava Finney, mas um dom da graça da parte de Deus, impossível de ser produzido mediante a aplicação de determinados métodos. Segundo Franklin Ferreira, avivamento é “a ação soberana do Espírito Santo, agindo de tal forma que grande número de pessoas receba o evangelho ao mesmo tempo, enquanto a igreja abandona seus pecados”. Avivamento bíblico é, sim, um retorno às Escrituras, um retorno aos preceitos divinos, abandono dos ídolos. Algumas porções bíblicas consensuais entre os teólogos atestam esse posicionamento, por exemplo: Gn 35.1-15; 2 Rs 18.1 ; 2 Cr 14 e 15; 2 Cr 26; 2 Cr 34; Ne 8, 9.
Hoje, os expedientes adotados por Benny Hinn e os rótulos de suas reuniões, nos fazem lembrar, de imediato, de Charles Finney. Como no tempo de Finney, os cristãos da atualidade perguntam: “o que importa sua doutrina, se em tudo que Benny faz há grandes resultados, grandes manifestações de Deus?”. “Ora, tudo isso é, sim, o agir do Espírito Santo!”. Vigora o pensamento pragmático, de “aparentes” resultados, de grande concentração de pessoas, de comoção e histeria coletivas, desprezado o mínimo exame bíblico.
O que pensar de um homem que abertamente diz que Deus não o permite pregar (veja vídeo no final, 10:50min.) — sem mencionar seus outros ensinos heréticos, veja aqui, por exemplo? Ora, se é a pregação o método por intermédio do qual Deus chama seus eleitos (Mc 1:38, Rm 10.14; 1 Co 1.21) e edifica a fé destes (Rm 10.17), como posso abraçar tal declaração como se viesse do próprio Deus?! O ministério de homens como Pedro, Paulo, Apolo estavam solidamente edificados sobre a pregação do evangelho. Vejamos Paulo, que de cidade em cidade anunciava o evangelho (At 13.16-41; At 14.1-7; At 16.13,14; At 17.10-31; At 18.5-11), procurando persuadir os seus ouvintes (2 Co 5.11). O escritor aos Hebreus afirma que “nestes últimos dias, nos falou Deus pelo Filho” (Hb 1.2). Cristo é a própria Palavra inegavelmente (Jo 1.1), sem mais revelações posteriores. E o trabalho do Espírito Santo, tão mencionado pelo pastor em comento, é glorificar a Cristo (Jo 16.14), dando-Lhe testemunho (Jo 15.26). Seria no mínimo ilógico glorificar a Jesus sem pregar o próprio Jesus, que é a Palavra.
Não bastasse isso, há um convite despudorado a um cristianismo místico e esotérico que privilegia a experiência em detrimento da Escritura, como induz o referido pastor. Devemos provar os espíritos (1 Jo 4.1). E qual é o critério? Invariavelmente a Escritura, cujo conhecimento liberta (Jo 8.32). A nobre virtude dos cristãos de Bereia residia em seu hábito de não receber cegamente tudo quanto ouviam de um “avivalista” qualquer, mas em analisar avidamente as Escrituras a fim de comparar o conteúdo de um sermão com aquilo que estava escrito (At 17.11). Portanto, a experiência deve se conformar à Escritura, e não o contrário. Se assim não fosse, qual seria o critério para validar uma experiência anterior com uma posterior? E quando a comparação se der entre a experiência de um cristão e a de um budista ou de um hinduísta? Voltamos à mesma proposição: a baliza é a Escritura, a verdade que liberta, santifica e pavimenta a nossa comunhão com Deus. A fé cristã é essencialmente racional. Citando John Stott, “crer é também pensar”.

Ídolos inúteis - Mentiras vazias!


Por Douglas Bookman

Jonas obedeceu a uma mentira. Essa mentira foi dupla: 1) ele creu que seu desejo a favor da destruição de Nínive era mais digno que o desejo de YHWH quanto ao arrependimento daquela cidade; e 2) ele acreditou que poderia realmente fugir da "presença do SENHOR" (1.3). E difícil aceitar que Jonas realmente creu em tal mentira; ele era, afinal de contas, um verdadeiro profeta de YHWH (2 Reis 14.25).

É uma afronta à credulidade sugerir que um profeta que ministrava foi persuadido de que seus desejos transcendiam o mandamento de Deus em valor ou importância, ou que tal porta-voz de Deus conscientemente concebeu YHWH como sendo uma divindade local tão presa ao espaço que uma pessoa pudesse fugir de Sua presença, em um navio. Mas a questão se Jonas realmente creu na mentira ou se estaria conscientemente proclamando a credibilidade de suas pretensões é digna de discussão em processo simulado; o fato histórico, registrado na Bíblia, é que ele obedeceu a uma mentira.

Jonas confessou que por causa de seus próprios desejos ("ídolos inúteis : mentiras vazias e que serviam a seus próprios fins) foi tão espiritualmente tolo que se comportou como se essa mentira fosse verdade ("aqueles que acreditam : que se apegam, que abraçam, que acalentam a despeito de todas as influencias em contrário) e dessa forma trouxe sofrimento sobre si.

A horrenda realidade espiritual da experiência de Jonas é a seguinte: o poder de uma mentira não é intrínseco à sua inerente credibilidade, mas sim à sua força de atração. A questão moral principal não é se o povo crera na mentira, mas se eles a obedecerão! O pai das mentiras aprendeu no Jardim que uma mentira de uma improbabilidade quase que infinita ( no dia em que comeres... serão como deuses") seduzirá caso seja suficientemente tentadora ("era boa para comer... agradável aos olhos... sereis conhecedores do bem e do mal"). Em suma, uma mentira é poderosa não porque e enganosa, mas porque é deliciosa.

Para explicar a questão por um prisma diferente, a mentira é eficaz apenas por causa da nossa predisposição egoísta, já que como criaturas caídas somos inclinados a favorecer nossos próprios desejos, que estamos dispostos a ser tão espiritualmente tolos a ponto de obedecer a uma mentira que jamais declararíamos de forma consciente. Mas a predisposição egoísta é, em todos os casos, destrutiva. Quando as pessoas determinam abandonar o que sabem ser verdade para abraçar uma mentira sedutora, elas abandonam a misericórdia de Deus. Este é o testemunho do profeta Jonas.

Qualquer um que aconselha, pela natureza de seu ministério, haverá de confrontar quem obedeceu a mentiras sedutoras, e que desprezou a misericórdia. Essa pessoa obedeceu à mentira por causa de sua predisposição egoísta. Em outras palavras, ela rejeitou o foco na Pessoa de Deus em favor de um foco voltado para si mesma, e o resultado vem sendo destruição espiritual, emocional, física e/ou relacional. Essa pessoa está vivendo no meio de Jonas 2.8, mas sua única esperança encontra-se em Jonas 2.9.

Ela colocou seus olhos sobre si mesma e trouxe destruição à sua própria vida. Devemos confrontá-la com tal impiedade e desafiá-la a colocar seus olhos em Deus, para obedecer à Palavra dEle, viver sua vida para a glória dEle, e nisto confessar e experimentar que "ao Senhor pertence a salvação"!

ÍDOLOS INÚTEIS NO ACONSELHAMENTO BÍBLICO

A tragédia no mercado contemporâneo é que vários modelos de aconselhamento cristão estão baseados em teorias mais precisamente subordinadas sob o erro de Jonas 2.8 ("ídolos inúteis") do que sob a verdade de Jonas 2.9 ("Ao Senhor pertence a salvação!"). Intencionalmente ou não, alguns conselheiros provaram ser líderes cegos para cegos; têm concordado com posturas que agradam a seus ouvidos, que são subbíblicas e que desonram a Deus - posturas que apenas tornam as pessoas mais confortáveis em sua impiedade.

É angustiante contemplar a lista de "ídolos inúteis" que têm se insinuado como os mais diversos modelos de aconselhamento "cristão": modelos que legitimam uma preocupação narcisista com o eu; modelos que fabricam uma dimensão para a psique humana, cuja existência não pode ser comprovada, mas cujo reconhecimento possui o efeito prático insidioso de tornar o indivíduo vítima das forças diante das quais não pode ser responsabilizado, e por conseguinte negando que as pessoas são moralmente responsáveis pela forma que agem, pensam ou sentem; modelos que validam a postura de que criaturas finitas têm o direito de se enraivecerem contra o Juiz infinito do universo (que tem, de fato, nos assegurado que fará aquilo que é correto, Génesis 18.25), e que é possível obter benefícios espirituais e terapêuticos por meio do expressar tal atitude de raiva contra Deus; modelos que falam de cura e crescimento espiritual nos relacionamentos, e em maturidade enquanto evitam deliberadamente qualquer apelo ao Espírito Santo ou a graças-padrão a nós concedidas por Deus.

Tudo isso é mentira! Elas não haverão de ser intelectualmente incisivas a qualquer um que opera dentro da cosmovisão das Escrituras, mas já que tornam as pessoas confortáveis em seu pecado, são extremamente sedutoras. Além disso, pelo motivo dela ser uma realidade fixa do universo moral de que todos os que observam ídolos inúteis irão sempre desprezar a misericórdia, essas mentiras também são destrutivas.

Tanto para o conselheiro quanto para o aconselhado, a forma de se contrapor a essas mentiras destrutivas, é fazer um compromisso deliberado e prático de concentrar a atenção na glória de Deus. Esta foi a descoberta libertadora feita pelo profeta Jonas. Ao focar-se em seus desejos egoístas, Jonas se achou em uma enrascada, mas quando reconheceu a destrutividade de sua predisposição egoísta, quando confessou o caráter escravizador dos ídolos inúteis que ele tinha abraçado, quando reconheceu que ao apegar-se a tais ídolos ele havia abandonado a bondade de Deus e trazido sobre si destruição, Jonas encontrou alívio. Milhões têm seguido esse exemplo - pessoas que confessariam de forma alegre que a glória e o louvor pelo alívio que encontraram pertencem a Deus somente.

Mel na caveira de um leão morto


Por Rev. Hernandes Dias Lopes

Sansão foi levantado por Deus num tempo de opressão. Seu nascimento foi um milagre. Foi consagrado a Deus como nazireu desde o ventre. Tornou-se um portento. Sua força era colossal. Era um jovem prodígio, um verdadeiro gigante, homem imbatível. Seu único problema é que não conseguia dominar seus impulsos. Um dia viu uma jovem filisteia e disse a seu pai: “Vi uma mulher em Timna, das filhas dos filisteus; tomai-ma, pois por esposa [...] porque só desta me agrado” (Jz 14.2,3). Seu pai tentou demovê-lo, mas Sansão não o ouviu.

Certa feita, caminhando pelas vinhas de Timna, um leão novo, bramando, saiu ao seu encontro, mas Sansão rasgou esse leão como se rasga um cabrito. Depois de alguns dias passou pelo mesmo local e foi dar uma olhada no corpo do leão morto. Estava ali, na caveira do leão, um enxame de abelhas. Sansão pegou um favo de mel nas mãos e se foi andando e comendo dele (Jz 14.8,9). Sansão era nazireu e não podia tocar em cadáver. Ele quebrou, ali, o primeiro voto de sua consagração a Deus. Ele procurou doçura na podridão. Ele comeu mel da caveira de um leão morto. Muitos ainda hoje buscam prazer no pecado e procuram doçura naquilo que é impuro. Por isso, perdem a unção, a paz e a intimidade com Deus.

A Bíblia diz que um abismo chama outro abismo. Porque Sansão quebrou o primeiro voto do nazireado, abriu a porta para outras quedas. Na festa de casamento, com vergonha de assumir sua posição de nazireu, Sansão fez ali um banquete; porque assim o costumavam fazer os moços (Jz 14.10). Sansão preferiu imitar os moços de sua época a posicionar-se como um ungido de Deus. Além de não tocar em cadáver, um nazireu não podia beber vinho. Mas, Sansão quebrou mais esse voto de consagração por não ter peito para ser diferente e fazer diferença. Daí para frente, sua vida foi de queda em queda. Coabitou com uma prostituta em Gaza (Jz 14.1) e afeiçoou-se a Dalila (Jz 14.4). Essa mulher astuta o seduziu e arrancou dele a confissão acerca da origem de sua força. Um nazireu não podia cortar o cabelo, mas a cabeça de Sansão foi raspada. Esse jovem prodígio perdeu sua força. O Espírito Santo retirou-se dele. Caiu nas mãos dos filisteus. Estes, lhe vazaram os olhos e escarneceram dele num templo pagão.

Sansão brincou com o pecado e o pecado o arruinou. Sansão não escutou conselhos e fez manobras erradas na vida. Sansão fez pouco caso de seus votos de consagração e perdeu o vigor de seu testemunho. Perdeu sua força e sua visão. Perdeu sua dignidade e sua própria vida. Vocacionado para ser o libertador do seu povo, tornou-se cativo. Porque desprezou os princípios de Deus, o nome de Deus foi insultado num templo pagão por sua causa.

A vida de Sansão é um brado de alerta para a nossa geração. Há muitos jovens, que à semelhança de Sansão, não escutam seus pais. Muitos jovens, mesmo sendo consagrados a Deus, filhos da promessa, vivem flertando com o mundo, amando o mundo, sendo amigos do mundo e conformando-se com o mundo, procurando mel na caveira de leão morto. Muitos crentes têm perdido a coragem de ser diferentes. Imitam o mundo em vez de serem luz nas trevas. Fazem suas festas como o costumam fazer aqueles que não conhecem a Deus. Transigem com os absolutos de Deus e entregam-se às aventuras, buscando uma satisfação imediata de seus desejos. Esse caminho, embora cheio de aventuras e prazeres, é um caminho de escuridão, escravidão e morte. O pecado é um embuste. Promete prazer e traz tormento. Promete liberdade e escraviza. Promete vida e mata. O pecado levará você mais longe do que gostaria de ir; reterá você mais tempo do que gostaria de ficar e, custará a você um preço mais do alto do que gostaria de pagar.

Jesus não é Zé Colméia e nem eu gosto de mel


Por Antognoni Misael

Pessoal, a amada Damares acertou em cheio. Sim, digo e ratifico. Se seu objetivo foi fazer uma música que pega, cola, perturba, persegue, descontrola e desconcorda com a palavra de Deus, pode crer, deu muito certo! Além de ser uma de “arma bélica” para atordoar a “vizinha fofoqueira”, também é um ótimo hit remix para fim de festa de fogo. A música é provocativa e não poupa ironia, no entanto está a quilômetros de distância da mensagem do genuíno evangelho de Jesus.

A pop star ovacionada nos “cultos de reteté” segue a tendência antropocêntrica das canções do mercado gospel as quais classifico em sua grande maioria como canções rendidas aos pretextos da pós-modernidade (bem estar, prosperidade, consumismo, personalismo, hedonismo, etc.). A música que começa até bem dizendo que “O agir de Deus é lindo na vida de quem é fiel”, apesar de alguns erros de gramática, retrata uma luta que será redundada no final em vitória cujo resultado é a prova de que se é um escolhido.

Gente, esse subjetivo embate “provação" x "vitória final" é uma velha conhecida “bomba xilene” da Teologia da Prosperidade para atender a demanda dos gostos mais variados. Na sua cara não há aparentemente o sinal $, mas seu objetivo final é se dá bem ($$) aqui na terra. A música tem o tipo de letra que cabe pra qualquer tipo de problema, pra qualquer tipo de pessoa, e no final, o resultado sempre será agradar ao homem e se resolver qualquer tipo de problema.

Analisemos a letra:

“Deus vai cumprir tudo que tem te prometido”. Meus nobres leitores, pergunto: o que será que Deus nos tem prometido mediante as escrituras? Será Ele fiel a nós ou a Sua palavra? A música não fala o que Ele tem prometido né, mas a Palavra sim: Disse Jesus: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." (João 16:33). Como também nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. (Rm 8.1)

Você vai ver a mão de Deus te exaltar - Ops! Cuidado pra não ir pensando que essa exaltação é relacionada a Hyunday, BMW, Renault, ou ao Ap beira mar, etc. A exaltação acontece no tempo de Deus e conforme a sua Vontade. Seria bom ela ter dito também que pra ser exaltado, antes é necessário se humilhar. Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte. 1Pe 5:6.

“Quem te viu passar na prova e não te ajudou, Quando ver você na benção vão se arrepender”- Nessa hora acontece o descarado “evangelho” da segregação e vingança - o inverso das boas novas -, que concorda com aquele tipo de pregação insultante aos que não “querem” se arrepender. Esta frase é ridícula, pois sintetiza claramente como o “amar até o inimigo” é algo rancoroso e cheio de prepotência. Esta frase também dá ideia constante batalha espiritual cujo inimigo é o vizinho, o chefe de trabalho, ou a empresa concorrente. Seria isso uma ameaça? Não quero dramatizar, mas com certeza eles não irão se arrepender dos seus pecados há não ser que o Senhor toque nos seus corações. A música continua: “Vai estar entre a platéia e você no palco”. Esse trecho confirma novamente que a Damares fala de uma vitória material, ou seja, estar num lugar de destaque, status, certamente esse lugar deve ser uma “colméia de abelhas”.

Amados o que nos falta hoje é cantarmos o evangelho de Cristo, as grandezas de Deus, seus atributos, sua graça, sua misericórdia. Precisamos voltar aos belos poemas de Davi, as lindas canções de Sião. Precisamos “pensar nas coisas do alto, não nas que são aqui da terra (Colossenses 3 : 2)”. Cristo está voltando! Para isso é bom relembrar que a adorar a Deus é venerá-lo pelo que Ele é independe se Ele faz algo em nosso favor ou não, se é que o mais importante já foi feito. É aprender a amar nossos inimigos; é saber lidar com os “não cristãos” e não ignorá-los, pois estes não têm o saber do Espírito; é deixar esse costume de cantar músicas focalizando as "coisas" de Deus: “vitórias, sucessos, bens matérias, etc.”, e cantar na lógica de que buscando o seu Reino em primeiro lugar todas as coisas serão acrescentadas.

O palco cuja cantora afirma que se estará, no fim da canção, verdadeiramente não condiz com o lugar dos seguidores de Jesus. O verdadeiro palco não é acima das pessoas, mas em abaixo delas: aquele que quer ser o maior seja servo (Lucas 22:26). Muitas vezes esse palco é um deserto, uma solidão, uma cruz (Tiago 1:2-4).

Sejamos atentos para que não misturemos o verdadeiro evangelho de Cristo com os desejos do coração do homem. Agora pra finalizar pergunto: SANGUE DE CORDEIRO TEM GOSTO DE MEL? Pois é, a minha vitória não teve e não tem sabor de mel, mas sim derramamento de sangue, e sangue carmesim que me purificou de todos os meus pecados, e é somente por esse motivo que tenho infindas razões para adorar ao meu Jesus.

Ser “Crente Zé Colméia” é coisa de “Crente Gospel” que gosta de mel.

Não somos vírus!


Por Josemar Bessa
Tudo que ouvimos sobre missão hoje aponta na direção de alcançar mais pessoas para treiná-las para alcançar mais pessoas e treinar essas pessoas para alcançar mais pessoas... Parece a “ideia” que os vírus tem. Invadir uma célula, se multiplicar até ela explodir e então invadir outras células e repetir o processo, e repetir o processo... até a morte. Certamente esse é um objetivo bizarro. A ideia central do vírus é se multiplicar e multiplicar...

Jesus disse: “Fazei discípulos... Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” - Mateus 28:20 – Isso é diferente! Foi o que Paulo fez.

Paulo não só trabalhou para evangelizar os perdidos, mas se concentrou para mover os regenerados para sua conclusão do propósito redentivo em Cristo: “Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória; a quem anunciamos, admoestando a todo o homem, e ensinando a todo o homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo o homem perfeito em Jesus Cristo; e para isto também trabalho, combatendo segundo a sua eficácia, que opera em mim poderosamente” - Colossenses 1:27-29 – A igreja apresenta o evangelho em todos os seus termos e deseja o cumprimento nos santos dos propósitos pelos quais o homem é salvo. Pois a igreja não é sinônimo de “cruzada-evangelística”, mas na missiolatria é, mesmo quando negado.

Se a missão e o sucesso nela é o foco central, irá haver crescimento, mas de fato, ele é irrelevante. A falta de ênfase na santificação (pois essa certamente não é uma boa estratégia “missional”) – está produzindo uma imatura ênfase na liberdade cultural, o que torna todo “sucesso” em algo bobo e irrelevante, já que a cultura molda a “igreja” e não a igreja muda a cultura. Os ídolos do coração e da cultura não podem ser combatidos e mortos, mas acabam apenas “cristianizados”.

A vida e missão mais eficaz não é elaborar culturalmente a mais “relevante” técnica de extensão, mas sim quando os que agora são igreja, de fato tenham sido transformados em luz e sal - esses se tornam relevantes para o mundo. É a santificação que transforma um povo (pois isso é ser luz e sal) e os equipa melhor para evangelização e não a metodologia cultural para atrair o mundo. Pois o mundo não necessita de estratégias culturais interessantes, mais de luz para suas trevas, e sal para sua podridão. Sem isso, tudo que chamamos conversão é mera superficialidade – o mundo inteiro estará exatamente como sempre foi, mas se dirá “convertido”.

As cartas de Paulo a Timóteo (um jovem pastor) – descrevem a vontade de Deus para o ministério. Certamente Paulo aponta a Tímóteo em direção a proclamação do evangelho ao mundo, a missão (1 Tm 2.1-8 ) – “Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.” - 2 Timóteo 4:5 – mas a maior parte do encargo pastoral indicado por ele a Timóteo é:

Defender a sã doutrina – ( 1 Timóteo 1:3-5 , 18-19 ; 4 :1-6 ).

Formar líderes que façam o mesmo - ( 1 Timóteo 3:1-13 , 5:17-22 , 2 Timóteo 2:2 ).

A devoção rigorosa à santidade pessoal e a resistência numa sociedade e cultura consagrada a mentira e ao engano do pecado - ( 1 Timóteo 1:18-19 , 4: 6-12 , 15-16 , 6:11-16 , 2 Timóteo 1:06 , 2:01 , 3-13 , 20-22 , 04:05 ).

O cuidado com o rebanho de Deus - ( 1 Tm 5:1-16 ).

Um trabalho árduo em ensinar fielmente a Verdade tão ofensiva ao homem natural ( 1 Tm 4:11 , 13-14 , 2 Tm 2:15 , 24-26 , 4:1-2)...

Equipando a igreja para a maratona de resistência na vida centrada em Deus e na Verdade, que não é negociável para a igreja.

Pastores não irão dar conta do mundo a Deus, mas hão de dar conta das almas que estão sob o seu cuidado, o rebanho de Deus: “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.” - Hebreus 13:17 – O rebanho é a prioridade de um pastor.

Muito do “fervor missional” está fixado no mesmo DNA de Charles Finney e no pragmatismo reinante no coração natural. Por isso ele está disposto a sacrificar coisas centrais no altar da “missão” – Um zelo por mais pessoas que é fruto de um orgulhoso e indomável desejo de ser um sucesso, da admiração dos outros e da auto-admiração pelos bancos cada vez mais cheios. Esse “zelo”na verdade muitas vezes é apenas uma capa que encobre a missiolatria: a adoração de mais e mais, de números crescendo... uma maneira secreta de auto-afirmação. Mas o que devia ser nossa afirmação é a obra completa de Cristo. Ele é o centro, ele deve ser o objetivo da vida, da igreja, do ministério...

“Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.” - 2 Coríntios 4:4-6

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Missionária Marina Silva lança novo partido e deve se candidatar a presidente do Brasil


Missionária Marina Silva lança novo partido e deve se candidatar a presidente do Brasil

Marina Silva, ex-senadora do meio ambiente, lançou um movimento nacional neste sábado (16), para a possível criação de um novo partido no Brasil, chamado Rede Sustentabilidade que precisará colher 500 mil assinaturas de eleitores do todo o Brasil para que possa ser aprovado.
O partido vai ser proposto a política conciliadoras entre desenvolvimento e sustentabilidade, além de pregar a ética, e o combate a corrupção. Um destaque no novo partido é que nenhum filiado ao partido que tenha qualquer condenação em processos da esfera da justiça poderá se candidatar.
O deputado federal Lincoln Portela (PR-MG) do Congresso Nacional lançou uma proposta que poderá dificultar a criação do partido, por aumentar em três vezes o número de assinaturas exigidas para aprovação do partido. O deputado alega que tem a intenção de equiparar com a exigência de assinaturas que são solicitadas para um projeto de iniciativa popular.
Os conceitos do novo partido estão causando certo incômodo para Jean Wyllys, o maior representante do movimento LGBT no Brasil, que declarou ter encerrado suar conversas com o movimento, por não concordar com as propostas de Marina. “’Nova política’ querendo submeter direitos de minorias a ‘plebiscitos’ e ‘referendos’ não é nova política: é o velho conservadorismo!”, criticou Jean através de seu Twitter.
No de lançamento da Rede Sustentabilidade, Marina admitiu que pode se candidatar novamente nas próximas eleições, e disse: “Obviamente, encaro a possibilidade da minha candidatura mas, como é uma Rede, encaramos a possibilidade de outra candidatura”.
A antiga companheira dela, Heloísa Rosa, fundadora do Psol, afirmou que o movimento vai trabalhar pela candidatura sim. “Eu quero ter a honra, e por mais que a Marina não goste que eu fale, eu quero ter a honra de vê-la disputando a Presidência em 2014”, disse Heloísa.

Caio Fábio diz que Thalles Roberto tem Síndrome de Lúcifer


Caio Fábio diz que Thalles Roberto tem Síndrome de Lúcifer

Nesta quarta-feira (20), Caio Fábio fez um post no seu site com um comentário sobre os bonecos chamados “Thalleco” que o cantor Thalles Roberto lançou, ele afirma que o cantor cometeu um “surto narcisístico” quando lançou o boneco.
O cantor afirma que o boneco de pano com cabelo “Black Power”, que seria uma caricatura dele mesmo, foi lançado para o público infantil. Os bonecos estão à venda por R$ 19,90 na loja virtual do cantor. Os bonecos vem acompanhado de camisetas no estilo das lançadas por Thalles Roberto.
Em seu comentário o pastor Caio Fábio falou que o cantor tem uma doença psicológica e espiritual onde o Narcisismo é a doença espiritual que o cantor leva consigo. O pastor também afirma que o cantor esta passando pela Síndrome de Lúcifer por estar vendendo bonecos para ser ainda mais lembrado entre os fãs.
Leia na íntegra o texto escrito por Caio Fábio:
“O QUE LEVA UMA PESSOA QUE DIZ CRER EM JESUS A FAZER UMA IMAGEM DE ESCULTURA DE SI MESMA?
O assunto em questão não me gera interesse, normalmente. Mas, neste caso, chama a atenção, em meio a um turbilhão de outras loucuras, pelo nível do surto narcisístico do cantor pastor artista boneco de si mesmo.
Nem o Papim Ciço admitiria que se fizessem réplicas industriais de si mesmo a fim de serem vendidas pela venda em si mesma. Ou seja: para erótico-infantilizar as fãs.
O que me assusta é o nível de doença psicológica e espiritual. Neste caso a doença espiritual, o Narcicismo [que é uma disfunção de natureza querubínica, segundo o proféta Isaías] precedeu tudo, pois, mesmo que se apenas na superficialidade, a alma experimenta qualquer coisa de Jesus, quando se entrega ao culto de si mesma em nome de Jesus, o aprofundamento da necessidade psicológica de idolatria, é profunda.
A Síndrome de Lúcifer é o que está em curso. E, neste caso, tem contornos de grotesca ilustratividade!
Também se pode ver o que o ambiente mágico/pentecostal/evangélico associado a uma vida de sonhos e aspirações de grandeza estimulados pela teologia endêmica da prosperidade [...] produz numa pessoa que, além de tudo, pense que ser alguém, é ser rico e famoso.
Minha oração não é pelo boneco, que é como o pastor cantor se trata e se retrata. Mas sim por alguma pessoa que por trás dessa bonecalização ainda lateje…, pedindo eu a Deus que o leve a se enxergar; e a ver o mal que faz a si mesmo; e a tantos outros, os quais ficam mais doentes do que os próprios ídolos aos quais cultuam.”