domingo, 30 de junho de 2013

Nossos inimigos


Há uma lenda chinesa que serve para todas as pessoas que têm inimigos. Era uma vez uma jovem chamada Lin, que se casou e foi viver com o marido na casa da mãe dele. Depois de algum tempo, começou a ver que não se adaptava à convivência com a sogra.
Com o passar dos meses, as coisas foram piorando, a ponto de a vida se tornar insuportável. Mas Lin, não suportando por mais tempo a ideia de viver com a sogra, tomou a decisão de ir consultar um mestre, velho amigo do seu pai. Depois de ouvir a jovem, o mestre Huang pegou um ramalhete de ervas medicinais e disse-lhe: “Para te livrares da tua sogra, não as deves usar de uma só vez, pois isso poderia causar suspeitas.
Vai misturá-las com a comida, pouco a pouco, dia após dia, e assim ela vai-se envenenando lentamente. Mas, para teres a certeza de que quando ela morrer ninguém suspeitará de ti, deverás ter muito cuidado em tratá-la sempre com muita amizade. Não discutas e ajuda-a a resolver os seus problemas.”
A jovem, então, começou a obedecer a sogra em tudo e a tratava como se fosse a sua própria mãe. Durante estes meses, não teve uma única discussão com a sogra, que também se mostrava muito mais amável e mais fácil de tratar com ela. As atitudes da sogra também mudaram e ambas passaram a tratar-se como mãe e filha. Certo dia, Lin foi procurar o mestre Huang para lhe pedir ajuda e disse-lhe: “ Mestre, por favor, ajude-me a evitar que o veneno venha a matar a minha sogra! É que ela transformou-se numa mulher agradável e gosto dela como se fosse a minha mãe.” O mestre Huang sorriu e abanou a cabeça: “Lin, não te preocupes. A tua sogra não mudou. Quem mudou foste tu. As ervas que te dei são vitaminas para melhorar a saúde. O veneno estava nas tuas atitudes, mas foi sendo substituído pelo amor e carinho que começaste a dedicar à tua sogra.
Na China, há um provérbio que diz: "A pessoa que ama os outros, também será amada". E os árabes têm outro provérbio: "O nosso inimigo não é aquele que nos odeia, mas aquele que nós odiamos".

A Igreja é o reflexo do seu pastor



Por Pr. Silas Figueira 

A Igreja é o reflexo do seu pastor e, se o pastor se espelha nas Escrituras Sagradas, a igreja que ele pastoreia irá refletir esta mesma imagem. Mas o que temos visto por aí nesses últimos anos é uma total descrença no ministério pastoral, pois muitos não estão refletindo a imagem de Cristo. Foi feita uma pesquisa a respeito das três classes que estão mais desacreditadas e a conclusão que se chegou foi: os políticos, a polícia e os pastores. Isso tem ocorrido porque os pastores estão deixando de ser aquilo que pregam. Muitos estão mais envolvidos com as coisas dessa terra do que com o seu chamado. Charles Spurgeon dizia para os seus alunos: “Meus filhos, se a rainha da Inglaterra vos convidar para serdes embaixadores em qualquer país do mundo, não vos rebaixeis de posto, deixando de ser embaixadores do Reis dos reis e do Senhor dos senhores”.

A crise que tem atingido a sociedade tem respingado na Igreja, e o pior, tem chegado até o púlpito. Embora estejamos vivenciando um crescimento numérico na Igreja Brasileira, não temos visto a transformação da nossa sociedade. Tudo isso é um reflexo de que a Igreja não tem tido uma mensagem transformadora, mas uma mensagem moldadora. Uma mensagem que faz bem aos ouvidos, mas que não transforma o coração. E tudo isso, infelizmente, vem do púlpito. Outros por medo de perderem o seu lugar na igreja local se tornam boca do povo para Deus e não boca de Deus para o povo, ou seja, pregam o que o povo quer ouvir e não o que eles precisam ouvir.

Pastores que agem assim são, geralmente, pastores com muita “unção”, mas sem nenhum caráter. É bom lembrar que o caráter sustenta a unção e não vive versa. Há uma crise pastoral e ela precisa ser sanada muito rapidamente, para que a próxima geração não esteja totalmente perdida. Estamos vivendo uma crise ministerial isso é um fato. E isso começa com a teologia que muitos seguem. Muitos estão abraçando várias teologias, menos a bíblica. Vejamos o que tem atuado em muitas igrejas hoje:

O Evangelho da Prosperidade – onde a benção e a graça de Deus sobre a pessoa é medida pelos bens que ela possui. Teologia esta que está na maioria dos púlpitos das igrejas pentecostais e neopentecostais. Descobri recentemente um detalhe interessante nesta teologia, que Cristo morreu na Cruz do Calvário para que eu tivesse muita saúde, carro zero, casa na praia e ser muito rico, ou seja, Jesus não passa de um gênio da lâmpada.

Teologia Inclusiva – A Teologia Inclusiva, como a própria denominação sugere, é um ramo da teologia tradicional voltado para a inclusão, prioritariamente, dos homossexuais. Segundo os seus adeptos, a Teologia Inclusiva contempla uma lacuna deixada pelas estruturas religiosas tradicionais do Cristianismo, pois, por meio da Bíblia, compreende que todos os que compõem a diversidade humana, seja ela qual for, têm livre acesso a Deus por meio do sacrifício de Jesus Cristo na cruz. É o famoso venha como está e fique como está.

Alguns textos que condenam o homossexualismo: Gn 19; Lv 18.22, 20.13; Rm 1.24-28,32; 1Co 6.9,10; 1Tm 1.8-10. Mas Deus é poderoso para mudar a vida dessas pessoas.

Teísmo Aberto ou Teologia Relacional – O atributo mais importante de Deus é o amor. Todos os demais estão subordinados a este. Isto significa que Deus é sensível e se comove com os dramas de suas criaturas. Deus não é soberano. Deus ignora o futuro, pois Ele vive no tempo, e não fora dele. Ele aprende com o passar do tempo. Deus se arrisca. Ao criar seres racionais livres, Deus estava se arriscando, pois não sabia qual seria a decisão dos anjos e de Adão e Eva. E continua a se arriscar diariamente. Deus corre riscos porque ama suas criaturas, respeita a liberdade delas e deseja relacionar-se com elas de forma significativa.

Igrejas Emergentes – As igrejas emergentes estão mais preocupadas com o ouvinte do que com a mensagem em si, e em seu desejo de pregar um evangelho que seja “aceitável” ao homem pós-moderno, acabam por negligenciar os pressupostos básicos do cristianismo, chegando mesmo a negar a literalidade do nascimento virginal de Cristo, seus milagres, a ressurreição de Jesus e a existência do inferno eterno. É “a preferência pela vivência correta ao invés da doutrina correta”. Teologia passa longe dessas igrejas.

Missão Integral – Esse evangelho não passa de uma variante protestante da Teologia da Libertação. Os que defendem essa teologia são líderes cristãos que continuam trancados no armário do socialismo.1

Teologia Liberal (Liberalismo Teológico) – A “Teologia Liberal é um movimento que, iniciado no final do século XIX na Europa e Estados Unidos, tinha como objetivo extirpar da Bíblia todo elemento sobrenatural, submetendo as Escrituras ao crivo da crítica científica (leia-se ciências humanas) e humanista. No liberalismo teológico, geralmente, não há espaço para os milagres, profecias e a divindade de Cristo Jesus”. Relativizando a autoridade da Bíblia, o liberalismo teológico estabeleceu uma mescla da doutrina bíblica com a filosofia e as ciências da religião. Ainda hoje, um autor que não reconhece a autoridade final da Bíblia em termos de fé e doutrina é denominado, pelo protestantismo ortodoxo, de “teólogo liberal”. Um pequeno exemplo nós encontramos em relação à existência de Jó. Para os liberais ele não passa de uma alegoria, mas então eu me questiono porque que em Ez 14.14, 20; Tg 5.11 falam dele como se ele fosse um personagem real. Então eu fico com a Bíblia e não com os defensores dessa teologia. Bem disse Jesus “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29).

O que temos visto hoje em dia, são muitos pastores confusos teologicamente em seus ministérios. O Rev. Hernandes Dias Lopes nos fala que a igreja evangélica brasileira vive um fenômeno estranho. Estamos crescendo explosivamente, mas ao mesmo tempo estamos perdendo vergonhosamente a identidade de evangélicos. O que na verdade está crescendo em nosso país não é o evangelho, mas outro evangelho, um evangelho híbrido, sincrético e místico. Vemos prosperar nessa terra uma igreja que se diz evangélica, mas que não tem evangelho. Prega sobre prosperidade, e não sobre salvação. Fala de tesouros na terra, e não de tesouros no céu.

Nessa babel de novidades no mercado da fé, o Ver. Hernandes Dias Lopes identifica alguns tipos de pastores2:

Primeiro, há pastores que são mentores de novidades. São pastores marqueteiros. Quando um pastor entra por esse caminho, precisa ter muita criatividade, pois uma novidade é atraente por algum tempo, mas logo perde seu impacto. Aí é preciso inventar outra novidade. É como chiclete. No começo você mastiga, ele é doce, mas depois você começa a mastigar borracha.

Segundo, há pastores que são massa de manobra. São pastores sem rebanho que estão a serviço de causas particulares de obreiros fraudulentos.

Terceiro, há pastores que deliberadamente abandonaram a sã doutrina. Muitos pastores inexperientes, discipulados por esses mestres do engano, abandonam o caminho da verdade e se capitulam à heresia. É importante afirmar que o liberalismo é um veneno mortífero. Aonde ele chega, mata a igreja. Há muitas igrejas mortas na Europa, na América do Norte e, agora, há igrejas que estão flertando com esse instrumento de morte também no Brasil. Não temos nenhum registro de um liberal que tenha edificado uma igreja saudável. Não temos nenhum registro de um liberal que tenha sido instrumento de Deus para um grande reavivamento espiritual.

Quando, uma igreja chega ao ponto de abandonar sua confiança na inerrância e suficiência das Escrituras, seu destino é caminhar rapidamente para a destruição.

A teologia define o caráter e à medida que o pastor se afasta da teologia bíblica, automaticamente ele irá se afastar de Deus e seguir outra direção. Mudar a mensagem para agradar aos ouvintes é mercadejar a Palavra de Deus. Os bancos não podem controlar o púlpito. O pastor não pode ser seduzido pelas leis do mercado, mas deve ser um fiel despenseiro de Deus (1Co 4.1,2). O dever do pregador não é encher o auditório, mas encher o púlpito. Querendo as pessoas ou não ouvir a verdade, não temos que fazer marketing religioso e de falar apenas o que elas querem ouvir. A crise moral e espiritual está por demais enraizadas para ser solucionada com remendos superficiais. Por isso precisamos urgentemente reavaliar a nossa teologia, a nossa fé e o nosso ministério para não cairmos também no descrédito assim como muitos tem caído.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

As três tentações que o inimigo usa para nos derrubar! Eva caiu, Jesus resistiu, e você?


Por William Pessôa

Querido leitor, permita-me trazer à vossa lembrança, três armas que o inimigo utiliza para nos destruir, ou seja, são as três coisas que ele usa para nos derrubar.

Que neste devocional o Senhor Jesus venha a falar poderosamente em seu coração, fortalecendo-o na fé, para que não sejas derrubado, tampouco destruído por estas investidas de satanás, mas que possas resistir ao diabo e ele fugirá de você, e poderás uma vez mais, glorificar a Deus por mais uma vitória alcançada.

Estas tentações afligem três áreas de nosso viver, o mesmo ocorreu com Eva, quando a mesma fora tentada lá no Éden pela serpente, e Eva não soube resistir à tentação, por não usar a Palavra, verdade, para combater as investidas da serpente, para com ela.

Depois quando Jesus fora levado pelo Espírito ao deserto para ali ser tentado, satanás, usou as mesmas artimanhas para com Jesus, mas Jesus mesmo em sua humanidade, ou seja, como homem, soube resistir a satanás, usando a Palavra, verdade e assim obteve a vitória.

O apóstolo João em sua primeira carta, também nos adverte que satanás usa ardilosamente a todos o momento nos derrubas, ou que venhamos a ceder às tentações, usando estes mesmos artifícios, usados para com Eva, depois com Jesus e hoje conosco.

Quero te dizer que Eva, não resistiu e caiu, Jesus resistiu e o diabo fugiu e você como está? Resistindo ou cedendo? Que o Senhor Jesus te fortaleça, para que não caia e te conceda palavras sábias, através da interpretação e conhecimento das escrituras para combater a satanás.

Querido Leitor estes três tipos de investidas de satanás em nossas vidas para nos fazer cair, são como descrito em Gênesis 3.6, onde Eva viu que, a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e deu também ao seu marido, e ele comeu.

Em I João 2.16, diz que porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concuspiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo, e diz mais que este mundo passa, pois vive este mundo em contrário à vontade do Pai, mas aquele que faz a vontade de Deus, resistindo a estas investidas mundanas, permanecerá eternamente, pois Deus o recompensará.

Com Jesus em Mateus no capítulo 4, observamos que Jesus conseguiu vencer as investidas pelo uso da Palavra, que seja eu ou você querido leitor, possamos usar desta mesma arma utilizada por Jesus, a Palavra, pois é ela que transforma, que liberta, com a ajuda do Espírito Santo, que nos convence a todo o momento, seremos mais que vencedores em Cristo Jesus.

A concupiscência(desejo exagerado) da carne, refere-se aos desejos malignos da carne, do desejo, do prazer em saciar-se seja por alimentos, como pelos mais diversos tipos de desejos humanos e carnais.

A concupiscência(desejo exagerado) dos olhos, refere-se ao materialismo, à avareza, ao egoísmo, que transmite segurança e poderio, como transmitindo ao homem a sensação de segurança e proteção extrema, levando-o a usar de forma descontrolada e desmotivada esta sensação, através da inversão de valores, valorizando o seu “eu”, em detrimento da sua submissão à vontade de Deus, da rejeição à vida de renúncia, qual é símbolo do verdadeiro cristão, imitador de cristo.

A soberba da vida, refere-se ao homem que busca por si só obter conhecimento através de sua valorização maior ao mundo em desprezo à Deus, buscando obter a amizade com o mundo, buscando obter e alimentar os prazeres da carne, vivendo uma vida para si mesmo, ignorando a Deus por completo, tomando a dianteira de sua vida, e deixando Deus de fora do seu projeto de vida, seja no pensamento, seja na concretização do mesmo.

Aproveite este devocional, faça uma observação em sua vida, veja onde o inimigo tem te tentado, peça a Deus força e Ele te fortalecerá.

Mas que você, querido leitor, possa ficar alerta, que o Senhor Deus permita a você que prevaleça a estas investidas, que eu, você, nós, possamos saber, ter a preparação necessária e estar sob a proteção e orientação divina, para resistirmos ao diabo, e assim ele, venha a fugir de vossas vidas, e nós juntos declaramos desde já a todo o momento que a Deus toda honra, glória poder e louvor, para todo o sempre.

No amor do Pai,

Onde Estão Os Mortos?

Por Ebenézer Soares Ferreira

Os justos, ao morrerem, vão logo para o céu. Há pessoas que procuram contestar o ensino claro das Escrituras sobre o estado desincorporado dos mortos. Baseiam-se elas em textos bíblicos que nada lhes oferecem para escorar sua doutrina do "sono da alma", que é, especialmente, esposada pelos sabatistas. Em Lucas 23.43, se lê: "Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso". Para que sirva aos seus planos doutrinários, eles colocam dois pontos após a palavra hoje e, assim, fica o texto: "Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo hoje: estarás comigo no paraíso". Deste modo, o texto fica totalmente modificado. Segundo essa leitura, um dia o crente irá para a bem-aventurança eterna. Mas não se sabe quando.

Outros não usam do expediente acima citado, mas procuram afirmar que o paraíso não é o céu. Dizem os sabatistas que, ao morrer, o crente fica dormindo na sepultura. O corpo se decompõe, mas a alma fica ali. Só na volta de Cristo, ouvindo a sua voz, ele acordará e, então, haverá a ressurreição e, em seguida, o juízo. Dizem que o texto de Lucas 23.43 não prova que Jesus foi ao céu com o ladrão arrependido, no dia em que ele morreu. Para provar isto, citam João 3.13, que diz: "Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem". À primeira vista, parece realmente contradição. Mas, não o é. O leitor desavisado pode cair na armadilha dos que acatam a doutrina do "sono da alma". O que ocorre é que a pessoa não familiarizada com as regras de hermenêutica bíblica se deixa induzir por explicações que não são plausíveis com o teor da Bíblia, no que tange ao destino dos que partem para o além.
O leitor deverá verificar que Jesus está tendo um colóquio com Nicodemos (João 3.1-21). Este se surpreende, se deslumbra (João 3.7), com os maravilhosos ensinos que Jesus apresenta sobre o novo nascimento. Jesus lhe diz: "Tu és mestre em Israel, e não entendes estas coisas?" (v. 10). E Jesus ainda adiciona: "Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testemunhamos o que temos visto; e não aceitais o nosso testemunho!" (v. 11). Aqui é Jesus quem se admira da ignorância de um reputado mestre em Israel, que ignora as coisas mais simples sobre o reino de Deus. Jesus, então, adiciona: "Se vos falei de coisas terrestres, e não credes, como crereis, se vos falar das celestiais?" (v. 12). The Interpreter's Bible, comentando sobre este texto, diz: "Nosso Senhor estava francamente desapontado com Nicodemos… Se nós nos escandalizamos com os ensinos de coisas terrenas para as quais há analogias humanas e que podem ser verificadas pela experiência humana, como poderemos nos aprofundar nas coisas de Deus, para entendermos as coisas celestiais? Somente um que tenha conhecimento direto dessas coisas pode comunicá-las a nós. Somente o Filho do homem que esteve no céu e que desceu do céu é que pode fazer isso. As coisas celestiais são aqueles mistérios que homem algum pode declarar, mas somente podem ser declarados pelo Filho do homem, que desceu do céu. Ninguém jamais subiu ao céu para trazer os segredos divinos. Com as palavras "Ora, ninguém subiu ao céu senão o que desceu do céu, o Filho do homem", Jesus como que está desmentindo a tradição rabínica que dizia que Moisés tinha subido ao céu para trazer as tábuas das dez palavras. É que "Moisés, sendo mero homem, não fora capaz de subir ao céu, à esfera da realidade absoluta, para trazer a este mundo as fontes da vida", como escreve J.W. Shepard, na obra The Christ of the Gospels, página 102. O ínclito teólogo W.C. Taylor, em seu comentário ao Evangelho de João (3 volumes, totalizando 1.214 páginas), comentando o texto "Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai…" (Jo 20.17), declara: "traduzindo 'Não subi', os curiosos e os autores de credos e dogmas, de teorias sabatistas, de sistemas de doutrinas antibíblicas a respeito do estado "intermediário" (entre a morte e a ressurreição), todos esses aproveitadores heterogêneos dessa tradução errada estabelecem, nas suas próprias cabeças, anarquia a respeito do testemunho da Bíblia. Investem com uma Escritura contra outra Escritura e ficam com aquela que lhes parece mais útil para seus fins." E, mais à frente, o dr. Taylor acentua: "Menciono Atos 2.34, a fim de demonstrar que a tradução aqui discutida não deve ser igual à de Atos 2.34, mas fiel ao tempo diferente do verbo que, em João 20.17, é o perfeito. Eu não subi de modo a permanecer atualmente face a face com o Pai lá no céu. Estou aqui, mas não para ficar. É um intervalo curto entre minha visita ao céu ontem e a minha ida definitiva para o Pai, na hora da minha ascensão. Ainda não ascendi, não tive essa ascensão, de modo a ser minha subida definitiva ao céu para ocupar meu trono mediatório. Esse é o sentido do que Jesus disse a Maria Madalena.
Jesus absolutamente não disse: "Não subi ao Pai". Traduzir assim é pecado contra sua linguagem. No momento de sua morte, Ele bradou em alta voz: "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito" (Lucas 23.46). Ele disse ao criminoso convertido, numa das cruzes do Calvário: "Hoje estarás comigo no paraíso" (Lucas 23.43). João diz que Ele "rendeu o espírito". A quem, senão ao Pai? Para onde, senão para a casa de seu Pai, em doce antecipação de sua volta definitiva daí a uns quarenta dias? Mas, o tempo perfeito do verbo ASCENDER trata de sua ascensão formal. Jesus foi ao céu quando morreu, mas subiu definitivamente para o céu e ficou, na ascensão. Nós nos unimos com Ele no céu no momento de nossa morte." (Taylor, W.C. Evangelho de João. Rio: Casa Publicadora Batista, 1945, 1o volume, pp. 325-326). Meu mestre de Escatologia, no Southwestern Baptist Theological Seminary, em Fort Worth, Texas, USA, dr. Ray Summers, afirmava: "Os justos desincorporados estão com Deus. A declaração em Eclesiastes 12.7, de que o espírito volta a Deus, que o deu, acha-se repetida em passagens do Novo Testamento" (Summers, R. A Vida no Além. Rio: JUERP, 2a ed, tradução de A. Ben Oliver, 1979, pág. 31). Em meu livro Dificuldades Bíblicas e Outros Estudos, volume 1, 2a edição, ao comentar sobre João 3.23 e 20.17, cito muitos teólogos que abonam a doutrina que esposamos neste artigo. Todos são unânimes em afirmar a mesma verdade aqui apresentada, de que Jesus, ao expirar na cruz, foi imediatamente ao paraíso, levando para lá como um troféu de sua obra realizada aqui na terra o ladrão que se convertera. Os ímpios, aos morrerem vão logo para o inferno Isso é o que ensina a Escritura Sagrada.
Na célebre parábola do "Rico e Lázaro" (Lucas 16.19-31), Jesus inculca justamente esse ensino. Lázaro está no "seio de Abraão". Essa é uma expressão metafórica da presença de Deus. Abraão, o "pai da fé", o "amigo de Deus", é tido, entre os judeus, como a figura máxima, porque Deus lhe fez a promessa de fazer dele uma grande nação (Gênesis 12.1-3). Daí usarem a expressão "estar no seio de Abraão", que equivalia a dizer estar gozando das delícias celestiais. Essa expressão "seio de Abraão" e "paraíso" são sinônimos de céu. Já o rico epulão está no Hades (inferno), de onde, ao erguer os olhos, estando em tormentos, "viu ao longe a Abraão e Lázaro, no seu seio" (Lucas 16.23b). O Dr. Ray Summers comenta: "Os maus desincorporados estão sofrendo castigo. Foi assim o caso do rico. Ele morreu e achou-se imediatamente em estado de tormento. A intensidade de seu sofrimento se reflete na sua súplica pelo ministério confortador de Lázaro e no desejo de que seus irmãos escapassem daquele destino" (Summers, R., op. cit. p. 35). A "Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira" assim diz no ítem XVIII, sobre a morte: "Com a morte, está definido o destino eterno de cada homem. Pela fé nos méritos do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz, a morte do crente deixa de ser tragédia, pois ela o transporta para um estado de completa e constante felicidade na presença de Deus. A esse estado de felicidade as Escrituras chamam "dormir no Senhor" (Dn 12.2,3; Jo 5.28,29; At 24.15; 1Co 15.12-24). Os incrédulos e impenitentes entram, a partir da morte, num estado de separação definitiva de Deus (Mt 13.49,50; 25.14-46; At 10.42; 1Co 4.5; 1Co 5.10; 2Tm 4.1; Hb 9.27; 2Pe 2.9; 3.7; 1Jo 4.17; Ap 20.11-15; 22.11,12).

Conclusão Pelo que expusemos, usando os textos bíblicos e de acordo com os seus contextos, e mais as citações de eminentes teólogos batistas e a "Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira", não fica dúvida de que a resposta à pergunta "Onde estão os mortos?" é essa mesma: Os justos estão no céu e os ímpios, no inferno.

O apóstolo Pedro, em sua 1a epístola, capítulo 3, versos 18 a 20, escreveu: "Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito; no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas, isto é, oito almas se salvaram através da água." Alguém denominou esse texto de "O Oráculo negro do Novo Testamento"; e outro, de crux interpretum. É no Credo Apostólico que aparece a frase: "descensus ad ínferos". Não é de hoje que os comentadores bíblicos buscam desatar o "nó górdio" desse problema. Alguns, sem muita base, vão logo lançando o que descobriram, julgando que isso é a verdade axiomática. Aceitam qualquer magister dixit. Outros preferem se abster de se pronunciar sobre certos temas bíblicos, considerando-os como um "ovo de Colombo". Eis algumas perguntas que deveriam ser feitas e comentadas, se o espaço nos permitisse: 1. Que espírito eram estes referidos por Pedro? Têm aparecido três tipos de respostas: 1) São os anjos decaídos (2Pedro 2.4; Judas 6); 2) Os patriarcas; 3) Os rebeldes do tempo de Noé. 2. Quem pregou? São sugeridos os nomes: 1) Cristo; 2) Noé; 3) Os apóstolos; 4) O Espírito Santo. 3. A quem se pregou? Há duas sugestões: 1) Aos bons; 2) Aos maus. 4. Em que prisão? Há quatro sugestões: 1) No inferno; 2) No tártaro; 3) À "prisão do corpo"; 4) À "prisão do pecado". 5. O que foi pregado? Sugerem: 1) Salvação; 2) Condenação; 3) Sua vitória. 6. Em que espírito? Sugerem: 1) No Espírito Santo; 2) No espírito de Cristo; 3) No espírito do demônio. 7. Em que tempo isso ocorreu? 1) Durante o tempo em que o corpo esteve na sepultura; 2) No tempo de Noé. Agora, vejamos a interpretação que se coaduna com o teor geral da Bíblia. Pedro está escrevendo a sua primeira epístola "aos peregrinos da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia" (cap. 1.1). Exorta os crentes a terem uma vida exemplar e os anima quanto à perseguição que sofriam e que ainda viriam a sofrer, pois, de Roma, onde Nero imperava, se irradiava a terrível perseguição contra os cristãos. Eles estão dispersos, mas, ali, a perseguição os atingiria. Pedro lhes mostra, então, como foi o comportamento de Cristo. Eles deveriam imitá-lo. Eles deveriam estar cônscios de que, assim como o espírito de Cristo estivera, no passado, com Noé (v. 20), que recebeu afrontas, escárnios, provações mil quando pregava aos antediluvianos, os "peregrinos", do mesmo modo, deviam, pacientemente, receber as perseguições, pois, para eles, estava assegurada a maravilhosa esperança – a ressurreição, que Cristo prometera.

Tendo morrido, Cristo foi, durante o tempo em que seu corpo esteve na sepultura, tanto ao céu, onde levou o ladrão arrependido (Lucas 23.43), quanto ao inferno, para demonstrar o seu poder. Ali, aos "espíritos em prisão" que foram rebeldes, nos dias do patriarca Noé, e que rejeitaram a longanimidade de Deus, enquanto se preparava a Arca, e durante 120 anos de pregação, ali, repito, aos "espíritos em prisão", Jesus fez a proclamação de seu triunfo sobre a morte e o pecado, descendo "às partes mais baixas da terra", como afirma o apóstolo Paulo em Efésios 4.9. Portanto, proclamou sua vitória àqueles que não o aceitaram, quando pregou, através de Noé, o que, em última análise, foi também proclamação condenatória. Existe oportunidade de salvação após a morte? Alguns inferem do texto em tela que há oportunidade de salvação após a morte. É ledo engano. Vêem coisas que o texto não diz. Querem se basear na expressão "pregou aos espíritos em prisão". Não existe uma segunda oportunidade de salvação após a morte. O que ocorre, após esta, é o juízo (Hebreus 9.27). Vê-se que o verbo empregado por Pedro é ekêryxen, que se deriva de kerysso, que significa "proclamar u'a mensagem como um arauto". Se Pedro quisesse ensinar oportunidade de salvação após a morte, não teria usado o verto citado, mas, sim, euangelizamai, cujo sentido é "pregar ou levar as boas-novas". Mas Pedro não faria isto, porque sabia que só há salvação nesta vida. A Igreja Católica ensina que Jesus, no intervalo que ocorreu entre sua morte e a ressurreição, desceu ao limbus patrum. Ali pregou aos fiéis do Velho Testamento, para poderem alcançar a salvação. Isso é engano. Hendel Haris e outros eminentes eruditos têm verificado que as primeiras palavras do versículo 19 (no qual também, en ho kai) contêm as letras do nome Enok. Acham que, no original, estava "Enok foi e pregou". Mas, por distração de algum copista, a frase foi modificada. A hipótese é aceitável. Porém, os manuscritos antigos não apresentam a forma que Hendel sugere. E, por remate, cito o que escreveu o célebre bispo de Hipona, Agostinho: "Os espíritos encarcerados na prisão são os ímpios que viviam no tempo de Noé, cujos espíritos ou almas se achavam presos na escuridão da ignorância, como em uma prisão; Cristo pregou a eles, não na carne, pois ainda não se encarnara, mas no espírito, isto é, em sua natureza divina" (Ad Evodiam, ep. 99). Observação: Deixo de comentar a primeira parte, onde são feitas as sete perguntas, para não alargar o artigo. Em meu livro Dificuldades Bíblicas – Vol. 3, será publicado o estudo completo desse trecho bíblico.

O CRISTÃO E SEU DEVER CÍVICO


Nos últimos dias temos publicado no Teologando alguns artigos relacionados ao papel do cristão diante da nossa sociedade. Em um desses artigos (cf. Os cinco motivos cristãos), um cristão reagiu negativamente ao nosso artigo apresentando aquilo que acreditamos ser a opinião de outras pessoas.Em resposta ao nosso comentarista, o Pr.Ricardo Rocha 

ofereceu um texto que merece ser publicado na íntegra aqui. Para que o artigo tenha sentido, o comentário que deu origem à resposta, será publicado primeiro.

Bom Proveito!

Quando uma sociedade corrupta em sua essência busca melhorias através de seu braço carnal, o cristão que se mistura a esta massa peca contra si mesmo e corrompe a Igreja como um todo. Nós não fomos chamados a mudar as condições políticas, econômicas e morais da sociedade. Fomos chamados para pregar o Evangelho. Ainda somos peregrinos no mundo, e o mundo ainda jaz no maligno. Toda vez que a Igreja se mistura com o mundo e seus ideais egoístas e destituídos do amor de Cristo, ela corrompe a si mesma e ao Reino de Deus. Sede santos, a santidade não admite misturas de nenhum tipo. Tudo que o homem plantar, isto ele ceifará, quanto mais o cristão! “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em quem se apraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele; ELE trará justiça aos gentios. Não clamará, não se exaltará, nem fará ouvir a sua voz na PRAÇA.” - Isaías 42:1-2
O CRISTÃO E SEU DEVER CÍVICO

Por Ricardo Rocha

Graça e paz!

Primeiramente você usou o texto fora de contexto para seu pretexto, para sustentar sua posição que não é bíblica. Is 42:1-2 “…Ele trará justiça aos gentios” não significa aqui justiça social, o que será verdade no reino milenar, mas nesse texto não é isso, senão por que somente aos gentios ele traria a justiça e não a Israel que estava precisando ver a ação de Deus em uma época pré-exílica com o império Assírio à porta do reino do norte? A justiça aos gentios tem que ser vista como algo que já estava sendo isufruído por Israel, pois agora seria feita justiça aos gentios, o que Israel tinha que os gentios não tinham no AT?

Os gentios não eram participantes das promessas feitas a Israel; não eram parte do povo escolhido; não tinham o direito de chegar a Deus como nação santa e propriedade particular entre todas as nações, isso era exclusivo a Israel; não tinham um relacionamento com YHWH. Agora em Cristo, a justiça seria feita aos gentios, eles teriam o direito (RA) de estar debaixo das promessas de Deus; eles seriam contados como povo de Deus, como nação santa e separada, algo que era inimaginável ao judeu, mas Deus em Cristo traria a justiça e implementaria os valores do reino (termo hebraico é mishpāt que implica os padrões e princípios da santidade divina [The Wycliffe Bible Commentary]) no coração dos gentios, uma lei não em tábuas de pedra, mas escrita no coração, uma nova aliança (Jr 31; Rm 2).

Nessa nova aliança o Messias teria um ministério para todas as nações, cumprindo assim a promessa e a aliança de Deus com Abraão que nele seriam benditas todas as famílias da terra (Ge 12:5). Vemos então que essa justiça significa que os gentios, seriam participantes das bençãos espirituais prometidas a Israel no AT, mais especificamente salvação. Jesus fará justiça, trará salvação aos gentios:

“Ora tendo a Escritura previsto que Deus havia de JUSTIFICAR pela fé os gentios…” Gl 3:8

Justificação aqui, na teologia Paulina, tem o caráter legal, ser justificado é ser declarado justo, inocente diante do tribunal de Cristo. Em Isaías “ele trará justiça” é no sentido de declarar o gentio inocente mediante a fé no sacrifício vicário de nosso Senhor!

Mais adiante vemos a idéia de salvação se desenvolvendo no texto, v.6 “…te darei por aliança do povo, e para luz dos gentios,” o que é visto mais adiante também:

“… para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os preservados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra.” Is 49:6

“Isto é, que o Cristo devia padecer, e sendo o primeiro da ressurreição dentre os mortos, devia anunciar a luz a este povo e aos gentios.” At 26:23

Outro ponto é que Is 42:1-2 é uma referência a Cristo e não a nós, então quando lemos que “nem se fará ouvir sua voz na praça” não tem nada haver com a participação de cristãos em manifestações públicas nas praças, senão a pregação e cultos nas praças também deveriam ser condenados, o que é um absurdo. O que de fato significa é que Jesus pediu às pessoas que não dissessem quem ele era (Mt 8:4; Mc 1:44; Lc 5:14). Ele veio proclamar e estabelecer a justiça, mas não por um levante político-militar que os judeus esperavam que o Messias fizesse, o que vemos explicitamente em Mt 12:16-21 quando Jesus cita Is 42 neste contexto. Ele foi como um cordeiro mudo ao matadouro!

Tratada da questão bíblica e teológica, vamos ao seu argumento. Já que usou o texto fora do contexto sua argumentação não passa de sua posição pessoal, o que tem sim seu valor, mas infelizmente você está equivocado quanto a nossa posição cívica e cristã.

O cristão não peca quando se envolve em manifestações pacíficas em busca de justiça social ou melhorias na sociedade. No meu ver a gente até cumpre um papel profético de levantar a voz contra a corrupção de governantes que oprimem o povo. Você disse que “Quando uma sociedade corrupta em sua essência busca melhorias através de seu braço carnal, o cristão que se mistura a esta massa peca contra si mesmo e corrompe a Igreja como um todo.” Se fosse assim teríamos vários problemas:

1. O cristão pecaria quando votasse para presidente, governador, etc…, pois estaria usando o “braço carnal” ( o ato de votar) de uma sociedade corrupta para buscar melhorias, votamos no candidato que acreditamos ser o melhor pro país;

2. O cristão pecaria quando tentasse ajudar um necessitado através dos sistemas público de saúde, educação, aposentadoria, seguro-desemprego, pois estaria usando o “braço carnal” de uma sociedade corrupta para buscar melhorias na vida das pessoas;

3. O cristão pecaria quando juntasse forças com os centros comunitários nos bairros para conseguir melhorias na comunidade como pavimentação de ruas, saneamento básico, creches e postos de saúde disponíveis na região, tudo isso seria pecado pois estaria usando o “braço carnal” de uma sociedade corrupta para buscar melhorias na vida das pessoas.

4. O cristão pecaria quando denuciasse um ato ilegal ou um assalto para a policia, pois estaria usando o “braço carnal” de uma sociedade corrupta para buscar a justiça;

5. O cristão pecaria quando levasse seus filhos para tomar vacina no dia da gotinha, pois estaria usando o “braço carnal” de uma sociedade corrupta para buscar melhorias na vida das crianças.

Percebe como não tem lógica? Como igreja somos a agência do Reino de Deus nessa sociedade e precisamos proclamar o Evangelho e resgatar vidas do inferno, mas também temos um vocação profética de se levantar contra as trevas que aprisionam esse sistema em que vivemos e usamos todos os recursos legais para avançar com o reino de Deus e implementar os valores celestiais em nossa nação.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

É verdade que Jesus nunca se referiu ao casamento homossexual?

 
Por Daniel Akin
Hoje é popular, entre aqueles que promovem casamento entre pessoas do mesmo sexo, dizer que Jesus nunca se referiu a essa questão, que Ele permaneceu em silêncio sobre o assunto.

Aqueles que afirmam o entendimento tradicional e histórico do casamento entre homem e mulher frequentemente são admoestados a ir ler a Bíblia mais cuidadosamente. Se nós o fizermos, nos dizem, veremos que Jesus nunca se direcionou a essa questão. Assim, a questão que quero levantar é: “essa afirmação está correta?” É verdade que Jesus nunca falou sobre a questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo?

Quando alguém vai aos Evangelhos para ver exatamente o que Jesus disse, descobrirá que Jesus se direcionou muito claramente tanto a questões sobre sexo quanto sobre casamento. Ele se referiu tanto ao bom uso quanto ao mau uso. E, ao falar sobre os assuntos, Ele deixa claro que as questões do coração são de crítica importância.

Primeiramente, o que Jesus diz sobre sexo? Jesus acreditava que o sexo é uma boa dádiva de um tremendo Deus. Ele também acreditava que o sexo era uma boa dádiva para ser desfrutada em uma aliança de casamento monogâmico e heterossexual. Nisso Ele é claro como cristal. Em Marcos 7, Jesus se direciona ao fato de que todo pecado é, no fim das contas, uma questão do coração. Jesus nunca procurou modificação de comportamento. Jesus sempre procurou transformação de coração. Transforme o coração e você verdadeiramente transformará a pessoa.

Assim, quando Ele lista um catálogo de pecados em Marcos 7.21-33, Ele deixa claro que todos esses pecados eram fundamentalmente questões do coração. Jesus quer erradicar os ídolos do coração.  Entre aqueles pecados do coração que frequentemente levam a ações pecaminosas, Ele inclui tanto imoralidade sexual quanto adultério. (Marcos 7.21).  A expressão “imoralidade sexual”, num contexto bíblico, refere-se a todo comportamento sexual fora da aliança de casamento entre um homem e uma mulher. Portanto, Jesus via o sexo antes do casamento, o adultério e o comportamento homossexual como pecados. E Ele sabia que a cura para cada um é a transformação do coração que é possível por meio das boas novas do Evangelho. O Evangelho nos transforma para que sejamos capazes de não fazer aquilo que nós queremos, mas aquilo que Deus quer. Aqui encontramos a verdadeira liberdade e prazer.

Em Segundo lugar, o que Ele fala sobre casamento? É verdade que Jesus nunca falou sobre a questão em termos de gênero? A verdade é simplesmente não. Ele nos dá Sua perspectiva sobre isso quando se refere à questão em Mateus 19.4-6. Ali, falando sobre a instituição do casamento, Jesus é claro quando diz: “Vocês não leram que, no princípio, o Criador os fez homem e mulher e disse: ‘Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’ Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe.”. Que Jesus era comprometido com o casamento heterossexual não poderia ser mais evidente. Um homem deve deixar seus pais e unir-se a uma mulher que se torna sua esposa. Isso é casamento heterossexual. Que Ele também era comprometido com a permanência e fidelidade do casamento é, também, claro.

Então, como podemos resumir a questão? Primeiramente, Jesus veio para libertas todas as pessoas de todo pecado. O pecado, Ele estava convencido, originava-se no coração e era, no fim das contas, uma questão do coração. Em segundo lugar, Jesus deixou claro que o sexo é uma boa dádiva de um Deus tremendo, e essa boa dádiva deve ser desfrutada em uma aliança matrimonial heterossexual. É simplesmente inegável que Jesus entendia o casamento heterossexual como projeto e plano de Deus. Em terceiro lugar, Jesus vê toda atividade sexual fora dessa aliança como pecado. Em quarto lugar, é uma estratégia interpretativa muito perigosa e ilegítima colocar entre parênteses as palavras de Jesus e lê-las da forma que você gostaria. Não devemos isolar Jesus de Sua confirmação de que o Velho Testamento é a Palavra de Deus, nem separá-lo de Seu contexto do primeiro século judeu. Em quinto lugar, e essas são realmente boas novas, Jesus ama tanto o pecador heterossexual quanto o pecador homossexual e promete perdão gratuito e completa libertação para todo aquele que vai a Ele.

João 8 conta a história de uma mulher pega em adultério. Os legalistas religiosos queriam apedrejá-la, mas Jesus intervém e impede sua morte. Então, Ele olha para a mulher e, com graça e bondade, diz a ela que Ele não a condena. Em seguida, Ele diz “Vá e não peques mais”. Em Mateus 11.28, Jesus fala a todos nós, sobrecarregados sob o terrível peso e carga do pecado. Ouça essas gentis palavras do Salvador, “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”. Essa é a esperança que se encontra em Jesus. Essa é a esperança que se encontra no Evangelho. Quer alguém seja culpado de pecado heterossexual ou homossexual, achará graça, perdão e liberdade aos pés da cruz onde o terreno é sempre plano.

Quando confiei completamente em Jesus como meu Senhor e Salvador aos 20 anos, decidi que queria pensar como Jesus e viver como Jesus o resto da minha vida.  Quando se refere ao sexo, quero pensar como Jesus. Quando se refere a casamento, quero pensar como Jesus. Isso significa que eu vou afirmar a aliança matrimonial heterossexual. Isso também significa amar cada pessoa independentemente de suas escolhas de estilo de vida. Isso significa, como Seu representante, proclamar o Evangelho estendendo a outros a graça transformadora do Evangelho, que nos encontra como estamos, mas maravilhosamente não nos deixa da mesma forma. Essa é uma esperança e uma promessa que os seguidores de Jesus orgulhosamente oferecem a todos, porque formos destinatários dessa mesma maravilhosa graça.

Líder de igreja gay de São Paulo diz que beber e fumar não são pecados e diz que sexo só depois do casamento é hipocrisia


A Igreja da Comunidade Metropolitana, uma das igrejas inclusivas no Brasil, comemora no dia 20/8 uma década no território nacional e em uma entrevista ao site Mix Brasil o responsável pela denominação aqui no país, o reverendo Cristiano Valério fala a respeito de suas crenças e forma de interpretação da Bíblia e segundo ele do olhar fundamentalista dos cristãos tradicionais sob a mesma.
Cristiano Valério diz que a ICM tem como “missão” fazer frente a toda forma de opressão religiosa, social, qualquer forma de preconceito e conta que a ICM é uma das poucas organizações religiosas no mundo que é dirigida por uma mulher atualmente, a reverenda Nancy Wilson é a moderadora mundial da igreja já há alguns anos, depois da aposentadoria do reverendo Troy, que foi o fundador da comunidade inclusiva.
Ele diz que as igrejas evangélicas costumam reproduzir um discurso religioso evangélico do Brasil, e que pelo contrário, a igreja inclusiva repudia o discurso a este e que costumam até evitar alguns termos que são surrados por seus irmãos evangélicos. Referente ao posicionamento de relacionamento com as igrejas não-inclusivas, há uma tentativa de olhar para estes como irmãos e irmãs, ainda estes segundo ele sendo equivocados e limitados, buscando ver que eles também sãos filhos de Deus como qualquer um outro, ressaltando que mesmo que estes nãos os tratem assim.
Dentro da visão do reverendo Cristiano Valério não é errado beber e fumar, ele ainda usa a citação da passagem bíblica em que Jesus transformou a água em vinho e uma festa de casamento “Na verdade a gente tem dificuldade é com os excessos. A pessoa quando perde o controle não é legal. E assim é com bebida e com tudo que é bom nessa vida, o que se bebe, o que se come, tudo, o sexo também. Porque isso pode virar uma patologia, alguém sofrer com isso. Se está dando prazer e é legal isso é maravilhoso. O problema é quando a pessoa começa a sofrer com isso.” Diz o reverendo.
Para Cristiano o princípio de castididade até o casamento apregoado pelo cristianismo, como diria ele ‘o fundamentalista’, é a mais pura hipocrisia e afirma ” esse discurso hipócrita de que pecado é cometido com a genitália, tudo que tem a ver com órgão sexual é pecado. Isso a gente herdou de alguns pensamentos muito complicados. Na ICM a gente desconstrói esse pensamento religioso, por isso algumas pessoas ficam escandalizadas com a forma natural que a gente fala de sexo, pra gente sexo é uma benção, uma coisa maravilhosa. E faz também um movimento de reconciliação da sexualidade com a espiritualidade. Pra gente o ser humano é um todo indissociável, e essa pulsão, esse desejo, isso tudo é maravilhoso. Desde que com responsabilidade, desde que não seja em um contexto de violência, de abuso.”
HOMOSSEXAULIDADE X BÍBLIA, POR REVERENDO CRISTIANO VALÉRIO (ICM)
“Existem algumas particularidades na construção da imagem da ‘família da Bíblia’ que não condizem com o discurso que foi construído pelos cristãos, como, por exemplo, esse pensamento de que família é pai, mãe e o casal de filhinhos. Isso não existe na Bíblia, pois os homens tinham vá. Monogamia na Bíblia inexiste, os homens tinham várias mulheres. E agora começa a ter um discurso monogâmico.”
E em relação a Gênesis quando se fala de que criou Deus home e mulher e que por esta razão, aquele que fosse contrario a sua natureza estaria em pecado, ele defende que a história de Gênesis é para mostrar para as pessoas que Deus é a origem de tudo, mas não para explicar como foi e que os primeiros dois capítulos se contradizem, existindo dois relatos da criação.
“Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é (Levitícos 18:22).” Para as igrejas inclusivas, os evangélicos olham para esta passagem isolando o versículo do restante do texto e o usando totalmente fora do contexto para atacar ao homossexuais. “Porque se você for ler o capítulo inteiro ele não está falando de relacionamento amoroso entre dois homens, nem de sexo consentido entre dois homens. Está no contexto de uma adoração a um deus pagão chamado Moloch em que as pessoas às vezes eram obrigadas a servir como prostitutas do templo”, Cristiano.
Gênesis 19 – Sodoma e Gomorra: segundo Cristiano esse é um texto que se tornou clássico dos evangélicos para atingir oas GLS`s, mas diz que para ele a atitude dos sadomitas não os indicavam sinais de homossexualismo, mas sim que eles estava querendo violentar sexualmente aos hóspedes de Ló, independentemente de suas opções sexuais e ainda ironiza: “todo mundo é unânime nas igrejas fundamentalistas: Deus destruiu Sodoma porque era todo mundo gay. Mas olha que absurdo, uma população inteira era gay, os gays tinham filhos lá, olha a viagem! Tipo, Deus teve um desequilíbrio emocional e falou ‘não, vou matar todo mundo porque todo mundo é gay, eu não gosto’. É uma viagem doida.”

Pastor diz que faz “Casamento gay” assim que a lei permitir


Aldo Quintão, 49, é um pastor, ou reverendo, com preferem os anglicanos, bastante polêmico. Casado há 23 anos e com um filho de 22, ele ficou famoso por fazer casamentos, inclusive de celebridades. Um dos mais disputados foi o casamento do cantor sertanejo Bruno.

Ele diz que já celebrou mais de 3.000 cerimônias, a maioria deles na Catedral Anglicana, em Santo Amaro, zona sul de São Paulo. Na igreja que lidera, diz que conquistou fiéis com um discurso inclusivo. Na contramão da maioria dos líderes evangélicos, ele defende o direito ao aborto e a igualdade para os gays.

Depois de aparecer em programas de TV, inclusive no Programa de Jô Soares, ele viu a agenda de sua igreja para cerimônias de casamento ficar lotada. Para este ano, não há mais vagas nas sextas e sábados. Entrevistado pela Folha de São Paulo, fez algumas declarações que destoam do discurso da maioria dos sacerdotes brasileiros.

O brasiliense Aldo diz que gosta de debater questões polêmicas e defender as minorias. “Temas como o direito ao aborto, os estudos com células-tronco, o respeito aos gays e o uso de anticoncepcionais devem ser abordados. Quero discutir o que é o mundo contemporâneo –e não o que é a igreja”, diz ele.

Para o pastor, os brasileiros ainda são muito conservadores enquanto família, mas enfatiza que em sua igreja “Todos são bem-vindos. Inclusive gays assumidos, divorciados e fiéis desiludidos com outras religiões”. Aldo entende que o mundo moderno é marcado por uma sociedade plural. E afirma que “Na minha leitura do Evangelho, todo mundo tem o direito de ser feliz. Aqui, as pessoas sentem que as diferenças são respeitadas”.

Perguntado sobre seu sucesso como “casamenteiro”, enfatiza “Casei evangélicos, hindus, judeus, muçulmanos, grávidas, desquitadas e por aí vai. Casamento gay? Farei assim que a lei permitir”. A igreja anglicana foi uma das primeiras do mundo a ter uma postura mais “inclusiva” sendo favorável à ordenação de homossexuais para o sacerdócio. Isso gerou um cisma que enfraqueceu a Igreja fora da Europa.

Dos 70 milhões de anglicanos no mundo, cerca de 100.000 vivem no Brasil. A igreja anglicana, ou episcopal como também é chamada, nasceu na Inglaterra. Sua fundação é atribuída a Henrique VIII, que rompeu os laços com Roma após ter seu pedido de divórcio negado.

Os anglicanos observam os sete sacramentos e acreditam na Santíssima Trindade. No entanto, seus sacerdotes não estão obrigados ao celibato. Em geral defendem o uso de contraceptivos e realizam casamentos entre divorciados. Aldo calcula que um terço dos casamentos celebrados por ele são entre divorciados, o que muitas igrejas não concordam em fazer.

Surge a “Igreja Pentecostal Gay”...




A 4ª Parada da Diversidade de Bauru será “invadida” por um grupo de homossexuais evangélicos pentecostais que estarão entregando 10 mil panfletos de evangelização, mas não é uma igreja tradicional que prega o homossexualismo como pecado que precisa ser negado, mas sim uma igreja inclusiva que quer atrair o público.

Não acreditamos que o homossexualismo seja pecado e afirmamos que a ‘Bíblia’ não o condena”, afirma o Missionário Junior, um dos líderes do grupo. “A presença dos gays é o próximo paradigma a ser quebrado.”

Junior tem 27 anos e durante 15 se dedicou à igreja católica como seminarista, ele conta que se aproximou da religião para tentar “se curar” pois na adolescência ele já havia descoberto sua sexualidade. Anos mais tarde ele descobriu a teologia inclusiva e juntou seu projeto Presença de Deus à comunidade Deus é Mais, criada a partir de conversas entre amigos religiosos e gays.

Como eles se sentiam excluídos das igrejas tradicionais eles passaram a se reunir para orar juntos. A Comunidade Deus é Mais foi fundada por Alexandre, 36, e seu namorado Renato, 22. Alexandre já sofreu bastante por se sentir pressionado a esconder sua condição. Quando estavam perto de descobrir que era gay, não voltava mais aos cultos e reuniões. “Sempre fui meio quiabo”, brinca, sobre essa fase. Na comunidade que criou, a liberdade de expressão é a maior conquista.

As reuniões são realizadas numa antiga loja, ainda a portas fechadas. Os interessados em frequentá-las precisam antes entrar em contato com os organizadores. A futura igreja deverá seguir os princípios pentecostais – crença na presença do Espírito Santo por meio de dons como o da cura, visões e línguas.

“Antes, o preconceito era com as mulheres e com os negros. Esses tabus já foram quebrados. Agora, pela força do nome de Jesus, estaremos com espaço de refúgio para a comunidade LGBT e familiares, hoje excluídos pelas igrejas, reforça o missionário.

O engano da "cura gay"

Por Rev. Ageu Magalhães


A Comissão de Direitos Humanos da Câmara aprovou nesta terça-feira, dia 18/06, o projeto de lei, de autoria do deputado João Campos (PSDB) que anula o trecho do Artigo 3º e todo o Artigo 4º da Resolução 1/99 do Conselho Federal de Psicologia. O projeto foi apelidado maliciosamente de "cura gay".

A questão legal

Em 23 de Março de 1999 o Conselho Federal de Psicologia aprovou o seguinte documento:

"RESOLUÇÃO CFP Nº 1/99 DE 23 DE MARÇO DE 1999
"Estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual"
O Conselho Federal de Psicologia no uso de suas atribuições legais e regimentais,
Considerando que o psicólogo é um profissional da Saúde;
Considerando que na prática profissional, independentemente da área em que esteja atuando, o psicólogo é freqüentemente interpelado por questões ligadas à sexualidade;
Considerando que a forma como cada um vive sua sexualidade faz parte da identidade do sujeito, a qual deve ser compreendida na sua totalidade;
Considerando que a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão;
Considerando que há uma inquietação na sociedade em torno de práticas sexuais desviantes da norma estabelecida socioculturalmente;
Considerando que a Psicologia pode e deve contribuir com seu conhecimento para o esclarecimento das questões da sexualidade, permitindo a superação de preconceitos e discriminações.
Resolve:
Art. 1º - Os psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão, notadamente aqueles que disciplinam a não discriminação e a promoção do bem-estar das pessoas e da humanidade.
Art. 2º - Os psicólogos deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam comportamentos ou práticas homoeróticas.
Art. 3º - Os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreçam patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.
Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.Art. 4º - Os psicólogos não se pronunciarão e nem participarão de pronunciamentos públicos nos meios de comunicação de massa de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.
Art. 5º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6º - Revogam-se todas as disposições em contrário.
Ana Mercês Bahia Bock  Conselheira-Presidente"

A aprovação deste documento em 1999 tolheu a atividade de psicólogos com pacientes homossexuais, desejosos de abandonar a prática. O projeto de lei apelidado pelo movimento homossexual de "cura gay" nada mais faz que anular a extrapolação da lei contida no parágrafo único do Artigo 3º e no Artigo 4º, a saber:

"Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.
Art. 4º - Os psicólogos não se pronunciarão e nem participarão de pronunciamentos públicos nos meios de comunicação de massa de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica."

Desta forma, restaura-se o direito de qualquer indivíduo procurar ajuda psicológica caso esteja insatisfeito com sua condição de homossexualidade.

Se um heterossexual tem o direito de buscar ajuda caso esteja descontente com sua sexualidade, por que um homossexual não pode ter o mesmo direito? É claro que o movimento homossexual condena isso porque não admite que um homossexual "traia a causa" tornando-se heterossexual.

A questão bíblica

Não existe "cura gay". A Bíblia não considera o homossexualismo como doença. A Bíblia mostra que homossexualismo é comportamento pecaminoso. Como já foi demonstrado no artigo Daniela Mercury, obrigado... ninguém nasce homossexual. Homossexualismo é comportamento aprendido. Todavia, todos nascemos pecadores. Todos nós temos potencial para qualquer tipo de pecado, seja homossexualismo, adultério ou assassinato.

O homossexualismo é uma relação condenada por Deus como nos mostram os seguintes registros:

"Mas, antes que se deitassem, os homens daquela cidade cercaram a casa, os homens de Sodoma, tanto os moços como os velhos, sim, todo o povo de todos os lados; e chamaram por Ló e lhe disseram: Onde estão os homens que, à noitinha, entraram em tua casa? Traze-os fora a nós para que abusemos deles." Gênesis 19.4,5

"Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação." Levítico 18.22

"Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles." Levítico 20.13

"Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro." Romanos 1.26,27

“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.” 1 Coríntios 6.9,10

Existe salvação para homossexuais?

A Bíblia mostra que sim. Escrevendo aos Coríntios, Paulo alista os tipos de pecados que não herdariam o reino de Deus (acima) e continua: "Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus." 1 Coríntios 6.11

Há probabilidade de alguns coríntios terem abandonado a prática homossexual para se tornarem cristãos. Da mesma forma, provavelmente alguns coríntios abandonaram a idolatria, a vida adúltera, o roubo, etc, para seguirem a Cristo.

A Palavra de Deus afirma que "... se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas." 2 Coríntios 5.17

Da mesma forma que alguém acostumado a ter relações heterossexuais passará a vida vigiando seu coração contra tentações nesta área, alguém que foi iniciado na prática homossexual sofrerá tentações desta espécie.

Todavia, tentação não é sinônimo de pecado. Jesus foi tentado e não pecou. Ele mesmo nos ensinou a orar a Deus pedindo que, quando estivéssemos em tentação, não caíssemos (Mt 6.13) e Paulo nos mostra que não há tentação que não seja humana, mas Deus é fiel e não permite que sejamos tentados além das nossas forças, pelo contrário, com a tentação ele nos dá livramento para que a possamos suportar (1Co 10.13).

Assim, é plenamente possível a homossexuais o abandono da prática pecaminosa e a vitória sobre as tentações, trilhando um caminho de santidade perante o Senhor. Nossas igrejas têm sido testemunhas de casos assim e devem continuar agindo sem discriminação. O Evangelho é o poder de Deus para salvação e quando ele alcança alguém transforma, de fato. Sejamos, portanto, instrumentos de Deus na transformação destas vidas. Amém.