sábado, 31 de agosto de 2013

Gravação do DVD da Banda Shalom


Festa De Crente - Banda Som Louvor


“Receba esse poder de fogo”! – #Forró Goxpil 0800


Travesti entra na igreja, pede pra cantar e solta a voz


Segundo a dona de um canal do youtube, Stefany Pereira, o fato ocorreu recentemente na “Igreja Assembléia De Deus Nadando na Benção”, na Pavuna Rio De Janeiro, quando o travesti pede pra cantar e solta a voz. O vídeo tem dividido opiniões a respeito de sua conveniência. Eles “nadaram na benção” ou estão “se afogando em heresias”? Assista e deixe sua opinião:


Amém é coisa séria!




Por Wilhelmus à Brakel

É comum ouvirmos a afirmação que o significado das palavras hebraica e grega traduzidas como “amém” é “que assim seja”. Ouvimos, por exemplo, que devemos finalizar nossas orações com um convicto “amém”, a fim de expressar nosso forte e sincero desejo de que Deus atenda nossas petições. E, de fato, a palavra pode ser entendida dessa forma. Edward Robinson diz que a palavra aparece “usualmente no final de uma oração, onde serve para confirmar as palavras que precedem” (Léxico Grego do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2012. p. 46). Isso pode ser visto, por exemplo, em Neemias 5.13: “Também sacudi o meu regaço e disse: Assim o faça Deus, sacuda de sua casa e de seu trabalho a todo homem que não cumprir esta promessa; seja sacudido e despojado. E toda a congregação respondeu: Amém! E louvaram o SENHOR; e o povo fez segundo a sua promessa” (cf. Deuteronômio 27.15-26; 1Reis 1.36; 1Coríntios 14.16). Não é incorreto afirmar que dizer “amém” é uma expressão de desejo pela consecução daquilo que é pedido ou uma confirmação do que foi afirmado.Entretanto, a palavra “amém” possui um significado mais solene. O estudiosoHans Bietenhard afirma: “Através do ‘amém’, aquilo que foi falado é afirmado como certo, positivo, válido e obrigatório” (Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento. Vol. 1. São Paulo: Vida Nova, 2007. p. 110). Trata-se, portanto, de uma afirmação de veracidade. Dizer “amém” é jurar que aquilo que foi afirmado na oração é expressão da verdade. Nesse sentido, quando suplicamos algo a Deus e dizemos “amém”, estamos expressando diante do Senhor que o nosso desejo é sincero e verdadeiro. Quando louvamos a Deus e finalizamos com “amém” estamos afirmando diante d’Aquele que sonda o nosso coração, que verdadeiramente o valorizamos e o consideramos como supremamente valioso.

Esse significado pode ser visto, por exemplo, em Isaías 65.16: “de sorte que aquele que se abençoar na terra, pelo Deus DA VERDADE é que se abençoará; e aquele que jurar na terra, pelo Deus DA VERDADE é que jurará”. A palavra hebraica traduzida pela Almeida Revista e Atualizada como “da verdade” é ‘amên. Literalmente, o texto diz: “aquele que se abençoar na terra, pelo Deus DO AMÉM é que se abençoará; e aquele que jurar na terra, pelo Deus DO AMÉM é que jurará”. A ideia é que toda bênção e todo juramento terão a Deus como sua testemunha, Aquele que é a própria verdade, devendo, assim, serem feitos segundo a verdade e por coisas lícitas. Em Apocalipse 3.14, Jesus se identifica para o anjo da igreja de Laodiceia da seguinte forma: “Ao anjo da igreja em Laodiceia escreve: Estas coisas diz o AMÉM, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus”. Ao identificar-se como o “Amém”, Jesus está afirmando que o diagnóstico que ele apresentará a seguir é a mais pura expressão da verdade. Tudo o que ele tem a dizer é verdadeiro e, portanto, digno de crédito e de submissão da parte daqueles que ouvem. Gregory K. Beale diz que, “as três descrições ‘o Amém, a testemunha fiel e verdadeira’ não são distintas, mas geralmente se sobrepõem para sublinhar a ideia da fidelidade de Jesus ao testemunhar diante de seu Pai durante seu ministério terreno e sua continuidade como tal testemunha” (The Book of Revelation. Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1999. p. 296). Simon Kistemaker, outro estudioso do Novo Testamento diz que, “o ‘Amém’ comunica a ideia daquilo que é verdadeiro, solidamente estabelecido e fidedigno”. (Comentário do Novo Testamento: Apocalipse. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. p. 225).
De igual modo, quando desejava expressar de forma mais contundente a veracidade do seu ensinamento e como ele deveria ser levado a sério por seus discípulos, Jesus introduzia seus ditos no Evangelho de João com um duplo “amém”, que na nossa tradução aparece como “em verdade, em verdade vos digo”: “E acrescentou: Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem” (1.51; cf. 3.3,5,11; 5.19,24,25; 6.26,32,47,53; 8.34,51,58; 10.1,7; 12.24; 13.16,20,21,38; 14.12; 16.20,23; 21.18). Todo o seu testemunho é verdadeiro. Nele não há engano. Nas suas declarações não existem mentiras. Ele é a verdade e tudo o que Jesus afirma é verdadeiro.Isto posto, devemos compreender que quando fazemos nossas orações a Deus, louvando-o, bendizendo-o, fazendo súplicas e intercessões, e respondemos com o “amém”, estamos dizendo ao Deus da Verdade, ao Deus do Amém, que nossos desejos são sinceros, que nosso coração está tomado de santas afeições por suas perfeições, majestade e glória. Quando oramos e concluímos com o “amém”, dizemos ao Deus que sonda os nossos corações que tudo o que expressamos é verdadeiro. Por esta razão, devemos levar muito a sério o dever da oração. Devemos nos aproximar de Deus sabendo que ele não vê como vê o homem. Ele vê o coração. Ele sabe quando nossos desejos estão direcionados para outras coisas. Ele conhece a insinceridade dos nossos corações. Quando não somos sinceros ou quando somos indiferentes em nossas orações, o “amém” é uma mentira dita ao Deus que tudo sabe. Por isso, que ele nos guarde de toda mentira e nos preserve no caminho da verdade, para que nossas orações sejam, de fato e de verdade, nas palavras de Wilhelmus à Brakel“a expressão de santos desejos a Deus, em nome de Cristo, que, por meio da operação do Espírito Santo, procede de um coração regenerado, junto com o pedido do cumprimento desses desejos”.

A família na época pós-moderna


Por Rev. Hernandes Dias Lopes
 
A pós-modernidade está firmada sobre o tripé: pluralização, privatização e secularização. A pluralização diz que há muitas ideias, muitos valores, muitas crenças. Não existe uma verdade absoluta, tudo é relativo. A privatização diz que nossas escolhas são soberanas e cada um tem sua própria verdade. A secularização, por sua vez, coloca Deus na lateral da vida e o reduz apenas aos recintos sagrados. A família está nesse fogo cruzado. Caminha nessa estrada juncada de perigos, ouvindo muitas vozes, tendo à sua frente muitas bifurcações morais. Que atitude tomar? Que escolhas fazer para não perder sua identidade? Quero sugerir algumas decisões:

Em primeiro lugar, coloque Deus acima das pessoas. No mundo temos Deus, pessoas e coisas. Vivemos numa sociedade que se esquece de Deus, ama as coisas e usa as pessoas. Devemos, porém, adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas. A família pós-moderna tem valorizado mais as coisas do que o relacionamento com Deus. Vivemos numa sociedade que valoriza mais o ter do que o ser. Uma sociedade que se prostra diante de Mamom e se esquece do Deus vivo.

Em segundo lugar, coloque seu cônjuge acima de seus filhos. O índice de divórcio cresce espantosamente no Brasil. Enquanto os véus das noivas ficam cada vez mais longos, os casamentos ficam cada vez mais curtos. Um dos grande erros que se comete é colocar os filhos acima do cônjuge. Muitos casais transferem o sentimento que devem dedicar ao cônjuge para os filhos e isso, fragiliza a relação conjugal e ainda afeta profundamente a vida emocional dos filhos. O maior presente que os pais podem dar aos filhos é amar seu cônjuge. Pais estruturados criam filhos saudáveis.

Em terceiro lugar, coloque seus filhos acima de seus amigos. Muitos pais vivem ocupados demais, correm demais e dedicam tempo demais aos amigos e quase nenhum tempo aos filhos. Alguns pais tentam compensar essa ausência com presentes. Mas, nossos filhos não precisam tanto de presentes, mas de presença. Nenhum sucesso profissional ou financeiro compensa o fracasso do relacionamento com os filhos. Nossos filhos são nosso maior tesouro. Eles são herança de Deus. Equivocam-se os pais que pensam que a melhor coisa que podem fazer pelos filhos é deixar-lhes uma rica herança financeira. Muitas vezes, as riquezas materiais têm sido motivo de contendas na hora da distribuição da herança. Nosso maior legado para os filhos é nosso exemplo, nossa amizade e nossa dedicação a eles, criando-os na disciplina e admoestação do Senhor.

Em quarto lugar, coloque os relacionamentos acima das coisas. Vivemos numa ciranda imensa, correndo atrás de coisas. Muitas pessoas acordam cedo e vão dormir tarde, comendo penosamente o pão de cada dia. Pensam que se tiverem mais coisas serão mais felizes. Sacrificam relacionamentos para granjearem coisas. Isso é uma grande tolice. Pessoas valem mais do que coisas. Relacionamentos são mais importantes do que riquezas materiais. É melhor ter uma casa pobre onde reina harmonia e paz do que viver num palacete onde predomina a intriga.

Em quinto lugar, coloque as coisas importantes acima das coisas urgentes. Há uma grande tensão entre o urgente e o importante. Nem tudo o que é urgente é importante. Não poucas vezes, sacrificamos no altar do urgente as coisas importantes. Nosso relacionamento com Deus, com a família e a com a igreja são coisas importantes. Relegar esses relacionamentos a um plano secundário para correr atrás de coisas passageiras é consumada tolice. A Bíblia nos ensina a buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, sabendo que as demais coisas nos serão acrescentadas. Precisamos investir em nosso relacionamento com Deus e em nossos relacionamentos familiares, a fim de não naufragarmos nesse mar profundo da pós-modernidade!

Prioridades na família

 
Por Rev. Hernandes Dias Lopes

A família é um projeto de Deus. Foi a primeira instituição divina. E foi criada para a glória de Deus e nossa felicidade. Para que a família colime esse elevado propósito, necessário se faz que observemos algumas prioridades.

Em primeiro lugar, Deus precisa vir antes das pessoas. Devemos amar a Deus com toda a nossa alma e de toda a nossa força. Devemos buscar em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça. Para ser um discípulo de Jesus é preciso estar disposto a deixar pai e mãe e amá-lo mais do que qualquer outra pessoa, por mais achegada que seja a nós. Deus ocupa o primeiro lugar em nossa vida, ou então, ainda não sabemos o que é segui-lo. O que é importante destacar é que, quanto mais amamos a Deus, mais amamos nossa família e mais fortes ficam nossos relacionamentos interpessoais. A nossa relação com Deus cimenta os demais relacionamentos, colocando-os dentro de uma correta perspectiva.

Em segundo lugar, o cônjuge precisa vir antes dos filhos. Pecam contra o cônjuge e contra os filhos, aqueles que colocam os filhos em primeiro plano e o cônjuge em segundo plano. O maior presente que podemos dar aos nossos filhos é amar, com desvelo, o nosso cônjuge. A maior necessidade dos filhos é ver o exemplo dos pais. Não há família saudável onde os relacionamentos estão fora dos trilhos. Investimos nos filhos, quando investimos em nosso casamento. Cuidamos dos filhos, quando priorizamos nosso cônjuge.

Em terceiro lugar, os filhos precisam vir antes dos amigos. Precisamos ter discernimento para buscarmos as primeiras coisas primeiro. Nossos amigos são importantes, mas nossos filhos são mais importantes. Aqueles que não cuidam da sua própria família estão em total descompasso com o projeto de Deus. Não podemos sacrificar nosso relacionamento com os filhos para dar mais atenção aos nossos amigos. Nenhum sucesso vale a pena quando o preço a pagar é o sacrifício dos nossos filhos. Os pais precisam entender que seus filhos são prioridade. Precisam investir neles o melhor do seu tempo e o melhor de seus recursos. Precisam criá-los na admoestação e na disciplina do Senhor. Não podem procá-los à ira para quem não fiquem desanimados.

Em quarto lugar, as pessoas devem vir antes das coisas. Vivemos numa sociedade materialista e consumista. As prioridades estão invertidas. As pessoas esquecem-se de Deus, amam as coisas e usam as pessoas. Devemos, ao contrário, adorar a Deus, amar a pessoas e usar as coisas. Quando colocamos coisas no lugar de pessoas tornamo-nos insensíveis e apartamo-nos do projeto de Deus. Há pessoas que, infelizmente, têm mais cuidado com o carro do que com os membros da família. São mais zelosos com seus objetos pessoais do que com os relacionamentos dentro de casa. Amam mais os bens materiais do que os membros da família.

Em quinto lugar, o reino de Deus precisa vir antes dos nossos projetos. Temos visto muitos crentes dando para a Deus a sobra dos seus bens, de seus talentos e do seu tempo. São pessoas que só se preocupam com as coisas terrenas. Correm atrás de seus próprios interesses enquanto a obra de Deus fica relegada a segundo plano. Essas mesmas pessoas, nas palavras do profeta Ageu, semeiam muito e colhem pouco; vestem-se, mas não se aquecem; comem, mas não se satisfazem; e o salário que recebem, colocam-no num saco furado. O pouco que trazem, Deus o assopra, porque não aceita sobras, uma vez que requer primícias. Precisamos buscar em primeiro lugar o reino de Deus. Precisamos investir as primícias da nossa renda na promoção do reino de Deus. Precisamos investir em causas de consequências eternas. Nossa felicidade pessoal e familiar alcançarão sua plena realização, quando essas prioridades estiverem alinhadas em nossa vida!

O PASTOR E ASUA FAMÍLIA


Por Pr. Silas Figueira

Quando Dietrich Bonhoeffer estava encerrado na prisão nazista escreveu um sermão para o casamento de uma sobrinha sua. Disse ele: “O casamento é maior que o amor que vocês têm um pelo outro. Ele tem em si grande dignidade e força por ser a ordenança santa através da qual Deus planejou a perpetuação da raça humana, até os fins dos tempos. No amor que os une, vocês veem apenas a si mesmos no mundo, mas ao se casarem tornam-se um elo na cadeia das gerações que Deus faz aparecer e partir para a Sua glória, chamando-as para o seu Reino... Seu amor é propriedade particular, mas o casamento não pertence apenas a vocês; é um símbolo social, uma função de responsabilidade”.

Com o advento do cristianismo, o casamento alcançou santidade e significação tais como nunca se ouviu falar nos tempos antigos. A dignidade da mulher, de há muito esquecido, foi como que redescoberta, e seu valor reconhecido. Nem mesmo a lei romana ou a mosaica concediam à mulher direito em pé de igualdade com os do homem, em importância e santidade. No cristianismo, a esposa, tanto quanto o marido, têm direitos à total fidelidade do companheiro. A esposa deixa de ser meramente a ajudadora do marido na vida presente, para ser coerdeira com ele da vida eterna (1Pe 3.7).

A mais elevada concepção de casamento, nos tempos antigos, era a de um relacionamento moral. O casamento cristão é algo ainda mais sublime – um mistério (Ef 5.32). Esse mistério é o relacionamento entre Cristo e a Igreja, que é o reflexo do casamento. Por isso que as vidas pública e privada do pastor devem estar em harmonia.

James K. Bridges citando Spurgeon disse que em seu livro Lições a Meus Alunos, Charles Spurgeon exorta os ministros a se empenharem a fim de que o caráter pessoal se harmonize, sob todos os aspectos, com o ministério que Deus lhe confiou. Ele conta a história de uma pessoa que pregava tão bem e vivia tão mal, que quando ele estava no púlpito, todos diziam que ele nunca deveria sair dali; e quando não estava no púlpito, todos diziam que ele nunca deveria tornar a subir nele. Depois, Spurgeon desafia-nos com essa analogia: “Que nunca sejamos sacerdotes de Deus no altar e filhos de Belial fora das portas do tabernáculo”.1  A vida cristã do pastor começa dentro de casa, junto a sua família e não dentro da igreja, atrás do púlpito. Temos visto muitos pastores que são como Naamã, herói para a comunidade e leproso dentro de casa. Alguém ovacionado na nação, mas rejeitado dentro do próprio lar. Muitos são sacerdotes dentro da igreja e filhos de Belial para a família. Não são poucos os casos de pastores em crise familiar e não são poucos que já partiram para o divórcio.

Porque isso tem ocorrido com a família pastoral? Creio que isso ocorre porque muitos pastores tem rejeitado o conselho de Paulo a Timóteo: “Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?)(1Tm 3.1-5). Grifo nosso.

Certa revista publicou interessante matéria sobre o piloto automático: "Um dos grandes prodígios da ciência moderna é o piloto automático. Enormes bombardeiros e aviões de transporte cortam o espaço a centenas de quilômetros por hora, com a terra coberta pelas nuvens, ou pela escuridão; seguem, porém, o seu curso com os movimentos automaticamente controlados por giroscópios".

A agulha giratória é usada quando o piloto determina o rumo a ser seguido pelo aparelho; mesmo que o seu destino fique além-mar, ele sabe que será atingido. É possível que nós, pais, pastores, ainda não tenhamos marcado quaisquer alvos. No entanto, chegou a hora de fazê-lo; estamos, afinal de contas, conduzindo algo muito mais precioso do que os aviões de carga; estamos conduzindo toda a nossa família.

Já que o ministério pastoral começa dentro de casa, o pastor deve ter o cuidado redobrado em relação ao seu lar. Para isso, o pastor deve observar três coisas básicas:

1º PLANEJE O SEU CASAMENTO

Em nenhum outro lugar encontramos o padrão divino para o casal expresso de maneira mais clara e simples que no primeiro comentário bíblico a respeito do relacionamento entre o homem e a mulher. “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.28). “Unir-se ao cônjuge” é uma expressão que abrange todos os aspectos do relacionamento entre marido e mulher. Por isso, é de vital importância que aquele que se sente chamado para o ministério cristão – pastor, evangelista, missionário – seja extremamente cuidadoso em escolher o cônjuge. No namoro, o provável candidato ao ministério deve ter cuidado em namorar somente cristãs não só nascidas de novo, mas cheias do Espírito Santo e que esta esteja disposta a servir no ministério com o seu marido aonde o Senhor mandar.

O jugo desigual não é só de crente com o descrente, mas pode ser também entre crentes, principalmente em relação ao ministério. Se o pastor tem um chamado específico para um determinado lugar e a esposa não quer o acompanhar já começa a crise no lar. Por isso que um lar deve ser constituído com muita oração e discernimento espiritual, pois aquilo que poderia ser uma bênção pode tornar-se uma maldição.

2º TENHA EM MENTE QUE O CASAMENTO DEVE SER INDISSOLÚVEL

O casamento deve ser para toda a vida. E esta é uma união permanente. No projeto de Deus o casamento é indissolúvel. Ninguém tem autoridade para separar o que Deus uniu. Por isso que antes de falar sobre divórcio, Jesus falou sobre o casamento (Mt 19.3-6). Podemos comparar o casamento a uma viagem a dois, onde muitas coisas podem ocorrer nesse trajeto até que a morte os separe. Por isso que o marido e a mulher devem estar juntos na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na prosperidade e na adversidade. Só a morte pode separá-los (Rm 7.2; 1Co 7.39).

Creio que se o casal observar esses dois princípios básicos a palavra divórcio não existirá no vocabulário do cônjuge. O casamento foi a única instituição estabelecida por Deus antes da queda. Ele deve ser considerado digno de honra por todos os povos, em todos os lugares, em todo o tempo (Hb 13.4). O casamento é uma instituição divina para os cristãos e para os não cristãos, e Deus é testemunha dessa aliança, quer eles entendam ou não. Por isso, Deus odeia o divórcio tanto daqueles que o conhecem quanto daqueles que não o adoram como Senhor (Ml 2.16).2 Embora a sociedade pós-moderna esteja fazendo apologia ao divórcio, os princípios de Deus não mudaram, nem jamais mudarão.

3º O CASAMENTO NÃO PODE SER POR CONVENIÊNCIA

O casamento não é mera conveniência para vencer a solidão, nem um expediente para perpetuação da raça. Primeiro, e acima de tudo, o casamento é o espelho do relacionamento divino-humano. Todo casamento foi feito para representar a Deus: Seu relacionamento consigo mesmo – Pai, Filho e Espírito Santo – como também o Seu relacionamento com o Seu povo (Ef 5.32). O pastor precisa ter em mente que o casamento exatamente isso, pois ele precisa vivenciar essa comunhão com o seu cônjuge como também ensinar aos futuros casais.

Quem embarca em um casamento por conveniência está fadado a viver uma vida infeliz e ser uma infelicidade na vida da esposa e dos filhos. Busque em Deus uma esposa, pois esta o Senhor tem para o pastor, veja o que Salomão tem a nos dizer a respeito disso em Pv 18.22: “O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do SENHOR”. Deus, mais do que ninguém, está interessado em ver o lar do pastor abençoado.

Pense nisso! 

Nota
1 - Bridges, James K. O Pastor Pentecostal – A vida pessoal do pastor. Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 1999: p. 109.  
2 - Lopes, Hernandes Dias. Casamento, divórcio e novo casamento. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p. 37

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O Evangelho é tudo




Por Renato Vargens
Eu creio no poder do Evangelho. Eu creio que as Boas Novas de nosso Senhor podem transformar a vida de quem quer que seja. Eu creio no Evangelho de Cristo. Sim! Creio que o Espírito de Deus pode metamorfosear a vida dos homens. Acredito piamente  que indivíduos regenerados pelo Espírito Santo podem viver a vida de forma diferenciada a ponto disto reverberar positivamente na sociedade.
Um claro exemplo disso é a Genebra de Calvino. Antes do reformador francês se estabelecer na cidade, a promiscuidade, a injustiça e todo tipo de iniquidade eram marcas inquestionáveis de uma sociedade absorta em pecado. Existem relatos contando que os genebrinos costumam jogar pela janela os seus excrementos, isso sem falar na corrupção que os marcava significativamente. Para piorar a situação, os comerciantes de uma Genebra pré-calvino, lesavam com enorme facilidade o cidadão, que por conseguinte, sempre que podia roubava os donos de estabelecimentos comerciais levando pra suas casas o fruto do seu roubo. Junta-se a isso o fato que a imoralidade sexual era uma das principais características da cidade, a ponto de existir uma lei que dizia que um homem só podia ter uma amante. A ignorância e  o analfabetismo também se faziam presentes entre os moradores de Genebra, que em virtude da baixa escolaridade viviam submersos num mundo desprovido de oportunidades sociais. No entanto, a história relata que quando o Evangelho chegou àquele lugar, a cidade foi absolutamente transformada.
O que falar então daa Londres de Wesley e Whitefield? Os relatos históricos são espetaculares. Conta a história que  o Espírito Santo mediante a pregação da Palavra convencia poderosamente os londrinos de seus delitos e pecados. Os relatos da época afirmam que Indivíduos bem vestidos, amadurecidos, repentinamente gritavam como se estivessem em agonia. Segundo a história, tanto homens como mulheres, dentro e fora dos prédios das igrejas, tremiam e caíam no chão, impactados pela mensagem do Evangelho. Os testemunhos são claros em afirmar que o poder do evangelho transformou um número incontável de pessoas mudando poderosamente a capital da Inglaterra.
Caro leitor, além destes episódios a história nos traz inúmeros exemplos de cidades e nações que foram impactadas, sacudidas e transformadas pelo poder do Evangelho.
Isto posto, afirmo:
1- Que o Evangelho, somente o evangelho e nada mais do que o evangelho pode transformar o coração do homem.
2- Que o evangelho é a única mensagem capaz de transformar cidades inteiras para a glória de Deus.
3- Que o Evangelho é o meio da graça de Deus se manifestar em nossas vidas e consequentemente em toda sociedade humana.
Portanto, o evangelho é TUDO e  não existe outra mensagem a ser pregada a não ser Cristo crucificado.
Pense nisso!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A Malignidade da Humanidade


Por M. Lloyd-Jones

Olhe para ele e veja o que o mundo é. Tome aqueles que são considerados os grandes homens do mundo, nos quais nos gloriamos e dos quais nos orgulhamos. Coloquem-nos no lugar de Jesus e nada há. Ele os condena a todos. Que criaturas débeis são quando comparadas a ele.

Mas vamos, dê mais uma olhada. Se você quer saber como este mundo é, olhe para o que fizeram a ele. Lá estava o Filho de Deus. Ele deixou o trono dos céus, veio e se humilhou, entregou-se para curar e instruir as pessoas. Ele jamais causou dano a alguém. Ele veio fazer o bem. Mas qual foi a resposta do mundo? Ele foi odiado, perseguido e rejeitado. O mundo preferiu um assassino a ele, crucificando-o e executando-o. E lá na cruz, Jesus expôs o mundo como ele é. Mas os homens inteligentes deste século estão rindo, zombando e ironizando a cruz, estão caçoando do sangue de Cristo, em uma tentativa de ridicularizá-lo. Eles estão apenas repetindo o que os seus arquétipos fizeram no século I. Eis como o mundo sempre o tratou.

Porém, há um outro aspecto. Toda a sua ênfase constituiu-se no exato oposto da ênfase do mundo. Como temos visto, o mundo enfatiza a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a soberba da vida. O que Jesus enfatizou? Ele enfatizou algo a respeito do que o mundo jamais falou, ou seja, a alma.

Jesus disse: "Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" (Mc 8.36). E se você fosse o ser humano mais belo que o mundo já conheceu, se estivesse sempre trajado com as roupas mais deslumbrantes, se morasse no mais suntuoso palácio ou possuísse a maior coleção de automóveis e tudo o mais? Se você tivesse o mundo todo, mas perdesse a sua própria alma? Eis o que Jesus afirma sobre o mundo, principalmente lá na cruz: "Que daria um homem em troca de sua alma?" (Marcos 8.37). Por que ele morreu? Jesus morreu pelas almas dos homens, não pelo nosso bem-estar material, não pela reforma deste mundo, mas para salvar nossas almas. "Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido" (Lucas 19.10). É a alma que está perdida. Aquilo sobre o que o mundo nada conhece, mas está em você e em todos nós, esta coisa imortal em nós que vai além da morte e do fim. Não, ele expôs a mentira deste mundo, mostrando como ele realmente é. Jesus contou uma parábola sobre o rico e Lázaro. O rico vivia em seu palácio, vestido garbosamente, em trajes maravilhosos, comendo na companhia de seus felizes amigos até fartar-se, enquanto o pobre mendigo permanecia sentado diante do portão, com os cães a lamber suas feridas. Bem, o Senhor disse, com efeito, não julgue superficialmente, este não é o fim da história. Jesus nos descreve a imagem de Lázaro ao lado de Abraão, enquanto o rico padecia em tormento no inferno. E possível ver a diferença entre a mente e a perspectiva do mundo, e a mente e a perspectiva do Pai e do Filho de Deus. Ele expõe o mundo como ele é.

04 COISAS QUE UM PASTOR NÃO FOI CHAMADO PARA FAZER.



Por Renato Vargens

A missão do pastor é glorificar a Cristo através da pregação do Evangelho de Deus. Os pastores foram chamados e vocacionados pelo Eterno para anunciar a única coisa capaz de transformar o coração dos homens que é a Boa Nova da Salvação Eterna. Todavia, os dias são dificeis e lamentavelmente muitos daqueles que deveriam ocupar o seu tempo pregando Cristo, envolveram-se em missões alternativas jogando na lata do lixo aquilo que nos é mais precioso.

Diante disto, de forma prática e objetiva gostaria de enumerar 04 coisas que o pastor não foi chamado para fazer:

1- O pastor não foi chamado por Deus para promover uma agenda politica.

Caro leitor, não acredito em messianismos utópicos, nem tampouco em pastores especiais, que trocaram o santo privilégio de ser pregador do evangelho eterno por um cargo público qualquer. Por favor, preste atenção: Não estou com isso afirmando de que o crente em Jesus não pode jamais concorrer a um cargo público. Tenho convicção de que existem pessoas vocacionadas ao serviço público, as quais devem se dedicar com todo esmero a esta missão. No entanto, acredito que o fator preponderante a candidatura a um cargo qualquer, deve ser motivada pelo desejo de servir o povo e a nação, jamais fazendo do nome de Deus catapulta para sua projeção pessoal. Agora, se mesmo assim o pastor desejar candidatar-se, (o que acho uma grande loucura) que deixe o pastorado, que não misture o santo ministério com o serviço público, que não barganhe a fé, nem tampouco confunda as ovelhas de Cristo com o gado marcado para o abate. Que não comercialize aqueles que o Senhor os confiou, nem tampouco se locuplete do nome de Deus a fim de atingir seus planos e objetivos.

2- O pastor não foi chamado pra criar um movimento religioso cujo objetivo é eleger o presidente da república.

Lamentavelmente não são poucos os movimentos eclesiásticos que surgem a cada dia neste país com objetivo principal de eleger um presidente da república "cristão". A missão do pastor não é organizar eventos em prol de um candidato a presidência da nação, e sim proclamar intrépidamente o Evangelho de Cristo, mesmo porque, o que muda e transforma o homem e seu país não é a pactuação politica partidária com candidato a ou b, o que muda uma nação é a compreensão do maior tesouro de todos os tempos, a maravilhosa mensagem da cruz.

3- O Pastor não foi chamado a envolver-se exclusivamente com movimentos sociais que combatem a fome, a violência e outras coisas mais.

Prezado amigo, por mais que seja lícito e louvável envolver-se com os problemas da cidade o pastor não foi chamado para envolver-se exclusivamente com ONGS, OSCS e instituições afins. O pastor não foi chamado por Deus para fazer protestos politicos e públicos em prol da paz ou da sociedade civil. O ministro do Evangelho foi vocacionado por Cristo, para pregar Cristo, anunciar Cristo e a Salvação em Cristo.

4- O pastor não foi chamado para dedicar seu tempo pregando o Evangelho da libertação e exclusão social. 

Infelizmente não são poucos os pastores que gastam seu tempo pregando um evangelho cuja única premissa é saciar a fome do pobre. Ora, o Evangelho é mais do que isso, é anunciar Cristo, é pregar Cristo, é chamar o pecador ao arrependimento dos seus pecados. O problema é que em nome de uma claudicante espiritualidade, oferta-se ao pobre o pão que sacia a fome do corpo negando-lhe entretanto, o pão que desceu do céu. A pregação do Evangelho não nega o pão ao faminto, mas também não abre mão de pregar Cristo como único e suficiente Salvador.

Isto posto, faço minhas as palavras de Paulo que pouco antes de morrer disse ao seu jovem discipulo Timóteo:"Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério." 2 T

A Eleição faz supérflua a pregação?



Por Josemar Bessa

Se há uma eleição divina - Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;Efésios 1:4 – e se esse Deus que elegeu é soberano e não pode ser frustrado, e irá trazer os eleitos a salvação, pregar, sofrer pela propagação da Verdade, morrer como o Apóstolo Paulo... não seria algo supérfluo?

Esse é um raciocínio repetido a exaustão, mas o que ele não consegue entender é o claro ensino do Apóstolo Paulo, por exemplo, (que foi martirizado por pregar o evangelho) que Deus ordenou não apenas a salvação dos eleitos, mas por sua graça, bondade, vontade... também ordenou os meios para realizar esse fim. O que envolve a pregação do evangelho até os confins do mundo – pregação essa que tem propósitos distintos: “Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles cheiro de vida para vida...” - 2 Coríntios 2:15-16

A ordem é pregar a Verdade à custa de oposição, aflição, de modo que os eleitos possam ser salvos, sendo regenerados pelo Espírito, então crendo, voltando de seus pecados para Deus... Não é claramente esta a causa que Paulo dá para sua vida, pregação, prisão, morte...?

“Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou dentre os mortos, segundo o meu evangelho; Por isso sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor; mas a palavra de Deus não está presa. Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna.” - 2 Timóteo 2:8-10

Paulo está empenhado em difundir a verdade do Evangelho a ponto de estar disposto a sofrer e resistir a qualquer dificuldade, sofrimento... Mas por quê?
O que Paulo diz aqui em 2 Timóteo é um eco de toda a lógica do que ele ensinou – “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.” - Romanos 10:13-15

O homem deve ouvir o evangelho para ser salvo, e como ouvirão se não há um pregador? Então Paulo sofre privações terríveis como expressão de seu compromisso de que os eleitos devem ouvir o evangelho para crer e serem salvos: “...tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna.” - 2 Timóteo 2:8-10. Ele sabe que Deus escolheu mostrar sua graça escolhendo homens indignos e merecedores do inferno, ele sabem que estes não podem deixar de serem salvos. No entanto, ele também sabe que eles não são salvos até que creiam no evangelho.

Por isso o “para que” no verso 10 - “...tudo sofro por amor dos escolhidos,para que também eles...” – Ele tudo sofre com esse propósito, finalidade – por amor aos escolhidos – o sofrimento de Paulo tem um objetivo em vista – que entre aqueles que ouvem o evangelho, aqueles que foram escolhidos por Deus ouçam a boa notícia do evangelho, e ouvindo e crendo, sejam salvos.

Então, ao contrário do argumento tão repetido, a confiança de Paulo em sua pregação do evangelho, até a ponto de sofrer, ser martirizado... está numa convicção profunda:

a) De que as pessoas só são salvas quando ouvem e creem no Evangelho, e
b) Quando os eleitos ouvem o evangelho, eles tem seu coração regenerado para que creiam e sejam salvos.

Paulo não tem nenhum conflito entre a doutrina da Eleição e a necessidade de proclamar o Evangelho. Mesmo que certamente os eleitos não possam deixar de ser salvos, Deus planejou que a propagação, a proclamação do Evangelho é o meio pelo qual eles serão salvos. Em outro lugar Paulo coloca isso claramente nestes termos: “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade;” - 2 Tessalonicenses 2:13

Deus poderia ter determinado outros meios de chamar os seus eleitos sem a necessidade da proclamação, do sofrimento, do martírio... Mas isso é manifestação de sua graça a nós. Ele de fato em nada precisa de nós, mas em bondade imerecida, desejou que fôssemos instrumentos de seu poder. Paulo nunca se vangloria que a salvação dos filhos de Deus depende dele, de seus esforços, seus sofrimentos... ele diz que simplesmente Deus quer e determinou salvar o seu povo pela pregação da Palavra, e escolheu homens e os enviou para este fim – nós! Apenas instrumentos do Seu Poder!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Suingue Gospel? Site de relacionamento reúne casais “cristãos” que desejam fazer sexo grupal



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Um site de relacionamentos está causando uma enorme polêmica no Brasil e nos Estados Unidos por ser focado apenas em casais cristãos que querem fazer “suingue” com outros casais cristãos, ou seja, sexo grupal entre eles.
O Swingers Christians é como qualquer outro site de relacionamento para cristãos, com a diferença de que ao invés de encontrar uma pessoa para se relacionar, ele facilita através da internet o “troca-troca” de casais.
O serviço estampa em sua primeira página a foto de um suposto casal cristão que realiza suingue, e um texto afirmando que o Swingers Christians foi feito para “casais cristãos devotos que ainda querem ter uma vida amorosa ativa e compartilhá-la com outros, de boa fé!”. Parece piada, mas não é. O site, já prevendo a grande quantidade de críticas que receberia, cita ainda o Livro Sagrado para defender a si e seus usuários: “a Bíblia nos ensina: não julgueis para que não sejais julgados. E há o verso sobre a primeira pedra”.
O site possui cadastro gratuito, mas cobra para que o usuário realize uma série de atividades consideradas “premium”. Apesar do serviço ser em inglês, diversos casais do mundo inteiro já se registraram, geralmente em anonimato. Segundo a página de “quem somos” do serviço, o “Swingers Christians é a mais crescente cooperativa de sites de encontros on-line do mundo”.
Diferente do informado por uma notícia no site Yahoo, o Swingers Christians não foi criado por cristãos. O registro do domínio foi feito pela empresa Infinite Connections Inc, especializada na criação de sites de relacionamentos adultos voltados para pessoas que praticam fetiches e/ou homossexualismo.
Revolta
O site vem sendo recebido como piada por cristãos e até por pessoas não ligadas ao cristianismo. A proposta, que claramente fere a doutrina pregada nas igrejas e na Bíblia, é vista como “anti-bíblica e pecaminosa”, segundo o Louise Nielsen, profissional de saúde mental do ministério At The Crossroads Inc, nos Estados Unidos.
Em entrevista ao site americano Christian Post, Nielsen afirmou que o comportamento dos swingers não é “de maneira nenhuma apropriado para os cristãos ou para qualquer outra pessoa”, e completou, “sinto-me triste pelas pessoas que estão envolvidas nisso. Nunca vi isso resultar em outra coisa a não ser dor no casamento”, enfatiza.
Na página do serviço no Facebook é possível encontrar diversos cristãos indignados com a proposta do Swingers Christians, a maioria cita o versículo 1 Corintios 6:9-10 que diz que os “adulteros não herdarão o reino dos céus”.
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Nota do Blogueiro: Quanto mais se desce ao fundo do poço, mais se vê lama e fundura. Pois é, parece até notícia fraudada, mas não, é a nítida perversão daqueles que deram as costas para o Evangelho tentando fazer dele o pretexto mais inescrupuloso de seus próprios prazeres.
“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça”. Romanos 1:18

A pregação do medo



rj2Michel Alecrim, na IstoÉ
Preso desde maio em uma cela isolada do presídio de Bangu 9, no subúrbio do Rio de Janeiro, o pastor Marcos Pereira, 56 anos, continua falando para multidões. Com sua pregação exaltada, segue angariando convertidos na cadeia. Ergue as mãos para fora das grades e, em voz alta, comanda a reza, que é acompanhada por detentos em celas próximas. Pereira não usufrui do banho de sol junto dos outros presos porque se recusa a tirar a camisa, alegando motivos religiosos. Está mais magro e perdeu um dos dentes da frente. “Ele vai ser absolvido. Ofereceram dinheiro para as supostas vítimas”, diz Luiz Carlos da Silva Neto, advogado do pastor.
O pastor Marcos Pereira, fundador e líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (Adud), é acusado de uma série de crimes, como associação ao tráfico e lavagem de dinheiro. Suspeito de ter praticado mais de 20 estupros contra mulheres, foi denunciado à polícia por oito delas, mas apenas dois dos casos viraram processos. Quatro prescreveram e outros dois ainda estão sendo investigados. Agora, surge uma nova acusação: uma testemunha disse à polícia que viu o assassinato da fiel Adelaide Nogueira dos Santos, 25 anos, em 2006, na Baixada Fluminense, e aponta Pereira como mandante. Adelaide foi estrangulada porque estaria preparando um dossiê contra o pastor. A testemunha acaba de pedir proteção policial. Ela reconheceu às autoridades que na época evitou apontá-lo como responsável por medo. Mas agora decidiu contar tudo o que sabe e responsabiliza Pereira pelo crime. Segundo a testemunha, que pede anonimato, “Adelaide citou orgias” e disse que Pereira “recebia de traficantes para fazer cultos”. A mãe da vítima, Amélia Pinheiro Batista, 65 anos, confirma as acusações e contou que foi vigiada por seguidores da igreja. Ela desconfia de um homem que bateu em sua porta pedindo comida, “mas esticou o pescoço” para olhar dentro de casa. “Era uma ameaça, tenho certeza.”
Amélia não é a única a se sentir ameaçada pelos fiéis seguidores do pastor Pereira. ISTOÉ entrevistou duas mulheres que dizem ter sido estupradas pelo pastor. Elas pediram para não ser identificadas. Uma sofreu represália após um depoimento: disse que um grupo tentou arrombar a porta de sua casa e foi impedido por vizinhos. Todos da família se mudaram para casa de parentes. “Pensei em entrar para o Programa de Proteção à Testemunha, mas desisti por causa das crianças, que seriam obrigadas a mudar de escola. Todo dia eu penso: ‘Hoje eu não morri, graças a Deus’”, conta. A outra testemunha, também sob anonimato, diz, igualmente, viver com medo. “Estava numa loja e um homem da igreja chegou perto do caixa e começou a armar uma confusão. Era para me intimidar”, afirma. Pereira foi acusado, junto com dois integrantes da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, Lúcio Oliveira Câmara Filho e Daniel Candeias da Silva, de coação a testemunhas. Mas, devido a erros de procedimento do Ministério Público, esse processo foi suspenso e aguarda, agora, o procurador-geral de Justiça do Estado, Marfan Vieira, encaminhar de novo a denúncia à Justiça. “Com todas as vítimas, o pastor usava de seu poder como líder religioso e fazia ameaças, caso elas viessem a acusá-lo”, diz a promotora Luciana Barbosa Delgado, que atua num dos processos. “Por esse motivo, não me surpreende que muitas desistam de testemunhar.”

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TRAJETÓRIA
O pastor, que ficou famoso por converter bandidos, foi preso em maio.
Abaixo, a sede da igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias, no Rio
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Nas contas do Ministério Público e do delegado titular da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), Márcio Dubugras, que comanda a maioria das investigações a respeito de Pereira, há dezenas de mulheres que teriam sido vítimas de abusos sexuais pelo pastor, algumas identificadas pelo primeiro nome ou por um apelido, mas que até hoje não depuseram. Uma peça-chave desapareceu: é a ex-mulher de Pereira Ana Madureira da Silva, cuja família ignora seu paradeiro. Depois de declarar em depoimento a autoridades policiais e à Justiça que fora estuprada pelo pastor, Ana postou um vídeo no YouTube dizendo: “Meu marido não me estuprou” e atribuiu as acusações à “galhofada” da mídia.
Pereira se tornou famoso no Brasil por converter bandidos de alta periculosidade e ajudar a controlar rebeliões em presídios. Calcula-se que tenha dez mil seguidores. No ano passado, foi acusado por um ex-parceiro, o coordenador da ONG AfroReggae, José Júnior, de ser “a maior mente criminosa do Rio e de estar por trás de um plano para matá-lo”. Segundo Júnior, o pastor teria dito a traficantes presos que ele seria o responsável por transferências de chefes de facções de penitenciárias, o que equivale a uma sentença de morte. Júnior vive sob escolta policial e luta para prosseguir com a ONG que teve a unidade do complexo do Alemão incendiada e a da Vila Cruzeiro metralhada. Após um ano e meio do início das investigações, Pereira ainda não foi julgado.
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REVIDE
Amélia Batista, com a foto da filha Adelaide, morta em 2006. Testemunha diz que
ela preparava um dossiê contra Pereira e por isso foi assassinada
A explicação para a demora é que há fatos que ocorreram há muitos anos e são de difícil encaminhamento, até pela desistência de parte das testemunhas. À ISTOÉ, o coordenador do AfroReggae aponta outra causa: um lobby da bancada evangélica da Câmara dos Deputados estaduais para libertar o líder religioso. “O que mais me surpreendeu não foi a reação do narcotráfico (com quem o pastor é acusado de estar associado), mas a do efetivo de parlamentares que o apoiam”, diz. “Quando fiz a denúncia contra o pastor, sabia que estaria atingindo um alvo muito poderoso. Já fui aconselhado até a sair do País, mas não saio nem volto atrás”, garante.
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AGRESSÃO
José Júnior, do AfroReggae: ele denunciou o pastor
e duas unidades da ONG foram atacadas
O delegado Dubugras apura o envolvimento do religioso também com o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e homicídios. “Ele demonstra ter relação íntima com os chefes do Comando Vermelho”, afirma. Numa conversa gravada com autorização da Justiça, em 10 de maio, na penitenciária de segurança máxima de Catanduvas (PR), os traficantes Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e Márcio Nepomuceno dos Santos, o Marcinho VP, lamentaram a prisão de Pereira e mandaram punir José Júnior, do AfroReggae. “Foi o Juninho que estava por trás disso. Tinha que mandar um salve lá para ele”, ordenou Beira-Mar. “Salve” significa ataque ou represália. Logo depois, as unidades da ONG foram incendiadas e metralhadas.

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É Jesus o único caminho?



Por Greg Koukl

Uma cosmovisão chamada “inclusivismo” tem sido um câncer se espalhando na igreja por anos e agora alcançando proporções epidêmicas.

Era Rosh Hashaná, um dos dias mais sagrados do calendário litúrgico Judaico, e eu estava assentado diante de uma audiência de 300 Judeus religiosos fazendo o meu melhor para explicá-los por que Jesus era o único caminho da salvação.

Eu não estava solzinho. O meu apresentador Judeu havia também pedido a um outro clérigo Cristão para juntar-se a mim nas questões em que a audiência estava interessada. A questão de Jesus foi a primeira, e ele tinha uma visão completamente diferente nesta questão do que eu.

Sim, Jesus era o único caminho, ele disse, mas isto era grandemente irrelevante para a nossa audiência porque eles eram Judeus religiosos, honrando a Deus da melhor maneira que sabiam. Deus tomou isto, implicitamente, como devoção a Jesus e, assim, todos eles foram salvos por Jesus embora não acreditassem em Jesus.

Tão incrível como tal afirmação, vinda de um Cristão, não me surpreendeu. Esta cosmovisão (chamada “inclusivismo”) tem sido um câncer se espalhando na igreja por anos e agora alcançando proporções epidêmicas.

Não era apropriado (nem útil) ter uma batalha do tipo “esta é a sua interpretação e não a minha” diante de nossos ouvintes, mas eu pressionei um pouco a questão ao pedir por qualquer verso do Novo Testamento que apoiasse a certeza que ele havia dado à audiência. Ele citou Marcos 9:40, “Aqueles que não forem contra Mim são por Mim”. Já que estas boas pessoas Judaicas diante de nós não eram contra Jesus, eles devem ser por Ele, ele raciocinava.

He havia citado um pouco errado (“Pois quem não é contra nós é por nós”), mas a maior preocupação tinha haver com o maior contexto do verso. Nesta passagem, Jesus se referia àqueles fora de Seu grupo central de discípulos que estavam fazendo milagres em Seu nome. Jesus estava se referindo aos Seus próprios seguidores, então, não eram Judeus descrentes.

Por contraste, quando Jesus estava conversando com Judeus que rejeitaram a Sua afirmação Messiânica, Sua resposta era exatamente o oposto: “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha” (Mat. 12:30).

Claramente, este segundo conjunto de circunstâncias era mais parecido com aqueles em que nós nos deparamos naquele dia. Portanto, a passagem dando advertência, não certeza, era a relevante para a nossa audiência. De fato, esta foi exatamente a resposta que outras autoridades do Novo Testamento deram quando referiam-se a audiências como a nossa naquela tarde.

Quando Jesus encarou Judeus religiosos devotos que negaram que Ele era o Messias, Ele disse: “se não crerdes que Eu Sou, morrereis em vossos pecados” (João 8:24).

Quando Pedro estava diante da liderança Judaica como um criminoso por pregar o Evangelho aos Judeus, ele disse: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12).

Quando Paulo refletiu na rejeição de seus compatriotas judaicos de Jesus, ele disse: “Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento. Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus. Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” (Romanos 10:2-4).

Não há espaço em qualquer destas passagens (ou no resto do Novo Testamento, nesta questão) para o tipo de certezas que meu amigo deu à audiência Judaica naquele dia.

Além disto, se esta for a mesma mensagem que os discípulos primitivos entregaram, por que eles apanharam, foram presos, e executados primeiro pelos Judeus e mais tarde por autoridade gentílicas? Uma mensagem inclusivista não acarretaria em tal represália— isto é completamente inofensivo. A mensagem que os Cristãos primitivos pregavam, por contraste, custou muitos deles as suas vidas.

Não, os Cristãos primitivos tinham a mensagem certa— a mensagem de Jesus. O outro clérigo Cristão que estava comigo naquele dia não tinha. Nem tem qualquer outro falando pelo Cristianismo que avance este evangelho distorcido. A mensagem suave destes não ajuda ninguém. Ao invés, este dá falsa esperança para multidões em relação à questão mais grave de todas, o destino destas pessoas.

Algumas mensagens parecem suaves, mas dão falso conforto. A abordagem do STR é de dar a verdade, contudo com graça e sabedoria. Nós não queremos que a nossa maneira seja uma pedra de tropeço para atrair pessoas para Cristo, mas também não queremos que a verdade da nossa mensagem seja sacrificada para simplesmente proteger os sentimentos das pessoas.

sábado, 24 de agosto de 2013

Pregando a Cristo


Por R. C. Sproul

A igreja do século XXI enfrenta muitas crises. Uma das mais sérias é a crise de pregação. Filosofias de pregação amplamente diversas competem por aceitação no clero contemporâneo. Alguns veem o sermão como um discurso informal; outros, como um estímulo para saúde psicológica; outros, como um comentário sobre política contemporânea. Mas alguns ainda veem a exposição da Escritura Sagrada como um ingrediente necessário ao ofício de pregar.
À luz desses pontos de vista, sempre é proveitoso ir ao Novo Testamento para procurar ou determinar o método e a mensagem da pregação apostólica apresentados no relato bíblico.
Em primeira instância, temos de distinguir entre dois tipos de pregação. A primeira tem sido chamada kerygma; a segunda, didache. Esta distinção se refere à diferença entre proclamação (kerygma) e ensino ou instrução (didache).
Parece que a estratégia da igreja apostólica era ganhar convertidos por meio da proclamação do evangelho. Uma vez que as pessoas respondiam ao evangelho, eram batizadas e recebidas na igreja visível. Elas se colocavam sob uma exposição regular e sistemática do ensino do apóstolos, por meio de pregação regular (homilias) e em grupos específicos de instrução catequética.
Na evangelização inicial da comunidade gentílica, os apóstolos não entraram em grandes detalhes sobre a história redentora no Antigo Testamento. Tal conhecimento era pressuposto entre os ouvintes judeus, mas não era argumentado entre os gentios. No entanto, mesmo para os ouvintes judeus, a ênfase central da pregação evangelística estava no anúncio de que o Messias já viera e inaugurara o reino de Deus.
Se tomássemos tempo para examinar os sermões dos apóstolos registrados no livro de Atos dos Apóstolos, veríamos neles uma estrutura comum e familiar. Nesta análise, podemos discernir a kerygma apostólica, a proclamação básica do evangelho. Nesta kerygma, o foco da pregação era a pessoa e a obra de Jesus. O próprio evangelho era chamado o evangelho de Jesus Cristo. O evangelho é sobre Jesus. Envolve a proclamação e a declaração do que Cristo realizou em sua vida, em sua morte e em sua ressurreição. Depois de serem pregados os detalhes da morte, da ressurreição e da ascensão de Jesus para a direita do Pai, os apóstolos chamavam as pessoas a se convertem a Cristo – a se arrependerem de seus pecados e receberem a Cristo, pela fé.
Quando procuramos inferir destes exemplos como a igreja apostólica realizou a evangelização, temos de perguntar: o que é apropriado para transferirmos os princípios da pregação apostólica para a igreja contemporânea? Algumas igrejas acreditam que é imprescindível o pastor pregar o evangelho ou comunicar a kerygma em todo sermão que ele pregar. Essa opinião vê a ênfase da pregação no domingo de manhã como uma ênfase de evangelização, de proclamação do evangelho. Hoje, muitos pregadores dizem que estão pregando o evangelho com regularidade, quando em alguns casos nunca pregaram o evangelho, de modo algum. O que eles chamam de evangelho não é a mensagem a respeito da pessoa e da obra de Cristo e de como sua obra consumada e seus benefícios podem ser apropriados pela pessoa, por meio da fé. Em vez disso, o evangelho de Cristo é substituído por promessas terapêuticas de uma vida de propósitos ou de ter realização pessoal por vir a Cristo. Em mensagens como essas, o foco está em nós, e não em Jesus.
Por outro lado, examinando o padrão de adoração da igreja primitiva, vemos que a assembleia semanal dos santos envolvia reunirem-se para adoração, comunhão, oração, celebração da Ceia do Senhor e dedicação ao ensino dos apóstolos. Se estivéssemos lá, veríamos que a pregação apostólica abrangia toda a história redentora e os principais assuntos da revelação divina, não se restringindo apenas à kerygma evangelística.
Portanto, a kerygma é a proclamação essencial da vida, morte, ressurreição, ascensão e governo de Jesus Cristo, bem como uma chamada à conversão e ao arrependimento. É esta kerygma que o Novo Testamento indica ser o poder de Deus para a salvação (Rm 1.16). Não pode haver nenhum substituto aceitável para ela. Quando a igreja perde sua kerygma, ela perde sua identidade.
Fonte: Editora Fiel

Os dons espirituais à luz da Bíblia


Por Rev. Hernandes Dias Lopes

Os dons espirituais são dádivas de Deus à igreja para a realização do ministério e a edificação dos santos. Não são dotes naturais, mas capacitação sobrenatural. Não são alcançados por mérito, mas distribuídos pela graça. Não são distribuídos conforme o querer humano, mas segundo a vontade soberana do Espírito Santo. Quatro verdades merecem ser destacadas sobre os dons espirituais.

Em primeiro lugar, a origem dos dons espirituais. Os dons espirituais não procedem do homem, mas de Deus. Não podem ser confundidos com talentos naturais. Não é um pendor humano nem uma habilidade inata que alguém desenvolve. Os dons espirituais são concedidos aos membros do corpo de Cristo, pelo Espírito Santo, quando creem em Cristo, e são desenvolvidos na medida em que os fiéis os utilizam para a glória de Deus e edificação dos salvos. Nenhuma igreja pode conceder os dons. Nenhum concílio eclesiástico tem autoridade para distribuí-los. Os dons espirituais são dádivas de Deus à igreja. São distribuídos segundo a vontade do Espírito e não conforme as preferências humanas. Eles vêm do céu e não da terra; emanam de Deus e não dos homens.

Em segundo lugar, a natureza dos dons espirituais. Os dons espirituais são uma capacitação sobrenatural dada pelo Espírito Santo aos membros do corpo de Cristo para o desempenho do ministério. Nós somos individualmente membros do corpo de Cristo. Cada membro tem sua função no corpo. Nenhum membro pode considerar-se superior nem inferior aos demais. Todos os membros são importantes e interdependentes. Servem uns aos outros. Pelo exercício dos dons espirituais as necessidades dos santos são supridas, de tal forma que, numa humilde interdependência todos os salvos crescem rumo à maturidade, à perfeita estatura do Varão perfeito, Cristo Jesus.

Em terceiro lugar, o propósito dos dons espirituais. Os dons espirituais são recebidos de Deus e exercidos com Deus, por Deus e para Deus para que a igreja de Cristo tenha suas necessidades supridas e possa, assim, cumprir cabalmente sua missão no mundo. Não nos bastamos a nós mesmos. Nenhum membro do corpo de Cristo ficou sem dons e nenhum recebeu todos os dons. Devemos suprir as necessidades uns dos outros. Dependemos uns dos outros. No corpo há unidade, diversidade e mutualidade. Os membros não têm vida independente do corpo. Cada membro do corpo tem sua função. Cada membro precisa exercer o seu papel para que o corpo cresça de forma harmoniosa e saudável. O corpo cresce de forma harmoniosa e saudável quando servimos uns aos outros conforme o dom que recebemos.

Em quarto lugar, o resultado dos dons espirituais. Os dons espirituais têm dois propósitos: a glória de Deus e a edificação da igreja. Deus é mais glorificado em nós quanto mais nós nos deleitamos nele e servimos uns aos outros. O dons espirituais não são dados para autopromoção. Nenhum membro da igreja pode gloriar-se por ter este ou aquele dom, pois os dons são recebidos não por mérito, mas por graça. Usar os dons para exaltação pessoal é dividir o corpo em vez de edificá-lo. A igreja de Deus não é uma feira de vaidades, mas uma plataforma de serviço. No reino de Deus maior é o que serve. No reino de Deus perdemos o que retemos e ganhamos o que distribuímos. Quando investimos nossa vida, recursos e dons para socorrer os aflitos, fortalecer os fracos, instruir os neófitos, ajudar os necessitados e encorajar os santos, o nome de Deus é exaltado, o mundo é impactado e a igreja é edificada. Quando usamos os dons espirituais da forma certa e com a motivação certa, Deus é exaltado no céu e os homens são abençoados na terra.