terça-feira, 31 de dezembro de 2013

NECESSIDADE OU PRIVAÇÃO?


 


Por Fábio Campos

Pedimos a Deus por diversas vezes o que não precisamos. De fato, pedimos mal, pedimos para nosso próprio deleite. A cobiça fomentada pelo “marketing e a propaganda” gera em nós o murmúrio que nos torna insatisfeitos com aquilo que possuímos. As privações viram necessidades. Quando digo “necessidade”, trato do essencial, daquilo que fisiologicamente não há como viver com a falta. Ninguém consegue viver sem comida, bebida e roupa. Já “privação” é o ato de privar-se de algo que não necessita meramente ser essencial. A comida é essencial, mas aquilo que quero comer não é o essencial - seja pelo valor ou por uma questão de saúde – logo me privo de algo em busca de outro. Em tempos de recesso financeiro posso trocar restaurantes por lanchonetes. Essa é a diferença. O marketing não cria a necessidade! A necessidade é inerente à natureza do homem. Porém, nesta falta, o marketing trabalha para “despertar o desejo”. “Você precisa se vestir, então compre na Louis Vuitton e sinta-se mais importante do que os que compram na Renner” -, este é o papel do marketing diante de uma necessidade.

Quando entendemos esta diferença, entre “necessidade x privação”-, pela mente renovada, o Espírito Santo nos torna grato por aquilo que já possuímos. Passamos a viver contente em qualquer circunstância. Israel quem o digo no deserto. Quanta murmuração contra Moisés e Arão. A loucura chegou ao nível de eles desejarem morrer na podridão e servidão do Egito por lá haver carne e pão com fartura. O Senhor providenciou-lhes o Maná - o pão que desceu dos céus. A necessidade era suprida pelo pão, mas agora o povo queria carne. Este é o espírito desconte que peca contra Deus. Fazer do pão que perece a necessidade, enquanto nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.

O Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos. Nosso Pai que está nos céus sabe de nossas necessidades antes mesmo de as pedirmos. Muitos acumulam coisas para sua própria destruição. Quanto mais se tem, mas difícil fica em desprender-se quando necessário. Creio ser este o motivo porque muitos irmãos [talvez a maioria] passam por “privações”. Não que não existam cristãos ricos ou que todo rico não é salvo em Cristo; de forma nenhuma! Porém, muitos têm o livramento de desejar encher o seu celeiro para que possa descansar sua alma na incerteza das riquezas. Nossas necessidades são supridas por Deus; seja ela física ou espiritual; tudo vem pela mão do Senhor. O cristão entende e se alegra na multiplicação; mas para que haja multiplicação se faz necessário multiplicar também as necessidades. Os cinco mil pães não veio pela providencia divina somente por causa dos doze discípulos, mas pela multidão faminta de homens e mulheres que tiveram a demanda do essencial [a fome].

A providência de Deus é diária. A paz em meio às aflições é para quando há aflições. Afligimo-nos tanto pela ansiedade, e nos falta à paz por muitos momentos, simplesmente, porque colocamos nosso coração na possibilidade do amanhã - em algo que não aconteceu, e por muitas vezes não irá acontecer [ex. ser manado dispensado pela empresa que se é colaborador]. Se acontecer, naquele momento, não vai faltar à paz. Mas em nosso imediatismo queremos a paz especificamente para isso quando ainda não aconteceu? O que precisamos fazer é lançar a ansiedade sobre Ele, pois tem cuidado de nós. O Maná era para ser colhido diariamente e comido no mesmo dia, não podendo juntar para o dia seguinte. Basta a cada dia seu próprio mal.

Israel na sua cobiça juntou a porção do maná não somente a do dia, mas pensou no amanhã [não por prudência, mas pela falta de fé na providencia diária de Deus]. Aquele que precisava colher um pouco mais, não lhe sobrava e nem faltava; o que colhia pouco, da mesma forma ocorria - não faltava e nem sobrava. A ordem era... “Ninguém deixe dele [maná] para manhã”. Eles, porém, não deram ouvidos. Deixaram do maná para comer no dia seguinte. O que aconteceu? Estragou, deu bichos e cheirava mal. Muitas vezes retemos o que Deus disse para gastar e gastamos o que Deus disse para reter. Em ambos os casos vamos colher consequências prejudiciais - ou vai estragar ou vai faltar.

Quando Deus nos pede algo ele respalda. O descanso ao povo foi estabelecido para ser cumprido no sábado. Neste dia nem o maná podia-se colher. Contudo, na sexta, a porção enviada pelo Senhor era dobrada, o que mostra que o Senhor tem o controle até mesmo das necessidades mais básicas da vida do cotidiano. Deus cuida de nós nos mínimos detalhes, fato é que todos os fios de nossa cabeça estão na contabilidade divina. Não é errado orar pelas necessidades básicas da vida ou algo que possa trazer um bem-estar e conforto à família. Contudo, usar Jesus como chave do sucesso para suas conquistas terrenas é muita mediocridade.

Não vivemos contentes em toda e qualquer situação porque fazemos da privação a necessidade. Se você está alimentado e vestido, isto é um sinal que Deus cumpriu com sua a Palavra. Ter paz com Deus é viver contente tanto na abundancia como na escassez. É fazer da motivação do realizar a glória de Deus; é saber que os tesouros verdadeiros são juntados nos céus; é vender tudo e segui-lo; é deixar de viver para que Ele viva em mim; é ser achado nEle, ciência e sabedoria de Deus.

Que Deus derrame da sua paz para que possamos dar “glórias” em toda e qualquer situação, sabendo que Ele nos proporciona ricamente aquilo que precisamos [necessidade] para o nosso aprazimento. O resto é lucro!

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Festa Gospel 2013 de Várzea da Roça é realizado com Irmão Lázaro e Chris Duran que cantou apenas 2 músicas.






Aconteceu na noite da sexta-feira 20 de dezembro de 2013 a Festa Gospel de Várzea da Roça.
O Grupo de Teatro Gibão de couro deu abertura a Festa 2013. Uma bela apresentação mostrando a vida do Filho de Deus (Jesus de Cristo) de maneira diferente, contando a história do Salvador de maneira decrescente, iniciando por sua ressurreição até o nascimento.
Como Tradição, no final de ano acontece em Várzea da Roça o Carnatal, (Carnaval no Natal) a primeira noite é reservada a Festa Gospel (que tinha em outros anos Celebrando ao Rei Jesus), o palco é reservada as denominações evangélica da cidade, este ano contou com a participação do: Irmão Lázaro, Chris Duran, 
Ministério de Emanuel, Kleber Nascimento, Ministério de Marcus, Laiane Rios e grupos das Igrejas local, "Natal para sempre" do grupo Gibão de Couro.
Apesar das chuvas, milhares de pessoas aguardaram na praça e junto louvando a Deus com as bandas que subiam no palco. Como todos os anos várias caravanas da região esteve presente. Cidades como: Mairi, Várzea do Poço, Serrolândia, São José do Jacuípe, Capim Grosso, entre outras.
O Cantor Irmão Lázaro cantou e animou o público presente com seus louvores impactantes e reconhecido no Brasil e no Mundo. O Cantor que recentemente gravou a mais nova música Crazy que estará no CD "O mundo é Crazy mas, há esperança pra você", que será lançado em 2014, foi um dos principais louvores da noite. Outros também foram conte a Deus, um sentimento novo, de quem é, eu sou de Jesus, entre outros.
O 'piti' da vez foi do cantor francês, Chris Duran. Chris que abandonou o evento depois de cantar apenas duas músicas.

Ainda conforme a produção, em entrevista  blogs locais, o músico foi convidado para compor a lista de atrações da primeira noite da festa gospel, que é realizado na cidade tradicionalmente nos finais de ano. 
Após subir ao palco com cerca de três horas de atraso graças a um problema na ordem das apresentações, o religioso se irritou ao perceber que o sistema de som apresentava defeitos, passou o microfone para o apresentador da festa e abandonou o local visivelmente transtornado. De acordo com informações divulgadas pela produção do evento, Duran continuou na cidade por algumas horas na pousada Terra Nobre, onde, segundo informações extraoficiais, teria quebrado um chuveiro.
Foi uma noite abençoada, onde Deus tocou no coração de várias pessoas que não sairão da forma que chegou. Com palavras ou louvores durante a noite.

Pastor diz ter fotografado anjo no palco durante louvor: “Milagres acontecem”

O surgimento ou aparições de anjos são descritos na Bíblia como eventos raros, mas possíveis. Seres espirituais, em tese eles não poderiam ser capturados por câmeras fotográficas ou filmadoras. Mas há quem discorde. Uma foto feita por um fiel durante o momento de louvor e adoração na Conferência Promise Keepers, em Cedar Falls, Iowa, mostra o que parece ser um anjo. A figura branca brilhante de pé no palco foi fotografada enquanto a banda tocava um dos louvores.
O evento, que era voltado apenas para homens, tornou-se alvo da curiosidade de inúmeras pessoas. “Algo sobrenatural aconteceu em Cedar Falls”, diz a igreja organizadora do evento. A foto em questão foi feita a partir de um iPad, por um pastor que participava do evento: “[Havia] um anjo junto aos músicos”, disse o homem que é líder de uma “igreja batista do sul”, e se descrevia como um “conservador não-profético”, segundo os organizadores.
“Ele olhou para a tela para ver um brilho estranho no palco e sentiu calafrios na espinha. Ele então mostrou a foto para o homem de pé ao lado dele, e tirou outra foto do palco. Quando ele olhou para a segunda imagem e viu a mesma figura, ele foi dominado pela emoção, já que ele estava convencido de que o que ele viu nestas fotos era um anjo. Ele imediatamente me veio à direita do palco e mostrou as fotos para o nosso diretor do programa”, relatou David Jesse, porta-voz do evento, de acordo com informações do WND.
A esposa do pastor que fez as imagens divulgou um comunicado: “Meu marido fez essas fotos. Não é nenhum truque de fotografia. Use seu tempo debatendo anjos e luzes do palco, mas não perca o milagre de alguns milhares de homens reunidos para louvar a Deus e de ser desafiado a ser homens de honra que mantêm suas promessas! Pelo menos 17 deles eram nossos. Isso é um milagre. Eles estavam em nossa igreja na reunião de domingo na frente orando com suas famílias e amigos. Milagres acontecem

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O Evangelho: Simples e Belo!


Por Wilson Porte Jr.

Meu coração sempre se aquece quando leio ou ouço alguém falando sobre o verdadeiro Evangelho. Digo "o verdadeiro" pelo fato de muitos falsos evangelhos estarem sendo pregados em nossos dias. O verdadeiro Evangelho traz paz ao coração e enche a pessoa de alegria. Agora, por quê será que a maioria dos crentes não são felizes?
Vivemos dias tristes, dias sombrios, quando as pessoas que buscam a Deus testemunham de terem encontrado suas bênçãos, seus milagres, suas curas, mas não o seu perdão. São abençoados material e fisicamente, mas seus corações continuam os mesmos: infelizes. De onde vem tanta infelicidade, tanta insatisfação?
Os crentes pregam de uma vida feliz, mas o que mais encontramos são crentes infelizes, angustiados, depressivos e frustrados. O que lhes falta?
O Evangelho! Falta-lhes o verdadeiro Evangelho! Vivemos dias quando grande parte dos pregadores falam muito sobre o poder de Deus, atraindo para si pessoas carentes, desejosas de prosperidade, de alivio de suas enfermidades, mas não desejosas apenas do perdão de Deus. O perdão deixou de ser uma benção a ser testemunhada. Quando foi a ultima vez que você viu na televisão alguém testemunhando da benção do perdão de seus pecados?
Falsos evangelhos falam de um falso caminho para a paz com Deus. Alguns ensinam que a paz se alcança com a prosperidade. Outros ensinam que a paz chega quando a cura ou a libertação chegam. Ou seja, são evangelhos que ensinam que o maior de todos os testemunhos que um homem pode dar está relacionado com as bênçãos que de Deus recebem.
Mas não! O verdadeiro Evangelho, simples como é, nos ensina que o maior de todos os milagres é o do nosso perdão e salvação. Mas isso ninguém testemunha… Por quê será?
O Evangelho fala sobre nós e Deus. Quanto a nós, mostra nossa miséria, nossa carência, nossa completa incapacidade de nos achegarmos a Deus. O homem nasce morto espiritualmente (Salmo 51.5), com um coraçãozinho corrupto, e tristemente já condenado ao inferno. Desde seus primeiros dias, a criança já provará os sabores da vingança, da mentira, da ira, etc. Todos os homens estão mortos para Deus, e suas melhores obras, para Deus, são com um "pano imundo" (Is 64.6).
Nossa morte espiritual é consequência de nossos pecados. Uma vez mortos, não há salvação para nós, a menos que um milagre aconteça para que tais mortos ressuscitem. Não há nada que possamos fazer. Estamos perdidos, como pessoas dentro de um avião caindo de quilômetros de altitude, sem nenhuma chance de salvação. Esta é a nossa real condição! E essa é a primeira "notícia" que o Evangelho nos dá.
Se o Evangelho parasse por aqui, estaríamos perdidos, sem nenhuma salvação! Aliás, se parasse por aqui, o Evangelho não seria Boas Novas, mas Péssimas Novas!
Todavia, o Evangelho também nos fala sobre como Deus reage diante da nossa miséria: Ele se faz miséria em nosso lugar.
A notícia extraordinariamente boa que o Evangelho nos dá é que Deus desejou resolver nosso problema! Ele amou o mundo de tal maneira que decidiu entregar seu próprio filho para pagar pelos nossos erros. Por Deus ser justo, era necessário que pagássemos pelos nossos delitos, que fôssemos condenados, que sofrêssemos a justa pena pelos nossos atos pecaminosos. Mas Deus veio ao mundo na pessoa de Jesus Cristo, e pagou, foi condenado, sofreu para que nós fôssemos redimidos, justificados, e perdoados perante Deus! Ele foi condenado para que nós fôssemos libertos, Ele morreu a nossa morte para que pudéssemos viver a Sua vida. Isso é amor; isso é belo!
Mas não para por aí. Para que possamos desfrutar desse perdão, dessa libertação, dessa justificação, e dessa vida, é necessário que nos arrependamos de nossos pecados e nos convertamos deles para Cristo! A nova vida passa pela porta do arrependimento e da fé de que Ele pagou o preço para a nossa salvação.
De modo que, esse é o maior de todos os milagres: O NOSSO PERDÃO E SALVAÇÃO!
Se hoje conhecemos tantos crentes infelizes, isso, talvez, se deva ao fato deles terem se encontrado com as bênçãos de Deus e não com o Deus das bênçãos, e com o perdão desse Deus. Talvez tenham sido curados fisicamente, mas não espiritualmente. Talvez tenham prosperado materialmente, mas não em sua intimidade com Deus. Talvez, falte-lhes apenas uma coisa: Deus! Deus e o Evangelho.
Se você já teve um encontro com essa mensagem extraordinariamente maravilhosa, o Evangelho, conte isso aos seus amigos e parentes. Testemunhe ao mundo que você foi perdoado. Divulgue a todos que milagre maior não há.
Fonte: Blog Fiel

sábado, 21 de dezembro de 2013

Natal: Qual o motivo da música e alegria?


Por Sillas Campos

O mês de Dezembro e esta época do natal é meu período do ano favorito! Gosto das músicas, enfeites, confraternizações, troca de presentes, abraços, demonstrações de gratidão e generosidade, declarações de amor, amizade, e clima festivo! Gosto das musicas de Natal! Tudo é paz! Tudo amor! … Cantai que o Salvador Chegou!… Tu deixaste Jesus, o teu reino de luz... mas minha favorita: Oh Noite Santa, de Adolphe Adam.

Interessante, o ateísmo não produz música alguma! Como cantar e se alegrar quando não acreditamos no Criador, em Sua graça, misericórdia, propósitos e providência? Como cantar quando acreditamos ser andarilhos existenciais, vítimas da sorte e do acaso?

Mas o cristão tem motivos de sobra para se alegrar, cantar e celebrar a vinda de Cristo ao mundo! Tanto é que o evangelho de Lucas, nos dois primeiros capítulos, ao tratar do nascimento de Cristo registrou cinco lindas músicas! Por isso, seu evangelho é o terceiro livro da Bíblia com maior numero de músicas. O primeiro é o livro de Salmos e o segundo é o livro de Apocalipse.

Eis os cânticos que registrados por Lucas:
O cântico de Isabel (1:41-45)
A cântico de Maria (1:46-55)
O cântico de Zacarias (1:68-79)
O cântico de Simeão (2:29-32)
O cântico dos anjos (2:14)

Por que há tanta musica, alegria e celebração no natal de Cristo? O próprio conteúdo destes cânticos responde satisfatoriamente a esta pergunta! Eis algumas respostas:

I. PORQUE AS PROFECIAS DO ANTIGO TESTAMENTO SE CUMPRIRAM!

Por isto Simeão disse: “Ó Soberano… podes despedir em paz o teu servo. Pois os meus olhos já viram a tua salvação, que preparaste à vista de todos os povos:…” (Lucas 2:29-32)

Veja bem, o pecado de Adão e Eva estragou tudo! Roubou nossa inocência, pureza, altruísmo, paz e segurança! E nos transformou em pessoas culpadas, impuras, egoístas, insatisfeitas, inseguras, e insubmissas ao governo de Deus! Nos colocou para fora do jardim! Quebrou nossa comunhão com Deus. Porém, em Genesis 3:15 Deus fez uma grande promessa e profecia! Que um dia “a semente da mulher” esmagaria a cabeça da serpente! E o Antigo Testamento identifica esta “semente” como o Messias, o Ungido de Deus, Emanuel! Deus conosco!

Depois desta profecia Deus deu mais de 100 outras profecias complementares! Elas estão espalhadas através do Antigo Testamento. Por meio de Seus profetas Ele revelou vários detalhes sobre a vinda e ministério do Seu Ungido. Apenas alguns exemplos:
Que ele nasceria de uma virgem (Isaias 7:14). 
Que ele viria da tribo de Judá (Gen. 49:10).
Que ele seria da linhagem de Davi (II Samuel 7:12-16).
Que por ocasião de seu nascimento haveria um infanticídio (Jer.31:15).
Que seus pais teriam que fugir para o Egito (Oséias 11:1)
Que ele nasceria em Belém-Efrata! (Miqueias 5:2)

Apenas considere a precisão desta ultima profecia. Setecentos anos antes de Cristo, Miqueias olha para o Mapa Mundi e profetiza: O Messias não nascera no Egito, nem na Arabia e nem em Roma, mas em Israel! Israel está dividido em 12 tribos, mas ele nascerá no território da tribo de Judá! Judá tem várias cidades, e apesar de seus pais morarem em Nazaré, ele nascerá na pequena vila de Belém!

Pense bem! Qual a possibilidade de um vidente, há 700 anos atrás, advinhar que um dos nossos presidentes nasceria em Pernambuco, Caetés, antigo distrito de Garanhuns!?? Só por Deus mesmo! Por isso Ele mesmo diz: “eu sou Deus e não há outro semelhante a mim. Eu anúncio o que há de acontecer, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam. O meu conselho permanecerá de pé e farei toda a minha vontade.” (Isaías 46:9-10)

Por que há tanta musica, alegria, e celebração no natal? Porque em Cristo centenas de profecias se cumpriram! Isto demonstra, mais uma vez, a fidelidade da Palavra de Deus!

II. POR QUE REALIZOU-SE O MILAGRE DA ENCARNAÇÃO!

Logo no início do seu cântico Zacarias faz alusão ao milagre da encarnação. Ele diz: “Louvado seja o Senhor, o Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo (Lucas 1:68). João deixa isto mais claro quando afirma: “No principio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus e era Deus. … Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.” (João 1:1 e 14)

A Palavra tornou-se carne! Através deste milagre Deus revela seu grande interesse, bondade, amor, compaixão, misericórdia, e graça por nós pecadores! Um sitiante tinha dificuldade com essa verdade. Durante o culto de Natal, quando se falava sobre a encarnação, ele se retirou e voltou para casa. Como fazia muito frio, chegando em casa ascendeu o forno a lenha. A luz e o calor atraiu alguns passarinhos que se aproximaram da janela. O sitiante sentiu pena deles! Por isso abriu a porta e tentou incentivá-los a entrar. Mas eles fugiam com medo da sua presença! Frustrado ele pensou: Ah, se eu pudesse me transformar num passarinho e falar a sua língua… e dizer a eles que eu não sou um inimigo, mas que eu os amo, apenas quero salvá-los. Naquele exato momento o sitiante entendeu o milagre da encarnação! E seu coração encheu-se de alegria!

Por que há tanta musica, alegria, e louvor no natal? Primeiro, porque em Cristo centenas de profecias se cumpriram! Segundo, porque realizou-se o milagre da encarnação!

“Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.”

“Louvado seja o Senhor, o Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo.

III. POR QUE O PROBLEMA DO PECADO FOI RESOLVIDO!

Veja esta verdade em duas partes do cantico de Zacarias.

Primeira: “Louvado seja o Senhor, o Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo. Ele promoveu poderosa salvação para nós, na linhagem do seu servo Davi, (como falara pelos seus santos profetas, na antiguidade)…” (Lucas 1:68-70) 

Segunda: “para dar ao seu povo o conhecimento da salvação, mediante o perdão dos seus pecados, por causa das ternas misericórdias de nosso Deus, pelas quais do alto nos visitará o sol nascente para brilhar sobre aqueles que estão vivendo nas trevas e na sombra da morte, e guiar nossos pés no caminho da paz”. (Lucas 1:77-79)

No Natal o Cristão não celebra o nascimento do bebe Jesus… mero símbolo de humildade, pureza e amor. Na verdade ele é tudo isto e muito mais! Zacarias louva a Deus porque no menino Jesus ele vê: 1) O Redentor. 2) Que veio até nós, que vivemos nas trevas e na sombra da morte! 3) Veio para promover poderosa salvação. 4) Veio trazer uma mensagem de perdão dos pecados por meio das ternas misericórdias de Deus!

Como bom Judeu, Zacarias era conhecedor do Antigo Testamento, sabia que o mesmo testificava e apontava para Jesus Cristo! Sabia que, de forma progressiva, o mesmo revelava o caráter e a missão do Messias. Sabia que:
Em Genesis ele é apresentado como o Descendente da mulher (que esmagaria a cabeça da serpente).
Em Êxodo, como o Cordeiro pascal (cujo sangue inocente nos liberta do anjo da morte).
Em Levítico, como nosso Sumo Sacerdote! (que intercede por nós)
Em Deuteronômio, como nosso Profeta! (que nos traz a Palavra de Deus)
Em Josué, como o Capitão da Nossa Salvação!
Em Juízes, como o nosso Legislador e Juiz.
Em Rute, como o nosso Redentor (que nos resgata do pecado).
Em I e II Samuel, como nosso Profeta Fiel e Verdadeiro!
Em Reis e Crônicas, como nosso Soberano Rei.
Em Salmos, como nosso Bom Pastor!
Em Provérbios, como nossa Sabedoria!
Em Isaias, como o Maravilhoso Conselheiro! Deus forte! Pai da Eternidade! Príncipe da paz!
Em Jeremias, como o Profeta que chora!
Em Ezequiel, como Aquele que nos chama do pecado!
Em Daniel, como o quarto homem na fornalha de fogo.
Em Oséias, como o marido q resgata e perdoa sua esposa infiel.
Em Jonas, como o Grande Missionário! (que nos chama ao arrependimento para com Deus)
Em Miquéias – o Mensageiro da Paz!

Por isso quando o Cristão pensa no Natal, ele pensa no grande amor de Deus que enviou “Seu único Filho” para resolver nosso pior problema — o pecado! D.A.Carson disse:
Se nossa maior necessidade fosse econômica, Deus nos teria enviado um economista!
Se nossa maior necessidade fosse entretenimento, Ele nos teria enviado um comediante ou um artista.
Se nossa maior necessidade fosse estabilidade política, Ele nos teria enviado um político.
Se nossa maior necessidade fosse a saúde, Ele nos enviaria um medico.
Mas Deus sabia que a nossa maior necessidade envolvia nosso pecado, nossa alienação Dele, nossa profunda rebelião, cuja consequência é a morte, e Ele nos enviou um Salvador.

Concluindo, no Natal, o cristão, olha para manjedoura e vê: As profecias se cumprindo! O milagre da encarnação sendo realizado. Jesus vivendo uma vida perfeita (sem nenhum pecado). Jesus pregando o arrependimento para com Deus. Jesus morrendo por nossos pecados. Jesus ressuscitando com poder e grande glória! Vemos Jesus dizendo:

“Todo aquele que pratica o pecado é escravo do pecado. Mas se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres!” 

“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai senão por mim.”

“Pois desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia.

Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”. João 6:38-40

Tendo crido, recebemos o perdão dos pecados, e vendo o Espírito Santo transformando nossos valores, atitudes, palavras e ações crescemos na certeza da nossa salvação! Por isso cantamos e nos alegramos no Natal de Cristo!

Se você ainda vive nas trevas do pecado, na sombra da morte, agora mesmo ore a Deus, e peça que, pelas suas ternas misericórdias, Ele lhe dê arrependimento, fé em Jesus Cristo, perdão dos pecados e salvação eterna

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Uma geração de fãs de Jesus!


Por Jesemar Bessa 

Seguir a Cristo devia ser o negócio de todos os que se dizem cristãos, o convite único para estar com Cristo é: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” Lucas 9:23

Pode parecer que há muitos seguidores de Jesus, mas se fôssemos definir honestamente a relação que esses “seguidores” tem com Cristo, não poderíamos, de maneira correta, descrevê-los como seguidores. Existe uma outra palavra mais adequada para descrevê-los. Eles não são seguidores de Jesus, eles são fãs. A definição básica de fã é um “admirador entusiasmado” (Hoje temos fãs das Doutrinas da Graça, Reforma...) – Mas Cristo nunca esteve interessado em ter fãs.

Quando Cristo define que tipo de relacionamento Ele deseja, “admirador entusiasmado” não é uma opção. Ser seguidor é completamente diferente. Um fã pode ter um blog ou site para falar de sua admiração, divulgar fatos da vida de quem ele admira... criar redes de admiradores...”

O seguidor é algo completamente diferente. O seguidor tem como primeiro passo negar a si mesmo. Ele já está firmado na base que nem sua razão nem sua vontade governa seus atos e conselhos. Ele diz: Não sou mais meu, por isso procurar o que pode ser agradável ao meu ego não faz mais parte do meu dia. Na medida do possível me esquecerei de mim mesmo e das minhas coisas. Por outro lado, sou de Cristo – vou portanto, viver e morrer com ele: “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.” - Romanos 14:8

Sou de Cristo, então Ele é o único fim legítimo a que cada parte da minha vida deve ser dirigida: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” - 1 Coríntios 6:19. Agora, como seguidor de Cristo, ele sabe que a fonte de destruição mais certa em sua vida é obedecer a si mesmo, de modo que só encontra refúgio e segurança em não ter outra vontade, nem outra sabedoria, do que negar a si mesmo e seguir a Cristo em direção a cruz.

Minha preocupação é que muitas dos blogs, sites, conversas em redes sociais... como grande parte dos cultos de hoje, reflitam apenas a mentalidade de um estádio ( não de uma vida que é um vivo sacrifício: Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” - Romanos 12:1-2), e o que as pessoas fazem nos estádios ou casas de shows? A cada semana os fãs vão ao estádio para torcer por Jesus, mas não tem interesse verdadeiro em segui-lo verdadeiramente, consolando suas consciências com o fato de que são fãs de Cristo e das doutrinas corretas.

A maior ameaça para a igreja de hoje são os fãs que se dizem cristãos, mas não estão realmente interessados ​​em seguir a Cristo. Eles querem estar perto o suficiente para Jesus para obter todos os benefícios, sensação de estar correto, de ter uma compreensão correta de certas doutrinas...  mas não tão perto que a ponto de que isso exija algo deles na vida real – Sem preceber que é inútil ter Cristo nos lábios, no Facebook, no Twitter, no blog..., e o mundo no coração: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” – 1 Jo 2.15. O seguidor “negou a si mesmo”, o que leva a profunda humildade, mas o fã de Cristo está na realidade cheio do velho orgulho. O pecador orgulhoso quer Cristo e seu prazer. O pecador orgulhoso quer Cristo e sua liberalidade sexual. O pecador orgulhoso quer Cristo e o mundanismo...  mas o pecador quebrado e que viu sua miséria, desiste de tudo para ter Cristo: ““Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” – Ele lhe basta! Isso é salvação! Não seja um fã, torne-se um seguidor completamente comprometido com Cristo: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.” -  Filipenses 1:21

Um tolo mais sábio que nossa geração!!


“Não se gabe quem se cinge das armas, como aquele que as descinge”. - 1 Reis 20:11

Por Josemar Bessa

Isso poderia ser lido no livro de Provérbios e nós não acharíamos nada estranho... Mas na verdade são palavras sábias faladas por um dos homens mais tolos de toda a Bíblia, o rei Acabe.

Ele foi um dos piores reis de Israel. Ele chamava Elias de “o Perturbador de Israel” – mas na verdade ele e sua família foram responsáveis por grande ruína em Israel, eles eram os “perturbadores”. Eles insistiram na adoração a Baal, derramaram sangue inocente e foram arqui-inimigos da profeta Elias. Mas nestas palavras ele comprova o ditado que diz que mesmo um relógio quebrado está duas vezes certo a cada dia.

E assim nós temos uma pérola de sabedoria saindo dos lábios de Acabe: “Não se gabe quem se cinge das armas, como aquele que as descinge”. - 1 Reis 20:11

Ele disse isso ao rei Ben-Hadade, que tinha sitiado Israel e achava que tomaria a capital sem a menor dificuldade. Tão grande era sua arrogância e confiança que ele mandou uma mensagem para Acabe: “Sua prata, seu ouro, sua riquezas agora são minhas; suas mulheres mais bonitas e os melhores jovens e crianças me pertencem também e vou tomá-los...”

Olhando apenas para as circunstâncias, ele parecia ter razão. Acabe não tinha direito a uma esperança legítima de romper o cerco feito por Bem-Hadade e vencer.

Mas Bem-Hadade esqueceu de algo que normalmente todos os homens tendem a esquecer quando pensam que tem o controle das situações, ele esqueceu que existe um Deus verdadeiro. E algo que jamais devia ser esquecido por ninguém é que Deus ama a honra do seu nome Santo. Acabe em sua estupidez, parece que pelo menos aprendeu algo no ministério incrível do profeta Elias. E com uma pitada ínfima que parece que ele ainda tinha nas verdades sobre esse Deus, de sua pena saiu o que é certamente um dos clássicos em tempos de guerra jamais registrados: ““Não se gabe quem se cinge das armas, como aquele que as descinge”. - 1 Reis 20:11

“Não se glorie”, ele está dizendo em outras palavras, “simplesmente porque você colocou seu colete de Kevlar que parece intransponível, e está com armas poderosas... para a batalha” – Você está indo para a batalha e não voltando. E você com todos os recursos pode nunca mais voltar para casa.

Isso enfureceu Bem-Hadade! Mas era de fato sabedoria. Com apenas sete mil homens Deus deu a vitória a Israel sobre a Síria como o profeta havia dito que aconteceria.

Começar algo é bom, mas não basta, temos que ir até a conclusão. Propósitos de homens tolos são quebrados todos os dias. A questão não é vestir a armadura, mas poder tirá-la no final. O diploma não é entregue na matrícula, mas no fim do curso.

Não é o que sua esposa (esposo) diz sobre você no dia do casamento que é a medida do que você é, mas o que ela diz de você 50 anos depois.

Mais vital ainda, e totalmente contrário aos nossos valores culturais fúteis, muitas vezes até mesmo na igreja, não é tanto o brilho e os reflexos da juventude que é digno de nossa celebração, mas uma vida bem vivida todo o caminho até o fim. Quando somos jovens ( ou novos na fé), estamos realmente apenas colocando nossa armadura, nos preparando para a luta. E não há motivos aí para nada a não ser a seriedade de quem tem uma batalha pela frente. Um combate, um bom combate. Muitos soldados bem armados não tiveram vida para tirar sua armadura no fim da batalha. Nem todos que começam a batalha a terminam: “Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe: Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo. Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, Dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar” - Lucas 14:25-30

Muitos começaram a jornada cristã sem terem avaliado o preço! É isso que qualquer coisa que acrescenta homens a igreja que não seja a Regeneração produz, homens que não podem chegar ao fim.

Escute as palavras memoráveis de um velho soldado retirando finalmente sua armadura: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.
Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. - 2 Timóteo 4:7-8.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Eu odeio você!


Por Carlos “Catito” e Dagmar

Às vezes me pergunto como é possível um cônjuge dizer ao parceiro a frase acima poucos anos depois de terem jurado amor eterno um ao outro.

Na verdade, o que ocorre é que cada um espera que o outro se amolde ao seu estilo de vida, e isso não acontece. Além disso, as diversas tentativas de estabelecer acordos para uma convivência harmoniosa fracassam e geram um sentimento de amargura, que se transforma facilmente em agressão.

Fantasiamos que podemos mudar o outro e transformá-lo “à minha imagem e semelhança”, mas isso é uma grande ilusão. O outro é único e singular e possui uma forma particular de perceber e interagir com a realidade, que é distinta da minha. Isso é denominado por Ricouer1 de “ipseidade”.

No afã de transformar o outro, as tensões aumentam e as frustrações também; até o ponto em que “o pior sai de dentro de nós mesmos”. Ofendemos o nosso cônjuge com palavras que pensamos que jamais falaríamos um dia. E o pior é que as palavras uma vez proferidas não retornam à nossa boca. Um sistema de queixas se instala no relacionamento e a ideia sempre presente é a de que tudo seria mais fácil se o outro mudasse.

Nesta terceira etapa do relacionamento (veja nas edições anteriores as características da primeira e segunda etapas) também estão presentes uma série de jogos manipulativos e ameaças silenciosas com o intuito de que o outro se torne a pessoa que eu imagino que deva ser e cumpra a promessa de me fazer feliz. Muitos utilizam o sexo ou o dinheiro para manipular o cônjuge, o que produz apenas um maior afastamento.

Em geral, buscam um aliado -- um amigo, o pastor, um conselheiro --, que está envolvido no processo, na tentativa de que essa terceira pessoa convença o cônjuge a mudar.

O grande desafio do relacionamento conjugal é a busca da criatividade. Gerar harmonia a partir de duas pessoas únicas e singulares e fugir da fantasia de que podemos mudar o outro é tarefa do Espírito Santo e não nossa. O que podemos e devemos fazer é incrementar o diálogo na busca de alternativas que sejam boas para ambos. Um diálogo de escuta aberta e tranquila, e não uma conversa “armada”, na qual não se permite que o outro sequer complete sua ideia e fale tudo o que deseja, para que só então eu lhe responda.

Um diálogo em que, antes de eu tentar convencer o outro de que estou certo e ele, errado, tente me perguntar: “Por que esta outra pessoa, que é inteligente, capaz, com tantas qualidades e a quem eu amo entende esta situação de forma tão diferente de mim?”. Assim amplio minha percepção da realidade e, por conseguinte, enriqueço-me, pois ter duas perspectivas a respeito de um determinado tema é sempre melhor que ter apenas uma.

Por fim, é necessário compreender que o outro não é, não pode e não deve ser conforme a minha imagem. Antes, na singularidade está registrada a multiforme beleza da criatividade do Pai, que é infinitamente maior que nossas limitadas capacidades de conceber a realidade e que se expressa na multiplicidade de percepções de suas criaturas.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Jesus, o Deus que vestiu pele humana




Por Rev. Hernandes Dias Lopes

O apóstolo João, mais do que os outros evangelistas, falou-nos acerca da divindade de Jesus Cristo. No prólogo de seu evangelho já deu o rumo de sua obra: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Depois de falar que esse Verbo foi o agente criador e também o doador da vida, anunciou de forma magistral: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai” (Jo 1.14). Destacamos, portanto, aqui, quatro grandes verdades sobre o Verbo de Deus.

Em primeiro lugar, a eternidade do Verbo. “No princípio era o Verbo…” (Jo 1.1). Quando tudo teve o seu começo, o Verbo estava lá, não como alguém que passou a existir, mas como o agente de tudo o que veio à existência. O Verbo não foi causado, mas ele é causa de tudo o que existe. O Verbo não foi criado antes de todas as coisas, mas é o criador do universo no princípio (Jo 1.3). Se antes do princípio descortinava-se a eternidade e se o Verbo já existia antes do começo de tudo, o Verbo é eterno. A eternidade é um atributo exclusivo de Deus. Só Deus é eterno!

Em segundo lugar, a personalidade do Verbo. “… e o Verbo estava com Deus…” (Jo 1.1). No princípio o Verbo estava em total e perfeita comunhão com Deus. A expressão grega pros ton Theon traz a ideia que o Verbo estava face a face com Deus. Como Deus é uma pessoa e não uma energia, o Verbo é uma pessoa. O Verbo é Jesus, a segunda Pessoa da Trindade. Isso significa que antes da encarnação do Verbo, ele já existia e, isso, desde toda a eternidade e em plena comunhão com o Pai. Jesus não passou a existir depois que nasceu em Belém. Ele é o Pai da eternidade. Nas palavras do Concílio de Nicéia, ele é co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai.

Em terceiro lugar, a divindade do Verbo. “… e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). O Verbo não é apenas eterno e pessoal, mas, também, divino. Ele é Deus. Ele é a causa não causada. A origem de todas as coisas. O criador do universo. Ele é o verbo, ou seja, o agente criador de tudo que existe, das coisas visíveis e invisíveis. O Deus único e verdadeiro constitui-se em três Pessoas distintas, porém, iguais; da mesma essência e substância. O Verbo não é uma criatura, mas o criador. Não é um ser inferior a Deus, mas o próprio Deus. Embora, distinto de Deus Pai, é da mesma essência e substância. Ele é divino!

Em quarto lugar, a encarnação do Verbo. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14). Aqui está o sublime mistério do Natal: O eterno entrou no tempo. O transcendente tornou-se imanente. Aquele que nem o céu dos céus pode contê-lo foi enfaixado em panos e deitado numa manjedoura. Deus se fez homem, o Senhor dos senhores se fez servo. Aquele que é santo, santo, santo se fez pecado por nós e o que é exaltado acima dos querubins, assumiu o nosso lugar, como nosso fiador. Ele se fez maldição por nós e, sorveu, sozinho, o cálice amargo da ira de Deus, morrendo morte de cruz, para nos dar a vida eterna. Jesus veio nos revelar de forma eloquente o amor de Deus. Não foi sua encarnação que predispôs Deus a nos amar, mas foi o amor de Deus que abriu o caminho da encarnação. A encarnação do Verbo não é a causa da graça de Deus, mas seu glorioso resultado. Jesus veio ao mundo não para mudar o coração de Deus, mas para revelar-nos seu infinito e eterno amor. Essa é a mensagem altissonante do Natal. Esse é o núcleo bendito do Evangelho.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Seu Diabo é Grande Demais -



Por E. Lutzer

Essa é uma realidade na "igreja" dos nossos dias. O diabo é muito grande, se ficamos fascinados por ele; o diabo é muito grande, se achamos que temos de cumprir um compromisso com ele; o diabo é muito grande se somos vítimas de uma maldição, colocada sobre nós. O diabo é grande demais se vivemos com medo de que nosso futuro esteja em suas mãos...

O pecado aciona a lei das conseqüências não planejadas. Isso é verdade para nós, como para todas as criaturas de Deus.

Por que Satanás estava fadado ao fracasso? Ele era limitado para alcançar o que desejava.

O que Lúcifer esperava alcançar quando se rebelou contra Deus? Ele queria ser semelhante ao Altíssimo. Mas isso seria possível realmente?

Quando teólogos falam sobre Deus, usam três palavras que começam com o prefixo “oni” – que significa simplesmente “todo”. Deus é Onipresente, pois está presente em todos os lugares; Ele é Onipotente, pois é o Todo-poderoso; Ele é Onisciente, pois tem todo o conhecimento. Esses atributos são a própria essência da natureza de Deus.

Quantos desses atributos Lúcifer receberia, se conseguisse ser “semelhante a Deus”? A resposta é fácil e clara: Nenhum.

Ele jamais seria onisciente, ou seja, nunca poderia saber tudo. Ele sabia que um homem planejava assassinar o presidente dos Estados Unidos, quando chegasse a Dallas, Texas, no dia 22 de novembro de 1963. Ele não sabia, contudo, se isso realmente aconteceria. O assassino podia mudar de idéia, a arma podia falhar, ou talvez o motorista do carro, no último instante, resolvesse fazer um itinerário diferente. Deus sabe exatamente o que acontecerá, mas Satanás é capaz apenas de fazer uma previsão acurada. Embora conheça os planos, ele não sabe qual será o resultado final. Ele pode influenciar nas decisões humanas, mas nunca dirigi-las. ( O homem é escravo do pecado em seu próprio coração ) – Suas previsões mais insignificantes sempre envolvem o grande risco de jamais se concretizarem.

Isso explica por que, no Antigo Testamento, o reconhecimento de um falso profeta era feito às vezes pelo erro de suas previsões. Apesar de acertar algumas vezes, somente Deus pode prever o futuro de forma infalível. Portanto, um verdadeiro profeta de Deus sempre acerta 100% das vezes.

E quanto à onipresença? Lúcifer seria capaz de encher todo o universo com sua presença? Poderia estar em todos os lugares simultaneamente? Não, ele jamais conseguiria. Pode viajar rápido, mas quando se encontra na Índia, não consegue estar em Brasília. Quando trava uma batalha no Rio de Janeiro, não pode estar numa reunião de oração na Coréia. Portanto, nunca será onipresente.

É verdade que multidões de demônios estão espalhadas pelo mundo, realizando as obras do diabo, mas cada um desses anjos caídos também não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo.

E quanto a onipotência? Lúcifer nunca seria todo-poderoso. Ele não tem poder para criar nem uma molécula, muitos menos estrelas... Nem pode sustentar o Universo pela “palavra do seu poder”. Quando procura imitar a habilidade criadora de Deus, ele sempre apela para as fraudes e falsificações. Não, ele jamais será onipotente.

Em que sentido então ele poderia ser “semelhante ao Altíssimo”? Apenas nisso: ele achou que se tornaria INDEPENDENTE. Ele sabia que suas realizações sempre seriam apenas uma sombra daquilo que Deus pode fazer. A alegria, contudo, de saber que agiria sem a aprovação de Deus, fazia o risco valer a pena. Então poderia dar ordens e não mais recebê-las. Pelo menos esse era o seu plano.

A IRONIA é que na independência alardeada por Satanás, na realidade, tornar-se-ia outra forma de dependência à vontade e aos propósitos de Deus. Realmente, ele não dependeria da orientação do Todo-Poderoso nas decisões que tomasse, mas cada um dos seus atos de rebelião estaria debaixo do controle cuidadoso e da direção de Deus.

Ele, com certeza, podia desafiar o Criador, mas todas as suas atividades sempre seriam restritas àquilo que Deus permitisse. Sua independência só a muito custo poderia ser digna desse nome. Ele se rebelou para não ser mais um servo de Deus e, apesar disso, jamais conseguiu ou conseguirá sua independência.

Se Milton pensou estar certo ao dizer que Lúcifer preferiu ser rei no inferno do que servo no céu, ele (Lúcifer) estava completamente enganado. Lúcifer descobriu, para seu desgosto, que no final continuaria eternamente SERVO DE DEUS. E, como a Bíblia ensina claramente, NÃO EXISTEM REIS NO INFERNO!!!!

Aquele que odiava a idéia de servir, tornar-se-ia um outro tipo de servo. Ao invés do serviço voluntário, abraçaria uma servidão relutante, um serviço com uma motivação diferente em direção a um final diferente; mas, de qualquer maneira, SEMPRE UM SERVO. Finalmente como fazia quando ambos estavam em harmonia.
Satanás estava condenado a uma existência vazia, interminável, sem descanso, e miserável. Ele sempre seria impelido a desprezar a Deus e tentar agir contra Ele. Ainda assim, no final, seria compelido a promover os propósitos divinos. Ao invés da alegria na presença de Deus, teria eterna humilhação; no lugar do amor de Deus, receberia a ira e o juízo eternos.

O orgulho fez com que Lúcifer perdesse todos os seus privilégios. Ele assumiu um grande risco, ao achar que, se não pudesse destronar a Deus, pelo menos conseguiria estabelecer seu próprio trono, em algum lugar do Universo.

Ele subestimou a Deus e superestimou a si mesmo

ELE ERA LIMITADO NAQUILO QUE PODIA PREVER

Lúcifer sabia que surgiriam algumas conseqüências devido à sua decisão, mas não tinha idéia de como seriam. Lembre-se, até esse momento não havia nenhum tipo de rebelião no Universo. Ele não podia aprender com os erros dos outros; e uma vez que cruzou a linha, era muito tarde pra recuar de seu grande propósito. Mais importante, ele não podia prever o advento de Cristo para redimir o homem, nem podia contemplar sua própria condenação eterna no lago de fogo.

Ele não sabia que apenas um terço dos anjos escolheria se unir a sua causa rebelde (Ap 12.4 diz que a cauda do dragão “levou após si a terça parte das estrelas do céu” ). Se ele pensou que todos os que estavam sob sua autoridade ficariam ao seu lado em sua oferta de independência, teve de engolir essa decepção.

Pense nisso. Para cada anjo que o respeitava, dois continuaram fiéis a Deus! Talvez Satanás tenha ficado surpreso por ver como o Céu funcionava bem sem sua supervisão e autoridade. Não importa quão confiantemente ele exercia seu pode adquirido, pois seu sucesso era apenas parcial.

Durante um determinado tempo, ele só pôde remoer o seu erro. Só lhe restava aguardar que Deus desse o próximo passo.

ELE ERA LIMITADO NO CONTROLE DOS DANOS

Apesar de não termos dito explicitamente, existe pouca dúvida em minha mente de que Lúcifer lamentou profundamente sua decisão, no momento em que a mesma foi tomada. Ele havia atravessado um portal desconhecido, na esperança de que o abriria para um brilhante futuro, contudo, não sabia que havia um abismo do outro lado.
Então, tendo experimentado o pecado em primeira mão, ele sabia que perdera a maior aposta de sua carreira. Ele fez a “roda da fortuna” girar e não percebeu que Deus tinha o controle de cada uma das suas rotações. Em qualquer lugar que ela parasse, ele sempre seria o PERDEDOR – um perdedor por TODA ETERNIDADE.

Rapidamente, ele aprendeu que não é gratificante estabelecer um reino rival, só para descobrir que fatalmente falhar. Por mais agradável que seja a independência, não ajuda muito se você é independentemente DERROTADO, independentemente ATORMENTADO e independentemente ENVERGONHADO.

Se ele soubesse disso!! Ele pegou o trem errado, mas, depois de corrompido, seguiria adiante até o final. O arrependimento era impossível por várias razões:

PRIMEIRO, Satanás era e continua incapaz de se arrepender; O ARREPENDIMENTO É UM DOM DE DEUS, dado às pessoas em cujos corações o Todo-Poderoso já opera.

Para Satanás, arrepender-se significaria que existe algo de bom nele; mas nenhuma virtude pode ser encontrada no mesmo. Então, ele se tornou totalmente mau, irremediavelmente perverso. E Deus resolveu abandoná-lo, para o seu fim bem merecido.

Como já aprendemos, um Lúcifer perfeito deixou o mal brotar dentro de si, mas desde que a corrupção estava completa, o bem nunca mais existiria dentro dele. Quando era uma criatura perfeita, era capaz de cometer o mal, mas, uma vez que foi contaminado, ele jamais seria capaz de fazer o bem. A corrupção seria completa, irreversível e total. O pecado então se tornaria uma necessidade moral.

SEGUNDO e mais importante: mesmo que Lúcifer se arrependesse, ele não seria redimido, pois nenhum sacrifício foi feito pelos seus pecados. Cristo carregou apenas os pecados dos homens (eleitos ) e não os dos anjos. “Pois na verdade ele não socorre a anjos, mas sim à descendência de Abraão. Pelo que convinha que em tudo fosse semelhantemente aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo” (Hb 2.16,17).

Sem uma propiciação disponível, o comportamento rebelde de Lúcifer tornou-se então irrevogável e permanente. Daquele momento em diante, sua passagem pelo Universo seria em uma linha reta, direto para uma eternidade de vergonha e humilhação. Para ele, não haveria uma segunda chance.

Lúcifer aprendeu uma importante lição: uma criatura pode estabelecer uma confusão, mais jamais pode endireitar as coisas” A lei das conseqüências não planejadas seria sempre aplicada por toda a eternidade. Somente Deus pode, se assim desejar, conter ou reverter as conseqüências da desobediência.

ELE ERA LIMITADA NO CONHECIMENTO DE DEUS

Os atributos primários de Deus é sua santidade. Lúcifer, que desejou ser semelhante a Deus, na verdade permaneceria tão longe desse atributo, quanto seria possível estar.

Não sabemos o quanto Deus se revelava às criaturas angelicais, mas Lúcifer, acredito, devia conhecer suficientemente a Deus pra saber que Ele jamais dividiria sua glória com alguém. Quanto mais algo Lúcifer aspirasse subir, maior seria seu fracasso.

Será que ele julgou mal a Deus, ao achar que o amor do Todo-Poderoso suplantaria qualquer possibilidade de julgamento severo? Não sabemos, é claro, mas tenha em mente que Lúcifer conhecia apenas o perfeito amor de Deus. O conceito de justiça simplesmente não existia. Desde que não existia desobediência no Universo, não havia necessidade da demonstração da ira divina. Lúcifer não previu até onde Deus poderia ir pra preservar sua honra.

Lúcifer achava que conhecia a Deus, mas ainda tinha muito o que aprender. Se ele simplesmente tivesse confiado no que não conseguia entender e crido no que não podia saber por si mesmo, seu futuro teria sido diferente.Agora que ele sabia mais sobre Deus, ERA TARDE DEMAIS.

ELE ERA LIMITADO PARA ENTENDER A DIFERENÇA ENTRE O TEMPO E A ETERNIDADE.

Lúcifer deveria saber que nenhuma exaltação momentânea pode compensar uma eternidade de HUMILHAÇÃO; ser adorado por um momento não pode compensar uma eternidade de desprezo; nenhum momento de excitação pode compensar uma eternidade de tormento. Uma hora no inferno fará com que a excitação de se opor a Deus se desvaneça no eterno esquecimento.

Eis aqui uma lição para nós. Nenhuma decisão pode ser considerada boa, se a eternidade prova que ela é ruim. Explicando melhor, nenhuma decisão nessa vida pode ser boa a não ser que se torne excelente na eternidade. Somente um ser que conhece o futuro e o passado pode prescrever o que é melhor para nós. Nós julgamos baseados no tempo, mas somente Deus pode revelar os julgamentos baseados na eternidade.

Daquele momento em diante, Lúcifer venceria apenas pequenas batalhas, mas seria forçado a perder a guerra. Se ele apenas tivesse levado Deus mais a sério, não teria subestimado a capacidade infalível do Todo-Poderoso de puni-lo. Se a grandiosidade do pecado é determinada de acordo com a grandiosidade do ser contra quem é cometido, Lúcifer então cometeu um ERRO GIGANTESCO.