sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

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VISITAS DE IP'S DO MÊS DE DEZEMBRO DE 2012 ATÉ HOJE.




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Se isso é a Igreja, sou mais o meu quarto


“Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo.” – At 9.31

“E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” – Ef 1.22-23

“A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele. ” – Ef 3.8-12

Já ouvi muitas fábulas em relação à permanência dos crentes numa igreja. Uma delas diz que a igreja é igual à arca de Noé, um lugar cheio de bichos e suas necessidades fisiológicas, e que cheira mal, porém é melhor estar lá dentro do que lá fora em meio ao dilúvio. Outra diz que crente é igual uma abelha: num enxame (ou igreja), vence qualquer inimigo; sozinho, morre num tapa só. Daí a se pensar que a igreja é um organismo super-poderoso, e deve ser mesmo, afinal é nada mais, nada menos que o Corpo de Cristo, Daquele que venceu a morte e o inferno ao levar sobre Si todos as maldições e enfermidades da raça humana. Mas será que a Igreja de Cristo é isso que vemos?

É muito fácil abrir uma igreja. Aluga-se uma garagem e já dá para iniciar uma congregação. Pensa-se num nome pomposo (que tal Igreja Transcontinental da Majestade do Alto? – está muito difícil achar um nome de igreja que não exista), convida-se os vizinhos e amigos e pronto: temos uma Igreja! Se fosse só isso estaria ótimo, o problema é o que é ensinado e vivido por lá.
Já percebeu como sempre há a mesma desculpa para a abertura de uma nova denominação (corrupção da antiga, envolvimento com maçonaria, erros doutrinários, etc), porém na nova se repetem os mesmos, ou até piores, erros da anterior? Ou seja, não há a intenção real de se fazer uma Igreja segundo a Palavra, apenas a de se criar mais um papado.

Sim, papado. A Igreja evangélica brasileira é próspera em papas. Há o Bento XVI e há o papa de cada denominação. Cada fundador se torna um papa, infalível e insubstituível. A permanência no poder é eterna, e os estatutos asseguram que a igreja não sairá de suas rédeas curtas. Quem ousa se levantar contra o “papa” é logo taxado como em rebelião, e expulso ou convencido sutilmente a deixar a denominação. E assim uma nova igreja é criada, e o círculo se repete indefinidamente, causando estranheza principalmente em quem não é cristão, pela quantidade absurda de placas diferentes.

Fico imaginando se Lutero vivesse nos dias de hoje… em seu tempo, precisou se opor a apenas um papa. Hoje, teria que imprimir milhares de teses, uma para cada papa evangélico. Um Lutero só não conseguiria fazer isso não!

O absurdo das várias denominações é tão escancarado que basta andar pelas ruas das cidades para o verificar. Aqui em São Paulo, na Av. Águia de Haia (zona leste da capital), há 6 anos atrás havia três denominações na mesma quadra. O pior: três casas (ou templos) grudados, um depois do outro, porta com porta. Sinceramente, a intenção nesse lugar é evangelizar ou apenas demonstrar o poder da sua denominação que, claro, precisa gritar mais do que as outras vizinhas caso os cultos sejam no mesmo horário? E isso não acontece só nessa rua, acontece em todos os lugares: se as igrejas não são vizinhas de porta, são de quadra, de rua. Mas o lugar permanece ruim e violento do mesmo jeito.

Nós somos chamados para ser sal e luz. Como sal e luz mantém um lugar insosso e escuro? Como, em meio a tantas igrejas, ainda há pessoas morando nas ruas, pessoas se drogando, se prostituindo, roubando e matando? Pessoas mentindo, enganando, chantageando, manipulando? Por que, com tantas igrejas, o Brasil está a cada dia pior? Não deveria ocorrer o contrário?

O que vou dizer agora poderá escandalizar muita gente, mas é o que penso: muitas que se dizem igrejas não o são, espiritualmente falando, não passando de um “clubinho de eleitos”. Você chega, entra no clube, paga a mensalidade, ouve as assembléias, se diverte (canta, dança, ri, chora, extravasa) e vai embora mais feliz, entretido momentaneamente. Aí chega em casa, a criança continua gritando, o marido bebendo, a vizinha atrapalhando, o chefe atormentando; afinal a instituição que se autodenomina igreja, apesar de citar a Deus, não Lhe dá espaço para atuação, preferindo a manifestação de espíritos dançarinos, saltadores, giratórios, que promovam bastante carnaval no recinto. Assim, enganados muitas vezes por “fogo estranho”, não deixamos o Espírito Santo agir em nós, nos transformando, e por isso continuamos vendo todos os defeitos nos outros e na droga de vida que temos.

Note bem, sou pentecostal, acredito nos dons espirituais, mas atribui-se ao Espírito Santo algumas coisas nas igrejas que só por Deus!!!

Se a igreja não consegue transformar quem está dentro, imagine transformar a realidade ao seu redor… E se a igreja não transforma vidas, apenas as “transtorna”, já não é igreja, não é congregação, comunhão, é apenas distração e sacrifício para almejar as bênçãos divinas.

É estranho, mas quanto mais aprendemos a Verdade da Palavra, mais distantes nos tornamos de uma igreja. Não deveria ser o contrário? Não deveríamos nos lançar com maior amor à congregação, sabendo que lá estaremos proclamando o amor ao próximo e a Deus?

O problema é que a igreja não nos transmite amor. Tudo é aparência. Os pastores não têm amor pelas ovelhas, e sim por tosquia-las. As ovelhas, por sua vez, querem estar mais próximas de seus pastores, e para isso não medem esforços, mesmo que seja necessário pisotear outras ovelhas que estejam em seu caminho. É cada um por si e Deus por todos. A igreja se tornou o reino do diz-que-me-diz, onde uns apontam os erros dos outros e todos se acham santos. Só que os erros são apontados não com amor, mas com juízo. Adulterar ou engravidar antes do casamento? Aparte-se de mim!!! Mas mentir e roubar um pouquinho poooooooode!

Mas não pára por aqui. É cada dia mais difícil ouvir uma pregação até o fim. São palavras previsíveis, de exaltação (quase nunca exortação), bom ânimo, esperança, revelações e revelamentos que nunca se realizam (essa noite Deus está curando suas feridas! – as feridas não são curadas, e no culto seguinte: essa noite Deus está completando a obra em sua vida! – e a obra não é completa, aí no culto seguinte a mesma coisa sempre). Não ouvimos pastores, ouvimos doutores em auto-ajuda: todas as bênçãos nos pertencem, somos cabeça e não cauda, o diabo está debaixo dos nossos pés, mas no dia seguinte ainda temos dívidas, problemas, doenças, vazio.
Será que Deus deixou de agir? Ou a instituição que se diz “igreja” é que fala por Ele com engano, a fim, mesmo que inconscientemente, de desacredita-Lo?

Não consigo mais ouvir sermões de auto-ajuda e falsas promessas. Não consigo mais sentar num banco de uma igreja, sabendo que a principal hora não é a da pregação, mas a da coleta. Não aguento mais uma hora de louvor, com bandas desafinadas e cantores “se achando”, provocando o choro fácil não por unção, mas porque, na assembléia dos santos, todos temos motivos para chorar. Simplesmente não aguento mais isso, e peço perdão a Deus se isso O desagrada, mas não quero ir numa igreja por falsidade e ficar vendo defeito em tudo, como foi das últimas vezes.

Eu queria frequentar A Igreja. Não a imagino um mega-templo, com poltronas acolchoadas, ar-condicionado, altar gigante. Eu a imagino uma casa simples, com pessoas simples independente de sua situação financeira. Eu a imagino um lugar onde a acolhida é com amor sincero, não com um risinho forçado e o “seja-bem-vinda-amada” de praxe. Eu a imagino com pessoas que contribuem voluntariamente e com alegria, e que se importam com o irmão ao lado, suprindo-o de acordo com suas necessidades. Sinceramente não consigo frequentar um local onde, em nome de Deus, são lançados gafanhotos devoradores sobre quem não paga a mensalidade. A Igreja que eu quero frequentar tem problemas, pois tem pessoas com problemas, mas lá é possível discordar, perguntar, até duvidar, sabendo que ninguém levará nada para o pessoal, continuando a haver amor apesar das diferenças. A Igreja que eu quero frequentar é uma em Deus, reflete Sua Graça e Misericórdia, Sua Alegria e Beleza, mesmo que, aos olhos humanos, possa não passar de um casebre. Na Igreja que eu quero frequentar mal dá para definir seus líderes, pois o maior se faz de menor, o serve e não busca ser servido. A Igreja que eu quero frequentar traz os ensinamentos de Deus, segue a sã doutrina, não as doutrinas temporárias de homens. A Igreja que eu quero frequentar transforma não só os que lá estão, mas toda a realidade à sua volta, pois se importa com os famintos, os drogados, os excluídos de toda a sorte.
Você conhece essa Igreja? Se conhecer, por favor, me passe com urgência seu endereço ou telefone. Se não a conhecer, infelizmente continuarei a congregar no meu quarto, pois não vou esquentar um banco qualquer apenas para aparentar santidade.

POR QUE IR NA IGREJA?

Se você estiver espiritualmente vivo, você vai amar esta mensagem!
Se você estiver espiritualmente morto, você não vai querer ler esta mensagem!
Mas se você está espiritualmente curioso, ainda existe esperança!
POR QUE IR NA IGREJA?
Um frequentador de Igreja escreveu para o editor de um jornal e reclamou que não faz sentido ir à Igreja todos os domingos. “Eu tenho ido à Igreja por 30 anos, ele escreveu, e durante este tempo eu ouvi uns 3.000 sermões. Mas por minha vida, eu não consigo lembrar nenhum sequer … Assim, eu penso que estou perdendo meu tempo e os Pastores estão desperdiçando o tempo deles pregando sermões!”
Esta carta iniciou uma grande controvérsia na coluna “Cartas ao Editor”, para prazer do Editor Chefe do jornal, que por semanas foi recebendo e publicando cartas do assunto, até que alguém escreveu este argumento:
“Eu estou casado já há 30 anos. Durante este tempo, minha espôsa deve ter cozinhado umas 32.000 refeições. Mas, por minha vida, eu não consigo me lembrar do cardápio de nenhuma destas 32.000 refeições. Mas de uma coisa eu sei, todas elas me nutriram e me deram a fôrça que eu precisava para fazer o meu trabalho. Se minha espôsa não tivesse me dado estas refeições, eu estaria hoje físicamente morto. Da mesma maneira, se eu não tivesse ido à Igreja para alimentar minha fome espíritual, eu estaria hoje morto espiritualmente.”
Quando a gente está resumido a NADA… DEUS está POR CIMA DE TUDO!

Fé é ver o invisível, crer no incrível e receber o impossível! Graças a Deus por nossa nutrição física e espiritual!

Tua igreja me aceita como eu sou?




Por Josemar Bessa

Ah! A vida requer morte!

O evangelho pregado em nossa geração se tornou tão destituído de sua substância que fez essa indagação se tornar comum e ser vista como algo relevante a ser replicado tanto na vida como nas redes sociais...

Mas esse tipo de questão só pode ser levantada por quem nunca de fato ouviu o evangelho pregado de verdade, nunca foi tocado por ele... e só pode ser replicado por pessoas que se dizem cristãs mas nunca sequer entenderam o drama do homem caído e a boa notícia do evangelho.

Nós somos chamados para morrer e então viver. Não existe um evangelho se encaixando na vida de cada um – “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” – 2 Coríntios 5.17. Se a primeira preocupação é – como e o que eu sou será poupado? Já não resta mais evangelho.

Cristo diz: “Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?” - Lucas 14:28 – Vivemos dias em que as pessoas falam muito sobre Cristo e o evangelho, mas suas profissões de fé são sem qualquer significado e isso é incentivado por muitos que se acham relevantes para esta cultura.

A ideia vigente é – me aceita como sou – e não se sentar e pensar: “quando custa?” – A resposta de Cristo é – Custa tudo! Morrer! E não só no passo inicial, mas em toda a extensão do percurso.

Todas as pessoas que chegaram até a Cristo, Cristo imediatamente os apresentou a cruz. Um jovem chegou até ele e antes de segui-lo pediu autorização para ir dizer adeus a seus amigos... “Vou seguir-te, Senhor, mas deixa primeiro voltar e me despedir da minha família” – Jesus responde: “Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus” – Lucas 9.61,62. – Um pedido natural, mas Cristo imediatamente apresentou a ele a cruz. É o que Cristo continua dizendo: “Quem não tomar a sua cruz e não me seguir, não pode ser meu discípulo” – Lucas 14.27. Agora, se em questões que são absolutamente ridículas as pessoas estão pensando e escolhendo na medida do que pode ser poupado, imagine no todo?

“Quem perder a sua vida por amor a mim, a achará!” – Jesus não viveu considerando seu bem estar, seus interesses, lucro, seu avanço... sacrificou sua vida. A vida que achamos, que foi imortalizada, perpetuada – não é centrada em nós – é construída com materiais imperecíveis que vão sobreviver, estando em Cristo, a todo o fogo que a testar.

“Assim como o Pai me enviou, assim também eu vos envio” - João 20.21 – Cristo nos envia para quê? Pelo mesmo motivo que Ele foi enviado – “Glorificar o Pai!” – A custa de tudo para Ele, a custa de tudo para nós. Os envio para glorificar ao Pai no mesmo mundo que me rejeitou, carregando a mesma cruz... Então ecoamos a cada dia – “Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo” – 2 Coríntios 4.10 – Quem já chega dizendo – “Me aceita como eu sou?” – Se ouviu algum evangelho – foi um “evangelho tóxico”. Intoxicado com o ego, a vida centralizada em si mesmo, no homem, no seu mundo...

A vida requer a morte... esse é o padrão em toda a extensão do caminho. Em abril de 1983 – Jack Miller, um pastor americano da Filadélfia, escreveu a uma jovem chamada Catherine, que estava pensando em ir para o campo missionário em Uganda. Ela tinha sido retida pelo medo. Ao final da carta Jack disse algo que mostra a realidade bíblica do nosso chamado – do primeiro ao último passo – e expõe a futilidade da tentativa de servir a Deus na base do “me aceita como eu sou?” - "Será seguro para mim?"

Jack disse a Catherine,

“Abra as Escrituras e veja como nos dão a imagem completa da glória de sofrer por Cristo. O que se descobre nela é que não há alegria permanente em Cristo além de uma vontade de negar a nós mesmos, tomar nossa cruz e segui-Lo. Isto é, a sua vida não pode ter poder nele ou até mesmo salvação, se você se recusar a ser como um grão de trigo, que deve cair no chão e morrer para produzir frutos para a glória de Deus, que é o objetivo da existência e de nossa redenção.

Deus te chama para a grandeza, Catherine, mas a grandeza no reino tem tudo a ver com ele e não com você, a grandeza significa fecundidade para a glória de Deus, e a fecundidade vem de como nós morremos para nós mesmos – como morremos para nossos medos e perdas e ressuscitamos dentre os mortos do mundo que vivem para isso. Eu não pretendo, nem posso, responder se você deve ir ou não para Uganda. Só Deus pode, finalmente, te mostrar isso... Mas sua vida deve ter morte em qualquer lugar que você estiver ou for. O maior impedimento para uma vida que glorifique a Deus aqui ou em Uganda... é escolher qualquer caminho que tende a fugir de nossa própria morte. A cruz não pode ser evitada no caminho da vida que glorifica a Deus.”

Por que vivemos em tempos em que ser cristão não faz diferença – não a diferença que uma ONG pode fazer – mas a diferença onde Cristo e a beleza de sua santidade é manifestada na escuridão de um mundo sem Deus? Temos procurado um “evangelho” que nos poupe. Queremos abraçar, não motivados pela glória de um Deus santo pela qual vale morrer mil vidas se as tivéssemos. Queremos algo sem recusar deixar a segurança imediata, a vida que construímos a imagem de uma cultura que vive como se Deus não existisse... a identidade que criamos nela queremos poupar. Poupar nossa reputação, conforto de nossas tribos, realização, carreira, ou ____________ qualquer outra coisa que você queira incluir. Criando um terreno fértil para inúmeras ansiedades do que pode ser perdido e do que pode ser poupado... Segurando uma vida oca, nos preocupando em poupá-la, quando a verdadeira vida nos aguarda, se simplesmente largarmos o punhado de “moedas” que queremos reter.

A pergunta não é – “me aceita como eu sou” – mas, o que mais deve ir para cruz? O que não está crucificado em mim? “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.” - Gálatas 6:14

O brado é – avante à morte e a alegria suprema no deleite em Cristo. O apóstolo Paulo morreu antes de morrer. Como disse C. S. Lewis: “Morra antes de morrer, pois não haverá nenhuma chance de fazer isso depois” – Morte e alegria, ambos ou nada!