sábado, 9 de março de 2013

Quem aperfeiçoa o mal é o maligno

Por Marcos Alexandre Pereira Behera

Toda corrupção da carne e dos sentimentos pode ser perdoada, mas não pode ser aperfeiçoada por Jesus. A luz não tem comunhão com as trevas. Quem aperfeiçoa o mal é o maligno. O pecado da transgressão e da desobediência está pago. Aos que se alegram e tem prazer no mal, na injustiça e na iniquidade está sendo oferecido gratuitamente o tempo do arrependimento e do perdão. O tempo da correção dos caminhos, dos sentimentos, dos anelos e das ambições.
Uma nova humanidade está sendo aperfeiçoada para a eternidade celestial. Uma humanidade que precisa ser perfeita em amor. Por essa razão aperfeiçoada em Jesus, que no Calvário da redenção resgatou todas as nossas imperfeições, enfermidades decorrentes da corrupção da carne e dos sentimentos. Nossas dividas de amor foram pagas. Jesus foi o sacrifício oferecido pela nossa culpa. Morreu pelo que deveríamos ter feito, foi esmagado pelo bem que deixamos de fazer.

Todos os que como o apóstolo Paulo, tem prazer no bem e na justiça, a seu tempo serão aperfeiçoados. Os inconformados com a corrupção que insistentemente ronda e oprime seus sentimentos, a seu tempo alcançarão a perfeição. Todos aqueles, de todos os povos e de todas as nações, que no quebrantamento de seus corações desejam e buscam os vínculos da luz, a seu tempo serão transformados em nome de Jesus.

“... tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum louvor, seja isso o que ocupe os vossos pensamentos. O que também aprendestes, recebestes e ouvistes de mim e em mim vistes, isso praticai; e o Deus de paz será convosco. ( Filipenses 4:8;9)

Quão Firme Fundamento!

Por Dr. Steven J. Lawson
Nenhum edifício erigido por mãos humanas pode ser e permanecer sólido e forte, a não ser que os seus alicerces estejam bem fixos e sejam firmes. Um edifício alto não pode ser construído sobre uma fundação tendente a fragmentar-se. Não se deve construir um edifício sobre mero lixo ou entulho. Sem uma base sólida e sem colunas enterradas profundamente, a estrutura superior cairá. E mais, quanto mais alto o edifício, mais profundas as colunas devem ser. A solidez estrutural do edifício todo repousa completamente na firmeza do alicerce.

Em nenhum outro lugar essa verdade é mais aplicável do que na construção da igreja, que é "uma casa espiritual" (1Pe 2.5). Jesus Cristo em pessoa é o único Edificador da igreja, como prometeu: "Edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la" (Mt 16.18b). Cristo não disse "vocês edificarão a minha igreja". Tampouco disse: "Eu edificarei a igreja de vocês". Em vez disso, afirmou: "[Eu] edificarei a minha igreja". Cristo, pessoalmente, está construindo a sua igreja, e, como um sábio construtor, está estabelecendo-a sobre fundação de sólidas pedras – o sólido fundamento da doutrina (Ef 2.20).

Amarras Inamovíveis da Graça Soberana

A pedra angular, a principal pedra de uma igreja construída por mãos divinas, é a fé no senhorio de Jesus Cristo. Afinal de contas, foi essa a grande confissão de Pedro – "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16.16) – que deu azo à grande promessa de Jesus de que construiria soberanamente a sua igreja. Há, porém, outras amarras inamovíveis da igreja, além desta de que acabamos de falar. No processo de edificar a sua igreja, o Senhor Jesus levanta e coloca nos respectivos lugares as fortes colunas e os fortes componentes de tudo quanto ensinou – o completo conselho de Deus. Jesus ordenou que os seus discípulos ensinassem "tudo o que eu lhes ordenei" (Mt 28.20, com ênfase em tudo). As verdades que Cristo ensinou constituem a fundação sólida e segura. E no coração mesmo do seu ensino doutrinário está um inequívoco compromisso com a soberania da graça divina. Estas verdades centrais formam a sólida base do firme fundamento da igreja. A igreja que é construída sobre as doutrinas da graça, é erguida sobre a inexpugnável rocha da revelação divina. Que firme fundamento tal igreja tem!

Mas, triste é dizer, a igreja atual parece ter a intenção de retirar as doutrinas da graça do seu alicerce. Em vez disso, prefere construir com madeira, palha e restolho sobre areia movediça. Uma igreja assim pode ter uma impressionante aparência externa, e, portanto, pode atrair muita gente. Mas, interiormente ela não é espiritual, é instável, e, pior, em grande parte não é convertida. Tal igreja, construída sobre um alicerce tão frágil não pode ter esperança de subsistir nos dias de tribulação. Mas a história registra que quando uma igreja é edificada com o ouro, a prata e as pedras preciosas de uma mensagem centrada em Deus, ela é fortalecida e pode resistir aos mais difíceis temporais. Nem mesmo os ventos tempestuosos da apostasia, da perseguição e das terríveis chamas do martírio podem fazê-la cair. De fato, sempre que a igreja é edificada sobre a sólida rocha da graça soberana de Deus, ela permanece inamovível, como inamovível tem permanecido nas horas mais tenebrosas da história.

A Graça Soberana: um Firme Fundamento


As verdades da graça soberana formam o mais forte fundamento doutrinário para qualquer igreja ou crente. As doutrinas relacionadas com a soberania de Deus na salvação do homem lançam a mais sólida pedra angular e, assim, protegem firmemente a vida e o ministério do povo de Deus. O culto na igreja é mais puro quando o ensino dessa igreja sobre a graça soberana é mais claro. Seu modo de viver é mais limpo quando a sua exposição das doutrinas da graça é mais rica. Sua comunhão é mais agradável quando a instrução sobre a soberania de Deus é mais firme. Sua obra de evangelização no mundo é mais forte quando a sua proclamação da teologia transcendental é mais ousada. A vida espiritual da igreja toda é elevada quando a sua mensagem está ancorada no mais alto conceito sobre a graça soberana de Deus. Foi nos tempos da história em que as doutrinas da graça eram apresentadas em sua rica plenitude, que a igreja esteve melhor. Eis onde permanece o firme fundamento da igreja: nas enriquecedoras verdades da graça soberana.
A respeito desse sólido fundamento, Benjamin B. Warfield escreveu:


Pois bem, estes Cinco Pontos compõem uma unidade orgânica, um singular e uno corpo da verdade. Eles estão baseados em duas pressuposições que a Escritura endossa abundantemente. A primeira pressuposição é a completa impotência do homem, e a segunda é a absoluta soberania de Deus em sua graça. Todos os demais pontos são decorrências. O local de encontro desses dois fundamentos é o coração do Evangelho, pois, se o homem é totalmente depravado, segue-se que é necessário que a graça de Deus em salvá-lo seja soberana. De outro modo, o homem inevitavelmente a recusará em sua depravação, e permanecerá não redimido. 1

Warfield está certo em sua avaliação. A culpa humana e a graça divina se cruzam no Evangelho, e as doutrinas da graça soberana retratam vividamente a grandiosidade da obra de salvação planejada e operada por Deus.

Sobre este ponto, Boice declara sucintamente: "As doutrinas da graça permanecem ou caem juntas, e juntas apontam para uma verdade central: a salvação é toda de graça porque é toda de Deus; e, porque é toda de Deus, é toda para a sua glória". 2 Toda a glória seja para Deus, que supre toda a graça.

NÃO ENGULA O CAROÇO!

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Tomando o indefectível cafezinho da Igreja, um irmão contou sobre como sua igreja, no Rio de Janeiro, vivia a época de missões. Falou do “caroço missionário”. Distribuíam-se laranjas e as pessoas, ao chupá-las, contavam os caroços e davam sua oferta conforme o número de caroços. Segundo ele, era uma festa para ver quem tinha mais caroços e dava a maior oferta. A pessoa podia dar quanto quisesse, mas o charme era o número de caroços.
Creio que se fizesse isso hoje, haveria gente engolindo caroço, só para não dar oferta. Para reclamar de uma feijoada a R$ 10,00 dá para ver que os tempos mudaram. As pessoas querem receber e não dar. Fui criado numa igreja em que missões eram as suas grandes festas. Era uma igreja de gente pobre. As senhoras faziam doces para vender, os adolescentes lavavam carros, irmãos faziam horas extras na fábrica, tudo para dar uma grande oferta.
As pessoas faziam vales, que resgatavam, aumentando sua oferta. Lembro-me de um casal bem pobre, que doou suas alianças. Um irmão as resgatou e devolveu-lhes de presente. Defini-me, de vez, pelo ministério, em um encerramento de campanha missionária. Um jovem fez um vale. Escreveu num papel: “Vale minha vida para missões!”. Assinou e me pediu para assinar com ele. Assinamos e entregamos o vale. Demos a vida para o ministério. Ele e eu nunca resgatamos o vale. Espero pagar até morrer. Mas o clima de missões que a Igreja Batista de Acari vivia, sob o Pr. João Falcão Sobrinho, me contagiou. Não entendo uma igreja que não ame missões, que não viva nem respire missões. Há igrejas que dão esmolas para missões. Missões merecem o melhor.
O missionário não é um incompetente que, sem condições de pastorear num grande centro urbano, vai para o fim do mundo. Margarida Gonçalves, Guinther Carlos Krieger, Elton Rangel, Antonio Galvão e outros missionários desmentem isso. O missionário não é bagaço. É a elite das tropas de Deus.
Não dê um trocadinho para missões mundiais. Ame missões. Invista em missões. Os fundadores da Central de Macapá tinham visão missionária. Missões estão no DNA da Central. Rejubile-se por ser membro de uma igreja plantada por missionários e pelo campo em que ela está, que é missionário. Olhe além do Amapá. Olhe o mundo.
Dê algo de valor para missões mundiais. O Pr. Yousef, na tradição de missionários de fibra, estava disposto a ser enforcado pela sua fé. Aceitou morrer por Jesus. O Irã cedeu diante de sua firmeza. Outro pastor iraniano está morrendo aos poucos, na prisão. Aqui há gente brincando de igreja: atividades supérfluas, festa e “bênssa”.
Missões precisam de gente que não engula o caroço. Ponha o coração nesta obra. Ame missões. Não com palavras. Com o bolso