domingo, 24 de março de 2013

CERVEJA, BIBLIA E BOXE....PECADO?



 
Cerveja é um dos produtos mais vendidos da atualidade. Muitas traduções bíblicas usam a palavra cerveja em alguns versículos, mais de 10 versículos na verdade. O grande problemas não é só usar ou deixar de usar uma palavra ou outra… mas acredito, afirmo e sempre vou repetir: O grande problemas de nossos dias é a falta de explicação dos textos bíblicos. Seja por falta de conhecimento dos pregadores, por falta de entendimento dos textos ou ainda por não saberem bem o que estão fazendo.
Independente de qual a origem do problema, ele existe e está presente em todo tipo de igreja. Para resolver isso os pregadores e pastores devem estudar mais a fundo as Escrituras. Não apenas memorizar e citar, mas entender e comunicar.
Isso é o motivo de minhas indagações dos últimos dias. E por isso fiz o vídeo falando sobre a palavra cerveja, de forma espontânea introduzo um assunto, que talvez pegue algumas pessoas de surpresa, mas creio que fará com que muitos despertem para a leitura da Bíblia.

Definição de Cerveja no Dicionário Bíblico:

Bebida alcoólica resultante da fermentação natural de CEREAIS (Nm 6.3; Is 5.8). (Dicionário Bíblico da SBB)

Versículos que falam sobre Cerveja na Bíblia:

[Levítico 10:9]
[Números 6:3]
[Deuteronômio 14:26]
[Deuteronômio 29:6]
[Juízes 13:4]
[1 Samuel 1:15]
[Isaías 5:11]
[Isaías 29:9]
[Isaías 56:12]
[Miquéias 2:11]
[Lucas 1:15]
Sobre o texto mencionado no vídeo, que fala sobre o Boxe, a palavra em Grego significa: “Soqueio”.

Cantora gospel portadora de doença óssea leva testemunhos de esperança e superação

Cantora gospel portadora de doença óssea leva testemunhos de esperança e superação
Com 19 anos de idade, Taylor Carpenter, que nasceu com uma doença óssea chamada “Osteogênese Imperfeita” que deixa os ossos do portador mais frágeis. Hoje como líder de louvor, ela encoraja muitas pessoas com seu testemunho de superação e esforço.
“Basicamente, meus ossos são super fracos. Devido a esse defeito, eu uso cadeira de rodas. Também tenho pequena estatura e sou forçada a depender dos outros mais do que eu gostaria”, explicou Carpenter.
“Minha condição fez com que os meus ossos se formassem de maneira diferente, então eu tive que ter passar por múltiplas cirurgias nas minhas pernas, braços e costas”, completou a jovem, que ressaltou: “Meu cérebro funciona como o de todos os outros”.
No início deste ano, Carpenter lançou seu primeiro álbum, “Washed Away”, com 10 músicas. A artista lançou também um vídeo clipe da música título do CD. Segundo o The Christian Post, a resposta à música e testemunho inspirador de Taylor Carpenter já tocou muitas vidas.
O guitarrista e líder de louvor Devem Berryhill contou um pouco da trajetória de Taylor: “Alguns anos atrás, Carpenter fez um teste para ser uma parte de uma equipe de louvor liderado por estudantes, onde eu era o diretor de culto”.
“Taylor mostrou talento enorme e um coração para servir ao Senhor, mas sentimos que Deus tinha algo mais para ela. Cerca de seis meses depois da audição, Taylor me encontrou para dizer que ela tinha escrito uma canção. Ela perguntou se eu tinha um momento para ouvir uma de suas músicas. Como um pequeno tornado, ela virou-se para fora de seu carro, pegou seu violão, e virou-se para mim cantando uma música chamada ‘I Need You’. Eu gostei da música, mas estava realmente inspirado por sua paixão e entusiasmo. Algumas semanas mais tarde, a convidei para o meu estúdio para gravar uma demo da música”, acrescentou Berryhill, que completou falando sobre a trajetória de superação da jovem.
“Taylor é uma compositora incrível e uma líder de adoração que superou obstáculos enormes para atuar neste mundo, ainda mais para gravar um álbum. Ela é um testemunho das coisas grandes e firmes que Deus pode fazer através de uma pessoa que confia no Senhor, não importa em que circunstâncias”, finalizou o líder de louvor.
Carpenter hoje lidera o culto para o ministério em uma escola de ensino médio na Horizons Christian Fellowship Church em Clairemont (San Diego), e disse que tem visto o trabalho de Deus, especificamente através de seu encorajar para os cristãos e não crentes. Do palco, ela afirma que tem visto muitas lágrimas de seu público durante as apresentações e quando conversa com as pessoas depois.
“Eles ficam extremamente comovidos com a minha atitude e minha alegria, apesar das minhas circunstâncias e incapacidade. Sei que Deus tem planos para o meu futuro, o que é por isso que eu confiar nele para guiar a minha carreira para onde ele quer levá-la”, disse Carpenter, que afirmou ainda que recebe vários elogios por seu talento, e diz que seu plano é seguir para onde Deus a quiser levar.
Quando perguntada sobre por que ela acha que suas canções são descritas por algumas pessoas como tão cheias de esperança, Carpenter disse que acredita que as músicas que ela escreve foram dadas a ela por Jesus.
“Uma vez que Jesus é a nossa única e verdadeira fonte de amor, força, esperança e paz, essas músicas vêm de um lugar puro e honesto em meu coração quando eu canto. Quando eu canto, o Espírito Santo através de mim e canta toca o coração das pessoas e lhes dá esperança”, afirmou Taylor Carpenter.

Sexo cristão, por C. S. Lewis (2)



Por C. S. Lewis
Para sermos curados, temos de querer ser curados. Todo aquele que pede socorro será atendido; porém, para o homem moderno, até mesmo esse desejo sincero é difícil de ter. E fácil pensar que queremos algo quando na verdade não o queremos. Um cristão famoso, de tempos antigos, disse que, quando era jovem, implorava constantemente pela castidade; anos depois, se deu conta de que, quando seus lábios pronunciavam “ó Senhor, fazei-me casto”, seu cotação acrescentava secretamente as palavras: “Mas, por favor, que não seja agora.” Isso também pode acontecer nas preces em que pedimos outras virtudes; mas há três motivos que tornam especialmente difícil desejar — quanto mais alcançar – a perfeita castidade.
Em primeiro lugar, nossa natureza pervertida, os demônios que nos tentam e a propaganda a favor da luxúria associam-se para nos fazer sentir que os desejos aos quais resistimos são tão “naturais”, “saudáveis” e razoáveis que essa resistência é quase uma perversidade e uma anomalia. Cartaz após cartaz, filme após filme, romance após romance associam a idéia da libertinagem sexual com as idéias de saúde, normalidade, juventude, franqueza e bom humor. Essa associação é uma mentira. Como toda mentira poderosa, é baseada numa verdade – a verdade reconhecida acima de que o sexo (à parte os excessos e as obsessões que cresceram ao seu redor) é em si “normal”, “saudável” etc. A mentira consiste em sugerir que qualquer ato sexual que você se sinta tentado a desempenhar a qualquer momento seja também saudável e normal. Isso é estapafúrdio sob qualquer ponto de vista concebível, mesmo sem levar em conta o cristianismo. A submissão a todos os nossos desejos obviamente leva à impotência, à doença, à inveja, à mentira, à dissimulação, a tudo, enfim, que é contrário à saúde, ao bom humor e à franqueza. Para qualquer tipo de felicidade, mesmo neste mundo, é necessário comedimento. Logo, a afirmação de que qualquer desejo é saudável e razoável só porque é forte não significa coisa alguma. Todo homem são e civilizado deve ter um conjunto de princípios pelos quais rejeita alguns desejos e admite outros. Um homem se baseia em princípios cristãos, outro se baseia em princípios de higiene, e outro, ainda, em princípios sociológicos. O verdadeiro conflito não é o do cristianismo contra a “natureza”, mas dos princípios cristãos contra outros princípios de controle da “natureza”. A “natureza” (no sentido de um desejo natural) terá de ser controlada de um jeito ou de outro, a não ser que queiramos arruinar nossa vida. E bem verdade que os princípios cristãos são mais rígidos que os outros; no entanto, acreditamos que, para obedecer-lhes, você poderá contar com uma ajuda que não terá para obedecer aos outros.
Em segundo lugar, muitas pessoas se sentem desencorajadas de tentar seriamente seguir a castidade cristã porque a consideram impossível (mesmo antes de tentar). (…) Podemos ter certeza de que a castidade perfeita — como a caridade perfeita — não será alcançada pelo mero esforço humano. Você tem de pedir a ajuda de Deus. Mesmo depois de pedir, poderá ter a impressão de que a ajuda não vem, ou vem em dose menor que a necessária. Não se preocupe. Depois de cada fracasso, levante-se e tente de novo. Muitas vezes, a primeira ajuda de Deus não é a própria virtude, mas a força para tentar de novo. Por mais importante que seja a castidade (ou a coragem, a veracidade ou qualquer outra virtude), esse processo de treinamento dos hábitos da alma é ainda mais valioso. Ele cura nossas ilusões a respeito de nós mesmos e nos ensina a confiar em Deus. Aprendemos, por um lado, que não podemos confiar em nós mesmos nem em nossos melhores momentos; e, por outro, que não devemos nos desesperar nem mesmo nos piores, pois nossos fracassos são perdoados. A única atitude fatal é se dar por satisfeito com qualquer coisa que não a perfeição.
Em terceiro lugar, as pessoas muitas vezes não entendem o que a psicologia quer dizer com “repressão”. Ela nos ensinou que o sexo “reprimido” é perigoso. Nesse caso, porém, “reprimido” é um termo técnico: não significa “suprimido” no sentido de “negado” ou “proibido”. Um desejo ou pensamento reprimido é o que foi jogado para o fundo do subconsciente (em geral na infância) e só pode surgir na mente de forma disfarçada ou irreconhecível. Ao paciente, a sexualidade reprimida não parece nem mesmo ter relação com a sexualidade. Quando um adolescente ou um adulto se empenha em resistir a um desejo consciente, não está lidando com a repressão nem corre o risco de a estar criando. Pelo contrário, os que tentam seriamente ser castos têm mais consciência de sua sexualidade e logo passam a conhecê-la melhor que qualquer outra pessoa. Acabam conhecendo seus desejos como Wellington conhecia Napoleão ou Sherlock Holmes conhecia Moriarty; como um apanhador de ratos conhece ratos ou como um encanador conhece um cano com vazamento. A virtude – mesmo o esforço para alcançá-la — traz a luz; a libertinagem traz apenas brumas.
Para encerrar, apesar de eu ter falado bastante a respeito de sexo, quero deixar tão claro quanto possível que o centro da moralidade cristã não está aí. Se alguém pensa que os cristãos consideram a falta de castidade o vício supremo, essa pessoa está redondamente enganada. Os pecados da carne são maus, mas, dos pecados, são os menos graves. Todos os prazeres mais terríveis são de natureza puramente espiritual: o prazer de provar que o próximo está errado, de tiranizar, de tratar os outros com desdém e superioridade, de estragar o prazer, de difamar. São os prazeres do poder e do ódio. Isso porque existem duas coisas dentro de mim que competem com o ser humano em que devo tentar me tornar. São elas o ser animal e o ser diabólico. O diabólico é o pior dos dois. E por isso que um moralista frio e pretensamente virtuoso que vai regularmente à igreja pode estar bem mais perto do inferno que uma prostituta. É claro, porém, que é melhor não ser nenhum dos dois.
Extraído do livro Cristianismo Puro e Simples (Editora Martins Fontes)

Graffiti Evangelista no Morro Menino de Deus


graffiti evangelista
por Lya Alves
Primeiro vamos estabelecer alguns pontos. O Evangelho não precisa de muletas, nem de animadores de palco. O Evangelho não é entretenimento, é cruz. Gosto muito do sermão “apascentando ovelhas ou entretendo bodes”, de Spurgeon. Também acho que não é tarefa da igreja promover entretenimento aqueles que não tem prazer no Evangelho. Dentre os 5 ministérios, não está citado o de “animador de auditório”. Mas o serviço missionário faz a gente obrigatoriamente revisar alguns conceitos e submetê-los á aprovação divina.
Quando falo da comunidade do Morro menino de Deus, estou me referindo a Rio de Janeiro. Após aquele episódio de intervenção militar nos morros do Rio de janeiro várias comunidades foram pacificadas e tiveram UPP’s instaladas. Várias, mas não todas. Instaladas as UPP’s , morreu o assunto. As cidades de Niterói e São Gonçalo, porém, não tem UPP’s, e se tornaram cidades-refúgio para os traficantes dos morros do Rio de Janeiro. Repentinamente o índice de violência se tornou assutador, a ponto dos moradores se reunirem numa passeata  pela Paz na cidade. Assim, Niterói e São Gonçalo foram invadidas pelos fugitivos da “guerra no Rio”, apesar do governador e do prefeito do Rio terem os louros da vitórias obre o crime organizado.
Nesse contexto violento, conheci a missionária Janaína, que tem um trabalho missionário no Morro Menino de  Deus com as crianças locais. A idéia é evangelizar as crianças antes que sejam adotadas pelo tráfico. Naquela localidade, 12 anos já é muito tarde. Mas Deus colocou em seu coração alcançar os traficantes. E foi nesse ponto que nos conhecemos e começamos a orar por uma estratégia para alcançar o povo do tráfico. Isso significa que precisamos nos aproximar. Isso significa risco. No primeiro dia que a conheci, ela me levou aos famosos locais de “desova” na comunidade pra eu enteder bem onde estava me metendo.
“Por esta causa me ponho de joelhos” – Começamos a ora por esta causa e começamos a ver o resultado da oração. Um dos resultados foi o dia que Deus nos disse que estava abrindo portas para pregar o evangelho naquele local. Portas que nunca foram abertas antes. Dias depois, um irmão entrou no baile funk e pediu para pregar. Depois disso, os traficantes pediram para pregarmos durante o baile. Definitivamente, uma porta aberta por Deus. Na primeira vez, quatro pessoas se converteram durante o baile funk. Na segunda o clima ficou estranho, havia um cheiro de morte no ar e os missionários se retiraram. mas a porta que Deus abre, ninguém fecha…
Então, a estratégia dada por Deus foi realizarmos o Graffiti Evangelista, um projeto que existe desde 2008 na forma de oficinas de graffiti (o Philosoffiti) , e que tem o mutirão como evento principal de evangelismo. A grande pergunta é: como pode um monte de grafiteiros contribuir para o Evangelismo através da sua arte? Certamente não é pela pintura, nem pelo muro. Não é com isso que evangelizamos, é com o Espírito Santo, que nos dá a unção que despedaça todo jugo e com a Palavra de Deus, a Palavra viva e eficaz, apta pra discernir pensamentos e intenções do coração. Mas, o “Bando de Deus”precisava de um pretexto para estar ali reunido e o mutirão de graffiti foi muito bem recebido, e a comunidade, impactada. Após o graffiti Evangelista, pediram que os evangelistas
levassem o teatro de rua no Baile funk. E Lá estaremos com teatro de rua, louvor profético e palavra de arrependimento.
Sim, eu amo a mensagem da cruz - Creio profundamente no potencial transformador da cruz de Cristo. Assim como Cristo transformou a cruz, sinônimo de morte e castigo, em símbolo de vida e perdão, creio que podemos transformar o Baile funk. para aquelas quatro vidas que se converteram, o baile funk foi um Pentecostes.
O Graffiti Evangelista, foi realizado no domingo(10/03/2013), além de deixar a comunidade mais colorida com o  graffiti, teve programação com teatro de rua, animação, malabares, rap, assistência de enfermagem e evangelismo nas casas. Impactamos a comunidade com os graffitis, com a programação, com a visita nas casas, tudo acontecendo ao mesmo tempo! Arte, cultura, quebrantamento! A cultura do Reino sendo propagada bombasticamente. Respiramos Jesus o dia todo. de Bem aventurados os que viram e ouviram o som do MC Deivd Charles abrindo o evento, o som do V1da Crew(o refrão “Quem tá no piloto? Jesus!!”- marcou), e claro, André Alves com o louvor profético e poético, e fechamento ministração de Janaína e minha, também.
No domingo seguinte, retornei ao Morro Menino de Deus para realizar uma oficina de graffiti gratuita para a comunidade e também para fazer mais intervenções nos muros.
Como falei, o Evangelho não precisa de entretenimento, este não é o papel da igreja. Mas é papel da igreja alcançar os perdidos que se afogam no mar da vida. E, se a cultura for o meio de nos aproximarmos daqueles que são excluídos da sociedade, daqueles que ninguém quer, daqueles que são oprimidos pelo sistema mundano e diabólico, então que assim seja feita a vontade de Deus. Não tenha dúvidas: Jesus quer os perdidos, inclusive aqueles que andam fortemente armados e andam vestidos com violência. Para estes Jesus quer dar vestes novas. Para os que tem sangue nas mãos, Cristo quer lava-los da imundície do pecado, e para queles que querem sair do tráfico, mas não sabem como, Ele ainda é A Porta.
Agradecemos a todos que participaram, às meninas da cozinha que fizeram o lanchinho e o almoço com todo o carinho naquele calorããããao que fez no dia, á Janaína e Ricardo que  ousaram dar ouvidos á voz de Deus, ao pessoal de São Paulo que veio na fé e na coragem,enfim, a todos, pessoal, vocês fizeram a diferença. Obrigada por deixar a zona de conforto, obrigada pelo amor ágape em seus corações, obrigada por se importarem com os perdidos e não amarem suas vidas mais do que a Cristo. Nem as águas podem apagar esse amor, nem os rios afogá-lo!
A você, leitor, oro para que entenda que avivamento é muito mais do que gritos e danças: é ouvir a voz do que  clama no deserto e preparar a o Caminho do Senhor; é ouvir o coração do perdido, é ouvir a criação que anseia  deseperadamente pela manifestação dos Filhos de Deus e dizer:”eis-me aqui”. Quer ter uma experiência profunda com Deus? Venha fazer missões. Saia da superfície e mergulhe no rio de Deus.
Mais fotos na página do Ninho das Águias no Facebook, no blog do Ninho e na pág. do Ministério A Gosto de Deus.
Em Cristo,
Lya Alves

Não se sente qualificado para o seu chamado?

lost-baner
 
Por Jon Bloom
 
Pelos primeiros quarenta anos de sua vida, Moisés viveu em um lugar de força. Sendo um membro da casa do Faraó, ele tinha prestígio social, riqueza (Hebreus 11.26) e a força da juventude. Quando percebeu e perturbou-se pela opressão que seu povo estava enfrentando, ele usou sua força para fazer justiça com as próprias mãos contra um Egito opressor. Esse não era o plano de Deus para a libertação. Ele teve que fugir para continuar vivo e acabou cuidando de gado nos quietos campos de Midiã pelo seu segundo período de quarenta anos.
Assim, ele passou sua juventude em um palácio de poder e seus anos de meia-idade em pastos de serena obscuridade. Então um dia ele deu de cara com uma sarça ardente, o que acabou sendo um chamado surpreendente de Deus para seu terceiro período de quarenta anos.

“Pois agora o clamor dos israelitas chegou a mim, e tenho visto como os egípcios os oprimem. Vá, pois, agora; eu o envio ao faraó para tirar do Egito o meu povo, os israelitas” (Êxodo 3.9-10).

Esse chamado deixou Moisés com medo, fora de si. Tanto que ele discutiu face a face com Deus.
 
Objeção 1: Eu não sou ninguém, Deus.

“Moisés, porém, respondeu a Deus: ‘Quem sou eu para apresentar-me ao faraó e tirar os israelitas do Egito’?” (Êxodo 3.11). Qualquer fama ou credibilidade social que eu já tive acabaram. Na verdade, eu sou um pastor e “todo pastor de ovelhas é abominação aos egípcios” (Gênesis 46.34).
Objeção superada: “Eu estarei com você” (Êxodo 3.12). Esse chamado não é baseado na sua credibilidade, mas na minha. Eu não quero o Egito ou Israel impressionados com você. Eu quero que eles se impressionem comigo.
 
Objeção 2: Eles não vão acreditar em mim, Deus.

“E se eles não acreditarem em mim nem quiserem me ouvir e disserem: ‘O Senhor não lhe apareceu’?” (Êxodo 4.1). Eles vão pensar que eu sou um tolo. Eu posso crer em você porque você está se revelando a mim. Mas nós estamos aqui em cima em uma montanha onde ninguém pode nos ver. Eu ainda não sou ninguém e ninguém vai escutar as palavras de um ninguém, especialmente quando ele afirmar estar falando em nome de Deus!
Objeção superada: Eu estarei com você. O mesmo poder que eu demonstrei para você em secreto eu demonstrarei “para que eles acreditem que o Deus dos seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó, apareceu a você” (Êxodo 4.5). Meu objetivo é impressioná-los comigo, não com você. Acredite em mim, eu vou me mostrar!
 
Objeção 3: Eu não tenho dons para fazer isso, Deus.


“Ó Senhor! Nunca tive facilidade para falar, nem no passado nem agora que falaste a teu servo. Não consigo falar bem” (Êxodo 4.10). Conheço as expectativas retóricas da corte do Faraó. Digo, eu nem mesmo me qualificaria para o Programa de Talentos de Midiã! Você não leu os livros sobre as capacidades humanas, Deus? Eu não posso fazer isso!
Objeção superada: Moisés, “quem deu boca ao homem? Quem o fez surdo ou mudo? Quem lhe concede vista ou o torna cego? Não sou eu, o Senhor? Agora, pois, vá; eu estarei com você, ensinando-lhe o que dizer” (Êxodo 4.11-12). Você ainda não entendeu. Quero o Egito e Israel impressionados comigo, não com você. Não tenha medo. Eu estarei com você e com sua boca inexpressiva.
 
Objeção 4: Não me faça fazer isso, Deus.

“Ah Senhor! Peço-te que envies outra pessoa” (Êxodo 4.13). Deus, sério, tem que ter um candidato melhor para essa tarefa! Eu ainda devo estar sendo procurado no Egito por assassinato. Se não, eu sou apenas um ninguém. Pior, eu sou um pastor! E como se não bastasse ser uma obscura abominação assassina, eu me atrapalho todo quando falo em público! Eu não quero esse chamado.
Objeção superada: Chega! Eu tenho razões para escolher você para esse chamado. Você ainda não sabe todos os propósitos que tenho, então pare de se apoiar em seu próprio entendimento e confie em mim (Provérbios 3.5-6)! Mas como você tem tão pouca fé para isso, te enviarei seu irmão mais eloquente, Arão, contigo e “eu estarei com vocês quando falarem, e lhes direi o que fazer” (Êxodo 4.15). Agora mexa-se!
Você se sente desqualificado para aquilo que Deus está lhe chamando para fazer? Junte-se ao time. Trabalho do Reino é um trabalho sobrenatural, não importa qual seja o seu chamado. Se ele não requer fé real, uma desesperada dependência de que Deus esteja com você para ter sucesso, então ou não é um chamado de Deus ou você ainda não o entendeu.
Você tem discutido com Deus sobre suas qualificações para o chamado? Se sim, lembre-se de Moisés. E lembre-se de que o chamado de Deus para você não é sobre você. É sobre Ele. E a pergunta é: Você está desejando que Deus use suas fraquezas para mostrar quão impressionante Ele é?
Não use suas fraquezas como uma desculpa para a incredulidade. Prossiga pela fé. Deus estará com você, lhe guiará, lhe dará a ajuda que você precisar. Porque o modo de operação padrão de Deus é escolher…

“as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. Ele escolheu as coisas insignificantes do mundo, as desprezadas e as que nada são, para reduzir a nada as que são, para que ninguém se vanglorie diante dele” (1 Coríntios 1.26-29).

O plano de Deus em glorificar o seu nome

Por Mark Dever
Salmo 22: “Lembrar-se-ão do SENHOR e a ele se converterão os confins da terra; perante ele se prostrarão todas as famílias das nações.”

Tenho certeza de que vocês conhecem o famoso versículo do Salmo 46: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus.” Mas você sabe o resto dele? “Serei exaltado entre as nações.”

Este é o plano de Deus: fazer-se conhecido e fazer seu nome exaltado entre as nações. E no Salmo 86 há uma prévia do livro de Apocalipse. Versículo 8: “Não há entre os deuses semelhante a ti, Senhor; e nada existe que se compare às tuas obras. Todas as nações que fizeste virão, prostrar-se-ão diante de ti, Senhor, e glorificarão o teu nome. Pois tu és grande e operas maravilhas; só tu és Deus!”

Como o Senhor diz em Malaquias: “Meu nome será grande entre as nações, desde o nascente do sol até ao poente; e em todo lugar lhe é queimado incenso e trazidas ofertas puras, porque o meu nome é grande entre as nações, diz o SENHOR dos Exércitos.”

Certo, isso é o que Deus disse que faria, e o que ele está fazendo, e o que irá fazer. Agora, a questão é: Como ele fez, faz e fará isso acontecer?

Se você quiser voltar a Gênesis, você tem Abrão no início no capítulo 12 e continua até o capítulo 49, e vê Jacó abençoando seus filhos antes de morrer e quando chega a Judá, você se lembra de sua famosa profecia em Gênesis 49:10. “O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de governante de entre seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos.” Claro que esse governante é o Leão de Judá, Jesus Cristo. É assim que Deus faria isso. Através de Jesus Cristo. E sabemos que esse Leão também é o Cordeiro. Conforme vemos no livro de Apocalipse. Isso é gloriosamente cumprido em Apocalipse 5:9, onde os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos se ajoelham e cantam um cântico novo ao Cordeiro: “Porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação.” E aquela grande multidão aparece dois capítulos depois, no capítulo 7, verso 9. E João a descreve como uma “grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro.” E o que são essas pessoas compradas?

Você se lembra que quando Pedro confessou a Jesus como o Messias, o Cristo, Jesus prometeu que edificaria sua igreja, seu povo, sua assembleia, sobre Pedro, e sobre a confissão que ele havia feito. Em Mateus 16 e 18, ele dá sua própria autoridade a essa assembleia, essa igreja. E o que ele promete aos discípulos no final de Mateus, no capítulo 28? Que ele teria toda autoridade no céu e na terra, Jesus, e estaria com eles sempre até o fim dos tempos, e que eles deveriam ir e fazer discípulos de todas as nações. Então como Deus cumpriria seu plano de trazer glória a si mesmo entre todos os povos? Através de Cristo, e especificamente através da igreja de Jesus Cristo. Então não nos surpreendemos quando saímos dos evangelhos e vamos para Atos, e descobrimos que foi isso que os primeiros cristãos fizeram. Não é meramente uma história de evangelizar os perdidos, mas de congregar os convertidos. Foi isso que fizeram. Eles plantaram igrejas.

Novamente, isso não deveria nos surpreender. Este padrão de Deus trabalhar com um povo, é um padrão que já vimos no Antigo Testamento. É dessa maneira que Deus trabalha. Ele fez isso com Adão e Eva, ele fez com Abrão, e continuamos vendo isso. Em Levítico 20, o Senhor falou com seu povo no deserto através de Moisés: “Eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos separei dos povos. Ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus.” Então, a obediência de Israel era em liderar as nações em glorificar do Deus Verdadeiro. Seu povo era o meio de trazer-lhe glória. Este tem sido o plano de Deus desde Gênesis até Apocalipse! Que seu nome seja glorificado através de seu povo