sexta-feira, 29 de março de 2013

Marco Feliciano, direitos humanos e a desordem pública



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Por Ruy Marinho
Eu sei que o assunto está extremamente saturado no momento. Mas eu não posso deixar de expor a minha opinião pessoal.
Como cristão reformado e calvinista, sou declaradamente discordante da teologia que o Pr. Marco Feliciano segue por entender que é distorcida, mística, destrutiva e compromete a integridade das Escrituras.
Discordo do fato dele utilizar o título de “pastor” para se promover a cargos políticos, pois creio que o chamado pastoral é inegociável. Concordo com Spurgeon, quando disse certa vez ao seu filho: “Meu filho, se Deus te chamou para ser missionário, eu ficaria triste ao ver-te ser reduzido a um rei”. Neste sentido, compartilho a mesma opinião que o Rev. Augustus Nicodemus: “Quando o pastor ganha certa popularidade, e depois se elege, ele tem que renunciar o ofício de pastor, pois se ele falar qualquer bobagem, essa lama respinga em toda a igreja evangélica. Fazendo isso, ele preserva a Igreja de vexames, e evita toda essa bagunça que estamos vendo”.
Por fim, não votei e jamais votaria em Marco Feliciano como político por entender que ele não possui preparo suficiente para representar os princípios cristãos na esfera política, além de ter feito alianças com expoentes marxistas, como por exemplo, o seu apoio à candidatura da Dilma para presidente, dentre outros problemas políticos e pessoais.
Porém, não posso deixar de julgar com reta justiça a questão do referido deputado perante o contexto atual em que vivemos na política de nosso país. O momento é muito grave e requer de nós, cristãos, um posicionamento contundente e atuante em defesa da família e dos bons costumes.
Infelizmente carecemos de políticos cristãos sérios e bem preparados, comprometidos com um testemunho íntegro fiel às Escrituras. Oro para que no Brasil tenhamos políticos segundo Romanos 13, acima de tudo tementes a Deus, que representem os princípios cristãos da família, bem como que a igreja tenha uma participação mais efetiva na esfera política, não com candidatos “pastores”, mas com políticos cristãos muito bem preparados para esta área de atuação tão delicada e corrompida.
Mas, contentando-se com o que temos atualmente – tendo em vista à urgência do momento, sejam pastores ou padres políticos, creio que obviamente eles irão defender os princípios e valores morais tradicionais “básicos”, independente de suas linhas teológicas, das quais eu possa discordar. São eles que atualmente estão na “linha de frente” dessa verdadeira guerra intelectual instalada no ambiente político brasileiro. Querendo ou não, são os que combatem diretamente o marxismo cultural instalado na esfera política, ideologia que tem como um dos principais objetivos destruir os princípios cristãos na sociedade.
Diante do exposto, a realidade é que o deputado Marco Feliciano, além de ter sido democraticamente eleito com mais de duzentos mil votos, ele foi legalmente constituído presidente da referida Comissão dos Direitos Humanos e Minorias pelos próprios deputados membros desta comissão. Se ele vai desenvolver o seu papel de forma íntegra e correta, só o tempo vai nos dizer. Neste caso, temos que “pagar para ver” e cobrá-lo se não cumprir com o esperado.
Mas, a grande questão que devemos contrabalancear é a violenta intolerância religiosa e a baderna promovida pelos ativistas “gaysistas” e outros esquerdistas aliados, ideologicamente contrários não somente ao Marco Feliciano, mas também aos princípios cristãos. Perseguir, humilhar, achincalhar, escarnecer e ridicularizar alguém por ter feito “declarações filosóficas” (obviamente desastrosas e algumas teologicamente questionáveis) é no mínimo contraditório – para não dizer criminoso, pois o caminho para denunciar qualquer suspeita de ato criminal é a Justiça. Se alguém acha que o Marco Feliciano cometeu algum crime, que acione a Justiça e formalize a sua denúncia. Porém, os ativistas “gaysistas” parecem ignorar as leis. Afinal, eles chegam no extremo da desordem pública ao promover um violento terrorismo emocional, inconstitucional e repulsivo, ao ponto de desrespeitar as leis vigentes em nosso país e até mesmo à nossa Carta Magna, haja vista o protesto ilegal feito na porta da Igreja de Marco Feliciano pelos militantes gays, que aos gritos de palavras de desordem, palavrões e ameaças de agressão, violaram o ambiente de culto religioso protegido pela Constituição Federal (veja aqui). Até mesmo assuntos urgentes, onde a preservação de vidas humanas dependem das atividades da CDHM, foram completamente desrespeitadas pelos ativistas intolerantes (veja aqui).
Chegando ao cúmulo da contradição, notamos que por algum motivo que precisa ser apurado, os mesmos ativistas esquerdistas que aprontam a maior baderna na “casa do povo”, não fazem a mesma “algazarra democrática” para protestar por algo muito mais grave do que qualquer declaração filosófica, ou seja, pelo fato de políticos condenados pela justiça (José Jenuíno, João Paulo Cunha e Paulo Cesar Maluf) ocuparem a Comissão de Constituição e Justiça – de todas as comissões a mais importante do Congresso Nacional, além da nomeação como presidente do Senado Federal o Senador Renan Calheiros, também condenado pela justiça. Quanta incoerência!
Portanto, quero registrar a minha nota de repúdio a perseguição que o deputado Marco Feliciano está sofrendo por parte dos ativistas “gaysistas”, dos demais aliados marxistas e até mesmo da mídia. Desejo que ele “não renuncie” e continue firme na resistência à toda essa perseguição religiosa. Mesmo discordando dele no que concerne aos campos teológico e ético, espero que ele desempenhe com coerência e honestidade a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, onde há muito tempo tem sido colocado como ênfase principal a parte das “minorias” em detrimento dos direitos humanos de fato.
Soli Deo Gloria!

o lobo: Inimigo ou desculpa?




Por Josemar Bessa
Como lidar com o engano e falso ensino? A desculpa de muitos para sua postura anti-igreja se concentra nos falsos mestres... Essa desculpa só pode vir ou da incredulidade para com a Bíblia ou da hipocrisia. Deus sempre disse que essa seria uma realidade na vida da igreja: “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.” - 2 Pedro 2:1
Pedro não poderia ser mais claro – Não há “talvez”, “mas”, “quem sabe...” – Há uma declaração enfática: “entre vós haverá!” – Portanto, onde está a surpresa? Havia falsos profetas em Israel durante toda a história do Velho Testamento, mas a solução jamais foi deixar de ser o povo da Aliança e se tornar pagão, ou ser do time do “eu sozinho...”. Pedro diz: “Entre vós haverá!”.
Falsos profetas eram problema constante no Velho Testamento, apesar de haver clara ordem deles serem identificados e extirpados do meio do povo, raramente Israel tratou com este problema. O que fez eles se multiplicarem trazendo muitas vezes ruína espiritual a todo povo da Aliança. Mas a solução jamais passou em não ser o povo da Aliança...
Pedro aplica isso a igreja. Pedro está escrevendo para a igreja: “Entre vós haverá também falsos mestres...” – Ele está falando da igreja local. Está falando a membros da igreja local, da congregação para onde sua carta está sendo enviada. Ou seja, não existe tal coisa como uma igreja pura e perfeita deste lado do céu. Amamos a verdade lutando por ela no contexto da igreja. É isto que Pedro está fazendo, e não sendo anti-igreja. Desculpas por não amar a igreja escondem o individualismo de nossa geração... cada um por si. Cada um sendo mestre de si mesmo...
Muitas pessoas esperando amar uma igreja ideal não amam a igreja de forma alguma, e jamais amarão. Os Reformadores ao morrerem, estavam longe de viverem numa igreja ideal, mas amaram e serviram a igreja com todas as suas forças.
Paulo diz duramente: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho” - Gálatas 1:6 – Uau! Isso é duro. Mas de forma alguma Paulo se tornou um anti-igreja. Paulo amou, apesar disso, a igreja dos Gálatas, Coríntios... Vejam suas palavras: “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós” – Gálatas 4.19
Satanás é falsificador... Paulo diz aos Coríntios: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.” -  2 Coríntios 11:3
Sendo um falsificador, satanás tem um
falso evangelho: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” - Gálatas 1:6-9

Pregado por falsos ministros: “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.” - 2 Coríntios 11:13-15

Produzindo falsos irmãos: “...em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos...” - 2 Coríntios 11:26

O chamado é para identificar e combater, e não usar isso como desculpa para esconder nosso individualismo que reflete nossa geração e cultura e não a Verdade e a ordem de Deus para nós. Identificar e combater foi o que fizeram dia a dia os apóstolos vivendo em meio ao rebanho... igreja locais... dos Gálatas, Efésios, Coríntios... pois é o mercenário, e não quem ama a verdade, que abandona o rebanho por causa do lobo: “Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas”. - João 10:12 – Apesar de não sermos todos pastores, todos temos a responsabilidade pelo rebanho de Deus, por isso Pedro fala a todos da igreja local: ““E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.” - 2 Pedro 2:1

Jamais use o lobo como desculpa para o teu individualismo que abandona o rebanho e que reflete uma cultura sem Deus e não o amor de Deus pela igreja.