quarta-feira, 3 de abril de 2013

Quem é Deus?


Por Roberto Vargas Jr.
Quem é Deus? E o que é a realidade, o que é tudo que existe?
Alguém já disse, e eu concordo, que, se não existe Deus, este assunto é insignificante. Mas se Deus há, então tudo que se refere a Ele é da maior importância. E a verdade é que a resposta à segunda pergunta depende muito do que se responde à primeira.
Pois bem, nós, reformados, afirmamos que há um Deus e queremos saber quem Ele é. O curioso é que temos sido acusados recentemente de criarmos um Deus à nossa imagem. Não atino como isto se possa dar, pela maneira como O pensamos, mas isso é uma reciclagem da velha acusação de interpretar a Bíblia pelo calvinismo e não o contrário. Não vale muito a pena ficar a rebater tal acusação. O melhor mesmo é irmos às Escrituras e buscarmos responder à questão sobre quem é Deus com base nelas. Pois, sim, ainda cremos e creremos sempre que as Escrituras são a Revelação que Deus faz de Si mesmo!
As Escrituras, pela graça de Deus, são pródigas em revelar Seus atributos. E o estudo destes é algo que deveria ser feito por todo aquele que se chama cristão. Impossível não se maravilhar com o caráter de nosso Deus! Impossível não louvá-lO por Suas qualidades. Impossível não se prostrar perante Ele e impossível não Lhe dar glórias!
Sim, muito haveria que se dizer sobre quem Deus é. Uma resposta exaustiva não é possível, pois Ele é o Insondável. E mesmo Sua Revelação nos fala apenas daquilo que precisamos saber. E, também, queremos uma resposta mais breve. Uma que seja apenas suficiente para nos indicar o caminho da resposta à segunda pergunta. Assim sendo, creio não haver caminho melhor que aquele que passa pelo nome que Deus dá a Si mesmo e que passa também pelo nome em que Ele é o próprio revelar-Se!
O nome que Deus dá a Si mesmo
Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros (Ex 3.14).
Talvez a associação mais imediata que fazemos ao lermos Deus dizer EU SOU é em relação a Sua eternidade e outros atributos diretamente relacionados a ela. “Deus é” significa, em certo sentido, que Ele foi, é e será. Ou talvez seja melhor dito que Ele sempre foi, é e sempre será! Uma aproximação em termos de tempo, sem dúvida, pois a eternidade é atemporal. Transcende o tempo. Deus é eterno!
E este “sempre ser” também sugere imediatamente imutabilidade. Se é, eternamente, é sempre o mesmo. Pois mudar significa deixar de ser. Deus não muda, é imutável! Daí inferimos imediatamente Sua fidelidade. Pois se é e não muda, eternamente, as promessas feitas desde a eternidade serão cumpridas sem sombra de dúvida! Deus é fiel!
Assim, em um curto e rápido olhar, percebemos a riqueza desta revelação. Três atributos apreendemos e mais outros tantos podem ser inferidos. Mas há um sentido em especial, o sentido ontológico, que nos cumpre olhar com um pouco mais vagar: Deus, e só Deus, é! Apenas em Deus o ser é propriamente. Ou, dizendo de um outro modo, apenas Deus propriamente é. Sei bem que esta linguagem metafísica é estranha a muitos, dado o espírito positivo (empírico) de nosso tempo. Mas esforcemo-nos em apreender o sentido destas palavras. E, talvez, o melhor meio para isso é pelo contraste com o que somos. E o que somos? O que é homem?
“O homem é como um sopro; os seus dias, como a sombra que passa” (Sl 144.4). Ontem nós fomos e hoje somos. Mas amanhã passaremos. Sim, somos limitados. No tempo (contra a eternidade) e no espaço (contra a onipresença). Mas para além disso, o homem só pode ser, ele apenas é, enquanto Deus o sustem. Ele não pode suster-se por si. Não importa quão grande ele se sinta ou quão seguro esteja de seu poder e força. Ele não pode ir além de sua contingência. Agora ele é, mas, no momento seguinte, como saber?
Deus, ao contrário, é ilimitado em tudo que é. Não apenas eterno e onipresente, mas também onisciente e onipotente. Mas, acima de tudo isso, Ele é porque é. Ele não pode não ser, pois o não ser é o nada. Mas Deus, o Deus EU SOU, Ele é, necessariamente!
Tudo que é, é. Porém apenas em Deus o ser encontra seu perfeito significado. Deus é o Ser, e todo ser dEle depende, dEle recebe o seu próprio ser. Apenas Deus propriamente é. Apenas Deus é, absolutamente! Tudo o mais é relativo a Ele. Eis aí um significado do EU SOU fundamental para todo pensamento humano: Deus é Absoluto!
Deus é o Absoluto!
O nome em que Deus é o próprio revelar-Se
No princípio era o LOGOS, e o LOGOS estava com Deus, e o LOGOS era Deus (Jo 1.1).
Alegra-me o fato de Deus ter-se revelado como o EU SOU numa era pré-filosófica. Pois o fato precede a metafísica e toda a profundidade do pensamento racional sobre o ser. Que os homens, mesmo sem conhecer o Deus Vivo dos hebreus, tenham apreendido esta profundidade e os cristãos mais tarde a tenham identificado não me sugerem qualquer acaso!
Mas quanto ao Logos, ao contrário, não em relação ao acaso, mas ao uso racional do termo, não me parece qualquer despropósito que João o tivesse incorporado conscientemente ao vocabulário cristão devido justamente a este uso. Isto é, no primeiro caso o significado do nome independe de qualquer filosofia. Mas, no segundo, a filosofia está mesmo a enriquecer o termo pelo qual Deus inspira o apóstolo a dizer ser Seu nome.
Nossas Bíblias traduzem o termo Logos por Palavra ou Verbo, havendo a identificação com Cristo. Estão a enfatizar o princípio racional Criador pela própria ação de criar: “Disse Deus: Haja luz; e houve luz” (Gn 1.3). Jesus é o Verbo, a Palavra criadora de Deus. Na verdade, aqui já se encontra todo o significado que o termo encerra: o Deus Criador! Porém, aquele que crê faz bem saber da ligação filosófica entre os termos “logos” e “arché”.
De forma bem resumida, os primeiros filósofos procuravam a arché, um princípio pelo qual tudo vem a ser, sendo, além da própria constituição do que é, tanto origem quanto aquilo que mantém todo ser. Este princípio é também racional, um logos, um princípio de ordem e de beleza. A associação deste conteúdo filosófico com o Deus Criador não é óbvia? E não é mesmo enriquecedora do termo?
Assim é que o LOGOS é o princípio que a tudo sustem por Sua Palavra, dando ordem e beleza a tudo que é, sendo mesmo a origem a partir do que tudo deve seu próprio ser. E note que, sendo o princípio pelo qual Sua voz a tudo dá significado, é também por este mesmo princípio, Sua Palavra, que Ele se dá a conhecer, que Ele Se revela! Seu nome é o próprio revelar-Se!
Enfim, o EU SOU, o Ser, o Absoluto, é o próprio LOGOS, o Deus Criador: a Origem!
Deus é a Origem!
A realidade
Temos respondida a primeira pergunta. Mas, e a realidade? O que é ela?
Não, é claro que não tenho a pretensão, neste pequeno espaço, de dar qualquer resposta, breve ou longa, simplista ou exaustiva. Não é sobre a resposta em si que pretendo falar, mas do caminho para ela. Pois o homem passou um longo tempo iludido por sua razão e acreditando que dela poderia inferir todas as respostas que deseja. Muitos ainda a mantém uma rainha, sem perceber quão irracionais são em sua racionalidade. Mas outros tantos já perceberam sua loucura. E se desesperam de poder obter qualquer resposta. Saem afirmando aos quatro ventos a impossibilidade de se afirmar. Não possuem absolutos, nem mesmo a razão. Desesperaram da verdade, desesperaram de conhecer! Neste contexto, vemos não só a relevância, mas também a atualidade do cristianismo e da Revelação.
A razão sozinha, feita ela própria um absoluto, não pode encontrar um fundamento sobre o qual conhecer, pois ela não é este absoluto. Ela é apenas uma faculdade do homem. E este é contingente. É limitado no tempo e no espaço e incapaz de se colocar como a medida de todas as coisas. Como a razão deste homem poderá se colocar como absoluta? Como poderá medir tudo o mais por ela mesma? Apenas a ingenuidade pode manter a razão em seu trono.
Então está certo o homem em se desesperar! Está? Eis aí Deus a Se revelar! Ele se mostra o Absoluto sobre o qual construir, um fundamento, o único, do pensar. Ele se apresenta como a Origem de todas as coisas, sendo possível por Ele e nEle encontrar o significado de tudo que há! Basta ouvir o que Ele diz e saberemos não apenas quem Ele é, mas o que somos e o que toda realidade é. Apenas a rebeldia pode insistir no desespero!
Conclusão
Oh, nações, oh, povos! Atentem para o que estão fazendo, dizendo e pensando! Oh, pecadores! Oh, cada um de nós! Busquemos o Senhor enquanto se pode encontrá-lO (Is 55.6)! Ele Se revela e Se dá a conhecer para que vivamos com Ele eternamente. Sim, Ele assim o faz! Ouçamos o que Ele diz!
E louvemos a Deus como Ele é: “o Absoluto, o Criador, a Origem, o Logos, o Eterno, o Imutável, o Ser, a Razão de ser de tudo o que há, que houve ou há de ser, Aquele que não apenas pode, mas que efetivamente dá a tudo sua significação e Aquele em quem, enfim, a razão é, efetivamente, possível!”[1].
SOLI DEO GLORIA!

É crucial ser direcionado pela Verdade


Amando a Deus por amar a Verdade

Por John Piper
Nosso interesse pela verdade é uma expressão inevitável de nosso interesse por Deus. Se Deus existe, Ele é a medida de todas as coisas, e o que Deus pensa é a medida de tudo o que devemos pensar. Não se interessar pela verdade é o mesmo que não se interessar por Deus. Amar a Deus intensamente implica amar a verdade na mesma proporção. Ter a vida centralizada em Deus significa ser direcionado pela verdade no ministério. Aquilo que não é verdadeiro não procede de Deus. O que é falso é contrário a Deus. Indiferença para com a verdade equivale à indiferença para com a mente de Deus. A pretensão é rebeldia contra a realidade, e quem faz a realidade é Deus. Nosso interesse pela verdade é apenas um eco de nosso interesse por Deus.
Biblicamente, a urgência de sermos direcionados pela verdade é vista pelo menos de três maneiras. Primeiramente, Deus é verdade. Toda a Trindade é a verdade. Deus Pai é verdadeiro, e nada pode anular a completa fidelidade e confiabilidade em todas as suas promessas e afirmações. "E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem" (Rm 3.3-4).
Deus Filho, que é a própria imagem do Pai, é verdadeiro. Jesus disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6). Em Apocalipse 19.11, João viu a Jesus glorificado como fiel e verdadeiro: "Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça".
Deus Espírito, que pessoalmente, no seu ministério em nós, vive a vida do Pai e do Filho, é o Espírito da verdade. Jesus disse: "Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim... quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade" (Jo 15.26; 16.13).
Amar a Deus, o Pai, o Filho e o Espírito, significa amar a verdade. Buscá-los é buscar a verdade. Paixão pela vindicação dEles no mundo envolve uma paixão pela verdade. Não há qualquer separação entre Deus e a verdade. A expressão "Deus é" precede "Deus é amor"; e "Deus é" tem um conteúdo e significado. Deus é uma coisa e não outra coisa. Ele tem caráter. Sua natureza possui características que O definem. O interesse pelo verdadeiro Deus, que não é criado à nossa imagem, é o fundamento de uma vida direcionada pela verdade.
A segunda maneira em que podemos perceber a urgência bíblica de sermos direcionados pela verdade é a terrível advertência de que não amar a verdade equivale a suicídio eterno. Paulo falou sobre um iníquo que, no final dos tempos, virá "com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos" (2 Ts 2.9-10). Amar a verdade é uma questão de perecer ou ser salvo. Indiferença para com a verdade é a característica peculiar da morte espiritual.
Paulo foi mais além, contrastando o crer na verdade com o ter prazer na impiedade — "A fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça" (2 Ts 2.12). Isto mostra que o crer na verdade envolve as afeições, visto que a sua alternativa é "deleitar-se" em outra coisa. Isto também mostra que a verdade é moral e não apenas cognitiva, pois a sua alternativa é a impiedade e não apenas a falsidade. O convincente impacto desta passagem bíblica é que amar a verdade — crer na verdade com todo o coração — é uma questão de vida ou morte eterna.
A terceira razão por que digo que ser dirigido pela verdade é tão urgente se encontra no fato de que o Novo Testamento retrata o viver cristão como o fruto do conhecer a verdade. Por exemplo, quando Paulo disse: "Não sabeis?", como uma repreensão ou um incentivo, em relação a algum comportamento, estava mostrando que o verdadeiro conhecimento mudaria o comportamento. "Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não" (1 Co 6.15). Isto significa que conhecer a verdade a respeito do corpo redimido de um crente é uma poderosa fonte de castidade.
"Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne... Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (1 Co 6.16,19). Não conhecer a verdade é uma grande causa de irreverência e imoralidade. A verdade é uma fonte de viver cristão santo. Você conhece a verdade, e a verdade o torna livre — do pecado para Deus.
Amar a verdade é uma marca de uma visão de mundo centralizada em Deus; é obediência ao primeiro e grande mandamento.

Amando a Deus por amar a Verdade


Por John Piper
Nosso interesse pela verdade é uma expressão inevitável de nosso interesse por Deus. Se Deus existe, Ele é a medida de todas as coisas, e o que Deus pensa é a medida de tudo o que devemos pensar. Não se interessar pela verdade é o mesmo que não se interessar por Deus. Amar a Deus intensamente implica amar a verdade na mesma proporção. Ter a vida centralizada em Deus significa ser direcionado pela verdade no ministério. Aquilo que não é verdadeiro não procede de Deus. O que é falso é contrário a Deus. Indiferença para com a verdade equivale à indiferença para com a mente de Deus. A pretensão é rebeldia contra a realidade, e quem faz a realidade é Deus. Nosso interesse pela verdade é apenas um eco de nosso interesse por Deus.
Biblicamente, a urgência de sermos direcionados pela verdade é vista pelo menos de três maneiras.
Primeiramente, Deus é verdade. Toda a Trindade é a verdade. Deus Pai é verdadeiro, e nada pode anular a completa fidelidade e confiabilidade em todas as suas promessas e afirmações. "E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem" (Rm 3.3-4).
Deus Filho, que é a própria imagem do Pai, é verdadeiro. Jesus disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6). Em Apocalipse 19.11, João viu a Jesus glorificado como fiel e verdadeiro: "Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça".
Deus Espírito, que pessoalmente, no seu ministério em nós, vive a vida do Pai e do Filho, é o Espírito da verdade. Jesus disse: "Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim... quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade" (Jo 15.26; 16.13).
Amar a Deus, o Pai, o Filho e o Espírito, significa amar a verdade. Buscá-los é buscar a verdade. Paixão pela vindicação dEles no mundo envolve uma paixão pela verdade. Não há qualquer separação entre Deus e a verdade. A expressão "Deus é" precede "Deus é amor"; e "Deus é" tem um conteúdo e significado. Deus é uma coisa e não outra coisa. Ele tem caráter. Sua natureza possui características que O definem. O interesse pelo verdadeiro Deus, que não é criado à nossa imagem, é o fundamento de uma vida direcionada pela verdade.
A segunda maneira em que podemos perceber a urgência bíblica de sermos direcionados pela verdade é a terrível advertência de que não amar a verdade equivale a suicídio eterno. Paulo falou sobre um iníquo que, no final dos tempos, virá "com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos" (2 Ts 2.9-10). Amar a verdade é uma questão de perecer ou ser salvo. Indiferença para com a verdade é a característica peculiar da morte espiritual.
Paulo foi mais além, contrastando o crer na verdade com o ter prazer na impiedade — "A fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça" (2 Ts 2.12). Isto mostra que o crer na verdade envolve as afeições, visto que a sua alternativa é "deleitar-se" em outra coisa. Isto também mostra que a verdade é moral e não apenas cognitiva, pois a sua alternativa é a impiedade e não apenas a falsidade. O convincente impacto desta passagem bíblica é que amar a verdade — crer na verdade com todo o coração — é uma questão de vida ou morte eterna.
A terceira razão por que digo que ser dirigido pela verdade é tão urgente se encontra no fato de que o Novo Testamento retrata o viver cristão como o fruto do conhecer a verdade. Por exemplo, quando Paulo disse: "Não sabeis?", como uma repreensão ou um incentivo, em relação a algum comportamento, estava mostrando que o verda­deiro conhecimento mudaria o comportamento. "Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não" (1 Co 6.15). Isto significa que conhecer a verdade a respeito do corpo redimido de um crente é uma poderosa fonte de castidade.
"Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne... Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (1 Co 6.16,19). Não conhecer a verdade é uma grande causa de irreverência e imoralidade. A verdade é uma fonte de viver cristão santo. Você conhece a verdade, e a verdade o torna livre — do pecado para Deus.
Amar a verdade é uma marca de uma visão de mundo centrali­zada em Deus; é obediência ao primeiro e grande mandamento