domingo, 5 de maio de 2013

Pesquisa revela que evangélicos não conhecem as doutrinas básicas de sua igreja

Pesquisa revela que evangélicos não conhecem as doutrinas básicas de sua igreja

Um estudo realizado pelo Instituto LifeWay Research revela que enquanto boa parte dos evangélicos têm uma boa compreensão dos ensinamentos doutrinários de suas igrejas, muitos cristãos tem dificuldade em explicar sua fé.
Na pesquisa, cristãos batizados foram questionados sobre a salvação, Bíblia e a natureza de Deus, questionamentos que podem confundir muitos cristãos. Quando perguntados “Quando você morrer, irá para o céu pois confessou seus pecados e aceitou Jesus Cristo como seu Salvador?”, 19% das pessoas entrevistadas responderam que não tem certeza, e 26% dos entrevistados acreditam que “se uma pessoa está sinceramente buscando a Deus, poderá obter a vida eterna através de outras religiões além do cristianismo”.
Também foram feitas perguntas como: “Quando você morrer, irá para o céu porque fez o melhor possível para ser uma boa pessoa e viver uma boa vida?”. 7% das pessoas responderam que sim, e apenas 5% concordam que “não tem como saber oque irá acontecer depois de sua morte”.
Quando ouviram a afirmação “Quando você morrer irá para o céu porque você leu a Bíblia, se envolveu na igreja, e tentou viver como Deus queria que você vivesse”, apenas 2% dos cristãos concordaram e há somente 1% destes entrevistados que não acreditam na vida após a morte.
Quando questionados sobre a singularidade do Deus da Bíblia, 12% das pessoas não sabiam responder se havia diferença entre ele e os deuses descritos por outras religiões. Ao serem perguntados sobre o pecado, 13% dos evangélicos não sabem dizer se é necessária uma punição para os pecadores.
“Se as igrejas fizeram uma avaliação do que seus membros pensam sobre estas verdades bíblicas, muitos ficariam surpresos ao descobrir como as doutrinas básicas são ignoradas ou questionadas”, disse o líder da LifeWay, o pastor Ed Stetzer. “Cada igreja tem uma combinação diferente do número de discípulos maduros e de bebês espirituais que ainda necessitam compreender a mensagem básica do Evangelho”, completou.
Ele explica que a LifeWay tem feito esse tipo de pesquisa pois acredita que o discipulado é um processo que deve ajudar cada pessoa a crescer em sua jornada espiritual. Mesmo assim, a maioria das igrejas tem deixado de lado a Escola Bíblica ou os chamados “cultos de doutrina”, preferindo focar nos “cultos da família” ou em eventos.
Essa pesquisa ouviu 2.930 adultos que são membros de uma igreja evangélica e frequentam os cultos no mínimo uma vez por mês. A margem de erro é de 1,8 por cento para mais ou para menos.  Com informações BP News.

Fora com as palhaçadas ministeriais – Deus requer que os líderes obedeçam as regras!


Por J. Lee Grady
Cerca de dois anos atrás um dinâmico pregador, pastor de uma igreja em crescimento no sul dos Estados Unidos foi pego em adultério. A perplexa esposa conversou com a “outra”, uma dançarina de outro país e falou de Jesus pra ela. Nesse ínterim um pequeno grupo de pastores “encobriu” o problema e rapidamente despachou o pastor para algumas sessões de aconselhamento. Logo depois, o pastor se divorciou, e os membros da igreja que não estavam cientes da situação culparam-na pela quebra de relacionamento conjugal.
Hoje este pastor continua pregando – ainda que sejam pregações ocas. Alguns membros da igreja se afastaram quando souberam da infidelidade do pastor. No entanto, outro tanto ficou por achar que não podiam julgar o pastor por seu pecado.
Inda que seja doloroso ter de afastar um líder talentoso do púlpito, este deve ser afastado para preservar o temor do Senhor.
Coisas deste tipo vêm se repetindo nos últimos anos. Jamal Harrison-Bryant, pastor de uma igreja de dez mil membros em Baltimore foi acusado de ser pai de uma criança fora do casamento. Sua esposa, Gizellle, ao saber do caso, pediu o divórcio. No entanto, Bryant pregou um novíssimo sermão em sua igreja usando o exemplo de Davi e seu adultério com Bate-Seba para se justificar.
“Eu ainda sou o homem!” gritou do púlpito para vibração e alegria do povo que o aplaudiu. “A unção que possuo é maior que qualquer erro”. E deixou claro que não queria ser disciplinado. Para Bryant a unção está acima do caráter.
Essa imoralidade entre os líderes deixa a maioria dos crentes confusos. Será que um líder pode ser desqualificado? A restauração deve ser imediata? Seremos fariseus pelo fato de pedir que os líderes deixem o púlpito e se assentem novamente entre o povo até que provem que estão restaurados? É preciso rever algumas regras básicas:
1. Existem regras de qualificação para que uma pessoa seja líder na igreja, e o apóstolo Paulo deixou claro que existe um teste decisivo para que alguém seja líder. Em 1 Timóteo 3.2-7 ele afirma que o líder deve ser (1) irrepreensível; (2) marido de uma só mulher; (3) temperado (não pode ser dado ao álcool ou outras substâncias); (4) Prudente; (5) respeitável; (6) hospitaleiro; (7) apto para ensinar; (8) que saiba governar bem sua própria casa; (9) que tenha bom testemunho dos vizinhos e (10) que não seja um novo convertido (neófito).
Escrevendo a Tito Paulo faz as mesmas exigências e acrescenta outras qualificações: (11) não seja arrogante; (12) nem cobiçoso (13) ou ganancioso.
Observe que apenas uma das qualificações requer unção, que é a capacidade de ensinar. Todas as demais qualidades são de caráter. Paulo nada diz sobre a capacidade que o líder deve ter de profetizar, curar enfermos, ter visões, conversar com anjos, levantar dinheiro, cantar, gritar ou levar a audiência a um frenesi. Nem tão pouco requer credenciais acadêmicas. O caráter é a chave!
Os comentaristas concordam que a expressão “marido de uma só mulher” era um avanço na era do Novo Testamento para afirmar que “ele deve ser marido de uma única mulher”. Não pode ser um adúltero. (Nem bígamo). Os líderes têm de viver em pureza sexual. Precisam ajustar-se à definição bíblica de casamento e permanecer fiel neste contexto.
2. Os que não preenchem tais qualificações devem ser afastados. Ao exigir caráter de seus líderes Paulo está inferindo que os que não preencherem tais qualificações devem ser afastados do ofício – pelo menos até preencherem todas as exigências. Se fracassarem, diz Paulo, devem ser repreendidos na presença de todos para que os demais temam… (1 Tm 5.20). O pecado do líder não deve ser minimizado, desculpado ou varrido pra baixo do tapete.
E nada disto era opcional – e Paulo advertiu a Timóteo sobre a tentação de ser parcial. Ele escreveu: “Conjuro-te… que guardes estes conselhos…” (V 21). A disciplina bíblica tem de ser firme. Não se pode afastar uma pessoa por adultério e dar tratamento diferenciado a outra pessoa com o mesmo problema só porque é nosso amigo. Mesmo que seja dolorido fazê-lo, tem de ser feito para trazer o temor do Senhor sobre as pessoas.
3. A igreja não prosperará se não disciplinar seus líderes. Com ternura Paulo advertiu a Timóteo quanto a líderes ordenados precocemente. Ele escreveu: “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos” (1 Tm 5.22). Em outras palavras os líderes serão julgados por Deus caso ordenem alguém que não preencha as qualificações bíblicas. Se tivermos o hábito de ordenar líderes desqualificados, a corrupção fincará raízes na igreja e não poderemos fugir ao juízo de Deus.
Não podemos reescrever as regras. Oro para que os líderes da igreja deixem de ser circenses e restaurem a ordem bíblica.

Para que vejam minha glória


Por John Owen
O Sumo sacerdote do Velho Testamento, após fazer os sacrifícios que eram exigidos, no dia da expiação, entrava no lugar santo com as suas mãos cheias de incenso perfumado que ele colocava no fogo diante do Senhor. Da mesma forma, o grande Sumo Sacerdote da Igreja, o nosso Senhor Jesus Cristo, tendo se sacrificado pelos nossos pecados, entrou no céu com o doce perfume de Suas orações pelo Seu povo. O seu eterno desejo para a salvação do Seu povo é expresso por João: "Para que vejam a minha glória" (Jo 17.24).
José pediu a seus irmão que contassem a seu pai sobre toda a sua glória no Egito (Gn 45.13), não para dar uma amostra ostensiva daquela glória, mas para dar a seu pai a alegria de saber a sua alta posição naquela terra. Da mesma forma, Cristo desejava que Seus discípulos vissem a Sua glória para que pudesse estar satisfeito e usufruir a plenitude de Suas bençãos para todo sempre.Uma vez tendo conhecido o amor de Cristo, o coração do crente estará sempre insatisfeito até a glória de Cristo ser vista. O clímax das petições que Cristo faz a favor dos Seus discípulos é que possam contemplar a sua glória.É por isso que eu afirmo que um dos maiores benefícios para um crente no mundo e no porvir é considerar a glória de Cristo Desde que o nome do cristão é conhecido no mundo, não tem havido tanta oposição direta à singularidade e glória de Cristo como nos dias atuais. É dever de todos aqueles que amam o Senhor Jesus de testificar, conforme suas abilidades, da singularidade de Sua glória.Eu gostaria, portanto, de fortalecer a fé dos verdadeiros crentes ao mostra que ver a glória de Cristo é uma das maiores experiências e privilégios possíveis neste mundo ou no outro. "Mas todos nós, com a cara descoberta, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor" (2Co 3.18).

Na eternidade seremos como Ele, porque O veremos como Ele é (1Jo 3.2).Este conhecimento de Cristo é a via contínua e a recompensa de nossas almas. Aquele que tem visto a Cristo também tem visto o Pai; a luz do conhecimento da glória de Deus é vista apenas na face de Jesus Cristo (Jo 14.9; 2Co 4-6).Há duas maneiras de ver a glória de Cristo: mediante a fé, neste mundo, e, por meio da fé, no céu eternamente. É a segunda maneira que se refere principalmente a oração sacerdotal de Cristo - que seus discípulos possam star onde Ele está, para contemplar sua glória. Mas a visão de Sua glória pela fé, neste mundo, também está incluída e eu dou as seguintes razões para isso:
1. Nenhum homem jamais verá a glória de Cristo no futuro se ele não tiver alguma visão dela, pela fé, no presente. Devemos estar preparados pela graça para a glória, e pela fé para a visão. Algumas pessoas, que não tem fé verdadeira, imaginam que verão a glória de Cristo no céu; porém estão apenas se iludindo. Os apóstolos viram a Sua glória, "e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (Jo 1.14). Essa não era uma glória deste mundo como a dos reis... Apesar de ter criado todas as coisas, Cristo não tinha onde reclinar a cabeça. Não havia glória ou beleza incomum em Sua aparência como homem. A Sua face e Suas formas se tornaram mais desfiguradas do que as de qualquer homem (Is 52.14; 53.2). Não era possível ser vista neste mundo a glória total da Sua natureza divina. Como então os apóstolos viram a sua glória? Foi pela compreensão espiritual da fé. Quando eles viram como Ele era cheio de graça e de verdade e o que Ele fazia e como falava, eles "o receberam e creram no seu nome" (Jo 1.12). Aqueles que não tinham essa fé não viram nenhuma glória em Cristo.
2. A glória de Cristo está muito além do alcance de nossa presente compreensão humana. Não podemos olhar diretamente para o sol sem ficarmos cegos. Semelhantemente, com nossos olhos naturais não podemos ter nenhuma visão verdadeira da glória de Cristo no céu; ela apenas pode ser conhecida pela fé.Aqueles que falam ou escrevem sobr a imortalidade da alma, sem ter conhecimento de uma vida de fé, não podem ter convicção daquilo que dizem... O entendimento que vê apenas através da fé é que nos dará uma idéia verdadeira da glória de Cristo e criará um desejo para um completo desfrute dela.
3.Entretanto, se quisermos ter uma fé mais ativa e um maior amor para com Cristo, que dêem descanso e satisfação às nossas almas, precisamos ter um maior desejo de compreender melhor a Sua glória nesta vida. Isto significará que cada vez mais as coisas deste mundo terão menor atração para nós até que se tornem indesejáveis como algo morto. Não deveríamos procurar por nada nesta vida. Se estivéssemos totalmente convencidos disso estaríamos pensando mais nas coisas celestiais do que normalmente estamos. Vantagens que surgem de pensarmos sempre na glória de Cristo:
A. Seremos moldados por Deus para o céu. Muitos pensam que já estão suficientemente preparados para a glória, como se eles a pudessem alcançar. Mas não sabem o que isso significa. Não há o menor prazer na música para o surdo, nem nas belas cores para o cego. Da mesma forma, o céu não seria um lugar de prazer para as pessoas que não tivessem sido preparadas para ele nesta vida pelo Espírito. O apóstolo dá ",,,graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz..." (Cl 1.12). A vontade de Deus é que devemos conhecer as primícias da glória aqui e a sua plenitude no futuro. Porém, somos feitos capazes de receber o conhecimento dessa glória pela atividade espiritual da fé. O nosso conhecimento atual da glória é nossa preparação para a glória futura.
B. Uma visão verdadeira da glória de Cristo tem o poder de mudar-nos até que nos tornemos semelhantes a Cristo (2Co 3.18).
C. Uma meditação constante sobre a glória de Cristo dará descanso e satisfação ás nossas almas. Trará paz às nossas almas que tantas vezes estão cheias de medos e pensamentos perturbadores. "Porque a inclinação da carne é a morte; mas a inclinação do espírito é vida e paz" (Rm 8.6). As coisas desta vida nada são quando comparadas com o grande valor da beleza de Cristo, como Paulo disse: "E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as coisas, e as considero como esterco para que possa ganhar a Cristo" (Fl 3.8).
D. O conhecimento da glória de Cristo é a fonte de nossa bem-aventurança eterna. Vendo-O como Ele é, seremos feitos em semelhança a Ele. (1Ts 4.17 - Jo 17.24; 1Jo 3.2)