sábado, 11 de maio de 2013

Como podemos ter paz no vale

Por Rev. Hernandes Dias Lopes
A verdadeira paz existe e pode ser experimentada! Essa paz não se encontra nas farmácias nem nos boutiques famosas. Não está nas agências bancárias nem nas casas de shows. Essa paz não é encontrada no fundo de uma garrafa nem numa noitada de aventuras. Essa paz está centralizada em Deus. Ela vem do céu. É sobrenatural. Como poderemos experimentar essa paz, ainda que cruzando os vales da vida?

Em primeiro lugar, conhecendo o Deus e Pai de toda consolação. Deus é a fonte de todo consolo. Quando ele nos permite passar pelo vale, é para fortalecer nossa fé e nos aperfeiçoar em santidade. Quando ele nos leva para o deserto, nossas experiências tornam-se ferramentas em suas mão para consolar outras pessoas. É Deus quem nos matricula na escola do deserto. O deserto é o ginásio de Deus, onde ele treina seus filhos e, equipa-os para grandes projetos. Quando somos consolados, aprendemos a ser consoladores. Alimentamo-nos da fonte consoladora e tornamo-nos canais dessa consolação para os aflitos. Não há paz fora de Deus. Não há descanso para a alma senão quando nos voltamos para Deus. Não há consolo para o coração aflito fora de Deus, pois só ele é o Deus e Pai de toda consolação, que nos consola em toda a nossa angústia, para consolarmos outros, com a mesma consolação com que somos consolados.

Em segundo lugar, conhecendo a Jesus, a verdadeira paz. A paz não é ausência de problema, é confiança no meio da tempestade. A paz é o triunfo da fé sobre a ansiedade. É a confiança plena de que Deus está no controle da situação, mesmo que as rédeas da nossa história não estejam em nossas mãos. A paz não é um porto seguro onde se chega, mas a maneira como navegamos no mar revolto da vida. A paz não é apenas um sentimento, mas sobretudo, uma pessoa, uma pessoa divina. Nossa paz é Jesus. Por meio de Cristo temos paz com Deus, pois nele fomos reconciliados com Deus. Em Cristo nós temos a paz de Deus, a paz que excede todo o entendimento. Paz com Deus tem a ver com relacionamento. Paz de Deus tem a ver com sentimento. A paz de Deus é resultado da paz com Deus. Quando nosso relacionamento está certo com Deus, então, experimentamos a paz de Deus. Essa paz coexiste com a dor, é misturada com as lágrimas e sobrevive diante da morte. Essa é a paz que excede todo o entendimento. Essa paz o mundo não conhece, não pode dar nem pode tirar. Essa é a paz vinda do céu, a paz que emana do trono de Deus, fruto do Espírito Santo. Você conhece essa paz? Já desfruta dessa paz? Tem sido inundado por ela? Essa paz está à sua disposição agora mesmo. É só entregar-se ao Senhor Jesus!

E terceiro lugar, conhecendo o Espírito Santo como o nosso consolador. A vida é uma jornada cheia de tempestades. É uma viagem por mares revoltos. Nessa aventura singramos as águas turbulentas do mar da vida, cruzamos desertos tórridos, subimos montanhas íngremes, descemos vales escuros e atravessamos pinguelas estreitas. São muitos os perigos, enormes as aflições, dramáticos os problemas que enfrentamos nessa caminhada. A vida não é indolor. Mas, nessa estrada juncada de espinhos não caminhamos sozinhos. Temos um consolador. Jesus, nosso Redentor, morreu na cruz pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação. Venceu o diabo e desbaratou o inferno. Triunfou sobre a morte e deu-nos vitória sobre o pecado. Voltou ao céu e enviou o Espírito Santo para estar para sempre conosco. Ele é o Espírito de Cristo, que veio para exaltar o Filho de Deus. Ele é o Espírito da verdade, que veio para nos ensinar e nos fazer lembrar tudo o que Cristo nos ensinou. Ele é o outro consolador, aquele que nos refrigera a alma, nos alegra o coração e nos faz cantar mesmo no vale do sofrimento. O consolo não vem de dentro, vem de cima. Não vem do homem, vem de Deus. Não vem da terra, vem do céu. Não é resultado de autoajuda, mas da ajuda do alto!

O Vale da Sombra da Morte

 
Por Maurício Zágari

Parece nome de filme de terror: o Vale da Sombra da Morte. Que imagem horripilante. Mistura em apenas uma expressão três conceitos que metem medo: “Vale” fala de um lugar desprotegido, ladeado por altas e perigosas escarpas, onde é fácil ser vitima de um emboscada ou uma avalanche.”Sombra” nos lembra o medo mais primitivo do ser humano: o escuro, a falta de luz, frio, ausência de sol, impotência diante dos perigos que porventura estejam escondidos onde não conseguimos ver. “Morte” dispensa comentários. Então “Vale da Sombra da Morte” é um lugar pavoroso, de medo, falta de proteção, total impotência, calafrios, depressão, imprevisibilidade, terror. Você já passou por esse lugar? Não é um lugar físico, mas espiritual, emocional e psicológico. Em algum momento da vida, a esmagadora maioria das pessoas atravessará esse vale. E precisamos nos preparar para isso, embora ele sempre nos trague quando menos esperamos.
Uns entrarão em suas regiões mais profundas, outros nas menos; uns ficarão nele muito tempo, outros nem tanto. Você sabe que está nele quando acorda chorando, quando os dias correm rápido e você percebe que já chegou outra segunda-feira sem que o tempo pareça ter passado, quando nada parece fazer sentido, quando a tristeza é sua companheira mais frequente, quando você não enxerga razão para sair da cama, quando o céu azul é cinza aos teus olhos, quando viver torna-se comer e dormir – se o apetite não desaparece. Quando a morte passa a não ser tão assustadora assim.
Só que aí acontece algo extraordinário.
Deus nos revela, por meio do Salmo 23 do rei Davi, uma outra possibilidade. Ele mostra uma mão estendida por entre o desespero que, para quem está em pleno Vale da Sombra da Morte, parece impossível, apenas uma miragem à distância. Mas para quem está em Cristo, essa miragem na verdade não é uma ilusão, é um vislumbre real do que está na linha do horizonte. O que precisa ser feito para chegar até essa  realidade é dar um passo. Depois outro. Depois juntar todas as suas forças para dar um terceiro. Um quarto vem arrastado e aos soluços. O quinto vem com um gemido. No sexto os pés nem desgrudam do chão, tão pesados estão. O sétimo é automático, sem vontade, querendo cair ao solo e ali ficar. Do oitavo em diante só Deus sabe como você consegue ir em frente. Mas… quando você menos espera… superou um dia. Depois outro. Depois outro. Depois outro. Depois outro. Depois outro e… quando se dá conta, aquele longínquo horizonte está debaixo dos seus pés. Seus olhos embaçados pelas lágrimas, junto com o abatimento da sua alma, não deixaram você perceber que as escarpas sumiram. Você levanta a cabeça. E o Vale da Sombra da Morte não está mais ali. E onde você está? Que lugar é esse onde você chegou?
O Salmo 23 responde: pastos verdejantes. Junto das águas de descanso. O local onde sua alma encontra refrigério. As veredas da justiça. É quando você consegue inspirar fundo e dizer: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam. Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda“. E você percebe, então, que a cada dolorido passo daquela jornada de uma ponta a outra do Vale da Sombra da Morte o milagre da graça aconteceu. Você se dá conta de que a bondade e a misericórdia certamente te seguiram por todos os dias da sua vida. E não a bondade e a misericórdia de qualquer um, mas daquele que nos prometeu que estaria conosco todos os dias, até a consumação do século. Todos os dias. Mesmo nos dias em que você esteve envolto na escuridão, na solidão e no pavor pela incerteza do que vinha à frente.
Então as lembranças daquele período terrível se tornam aprendizado. As feridas dos meses de sofrimento da hora de acordar à de dormir passam a ser cicatrizes de lembranças que doem mas não sangram mais. Estranhos com quem você esbarrou no caminho e lhe deram copos d’água em meio à sequidão tornam-se a face do amor. Deitado, então, nos pastos verdejantes, você lembra-se de que, enquanto caminhava sem enxergar direito devido à escuridão pelo estreito Vale da Sombra da Morte, só conseguia vislumbrar um lugar iluminado: de um lado, escarpas. Do outro, mais escarpas. À frente e atrás, sombras. Mas… acima de sua cabeça, lá estava ele, sempre presente e concedendo esperança: o céu.
Embora seja o local mais arrasador e apavorante que existe nesta terra, o Vale da Sombra da Morte tem uma função para o Reino de Deus: quando você chega ao lugar de paz, se consegue jamais se esquecer daquela jornada sombria, fria, solitária e apavorante que ficou para trás, agarra-se com todas as suas forças a um desejo premente e inapagável:  habitar na Casa do Senhor para todo o sempre.
Se você está neste momento de sua vida atravessando o Vale da Sombra da Morte, meu irmão, minha irmã, saiba que ao final dele há pastos verdejantes, águas de descanso, refrigério, justiça. Não tema mal nenhum, porque Jesus está contigo. Essa é minha esperança. Essa precisa ser a esperança de todos nós.
 
Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício.

Vale tudo para ganhar almas?

Por Mauricio Zágari

Existe um equívoco muito comum entre os cristãos: a idéia de que a coisa mais importante do universo para Deus é ganhar almas. Isso se baseia na leitura de Marcos 16, onde, antes de subir ao Céu, Jesus proclama a chamada Grande Comissão, também conhecida como o “ide” de Jesus: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura“. Com base nesse versículo isolado, uma gigantesca e desinformada parcela da igreja acredita que sua maior missão é ganhar almas, o que acaba gerando um pensamento distorcido: se essa é a grande meta, vale tudo para alcançá-la! Assim, acreditam muitos que qualquer meio é valido para esse fim e o que ouço todos os dias é “ah, mas se pelo menos uma alma foi ganha valeu a pena” ou “o importante é que a semente foi plantada”.
Só que todo esse pensamento está errado.
Escandalizado por eu ter dito isso? Não tem problema, vamos deixar de lado a clichezada gospel e vamos à Bíblia. Primeiro: o “ide” não é sobre “ganhar almas”. Pois as pessoas leem Marcos 16 mas passam por cima de Mateus 28 (que apresenta a Grande Comissão completa) como quem passa por cima de um bueiro na rua. Diz o texto: “Ide portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” Ou seja: o “ide” não é sobre “ganhar almas”, é sobre FAZER DISCÍPULOS E ENSINAR-LHES A OBEDIÊNCIA. O que não é nem de longe o que faz quem organiza, por exemplo, um festival de música gospel ou um grande evento de alguma igreja qualquer. Pois grandes eventos não discipulam nem uma mosca.
Essa constatação nos leva automaticamente a uma pergunta: o que é um discípulo? Respondo: um discípulo é alguém que não sabe nada sobre nada e que, pela convivência, pela instrução e pelo exemplo pessoal do discipulador vai crescendo dia após dia, se solidificando, amadurecendo, estudando, lendo e se fortalecendo – aprendendo a guardar tudo o que Jesus nos ordenou – até o dia em que ele estará tão maduro que viverá sua vida de fé tão enraizado na Rocha que será capaz de discipular novas pessoas.
Mas, no imaginário de milhares e milhares de cristãos equivocados, basta “aceitar Jesus”. Não, Mateus 28 mostra que não basta. O “ide” de Cristo não é sobre arremessar ovelhas para dentro da igreja: é sobre cuidar delas, tosá-las, escová-las, catar suas pulgas, alimentá-las e muito mais. Para que se tornem obedientes. Mostre-me um cristão desobediente aos mandamentos de Cristo e te mostrarei alguém que foi mal discipulado.
Então, quando alguém diz “o importante é que a Palavra foi pregada e almas foram ganhas pra Jesus” eu suspiro profundamente. Na igreja em que me converti, em 1996 havia 6 mil membros. Os batismos periódicos eram (e, ao que consta, ainda são) sempre com cem pessoas ou mais. Hoje, 16 anos depois, a igreja tem… 6 mil membros. Estranho, não? A conta não fecha. Mas sabe por quê? Porque a ênfase está em “ganhar almas”: foi à frente na hora do apelo, levantou a mão, recebeu oração, fez umas aulinhas sobre o básico da fé, foi batizado e… acabou. Não há um prosseguimento. Não há um envolvimento pessoal. Não há… discipulado. E sem discipulado a Grande Comissão não foi cumprida.
Segundo: quando digo que nem todo método ou evento é válido para evangelizar, canso de ouvir “ah, Zágari, não importa onde ou como foi pregada a Palavra. Filipenses 1.18 diz “Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei“. Ou seja, o irmão lê essa passagem totalmente fora do contexto geral da Bíblia e passa a achar que toda e qualquer forma de proclamação é válida “se apenas uma alma foi ganha” ou “se a semente foi plantada” – é o que tenho ouvido repetidas e repetidas e repetidas vezes. Minha pergunta é: será?
Será que realmente não importa como e onde foi pregado o Evangelho, desde que “ao menos uma alma tenha sido ganha para Cristo?”. Façamos o seguinte: em vez de só ficarmos repetindo frases feitas como vaquinhas de presépio, vamos pensar. Vamos nos distanciar dos clichês gospel e refletir. Pois esse argumento me dá base, por exemplo, para abrir uma boate de striptease gospel. Entre um show de sexo ao vivo e outro vem um pregador e dá uma palavra evangelistica. Escandalizou-se com a ideia? Ué, mas… e se um alma for ganha? Não valeu a pena?
“Ah, Zágari, não é bem assim”. Hmmm…então já começamos a pensar. Vamos adiante: poderíamos inaugurar um prostíbulo gospel, onde cada prostituta pregaria o arrependimento após atender cada cliente, proclamaria as boas-novas de salvação e lhe daria uma Bíblia de presente. Parece uma ideia esdrúxula? Não só parece: é. Só que ela se encaixa perfeitamente na ideia de que “se pelo menos uma alma for salva…”.
Ou podemos críar um campeonato de Ultimate Fighting gospel. Entre um espancamento, um murro e um chute na cara, um pregador entra na arena e dá uma palavra evangelística Vai que uma alma é ganha! E daí que aquilo é violência pura? Não é um bom meio de atrair gente que gosta de sangue e violência? Ou então abrimos uma tenda de cartomantes gospel. Chamamos uma médium e entre uma sessão e outra de leitura de tarô um pastor senta à mesa e prega o Evangelho ao cliente. Vai que um dia alguém se converte?
Em qualquer um desses casos almas podem “ser ganhas” e a “semente plantada”. A pergunta é: vale mesmo a pena?
Outra coisa: sempre que alguém chega exultante até mim dizendo “Fulano aceitou Jesus!”eu digo “traga ela aqui dentro de 20 anos e veremos se aceitou mesmo”. Pois ela pode ter se empolgado em um show gospel (nos velhos tempos eu mesmo me empolguei vendo muitos shows, pulei, suei e me emocionei vendo Roger Waters, Rolling Stones, Guns and Roses, Yes e até no sambódromo… mas depois chegava em casa e toda aquela empolgação passava), se emocionado num culto ou ficado apavorada numa cruzada porque disseram que ia pro inferno e foi à frente na hora do apelo. Aceitou Jesus? Coisíssima nenhuma. Essa pessoa foi apenas movida por empolgação, emoção ou medo. Novo nascimento? Veremos…
Minhas perguntas são: “Está sendo bem discipulada? Está sendo instruída? Está aprendendo a resistir às tentações do mundo?”. Então eu exulto não com mil e uma pessoas que se emocionaram num ambiente religioso e que em pouco tempo estarão de volta no mundo, mas sim com cristãos que têm anos de estrada e demonstram o fruto do Espirito, que vivem para a glória de Deus.
E aqui está o terceiro ponto: a grande missão da Igreja biblicamente não é ganhar almas, isso é apenas uma de suas muitas tarefas. Repare que as Escrituras não dizem em lugar nenhum que Jesus no ultimo dia chegará e perguntará “quantas almas você ganhou?” O que a Bíblia diz que Ele falará é: “Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos
está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me“. Ou seja. Jesus vai falar mais sobre o amor ao próximo do que sobre evangelismo. Surpreendente para muitos, não? Mas me diga você: não é o que a Bíblia diz?
“Deixa de inventar moda, Zágari, se ganhar almas não é a grande razão de ser da Igreja, qual é?”, você poderia perguntar. Bem, um curso básico de Teologia responderia isso: a glória de Deus.
Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.” (1 Coríntios 10.31)
Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém.” (Romanos 11.36)
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, [repare agora o que diz o texto] para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado” (Efésios 1)
No mesmo capítulo voltamos a ver que as pessoas são salvas para a glória de Deus: “Nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, a fim de sermos para louvor da sua glória“.
Deus não existe em função das almas. As almas é que são ganhas em função de Deus. Para ir ao Céu e lá se juntarem à grande multidão celestial que brada, como relata Apocalipse 19, “Aleluia! A salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus (…) Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso. Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória“.
Então, meu irmão, minha irmã, continue proclamando o Evangelho, evangelizando e “ganhando almas”. Só nunca se esqueça de que isso não é sinônimo de “missão cumprida”: é apenas o primeiro passo de uma longa jornada de discipulado e intimidade com Deus que redundará na magnífica glorificação final.
Vale tudo para ganhar uma alma? Vale levar pessoas a pecar em nome de “ganhar almas”? Vale se misturar com o mundo com esse fim? Jesus rejeitou todas as ofertas de Satanás no deserto. Termino com uma reflexão: será que o Todo-Poderoso Espírito Santo precisa que adotemos a mentalidade do “vale tudo” para “salvar pelo menos uma alma” ou será que Ele tem poder suficiente para resgatar uma alma do inferno sem que precisemos prostituir nossos princípios?
Para fazer o que Ele quer Deus depende de Deus ou Deus depende de eventos, festivais, shows, programas de TV e outras megaproduções? Tudo de que ele precisa, meu querido, é de “lábios que confessem o seu nome“. O resto é clichezada gospel.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.