sábado, 25 de maio de 2013

Mais de 500 mil pessoas lotam a Cinelândia na Marcha para Jesus

 
Gabriel, de 6 anos, emocionou ao cantar para um público estimado em 500 mil pessoas (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
Foi um espetáculo de fé, paz e muita devoção. Depois de acompanhar nove trios elétricos pela Avenida Rio Branco, no Centro do Rio, centenas de milhares de fiéis e fãs de música gospel transformaram a Cinelândia num grande palco de adoração a Deus, na tarde deste sábado (25). De acordo com informações da PM, por volta das 17h, cerca de 500 mil pessoas participavam dos shows no palco montado para Marcha para Jesus.
Entusiasmadas e muito emocionadas, famílias inteiras cantavam a plenos pulmões acompanhando verdadeiros ídolos gospel,  como Aline Barros, André Valadão, Talles Roberto, Eyshila, Josiane, Bruna  Karla e muitos outros.
Gabriel, de 6 anos, emocionou ao cantar para
público estimado em 500 mil pessoas (Foto: Alba
Valéria Mendonça/ G1)
Teve até quem chegasse às lágrimas com a música cantada pelo pequeno Grabriel Almeida da Silva, de apenas 6 anos. Com desenvoltura e fervor de gente grande, ele arrebatou a plateia.
"Canto desde que tenho 2 anos, na minha igreja, na Tijuca. Não fiquei nervoso, já sabia o que tinha de fazer", disse o menino, que sonha em ser cantor gospel, como Aline Barros e Cristina Mel. "Se Deus quiser, esse vai ser o meu destino".
Saulo Arantes, morador de Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, preferiu ir de metrô direto para a Cinelândia e assim garantir um bom longar na frente do palco para ver, principalmente, André Valadão. Com as mãos erguias para o céu e os olhos fechados disse se sentir em sintonia com Deus.
"Viemos aqui para louvar o Senhor e levar adianta suas mensagens de paz, amor e fraternidade", disse Saulo.
Carregando uma imensa bandeira do Brasil, cem fiéis do Ministério de Madureira, da cidade de Macaé, no Norte Fluminense, fizeram questão de acompanhar toda a marcha para demonstrar sua fé.
"Viemos com a missão de levantar a bandeira do Senhor", disse Geisiane Gomes.
 
André Valadão, um dos ídolos gospel, conquista a multidão na Cinelândia (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
 
André Valadão, um dos ídolos gospel, conquista a
multidão na Cinelândia (Foto: Alba Valéria Mendonça/
G1)
 
A artistas e líderes religiosos cantaram e  transmitiram palavras de louvor e adoração. O evento deste ano tem como tema "Jesus, uma vida com atitude". Segundo um dos coordenadores da Marcha, Wellington Júnior, e expectativa que o espetáculo de fé deste ano tenha o dobro do público do evento de 2012, já que há igrejas que pela primeira vez aderiram à Marcha para Jesus.
Não é o caso de Mauricéia de Souza Moscoso, moradora da Penha, que há 15 anos participa do evento. Junto com a amiga Sônia Lima, ela buscava um lugar nas escadas da Biblioteca Nacional, em frente ao palco para ter uma visão melhor do show.
"Um show tão bonito assim a gente não pode perder. Fiz questão de fazer a caminhada e, se Deus quiser, terei energia e alegria para ficar até o fim. Essa marcha é em favor das famílias. Espero que a nação se converta a Cristo e a Jesus. Essa é uma festa para famílias", disse Mauricéia.
As amigas Mauricéia e Sônia: energia e alegria para aguentar os shows até o final (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
 
 
As amigas Mauricéia e Sônia: energia e alegria para
aguentar os shows até o final (Foto: Alba Valéria
Mendonça/ G1)
Os nove trios elétricos que animam a Marcha para Jesus, no Centro do Rio, na tarde deste sábado (25), começaram a chegar na Cinelândia por volta das 16h. No local está armado um palco, onde o DJ Marcelo Araújo animava milhares de pessoas antes do show de música gospel com quase 20 artistas que será realizado até as 21h, segundo os organizadores.
Inicialmente eram esperadas 300 mil pessoas no evento evangélico - número semelhante ao do evento de 2012 -  que acontece na cidade há 15 anos e é promovido pelo Conselho de Ministros do Estado do Rio de Janeiro.
Ruas fechadas
O esquema especial de trânsito na região começou às 4h. A pista lateral da Avenida Presidente Vargas foi interditada a partir da Praça da República. Desde as 14h, estão fechadas a Avenida Rio Branco, entre a Avenida Presidente Vargas e Avenida Almirante Barroso, e a Avenida Chile, entre a Rua do Lavradio e a Rio Branco. Às 16h, a interdição foi estendida até a Rua Santa Luzia.Não é permitido estacionar no entorno do evento.
Quem for de transporte público, já vai chegar no lugar certo. A SuperVia disponibilizou trens extras para atender ao público que participará do evento.
Está prevista a utilização de 200 ônibus fretados, que terão identificação diferenciada. Eles deverão seguir pela Avenida Rodrigues Alves até a Avenida Barão de Tefé, acessando a Avenida Venezuela, onde serão retidos e conduzidos pela Avenida Rio Branco até a pista lateral da Avenida Presidente Vargas, sentido Avenida Brasil, para o desembarque do público.
 

A Igreja Precisa de Teologia?

Por João Alves dos Santos

Introdução e Conceitos

É comum ouvirmos que “a teologia mata a religião” ou que “a Igreja não precisa de teologia e, sim, de vida”. Serão verdadeiras essas afirmações? Admitimos que há muita coisa por aí levando o nome de “teologia” que não passa de especulação humana, por não se basear em pressupostos de uma hermenêutica bíblica. E até a “boa teologia”, quando se torna um fim em si mesma, pode não ter qualquer uso prático e reduzir-se a mero academicismo. Não é disto que falamos aqui. Perguntamos se a verdadeira Teologia é necessária à Igreja.
E o que é verdadeira Teologia? Como o próprio nome indica, Teologia é o estudo de Deus, ou, definindo mais formalmente, “é a ciência que trata de Deus em Si mesmo e em relação com a Sua obra” (B.B. Warfield). Perguntamos, por conseguinte, se a Igreja pode prescindir do conhecimento de Deus e da Sua obra e ainda ser Igreja de Deus. É quase certo que aqueles que negam a necessidade da Teologia na vida da Igreja não diriam, conscientemente, que alguém pode ser cristão sem conhecer a Deus. O que lhes falta é um bom conhecimento do que é Teologia e de suas implicações.
Como podemos conhecer a Deus sem estudar a revelação que Ele faz de Si mesmo? Como saber quem Ele é e o que Ele tem feito e faz, quem somos nós em relação a Ele, o que Ele requer de nós,etc., se não investigarmos o que Ele deixou revelado para nosso conhecimento? Pois esse é o trabalho da Teologia. Esse trabalho parte de três pressupostos: O primeiro é o de que Deus existe; o segundo, de que Ele pode ser conhecido, embora não de modo exaustivo e completo; e o terceiro, de que Ele tem Se revelado tanto por meio de Suas obras (criação e providência - Revelação Geral - Sl19:1,2; At 14:17), como, principalmente, nas Santas Escrituras (Revelação Especial - Hb1:1,2; 1 Pd 1:20,21). É porque Deus Se revelou que podemos conhece-Lo. Nosso conhecimento de Deus não é intuitivo, nem natural, mas comunicado por Ele mesmo através dos meios que soberanamente escolheu. “Fazer teologia”, portanto, não é inventar teorias a respeito de Deus e de Suas obras, nem mesmo “descobrir” a Deus, mas conhecer e compreender a revelação que Ele próprio deu de Si. Por isso, qualquer estudo de Deus que não tiver a Sua revelação como base, meio e princípio regulador não é “teologia”, devidamente entendida.
A palavra “teologia” não ocorre na Bíblia e o termo que lhe é equivalente, no N.T., é “doutrina” ( “didache” ou “didaskalia”, no grego), que vem de uma raiz que significa “ensinar” e pode se referir tanto ao ato de ensinar, propriamente, como ao conteúdo do que é ensinado (Rm 6:17;1Tm 6:3-4; 2Tim 4:3-4; Tito 1:2,9, etc.). Podemos dizer, de modo mais completo agora, que Teologia é o conjunto de verdades extraídas dos ensinos bíblicos a respeito de Deus e de Sua obra, e que são apresentadas de modo sistemático, na forma de um corpo de doutrinas. A essa forma ordenada de doutrinas, dá-se inclusive, o nome de “Teologia Sistemática”. O adjetivo aqui, não altera o conceito de “teologia”.
Assim entendidas, fica evidente que não há diferença entre Teologia e Doutrina. Mas voltemos ao nosso tema. Duas são as razões geralmente apresentadas para se dizer que a Igreja não precisa de Teologia. Elas se baseiam em duas falsas antíteses:
1. A primeira é a suposição de que o Cristianismo se baseia em fatos e não em doutrinas. Concordamos que nossa salvação não repousa sobre um conjunto de teorias ou idéias, mesmo que extraídas corretamente da Bíblia, a que damos o nome de “doutrina”, mas sobre os atos poderosos e eficazes do nosso soberano Deus. Não somos salvos através de uma correta teoria a respeito da pessoa de Cristo, mas pela própria pessoa de Cristo; nem através de um exato entendimento da doutrina da Expiação, mas pelo próprio ato expiatório. É possível alguém ser “bom teólogo”, nesse sentido, e ainda não experimentar as graças ensinadas nas doutrinas que expõe. A doutrina realmente não salva. A obra de Cristo, devidamente aplicada pelo Espírito no coração do crente, é que assegura essa graça. Seu nascimento sobrenatural, Sua vida de perfeita obediência à Lei, Sua morte substitutiva, Sua ressurreição, Sua ascensão e assentamento à direita do Pai, Sua segunda vinda, são os grandes fatos que tornam garantida a salvação dos eleitos.
Mas como sabemos que esses são os fatos? Que sentido teriam esses acontecimentos se não tivessem sido interpretados? É a doutrina que lhes dá sentido. Como viemos a saber que aquele menino que nasceu em Belém é o Filho de Deus? Por que descansamos na eficácia da Sua morte para a expiação dos nossos pecados? Por que sabemos que a Sua ressurreição, há dois mil anos atrás, garante a nossa justificação? É porque esses fatos são todos explicados e interpretados pela doutrina. Esta não só informa o fato como também dá o seu significado. A doutrina não salva, mas pode tornar o homem sábio para a salvação (2Tm 3:15). Doutrina sem fato é mito, mas fato sem doutrina é mera história.
O Cristianismo, portanto, consiste em “fatos que são doutrinas e doutrinas que são fatos”, na expressão de B.B. Warfield. Ele diz: “A Encarnação é uma doutrina: nenhum olho viu o Filho de Deus descer dos céus e entrar no ventre da virgem; mas se isso não for um fato histórico também, nossa fé é vã e permanecemos ainda em nossos pecados”( Selected Shorter Writings, vol 2, p. 234). Fato e doutrina se complementam no Cristianismo. Quando João diz: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” (Jo 1:14), não está apenas apresentando um fato; está explicando-o também. Quando Paulo afirma que Jesus “foi entregue por causa das nossas transgressões,e ressuscitou por causa da nossa justificação” (Rm 4:25), de igual modo está dando uma interpretação aos fatos da morte e ressurreição de Cristo. Isto é o que se vê em toda a Escritura, especialmente nas epístolas.
Até mesmo os fatos manifestos na natureza (Revelação Geral) não seriam devidamente compreendidos se não fossem explicados pela Bíblia (Revelação Especial). Podemos hoje entender que “os céus manifestam a glória de Deus” (Sl 19:1) porque o Criador nos tem revelado isso na Sua Palavra. Sem essa explicação, sua mensagem (a dos céus) passaria despercebida e eles poderiam até ocupar o lugar do Criador, gerando a idolatria (devido ao pecado), como lemos em Rm 1:18-32. Não é o acontece quando as pessoas dizem que “a natureza é sábia”, ou quando a chamam de “mãe natureza”?. Sem a revelação do Criador, a criatura toma o seu lugar. Daí dizer-se que para se conhecer a Deus é preciso que Ele fale, e não somente que Ele aja.
Concluímos, portanto, que os fatos só têm sentido quando acompanhados da doutrina. Nem é pertinente perguntar qual dos dois é mais importante. Seria o mesmo que indagar qual das duas pernas é mais importante para o nosso caminhar. O ensino da doutrina é uma das ênfases da Bíblia (1Tm 3:2; 2Tm 2:2; Tito 1:9; Ef 4:11), pois sem ela não existe verdadeiro Cristianismo.
2. A segunda é a suposição de que o Cristianismo consiste em vida, não em doutrina. Por trás dessa afirmação podem estar raízes do conceito filosófico que exalta o misticismo, as emoções, o sentimento religioso do homem, e que procura eliminar da religião todo apelo ao intelecto, à razão. “Religião é vida e a vida é dinâmica, fluente; a doutrina é estática, fria, e, portanto, não pode ser compatível com o caráter do Cristianismo”, dizem. Aqueles que assim pensam até admitem um certo tipo de doutrina, desde que mutável, adaptada sempre à dinâmica da vida e conformada às “necessidades” da época e do lugar onde a vida do Cristianismo se manifesta. Até chamam a isso de “teologia contemporanizada” ou “contextualizada”. Segundo esse ponto de vista, não é a doutrina que deve dirigir a vida, mas esta àquela. “A letra mata, mas o espírito vivifica”, argumentam. A prática (práxis) é colocada acima da doutrina não só em importância, mas também no tempo: a doutrina passa a ser um produto da vida cristã, não a sua norma. Há até quem interprete assim a célebre divisa: “Igreja reformada sempre se reformando”.
Mas será essa a visão bíblica do Cristianismo? Podemos dizer, com base na palavra de Deus, que o Cristianismo é vida e não doutrina, ou, primeiramente vida, depois doutrina? Existe tal antítese? Se essa posição for verdadeira, então não haverá verdade absoluta, nem princípio fixo, nem revelação objetiva. Tudo cairá no campo dos valores relativos e passará a depender do subjetivismo, da “piedade”, das emoções. Não admira que haja tanta “fluidez” e instabilidade entre os que assim pensam, e que sejam facilmente levados “por todo vento de doutrina”. Para estes, a doutrina é o que menos interessa.
Concordamos também que Cristianismo é vida, e graças a Deus por isso! Onde a vida não se manifesta, nos moldes escriturísticos, falta a alma da verdadeira religião. Mas devemos ou podemos prescindir da doutrina para que essa vida se manifeste? Antes de tudo, é a verdade de Deus relativa? Depende o seu valor do lugar e da época em que se encontram os homens? Sabemos que esta é a posição atual dos que se denominam pluralistas e esse é o pressuposto básico desta posição. Será que aquilo que foi deixado por Paulo e pelos outros apóstolos como doutrina para os seus dias deveria ser mudado nos dias de Agostinho, depois nos dias de Lutero e Calvino, depois nos dias de Warfield e dos Hodge e, assim, sucessivamente, até os nossos dias, para dar lugar às manifestações de vida? Não creio que a Bíblia justifique essa posição nem que esses teólogos a tenham entendido assim. O princípio de que “a Igreja reformada deve estar sempre se reformando” visa manter sempre a mesma posição em relação à verdade, não alterá-la, para que seja aplicável em todas as épocas. É para que continue sempre sacudindo de si toda tradição e acréscimo humano que não estejam de acordo com os valores fixos e absolutos da palavra de Deus. Reformar é voltar às origens, ao que foi intencionado no princípio por Deus. E não há outra forma de se fazer isto a não ser pela doutrina.
Foi a doutrina bíblica, tão bem exposta pelos reformadores e tão negligenciada pela Igreja, que a trouxe de volta às origens e lhe recuperou a vida, no século XVI. Foi a falta da verdadeira doutrina que enfraqueceu a Igreja e a lançou num tradicionalismo vazio e pagão. É a correta aplicação da doutrina que produz a verdadeira vida cristã. Não basta apenas um sentimento religioso para fazer de um homem um cristão. É preciso que sua vida seja moldada na doutrina de Cristo. É a doutrina que dá característica à vida.
Sem dúvida, não estamos afirmando que apenas a doutrina, independente da obra santificadora do Espírito, produz vida. A doutrina é, isto sim, o meio que o Espírito soberanamente usa para nos fazer conhecer a vontade de Deus e nos levar a praticá-la. É através dela que ficamos sabendo que a vontade de Deus é a nossa santificação e que, sem esta, ninguém verá o Senhor (1 Ts 4:3; Hb 12:14). É ela que nos aponta os meios de graça deixados pelo próprio Senhor, que é quem nos santifica (Lv 20:7-8; Ef 5:26). Nas epístolas paulinas, a íntima relação entre doutrina e prática é evidenciada pelo seu método de apresentar primeiro a argumentação teológica (doutrinária) para depois tirar as implicações práticas dela decorrentes (Ex. Rm 1-11: doutrina; 12-16: prática). Isso se torna ainda mais claro na oração sacerdotal de Cristo, em que Ele associa a prática da santificação com a doutrina da Palavra: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 15 :17) e em João 7:17, onde o fazer a vontade de Deus está ligado ao conhecer a doutrina: “Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo”.
O conhecimento de Deus começa pela porta do intelecto, da razão, para depois pervadir todas as áreas do ser e se transformar em manifestações de vida que O agradem e glorifiquem. Por isso, o ensino da doutrina é indispensável na Igreja, tanto através do púlpito como pelos estudos semanais, pela Escola Dominical e por qualquer outro meio disponível. Nossa demonstração de vida pode impressionar as pessoas e despertar nelas certa admiração, mas é pela pregação da Palavra que vem a fé que transforma (Rm 10:7) A espada do Espírito é a Palavra (Ef 6:17).

Conclusão

Concluímos, portanto, que a Igreja precisa da Teologia, porque precisa da doutrina nela contida para dar sentido e expressão aos fatos do Cristianismo e para prover os meios de manifestação da verdadeira vida cristã.

É crucial ser direcionado pela Verdade


Amando a Deus por amar a Verdade

Por John Piper
Nosso interesse pela verdade é uma expressão inevitável de nosso interesse por Deus. Se Deus existe, Ele é a medida de todas as coisas, e o que Deus pensa é a medida de tudo o que devemos pensar. Não se interessar pela verdade é o mesmo que não se interessar por Deus. Amar a Deus intensamente implica amar a verdade na mesma proporção. Ter a vida centralizada em Deus significa ser direcionado pela verdade no ministério. Aquilo que não é verdadeiro não procede de Deus. O que é falso é contrário a Deus. Indiferença para com a verdade equivale à indiferença para com a mente de Deus. A pretensão é rebeldia contra a realidade, e quem faz a realidade é Deus. Nosso interesse pela verdade é apenas um eco de nosso interesse por Deus.
Biblicamente, a urgência de sermos direcionados pela verdade é vista pelo menos de três maneiras. Primeiramente, Deus é verdade. Toda a Trindade é a verdade. Deus Pai é verdadeiro, e nada pode anular a completa fidelidade e confiabilidade em todas as suas promessas e afirmações. "E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem" (Rm 3.3-4).
Deus Filho, que é a própria imagem do Pai, é verdadeiro. Jesus disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6). Em Apocalipse 19.11, João viu a Jesus glorificado como fiel e verdadeiro: "Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça".
Deus Espírito, que pessoalmente, no seu ministério em nós, vive a vida do Pai e do Filho, é o Espírito da verdade. Jesus disse: "Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim... quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade" (Jo 15.26; 16.13).
Amar a Deus, o Pai, o Filho e o Espírito, significa amar a verdade. Buscá-los é buscar a verdade. Paixão pela vindicação dEles no mundo envolve uma paixão pela verdade. Não há qualquer separação entre Deus e a verdade. A expressão "Deus é" precede "Deus é amor"; e "Deus é" tem um conteúdo e significado. Deus é uma coisa e não outra coisa. Ele tem caráter. Sua natureza possui características que O definem. O interesse pelo verdadeiro Deus, que não é criado à nossa imagem, é o fundamento de uma vida direcionada pela verdade.
A segunda maneira em que podemos perceber a urgência bíblica de sermos direcionados pela verdade é a terrível advertência de que não amar a verdade equivale a suicídio eterno. Paulo falou sobre um iníquo que, no final dos tempos, virá "com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos" (2 Ts 2.9-10). Amar a verdade é uma questão de perecer ou ser salvo. Indiferença para com a verdade é a característica peculiar da morte espiritual.
Paulo foi mais além, contrastando o crer na verdade com o ter prazer na impiedade — "A fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça" (2 Ts 2.12). Isto mostra que o crer na verdade envolve as afeições, visto que a sua alternativa é "deleitar-se" em outra coisa. Isto também mostra que a verdade é moral e não apenas cognitiva, pois a sua alternativa é a impiedade e não apenas a falsidade. O convincente impacto desta passagem bíblica é que amar a verdade — crer na verdade com todo o coração — é uma questão de vida ou morte eterna.
A terceira razão por que digo que ser dirigido pela verdade é tão urgente se encontra no fato de que o Novo Testamento retrata o viver cristão como o fruto do conhecer a verdade. Por exemplo, quando Paulo disse: "Não sabeis?", como uma repreensão ou um incentivo, em relação a algum comportamento, estava mostrando que o verdadeiro conhecimento mudaria o comportamento. "Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não" (1 Co 6.15). Isto significa que conhecer a verdade a respeito do corpo redimido de um crente é uma poderosa fonte de castidade.
"Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne... Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (1 Co 6.16,19). Não conhecer a verdade é uma grande causa de irreverência e imoralidade. A verdade é uma fonte de viver cristão santo. Você conhece a verdade, e a verdade o torna livre — do pecado para Deus.
Amar a verdade é uma marca de uma visão de mundo centralizada em Deus; é obediência ao primeiro e grande mandamento.

Amando a Deus por amar a Verdade


Por John Piper
Nosso interesse pela verdade é uma expressão inevitável de nosso interesse por Deus. Se Deus existe, Ele é a medida de todas as coisas, e o que Deus pensa é a medida de tudo o que devemos pensar. Não se interessar pela verdade é o mesmo que não se interessar por Deus. Amar a Deus intensamente implica amar a verdade na mesma proporção. Ter a vida centralizada em Deus significa ser direcionado pela verdade no ministério. Aquilo que não é verdadeiro não procede de Deus. O que é falso é contrário a Deus. Indiferença para com a verdade equivale à indiferença para com a mente de Deus. A pretensão é rebeldia contra a realidade, e quem faz a realidade é Deus. Nosso interesse pela verdade é apenas um eco de nosso interesse por Deus.
Biblicamente, a urgência de sermos direcionados pela verdade é vista pelo menos de três maneiras.
Primeiramente, Deus é verdade. Toda a Trindade é a verdade. Deus Pai é verdadeiro, e nada pode anular a completa fidelidade e confiabilidade em todas as suas promessas e afirmações. "E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem" (Rm 3.3-4).
Deus Filho, que é a própria imagem do Pai, é verdadeiro. Jesus disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6). Em Apocalipse 19.11, João viu a Jesus glorificado como fiel e verdadeiro: "Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça".
Deus Espírito, que pessoalmente, no seu ministério em nós, vive a vida do Pai e do Filho, é o Espírito da verdade. Jesus disse: "Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim... quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade" (Jo 15.26; 16.13).
Amar a Deus, o Pai, o Filho e o Espírito, significa amar a verdade. Buscá-los é buscar a verdade. Paixão pela vindicação dEles no mundo envolve uma paixão pela verdade. Não há qualquer separação entre Deus e a verdade. A expressão "Deus é" precede "Deus é amor"; e "Deus é" tem um conteúdo e significado. Deus é uma coisa e não outra coisa. Ele tem caráter. Sua natureza possui características que O definem. O interesse pelo verdadeiro Deus, que não é criado à nossa imagem, é o fundamento de uma vida direcionada pela verdade.
A segunda maneira em que podemos perceber a urgência bíblica de sermos direcionados pela verdade é a terrível advertência de que não amar a verdade equivale a suicídio eterno. Paulo falou sobre um iníquo que, no final dos tempos, virá "com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos" (2 Ts 2.9-10). Amar a verdade é uma questão de perecer ou ser salvo. Indiferença para com a verdade é a característica peculiar da morte espiritual.
Paulo foi mais além, contrastando o crer na verdade com o ter prazer na impiedade — "A fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça" (2 Ts 2.12). Isto mostra que o crer na verdade envolve as afeições, visto que a sua alternativa é "deleitar-se" em outra coisa. Isto também mostra que a verdade é moral e não apenas cognitiva, pois a sua alternativa é a impiedade e não apenas a falsidade. O convincente impacto desta passagem bíblica é que amar a verdade — crer na verdade com todo o coração — é uma questão de vida ou morte eterna.
A terceira razão por que digo que ser dirigido pela verdade é tão urgente se encontra no fato de que o Novo Testamento retrata o viver cristão como o fruto do conhecer a verdade. Por exemplo, quando Paulo disse: "Não sabeis?", como uma repreensão ou um incentivo, em relação a algum comportamento, estava mostrando que o verda­deiro conhecimento mudaria o comportamento. "Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não" (1 Co 6.15). Isto significa que conhecer a verdade a respeito do corpo redimido de um crente é uma poderosa fonte de castidade.
"Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne... Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (1 Co 6.16,19). Não conhecer a verdade é uma grande causa de irreverência e imoralidade. A verdade é uma fonte de viver cristão santo. Você conhece a verdade, e a verdade o torna livre — do pecado para Deus.
Amar a verdade é uma marca de uma visão de mundo centrali­zada em Deus; é obediência ao primeiro e grande mandamento.

É verdade que Jesus nunca se referiu ao casamento homossexual?

 
Por Daniel Akin
Hoje é popular, entre aqueles que promovem casamento entre pessoas do mesmo sexo, dizer que Jesus nunca se referiu a essa questão, que Ele permaneceu em silêncio sobre o assunto.

Aqueles que afirmam o entendimento tradicional e histórico do casamento entre homem e mulher frequentemente são admoestados a ir ler a Bíblia mais cuidadosamente. Se nós o fizermos, nos dizem, veremos que Jesus nunca se direcionou a essa questão. Assim, a questão que quero levantar é: “essa afirmação está correta?” É verdade que Jesus nunca falou sobre a questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo?

Quando alguém vai aos Evangelhos para ver exatamente o que Jesus disse, descobrirá que Jesus se direcionou muito claramente tanto a questões sobre sexo quanto sobre casamento. Ele se referiu tanto ao bom uso quanto ao mau uso. E, ao falar sobre os assuntos, Ele deixa claro que as questões do coração são de crítica importância.

Primeiramente, o que Jesus diz sobre sexo? Jesus acreditava que o sexo é uma boa dádiva de um tremendo Deus. Ele também acreditava que o sexo era uma boa dádiva para ser desfrutada em uma aliança de casamento monogâmico e heterossexual. Nisso Ele é claro como cristal. Em Marcos 7, Jesus se direciona ao fato de que todo pecado é, no fim das contas, uma questão do coração. Jesus nunca procurou modificação de comportamento. Jesus sempre procurou transformação de coração. Transforme o coração e você verdadeiramente transformará a pessoa.

Assim, quando Ele lista um catálogo de pecados em Marcos 7.21-33, Ele deixa claro que todos esses pecados eram fundamentalmente questões do coração. Jesus quer erradicar os ídolos do coração.  Entre aqueles pecados do coração que frequentemente levam a ações pecaminosas, Ele inclui tanto imoralidade sexual quanto adultério. (Marcos 7.21).  A expressão “imoralidade sexual”, num contexto bíblico, refere-se a todo comportamento sexual fora da aliança de casamento entre um homem e uma mulher. Portanto, Jesus via o sexo antes do casamento, o adultério e o comportamento homossexual como pecados. E Ele sabia que a cura para cada um é a transformação do coração que é possível por meio das boas novas do Evangelho. O Evangelho nos transforma para que sejamos capazes de não fazer aquilo que nós queremos, mas aquilo que Deus quer. Aqui encontramos a verdadeira liberdade e prazer.

Em Segundo lugar, o que Ele fala sobre casamento? É verdade que Jesus nunca falou sobre a questão em termos de gênero? A verdade é simplesmente não. Ele nos dá Sua perspectiva sobre isso quando se refere à questão em Mateus 19.4-6. Ali, falando sobre a instituição do casamento, Jesus é claro quando diz: “Vocês não leram que, no princípio, o Criador os fez homem e mulher e disse: ‘Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’ Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe.”. Que Jesus era comprometido com o casamento heterossexual não poderia ser mais evidente. Um homem deve deixar seus pais e unir-se a uma mulher que se torna sua esposa. Isso é casamento heterossexual. Que Ele também era comprometido com a permanência e fidelidade do casamento é, também, claro.

Então, como podemos resumir a questão? Primeiramente, Jesus veio para libertas todas as pessoas de todo pecado. O pecado, Ele estava convencido, originava-se no coração e era, no fim das contas, uma questão do coração. Em segundo lugar, Jesus deixou claro que o sexo é uma boa dádiva de um Deus tremendo, e essa boa dádiva deve ser desfrutada em uma aliança matrimonial heterossexual. É simplesmente inegável que Jesus entendia o casamento heterossexual como projeto e plano de Deus. Em terceiro lugar, Jesus vê toda atividade sexual fora dessa aliança como pecado. Em quarto lugar, é uma estratégia interpretativa muito perigosa e ilegítima colocar entre parênteses as palavras de Jesus e lê-las da forma que você gostaria. Não devemos isolar Jesus de Sua confirmação de que o Velho Testamento é a Palavra de Deus, nem separá-lo de Seu contexto do primeiro século judeu. Em quinto lugar, e essas são realmente boas novas, Jesus ama tanto o pecador heterossexual quanto o pecador homossexual e promete perdão gratuito e completa libertação para todo aquele que vai a Ele.

João 8 conta a história de uma mulher pega em adultério. Os legalistas religiosos queriam apedrejá-la, mas Jesus intervém e impede sua morte. Então, Ele olha para a mulher e, com graça e bondade, diz a ela que Ele não a condena. Em seguida, Ele diz “Vá e não peques mais”. Em Mateus 11.28, Jesus fala a todos nós, sobrecarregados sob o terrível peso e carga do pecado. Ouça essas gentis palavras do Salvador, “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”. Essa é a esperança que se encontra em Jesus. Essa é a esperança que se encontra no Evangelho. Quer alguém seja culpado de pecado heterossexual ou homossexual, achará graça, perdão e liberdade aos pés da cruz onde o terreno é sempre plano.

Quando confiei completamente em Jesus como meu Senhor e Salvador aos 20 anos, decidi que queria pensar como Jesus e viver como Jesus o resto da minha vida.  Quando se refere ao sexo, quero pensar como Jesus. Quando se refere a casamento, quero pensar como Jesus. Isso significa que eu vou afirmar a aliança matrimonial heterossexual. Isso também significa amar cada pessoa independentemente de suas escolhas de estilo de vida. Isso significa, como Seu representante, proclamar o Evangelho estendendo a outros a graça transformadora do Evangelho, que nos encontra como estamos, mas maravilhosamente não nos deixa da mesma forma. Essa é uma esperança e uma promessa que os seguidores de Jesus orgulhosamente oferecem a todos, porque formos destinatários dessa mesma maravilhosa graça.