segunda-feira, 3 de junho de 2013

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Marcos Nunes


A promessa do batismo com o Espírito Santo



Por Clóvis Gonçalves

“Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar” At 2:39

O batismo com o Espírito Santo como experiência separada da conversão é uma doutrina distintiva do pentecostalismo. Como muitos não pentecostais admitem a atualidade dos dons espirituais, inclusive os de expressão verbal e o de cura, a separalidade do batismo com o Espírito Santo passa a representar o principal ponto que identifica um pentecostal. Neste artigo, vamos nos ocupar dessa doutrina, a partir da declaração de Pedro destacada acima.

A tese a ser defendida aqui é que a promessa referida pelo apóstolo é o batismo com o Espírito Santo. Uma vez demonstrado este ponto, argumentaremos em favor de sua separalidade em relação à conversão e da sua disponibilidade para os crentes de hoje. Evidentemente, no espaço que dispomos não será possível um tratamento com a profundidade necessária, mas pretendemos, mais que fazer uma apologia, esclarecer que a fé pentecostal funda-se em argumentos bíblicos e não em meras experiências.

Que a promessa de At 2:39 é o batismo com Espírito Santo é facilmente demonstrável a partir do contexto imediato, ou seja, o próprio discurso de Pedro. O versículo imediatamente anterior à declaração acima diz “arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2:38). A promessa é o recebimento do Espírito Santo. Mais uns versos atrás Pedro havia dito que Jesus “tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis” (At 2:33). O prometido era o Espírito Santo. E voltando para o início do discurso, temos a referência à promessa feita através do profeta Joel, que continha as palavras “e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão” (At 2:18).

Entretanto, Pedro não aduzia apenas à promessa feita pelo profeta Joel, haja vista que ele sabia que o ocorrido era o cumprimento da promessa feita pelo próprio Jesus Cristo. Lucas registra que Jesus “estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1:4-5). O próprio Lucas havia registrado as palavras de Jesus “eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24:49). A mesma promessa fora dada anteriormente pelo ministério de João Batista: “eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo” (Mc 1:8).

Da consideração das passagens bíblicas acima resulta que a promessa do Pai feita através do profeta Joel e reafirmada por Jesus era o batismo com o Espírito Santo. E que quando Pedro fez referência à promessa em seu discurso, estava falando da experiência do batismo com o Espírito Santo.

Tendo estabelecido que a promessa do Pai é o batismo com o Espírito Santo, convém agora analisar a sua natureza, especialmente quanto ao aspecto de ser ele uma experência distinta e logicamente posterior à conversão. Embora este ponto também seja evidente nos textos apresentados, ele representa a principal dificuldade para aceitação do batismo com o Espírito Santo pelos não pentecostais, mesmo os continuístas. Talvez na origem dessa rejeição esteja um mal entendido quanto à regeneração, que precisa ser esclarecido.

Os pentecostais não crêem que no batismo com o Espírito Santo a pessoa recebe o Espírito pela primeira vez, o que implicaria uma regeneração sem a operação sobrenatural da terceira pessoa da Trindade, o que nenhum pentecostal acredita. Embora a maioria deles creiam que a fé precede a regeneração, isso se deve ao arminianismo que predomina no meio pentecostal, e não por causa do batismo com o Espírito Santo. O fato é que os pentecostais crêem que a regeneração é uma obra do Espírito Santo e que desde o momento que crê, o crente passa a ser morada do Espírito Santo.

No batismo pentecostal o Espírito Santo não é recebido como poder salvífico, o que ocorre na regeneração, e sim como poder capacitante para o serviço. Ou seja, o batismo com o Espírito Santo é um revestimento de poder, visando a obra a ser feita. “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (At 1:8) foi dito em conexão com a promessa do batismo com o Espírito Santo.

Que o batismo com o Espírito Santo não se confunde com o novo nascimento fica claro quando consideramos que a promessa foi feita a crentes, ou seja, pessoas que já haviam sido regeneradas: “vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado” (Jo 15:3), já haviam experimentado a “lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tt 3:5) quando receberam a ordem “ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24:49). O derramamento do Espírito Santo veio sobre crentes, pois “todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos” (At 1:14) quando a promessa se cumpriu. Sendo assim, o batismo com o Espírito Santo foi uma experiência distinta da conversão, o que pode ser dito também de outras ocorrências em Atos dos Apóstolos.

Finalmente, resta-nos analisar se o batismo com o Espírito Santo no Pentecostes é um evento histórico único ou recorrente até os dias de hoje. Se olharmos para a palavras de Pedro colocadas em epígrafe, a conclusão inevitável é que o batismo com o Espírito Santo, como promessa do Pai, não se limita àquele dia em Jerusalém. “A promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar” foram as palavras de Pedro. Uma promessa mais inclusiva, impossível. Incluía os que estavam naquele dia em Jerusalém, os filhos deles, alguns provavelmente tendo ficado em suas cidades de origem, os que não estavam presentes, enfim “a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar”, vale dizer, todos os crentes em todos os lugares a partir daquele momento!

Isto é reforçado por dois fatos. A duração dos “últimos dias” e os relatos posteriores de Atos dos Apóstolos. O período denominado “últimos dias” compreende do dia de Pentecostes até a volta do Senhor. Os sinais preditos por Joel e repetidos por Pedro não se cumpriram na sua totalidade, havendo detalhes que somente ocorrerão imediatamente antes ou no momento da vinda do Senhor: “e farei aparecer prodígios em cima, no céu; e sinais em baixo na terra, sangue, fogo e vapor de fumo. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor” (At 2:19-20). Portanto, ainda nos encontramos nos “últimos dias”, nos quais o batismo com o Espírito Santo ocorreria. Além disso, há relatos de outros “pentecostes” no próprio livro de Atos, o que desfaz o argumento de um único evento histórico, mesmo quando se considera que os eventos seguintes foram desdobramentos do primeiro.

Mais poderia ser dito sobre o batismo com o Espírito Santo como promessa aos crentes de todas as épocas. Mas seria alongar o artigo que já ficou muito maior que o recomendável. Mesmo assim, coloco-me a disposição para complementar o que foi dito acima com argumentos bíblicos que expandem e aprofundam o que já foi exposto.

Soli Deo Gloria

Carta a um Pastor Pentecostal que Virou Reformado

 

Por Augustus Nicodemus Lopes
*Embora a situação e o destinatário dessa carta sejam fictícios, ela se baseia em fatos reais.

Meu caro Fernando,

Fiquei muito feliz em saber que você vem se fortalecendo mais e mais nas doutrinas da Reforma. Lembro-me bem das suas interrogações e de seus conflitos quando você começou a ler Martin Lloyd-Jones, Spurgeon e outros autores reformados e se deparou com a visão reformada de mundo e com as doutrinas da soberania de Deus, da graça absoluta e da nossa profunda depravação. Quantas perguntas e quantas interrogações! Pelo que entendi da sua carta, esse período inicial de conflito interior e de "arrumação" da mente já passou e agora você enfrenta uma outra fase, que é o antagonismo de colegas pastores da sua denominação e de membros da sua igreja para com o novo conteúdo das suas pregações e do seu ensino.
Você me perguntou se temos espaço em nossa igreja para pastores como você, que é pentecostal e que recentemente encontrou as doutrinas reformadas. Estou vendo essa possibilidade com alguns outros colegas pastores, mas eu pessoalmente não creio que a solução seria você sair de sua igreja e passar para uma reformada. Creio que você deveria tentar ficar onde está o máximo de tempo que puder. Os reformadores, como Lutero, a princípio não pretendiam sair da Igreja Católica, mas ficar e reformá-la de dentro para fora. Somente após algum tempo é que ficou claro que isso era impossível. No caso de Lutero, o papa se encarregou de expulsá-lo com a excomunhão. Seu caso é diferente, pois é um absurdo comparar a situação de um reformado dentro da Igreja Católica com a situação de um reformado dentro de uma igreja pentecostal. Portanto, minha sugestão é que você permaneça o máximo que puder, só saia se for obrigado a isso. Deixe-me dar alguns conselhos nessa direção.

1. Mantenha sempre em mente que apesar das diferenças que existem em doutrinas e práticas (nem sempre discutidas de maneira cristã), os reformados no Brasil sempre reconheceram os pentecostais históricos como genuínos irmãos em Cristo. Nós chegamos ao Brasil primeiro. Vocês vieram depois. É verdade que a princípio houve relutância em reconhecê-los como evangélicos por causa da estranheza com as práticas e doutrinas pentecostais, mas apesar delas, eventualmente vieram a ser reconhecidos como irmãos dentro da fraternidade evangélica.

2. Existem muitos pontos de convergência entre os reformados e os pentecostais. Além dos pontos fundamentais contidos, por exemplo, no Credo Apostólico, compartilhamos com eles ainda o apreço pelas Escrituras, o reconhecimento da necessidade de uma vida santa, a busca da glória de Deus, o desejo de um legítimo avivamento espiritual e o zelo pela doutrina. Nesses pontos e em outros, pentecostais e reformados sempre se alinharam contra liberais e libertinos. Tente se concentrar nesses pontos comuns nas suas pregações e no seu ensino.

3. Enquanto permanecer em sua igreja, responda sempre com mansidão e humildade aos que questionarem as "novas doutrinas" que você agora professa. Diga que as doutrinas ensinadas pelos reformados são muito mais antigas que a própria Reforma e que remontam ao ensino de Jesus e dos apóstolos. Elas têm sido adotadas e ensinadas por pastores e pregadores de todos os continentes e de muitas denominações diferentes. Elas serviram de base para o surgimento da democracia, da visão social, das universidades e da ciência moderna, e vêm abençoando a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Naturalmente, o que vai realmente fazer a diferença em sua resposta é sua habilidade de mostrar biblicamente que você não está abraçando nenhuma heresia ou doutrina nova. Para isso, é necessário que você estude as Escrituras e que se familiarize com sua mensagem, especialmente com as passagens e porções que tratam mais diretamente das doutrinas características da Reforma.

4. Evite dar a falsa impressão de que ser reformado é cantar somente salmos sem instrumentos musicais, não ter corais nem grupos de louvor, proibir as mulheres de orar em público e não levantar as mãos ou bater palmas no culto. Concentre-se nos pontos essenciais, como a soberania de Deus, a sua graça absoluta na salvação de pecadores, a depravação total e a inabilidade do homem voltar-se para Deus por si mesmo, a necessidade de conversão e arrependimento e a centralidade das Escrituras na experiência cristã.

5. Quando chegar ao tema do livre arbítrio, escolha com cuidado as suas palavras. Você sabe que a posição reformada clássica é de que a soberania de Deus e a responsabilidade humana são duas verdades igualmente ensinadas na Bíblia, muito embora não saibamos como elas se reconciliam logicamente. Deixe claro que você em momento algum está anulando a responsabilidade do homem para com as decisões que ele toma, e que, quando ele toma essas decisões, ele as toma porque quer tomá-las. Ele é, portanto, responsável pelo que faz e pelo que escolhe, mesmo que, ao final, o plano de Deus sempre prevalecerá e será realizado. Não tente resolver o mistério dessa equação. Seja humilde o suficiente para dizer que você reconhece o aparente paradoxo dessa posição e que não consegue eliminar nenhum dos seus dois pontos. Mantê-los juntos em permanente tensão é o caminho da Reforma, e um caminho que muitos pentecostais vão entender e apreciar. O que eles receiam é que se acabe por eliminar a responsabilidade do homem e reduzi-lo a um mero autômato. Deixe claro que não é isso que os reformados defendem.

6. Creio que será muito útil você estar familiarizado com as experiências espirituais vividas por John Flavel, Lloyd-Jones, Jonathan Edwards, David Brainerd, George Whitefield e muitos outros reformados. Os reformados e particularmente os puritanos deram grande ênfase à religião experimental, isto é, ao fato de que os cristãos deveriam ter profundas experiências com Deus. Nossos irmãos pentecostais apreciam essa ênfase, pois o surgimento do pentecostalismo, entre outros fatores, foi uma reação contra a frieza e a formalidade de muitas igrejas históricas do início do século XX nos Estados Unidos e Europa.

7. Tente ainda mostrar que as doutrinas da graça, aquelas da Reforma, são as que mais tendem a glorificar a Deus, visto que exaltam a sua soberania e humilham o homem, colocando-o no devido lugar. Todo cristão genuíno tem anseios de dar a glória a Deus e de vê-lo exaltado. Nossos irmãos pentecostais buscam a glória de Deus, e quando entendem que as doutrinas da graça tendem a exaltá-lo mais que outras, passam a ter uma atitude de reflexão e abertura para com elas.

8. Um outro conselho. Pregue a Palavra, exponha as Escrituras com fidelidade. Ao fazer isso, você estará pregando as grandes doutrinas da graça em vez de pregar sobre a Reforma. Evite citar autores reformados o tempo todo. Muitos pregadores reformados estragaram seu ministério porque dão a impressão que conhecem Lutero, Calvino, Spurgeon e os puritanos mais do que o apóstolo Paulo, pela quantidade de vezes que ficam citando autores reformados em seus sermões. Evite clichés evangélicos e reformados. Pregue a Palavra e deixe que seus ouvintes concluam que as doutrinas reformadas são, na realidade, bíblicas.

9. Não estou dizendo que você deve "esconder o jogo" para evitar ser colocado para fora de sua igreja. Faz parte da integridade e da honestidade cristãs assumirmos o que pensamos. Assuma sua posição, mas de forma inteligente e sábia, de forma que muitos entendam a mudança que ocorreu em você. Por outro lado, evite a síndrome de mártir. Eu pessoalmente detesto essa atitude que por vezes alguns reformados adotam quando estão em minoria e estão sofrendo resistência. Se ao final não tiver jeito e você tiver mesmo de sair da sua igreja, saia com dignidade, não saia atirando nem acusando as pessoas.

10. Não veja as perseguições que você tem sofrido dentro de sua igreja como algo pessoal, mas como a reação de irmãos sinceros do outro lado de um conflito que já dura séculos dentro da igreja cristã, que é aquele entre semipelagianos-erasmianos-arminianos, de um lado, e agostinianos-calvinistas-puritanos, de outro. Lembre que em ambos os lados há crentes verdadeiros e sinceros.

Por fim, existem já no Brasil várias igrejas pentecostais-reformadas, pequenas, é verdade, ainda nascentes. Mas, mesmo não sendo pentecostal, profetizo que esse movimento pode crescer muito no Brasil. Muitas igrejas históricas já são pós-reformadas e é muito triste ver o esquecimento das suas heranças e como vai ficando cada vez mais difícil um retorno verdadeiro. Quem sabe os pentecostais não estejam predestinados a avançar bastante a teologia da Reforma no Brasil?

Fique em paz. Um abraço do seu irmão e amigo,