sábado, 15 de junho de 2013

Sobre Festas Juninas



festa juninaPor Augustus Nicodemus
A festa celebra o nascimento de João Batista, que virou um dos santos católicos. É realizada no dia 24 de junho com base no fato que João Batista havia nascido seis meses antes de Jesus (Lc 1:26,36). Se o nascimento de Jesus (Natal) é celebrado em 25 de dezembro, então o de João Batista é celebrado seis meses antes, em 24 de junho. É claro que estas datas são convenções, apenas, pois não sabemos ao certo a data do nascimento do Senhor.
A origem das fogueiras nas celebrações deste dia é obscura. Parece que vem do costume pagão de adorar seus deuses com fogueiras. Os druidas britânicos, segundo consta, adoravam Baal com fogos de artifício. Depois a Igreja Católica inventou a história que Isabel acendeu uma fogueira para avisar Maria que João tinha nascido. Outra lenda é que na comemoração deste dia, fogueiras espontâneas surgiram no alto dos montes.
Já a quadrilha tem origem francesa, sendo uma dança da elite daquele país, que só prosperou no Brasil rural. Daí a ligação com as roupas caipiras. Por motivos obscuros acabou fazendo parte das festividades de São João.
Fazem parte ainda das celebrações no Brasil (é bom lembrar que estas festas também são celebradas em alguns países da Europa) as comidas de milho – provavelmente associadas com a quadrilha que vem do interior – as famosas balas de “Cosme e Damião.” São realizadas missas e procissões, muitas rezas e pedidos feitos a São João. As comidas são oferecidas a ele.
Se estas festividades tivessem somente um caráter religioso e fossem celebradas dentro das igrejas como se fossem parte das atividades dos católicos, não haveria qualquer dúvida quanto à pergunta, “pode um evangélico participar?” Acontece que as festas juninas foram absorvidas em grande parte pela cultura brasileira de maneira que em muitos lugares já perdeu o caráter de festa religiosa. Para muitos, é apenas uma festa onde acendem-se fogueiras, come-se milho preparado de diferentes maneiras e soltam-se fogos de artifício, sem menção do santo, e sem orações ou rezas feitas a ele.
Paulo enfrentou um caso semelhante na igreja de Corinto. Havia festivais pagãos oferecidos aos deuses nos templos da cidade. Eram os crentes livres para participar e comer carne que havia sido oferecida aos ídolos? A resposta de Paulo foi tríplice:
- O crente não deveria ir ao templo pagão para estas festas e ali comer carne, pois isto configuraria culto e portanto, idolatria (1Cor 10:19-23). Na mesma linha, eu creio que os crentes não devem ir às igrejas católicas ou a qualquer outro lugar onde haverá oração, rezas, missas e invocação do São João, pois isto implicaria em culto idólatra e falso.
- O crente poderia aceitar o convite de um amigo pagão e comer carne na casa dele, mesmo com o risco de que esta carne tivesse sido oferecida aos ídolos. Se, todavia, houvesse alguém presente ali que se escandalizasse, o crente não deveria comer (1Cor 10:27-31). Fazendo uma aplicação para nosso caso, se convidado para ir a casa de um amigo católico neste dia para comer milho, etc., ele poderia ir, desde que não houvesse atos religiosos e desde que ninguém ali ficasse escandalizado.
- E por fim, Paulo diz que o crente pode comer de tudo que se vende no mercado sem perguntar nada. A exceção é causar escândalo (1Cor 10:25-26). Aplicando para nosso caso, não vejo problema em o crente comer milho, pamonha, mungunzá, etc. neste dia e estar presente em festas juninas onde não há qualquer vínculo religioso, desde que não vá provocar escândalos e controvérsias. Se Paulo permitiu que os crentes comessem carne que possivelmente vieram dos templos pagãos para os açougues, desde que não fosse em ambiente de culto, creio que podemos fazer o mesmo, ressalvado o amor que nos levaria à abstinência em favor dos que se escandalizariam.
Segue abaixo parte de um livro meu onde abordo com mais detalhes o que Paulo ensinou aos coríntios em casos envolvendo a liberdade cristã.
O CULTO ESPIRITUAL, Augustus Nicodemus Lopes. Cultura Cristã, 2012.
“A situação de Corinto era diferente. O problema lá não era o mesmo tratado no concílio de Jerusalém. O problema não era os escrúpulos de judeus cristãos ofendidos pela atitude liberal de crentes gentios quanto à comida oferecida aos ídolos. Portanto, a solução de Jerusalém não servia para Corinto. É provavelmente por esse motivo que o apóstolo não invoca o decreto de Jerusalém.[1] Antes, procura responder às questões que preocupavam os coríntios de acordo com o princípio fundamental de que só há um Deus vivo e verdadeiro, o qual fez todas as coisas; que o ídolo nada é nesse mundo; e que fora do ambiente do culto pagão, somos livres para comer até mesmo coisas que ali foram sacrificadas.
1. A primeira pergunta dos coríntios havia sido: era lícito participar de um festival religioso num templo pagão e ali comer a carne dos animais sacrificados aos deuses? Não, responde Paulo. Isso significaria participar diretamente no culto aos demônios onde o animal foi sacrificado (1 Co 10.16-24). Paulo havia dito que os deuses dos pagãos eram imaginários (1 Co 10.19). Por outro lado, ele afirma que aquilo que é sacrificado nos altares pagãos é oferecido, na verdade, aos demônios e não a Deus (10.20). Paulo não está dizendo que os gentios conscientemente ofereciam seus sacrifícios aos demônios. Obviamente, eles pensavam que estavam servindo aos deuses, e nunca a espíritos malignos e impuros. Entretanto, ao fim das contas, seu culto era culto aos demônios. [2] Paulo está aqui refletindo o ensino bíblico do Antigo Testamento quanto ao culto dos gentios:
Sacrifícios ofereceram aos demônios, não a Deus… (Dt 32.17)
…pois imolaram seus filhos e suas filhas aos demônios (Sl 106.37).
O princípio fundamental é que o homem não regenerado, ao quebrar as leis de Deus, mesmo não tendo a intenção de servir a Satanás, acaba obedecendo ao adversário de Deus e fazendo sua vontade. Satanás é o príncipe desse mundo. Portanto, cada pecado é um tributo em sua honra. Ao recusar-se a adorar ao único Deus verdadeiro (cf. Rm 1.18-25), o homem acaba por curvar-se diante de Satanás e de seus anjos.[3] Para Paulo, participar nos festivais pagãos acabava por ser um culto aos demônios. Por esse motivo, responde que um cristão não deveria comer carne no templo do ídolo. Isso eqüivaleria a participar da mesa dos demônios, o que provocaria ciúmes e zelo da parte de Deus (1 Co 10.21-22). Paulo deseja deixar claro para os coríntios “fortes”, que não tinham qualquer intenção de manter comunhão com os demônios, que era a atitude deles em participar nos festivais do templo que contava ao final. Era a força do ato em si que acabaria por estabelecer comunhão com os demônios.[4]
2. Era lícito comer carne comprada no mercado público? Sim, responde Paulo. Compre e coma, sem nada perguntar (1 Co 10.25). A carne já não está no ambiente de culto pagão. Não mantém nenhuma relação especial com os demônios, depois que saiu de lá. Está “limpa” e pode ser consumida.
3. Era lícito comer carne na casa de um amigo idólatra? Sim e não, responde Paulo. Sim, caso não haja, entre os convidados, algum crente “fraco” que alerte sobre a procedência da carne (1 Co 10.27). Não, quando isso ocorrer (1 Co 10.28-30).
O ponto que desejo destacar é que para o apóstolo Paulo a carne que havia sido sacrificada aos demônios no templo pagão perdia a “contaminação espiritual” depois que saia do ambiente de culto. Era carne, como qualquer outra. É verdade que ele condenou a atitude dos “fortes” que estavam comendo, no próprio templo, a carne sacrificada aos demônios. Mas isso foi porque comer a carne ali era parte do culto prestado aos demônios, assim como comer o pão e beber o vinho na Ceia é parte de nosso culto a Deus. Uma vez encerrado o culto, o pão é pão e o vinho é vinho. Aliás, continuaram a ser pão e vinho, antes, durante e depois. A mesma coisa ocorre com as carnes de animais oferecidas aos ídolos. E o que é verdade acerca da carne, é também verdade acerca de fetiches, roupas, amuletos, estátuas e objetos consagrados aos deuses pagãos. Como disse Calvino,
Alguma dúvida pode surgir se as criaturas de Deus se tornam impuras ao serem usadas pelos incrédulos em sacrifícios. Paulo nega tal conceito, porque o senhorio e possessão de toda terra permanecem nas mãos de Deus. Mas, pelo seu poder, o Senhor sustenta as coisas que tem em suas mãos, e, por causa disto, ele as santifica. Por isso, tudo que os filhos de Deus usam é limpo, visto que o tomam das mãos de Deus, e de nenhuma outra fonte.[5]”

Fim da Banda Calypso: Joelma anuncia que quer se dedicar à música gospel



calypso 
Uma declaração da cantora Joelma sobre sua vontade de se dedicar à música gospel gerou comoção nos fãs da Banda Calyspo na madrugada deste domingo, 9. Ela disse durante apresentação no São João da Capitá, festa junina de Recife, que quer entregar sua carreira à obra de Deus’.
A cantora Natália Sarraff, filha mais velha de Joelma, usou o Facebook para demostrar seu apoio à mãe. “Tudo que é bom dura pouco? Pelo contrário, tudo que é bom dura para sempre, pois tudo que e de Deus dura para sempre. Feliz por sua decisão, minha mãe. Eu te apoio, pois te conheço e sei o que se passa em seu coração, e sei que agora você está feliz de verdade. Te amo“, publicou.
Diante das lamentações de muitos fãs, ela continuou: “Só acho assim: ninguém morreu, pelo contrário, acaba de nascer uma nova vida, a vida que Deus escreveu muito antes do nascimento. Então vamos parar de falar bobagens e agradecer a Deus! Pois tudo nessa vida só acontece se Ele permitir, e tudo é para Sua glória. Só sei dizer que estou feliz, feliz por saber que a pessoa que mais amo está feliz”.
Joelma, que é evangélica e casada com Chimbinha, já havia declarado sua vontade de gravar um CD totalmente com música gospel. Nos álbuns da Banda Calypso, aliás, já tem sempre uma faixa dedicada a Deus. Ao que tudo indica, 2014 será o último ano de existência da banda.
O empresário do Calypso, Fábio Macedo, declarou ao G1 de Pernambuco que por conta de compromissos já assumidos, Joelma deve se dedicar à nova carreira somente em 2015. Até o momento a assessoria da banda não se pronunciou sobre o fim da Banda Calypso, que terá sua trajetória contada em um filme e prepara CD em espanhol.

Expocristã 2013 é cancelada, empresa publica nota oficial



expo A DO4C publicou nota anunciando o cancelamento da ExpoCristã e se comprometendo a devolver os valores pagos pelas empresas que estariam expondo durante os dias 7 a 10 de agosto.
No comunicado a empresa explica que o acordo com a SPTuris foi dificultado por conta das dívidas que a EBF (antiga dona da marca) mantinha junto ao Anhembi.
Os valores dos débitos da EBF já foram cobrados judicialmente, mas mesmo assim a SPTuris não aceitou a promessa de pagamento da DO4C que resolveu cancelar a 12ª edição da maior feira de artigos evangélicos da América Latina.
Apesar de comunicar o cancelamento, a empresa não descarta voltar a realizar o evento, aguardando “uma nova oportunidade” para poder organizar mais uma edição de sucesso da feira que só em 2012 conseguiu movimentar R$100 milhões.
Na semana passada uma reportagem da Folha de São Paulo anunciava a falta de pagamento do espaço, dizendo que a DO4C se comprometeu a pagar em maio os 90% restantes do valor de R$560 mil referentes ao aluguel do Anhembi. A SPTuris dizia que a feira até poderia acontecer, mas não no período anunciado por conta dessa cobrança.
A reportagem também citou que a Feira Internacional Cristã, organizada pela GEO Eventos, das Organizações Globo, poderia ter participação nesse insucesso da ExpoCristã. A marca já estava consolidada no cenário evangélico e recebia o apoio de diferentes igrejas e empresas, o que não acontece com a FIC.
O jornalista Lauro Jardim, do Radar On Line, noticiou que a Igreja Universal do Reino de Deus não aceitou participar da feira da Globo por motivos óbvios. Na ExpoCristã a denominação não só participava como criava programas especiais com a participação dos autores que lançam seus livros pela Unipro e com os cantores e bandas que fazem parte da Line Records.

Nosso reflexo no espelho!



Por Josemar Bessa
 
Você leu os jornais hoje? Como entender a tragédia humana estampada todos os dias nas manchetes?

Nossa compreensão da Queda e do pecado da humanidade é absolutamente necessária para qualquer compreensão adequada da condição humana. Não podemos compreender a existência humana sem referência ao pecado. A Bíblia se recusa a permitir-nos descobrir a causa e substância do problema humano fora de nós mesmos.

Em vez disso, a Bíblia aponta diretamente para a nossa culpa individual, ao mesmo tempo que afirma que cada ser humano herda o pecado e a culpa de Adão. O complexo da pecaminosidade humana é tão vasto que abrange todo o pecado humano individual e a totalidade da depravação humana, como demonstrado na ascensão e queda das nações e no curso da história humana.

A Bíblia mostra que o problema humano vai muito além de uma simples explicação de fraquezas humanas e falhas. Em essência, a Bíblia aponta diretamente à criatura humana e oferece uma acusação de nossa rebelião contra Deus. Da mesma forma que Adão e Eva procuraram se tapar com folhas para esconder a própria nudez ( Gn 3.7 ), os seres humanos tentam um número enorme de explicações criativas desesperadas para tentar nos isentar de tudo que está errado conosco.
Em outras palavras, a cosmovisão cristã do homem e do comportamento humano está em colisão direta com todas as outras cosmovisões.
Isto é particularmente evidente quando se compara o relato bíblico do pecado humano com as tentativas contemporâneas para explicar a maldade e depravação da humanidade por meios econômicos, sociológicos, políticos, psicoterápico... A Bíblia afirma a bondade inerente da humanidade em termos de bondade pura da criação de Deus como era no começo. Mas a Bíblia também explica que, depois da queda, cada ser humano é, em sua própria maneira, um rebelde e insurgente que está tentando destronar a Deus e roubar a sua glória como se fosse  nossa.

Assim, quando olhamos para a humanidade, lemos os jornais, assistimos aos noticiários, ou olhamos os nossos próprios filhos, devemos estar sempre cientes de que o que nós testemunhamos é a elaboração do pecado e uma demonstração da humanidade caída. No entanto, nossa evidência mais direta para essa queda é o que vemos quando olhamos para nosso reflexo no espelho.

Toda cosmovisão deve dar conta do que está errado com a humanidade e por que o cosmos demonstra tanta morte, decadência, e a falta de sentido aparente. Como cristãos, sabemos que o mundo como o vemos contém vestígios da glória de Deus que brilham através da corrupção do universo marcada pelo pecado. No entanto, somos constantemente lembrados de que o universo inteiro está gemendo sob o peso do pecado humano. Não estamos surpresos com o pecado humano e as terríveis conseqüências desse pecado. Nós somos capazes de suportar esse conhecimento porque estamos certos de que este não é o fim da história:  
 
“Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos” - Romanos 8:20-25