quinta-feira, 18 de julho de 2013

VACA CADENTE - A Vida é Imprevisível


Por Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
A notícia é inusitada. Aconteceu em Caratinga, MG: “… uma vaca que pastava subiu no telhado de uma casa construída em uma ladeira e cujo teto fica abaixo do nível da rua. As telhas de amianto não resistiram ao peso do animal, que terminou caindo sobre um homem identificado como João Maria de Souza, de 45 anos, proprietário da casa e que dormia em sua cama no momento do acidente” (O dia, 15.7.13). João morreu, vítima de hemorragia interna e traumatismos múltiplos.
Que coisa! A pessoa dorme em sua casa e uma vaca lhe cai em cima! Raia ao absurdo. Imaginemos anos depois uma pessoa da família comentando com alguém que ignora o fato: “Uma vaca caiu na cama dele!”.
É a vida. Nem todos sofrem acidente deste tipo, mas como há surpresas! Há eventos que desmancham nossos esquemas, e mudam por completo nossa vida. Eu tinha 14 anos de idade quando meu primo Otávio Gomes Coelho me convidou para ir à igreja, onde se convertera há pouco. Fui. A vida mudou naquele dia.
No dia em que Bartimeu se sentou à porta de Jericó para esmolar não presumia que sua vida seria mudada para sempre. Jesus o curaria. Há eventos que não previmos e que causam grande mudança na vida. Por vezes, em uma fração de segundo. Uma pessoa sai para fazer compras e uma bala perdida o acha. Não podemos controlar nossa vida, nem sabemos como será nosso amanhã.
Ter certezas na vida é necessário. Alguns pensadores negam a possibilidade de certeza (ou verdade). O pensador Francis Schaefer ironizou um desses pensadores, que dizia que tudo na vida era acaso, que não há certeza alguma, mas, como gostava de cogumelos, selecionava os que comia. Queria ter certeza de não comeria um venenoso. Céticos e ateus têm dificuldades em viver de acordo com seus pressupostos. Lembro-me, a propósito, de uma professora de Psicologia que tive, e que certa vez declarou: “Não há absolutos!”. Disse-lhe: “Professora, esta afirmação é um absoluto!”.
Voltemos à imprevisibilidade da vida. Tiago criticou gente que faz planos detalhados para sua vida sem levar em conta que ela é imprevisível. “… Não sabeis o que acontecerá no dia de amanhã” (Tg 4.14). A vida não é matemática.
Não sabemos o que nos acontecerá amanhã, mas podemos crer naquele que tem o Amanhã em suas mãos. “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim” (Ap 21.6). Não sei como me será 2014. Nem sei se o verei. Mas sei que a vida está nas mãos Dele. Ele cuidou até hoje. E nada me faz pensar que não cuidará amanhã.
Talvez não me caia uma vaca na cabeça. A vida é imprevisível (um clichê, mas real). Mas Ele é previsível: Ele cuida de quem lhe entrega a vida. Faça isso. Não para evitar vacas cadentes. Para ter segurança. Funciona. A Bíblia diz que funciona. Milhões de fiéis, ao longo da história, comprovam isso.

O QUE É JUSTIFICAÇÃO?



Por Pr. Silas Figueira

A justificação é uma doutrina evangélica revelada por Deus, e não descoberta pelo homem. Tanto judeus como gregos são salvos da mesma maneira: não pelas obras da lei, mas pela graça de Deus.Em nossos dias, a verdade bíblica da justificação é desconhecida ou mal compreendida por muitos evangélicos. No entanto, ela foi a questão central levantada pela Reforma Protestante do século 16. Assim como o “sola Scriptura” foi denominado o “princípio formal” da Reforma, porque a Bíblia é a fonte de onde procedem todas as autênticas doutrinas cristãs, a justificação mediante a fé é o, seu “princípio material”, porque envolve a própria substância ou essência do que se deve crer para a salvação.

Justificação é o oposto exato de condenação. “Condenar” é declarar uma pessoa culpada; “justificar” é declará-la sem culpa, inocente ou justa. Na Bíblia, refere-se ao ato imerecido do favor de Deus através do qual Ele coloca diante de si o pecador, não apenas perdoando-o ou isentado-o da culpa, mas também aceitando-o e tratando-o como justo.2       

A justificação é um ato judicial de Deus, no qual Ele declara, com base na justiça de Jesus Cristo, que todas as reivindicações da lei são satisfeitas com vistas ao pecador. Ela é singular, na obra da redenção, em que é um ato judicial de Deus, e não um ato ou processo de renovação, como é o caso da regeneração, da conversão e da santificação. Conquanto diga respeito ao pecador, não muda a sua vida interior. Não afeta a sua condição, mas, sim, o seu estado ou posição, e nesse aspecto difere de todas as outras principais partes da ordem da salvação. Ela envolve o perdão dos pecados e a restauração do pecador ao favor divino. O arminiano sustenta que ela inclui somente aquele, e não esta; mas a Bíblia ensina claramente que o fruto da justificação é muito mais que o perdão. Os que são justificados têm “paz com Deus”, segurança da salvação, Rm 5.1-10, e uma “herança entre os que são santificados”, At 26.18. Devemos observar os seguintes pontos de diferença entre a justificação e a santificação.

1. A justificação remove a culpa do pecado e restaura o pecador a todos os direitos filiais envolvidos em seu estado de filho de Deus, incluindo uma herança eterna. A santificação remove a corrupção do pecado e renova o pecador constante e crescentemente, em conformidade com a imagem de Deus.

2. A justificação dá-se fora do pecador, no tribunal de Deus, e não muda a sua vida interior, embora a sentença lhe seja dada a conhecer na vida interna do homem e gradativamente afete todo o seu ser.

3. A justificação acontece uma vez por todas. Não se repete, e não é um processo; é imediatamente completa e para sempre. Não existe isso, de mais ou menos justificação; ou o homem é plenamente justificado, ou absolutamente não é justificado. Em distinção disto, a santificação é um processo contínuo, que jamais se completa nesta existência.

4. Enquanto que a causa meritória de ambas está nos méritos de Cristo, há uma diferença na causa eficiente. Falando em termos de economia, Deus o Pai declara justo o pecador, e Deus o Espírito o santifica.

Hernandes Dias Lopes citando Warren W. Wiersbe diz que uma vez que fomos “justificados pela fé”, nunca mais seremos declarados culpados diante de Deus. A justificação também é diferente de “indulto”, pois um criminoso indultado ainda tem uma ficha na qual constam seus crimes. Quando um pecador é justificado pela fé, seus pecados passados não são mais lembrados nem usados contra ele, e Deus não registra mais suas transgressões (Sl 32.1,2; Rm 4.1-8).4   

Podemos concluir dizendo que a justificação é a resposta de Deus à mais importante de todas as questões humanas: Como uma pessoa pode se tornar aceitável diante de Deus? A resposta está clara no Novo Testamento, especialmente nos escritos de Paulo, como a passagem clássica de Romanos 3.21-25. Biblicamente, a justificação é um conceito jurídico ou forense, e tem o significado de “declarar justo”. É o ato de Deus mediante o qual ele, em sua graça, declara justo o pecador, isentando-o de qualquer condenação. Infelizmente, a palavra portuguesa “justificação”, originária do latim, dá a ideia de “tornar justo”, no sentido de produzir justiça no justificado. Mas o termo grego original dikaiosyne não se refere a uma mudança intrínseca no indivíduo, e sim a uma declaração feita por Deus. Visto que não temos justiça própria e somos culpados diante de Deus, ele nos declara justos com base na expiação de nossos pecados por Cristo e na sua justiça imputada a nós.

Pode-se dizer que a justificação está estreitamente relacionada com três princípios da Reforma: “sola gratia”, “sola fides” e “solo Christo”. Daí, James Montgomery Boyce a define como “um ato de Deus pelo qual ele declara os pecadores justos somente pela graça, somente por meio da fé, somente por causa de Cristo”. Assim, a fonte da justificação é a graça de Deus, o fundamento da justificação é a obra de Cristo e o meio da justificação é a fé. A fé é o canal através do qual a justificação é concedida ao pecador que crê; é o meio pelo qual ele toma posse das bênçãos obtidas por Cristo (como a paz com Deus, Rm 5.1). Ela não é uma boa obra, mas um dom de Deus, como Paulo ensina em Efésios 2.8-9. É o único meio de receber o que Deus fez por nós (“sola fides”), ficando excluídos todos os outros atos ou obras.5

Marco Feliciano chama reunião de Dilma Rousseff com cantoras gospel de engodo



marco feliciano 2O  
deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC-SP) criticou o encontro realizado pela presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira (15) com um grupo de mulheres evangélicas no Palácio do Planalto.
Dilma recebeu o grupo de evangélicas, entre elas pastoras e cantoras, em um encontro articulado pelo Ministro da Pesca, senador Marcelo Crivella (PRB). Feliciano chamou o encontro de “engodo”.
O deputado fez várias críticas através de sua conta no Twitter e acusou Crivella de tentar fazer com que Dilma Rousseff fique “bem na foto com os evangélicos” em um momento em que a popularidade da presidente cai para 31,3%.
O parlamentar criticou a ineficácia da assessoria da presidente por ter preparado um encontro com cantoras e não com os líderes evangélicos. “Nada contra as cantoras, todavia, as convidadas nada sabem sobre o real motivo de suas visitas, ficar bem na foto com os evangélicos”, disse.
“A primeira manifestação foi liderada pelo pastor Silas Malafaia, que com líderes (pastores) de todo o Brasil dia 5/6 levaram 70 mil pessoas a Brasília. Mais uma vez o ministro Gilberto de Carvalho, ministra Gleise Hofffman confirmam o que uma vez desmentiram: o cargo dado ao ministro Crivella, porque Crivella ‘representa’ os evangélicos. Erro gravíssimo! Mais um tiro dado no pé, pois acende a indignação dos líderes evangélicos (sic)”, escreveu Feliciano.
Participaram do encontro Ana Paula Valadão, Bruna Karla, Cássia Helena de Sousa, Damares, Eyshila Oliveira Santos, Ezenete Alexandrina, Fernanda Hernandes Rasmussen, Irene Maria Hermenegildo Lopes Correa, Juliana Alonso Machado, Leonor Alonso Machado, Mara Maravilha, Maria do Carmo Araujo, Maurizete da Silva Catarina Acioli, Rubia Pinheiro Fernandes, Sonia Hernandes e Valnice Milhomens Coelho.
Marco Feliciano acusou Dilma de não ter recebido os pastores porque sabia que haveria uma conversa séria, com reivindicações. O parlamentar também afirmou que Dilma não manteve a palavra ao permitir a descriminalização do aborto.
“Na sexta feira alertei um assessor do ministro Gilberto de Carvalho, mas não adiantou, não respeitam, então que arquem com as consequências. Será que as cantoras pediram o veto do PLC 003/2013? Lei que tornará o aborto legal? Com certeza não e porquê? Porque não tem conhecimento! (sic)”, concluiu.
[Fonte: Gospel Prime]
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Como dizem aqui na Paraíba: “o côco é seco”! Por isso com essa declaração de insatisfação do Feliciano para com o que ocorreu nesta audiência entre a Dilma e a turma do gospel, ao que me parece, haverá encontros e desencontros entre os famosos “representantes” do povo evangélico no Brasil.

Porque eu não quero uma teocracia cristã

Por Helder Nozima
A uniformidade de pensamento é um desejo buscado, consciente ou inconscientemente, por todos nós. Por mais "tolerantes" que sejamos, sempre há um segmento ideológico que é visto como "inimigo" e pelo qual não nutrimos simpatia. Como não é possível forçar todos a pensarem de modo agradável a nós, o pluralismo acaba se impondo não como o ideal de todos, mas antes como a melhor alternativa possível, superior à guerra e à violência. Melhor conviver com o diferente do que tentar exterminá-lo.
Contudo, a tentativa de impor um pensamento único sempre seduz parcelas significativas da sociedade. A História está cheia de exemplos, desde o nazismo alemão até o comunismo soviético, incluindo-se aí o fundamentalismo islâmico e até mesmo experiências puritanas de criar colônias nos Estados Unidos onde haveria uma única religião. O totalitarismo é uma tentação que não respeita nenhum tipo de fronteira.
Ao meu ver, é esse tipo de tentação que leva cristãos de vários matizes a defenderem uma teocracia cristã. Na verdade, já há proposta para criar o Partido Republicano Teocrata Cristão (PRTC). O objetivo expresso é o de promover a "adequação de todas as leis da nação às leis bíblicas", inclusive com apoio de muitos blogs calvinistas. Esse tipo de movimento é uma reação à aprovação e discussão de leis que ferem os princípios da Bíblia.

Contudo, esse fato exige uma discussão. Afinal, a teocracia cristã é o caminho que a própria Bíblia ensina para fazer valer o reino de Deus?

A necessidade da liberdade religiosa
Creio que a primeira coisa que deve ser analisada é a questão da liberdade religiosa. O sonho oculto de muitos segmentos, desde o mais tradicional dos reformados até o mais esotérico neopentecostal, é o de ver todos seguirem uma mesma fé, tendo a Bíblia formalmente reconhecida como estando acima de qualquer outra lei. Na verdade, muitos evangélicos não querem esperar pelo dia em que Jesus Cristo virá implantar seu Reino...querem vê-lo aqui, de modo visível, já! A separação entre Igreja e Estado não é mais vista como uma conquista que foi essencial para garantir a sobrevivência dos evangélicos em sociedades católicas. Agora, o sonho de muitos é ver as igrejas evangélicas comandando o Estado e impondo a sua agenda e pensamento a todos.

Contudo, Jesus Cristo nunca exigiu a conversão de todos os seus ouvintes aos seus ensinamentos. É interessante notar que Jesus não protesta porque ninguém proíbe os fariseus de ensinar ou porque o ensino pagão era tolerado pelo Estado romano. A arma usada por Jesus em seu ministério era a pregação da Palavra. Era por meio da persuasão, da oratória e dos debates que o Senhor esperava ganhar o coração dos ouvintes. Cristo nunca questionou porque o Estado romano não dava apoio ao seu sistema de fé.

O mesmo pode ser dito dos apóstolos. Eles são sempre retratados como sendo perseguidos por judeus ou pagãos, mas nunca como perseguidores daqueles que anunciam outra fé. Isso é evidenciado em Atos 19, quando os pagãos de Éfeso se revoltam contra a pregação de Paulo:
Pois um ourives, chamado Demétrio, que fazia, de prata, nichos de Diana e que dava muito lucro aos artífices, convocando-os juntamente com outros da mesma profissão, disse-lhes: Senhores, sabeis que deste ofício vem a nossa prosperidade e estais vendo e ouvindo que não só em Éfeso, mas em quase toda a Ásia, este Paulo tem persuadido e desencaminhado muita gente, afirmando não serem deuses os que são feitos por mãos humanas. Não somente há o perigo de a nossa profissão cair em descrédito, como também o de o próprio templo da grande deusa, Diana, ser estimado em nada, e ser mesmo destruída a majestade daquela que toda a Ásia e o mundo adoram. Ouvindo isto, encheram-se de furor e clamavam: Grande é a Diana dos efésios! Foi a cidade tomada de confusão, e todos, à uma, arremeteram para o teatro, arrebatando os macedônios Gaio e Aristarco, companheiros de Paulo. (Atos 19:24-29)
O tumulto é encerrado pelo escrivão de Éfeso, que apazigua a multidão afirmando o seguinte:
porque estes homens que aqui trouxestes não são sacrílegos, nem blasfemam contra a nossa deusa. (Atos 19:37)
É muito interessante notar isso no Novo Testamento. O desejo dos cristãos é o de terem liberdade para pregar a Palavra sem correrem o risco de serem presos. São os outros...os judeus e os pagãos quem buscam usar o Estado para prender os cristãos e impedir a disseminação da fé cristã. Os discípulos não cometiam sacrilégios nem blasfemavam contra Diana, embora deixassem claro que ela não era uma deusa de fato. Isso mostra uma busca pela liberdade religiosa, e não pela uniformidade religiosa.


Igreja e Estado são esferas distintas
Por que nem Jesus e nem os apóstolos reivindicam o apoio do Estado para a pregação evangélica? Uma das razões é dada pelo próprio Cristo: dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Convém aqui reler essa história:
Naquela mesma hora, os escribas e os principais sacerdotes procuravam lançar-lhe as mãos, pois perceberam que, em referência a eles, dissera esta parábola; mas temiam o povo. Observando-o, subornaram emissários que se fingiam de justos para verem se o apanhavam em alguma palavra, a fim de entregá-lo à jurisdição e à autoridade do governador. Então, o consultaram, dizendo: Mestre, sabemos que falas e ensinas retamente e não te deixas levar de respeitos humanos, porém ensinas o caminho de Deus segundo a verdade; é lícito pagar tributo a César ou não? Mas Jesus, percebendo-lhes o ardil, respondeu: Mostrai-me um denário. De quem é a efígie e a inscrição? Prontamente disseram: De César. Então, lhes recomendou Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Não puderam apanhá-lo em palavra alguma diante do povo; e, admirados da sua resposta, calaram-se. (Lucas 20:19-26)

O ardil era esse: se Jesus dissesse que o imposto deveria ser pago, então Ele se colocava ao lado dos romanos e desagradava aos judeus. Se dissesse que não deveria ser pago, então os judeus se agradariam, mas Jesus poderia ser acusado diante dos romanos. O Mestre evita a resposta, ensinando que o povo deve dar a César o que é de César (respeito às leis, pagamento de impostos) e a Deus o que é de Deus (fé, adoração, devoção, o controle da vida).
Embora a separação entre o Estado e a Igreja seja um conceito posterior, creio que ele pode ser reconhecido aqui. Jesus não ensina que o Estado não deve obediência alguma a Deus. Afinal, o reino dos céus engloba todas as coisas, inclusive sim os governos. Mas isso não significa que tudo deva ser misturado. Há sim distinções.

Por exemplo, não cabe a Igreja decidir qual o melhor sistema de arrecadação tributária ou se um país deve ou não ter relações diplomáticas com outro. Os cristãos podem opinar sobre isso, mas a decisão pertence ao Estado, o qual, por sua vez, não deve decidir se a doutrina da predestinação é ou não correta. César é César, Deus é Deus.
Sei que aqui eu perdi o apoio de quase todos os calvinistas...afinal, a Confissão de Fé de Westminster, documento ícone da fé reformada, foi feita em um concílio convocado pelo Estado inglês. Contudo, não há base no Novo Testamento para que o Estado se envolva neste tipo de decisão. Esta não é uma questão de Governo, e sim de fé.

A natureza do Reino de Deus
Talvez muitos pensem que as ideias acima expostas ferem o ensino bíblico sobre o reino de Deus. Ele não é o Senhor de todas as coisas? A recusa dos homens em obedecê-Lo não é um pecado? Sim e sim, digo eu. Mas daí a querermos forçar o Estado a adotar leis bíblicas vai uma grande diferença.

Por quê? Ora, por causa da natureza presente do reino de Deus? Observe o que diz Jesus no momento em que ele é preso, como narrado em Mateus 26:51-54.
E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, sacou da espada e, golpeando o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe a orelha. Então, Jesus lhe disse: Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada à espada perecerão. Acaso, pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos? Como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder?
Repare que a espada não foi usada de modo arbitrário pelo apóstolo Pedro. Jesus estava para ser preso, uma turba com espadas e porretes ameaçava os apóstolos. Pedro quis apenas defender o seu Mestre. Mas Jesus reprovou essa atitude. Quem lança mão da espada (violência) perecerá por causa dela. Se o Cristo quisesse, poderia rogar ao Pai para ter a defesa de anjos. Porém, a espada angelical não era o caminho de defesa do reino.

Essa mesma ideia é repetida por Jesus quando ele é confrontado por Pilatos em João 18:33-37.
Tornou Pilatos a entrar no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus? Respondeu Jesus: Vem de ti mesmo esta pergunta ou to disseram outros a meu respeito? Replicou Pilatos: Porventura, sou judeu? A tua própria gente e os principais sacerdotes é que te entregaram a mim. Que fizeste? Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui. Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
A violência e a coerção não irão promover o reino de Deus, que só se manifestará de modo plenamente visível neste mundo quando Cristo voltar. Por isso Jesus diz que seu reino não é terreno: não há exércitos ou ministros para defendê-lo. O objetivo de Jesus era o de dar testemunho da verdade. A testemunha busca convencer, mas quem pode impor a sentença é o Juiz. E a vinda de Cristo como Juiz está no futuro.
Por isso, difamando-vos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão, os quais hão de prestar contas àquele que é competente para julgar vivos e mortos; pois, para este fim, foi o evangelho pregado também a mortos, para que, mesmo julgados na carne segundo os homens, vivam no espírito segundo Deus. (1 Pedro 4:4-6)
Chegará sim o dia em que a verdade será manifesta e todos serão julgados, o dia em que todo aquele que rejeitou a Cristo sofrerá a pena por sua rebeldia. Mas, até lá...o dever da igreja não é o de antecipar a execução do juízo, mas sim o de testemunhar a favor da verdade. Testemunhar não é forçar ninguém a acreditar ou seguir, é tentar, da melhor forma possível, convencer os demais a crerem em nosso testemunho.

O mundo é incapaz de seguir a Deus
Mas, de todos os argumentos, o melhor para combater a ideia de uma teocracia cristã é o primeiro ponto do calvinismo: a depravação total. Por esta doutrina, o homem é simplesmente incapaz de, voluntariamente, seguir a Deus. Se o ser humano não for alcançado pela graça de Cristo, servir a Deus é algo impossível a ele, mesmo que o Estado tente obrigá-lo:
Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas o que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.” (Romanos 8:5-8)
Ora, se os que estão seguindo o pendor (inclinação) da carne não podem estar sujeitos à lei de Deus e não são capazes de agradar a Deus, no que adiantaria criar uma teocracia cristã? Ela seria inútil! Não é isso que tornará o Brasil um país melhor. E isso se torna óbvio quando lemos o que a Bíblia diz sobre a lei de Deus:
Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus. (Hebreus 7:18-19)

Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem. (Hebreus 10:1)
A lei de Deus não tem o poder de aperfeiçoar as pessoas e, por extensão, a sociedade. O Brasil só será transformado por meio da salvação dos brasileiros, da criação de novos homens que nascem segundo Cristo Jesus e, voluntariamente, seguem a lei de Deus. Só que isso não é uma obra do homem, mas sim de Deus. Um novo ser humano é algo que só Cristo pode fazer:
E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. (2 Coríntios 5:17)
Qual a solução?
Então, os cristãos devem cruzar os braços e deixar o Estado aprovar leis que ferem a Bíblia? Não! De modo algum. Devemos lutar, nas ruas, no Congresso, na Internet, onde for preciso para influenciar o mundo a seguir o Evangelho.

Para influenciar, não para impor.

Creio que este é o modelo bíblico de conduta política para os cristãos. Homens como José, Daniel e Mordecai não tentaram convencer o Egito, a Babilônia e a Pérsia a adorarem ao Deus de Israel. Eles influenciaram impérios a se adequarem às leis de Deus por meio de seus comportamentos e atuações políticas. No caso de Daniel e seus amigos, além de Mordecai, vemos que foram decisivos para impedir que os judeus fossem forçados a idolatria ou que fossem massacrados pelos caprichos da nobreza. Foram instrumentos de Deus em impérios que, guardadas as proporções, eram sociedades plurais.
Ao meu ver, o caminho continua sendo esse. O chamado de Deus para a Igreja é viver em um mundo plural e tentar influenciá-lo de todos os modos, mas sem impor a sua vontade. O objetivo dos cristãos é convencer a sociedade a obedecer a Deus...e não o de obrigá-la a fazer isso.
Os cristãos precisam entender que este mundo não é perfeito. Nossas decisões políticas, econômicas e sociais devem levar em conta as imperfeições do estado atual da criação: por isso é que existem policiais, soldados, leis penais e democracia. Seria ótimo viver em um planeta onde todos seguem a Deus! Mas isso não vai acontecer até Jesus voltar. Então, não adianta forçar o caminho nessa direção.

Precisamos aceitar o mundo como Deus quis que Ele fosse. E, para isso, é necessário aprender a conviver com os diferentes. Não há caminho melhor do que um onde exista liberdade de religião, de pensamento e de expressão. Não há caminho melhor do que o enfrentamento democrático e pacífico. Se, pela democracia, o Brasil escolher servir a Deus, ótimo! Mas, mesmo assim...as liberdades precisariam ser garantidas.

Que possamos refletir no ensino bíblico de Romanos 14:12.
Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.
Que assim seja. Amém! Soli Deo Gloria!

DENÚNCIAS - HERESIAS EM SEMINÁRIOS TEOLÓGICOS CRISTÃOS - UMA VERGONHA!


A Bíblia predisse que dentre nós mesmos surgiram pessoas com ensinos pervertidos. (Atos 20:28-31) Isto significa que além de lutarmos contra as heresias das seitas pseudo-cristãs, temos que nos preocupar com as perversões ensinadas em nosso meio cristão, as quais brotam de mentes manipuladas pelo Diabo. E de onde têm surgido tais perversões? Do meio acadêmico teológico. Claro que há seminários batistas, metodistas, presbiterianos, assembleianos e de outras denominações que ensinam a Bíblia sem questioná-la como a inerrante Palavra de Deus. Todavia, outros seminários, que afirmam preparar pastores para o ministério, estão admitindo em seu rol de professores pessoas que negam a inerrância bíblica e afirmam que ela está repleta de mitos e lendas. Não raro é uma turma de pastores e professores viciados em filosofia. O Diabo conseguiu espalhar ensinos falsos através da teologia liberal do século XIX, e da nova teologia defendida por alguns moderninhos, o que parece até uma bela e cômica parceria. Isso é tão diabólico que seitas espíritas também concordam com muitos ensinos disseminados em certos seminários cristãos. Ateus, quem sabe, se sentiriam muito bem em estudar neles. Esperar destes últimos uma crítica à Palavra de Deus era esperado, mas de mestres e irmãos em Cristo?! Vejamos o que o Espiritismo Kardecista e a Legião da Boa Vontade apregoam sobre a Bíblia e depois compare com o que está sendo ensinado em alguns importantes seminários cristãos:

"A Bíblia contém, evidentemente, fatos que a razão, desenvolvida pela ciência, não poderia hoje aceitar, e outros que parecem estranhos e repugnam, por se prenderem a costumes que não são mais os nossos".

"Ora, isso explica a necessidade das revelações progressivas, cuja finalidade (traçada pelo próprio Jesus) é corrigir e atualizar a parte humana da Bíblia Sagrada. Portanto, com todos os erros, de origem humana, a Bíblia contínua certa, como demonstra a Doutrina do Céu da LBV”

Os teólogos que se contaminaram com as idéias da teologia liberal ensinam as mesmas tolices. Claro que não podemos evitar o cumprimento de profecias, que já apontavam para crenças de homens que não suportariam a sã doutrina, seguindo a mestres com suas heresias. (2 Timóteo 4:3) Veja os absurdos por eles ensinados:

(a) Adão e Eva não existiram, mas são um símbolo para a humanidade que foi criada através da evolução. Há alunos de um seminário teológico que ouviram de um professor de Filosofia que Adão e Eva nunca existiram, e que a teoria do BIG-BANG explica a origem de todo o universo. Então, as palavras de Jesus em Mateus 19:4, 5, sobre Deus ter criado o homem conforme o relato de Gênesis precisam ser reinterpretadas, na opinião de tais falsos mestres. Já chegou-se a ouvir que Jesus pouco sabia de que Ele era Deus, e como um mero homem judeu cria no que lhe fora ensinado.

(b)
Os milagres de Jesus não ocorreram, mas tais lendas fazem, segundo essa patota, um milagre muito maior na vida dos leitores. Por exemplo, Jesus nunca teria andado na água, pois isso seria cientificamente impossível, portanto, não foi um milagre. Mas o grande milagre dessa lenda ou mito é ensinar por trás das linhas uma verdade: Precisamos ter fé em Deus quando atravessamos dificuldades. Outros chegam a ensinar em seminários teológicos evangélicos que Jesus nunca multiplicou os pães, mas apenas conseguiu fazer aquela multidão partilhar os pães e peixes que já possuíam consigo. Que lindo, não acha? Querem com isso ensinar que o milagre de Jesus foi maior, ou seja, fazer aquelas pessoas comerem juntas. Mas se elas já tinham os pães e os peixes consigo, por que a Bíblia diz que Jesus observou que elas estavam famintas e disse "porque há três dias que [a multidão] permanece comigo e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum? (Mateus 15:32) Que ensino mais pútredo e diabólico! Então, se isso fosse verdade, poderíamos ensinar que a histórinha da Chapeuzinho Vermelho é inspirada por Deus, porque embora o relato não tenha ocorido de fato, mas ele teria uma mensagem inspiradora para as criancinhas que desobedecem às suas mamães: Não andem no mau caminho, que o mal lhes sobrevirá. Se você comparar o modo como os espíritas kardecistas e alguns teólogos em nosso meio interpretam os milagres de Jesus verá muitas similaridades. Tudo lendário, mitológico. Aliás, proponho a essa patota de falsos mestres abandonarem nossas igrejas e fundar a deles. Tenho até uma sugestão de nome: I M L - Igreja Mitológica Liberal. Já que é prá alegorizar tudo, pois tudo é mito, então vamos liberar geral!

(c) As profecias de Daniel foram escritas após o cumprimento. Então, Daniel não fez profecias, mas o posterior escritor que assumiu o nome de Daniel apenas relatou o que já havia ocorrido. Como a ciência e a razão não admitem profecias, então o jeito é datar os escritos para após o cumprimento. Isso é negar as Escrituras. A maior prova de que as Escrituras são inspiradas por Deus são as profecias. Só Deus pode saber o futuro com precisão.

(d) Os relatos de visões na Bíblia, como a do Apóstolo Paulo, na estrada para Damasco se trata de um mito fundante. O que seria isso? Uma lenda que dá origem a uma nova religião, seita, ou corrente de pensamento. Um aluno num seminário batista ouviu do professor de Filosofia que os relatos de visão, se ocorreram, como o caso do apóstolo Paulo, são explicados pela psicanálise como neurose. Muito boa essa! Se Paulo era neurótico, coitadinho do apóstolo João na Ilha de Patmos!

(e) Outro aluno ouviu de um professor num seminário teológico que muitos judeus estão se aproximando de Jesus, já o aceitam mais facilmente. Isso tem acontecido de fato. Mas a heresia veio quando o professor disse: "Só que muitos judeus que se aproximam de Jesus não aceitam o sacrifício resgatador de Jesus, o que não constitui heresia entre nós. Conheço inclusive teólogos e pastores em nosso meio que não aceitam o sacrifício de Jesus Cristo, mas isso não os torna um herege." Não acha isso uma afronta à fé cristã? Se não crer no sacrifício expiatório de Jesus não torna alguém herege, o que é que torna?

(f)
Influenciados por teólogos liberais, vemos professores questionarem até a pessoalidade do Espírito Santo. Eu, Fernando Galli, ouvi em alto e bom som, e expresso isso usando como testemunha minha o nome glorioso do meu e seu Salvador Jesus Cristo, que um professor de uma faculdade teológica afirmou para mim no carro que o Espírito Santo não é um ser pessoal, mas a força e o agir de Deus. A mesma crença das Testemunhas de Jeová. E pior, disse-me que não existe heresia hoje, pois como não sabemos quem é Deus exatamente, não somos capazes de, baseados numa verdade, determinar o que é heresia ou verdade. Por isso, a verdade é Jesus. Isso é uma vergonha! E para piorar as coisas, um grupo de alunos ouviu do mesmo professor a seguinte frase: "Se alguém levar os onze primeiros capítulos de Gênesis a sério, precisa ser internado."

(g) A ressurreição de Jesus não ocorreu de fato, conforme afirma Karl Barth. Na verdade, a mensagem da Bíblia é a ressurreição de Jesus em nossos corações. A Bíblia, em contrapartida, afirma: " E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; [...] E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados." - 1 Coríntios 15:14, 17.
O que fazer se seu seminário teológico,ou algum professor, ensinar essas besteiras? O primeiro passo é falar com o professor, com respeito. Segundo, se ele não se retratar em sala de aula, é comunicar o reitor ou diretor da Faculdade Teológica. Ele analisará o caso e, se ficar provado, com testemunhas, que o professor falou algo que vai de encontro a doutrina bíblica, então o diretor falará com o professor e pedirá para que este se retrate perante a classe. Se isso não ocorrer, e o Diretor não tomar as devidas providências, então você deverá comunicar a liderança da denominação que é responsável pelo seminário, bem como o seu pastor, que o recomenda para o seminário. Seu pastor buscará junto com você resolver esse problema. Agora preste atenção! Se mesmo assim isso não se resolver, e as heresias continuarem sem retratação, caberá a você decidir se deverá ou não sair do seminário e buscar outro. Não esponha nomes, não critique pessoas. Todavia, gostaria de que você, caso tenha se sentido mal por ouvir heresias que o seminário que você estuda não toma providências em retratar-se, heresias estas do tipo ou mais graves mencionadas acima, então, por favor, se tiver gravações disso, entre em contato comigo. Quero preparar um material a ser espalhado gratuitamente para todos os pastores possíveis.

Um retrato de morte!

"Piedade com contentamento é grande ganho!" 1 Timóteo 6:6

Por Josemar Bessa

A piedade é conformidade com a imagem moral de Deus e a consagração inteira da alma ao serviço do Senhor. Os piedosos são criados de novo em Cristo Jesus, pois eles estão unidos a Deus por meio de Jesus, e tem todas as graças e frutos do Espírito dentro deles. Eles veem coisas como Deus vê, daí eles olham. . .

para o pecado - como o maior de todos os males;
para o mundo - como uma vaidade enorme;
para os santos - como o excelente da terra;
e para o Senhor Jesus - como totalmente desejável!

Sempre que sentirmos a menor elevação da cobiça em nossos corações, devemos nos levantar e combatê-la com todas as nossas forças com as armas da fé.

Jesus disse em João 6:35 : "Eu sou o pão da vida, aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede." Em outras palavras o que significa crer em Jesus é a experiência dele como a satisfação da sede da minha alma e da fome do meu coração. A fé é a experiência do contentamento em Jesus. A luta da fé é a luta para manter o coração contente em Cristo, realmente acreditando e continuar acreditando que Ele é e satisfação todas as necessidades e aspirações da vida.

Quando Cristo ocupa esse lugar na vida dos homens, eles odeiam o pecado (entre eles a cobiça – falta de contentamento ), renunciam o mundo, se unem com os santos e adoram na plenitude da satisfação de tudo que Cristo é.

Eles aprovam integralmente os preceitos de Deus e abraçam as condições que Deus determinou para eles com contentamento pleno. Eles abraçam tudo que Deus prescreveu para eles na eternidade, o amor a Deus, a fé em Cristo, o andar no Espírito, o ódio ao pecado, a negação do ego... andam no temor do Senhor.

Andando em contentamento eles confiam inteiramente na obra perfeita de cristo para sua aceitação diante de Deus; calçam a santidade com desejo ardente e desejam sempre concordar com a vontade soberana de Deus.

Cobiça, no entanto, é exatamente o oposto da fé. É a perda de contentamento em Cristo na qual nós começamos a almejar outras coisas para satisfazer os desejos de nosso coração. 

Verdadeira piedade produz e fortalece contentamento e contentamento é a luz de um sol calmo na vida de um homem. Contentamento reconhece o olho da providência de Deus, cujas "misericórdias são sobre todas as suas obras." É uma reverência a Sua vontade - como o infinitamente sábio e, invariavelmente, bom, acreditando nas promessas que Ele tem dado; sentindo-se satisfeito de participar da sorte comum com o seu povo.

Quem está satisfeito em Cristo não espera encontrar descanso abaixo, ou em um paraíso no deserto deste mundo. Eles são persuadidos ", que todas as coisas cooperam para o bem, para aqueles que amam a Deus e são chamados segundo o seu propósito".

O orgulho está morto e floresce a humildade, pois o orgulho é o pai de descontentamento, ingratidão, impertinência, rebelião contra Deus e muitos outros males.

Enquanto humildade produz contentamento, paciência, gratidão, submissão à vontade de Deus, e muitas outras virtudes.

Os piedosos que estão contentes são ricos - pois eles têm uma boa sorte! Eles têm paz interior e satisfação da mente - que são melhores do que ouro! Eles estão cheios de gratidão e agradecimento a Deus - que é melhor do que uma grande propriedade! Eles têm amor a Deus e se deliciam nEle.

Eles têm uma alegre antecipação da glória eterna, de serem reconhecidos como os filhos de Deus, e co-herdeiros de Jesus – o que é estimado acima de todos os títulos e honrarias deste mundo que perece!

O oposto desse contentamento é um retrato de morte. Jesus contou a parábola dos solos ( Marcos 4:1-20 ) e disse que algumas sementes caíram no meio dos espinhos e os espinhos cresceram e sufocaram-na.

Em seguida, ele interpretou a parábola, e disse que a semente é a Palavra de Deus. A semente semeada entre espinhos é interpretado como: ". Os cuidados do mundo e a sedução da riqueza, e o desejo de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera"

A batalha real é travada quando a Palavra de Deus é pregada. O desejo de outras coisas podem ser tão fortes que o início da vida espiritual pode ser sufocada completamente, este homem jamais nasceu de novo apesar de se alegrar por um tempo com a verdade. Esta é uma advertência terrível que todos nós devemos estar atentos a cada vez que ouvimos a Palavra para recebê-la com fé e não sufocá-lo com cobiça.

Já o homem regenerado vive no gozo do que eles têm agora – percebendo a sua porção gloriosa que ainda está por vir! Suas aspirações não estão no mesmo nível das do homem natural, portanto, eles são estranhos a impaciência, murmuração e dissabores constantes na experiência do homem natural.

Há contentamento em teu coração? Contentamento florindo em vida piedosa – Coram Deo? Diante da face de Deus? Você está familiarizado com Deus, como seu amigo e seu Pai? Você está satisfeito com o seu lugar, porção e perspectiva neste mundo que perece?

Se for assim, você está em Cristo e Cristo é todo o seu tesouro!!