sábado, 31 de agosto de 2013

Gravação do DVD da Banda Shalom


Festa De Crente - Banda Som Louvor


“Receba esse poder de fogo”! – #Forró Goxpil 0800


Travesti entra na igreja, pede pra cantar e solta a voz


Segundo a dona de um canal do youtube, Stefany Pereira, o fato ocorreu recentemente na “Igreja Assembléia De Deus Nadando na Benção”, na Pavuna Rio De Janeiro, quando o travesti pede pra cantar e solta a voz. O vídeo tem dividido opiniões a respeito de sua conveniência. Eles “nadaram na benção” ou estão “se afogando em heresias”? Assista e deixe sua opinião:


Amém é coisa séria!




Por Wilhelmus à Brakel

É comum ouvirmos a afirmação que o significado das palavras hebraica e grega traduzidas como “amém” é “que assim seja”. Ouvimos, por exemplo, que devemos finalizar nossas orações com um convicto “amém”, a fim de expressar nosso forte e sincero desejo de que Deus atenda nossas petições. E, de fato, a palavra pode ser entendida dessa forma. Edward Robinson diz que a palavra aparece “usualmente no final de uma oração, onde serve para confirmar as palavras que precedem” (Léxico Grego do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2012. p. 46). Isso pode ser visto, por exemplo, em Neemias 5.13: “Também sacudi o meu regaço e disse: Assim o faça Deus, sacuda de sua casa e de seu trabalho a todo homem que não cumprir esta promessa; seja sacudido e despojado. E toda a congregação respondeu: Amém! E louvaram o SENHOR; e o povo fez segundo a sua promessa” (cf. Deuteronômio 27.15-26; 1Reis 1.36; 1Coríntios 14.16). Não é incorreto afirmar que dizer “amém” é uma expressão de desejo pela consecução daquilo que é pedido ou uma confirmação do que foi afirmado.Entretanto, a palavra “amém” possui um significado mais solene. O estudiosoHans Bietenhard afirma: “Através do ‘amém’, aquilo que foi falado é afirmado como certo, positivo, válido e obrigatório” (Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento. Vol. 1. São Paulo: Vida Nova, 2007. p. 110). Trata-se, portanto, de uma afirmação de veracidade. Dizer “amém” é jurar que aquilo que foi afirmado na oração é expressão da verdade. Nesse sentido, quando suplicamos algo a Deus e dizemos “amém”, estamos expressando diante do Senhor que o nosso desejo é sincero e verdadeiro. Quando louvamos a Deus e finalizamos com “amém” estamos afirmando diante d’Aquele que sonda o nosso coração, que verdadeiramente o valorizamos e o consideramos como supremamente valioso.

Esse significado pode ser visto, por exemplo, em Isaías 65.16: “de sorte que aquele que se abençoar na terra, pelo Deus DA VERDADE é que se abençoará; e aquele que jurar na terra, pelo Deus DA VERDADE é que jurará”. A palavra hebraica traduzida pela Almeida Revista e Atualizada como “da verdade” é ‘amên. Literalmente, o texto diz: “aquele que se abençoar na terra, pelo Deus DO AMÉM é que se abençoará; e aquele que jurar na terra, pelo Deus DO AMÉM é que jurará”. A ideia é que toda bênção e todo juramento terão a Deus como sua testemunha, Aquele que é a própria verdade, devendo, assim, serem feitos segundo a verdade e por coisas lícitas. Em Apocalipse 3.14, Jesus se identifica para o anjo da igreja de Laodiceia da seguinte forma: “Ao anjo da igreja em Laodiceia escreve: Estas coisas diz o AMÉM, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus”. Ao identificar-se como o “Amém”, Jesus está afirmando que o diagnóstico que ele apresentará a seguir é a mais pura expressão da verdade. Tudo o que ele tem a dizer é verdadeiro e, portanto, digno de crédito e de submissão da parte daqueles que ouvem. Gregory K. Beale diz que, “as três descrições ‘o Amém, a testemunha fiel e verdadeira’ não são distintas, mas geralmente se sobrepõem para sublinhar a ideia da fidelidade de Jesus ao testemunhar diante de seu Pai durante seu ministério terreno e sua continuidade como tal testemunha” (The Book of Revelation. Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1999. p. 296). Simon Kistemaker, outro estudioso do Novo Testamento diz que, “o ‘Amém’ comunica a ideia daquilo que é verdadeiro, solidamente estabelecido e fidedigno”. (Comentário do Novo Testamento: Apocalipse. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. p. 225).
De igual modo, quando desejava expressar de forma mais contundente a veracidade do seu ensinamento e como ele deveria ser levado a sério por seus discípulos, Jesus introduzia seus ditos no Evangelho de João com um duplo “amém”, que na nossa tradução aparece como “em verdade, em verdade vos digo”: “E acrescentou: Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem” (1.51; cf. 3.3,5,11; 5.19,24,25; 6.26,32,47,53; 8.34,51,58; 10.1,7; 12.24; 13.16,20,21,38; 14.12; 16.20,23; 21.18). Todo o seu testemunho é verdadeiro. Nele não há engano. Nas suas declarações não existem mentiras. Ele é a verdade e tudo o que Jesus afirma é verdadeiro.Isto posto, devemos compreender que quando fazemos nossas orações a Deus, louvando-o, bendizendo-o, fazendo súplicas e intercessões, e respondemos com o “amém”, estamos dizendo ao Deus da Verdade, ao Deus do Amém, que nossos desejos são sinceros, que nosso coração está tomado de santas afeições por suas perfeições, majestade e glória. Quando oramos e concluímos com o “amém”, dizemos ao Deus que sonda os nossos corações que tudo o que expressamos é verdadeiro. Por esta razão, devemos levar muito a sério o dever da oração. Devemos nos aproximar de Deus sabendo que ele não vê como vê o homem. Ele vê o coração. Ele sabe quando nossos desejos estão direcionados para outras coisas. Ele conhece a insinceridade dos nossos corações. Quando não somos sinceros ou quando somos indiferentes em nossas orações, o “amém” é uma mentira dita ao Deus que tudo sabe. Por isso, que ele nos guarde de toda mentira e nos preserve no caminho da verdade, para que nossas orações sejam, de fato e de verdade, nas palavras de Wilhelmus à Brakel“a expressão de santos desejos a Deus, em nome de Cristo, que, por meio da operação do Espírito Santo, procede de um coração regenerado, junto com o pedido do cumprimento desses desejos”.

A família na época pós-moderna


Por Rev. Hernandes Dias Lopes
 
A pós-modernidade está firmada sobre o tripé: pluralização, privatização e secularização. A pluralização diz que há muitas ideias, muitos valores, muitas crenças. Não existe uma verdade absoluta, tudo é relativo. A privatização diz que nossas escolhas são soberanas e cada um tem sua própria verdade. A secularização, por sua vez, coloca Deus na lateral da vida e o reduz apenas aos recintos sagrados. A família está nesse fogo cruzado. Caminha nessa estrada juncada de perigos, ouvindo muitas vozes, tendo à sua frente muitas bifurcações morais. Que atitude tomar? Que escolhas fazer para não perder sua identidade? Quero sugerir algumas decisões:

Em primeiro lugar, coloque Deus acima das pessoas. No mundo temos Deus, pessoas e coisas. Vivemos numa sociedade que se esquece de Deus, ama as coisas e usa as pessoas. Devemos, porém, adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas. A família pós-moderna tem valorizado mais as coisas do que o relacionamento com Deus. Vivemos numa sociedade que valoriza mais o ter do que o ser. Uma sociedade que se prostra diante de Mamom e se esquece do Deus vivo.

Em segundo lugar, coloque seu cônjuge acima de seus filhos. O índice de divórcio cresce espantosamente no Brasil. Enquanto os véus das noivas ficam cada vez mais longos, os casamentos ficam cada vez mais curtos. Um dos grande erros que se comete é colocar os filhos acima do cônjuge. Muitos casais transferem o sentimento que devem dedicar ao cônjuge para os filhos e isso, fragiliza a relação conjugal e ainda afeta profundamente a vida emocional dos filhos. O maior presente que os pais podem dar aos filhos é amar seu cônjuge. Pais estruturados criam filhos saudáveis.

Em terceiro lugar, coloque seus filhos acima de seus amigos. Muitos pais vivem ocupados demais, correm demais e dedicam tempo demais aos amigos e quase nenhum tempo aos filhos. Alguns pais tentam compensar essa ausência com presentes. Mas, nossos filhos não precisam tanto de presentes, mas de presença. Nenhum sucesso profissional ou financeiro compensa o fracasso do relacionamento com os filhos. Nossos filhos são nosso maior tesouro. Eles são herança de Deus. Equivocam-se os pais que pensam que a melhor coisa que podem fazer pelos filhos é deixar-lhes uma rica herança financeira. Muitas vezes, as riquezas materiais têm sido motivo de contendas na hora da distribuição da herança. Nosso maior legado para os filhos é nosso exemplo, nossa amizade e nossa dedicação a eles, criando-os na disciplina e admoestação do Senhor.

Em quarto lugar, coloque os relacionamentos acima das coisas. Vivemos numa ciranda imensa, correndo atrás de coisas. Muitas pessoas acordam cedo e vão dormir tarde, comendo penosamente o pão de cada dia. Pensam que se tiverem mais coisas serão mais felizes. Sacrificam relacionamentos para granjearem coisas. Isso é uma grande tolice. Pessoas valem mais do que coisas. Relacionamentos são mais importantes do que riquezas materiais. É melhor ter uma casa pobre onde reina harmonia e paz do que viver num palacete onde predomina a intriga.

Em quinto lugar, coloque as coisas importantes acima das coisas urgentes. Há uma grande tensão entre o urgente e o importante. Nem tudo o que é urgente é importante. Não poucas vezes, sacrificamos no altar do urgente as coisas importantes. Nosso relacionamento com Deus, com a família e a com a igreja são coisas importantes. Relegar esses relacionamentos a um plano secundário para correr atrás de coisas passageiras é consumada tolice. A Bíblia nos ensina a buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, sabendo que as demais coisas nos serão acrescentadas. Precisamos investir em nosso relacionamento com Deus e em nossos relacionamentos familiares, a fim de não naufragarmos nesse mar profundo da pós-modernidade!

Prioridades na família

 
Por Rev. Hernandes Dias Lopes

A família é um projeto de Deus. Foi a primeira instituição divina. E foi criada para a glória de Deus e nossa felicidade. Para que a família colime esse elevado propósito, necessário se faz que observemos algumas prioridades.

Em primeiro lugar, Deus precisa vir antes das pessoas. Devemos amar a Deus com toda a nossa alma e de toda a nossa força. Devemos buscar em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça. Para ser um discípulo de Jesus é preciso estar disposto a deixar pai e mãe e amá-lo mais do que qualquer outra pessoa, por mais achegada que seja a nós. Deus ocupa o primeiro lugar em nossa vida, ou então, ainda não sabemos o que é segui-lo. O que é importante destacar é que, quanto mais amamos a Deus, mais amamos nossa família e mais fortes ficam nossos relacionamentos interpessoais. A nossa relação com Deus cimenta os demais relacionamentos, colocando-os dentro de uma correta perspectiva.

Em segundo lugar, o cônjuge precisa vir antes dos filhos. Pecam contra o cônjuge e contra os filhos, aqueles que colocam os filhos em primeiro plano e o cônjuge em segundo plano. O maior presente que podemos dar aos nossos filhos é amar, com desvelo, o nosso cônjuge. A maior necessidade dos filhos é ver o exemplo dos pais. Não há família saudável onde os relacionamentos estão fora dos trilhos. Investimos nos filhos, quando investimos em nosso casamento. Cuidamos dos filhos, quando priorizamos nosso cônjuge.

Em terceiro lugar, os filhos precisam vir antes dos amigos. Precisamos ter discernimento para buscarmos as primeiras coisas primeiro. Nossos amigos são importantes, mas nossos filhos são mais importantes. Aqueles que não cuidam da sua própria família estão em total descompasso com o projeto de Deus. Não podemos sacrificar nosso relacionamento com os filhos para dar mais atenção aos nossos amigos. Nenhum sucesso vale a pena quando o preço a pagar é o sacrifício dos nossos filhos. Os pais precisam entender que seus filhos são prioridade. Precisam investir neles o melhor do seu tempo e o melhor de seus recursos. Precisam criá-los na admoestação e na disciplina do Senhor. Não podem procá-los à ira para quem não fiquem desanimados.

Em quarto lugar, as pessoas devem vir antes das coisas. Vivemos numa sociedade materialista e consumista. As prioridades estão invertidas. As pessoas esquecem-se de Deus, amam as coisas e usam as pessoas. Devemos, ao contrário, adorar a Deus, amar a pessoas e usar as coisas. Quando colocamos coisas no lugar de pessoas tornamo-nos insensíveis e apartamo-nos do projeto de Deus. Há pessoas que, infelizmente, têm mais cuidado com o carro do que com os membros da família. São mais zelosos com seus objetos pessoais do que com os relacionamentos dentro de casa. Amam mais os bens materiais do que os membros da família.

Em quinto lugar, o reino de Deus precisa vir antes dos nossos projetos. Temos visto muitos crentes dando para a Deus a sobra dos seus bens, de seus talentos e do seu tempo. São pessoas que só se preocupam com as coisas terrenas. Correm atrás de seus próprios interesses enquanto a obra de Deus fica relegada a segundo plano. Essas mesmas pessoas, nas palavras do profeta Ageu, semeiam muito e colhem pouco; vestem-se, mas não se aquecem; comem, mas não se satisfazem; e o salário que recebem, colocam-no num saco furado. O pouco que trazem, Deus o assopra, porque não aceita sobras, uma vez que requer primícias. Precisamos buscar em primeiro lugar o reino de Deus. Precisamos investir as primícias da nossa renda na promoção do reino de Deus. Precisamos investir em causas de consequências eternas. Nossa felicidade pessoal e familiar alcançarão sua plena realização, quando essas prioridades estiverem alinhadas em nossa vida!

O PASTOR E ASUA FAMÍLIA


Por Pr. Silas Figueira

Quando Dietrich Bonhoeffer estava encerrado na prisão nazista escreveu um sermão para o casamento de uma sobrinha sua. Disse ele: “O casamento é maior que o amor que vocês têm um pelo outro. Ele tem em si grande dignidade e força por ser a ordenança santa através da qual Deus planejou a perpetuação da raça humana, até os fins dos tempos. No amor que os une, vocês veem apenas a si mesmos no mundo, mas ao se casarem tornam-se um elo na cadeia das gerações que Deus faz aparecer e partir para a Sua glória, chamando-as para o seu Reino... Seu amor é propriedade particular, mas o casamento não pertence apenas a vocês; é um símbolo social, uma função de responsabilidade”.

Com o advento do cristianismo, o casamento alcançou santidade e significação tais como nunca se ouviu falar nos tempos antigos. A dignidade da mulher, de há muito esquecido, foi como que redescoberta, e seu valor reconhecido. Nem mesmo a lei romana ou a mosaica concediam à mulher direito em pé de igualdade com os do homem, em importância e santidade. No cristianismo, a esposa, tanto quanto o marido, têm direitos à total fidelidade do companheiro. A esposa deixa de ser meramente a ajudadora do marido na vida presente, para ser coerdeira com ele da vida eterna (1Pe 3.7).

A mais elevada concepção de casamento, nos tempos antigos, era a de um relacionamento moral. O casamento cristão é algo ainda mais sublime – um mistério (Ef 5.32). Esse mistério é o relacionamento entre Cristo e a Igreja, que é o reflexo do casamento. Por isso que as vidas pública e privada do pastor devem estar em harmonia.

James K. Bridges citando Spurgeon disse que em seu livro Lições a Meus Alunos, Charles Spurgeon exorta os ministros a se empenharem a fim de que o caráter pessoal se harmonize, sob todos os aspectos, com o ministério que Deus lhe confiou. Ele conta a história de uma pessoa que pregava tão bem e vivia tão mal, que quando ele estava no púlpito, todos diziam que ele nunca deveria sair dali; e quando não estava no púlpito, todos diziam que ele nunca deveria tornar a subir nele. Depois, Spurgeon desafia-nos com essa analogia: “Que nunca sejamos sacerdotes de Deus no altar e filhos de Belial fora das portas do tabernáculo”.1  A vida cristã do pastor começa dentro de casa, junto a sua família e não dentro da igreja, atrás do púlpito. Temos visto muitos pastores que são como Naamã, herói para a comunidade e leproso dentro de casa. Alguém ovacionado na nação, mas rejeitado dentro do próprio lar. Muitos são sacerdotes dentro da igreja e filhos de Belial para a família. Não são poucos os casos de pastores em crise familiar e não são poucos que já partiram para o divórcio.

Porque isso tem ocorrido com a família pastoral? Creio que isso ocorre porque muitos pastores tem rejeitado o conselho de Paulo a Timóteo: “Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?)(1Tm 3.1-5). Grifo nosso.

Certa revista publicou interessante matéria sobre o piloto automático: "Um dos grandes prodígios da ciência moderna é o piloto automático. Enormes bombardeiros e aviões de transporte cortam o espaço a centenas de quilômetros por hora, com a terra coberta pelas nuvens, ou pela escuridão; seguem, porém, o seu curso com os movimentos automaticamente controlados por giroscópios".

A agulha giratória é usada quando o piloto determina o rumo a ser seguido pelo aparelho; mesmo que o seu destino fique além-mar, ele sabe que será atingido. É possível que nós, pais, pastores, ainda não tenhamos marcado quaisquer alvos. No entanto, chegou a hora de fazê-lo; estamos, afinal de contas, conduzindo algo muito mais precioso do que os aviões de carga; estamos conduzindo toda a nossa família.

Já que o ministério pastoral começa dentro de casa, o pastor deve ter o cuidado redobrado em relação ao seu lar. Para isso, o pastor deve observar três coisas básicas:

1º PLANEJE O SEU CASAMENTO

Em nenhum outro lugar encontramos o padrão divino para o casal expresso de maneira mais clara e simples que no primeiro comentário bíblico a respeito do relacionamento entre o homem e a mulher. “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.28). “Unir-se ao cônjuge” é uma expressão que abrange todos os aspectos do relacionamento entre marido e mulher. Por isso, é de vital importância que aquele que se sente chamado para o ministério cristão – pastor, evangelista, missionário – seja extremamente cuidadoso em escolher o cônjuge. No namoro, o provável candidato ao ministério deve ter cuidado em namorar somente cristãs não só nascidas de novo, mas cheias do Espírito Santo e que esta esteja disposta a servir no ministério com o seu marido aonde o Senhor mandar.

O jugo desigual não é só de crente com o descrente, mas pode ser também entre crentes, principalmente em relação ao ministério. Se o pastor tem um chamado específico para um determinado lugar e a esposa não quer o acompanhar já começa a crise no lar. Por isso que um lar deve ser constituído com muita oração e discernimento espiritual, pois aquilo que poderia ser uma bênção pode tornar-se uma maldição.

2º TENHA EM MENTE QUE O CASAMENTO DEVE SER INDISSOLÚVEL

O casamento deve ser para toda a vida. E esta é uma união permanente. No projeto de Deus o casamento é indissolúvel. Ninguém tem autoridade para separar o que Deus uniu. Por isso que antes de falar sobre divórcio, Jesus falou sobre o casamento (Mt 19.3-6). Podemos comparar o casamento a uma viagem a dois, onde muitas coisas podem ocorrer nesse trajeto até que a morte os separe. Por isso que o marido e a mulher devem estar juntos na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na prosperidade e na adversidade. Só a morte pode separá-los (Rm 7.2; 1Co 7.39).

Creio que se o casal observar esses dois princípios básicos a palavra divórcio não existirá no vocabulário do cônjuge. O casamento foi a única instituição estabelecida por Deus antes da queda. Ele deve ser considerado digno de honra por todos os povos, em todos os lugares, em todo o tempo (Hb 13.4). O casamento é uma instituição divina para os cristãos e para os não cristãos, e Deus é testemunha dessa aliança, quer eles entendam ou não. Por isso, Deus odeia o divórcio tanto daqueles que o conhecem quanto daqueles que não o adoram como Senhor (Ml 2.16).2 Embora a sociedade pós-moderna esteja fazendo apologia ao divórcio, os princípios de Deus não mudaram, nem jamais mudarão.

3º O CASAMENTO NÃO PODE SER POR CONVENIÊNCIA

O casamento não é mera conveniência para vencer a solidão, nem um expediente para perpetuação da raça. Primeiro, e acima de tudo, o casamento é o espelho do relacionamento divino-humano. Todo casamento foi feito para representar a Deus: Seu relacionamento consigo mesmo – Pai, Filho e Espírito Santo – como também o Seu relacionamento com o Seu povo (Ef 5.32). O pastor precisa ter em mente que o casamento exatamente isso, pois ele precisa vivenciar essa comunhão com o seu cônjuge como também ensinar aos futuros casais.

Quem embarca em um casamento por conveniência está fadado a viver uma vida infeliz e ser uma infelicidade na vida da esposa e dos filhos. Busque em Deus uma esposa, pois esta o Senhor tem para o pastor, veja o que Salomão tem a nos dizer a respeito disso em Pv 18.22: “O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do SENHOR”. Deus, mais do que ninguém, está interessado em ver o lar do pastor abençoado.

Pense nisso! 

Nota
1 - Bridges, James K. O Pastor Pentecostal – A vida pessoal do pastor. Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 1999: p. 109.  
2 - Lopes, Hernandes Dias. Casamento, divórcio e novo casamento. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p. 37