sábado, 5 de outubro de 2013

Só falta ele se converter

Quão bom você deve ser para ser considerado uma 'boa pessoa'?

Por Leandro Teixeira

Fulano é uma boa pessoa. É um bom filho, respeita seus pais. É um bom funcionário, faz sempre mais do que lhe pedem, e até já ganhou vários prêmios e bônus por seu desempenho. É uma pessoa alegre, divertida, otimista e está sempre disposto a uma boa conversa. Paga seus impostos e contas em dia; não deve para ninguém. Tanto quanto pode, faz caridade, generosamente dando esmolas e ajudando de modo regular algumas instituições. Em casa, é um bom marido, amado sua esposa e seus filhos, sendo fiel à aliança firmada no casamento. A vizinhança toda vê no Fulano um homem exemplar: o marido ideal, o funcionário ideal, o pai e o filho ideal. Ele só tem um problema. Só falta ele se converter.

Mais de uma vez eu escutei relatos como o do parágrafo acima da boca de irmãos em Cristo. “Fulano já faz tudo o que se espera de um crente, por pouco não é um dos nossos”. Cheguei a ouvir, certa vez, que um desses “fulanos” já era quase cristão e que, a qualquer momento, ele aceitaria a Cristo - bastaria um pequeno 'empurrãozinho'. Infelizmente, há dificuldades de compreensão, por parte dos desses cristãos, sobre a extensão da depravação humana.

Em primeiro lugar, a Bíblia ensina que todo homem é indesculpável diante de Deus. Não é o bom comportamento, os bons modos sociais, as obras, a amabilidade ou qualquer outro aspecto externo de moralidade que torna alguém justo aos olhos do Pai. Todas as nossas justiças, ou seja, nossas tentativas de nos considerar retos diante do Senhor, são inúteis. A alvura mais limpa que podemos obter é como o carvão (Is 64:6 Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam ). O homem tem natureza pecaminosa, e desde a tenra idade ela se manifesta através dos pecados que pratica: pequenos roubos, a mentira, a cobiça, o adultério, o ódio, a glutoraria e a embriaguez, entre outros.

Alguns conseguem camuflar os seus erros muito bem. Isso é verdadeiro principalmente para os que têm uma boa educação e desenvolvem um fino verniz da etiqueta e comportamento social - homens acima de qualquer suspeita. Mas de Deus, que tudo vê, não há como esconder o que quer que seja. Ele penetra no mais íntimo do homem, no seu coração, e lá desvenda a crua verdade sobre a sua verdadeira índole. Por isso, mesmo que tal pessoa pratique atos que pareçam bons diante dos homens, não há salvação para ele, a não ser que venha a se converter a Cristo Jesus.


Não é a aparência que importa, mas a intenção do coração.
E o que acontece se uma pessoa como essa da história se converter? Será que ela pensará que Deus não teria muito o que fazer com ela? Que seu esforço em ser um bom cidadão já o havia levado ao nível que os altamente pecadores só alcançam depois de muito tempo andando na estrada que leva a perfeição que há no Filho de Deus? Não creio que seja o caso. É bem provável que ele se comporte como Saulo de Tarso, depois conhecido como apóstolo Paulo, após a sua conversão. Ele fala que, antes de se converter, era da seita mais rígida, a dos fariseus (At 26:5 Sabendo de mim desde o princípio (se o quiserem testificar), que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu. ), e cumpria irrepreensivelmente todos os preceitos da lei. Um homem exemplar, segundo os seus pares. Mas Paulo considerou isto tudo como perda, como lixo, como refugo (Fp 3:4-8 Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu: Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu; Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo), por causa da excelência do conhecimento de Cristo.
 
Concluindo, não há ninguém que não necessite de Jesus Cristo para a salvação, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm 3:23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus). Um coração que foi convertido à Cristo faz as boas obras porque a sua natureza mudou. Um coração não convertido faz boas obras, mas elas não contam para diminuir a sua dívida, pois a sua intenção nunca é (e nem pode ser) glorificar ao Deus Supremo, fim para o qual todos nós fomos criados.
 
Não é o caso, então, de faltar ao Fulano apenas o converter-se. Falta-lhe tudo o que realmente interessa: a mudança do coração, por operação regeneradora e milagrosa do Deus salvador. 

Fonte: Liberdade de Pensar

"Só Presto Contas a Deus"


Por Augustus Nicodemus Lopes
Esse é o pensamento do evangélico típico de nossos dias.

Quando fui perguntado recentemente por alguém sobre a maior necessidade da igreja evangélica no Brasil não tive dúvidas em responder que é o exercício da disciplina bíblica. Sei que existem igrejas que disciplinam seus membros e líderes e até cometem abusos nisso. Mas creio que já se tornaram a minoria. Na minha avaliação, a grande maioria das igrejas de todas as denominações não exerce a disciplina eclesiástica sobre seus membros e líderes, ou quando o fazem, o fazem de forma equivocada, arbitrária e sem levar em consideração os ensinamentos das Escrituras sobre o assunto.

Para mim esse assunto é relevante, pois a disciplina da Igreja tem como alvo manter a sua pureza e restaurar os faltosos, e se constitui numa das marcas da verdadeira Igreja de Cristo. Onde os pecados passam impunes, os faltosos não são repreendidos, corrigidos e restaurados, onde os líderes cometem pecados públicos claros e não dão conta a ninguém de seus atos, poderá estar ali a verdadeira Igreja do Senhor, pela qual ele derramou seu sangue precioso, em busca de um povo puro e santo?

Para mim, tudo começa pela absoluta falta de dar conta de seus atos que caracteriza líderes e membros das igrejas. Ninguém se sente devedor a ninguém, senão a Deus – esquecendo que foi o próprio Deus quem instituiu a disciplina eclesiástica como instrumento do seu desejo de manter a Igreja pura e restaurar os caídos. Isso é claro especialmente no caso de líderes que construíram seu império eclesiástico e que não se encontram debaixo de qualquer pessoa ou grupo que poderia corrigi-los e discipliná-los em caso de falta. Pecam impunemente em nome do perdão e da tolerância divina.

As próprias igrejas não exercem a vigilância, o zelo e o cuidado que deveriam para com seus membros faltosos. Preferem ocultar os pecados cometidos ou exercer algum tipo de restrição que mal pode ser reconhecida como disciplina. E os membros – não se sentem obrigados a prestar contas de seus atos às igrejas que freqüentam e portanto, em caso de serem argüidos de seus pecados e erros, não se sujeitam e não acatam qualquer medida corretiva e simplesmente mudam-se para outra igreja.

Na minha opinião, é um estado caótico de coisas, que compromete a imagem dos evangélicos diante do povo, que toma conhecimento do comportamento irregular de líderes e crentes pela mídia. Juntamente com a crise de identidade e doutrinária, a falta de disciplina contribui para o agravamento da situação de UTI em que a igreja evangélica brasileira se encontra.

Francisco é diferente – só que não!

Francisco toca na imagem de “nossa Senhora Aparecida” antes de rezar missa no santuário dedicado à padroeira do Brasil.

Por Bispo José Moreno
Há cerca de trinta dias, conversei com uma jovem evangélica muito comprometida com o departamento de missões de sua igreja e com obras sociais, a qual me foi apresentada por um amigo comum, pastor, que a conhece de uma temporada missionária em outro país.
Ela me pareceu muito dinâmica, alegre, bem disposta e, sobretudo, temente a Deus, o que é a característica principal de um missionário cristão. Além disso, tem formação superior e pós-graduação. E, se isso não bastasse, é morena, bonita e solteira. Como eu tenho um filho jovem, logo pensei em tê-la como nora…
Mas o que me surpreendeu naquele encontro não foram os muitos dotes dessa jovem. Fiquei particularmente admirado com a empolgação dela com a vinda de Francisco ao Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude. Pelo que disse, é bem provável que ela seja um dos muitos milhares de jovens presentes nos encontros que o papa está tendo com eles aqui na Cidade Maravilhosa.
De fato, Francisco é atraente. É sorridente, humilde, afetuoso, acessível. Tem uma postura bem diferente da dos seus antecessores: abriu mão do trono dourado no Vaticano e o substituiu por uma cadeira de madeira bem simples; não usa a estola vermelha bordada a ouro; seu anel é de prata e não de ouro; sua cruz é a mesma que usava antes, de metal comum; recusou os luxuosos aposentos papais e vive modestamente, sem ostentação. Não exige tapete vermelho e anda a pé; quando precisa usar um automóvel, prefere modelos populares, sem luxo.
Não há dúvida que ele é diferente. Ele quer uma igreja pobre, próxima do povo; escandaliza-se ao ver padres e bispos locomovendo-se em carros suntuosos, último tipo. Está bem claro para todos que ele será um dos mais populares papas da história. E tenho certeza de que fará mudanças radicais na cúpula da Igreja romana. Obviamente, essa popularidade e essas mudanças repercutirão em diversos setores religiosos e laicos no mundo todo. E atrairão, como se sabe, muitos evangélicos.
Mas, um momento!
Os evangélicos vão se tornar devotos de Maria também? Pois Francisco é devotíssimo da bem-aventurada mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, a quem os romanos chamam de “nossa Senhora”. A seu pedido, o roteiro da sua vinda ao Brasil foi modificado, para que ele fosse rezar em Aparecida perante a imagem da “nossa Senhora”.
Os evangélicos serão aceitos na eucaristia romana (ceia do Senhor)? E, se forem, aceitarão tranquilamente a doutrina da transubstanciação? Concordarão com o sacrifício da missa? Buscarão as indulgências? Participarão da “veneração” das imagens dos santos? Recorrerão à intercessão dos santos? Fugirão do purgatório?
Francisco é diferente – só que não, pois como papa ele é o chefe da Igreja que pratica todas essas – e outras – distorções do texto sagrado, o qual chamamos de Bíblia, nossa única regra de fé e prática.
A Reforma Protestante veio depurar a igreja. Os evangélicos, em tese, são herdeiros da reforma e não do romanismo. O moto protestante é:“Ecclesia reformata et semper reformanda est”. Enquanto isso, a Igreja romana segue firme nas suas tradições, imutável. Mas o papa é pop.
Por isso fiquei pensando naquela jovem evangélica empolgada com a vinda de Francisco ao Brasil. Acho que a falha está do nosso lado. Estamos errando por não ensinar corretamente os nossos jovens. Até quando?

Como poderia haver um Deus bom em um mundo como este?



Por J. Warner Wallace
Todos nós reconhecemos o fato de que vivemos em um mundo ‘menos do que perfeito’. Todos nós reconhecemos que o mal moral e natural são abundantes. Todos nós entendemos o que significa testemunhar (ou pessoalmente experimentar) estes tipos de mal. Vivemos em um mundo que está cheio de crime, pobreza, doenças e desastres naturais. E enquanto podemos falar sobre o mal natural e o mal moral de forma analítica, no final da contas precisamos tratar a maneira em que experimentamos isto. O mal apresenta-se à nós individualmente por meio de experiências de ‘dor’ e ‘sofrimento’.
Todos nós já experimentamos algum tipo de dor; todos nós sofremos de alguma forma em um momento ou outro. Teístas e ateus igualmente têm que explicar o fato de que o mundo está cheio de dor e sofrimento, e os ateus muitas vezes veem a existência da dor e sofrimento como evidência de que Deus simplesmente não existe. O argumento deles é algo assim:
1 - Se existe um Deus, Ele é, por definição, todo poderoso e todo amoroso. Em outras palavras, se há um Deus, Ele é um Deus ‘bom’.
2 - Um Deus bom, todo-poderoso e todo amoroso não permitiria que a dor e o sofrimento existissem em Seu mundo criado.
3 - A dor e o sofrimento EXISTEM em nosso mundo.
4 - Portanto, um Deus bom, todo poderoso, todo amoroso não existe.
É fácil entender por que os céticos poderiam fazer este tipo de argumento, e é importante para todos nós pensarmos nas questões e ver se este argumento é realmente verdadeiro. Por que um Deus bom permitiria dor e sofrimento? Não criaria um Deus bom um mundo no qual a Sua criação experimentaria nada além do conforto, amor e gratificação imediata? Não desejaria um Deus bom eliminar a dor e o sofrimento? Precisamos responder estas perguntas, e ao procurarmos profundamente por estas respostas, poderemos descobrir algumas falácias que estão inibindo a nossa compreensão do papel da ‘dor’ e ‘sofrimento’. Vamos analisar estas falácias e ver se é possível para um Deus bom, todo-poderoso e todo-amoroso criar um mundo em que a dor e o sofrimento são uma parte importante de Sua criação amada…
A Falácia do ‘Conforto’
Vamos começar com uma pergunta simples: “É possível que um Deus bom pode não entender ‘conforto’ no mesmo apreço que nós, humanos, entendemos?” Em outras palavras, é possível que o conforto não seja tudo aquilo que pensamos que seja? Pense nisto por um minuto. Você e eu sabemos que muitas vezes que BUSCAMOS a dor em um esforço para alcançar algum bem maior. Deixe-me dar-lhe um exemplo. Você já ficou dolorido depois de um bom exercício? Você já exerceu e sentiu a dor dos músculos que foram esticados e estes foram exigidos a fazer mais do que normalmente podem fazer? Sabemos que a dor deste tipo é um indicador de que temos exercitado bem e que este exercício irá, eventualmente, produzir um melhor nível de aptidão! Você já exercitou SEM ficar dolorido depois? Quando isto acontece, você não pondera se tem esforçando-se o bastante? Assim, reconhecemos que a dor é muitas vezes algo que estamos dispostos a suportar a fim de alcançar um objetivo maior. Claro, nós poderíamos permanecer no conforto, mas nos encontramos antecipando a dor de um bom exercício. A dor na verdade torna-se uma fonte de prazer!
Existe um senso entre os céticos de que um bom Deus estaria mais interessado em nosso conforto do que qualquer outra coisa. Para pessoas assim, o desconforto na verdade é uma prova de que Deus não existe. Mas arrazoe sobre esta ideia por um minuto; estamos realmente preparados para dizer que um Deus ‘bom’ se preocupa mais com o nosso conforto do que o nosso caráter? E se um Deus bom, por definição, deveria se preocupar mais com o nosso caráter do que o nosso conforto, não é razoável que este mesmo Deus possa usar a dor de desenvolver este caráter?
Não é razoável que este Deus bom pode valorizar a dor que eventualmente produz algo desejável? Consequentemente, este é exatamente o tipo de Deus que nós, como Cristãos, acreditamos que existe. Os Cristãos entendem que Deus pode usar a dor e o sofrimento para realizar algo maravilhoso. O sofrimento permite-nos demonstrar amor e compaixão, e desenvolve um caráter que é maduro e duradouro:
Romanos 5:3-4
E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança.
Tiago 5:10-11
Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.
1 Pedro 5:10
E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá.
Então, os Cristãos não afirmam que a existência de Deus exclui a existência da dor e sofrimento. Em vez disso, os Cristãos sempre afirmaram que Deus usa a dor e o sofrimento para realizar um bem maior. O conforto nunca foi este bem maior; o objetivo de Deus sempre tem sido mais focado na questão do caráter.
A conclusão: Um Deus bom dar valor ao caráter mais do que o conforto. O caráter é frequentemente melhor desenvolvido como resultado da nossa experiência de dor e sofrimento. Deus, portanto, permite algum nível de dor e sofrimento para desenvolver o nosso caráter.
A Falácia do ‘Amor’
Agora, vamos fazer outra pergunta: “Podemos realmente chamar Deus, que usa a dor para desenvolver o nosso caráter, de ‘amor’?”. Em outras palavras, pode um Deus amoroso justificadamente permitir a inflição da dor, independentemente de se haver ou não um bem maior como resultado no futuro? Para responder a esta pergunta, precisamos realmente compreender o caráter de Deus relacionado com a questão de ‘amor’. A Bíblia frequentemente descreve Deus como ‘amor’; a escritura também descreve a natureza de Deus como o equilíbrio perfeito da misericórdia e da justiça. O amor pode, portanto, ser descrito como a combinação perfeita de misericórdia e justiça. Esta definição pode parecer estranha para um mundo que vê o amor como a resposta emocional simples da misericórdia somente. Mas se pretendemos compreender o papel da dor e sofrimento em nosso mundo, precisaremos em primeiramente de entender a natureza equilibrada do amor de Deus.
Os céticos podem argumentar que o bom caráter pode ser alcançado por um Deus amoroso sem nunca ter que usar a dor ou sofrimento. Eles certamente argumentariam que a ideia de um Deus amoroso é inconsistente com o Seu uso de dor mental ou fisiológica. A visão deles de um Deus ‘amoroso’ espera que um Deus como este nunca disciplinaria os seres humanos com punição positiva, mas, ao invés, estimularia os seres humanos em direção ao comportamento e caráter correto através do reforço positivo somente. Eles podem oferecer o exemplo do dono do cachorro que está tentando ensinar o seu cachorro a fazer suas necessidades. Se tal dono fosse bater no cachorro dele todas as vezes que este não fizesse o que ele quisesse, considerá-lo-íamos um dono ‘amoroso’? Não considerá-lo-íamos um dono mais amoroso se ele desse ao cachorro um biscoito todas as vezes este usasse o quintal apropriadamente? Semelhantemente, um Deus amoroso encorajaria e estimularia os humanos através do prazer ao invés de disciplinar os humanos por meio da dor, não é?
Bem, vamos analisar a natureza do amor mais uma vez, e desta vez, vamos relacioná-la com a nossa própria experiência. Se você for um pai ou mãe (ou já teve um dos pais), você sabe que o reforço positivo (misericórdia) por si só simplesmente não é suficiente para mudar o comportamento das crianças. Todos nós concordaríamos que crianças comportam-se de maneiras que são ambos aceitáveis ​​e inaceitáveis​​. Os pais geralmente recompensam comportamentos aceitáveis na tentativa de incentivá-los. Mas quando os pais falham em punir um comportamento inaceitável, eles estão, em essência, incentivando este comportamento ruim também. A maioria de nós que já foram pais reconhece que simplesmente não é suficiente para recompensar o que é aceitável. Deixar de punir o que é inaceitável é na verdade uma recompensa em si mesmo.
Quando os criminosos ficam na frente de um juiz, tendo sido julgados culpado de um crime, a justiça exige não somente que eles não serão recompensado, mas que eles sofrerão uma punição apropriada. Se o juiz falhar em ser justo em relação àqueles que tenham cometido um crime, ele falha em amar aqueles que foram vitimizadas. O amor requer o equilíbrio de misericórdia e justiça, e a dor é frequentemente aplicada para o benefício amoroso do objeto de nosso amor. Semelhantemente, Deus frequentemente demonstra a Sua natureza amorosa (Sua misericórdia, fidelidade, justiça e poder) em meio às circunstâncias dolorosas:
João 9:1-3
E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.
Além disto, nós, como filhos de Deus, somos muitas vezes conformados ao caráter de Deus através da dor e sofrimento:
2 Coríntios 12:7
E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.
Salmo 119:71
Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.
Hebreus 5:8
Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.
Então, os cristãos têm uma visão bem equilibrada do ‘amor’ que permite a existência da dor e sofrimento. A cosmovisão Bíblica não exclui a existência de Deus com base simplesmente na existência de tal dor e sofrimento, porque entende que a natureza do ‘amor’ inclui a necessidade de justiça.
A conclusão: Um Deus amoroso demonstra o equilíbrio perfeito entre a misericórdia e justiça. A justiça muitas vezes requer a inflição da dor e sofrimento para alcançar um bem maior. Deus, portanto, permite algum nível de dor e sofrimento, a fim de manter o caráter justo do ‘amor’.
A Falácia da ‘Satisfação Imediata’
Vamos fazer uma última pergunta: “Por que um Deus bom e todo-amoroso criaria um mundo em que as pessoas sofrem e morrem em dor não resolvida, ao invés de viver sem dor?” Em outras palavras, por que um bom Deus nos permitiria sofrer ou morrer injustamente, sem a resolução (ou satisfação) da nossa dor ou sofrimento? Muitas pessoas sofrem de doença ou como resultado de uma catástrofe, e continuam a sofrer (ou até mesmo morrer) antes que possam ser curados ou antes que a sua situação possa ser revertida. Como pode um Deus bom permitir tal sofrimento não resolvido? Não permitiria um Deus bom que o nosso senso de misericórdia e justiça fosse satisfeito antes de morrermos? Precisamos lidar com o fato de que muitas pessoas sofrem muita dor e NUNCA experimentaram alívio terreno. Se o Deus Bíblico realmente existe, precisamos entender a natureza da “satisfação Bíblica”.
Se os ateus estiverem corretos, nós humanos temos uma vida útil muito curta. Vivemos aproximadamente 80 anos de idade e depois morremos em um estado de fragilidade e decadência. Se os ateus estiverem certos, gastamos cerca de 80 anos vivendo em um mundo em que a dor e sofrimento muitas vezes parecem completamente injustificado e injusto; 80 anos de lenta decadência em que muitas vezes sentimos crescente dor , crescente decepção e crescente sofrimento. Do ponto de vista ateísta, a vida é um passeio curto e brutal, cheio de dor não resolvida. É compreensível que a cosmovisão ateísta relacionada à natureza da existência humana descreve a nossa existência mortal como uma experiência dura e muitas vezes sem amor. Um mundo ateísta é verdadeiramente inconsistente com a existência de Deus.
Mas e se a visão ateísta da existência humana estiver completamente imprecisa? E se a vida humana não for limitada aos 80 anos que passamos aqui na terra? E se os humanos, em vez de viverem por 80 anos mortais, forem, na verdade, IMORTAIS pela sua própria natureza? Faria isto uma diferença na forma como entendemos a natureza da dor e sofrimento assim como a experimentamos nos primeiros 80 anos? Pode ser. Deixe-me dar-lhe um exemplo por meio de uma ilustração.
Vamos imaginar a vida de uma moça (chamada Brittney), que acabou de comprar seu primeiro carro, e vamos congelar a sua história em três locais específicos para avaliar o papel da dor e sofrimento em sua vida. A Brittney compra seu primeiro carro depois de juntar seu dinheiro por muitos meses. Ela não tem uma família rica, então ela compra um carro usado (um Yugo do ano 1990) de um amigo por $1.000,00. O carro roda muito bem e está limpo; ela está tão feliz de tê-lo. No primeiro fim de semana depois de comprar o carro, ela vai até a praia com este, dirigindo-o ao longo da estrada visando a água. Vamos CONGELAR a história de Brittney. A vida é boa para Brittney em relação à dor e sofrimento? Embora a vida não seja necessariamente ótima (ela está, afinal, dirigindo um Yugo de 1990!) teríamos que concordar que, em relação à dor e sofrimento, a vida dela é muito boa. Agora vamos continuar…
Enquanto a Brittney está dirigindo pela praia, ela envolve-se em um acidente de carro. Ela é atingida pelo lado por um adolescente bêbado em um Hummer. O carro dela está completamente destruído e ela está gravemente ferida. Depois do acidente, ela está deitada na cama e os médicos lhe disseram que suas duas pernas estão quebradas. A Brittney precisará MESES de reabilitação se algum dia espera recuperar a vida que ela já teve. A Brittney está com dores terríveis; ela não consegue dormir e mal consegue mover-se. Vamos CONGELAR a história da Brittney mais uma vez. A vida é boa para a Brittney em relação à dor e sofrimento? Não. Neste ponto de sua história a vida está terrível. O corpo da Brittney está aleijado com dor enquanto ela está inocentemente sofrendo a consequência de um acidente que claramente não era culpa dela. O carro dela foi destruído. Se a história terminar aqui, a Brittney teria que dizer que a vida NÃO é boa. Mas há um pouco mais sobre a história da Brittney, então vamos continuar…
Por vários meses após o acidente, Brittney está envolvida em reabilitação intensiva. Ela descobre um senso de determinação e força que ela nunca percebeu que tinha. Ela está mais paciente e determinada do que nunca antes. Seu treinamento de reabilitação resultou em uma recuperação completa. Ela está completamente sem dor. De fato, um ano após o acidente, ela agora está na melhor forma de toda a sua vida. Ela tornou-se uma corredora e goza de um nível de condicionamento até então desconhecido para ela. E além de tudo isso, o seguro dela cobriu a reposição de seu carro destruído. Ela encontrou um ótimo negócio e agora possui um Honda ano de 2005 (uma grande melhoria desde o Yugo!).
Anos após o acidente, a Brittney tem quase esquecido a dor e sofrimento que uma vez experimentou, mas ela continua vivendo com as bênçãos que saíram daquele terrível tempo em sua vida. O acidente parece ser um curto piscar de olhos em comparação com os anos que se seguiram. Vamos CONGELAR a história da Brittney uma última vez. A vida está boa da perspectiva da dor e sofrimento? Sim, a vida da Brittney está boa. Ela passou por muita coisa, mas agora está em melhor condição física do que nunca antes, tem desenvolvido um caráter determinado e serene que ela não tinha anteriormente, e ela está até mesmo dirigindo um carro melhor!
Então, o que tudo isto têm a ver com o nosso entendimento de “gratificação imediata”, a dor e sofrimento? Bem, imagine se a Brittney morresse logo após a segunda estrutura de CONGELAMENTO na história dela. E se ela tivesse morrido naquele acidente de carro? Será que nos sentimos como se Deus tivesse sido justo com ela? Será que duvidaríamos da existência de Deus por causa da maneira que a Brittney experimentou a dor , sofrimento e morte? Creio que sim. Queremos que a vida seja uma história de sucesso. Queremos um final feliz e queremos o melhor que a vida tem para oferecer agora mesmo (imediatamente). Quando vemos pessoas sofrerem sem resolução imediata (e satisfação), começamos a duvidar da existência ou bondade de Deus.
A cosmovisão ateísta nos diz que a história da Brittney termina na segunda estrutura de CONGELAMENTO. A cosmovisão ateísta argumenta que toda a vida é curta e muitas vezes acaba em tragédia ou decadência. A cosmovisão ateísta afirma que a vida termina com a morte e não há nada mais. Esta vida mortal é tudo o que temos. A cosmovisão Cristã, por outro lado, não termina na segunda estrutura de CONGELAMENTO. A cosmovisão Bíblica afirma que toda a vida humana continua após o túmulo. A vida não termina com a morte física; o ponto de nossa morte física é apenas o começo da nossa vida eterna espiritual! Se isto for verdade, estamos simplesmente viajando por esta EXATA existência breve a caminho de uma vida eterna, onde nenhuma dor ou sofrimento possa ser experimentado (se temos confiado em Jesus para nossa salvação):
1 Coríntios 7:29-31
Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se não as tivessem; E os que choram, como se não chorassem; e os que folgam, como se não folgassem; e os que compram, como se não possuíssem; E os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa.
João 17:14, 17
Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.
1 Tessalonicenses 4:13-18
Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.
Hebreus 11:13-16
Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar. Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.
Então, a cosmovisão Cristã não tem nenhum problema em explicar a existência da dor e sofrimento, não porque seja insensível ou ignorante em relação a existência do sofrimento ao redor do mundo, mas porque tem certeza da verdadeira natureza eterna da existência humana. Os cristãos podem ser pacientes para com a justiça e misericórdia, porque eles sabem que esta vida é muito curta em comparação com a eternidade. Os cristãos sabem que qualquer dor e sofrimento que possamos experimentar nesta vida mortal serão como um piscar de olhos em comparação com a eternidade.
A conclusão: Um Deus amoroso providencia aos humanos com uma existência além do túmulo. Toda felicidade, amor, misericórdia e a justiça não precisam ser satisfeitos imediatamente nesta vida, porque todos esses desejos serão satisfeitos na eternidade. Deus, portanto, permite algum nível de dor e sofrimento porque ele sabe (e tem comunicado) a passageira e curta natureza de nossa experiência mortal.
Então, Como Pode Deus existir?
Então, como pode um Deus todo-poderoso de amor permitir dor e sofrimento? Da mesma forma que um pai amoroso pode permitir que sua criança infantil sofra com a agulha do médico. Imagine um pai trazendo seu bebê ao consultório do médico para uma vacina contra a gripe. Da perspectiva da criança, a vacina é terrivelmente dolorosa e indesejada. A criança não sente-se como se ele ou ela tem feito alguma coisa para merecer isto, e não tem nenhum desejo de sofrer através da experiência. Mas o pai sabe mais, mesmo que a criança simplesmente não pode começar a entender o que está acontecendo. O pai sabe que a dor da injeção irá proteger a criança; isto irá resultar em algo que beneficia a criança. E o pai também sabe que ele está agindo por amor, mesmo que um dia sem dor na perspectiva da criança possa parecer uma abordagem mais amorosa. O pai sabe que o verdadeiro amor muitas vezes exige que ele permita um pouco de dor por parte da criança. E, finalmente, o pai sabe que a dor da injeção está passando em relação à vida da criança. Por todas estas razões, o fato de que o pai permitiu a dor da injeção não nega a sua existência! É completamente razoável supor que um bom pai amoroso pode permitir dor e sofrimento para um destes três motivos, e de forma semelhante, é completamente razoável supor que um Deus amoroso pode permitir dor e sofrimento em nossas próprias vidas.

Uma linha reta com uma vara torta!


Por Josemar Bessa

E José lhes disse: Não temais; porventura estou eu em lugar de Deus? Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida. Gênesis 50:19-20

Contemplamos uma excelente teologia na vida de José. Ninguém que tem o caráter de José poderia ter uma má teologia. Este homem tem uma visão correta de Deus.

O que ele diz aos seus irmãos tem uma importância espiritual tremenda: "Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia..." - Essas palavras são um manual da doutrina cristã da Providência de Deus. Podemos defini-la assim: é a ação santa, poderosa e sábia de Deus que rege TODAS as Suas criaturas e todas as suas ações. Nem um pardal cai no chão sem o controle de Deus, sem que seja expressão de Sua vontade, todos os cabelos de nossa cabeça estão contados... Ele governa tudo... Nada acontece sem Deus.

Como essa doutrina (negada por muitos ao tentar aumentar o homem e diminuir Deus) foi essencial para José. Doutrina correta é indispensável para vida correta, caráter correto... José atravessou dificuldades enormes. Imagine ele na prisão, sofrendo injustiça nas mãos de seus irmãos... Sem precisar ouvir tantos sermões e sem resistência a Verdade, em Sua bondade Deus lhe ensinou a doutrina da Providência: que o propósito de Deus em Sua Soberania absoluta está controlando e determinando os acontecimentos de nossa vida. E agora então José está pregando este sermão maravilhoso aos seus irmãos: "O que vocês fizeram a mim quando eu ainda era um garoto, foi pura maldade, mas com isso Deus estava determinando algo bom em Seu perfeito plano”.

Um velho puritano disse: "Deus pode desenhar uma linha reta com uma vara torta". Ou seja, coisas que para nós parecem confusas e incompreensíveis, são coisas que Deus está usando para trazer a realidade a Sua límpida e clara vontade. Ele desenha uma linha reta com uma vara torta.

José pregou essa boa teologia ainda com lágrimas nos olhos ao se dar conhecer aos irmãos. Ele não queria humilhar os irmãos ou atacá-los de qualquer forma que seja, ele estava os instruindo e ensinando uma boa teologia. A Bíblia está cheia de ilustrações sobre o controle da Providência de Deus sobre tudo.

Olhe o pecado de Adão. O representante legal de todos os homens pecou e se rebelou contra Deus. O que poderia ser pior? O pecado entrou no mundo e passou a todos, porque todos morreram em Adão. Nascemos pecadores e culpados. E tudo que fazemos como homens naturais expressão isso. Nós merecemos a ira de Deus, o inferno, a maldição e a condenação. Simplesmente é inacreditável os homens se queixarem porque crianças morrem tão jovens, porque tanta miséria no mundo e em nossa vidas, doença, tristeza... Não há como compreender porque as pessoas se surpreendem com isso. Se você começar com a opinião bíblica sobre a humanidade, que somos maus, então, é claro, todas essas coisas - tristezas, tribulações... serão esperadas. Agora, o que Adão fez por maldade, Deus usou e determinou para o bem. Qual foi o bem vinda através do pecado de Adão? Deus deste o princípio planejou nos dar outro Adão, um Adão infinitamente melhor, o último Adão - Cristo! A revelação de Seu Filho! Um Salvador! Um Redentor! Aquele que tem uma justiça perfeita, divina, eterna! Infinitamente melhor do que Adão jamais poderia ter sido. Que revelaria toda a Glória só conhecia pela Trindade por toda a eternidade! E não graças a Adão, mas tudo graças a Deus. Você vê como a doutrina de José se encaixa como uma chave perfeita na fechadura da história? Adão agiu com um propósito mal, mas Deus tinha um propósito perfeito para aquilo, Ele tornou aquilo num bem infinito: "Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem" - Gênesis 50:20

Mas não há melhor exemplo disso do que a Cruz do Calvário. Todos nós, os salvos, fomos resgatados através de um assassinato cruel que foi determinado desde toda a eternidade: "...do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo". Apocalipse 13:8 - No Calvário o homem deu o seu pior. Nenhuma maldade se compara aos acontecimentos daquele dia. Se Deus pôde usar os atos mais cruéis da história para realizar a coisa mais maravilhosa jamais ouvida, então todos os outros eventos da vida humana nada são para Sua Providência invencível!

A Cruz é, ao mesmo tempo, o maior pecado da história e a maior benção da história. Quem diz se gloriar na cruz e não vê a Providência e o controle Soberano de Deus em todas as circunstâncias da vida, ou os nega, está em perfeita contradição.

Pedro, no primeiro sermão da era da igreja, proclamou exatamente esta verdade: "A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela" - Atos 2:23-24

O mundo crucificou Cristo pela maldade e depravação de seu coração: "...a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más" - João 3:19. E eu e você temos participação direta nessa maldade insana - nossos pecados o levaram a cruz. Mas Deus em Seu Plano eterno determinou e usou isso para o bem. A maior maldade da história resultando por causa da providência soberana de Deus no maior bem.

José chorou quando estava falando com seus irmãos. Lembrou da Soberania e Providência perfeitas de Deus, lembrou de como Deus usou caminhos inacreditáveis em sua vida e glorificou a Deus.

Ele poderia perdoar seus irmãos com muita facilidade, porque ele conseguiu ver em tudo a mão invisível de Deus operando para o seu bem. Ele foi ferido, tratado injustamente... tudo que poderia ser para o seu mal, Deus redundou em bem. Devemos esperar a roda dar o giro completo. Vamos descobrir que não perdemos nada por sermos pacientes, por engolir a raiva, por ter um espírito perdoador de acordo com o padrão de nosso Salvador: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (Lucas 23.34).

Olhe para o que José diz aos seus irmãos. Era o momento ideal para José feri-los, mas ele diz: "Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e a vossos filhos. Assim os consolou, e falou segundo o coração deles" - Gênesis 50:21

É fácil imaginar como ele poderia dar o troco aos seus irmãos sendo governador de todo o Egito. Mas ele põe a mão em seus ombros e beija as suas faces. Ele diz - Judá, não tenha medo; Simeão, não tenha medo; Benjamim, meu irmão, não tenha medo... não lhes farei mal, vou alimentá-los e cuidarei de seus filhos. Irei fazer a vocês todo o bem possível enquanto eu viver.
Isso é cristianismo! Isso é semelhança com Cristo! "Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”. Efésios 4:32

Somente a compreensão das doutrinas sobre Deus podem levar a uma vida que o exalta.

Fonte: Josemar Bessa