quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O que torna uma religião demoníaca?

Husband and Wife Figurines 

Por Josiah Grauman
“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência” (1 Timóteo 4.1-2).
 
Quando você lê esses versos, o que você imagina que o Espírito está descrevendo? Que imagens vêm à sua cabeça quando você pensa sobre esses últimos tempos? Em que atividade estarão envolvidos esses espíritos enganadores e demônios?  Em outras palavras, quando você ouve falar de atividade demoníaca, qual a pior coisa que você pode imaginar?
 
Você estava imaginando pentagramas e velas, sacrifício humano e coisas do tipo?
 
Se sim, creio que você pode estar enganado sobre as artimanhas do diabo. Paulo nos fala explicitamente nos versos seguintes sobre qual atividade demoníaca ele está preocupado: [aqueles] que proíbem o casamento, e ordenam a abstinência dos alimentos que Deus criou para os fiéis,e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças.” (1 Timóteo 4.3)
O quê?!? Isso não parece um pouco exagerado? Um pouco de mais dizer que a atividade mais demoníaca possível nos últimos dias é um mestre proibindo sua congregação a comer certo alimento?
Se isso parece um exagero, novamente, penso que você pode não estar alerta sobre seu inimigo se mascarar como anjo de luz (2 Co 11.14). Ele faz o seu melhor para chegar o mais próximo possível da realidade do evangelho, apenas não salva. Ele orgulhosamente procura uma adoração da qual ele não é digno, projetando falsas religiões que são próximas da verdade para que ele possa ser adorado de uma maneira similar a Cristo, mas falsificada.
 Obviamente, não muitos seriam enganados se Satã adicionasse sacrifício humano ao Cristianismo; não muitos iriam se perguntar se “aquela” igreja ainda era evangélica. Mas adicione uma pequena obra, e agora parece quase idêntico aos olhos de alguém com pouco discernimento. Entretanto, assim que você adiciona uma obra, uma coisa que você tem que fazer para ganhar o favor de Deus, seja não casar, não comer bacon ou uma simples circuncisão, você perde o evangelho (Galatas 5.2). O evangelho é sobre graça e incompatibilidade com as obras. Adicione uma obra, e a graça não é mais graça (Rm 11.6); o evangelho não é mais o evangelho (Efésios 2.8-9; Gálatas 1.6).
 
Nas últimas semanas, muito tem sido dito sobre como historicamente o Catolicismo e o Cristianismo são incompatíveis, e isso é verdade. Entretanto não é isso que causa a maior preocupação. O que mais me alarma é quão bom o disfarce de tantas falsas religiões está se tornando.
O que me preocupa é que quando eu pergunto a um bispo Mórmon, um padre Católico, um líder da testemunha de Jeová ou um evangélico do tipo “somente-Jesus”: “como alguém pode ser salvo?”, ele não diz: orar a Maria, pagar algumas indulgências, construir seu caminho para o céu, vestir roupa de baixo esquisita, etc. Não, ele regurgita um ecumênico pseudo-evangelho que tem a aparência de muita sabedoria; entretanto carece de qualquer poder para salvar.
Novamente, poucos vão para o inferno conscientemente adorando Satanás ou tentando se juntar a ele no lago de fogo. A maioria vai para o inferno pensando que estão no seu caminho para o céu, fazendo parte de uma falsa religião cujo propósito é projetado para parecer próximo da verdade.
Portanto, não é o lobo que parece com um lobo que é mais perigoso; é o lobo que se parece mais com ovelha. Assim, não irei argumentar com o fato de que esse “papa” ou aquele “pastor” lê mais a Bíblia que os outros, ou que ele ora mais que os outros, ou que ele é mais evangélico que os outros, o que eu irei argumentar é se isso o torna mais como uma ovelha, ou mais como um lobo perigoso. Obviamente, se ele não ensina o evangelho bíblico, é a última opção.
Veja, existem apenas dois times possíveis em que nós podemos jogar: ou somos filhos de Deus, ou filhos do diabo; ou filhos da luz, ou filhos das trevas; salvos pelo evangelho de Cristo ou condenados pelo nosso próprio esforço.
Então, qual deve ser nossa resposta como cristãos?
1. Em relação aos outros: Nós precisamos discernir o verdadeiro evangelho para sabermos se um indivíduo é nosso irmão em Cristo ou não.  Se não, precisamos orar por sua salvação e exortá-lo para que arrependa-se do seu orgulho e creia. O problema de pensar que alguém que afirma a doutrina católica é evangélico é que você perde a urgência de argumentar com eles sobre se reconciliar com Deus. Ainda existem implicações para associações com membros dessas falsas religiões e seus mestres, mas isso vai além do âmbito desse artigo. Eu mencionaria 2 João 10-11 e 2 Corintios 6.14 como bons pontos de partida.
2. Em relação a si mesmo: Paulo termina o capitulo 4 de 1 Timóteo com a seguinte exortação: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina” ( 1 Tm 4.16). Essa é a nossa guerra, lutar constantemente contra essas doutrinas demoníacas que nos influenciam a pensar que estamos contribuindo de alguma maneira para nossa posição diante de Deus. Note que a preocupação de Paulo em 1 Timóteo 4.1 é que alguns irão se afastar da fé… isto é, alguns de nós. Alguns de nós, bons frequentadores de igrejas , que devem estar intrigados em pensar que nossa religião pode salvar.  Nós devemos travar batalha contra esses pensamentos diários que crepitam de nosso orgulho perverso – “Obrigado Senhor por me dar o desejo de ir igreja e não ser como aquelas outras pessoas…” e assim pensar que Deus deve estar impressionado conosco.
Paulo escreve nossa batalha assim: “Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo” (2 Corintios 10.5). Fazer guerra contra pensamentos ‘religiosos’ que nos tentam a pensar que Deus aceitaria nossa ‘retidão’ (Tg 2.10, Rm 3.10-11). Destruí-los ao saber pelo verdadeiro evangelho que o Santo Deus só irá aceitar aqueles que são perfeitamente retos, e obviamente, que essa retidão não pode ser obtida por nós, mas dada a nós pela graça através da fé (Gn 15.6, Rm 3.21-22, Tt 3.5, Hb 10.14). Devemos crescer no discernimento do evangelho e então lutar cada momento, obedecendo o evangelho em todas as coisas para que não venhamos a ceder um único centímetro; esse centímetro pode fazer a diferença entre o céu e o inferno.

Quando perdoar se torna fácil!



Por Josemar Bessa 
E José lhes disse: Não temais; porventura estou eu em lugar de Deus? Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida. Gênesis 50:19-20

Contemplamos uma excelente teologia na vida de José. Ninguém que tem o caráter de José poderia ter uma má teologia. Este homem tem uma visão correta de Deus.

O que ele diz aos seus irmãos tem uma importância espiritual tremenda: "Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia..." - Essas palavras são um manual da doutrina cristã da Providência de Deus. Podemos defini-la assim: é a ação santa, poderosa e sábia de Deus que rege TODAS as Suas criaturas e todas as suas ações. Nem um pardal cai no chão sem o controle de Deus, sem que seja expressão de Sua vontade, todos os cabelos de nossa cabeça estão contados... Ele governa tudo... Nada acontece sem Deus.

Como essa doutrina ( negada por muitos ao tentar aumentar o homem e diminuir Deus  ) foi essencial para José. Doutrina correta é indispensável para vida correta, caráter correto... José atravessou dificuldades enormes. Imagine ele na prisão, sofrendo injustiça nas mãos de seus irmãos... Sem precisar ouvir tantos sermões e sem resistência a Verdade, em Sua bondade Deus lhe ensinou a doutrina da Providência: que o propósito de Deus em Sua Soberania absoluta está controlando e determinando os acontecimentos de nossa vida. E agora então José está pregando este sermão maravilhoso aos seus irmãos: "O que vocês fizeram a mim quando eu ainda era um garoto, foi pura maldade, mas com isso Deus estava determinando algo bom em Seu perfeito plano”.

Um velho puritano disse: "Deus pode desenhar uma linha reta com uma vara torta".  Ou seja,  coisas que para nós parecem confusas e incompreensíveis, são coisas que Deus está usando para trazer a realidade a Sua límpida e clara vontade. Ele desenha uma linha reta com uma vara torta.

José pregou essa boa teologia ainda com lágrimas nos olhos ao se dar conhecer aos irmãos. Ele não queria humilhar os irmãos ou atacá-los de qualquer forma que seja, ele estava os instruindo e ensinando uma boa teologia. A Bíblia está cheia de ilustrações sobre o controle da Providência de Deus sobre tudo.

Olhe o pecado de Adão. O representante legal de todos os homens pecou e se rebelou contra Deus. O que poderia ser pior? O pecado entrou no mundo e passou a todos, porque todos morreram em Adão. Nascemos pecadores e culpados. E tudo que fazemos como homens naturais expressão isso. Nós merecemos a ira de Deus, o inferno, a maldição e a condenação.  Simplesmente é inacreditável os homens se queixarem porque crianças morrem tão jovens, porque tanta miséria no mundo e em nossa vidas, doença, tristeza... Não há como compreender porque as pessoas se surpreendem com isso. Se você começar com a opinião bíblica sobre a humanidade, que somos maus, então, é claro, todas essas coisas - tristezas, tribulações... serão esperadas. Agora, o que Adão fez por maldade, Deus usou e determinou para o bem. Qual foi o bem vinda através do pecado de Adão? Deus deste o princípio planejou nos dar outro Adão, um Adão infinitamente melhor, o último Adão - Cristo! A revelação de Seu Filho! Um Salvador! Um Redentor! Aquele que tem uma justiça perfeita, divina, eterna! Infinitamente melhor do que Adão jamais poderia ter sido. Que revelaria toda a Glória só conhecia pela Trindade por toda a eternidade! E não graças a Adão, mas tudo graças a Deus. Você vê como a doutrina de José se encaixa como uma chave perfeita na fechadura da história? Adão agiu com um propósito mal, mas Deus tinha um propósito perfeito para aquilo, Ele tornou aquilo num bem infinito: "Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem" - Gênesis 50:20

Mas não há melhor exemplo disso do que a Cruz do Calvário. Todos nós, os salvos, fomos resgatados através de um assassinato cruel que foi determinado desde toda a eternidade: "...do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo". Apocalipse 13:8 - No Calvário o homem deu o seu pior. Nenhuma maldade se compara aos acontecimentos daquele dia. Se Deus pôde usar os atos mais cruéis da história para realizar a coisa mais maravilhosa jamais ouvida, então todos os outros eventos da vida humana nada são para Sua Providência invencível!

A Cruz é, ao mesmo tempo, o maior pecado da história e a maior benção da história. Quem diz se gloriar na cruz e não vê a Providência e o controle Soberano de Deus em todas as circunstâncias da vida, ou os nega, está em perfeita contradição.

Pedro, no primeiro sermão da era da igreja, proclamou exatamente esta verdade: "A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela" - Atos 2:23-24

O mundo crucificou Cristo pela maldade e depravação de seu coração:  "...a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más" -  João 3:19. E eu e você temos participação direta nessa maldade insana - nossos pecados o levaram a cruz. Mas Deus em Seu Plano eterno determinou e usou isso para o bem. A maior maldade da história resultando por causa da providência soberana de Deus no maior bem.

José chorou quando estava falando com seus irmãos. Lembrou da Soberania e Providência perfeitas de Deus, lembrou de como Deus usou caminhos inacreditáveis em sua vida e glorificou a Deus.

Ele poderia perdoar seus irmãos com muita facilidade, porque ele conseguiu ver em tudo a mão invisível de Deus operando para o seu bem. Ele foi ferido, tratado injustamente... tudo que poderia ser para o seu mal, Deus redundou em bem. Devemos esperar a roda dar o giro completo. Vamos descobrir que não perdemos nada por sermos pacientes, por engolir a raiva, por ter um espírito perdoador de acordo com o padrão de nosso Salvador: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (Lucas 23.34).

Olhe para o que José diz aos seus irmãos. Era o momento ideal para José feri-los, mas ele diz: "Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e a vossos filhos. Assim os consolou, e falou segundo o coração deles" - Gênesis 50:21

É fácil imaginar como ele poderia dar o troco aos seus irmãos sendo governador de todo o Egito. Mas ele põe a mão em seus ombros e beija as suas faces. Ele diz - Judá, não tenha medo; Simeão, não tenha medo; Benjamim, meu irmão, não tenha medo... não lhes farei mal, vou alimentá-los e cuidarei de seus filhos. Irei fazer a vocês todo o bem possível enquanto eu viver.
Isso é cristianismo! Isso é semelhança com Cristo! "Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”. Efésios 4:32
Somente a compreensão das doutrinas sobre Deus podem levar a uma vida que o exalta.