segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Por favor, seja fora de moda


Por TuLllian Tchividjlan 

Eu escrevi o livro Unfashionable (“Fora de moda” N.T.) para afirmar que os cristãos fazer a diferença nesse mundo quando são diferentes dele; eles não fazem nenhuma diferença ao serem iguais a ele.

Minha maior preocupação (que me levou a escrever o livro) é que muitos cristãos, especialmente na América, parecem estar tão fascinados com sucesso, popularidade, poder e prestígio quanto as pessoas que estão ao seu redor. Materialismo, consumismo, individualismo e narcisismo – ideais culturais que são a antítese da natureza sacrificial do Evangelho – estão prevalecendo tanto dentro da igreja, como fora. É triste que a igreja americana seja mais conhecida por produzir estrelas auto promovidas do que servos humildes.

Se cristãos praticantes fizessem uma lista honesta de quais objetivos e desejos os motivam, descobriríamos que eles não são realmente diferentes do mundo ao nosso redor. Portanto, não temos nenhum direito de apontar o dedo em acusação para aqueles que estão do lado de fora da igreja por conta da situação do mundo atualmente. Muitos estudos mostram que cristãos são praticamente iguais aos não cristãos no que se trata de buscar fama e fortuna. Cristãos querem se adaptar como qualquer pessoa. Então nós, como qualquer pessoa, gastamos nosso tempo, dinheiro e intelecto buscando o que todos estão buscando, seja lá o que for.

O problema é: eu quero ser um grande cristão, e eu quero que você também seja. Eu quero que a igreja esteja cheia de pessoas como Policarpo. Policarpo foi um homem cheio do Espírito; eu quero ser um homem cheio do Espírito. Toda a existência de Policarpo foi dedicada a Deus e seus caminhos ‘fora de moda’. Nada além disso pode explicar sua perspectiva divina durante o momento mais difícil de sua vida. Ele se recusou a desistir e se deixar levar. Para ele, seguir a Deus não era uma piada ou um concurso de popularidade. Era um homem inebriado por Deus que viveu sua vida coram Deo (perante a face de Deus) e que não tinha medo de qualquer coisa que esse mundo pudesse fazer a ele.

Eu não sei você, mas eu não quero brincar com a minha vida. Eu quero largar tudo em nome de Cristo. Eu não quero que minha espiritualidade tenha um quilometro de comprimento e um centímetro de profundidade. Eu quero ter a coragem de não me importar e ser fora de moda. Sinto-me envergonhado por aqueles momentos em que tenho medo de ser ridicularizado em nome de Cristo por que o mundo pode pensar que eu sou muito estranho. Eu quero seguir incansavelmente a Deus e a sua vontade, independentemente do que vão pensar de mim. Quero viver minha vida, como diriam os Puritanos, diante de “uma platéia Única”.

Cristãos que tentam convencer o mundo ao seu redor que não são diferentes em nada, esperando ser aceitos pelos padrões do mundo deveriam se envergonhar. É hora dos cristãos aceitarem o fato de que são pessoas peculiares. Já que os verdadeiros seguidores de Jesus receberam um novo coração e uma nova mente, devemos agir de acordo com um novo padrão, com objetivos e motivações diferentes. Tudo ao nosso respeito – nossa perspectiva sobre riquezas, estilo de vida e relacionamentos – deve ser fundamentalmente diferente do mundo ao nosso redor: “Adoramos o que não podemos ver, amamos o que não podemos tocar, e vivemos pelo que não podemos possuir”. Para o mundo ao nosso redor, isso vai parecer diferente, sem graça, e estranho; passou da hora dos seguidores de Jesus aceitarem isso.

Eu escrevi o livro Unfashionable (“Fora de moda” N.T.) para afirmar que os cristãos fazem a diferença nesse mundo quando são diferentes dele; eles não fazem nenhuma diferença ao serem iguais a ele.Minha maior preocupação (que me levou a escrever o livro) é que muitos cristãos, especialmente na América, parecem estar tão fascinados com sucesso, popularidade, poder e prestígio quanto as pessoas que estão ao seu redor. Materialismo, consumismo, individualismo e narcisismo – ideais culturais que são a antítese da natureza sacrificial do Evangelho – estão prevalecendo tanto dentro da igreja, como fora. É triste que a igreja americana seja mais conhecida por produzir estrelas auto promovidas do que servos humildes.

Se cristãos praticantes fizessem uma lista honesta de quais objetivos e desejos os motivam, descobriríamos que eles não são realmente diferentes do mundo ao nosso redor. Portanto, não temos nenhum direito de apontar o dedo em acusação para aqueles que estão do lado de fora da igreja por conta da situação do mundo atualmente. Muitos estudos mostram que cristãos são praticamente iguais aos não cristãos no que se trata de buscar fama e fortuna. Cristãos querem se adaptar como qualquer pessoa. Então nós, como qualquer pessoa, gastamos nosso tempo, dinheiro e intelecto buscando o que todos estão buscando, seja lá o que for.

O problema é: eu quero ser um grande cristão, e eu quero que você também seja. Eu quero que a igreja esteja cheia de pessoas como Policarpo. Policarpo foi um homem cheio do Espírito; eu quero ser um homem cheio do Espírito. Toda a existência de Policarpo foi dedicada a Deus e seus caminhos ‘fora de moda’. Nada além disso pode explicar sua perspectiva divina durante o momento mais difícil de sua vida. Ele se recusou a desistir e se deixar levar. Para ele, seguir a Deus não era uma piada ou um concurso de popularidade. Era um homem inebriado por Deus que viveu sua vida coram Deo (perante a face de Deus) e que não tinha medo de qualquer coisa que esse mundo pudesse fazer a ele.

Eu não sei você, mas eu não quero brincar com a minha vida. Eu quero largar tudo em nome de Cristo. Eu não quero que minha espiritualidade tenha um quilometro de comprimento e um centímetro de profundidade. Eu quero ter a coragem de não me importar e ser fora de moda. Sinto-me envergonhado por aqueles momentos em que tenho medo de ser ridicularizado em nome de Cristo por que o mundo pode pensar que eu sou muito estranho. Eu quero seguir incansavelmente a Deus e a sua vontade, independentemente do que vão pensar de mim. Quero viver minha vida, como diriam os Puritanos, diante de “uma platéia Única”.

Cristãos que tentam convencer o mundo ao seu redor que não são diferentes em nada, esperando ser aceitos pelos padrões do mundo deveriam se envergonhar. É hora dos cristãos aceitarem o fato de que são pessoas peculiares. Já que os verdadeiros seguidores de Jesus receberam um novo coração e uma nova mente, devemos agir de acordo com um novo padrão, com objetivos e motivações diferentes. Tudo ao nosso respeito – nossa perspectiva sobre riquezas, estilo de vida e relacionamentos – deve ser fundamentalmente diferente do mundo ao nosso redor: “Adoramos o que não podemos ver, amamos o que não podemos tocar, e vivemos pelo que não podemos possuir”. Para o mundo ao nosso redor, isso vai parecer diferente, sem graça, e estranho; passou da hora dos seguidores de Jesus aceitarem isso.

Feito à imagem do homem



Há a falsa premissa de que todos os caminhos levam a Deus; e de que Deus pode ser tocado e alcançado pelo esforço humano, seja qual for, desde que haja sinceridade e empenho e alguma dose de sacrifício no homem para se achegar, pois ele ama a diversidade e os esforços de união da humanidade [ecumenismo]. Ainda outro diz ser Deus amor, a tal ponto que nenhuma das suas criaturas, mesmo o diabo e seus anjos, perecerá, pois Deus não pode negar a si mesmo, logo, todos, sem exceção, serão salvos [universalismo]. Temos outra mentira: a de que Deus amou o homem a tal ponto que se colocou em seu próprio nível, descendo de sua condição de Deus para a de um “deus”, de tal forma que não pode intervir em nada na criação, estando tão impotente como um espectador diante de um filme [teísmo aberto].

Não citarei outras premissas equivocadas e falsas, pois estas são suficientes para exemplificar o meu argumento. Vejamos o que elas têm em comum: um “Deus” amoroso mas permissivo com o pecado e o erro.

Aos que são pais, ficará claro que os argumentos das três doutrinas são um absurdo [e não é necessário sê-lo para perceber o equívoco]. Por exemplo, qual de nós, em sã consciência, não puniria o filho que, furtiva e sorrateiramente, tomou dinheiro da nossa carteira? Alguns, talvez, não fizessem nada na primeira vez, seja lá o temor que tivessem para não puni-lo. Acontece que o filho, livre do castigo, iria uma segunda, terceira, quarta, quinta vez até a carteira, sempre surrupiando valores maiores, num crescente grau de delinquência. Por mais negligentes que sejam os pais, chegará um momento que o abuso passará de todos os limites, e ele dará um basta à situação [ainda que os motivos não sejam morais, mas meramente financeiros]. Portanto, mesmo que o pai seja irresponsável e não ame o filho, chegará um momento em que tomará a atitude de não sofrer mais o dano, denunciá-lo e puni-lo. Ainda que a pena seja a própria impossibilidade do filho continuar o seu crime [por exemplo, colocando o dinheiro em um cofre-forte]. Em certo sentido, não permitir que ele continue a praticá-lo é, em si mesmo, uma atitude ativa de penalizar-lhe a não desenvolver e satisfazer o seu desejo perverso.

E no caso de Deus?

Há de se considerar alguns pontos: primeiro, não se pode tirar nada de Deus. Segundo, Deus é autoridade, e por ele todas as coisas foram criadas e sustentadas. Logo, alegar passividade ou omissão da sua parte é ilegítimo e uma injúria. Terceiro, Deus é santo, e convir com o pecado ou o mal afetaria a sua santidade, o que faria dele um ser mutável. Se um pai, por mais relapso e fraco, chegaria ao ponto de não permitir mais os abusos do filho, o que levaria os adeptos dessas três doutrinas [entre outras] a acreditar que o Deus Todo-Poderoso o permitiria?

Mas alguém pode dizer: “O pai pode, simplesmente, conviver com os furtos do filho sem se importar ou tomar alguma providência que o impeça de continuá-los. Sendo conivente com eles…”. Realmente, seria uma hipótese, que o tornaria no homem frouxo, amoral, omisso, negligente e cúmplice do filho. Ele seria o co-autor da subtração, o estranho caso de alguém colaborar e participar do crime contra si mesmo. E aí está a questão: alguém, que se diz cristão, e em sã consciência, pode alegar que Deus agiria assim?

Este é o ponto: para Deus ser o que os ecumênicos, universalistas e teístas-abertos reivindicam, teria de ser imoral, fraco, negligente, permissivo, participante do pecado e do mal; a transgredir sua própria lei; a infringir danos a si mesmo. O problema é fazer de Deus um formador de quadrilhas, a se associar ao crime. Por não punir o infrator, ele se tornaria em partícipe, que colaboraria de alguma forma na conduta típica do filho, o furto. Isso o faria ainda mais criminoso do que este; um criminoso qualificado, visto ter uma atuação pessoal e própria na qualificação do delito, ou seja, ele seria o fator estimulador, que incitaria os homens a cometê-lo, visto não puni-los, tendo o poder de fazê-lo. Assim Deus violaria sua própria lei, fazendo-se réu de si mesmo. É claro que o juiz não pode ser réu no mesmo processo, então, quem o seria?

Além de quebrar a sua própria lei, ele criaria um código moral inútil, que seria rasgado a cada delito cometido, ao ponto do pecado ser um delírio, uma divagação, uma intolerável e inadmissível possibilidade dentro da impossibilidade. Fazendo de “Deus” um artesão imperfeito, injusto, cínico… mas além disso o mantenedor do caos, ao se aproximar dele sem impedi-lo, ou ao se aproximar dele sem os meios suficientes para impedi-lo. No primeiro caso, ele seria dissoluto, no segundo, incapaz.

Quando ecumênicos, universalistas, teístas-abertos e outros, mesmo que se digam cristãos, dizem que o Cristianismo bíblico faz de Deus o autor do pecado, podemos replicar-lhes que os seus conceitos tornam-no o praticante do pecado. A Bíblia diz que Deus é o criador de todas as coisas, materiais e imateriais, boas e más, de sorte que nada, absolutamente nada, escapa-lhe do controle e da criação. Deus idealizou o pecado e o mal dentro de um plano perfeito, sábio e santo: o decreto eterno. Porém, ele não faz o mal, por simplesmente não poder fazê-lo, sendo bom. Ele não pode criar o caos, porque é o Deus ordeiro. Nem cometer o pecado, porque é santo. Em sua perfeição, não há imperfeição. Em sua imutabilidade, não há sombra de variação. Em seu poder, não há fraqueza. Em sua sabedoria, não há tolice. Quem pratica o mal e o pecado são suas criaturas, anjos e homens, segundo o seu poder e autoridade, mas não por sua ação direta. O fato de Deus ser efetivo e atuante em tudo não o torna no sujeito ativo de tudo [com isso não quero dizer que Deus seja passivo, mas ele não é o agente ativo do acontecimento, ainda que esteja a agir ativamente para que ele ocorra segundo o seu plano]. Com isso, estou a dizer que o homem nunca é passivo em seu pecado. Mesmo quando negligente ou omisso, o homem é ativo em pecar ou em concordar com o pecado. O grau de culpabilidade não o exime do dano. Dependerá sempre de sua decisão. E sua escolha o tornará réu do crime ou não.

Porém as doutrinas não-bíblicas fazem de Deus, em algum aspecto, o autor do crime, ainda que seja na condição de um espectador, uma testemunha de vista, um voyeur sádico.

Assim, só há duas religiões: a divina e a humana. Uma se contrapõe à outra. Infelizmente, alguns crentes e denominações cristãs têm se apegado a parte da verdade e não à sua totalidade, unindo-a ao paganismo e ao sincretismo para construir uma cosmovisão demoníaca e anticristã, onde Deus é um mero espectador, um observador lânguido a dar longos bocejos, ou a assentir tacitamente os desvios das suas criaturas.

Esse padrão é muito parecido com o da mitologia geral, em que deuses se misturam entre os homens como se fossem iguais, igualmente errando sem que possam mudar em nada o seu destino ou das suas criaturas. Em suas fraquezas, incertezas e confusões como poderiam julgar ou punir? Esse conjunto de ideias é como erguer casas no pântano ou na areia… desmoronarão irrevogáveis à menor investida, sem qualquer resistência.

Dentro da cosmovisão bíblica é impossível conservarem-se harmoniosas, racionais e lógicas. Pois elas partem do pressuposto de que o mundo pode ser entendido a partir dele mesmo, como se fosse auto-explicável, e de que não é necessário Deus para torná-lo inteligível e aplicável, mas de que o seu significado está muito além dele… de maneira que nem mesmo ele pode compreendê-lo.

O objetivo é um só: criar um conjunto uniforme de ideais que se oponha ao Cristianismo bíblico; operando a partir do ponto de vista relativista, pragmático e imanentista, colocando o homem como o ser supremo, o centro do universo; ou quando não, ele se encarregará de colocar outro em seu “trono”, de forma que será escravo de si pelos meios mais sórdidos e nefastos de se auto-subjugar: a rebeldia contra Deus e o amor pelo pecado.

Desta forma, a religião humanista [e nela, de certa forma, está contido o arminianismo] subverte algo do Cristianismo para moldar a síntese de que todas as concepções são legítimas, de que todos os caminhos são aceitáveis, vistos que eles ensinam e se preocupam apenas com o bem-estar do homem ou a liberdade de desejar e operar a autodestruição sem as consequências advindas dela: a condenação e o sofrimento eternos.

A cosmovisão que declara o verdadeiro estado de depravação e iniquidade do homem tem de ser combatida a fim de se resguardar a integridade humana e a sua absolvição diante de um tribunal que não julga e de um juiz comprometido com a injustiça. A cosmovisão a declarar que somente Cristo é a única possibilidade de reconciliação do homem com Deus, sendo ele o Verbo encarnado, pelo qual os pecados não nos são imputados, é exclusivista, e tem de ser erradicada. Um deus desobrigado consigo mesmo; ainda mais irresponsável que suas criaturas, as quais abusam da sua tolerância de consentir com aquilo que deveria impedir, é o arquétipo correspondente às muitas formas de auto-idolatria humana.

Não há lugar para a biblicidade, nem para Deus como o ser supremo, justo e santo, que irá julgar esse mesmo homem. Por isso, criou-se a imagem de um “Deus” paspalhão, um sentimentalóide tosco e tolo, que acaba por se sujeitar ao padrão estabelecido pelo homem e que o próprio homem desconhece quais serão as suas consequências. Esse “Deus” não é reconhecido na Escritura, nem em momento algum é visto ou descrito por ela; o que os levará, primeiramente, à necessidade de relativizar e desqualificar o texto bíblico como a fiel palavra de Deus; colocando-o somente como mais um manual ético-moral entre tantos outros criados pela mente humana, e que nem mesmo deve ser observado, tendo-se em vista a sua contextualização cultural e temporal; cujo prazo de validade expirou.

Com isso, estão a dizer que a Escritura está ultrapassada, de que não há mais contato entre a verdade e o mundo atual… a verdade não tem mais lugar no presente século; tornou-se obsoleta, em um código que não exprime nenhuma sintonia com os nossos dias, não sendo mais do que a alternativa pífia para as mentes mais conservadoras, tacanhas e sub-desenvolvidas. E inclui-se também e, urgentemente, a necessidade de se destruir qualquer aspecto sobrenatural e histórico em suas páginas.

Num mundo subjetivo, onde as “verdades” são mutáveis e adaptáveis a todas as formas de corrupção, qualquer defesa da Bíblia, como a palavra fiel e inspirada de Deus, deve ser combatida. E o Estado, com a falsa premissa de ser laico, acaba por ser antireligioso, mas não o suficiente para impedir que “técnicas religiosas” se convertam em métodos “científicos” aplicados à satisfação humana. A prova está na aceitação pacífica do yoga, da acupultura e da ecologia [o culto secular da deusa "Gaia"... olha a mitologia aí, novamente] como o padrão aceitável de espiritualidade e civilidade humana. Qualquer referência ao Absoluto deve ser substituído por conceitos paliativos, que, quando muito, entretêm e prolongam os desejos e esperanças inalcansáveis. Eles sustentam a expectativa de que são possíveis, quando sua realização é improvável, e não passam de vãs promessas.

Assim todas as formas que possam se fundir ao humanismo são aceitas, exceto o Cristianismo Bíblico, ortodoxo e histórico, o qual não é antropocêntrico, mas teocêntrico, e por isso, tem de ser destruído.

Presenciamos a união entre o secular e o religioso com o único objetivo de erradicar o Deus biblico; e, para isso, têm de criar uma forma diluída ou descaracterizada da verdade; iludindo os incautos de que a mentira pode, em último caso, substituí-la eficientemente. Formas aparentemente cristãs são criadas como sabotadores, intrusos que invadirão a seara do Senhor e disseminarão o veneno da incredulidade e da dúvida; ou da incerteza como única convicção a se defender.

Custe o que custar, a esperança tem de morrer. Nem que para isso tenha-se de criar um “Deus” covarde. Feito à imagem e semelhança do homem.

Chamando fracasso de sucesso.



Por Josemar Bessa

Em 31 de Outubro de 1517, quando teve início a Reforma, a Igreja era rica, poderosa, influente. Ele dominava reinos, nações... um mundo. Nunca antes ou depois ela teve tanto poder, então por que a Reforma era sua única esperança?

Todo fruto na vida do homem regenerado flui de Cristo e não do homem: “Sem mim nada podeis fazer!” – Muitos aceitam isso na teoria, mas na prática, logo dão um jeito de explicar a causa do sucesso de maneira que ela flua do homem.

Se somos abençoados em qualquer área da vida, logo buscamos uma explicação que não somente nos inclua, como achamos ter um segredo de sucesso para compartilhar. Se a igreja cresce, por exemplo, escrevemos um livro sobre como fazer... e assim acontece em todos os aspectos da vida. Mas o fato é que Ele é o Senhor a quem devemos todo o sucesso já alcançado.

Temos sido sistematicamente derrotados em tudo quando batalhamos em nossa própria força. E qualquer “Sucesso” que flui de algo diferente daquele em que Deus receba toda a glória e que seja sucesso segundo os padrões dEle, não é sucesso de forma nenhuma. Muitas vezes é o nosso delírio que nos faz chamar FRACASSO de sucesso.

A igreja de Laodicéia é um bom exemplo disso: “Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta” - Apocalipse 3:17 – Que outro nome poderíamos dar a isso que não seja: “Uma igreja em delírio”? Quando nossas mentes repousam me nossa ideia de sucesso, estamos em delírio. A resposta de Deus é devastadora: “...e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu... e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas”. -Apocalipse 3:18

Deus disse para eles: “Eu vou vomitá-los!” – Mude sua complacência em arrependimento zeloso (v.19). Hey!! Você está me ouvindo? Eu sou aquela voz fraca que mal conseguem ouvir mais... Estou fora de sua igreja, batendo na porta. ( Como é bom lembrar isso – esse texto de Jesus batendo na porta – não está falando da conversão do mundo – Jesus batendo na porta do coração do pecador... Usar este texto assim é uma perversão da verdade e manipulação de um texto bíblico) – Ele está falando com uma igreja que nem percebeu, em seu delírio de sucesso, que Cristo não estava mais lá. Então Cristo está dizendo – Estou fora de sua igreja, batendo em sua porta. Você nem percebeu quando eu saí, mas estou de volta mais uma vez. Haverá comunhão entre nós? Já percebeste teu fracasso delirante? Uma igreja verdadeira deve ter um coração aberto e honesto.

Era hora daquela igreja, apesar dos sinais externos de sucesso (segundo a percepção mundana) admitir: “Eu não sou rica, eu não estou prosperando aos olhos de Deus, eu preciso de tudo, pois não tenho nada! Me dê vestes brancas, cure meus olhos, tape a minha nudez!”

Você nunca lutou com o que importa, você nunca lutou com o pecado, a tentação, com a dúvida e venceu, exceto pela ação toda poderosa do Espírito. Nenhuma alma jamais foi salva, ninguém jamais foi valente pela Verdade e contra o engano, ninguém jamais fez algo realmente empreendedor aos olhos de Deus para o sucesso do reino, sem que Deus não estivesse operando tudo.

É simplesmente uma questão de justiça que quem operou o milagre deva receber toda a honra. Teria sido uma vergonha se Miriam tivesse cantado em louvor a Moisés e Aarão no Mar Vermelho. Mas ela cantou: “Cantai ao SENHOR, porque gloriosamente triunfou; e lançou no mar o cavalo com o seu cavaleiro”. Êxodo 15:20-21 – Por sua vez, Moisés não lançou o livro: “Como abrir e atravessar um mar!” – Não! Ele também cantou um hino:“Então cantou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao SENHOR, e falaram, dizendo: Cantarei ao SENHOR, porque gloriosamente triunfou; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro. O SENHOR é a minha força, e o meu cântico; ele me foi por salvação; este é o meu Deus, portanto ...” -Êxodo 15:1-2

“Ele triunfou gloriosamente!” – Esse é o nosso cântico? Em cada luta, em cada combate travado no mundo, atribuímos o poder e a vitória a quem merece por direito?

“Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade” - Salmos 115:1

De misericórdia em misericórdia


Por Luiz Fernando Dos Santos

“A sua misericórdia estende-se aos que o temem, de geração em geração”. (Lc 1.50)
A vida cristã é uma experiência de pura misericórdia. Misericórdia que podemos alargar a sua compreensão quase que exponencialmente. Não se trata apenas daquela bênção de Deus em lidar com os nossos pecados, com os sofrimentos que deles decorrem, de tratar com brandura a nossa rebeldia e derramar perdão sobre as nossas vidas. Misericórdia tem a ver com todos os recursos dados por Deus para fazermos a travessia desta vida em meio às muitas contradições, paradoxos e contingências de nossa experiência humana que escapam por completo de nosso controle. Gostaria de apresentar nesta pastoral pelo menos quatro grandes aspectos da presença da misericórdia em nossas vidas que podemos e devemos desfrutar e repousar confiantemente nela.
1. Ansiedade e medo do futuro. A misericórdia de Deus nos ensina que as necessidades de hoje serão supridas com as respostas para hoje. Que devemos ocupar-nos com um dia de cada vez: “Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal" (Mt 6.36). Misericórdia aqui significa que podemos contar com o auxílio de Deus assim como os israelitas contaram com o maná no deserto para sua porção diária de suprimentos numa terra inóspita: Lv 19.6; Dt 8.16.
2. Medo de sucumbir às provações. Aprendemos da misericórdia do Senhor que Ele mesmo não tenta, não induz a nossa ruína: “Quando alguém for tentado, jamais deverá dizer: ‘Estou sendo tentado por Deus’. Pois Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta” (Tg 1.13), mas Deus nos prova e permite a provação, a citação de Deuteronômio acima fala disso: “para humilhá-los e prová-los, a fim de que tudo fosse bem com vocês” (Dt 8.16). Contudo, a misericórdia diz que o mesmo Deus que prova ou permite a provação, providencia a força para a suportarmos e o livramento dela: “Não sobreveio a vocês provação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam provados além do que podem suportar. Mas, quando forem provados, ele lhes providenciará um escape, para que o possam suportar” (1Co 10.13).
3. Tempos de necessidades espirituais. A misericórdia nos ensina que em tempos de sequidão da alma, frieza espiritual ou de qualquer outra necessidade, ela estará sempre à disposição para suprir nossas carências com a Graça: “Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade” (Hb 4.16).
4. Há misericórdia suficiente e para sempre. Esta é uma notícia maravilhosa. A misericórdia de hoje é para os fardos de hoje, para as tentações de hoje, para as necessidades espirituais de hoje. Todavia, elas não se esgotam. Quanto mais nos recorremos a ela, quanto mais dela confessamos ter necessidade, quanto mais nela depositamos a nossa confiança, tanto mais ela abunda sobre as nossas vidas. E mais, colecionar misericórdias, tê-las todas na memória agradecida do coração é grande fonte de paz e consolação: “Todavia, lembro-me também do que pode dar-me esperança” (Lm 3.21). Esta sentença foi proferida por um homem que conheceu abundância de tormentos, decepções e tristezas: o profeta Jeremias. Contudo, ele não se deixou consumir por suas tristezas e aflições. Antes, trazia na memória as misericórdias do passado, se fiava nelas, cria inarredavelmente que Deus não muda, não sofre variações, é imutável em seu amor, logo, suas misericórdias também não mudam, não diminuem, não desaparecem, eis o que ele nos ensina: “Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se a cada manhã” (Lm 3.22,23). Misericórdia nova para um novo dia. Misericórdia adequada para cada circunstância. Misericórdia em tempo, sem demora, para cada estação da vida.
Quero convidá-lo a tornar-se conscientemente um dependente visceral da misericórdia de Deus. Busque-a, deseje-a, conte com ela e também use em suas relações, afinal de contas o Senhor Jesus a requer também de nós: “Vão aprender o que significa isto: ‘Desejo misericórdia, não sacrifícios’. Pois eu não vim chamar justos, mas pecadores" (Mt 9.13).