quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Pecado Não É Múltipla Escolha!



Por Jorge Fernandes Isah

Não tenho por hábito transcrever diálogos pessoais, mas recebi o pedido de ajuda de um irmão. Orei, e respondi-lhe. Alguns dias depois, escreveu-me aflito por cair novamente no pecado. Eis suas palavras:

“Preciso de uma mudança, eu não quero servir Jesus desse jeito, com pecado; eu lembro da passagem que fala de Acã e seu pecado escondido fez o arraial de Deus regredir. Eu faço a obra de Deus, prego, evangelizo, mas peco. Por favor, me ajude eu preciso restaurar o temor que eu tinha no meu primeiro amor, o medo de pecar é algo que eu já perdi, mas quero recuperar isso”.

A minha segunda resposta:

É difícil ajudá-lo a distância, sem conhecê-lo. Mas se esta é a vontade de Deus, que assim seja.

O ideal é que você tivesse um irmão maduro na fé, alguém que pudesse auxiliá-lo, como lhe disse, alguém com o qual convivesse, que estivesse próximo. Preferencialmente, procurando o auxílio do seu pastor. Sei como são essas coisas de timidez, pois também sou tímido, e não gosto de me expor. Mas você tem de entender que, no caso da Igreja, como membro do Corpo, faz o Corpo sofrer, ainda que os irmãos não saibam. Pois Cristo, como a cabeça, sabe. Paulo descreveu a situação assim: “de maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele" [1Co 12.26].

Depois que lhe escrevi, tenho orado por sua vida e pedido a Deus que o liberte desse vício e pecado, e meditado na sua situação. Como contei, fui viciado em pornografia e sexo por muitos anos, até a minha conversão, e sei como esses pecados nos controlam e dominam. No início, quando da conversão, há uma parada abrupta em nosso comportamento pecaminoso, é como se não houvesse nenhum desejo e vontade em pecar. Acontece que a nova natureza em Cristo faz com que a natureza carnal fique adormecida. Nessa fase, somos apenas de Cristo, queremos ir aos cultos, fazer evangelismo, ler a Bíblia, orar e falar de Jesus para todas as pessoas de uma forma inimaginável, quase compulsiva.

Então progressivamente perdemos esse "furor" inicial, e acontece da nossa antiga natureza ressurgir pouco a pouco. Começamos a ouvir músicas seculares, a ver tv, cinema, e tantas outras atividades tal qual antigamente. Voltamos aos antigos amigos, e consideramos que somos fortes o suficiente para enfrentar o mundo. Paulo foi claro ao nos alertar: Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia” [1Co 10.12]. Logo, começamos a olhar para as mulheres com um olhar diferente, quase como no passado, e sentimos desejos de ver o que é proibido, e de atentar para o proibido. O pecado nos atrai novamente, e somos atraídos por ele. Então, meu irmão, só há duas opções:

1) Nos rendemos ao pecado, e pecamos, ainda que depois venha o arrependimento.

2) Resistimos ao pecado, mesmo sabendo que Deus é misericordioso para nos perdoar.

O problema não é o pecado em si, ele é conseqüência do nosso relacionamento com Deus, ou da falta dele. Naquele momento, Deus é menor do que o desejo de pecar. Naquele momento, o pecado [seja qual for] é o meu deus. A questão é: amo o Senhor verdadeiramente a ponto de considerar não pecar, e não pecar quando tentado? Ou o meu amor é insuficiente para resistir ao pecado? [lembrando-me do novo-nascimento, a velha natureza estava soterrada, inativa, pela nova natureza. O que precisamos fazer é soterrar novamente a antiga natureza, e com ela, as práticas pecaminosas].

O mais importante é não gastar tempo ouvindo a própria voz. Ela lhe trará uma gama de ilusórias desculpas, que podem trazer alívio momentâneo, mas jamais o curará. De uma forma ainda pior, poderá cauterizá-lo e colocá-lo em uma posição de acomodação ao pecado. Ouça a voz de Deus, o qual fala pela Escritura Sagrada. Não canse de repetir para si mesmo: pornografia é pecado! E, ao crente, somente há uma forma de se relacionar com o pecado: rejeitando-o, derrotando-o, impedindo-o de se levantar da sarjeta, do monturo.

Não se engane com as mentiras que diz e já tem preparado para a ocasião, elas somente o manterão escravizado. Antes não rejeite a verdade, e se lance humildemente aos pés do Senhor. Diante dEle não há como nos exaltarmos e pecarmos [a tentativa soberba do homem em se sobrepor a Deus, de se exaltar acima dEle, como se isso fosse possível]. Diante dEle estaremos sempre humilhados, submissos, e em posição de não-pecado, não-autoglorificação, de não-rebeldia, mas de submissão, negação a si mesmo, de reconhecimento da nudez, pobreza, cegueira e iniqüidade humanas; e necessitados da Sua graça e sustento físico-espiritual. Como João o Batista disse: É necessário que ele cresça e que eu diminua” [Jo 3.30].

Não deixe a mentira tomar conta da sua mente, e dizer que você é o que jamais foi. Leia e medite na verdade, a Bíblia, através da qual Deus nos fala e nos ensina a trilhar os caminhos santos para os quais Cristo nos chamou, capacitando-nos pelo poder do Espírito Santo.

Por que não devo pecar? Por que é uma ordem? Ou por que o meu amor a Deus é tamanho que não transgredirei a Sua ordem? Veja bem, não pecarei não porque estou com medo da punição [se fosse assim, ninguém pecaria], mas não pecarei porque amo ao Senhor de tal forma que o meu amor não me permitirá ceder ao pecado. Se o meu coração estiver cheio, repleto de Deus, não haverá lugar para pecar. Como digo sempre: onde há amor, não há pecado. Onde há pecado, não há amor.

A masturbação, especificamente, não é um pecado instantâneo. Ela não acontece por um impulso incontrolável, por um "repente", como se diz aqui em Minas. Ela é progressiva, um processo. Primeiro você se entrega ao deleite de olhar ou imaginar formas femininas, depois não se contenta apenas em imaginar, mas há a cobiça, o desejo de realizar algo com aquele corpo, por fim, como não é possível fazê-lo, você se rende ao alívio imediato, para não ficar mais pensando e sofrendo por não tê-lo, e por pensar e sofrer com o que pensa. Mesmo sabendo que é pecado, mesmo sabendo que desagrada a Deus, mesmo sabendo que será levado a pecar novamente, a sensação é por demais agradável; mesmo sendo escravizante, ainda assim, é algo incontrolável quando se peca a primeira, a segunda vez, quando não se refreia, peca-se por desordem. Pelo coração não estar acomodado, em conformidade com a santidade. Entra-se em um círculo vicioso... e, somente Deus para nos tirar dele.

Não vejo saída a não ser a oração, a mortificação da carne [o jejum é uma arma poderosa], afastando-se de tudo o que o remete à lascívia, à cobiça, ao prazer ilícito. Exteriormente somos "fisgados", mas o problema está no interior, no coração. Como o Senhor Jesus disse, é dele que procedem todos os males [Mt 15.17-18]. Porém, um coração cheio do amor por Deus será um coração vitorioso na luta contra o pecado.

Pedro diz: "Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e
piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude; pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo. E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade, e à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade. Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados. Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" [2Pe 1.3-11].

Em outras palavras, o apóstolo está dizendo ao crente: você é um eleito de Deus, resgatado da condenação por Cristo, feito co-herdeiro em Cristo, participante da glória e da graça de Deus em Cristo, portanto, viva como um eleito, não como um ímpio!
Pedro está nos exortando a viver segundo o chamado que Deus nos deu. Somos eleitos, então vivamos com tal, e não como o pecador que antes éramos.

No seu caso, posso fazer muito pouco ou nada além de ouvi-lo, de exortá-lo, de orar por você. Está em suas mãos resistir ao pecado e levar uma vida santa diante de Deus.

Novamente, voltemos a Pedro: "Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo; como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo" [1Pe 1.13-16].

Pedro reafirma aqui o que disse anteriormente: você é um eleito, viva como tal; não se entregue às práticas dos gentios e incrédulos, que antes fazia. Porque o chamado de Deus para o Seu povo é o chamado à santidade.

Paulo também diz: "E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça... De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne. Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus... Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" [Rm 8.6-39].
Viva no Espírito, no amor do Senhor, e você morrerá todo dia para a carne. Não é fácil, mas não há outro caminho. Arrependa-se, coloque-se nas mãos do Senhor integralmente, viva o Evangelho de Cristo, viva por meio dEle, para Ele, e, certamente, Deus o libertará desse pecado. Na verdade, você já foi libertado pelo sacrifício do Senhor na cruz, assuma então a sua condição de eleito, e viva como um crente, como um servo guiado pelo Senhor, buscando-o, sujeitando-se, humilhando-se, glorificando-o, através do poder do Espírito Santo e da Palavra; pois o único antídoto contra o pecado é a santidade. Desejar mais do que qualquer outra coisa ser como é o nosso Senhor: santo!

Ore, ajoelhe, clame a Deus, implore, se humilhe diante dEle, arrependa-se com o que de mais intenso e verdadeiro haja dentro de você, e, certamente, odiará o pecado e amará cada vez mais a Deus.

Continuarei orando por sua vida, para que Cristo o liberte, dando-lhe discernimento e sabedoria para enfrentar essas tentações. Como disse anteriormente, a tentação ainda não é o pecado, mas quando passamos por ela sem resistência, o pecado invariavelmente acontecerá. A tentação é a chance que se tem de não pecar, o último recurso antes do desfecho final: a queda!

Escreva quando quiser e precisar.

PS: Acho que seria bom você pensar, pelo menos por enquanto, em afastar-se das pregações. Continue a evangelizar, a falar de Jesus para as pessoas; a orar, ler as Escrituras, meditar nelas. Buscar literatura de qualidade que o ajude a combater o pecado. Mas não considero, biblicamente, qualquer possibilidade de você se manter em algum ministério, seja a pregação, o louvor, ou qualquer outro, enquanto estiver rendendo-se ao pecado. Não seria correto para com Deus nem a igreja. Você disse que se converteu este ano, portanto, muito pouco tempo para assumir certas funções no Corpo local. Como Paulo diz, o neófito [novo na fé] não deve assumir liderança, "para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo" [1Tm 3.6]. Talvez o seu problema esteja aí. Mas é algo que apenas você poderá responder, então, pergunte a si mesmo sinceramente: por que estou no ministério? O que me motiva a exercê-lo?
Quem sabe, Deus já não esteja dando a resposta?

O pecado da bermuda e do chapéu dentro do "templo"


Por Antognoni Misael

Imagine Deus contemplando a adoração de um escocês de saia, imagine Deus ouvindo a oração de um indígena tribal com uma cueca florestal, imagine Ele dando livramento a um corredor que pratica atletismo com seu short a meio palmo, ou Ele sendo louvado por alguém que estando pelado canta “Grande é o Senhor” tomando banho de chuveiro. Agora se imagine indo a igreja num belo domingo de manhã, numa escola dominical, com seu bermudão confortável, uma simples sandália de couro, uma camiseta de algodão refinado e um modesto chapéu ou boné. Acha que Deus receberia seu culto?
Pelo que tenho percebido entre alguns dos irmãos evangélicos, com esse traje, Deus receberia adoração apenas quando se estivesse fora das 4 paredes do templo: nas ruas, nas praças, no cinema, no shooping, etc. No templo jamais!!!
Entendo que a igreja não deveria impor padrões de "moda", tipo: “devemos nos vestir decente como se veste para ir ao tribunal ao encontro do Juíz, pois lá não entra de bermuda ou boné”. Poxa! Que dura verdade hein! Vejamos que em contrapartida, em um hospital se entra tanto de bermuda quanto de chapéu ou boné. Dos dois, diga-me qual mais se parece mais com a Igreja: o tribunal ou o hospital? Gente, deixemos de lado a hipocrisia! É bem certo que perante juízes e políticos existe um padrão de se vestir. Claro! Foram nossas meras invenções e tradições humanas que formalizaram isso. Todavia, que bom que Deus não é político ou Juiz de Direito! Ele já habita dentro de nós!
Já ouvi alguém dizer: “devemos dar o nosso melhor a Deus até mesmo usando as melhores vestes para Ele”. Então acha que Deus está preocupado com seu caríssimo terno e/ou par de sapatos? Acha que Deus está a fim da roupa do domingo a noite? Acha que entrar no templo elegantíssimo ou super coberto é um sinal de adoração? Definitivamente vejo que a roupa é um detalhe irrelevante. Certamente toda nudez promíscua será bíblicamente desaprovada. Mas...que pecado há em um chapéu ou bermuda? Quando Salomão sabiamente relatou que tudo é vaidade! Absolutamente tudo! Do que adianta uma roupa diplomática e um caráter reprovável? Falemos com as nossas vidas, amém?
Queria eu não escrever sobre coisinhas tão irrelevantes como as que delinho agora. Mas sinceramente me surpreendo quando alguém encalha com o uso de um boné ou um bermudão. E o pior é que ainda há muita gente que pensa assim. Na verdade tudo concerne para a idéia de santidade ambiental: lugar sagrado!!
Queridos, nos permitamos se livrar da religiosidade, pois da infância jamais sairemos sem que ousemos quebrar as prórpias tradições. Quando houver alguma retificação bíblica cujo texto condene o uso dos meus queridos bermudões chapéus e/ou bonés no “sagrado lugar”, admito que os lançarei no "guarda-roupa" preparado para o diabo e seus anjos. Enquanto isso, paciência.
Como bem disse Santo Agostinho: "Prefiro os que me criticam, pois me corrigem, aos que me elogiam, porque me corrompem". Caso eu esteja equivocado, por favor me critiquem de forma sólida e me convençam de que estou errado. Só assim me farão crescer.
Por alguém que curte ir a Escola Bíblica de bermuda e boné.

10 Cristos culturais



Por David Schrock

Jesus fez a Pedro, em Mateus 16.13, a pergunta mais importante da Bíblia: “Quem os outros dizem que o Filho do homem é?”. A nossa reposta a essa pergunta é de importância eterna. Infelizmente, muitos “cristãos” hoje teriam problemas para definir quem Jesus é, pois muitos usam esse nome para promover diversas ideias.


De fato, como Stephen Nichols mostrou em seu fascinante estudo cultural, Jesus Made in America, Jesus se tornou um produto nos Estados Unidos, onde ele é utilizado para candidatos conquistarem eleitores e para Hollywod verder mais filmes.

Dessa forma, tão importante quanto apresentar uma visão positiva de Jesus quando pregamos a doutrina de quem é Cristo, é mostrar os falsos Cristos que têm conquistado a preferência em nossa sub-cultura cristã.

O que se segue são dez “Cristos culturais”, intencionalmente caricaturados para mostrar as falsas imagens de Cristo que tem sido reproduzidas. Certamente há outras. Adoraria ouvir o que vocês pensam sobre essa lista.

Aqui vamos nós…

1) O Jesus Terapêutico… é delicado e sutil, ele te ajuda a melhorar sua auto-estima através do pensamento positivo.

Seus seguidores minimizam o pecado e tratam a religião como um reforço para enfrentar a semana.

Lema: Você pode alcançar a sua melhor vida (grande sorriso).

2) O Jesus Treinador… vai te dar as dicas e as ferramentas para ser bem sucedido em qualquer coisa que você fizer.

Seus seguidores o procuram de acordo com o interesse pessoal – Jesus Gerente, Jesus Goleador, Jesus Casamenteiro.

Lema: Tudo posso naquele que me fortalece. (Filipenses 4.13)

3) O Jesus Ned Flanders… ama as crianças, a moralidade e te ajudar a fazer a coisa certa.

Seus seguidores vão à igreja, fazem o bem, votam baseados em valores e ajudam seus vizinhos.

Lema: Olá, vizinho!

4) O Jesus Guerreiro… é super macho e pode ser confundido com William Wallace ou Jack Bauer.

Seus seguidores (na maioria homens) se enfurecem contra as imagens feminilizadas de Jesus e confundem “masculinidade” com piedade.

Lema: Meu Jesus chuta o traseiro do seu Jesus.

5) O Jesus do Evangelho Social… melhora a sociedade através da justiça social e suprindo necessidades.

Silenciando o evangelho, esses seguidores constroem casas, alimentam os pobres e combatem a AIDS por Jesus.

Lema: Pregue o Evangelho e, se necessário, use palavras.

6) O Jesus Político… promove o ativismo idealístico e vem em duas variedades:

Cavalgando sobre um elefante1, luta contra o aumento dos impostos, clínicas de aborto e pelas orações nas escolas.

Cavalgando um jumentinho2, promove o cuidado com o meio ambiente e a igualdade de direitos.

Lema: Feliz a nação cujo Deus é o Senhor. (Salmo 33:12)

7) O Jesus Buginganga… se torna o talismã cristão. A presença dos produtos Jesus combate o pecado.

Seus seguidores se enfeitam com a parafernália cristã e focam em viver por Jesus.

Lema: OQJF? (O Que Jesus Faria?)

8) O Jesus Rock Band: baseia sua igreja nas atividades divertidas e música legal.

Seus seguidores vivem atrás de shows cristãos, acampamentos, retiros e outros eventos desse tipo.

Lema: Deus é fera!

9) O Jesus WordPress: é hiper ortodoxo e luta contra o erro teológico.

Seus seguidores amam ler livros, debater teologia e publicar picuínhas na internet.

Lema: Ame o Senhor seu Deus com todo seu ENTENDIMENTO.

10) O Jesus Paz e Amor: rejeita religiosos intolerantes e apenas ama a todos como eles são.

Seus seguidores questionam autoridades, verdades objetivas, julgamentos e a religião institucional, mas amam mentes abertas.

Lema: Deus é amor; tudo é espiritual.

Em cada uma dessas caricaturas há resquícios da verdade, mas normalmente a verdade desproporcional ou carente de outros aspectos bíblicos. O mais importante é que cada um desses falsos cristos falha ao manter Jesus na narrativa bíblica. Eles sequestram Jesus em nome de alguma outra causa e o colocam em uma história que não é a história de Deus. Assim, para podermos entender corretamente quem Jesus é, o Cristo, o Filho do Deus Vivo, devemos buscar um retorno às Escrituras e buscar sua identidade de Gênesis ao Apocalipse. Essa é a tarefa do pastor, do professor da escola bíblica e de todos os cristãos que acreditam na Palavra.

Que Deus nos ilumine para vermos Cristo na Escritura, e que ele nos mostre como nossa cultura tem moldado nosso entendimento de Jesus, para que possamos buscar uma visão correta de quem ele é, pois,quando o vemos, nos tornamos mais como Ele (1 João 3.2).

Que possamos buscar uma visão correta de quem Jesus é, pois quando o vemos, nos tornamos mais como ele

Nota
1 O elefante é o símbolo do Partido Republicano, dos EUA, que geralmente defende valores mais tradicionais.

2 O burrinho, por outro lado, é o símbolo do Partido Democrata, rival do Republicano, em geral mais liberal.

Os 10 pastores que não respeito e não admiro

 
Por André Sanches

Maus líderes existem aos montes dentro das igrejas. O joio está espalhado dentro da igreja como ensinam as escrituras (Mt 13. 26). Isso não é novidade para ninguém. Apesar de designar aqui o termo “pastores” a essas pessoas que citarei abaixo, não tenho a intenção de diminuir aqueles que fazem jus a esse termo tão lindo mostrado nas escrituras, e que realmente pastoreiam de coração as ovelhas do Senhor. Usei esse termo somente para facilitar a identificação dessas pessoas.
 

OS DEZ PASTORES QUE NÃO RESPEITO E NÃO ADMIRO:
 

1- O que faz do púlpito um palco de shows = A exposição da Palavra é esquecida e substituída pelo talento hollywoodiano desse pastor, que explora as mais diversas técnicas para cativar os seus expectadores, fazendo do show o protagonista do culto. Ele é a estrela e não Cristo e Sua palavra. Seu púlpito é lugar de entretenimento, de show, e não de pregação, de transmissão da voz de Deus.

2- O que explora financeiramente as ovelhas = Esse pastor é muito ambicioso e tem planos de crescimento. Porém, para a realização dos seus planos, precisa de muito dinheiro. E esse dinheiro é retirado das ovelhas, através das mais diversas técnicas de extorsão (legais) – e algumas vezes ilegais e antiéticas. Ele não liga para o que a Bíblia ensina e inventa formas de arrecadação para realizar seus sonhos megalomaníacos. As ovelhas são iludidas, exploradas e sugadas até a última gota que podem dar.


3- O que insiste em querer fazer a agenda de Deus = Um pastor que quer determinar lugar, dia e hora para Deus agir não merece meu respeito. Segunda-feira: Deus age na família; terça-feira: nas finanças; quarta-feira: Deus dá o Espírito Santo; quinta-feira: Deus faz conversões e sexta-feira: Deus liberta as pessoas de demônios. Deus agora está preso em uma agenda criada pelo homem? Para esse pastor, Deus deve adequar-se à sua programação semanal.


4- O que ilude as pessoas com amuletos, objetos ungidos e unções que não vêm de Deus = Esse pastor escraviza pessoas em crendices e superstições que não são encontradas e ordenadas na Bíblia. Desvia a fé que deveria ser unicamente no Deus soberano para objetos e unções – falsas – e extravagantes. Trabalha com a ilusão, com a ambição, com a falta de conhecimento de muitas das ovelhas que lhe ouvem. É um ilusionista do púlpito!


5- O que “profetiza” o que Deus não mandou profetizar = Usa sua influência sobre as pessoas para “profetizar” e “revelar”. Porém, não usa a Bíblia, que é a revelação e é onde se encontram as profecias de Deus para a vida de seus servos. Lança profecias das mais variadas para as pessoas. Normalmente suas profecias são absurdas e vazias, porém, a cegueira e falta de conhecimento das pessoas sobre a Palavra de Deus, abre portas para que essas “profecias” sejam cridas como verdade.


6- O que faz com que seus fieis o adorem = Ele é visto como um semideus pelos seus fieis. Ele é o poderoso, ele faz milagres e sinais acontecerem, ele é o rei e o centro dos cultos. O pior de tudo é que não faz nada para mudar essa situação, pois adora ser paparicado, adora status, adora demonstrar seu grande “poder” e ser ovacionado pela multidão. Seu prazer é ver multidões afluindo em sua direção com desejo de glorificá-lo. Não prega para pouca gente, só aparece quando tem pessoas suficientes para massagear seu ego insuflado.


7- O que usa o dinheiro das ofertas para seu próprio enriquecimento = Esse pastor-empresário é formado e pós-graduado em enriquecimento usando a igreja. Tem fortuna e bens luxuosos, tudo adquirido com a ajuda das ofertas dos membros de sua igreja e de quem mais querer ajudá-lo a “evangelizar”. Segundo ele diz, todo o dinheiro das ofertas é usado para a obra de Deus, porém, seu patrimônio o acusa. Ele engana multidões – e babacões – que bancam sua vida de ostentação e riqueza, pois não podem questionar a palavra do todo poderoso líder.


8- O que prega a teologia da prosperidade = Um pastor que diz que pobreza é maldição, que o crente verdadeiro será reconhecido pela sua prosperidade material, e outras abobrinhas sem embasamento bíblico, não merece admiração. Se a teologia da prosperidade é um câncer como alguns dizem, esse pastor é um espalhador de doenças no meio do povo.


9- O que usa versículos isolados da Bíblia para fundamentar doutrinas destruidoras = Esse pastor adora inventar doutrinas usando versos bíblicos isolados, cuja interpretação isolada, sem considerar contextos e outras boas regras de interpretação, favoreçam seus pensamentos e desejos. É um manipulador ardiloso dos textos sagrados, visando unica e exclusivamente que a Bíblia se enquadre em seus pensamentos e planejamentos.


10- O que [acha] que determina a ação de Deus = É uma piada dizer que um homem determina algo ao Todo-Poderoso, mas essa ousadia acontece. Palavras ousadas saem da boca desse pastor, que ora determinando, ordenando, exigindo que Deus faça determinadas coisas que, segundo ele, Deus tem de fazer. Coitado, não tem nem noção da besteira que faz! E o pior: ensina as pessoas a agirem também assim!


NÃO POSSO ADMIRAR E RESPEITAR PASTORES COMO ESSES!

Não minta: você não ama o próximo


Por Mauricio Zágari

Cheguei a uma conclusão: eu não amo o próximo. Pior: você também não. A gente pode até tentar, mas não ama. E eu provo. Mas, para isso, precisamos entender antes de mais nada que estou usando aqui o conceito de “amor” da Bíblia e não o da sociedade secular e romantizada em que vivemos. E como um dos conceitos hermenêuticos elementares no estudo das Escrituras é que “a Bíblia explica a si mesma”, vamos ao texto sagrado desencavar qual é o conceito bíblico de “amar”. O versículo epicêntrico da Bíblia sobre o assunto é o bom e velho João 3.16: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. Vamos então destrinchá-lo.
Primeiro: Deus amou o mundo. E quem é o mundo? São absolutamente todas as pessoas que o rejeitaram, desobedeceram, que foram seus inimigos, que lhe viraram as costas. Ou seja: todo aquele que peca. Ou seja: todo mundo! “Todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3.23). Então o que Jo 3.16 nos mostra, primeiro, é que Deus amou pessoas que o desprezaram, que lhe fizeram mal, que falaram mal dele, que roubaram dele, o caluniaram e fizeram todo tipo de desgraça contra Ele.
Aí, de repente, Deus decide fazer por esse grupo de bilhões e bilhões de pessoas algo impresionante: abre mão de sua posição confortabilíssima para ajudar cada um. Se você prestar atenção, verá que o Filho estava muito bem, obrigado, em sua glória celestial e não precisava ter mexido uma palha por essas pessoas. Mas Ele foi além: “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2.5-8).
Em outras palavras: o amor abre mão do seu conforto para ajudar outras pessoas.
E isso para quê? “Para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. A questão aqui é que aquele bando de miseráveis não merecia a vida eterna. Mereciam, em português bem claro, arder por toda a eternidade no fogo do inferno. Mas Deus chega e mostra outro aspecto do amor: dá a eles algo que não merecem. E aqui nos deparamos com as cinco letras mais lindas do Evangelho: GRAÇA. Pois isso é a essência da graça: AMOR.
Qual é a conclusão a que chegamos a partir disso tudo? Que AMAR significa abrir mão do seu conforto para fazer coisas boas por quem te fez coisas ruins. Simples assim.
E…você faz isso?
Para responder nós temos que aplicar o que dissemos acima a sua (e à minha) vida: Pense em todas as pessoas que te desprezaram, fizeram mal, te viraram o rosto, falaram mal de você, te roubaram, te caluniaram e fizeram todo tipo de desgraça contra você. Não tem pressa. Esqueça que você está na Internet e que aqui todo mundo só quer ler coisas rapidinho. Invista tempo, vai valer a pena.
Pare.
Tire um tempo.
Pense em rostos. Lembre de nomes. Recorde-se de situações. Gente que te fez chorar, que te ofendeu, que te acusou injustamente. Que te molestou sexualmente. Que roubou seu dinheiro. Que mentiu para todo mundo a seu respeito. Que armou esquemas para te prejudicar e puxar o tapete. Que fez tudo o que há de pior contra você. Pense. E, só depois de ter lembrado de todas essas pessoas continue a ler, não tenho pressa alguma.
Ainda tem tempo. Pense mais um pouco. Gente que te magoou feio. Você vai lembrar.
Ok. Agora que você já deu nome e rosto aos bois, segundo passo: Deus saiu de seu conforto e fez algo de bom por elas que certamente elas NÃO mereciam. E eu, então, te pergunto: o que você já fez de bom por essas pessoas de quem acabou de se lembrar? Pode pensar. Mais um tempo pra ti.
Me atrevo a dizer que você gastou muito tempo chorando pelo que elas te fizeram, as denunciando, ou então metendo o malho nelas para outras pessoas, falando ao maior número possível de pessoas o que elas lhe fizeram. E até mesmo se vingando, pagando na mesma moeda. As odiando com todas as suas entranhas! Eu garanto que você fez isso. E sabe por quê? Porque é o que eu fiz. Muitas vezes. Paguei mal com mal. Paguei com vingança. Com comentários depreciativos. Com minha natureza humana.
Chegamos então à questão inicial. Você ama o seu próximo? Pois já vimos que AMAR significa abrir mão do seu conforto para fazer coisas boas por quem te fez coisas ruins. Simples assim. Mas meu irmão, minha irmã, concorde comigo que nós não fazemos isso.
Não fazemos.
E com isso, simplesmente descumprimos o mandamento maior da fé cristã: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?’ Respondeu Jesus: ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”. (Mt 22.36-40)
Aí você pode até dizer: “Ah, mas Jesus era Deus, pra Deus é fácil amar assim! Eu sou só um humano!”. Ao que Jesus de Nazaré te responde: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”. (Jo 13.34,35)
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Não tem jeito. Eu não amo meu próximo segundo o modelo bíblico, fato. Pois não abro mão de meu conforto, de meu tempo, de dizer que tenho razão, de meu orgulho… para fazer o bem a quem me detonou. E, afirmo sem medo de errar: você também não. Pois eu olho em volta e é o que vejo, nas igrejas, no twitter, no Facebook, nos programas evangélicos de TV, nas pregações de pastores anti-igreja da internet, na Igreja Emergente…em todo lugar onde haja um coração manchado pelo pecado, em todo lugar onde haja alguém que se chame cristão: nós somos vingtivos, ofendemos, pagamos na mesma moeda. Não fazemos o bem a quem nos faz mal. Não fazemos! Isso é um fato!
Ignoramos solenemente o que Paulo diz em Romanos 12.14-20: “Abençoem aqueles que os perseguem; abençoem, e não os amaldiçoem. Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram. Tenham uma mesma atitude uns para com os outros. Não sejam orgulhosos, mas estejam dispostos a associar-se a pessoas de posição inferior Não sejam sábios aos seus próprios olhos. Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos. Façam todo o possível para viver em paz com todos. Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: “Minha é a vingança; eu retribuirei” diz o Senhor. Ao contrário: “Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber”.
Você já deu de comer ou de beber a quem te fez mal? Quantas vezes?
A BOA NOTÍCIA
Mas há uma boa notícia: é possível.
É possível viver o mandamento maior. Comece preferindo o outro em honra. Pondo em prática Filipenses 2.3b; “Humildemente considerem os outros superiores a si mesmos”.
Mas, Zágari, como se faz isso?
Não revide, abençoe. Não rebata, dê a outra face. Não se vingue, caminhe a segunda milha. Não fale pelas costas, elogie o que há de bom em quem só há coisa má. Só consegue amar o próximo da forma que Cristo espera quem faz o que Ele fez diante de Pilatos: engole sapos. Se cala. Se submete. Se humilha. É difícil? LÓGICO QUE É! E desde quando alguém disse que seria fácil? Jesus disse: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23). E você acha que carregar uma cruz é fácil?
Em outras palavras, só ama verdadeiramente o próximo quem contraria sua natureza. Pois só quando você contrariar a sua natureza e injetar em suas veias a natureza de Cristo é que você começará a amar o próximo como a Bíblia ensina. Até lá…somos bons fingidores.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.