quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Comemorando 15 anos de Diante do Trono, Ana Paula Valadão diz que hoje o grupo “enfrenta preconceito dos próprios evangélicos”



ana-paula-raul-gil-02No ano em que comemora 15 anos de estrada, o ministério de louvor da Igreja Batista da Lagoinha (IBL), Diante do Trono, tem se tornado alvo do preconceito dos próprios evangélicos, segundo sua líder, Ana Paula Valadão.
A impressão da cantora e pastora foi passada à TV Uol numa entrevista especial sobre a data comemorativa. Ana Paula afirmou que no começo do planejamento para lançar o ministério, ela vivia uma crise de fé, mas vê isso como um fator diferencial.
“Eu acho que é importante a gente passar por crises ao longo da vida, porque nelas a gente se pergunta muita coisa. Ou a gente vai ter as coisas abaladas e destruídas, ou elas vai ficar ainda mais fortes”, conceitua.
O maestro Sérgio Gomes, convidado pelo pastor Márcio Valadão para comandar a primeira gravação das músicas do DT, afirma que foi enviado aos Estados Unidos pelo líder da IBL ao lado de Ana Paula, para aprender o processo de gravação ao vivo e assim, aplicar no projeto do ministério.
“Quando a gente reuniu o grupo de músicos com a ideia de fazer a gravação de um CD ao vivo, nós reproduzimos o que aconteceu nos Estados Unidos. Ou seja, a Ana cantou a canção pra eles, e todo mundo achou a canção maravilhosa, que é realmente”, disse Gomes, referindo-se à música “Diante do Trono”.
Entre os cantores que integraram a primeira formação do DT, estão Helena Tannure, Nívea Soares e André Valadão. “Um dia a Ana me ligou e disse: ‘Nívea, eu gostaria que você fosse uma das vocalistas. Você aceita participar?’ Foi um prazer muito grande, um presente de Deus pra mim”, declara Nívea Soares.
“O Diante do Trono ia gravar o primeiro CD quando eles me chamaram pra fazer parte. Mas eu tinha acabado de ter meu segundo filho, os ensaios eram meio atribulados, acabava tarde, então eu não pude atender a esse primeiro convite. Antes do lançamento desse primeiro trabalho, então com meu bebê um pouquinho maior, eu pude passar a integrar o grupo”, relata Helena Tannure, que assim como Nívea, não integra mais o ministério.
Mariana Valadão, que passou a integrar o grupo anos depois, também deu seu depoimento: “Desde o primeiro, a gente como família, participa de tudo, não é? Nos ensaios, eu sempre ia, participava. Mas a partir do terceiro CD, que foi ‘Águas Purificadoras’, gravado também aqui em Belo Horizonte, [eu passei a fazer parte]”.
“Quebra de paradigmas”
Ana Paula Valadão disse que o contrato com a Som Livre, gravadora secular – da qual o grupo estaria tentando se desvincular – foi uma quebra de paradigma que possibilitou a expansão do alcance do Diante do Trono.
Segundo ela, todos os cuidados para que não houvessem interferências da gravadora no trabalho do DT foram tomados: “O nosso jeito de ser tem que parecer intocado. Se vão vender o nosso produto, vão vender exatamente o que nós colocarmos ali. Ninguém vai escolher o meu repertório, entendeu? Então existem limites. Ninguém vai dizer o que eu devo vestir, como eu devo falar, e graças a Deus, a minha experiência com pessoas não evangélicas tem sido muito boa”, comemora.
O fato de o DT aceitar os convites da mídia secular para se apresentar em programas de TV, por exemplo, tem sido um imã de críticas dos próprios irmãos na fé para o grupo, de acordo com Ana Paula: “Hoje a gente enfrenta o preconceito do lado de cá, dos próprios evangélicos, que muitas vezes não entendem essa abertura da mídia, essa conquista que o meio evangélico está tendo junto aos meios de comunicação”, diz, antes de ironizar: “Uma vez eu vi uma pessoa dizendo que você sempre vê cachorros latindo pra lua, mas você nunca vê a lua respondendo (risos)”.
Para André Valadão, as opiniões contrárias vem de quem não entende o momento da música cristã no Brasil: “A crítica a esse transbordar da música dentro da igreja existiu no começo. Hoje ela já mudou. E é literalmente um transbordar, como se não coubesse só dentro do copo, vai pra fora”.
A líder do DT afirma crer que a abertura da mídia não pode ser vista apenas como uma forma dos veículos de comunicação conseguirem audiência, mas também como uma oportunidade: “Do lado do computador, da televisão, do rádio, tem alguém que nunca entraria numa igreja evangélica e que está ouvindo nossa mensagem”.

BOMBA!!! DÍVIDAS, CALOTES E TRAIÇÃO. ACOMPANHE A TRAJETÓRIA DE VALDEMIRO SANTIAGO E A IGREJA MUNDIAL DO PODER DE DEUS


V1

 

À espera de um milagre

Quadrilhas de pastores ladrões, dívidas milionárias com as tevês, administração amadora e investimentos equivocados na construção de grandiosos templos. O que está por trás da crise financeira da Mundial, uma das mais poderosas igrejas evangélicas do País.
Rodrigo Cardoso
v2  Confira compilação com cenas do apóstolo Valdemiro Santiago e outros líderes da igreja pedindo contribuições aos seguidores:
Chorar durante a pregação é um dos traços mais marcantes da performance de Valdemiro Santiago de Oliveira, o todo-poderoso da Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), no púlpito. Criticado por abusar dessa prática, o autointitulado apóstolo tem motivos mais terrenos para derramar suas lágrimas atualmente. O império neopentecostal construído por esse mineiro de 49 anos, nascido em Cisneiros, distrito de Palma, a 400 quilômetros de Belo Horizonte, vive a maior crise da sua história. O mais recente indício de que a IMPD está fragilizada foi a decisão do Grupo Bandeirantes de encerrar, na semana passada, a parceria que mantinha com Valdemiro, que alugava quase a totalidade da grade da programação do Canal 21 e ocupava cerca de quatro horas diárias nas madrugadas da Band. Motivo do fim do acordo: atrasos no pagamento.
v3
PASTOR
Valdemiro Santiago criou um império religioso, viu seu rebanho se
expandir por cerca de cinco mil templos e, agora, tenta colocar a
casa em ordem ao ver sua igreja sangrar em milhões de reais
Valdemiro até que tentou impedir o fato. De microfone em punho, o comedor de angu que cuidava de marrecos na roça antes de se converter evangélico usou toda a sua empatia com o povão. No início do mês, pôs o rosto no vídeo, caprichou na voz chorosa e iniciou uma campanha conclamando seus fiéis a ajudá-lo a arrecadar R$ 21 milhões para honrar compromissos com o aluguel de horários na mídia. A Mundial já devia R$ 8 milhões ao Grupo Bandeirantes referentes a setembro. No fim deste mês, outro boleto a vencer: R$ 13 milhões. A emissora paulista não confirma oficialmente, mas a Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo, concorrente direta da Mundial, teria entrado na disputa por esses horários e conseguido vencer a briga sobre a maior concorrente na disputa por almas. “Pegaram a gente em um momento de fraqueza”, diz uma liderança da IMPD. “Gastamos R$ 300 milhões com templos ultimamente e vivemos um tempo de estruturação e amadurecimento.”
v4
PODER
Diante da crise, Valdemiro nomeou Jorge Pinheiro (acima), marido da irmã
de sua esposa, para gerir o setor financeiro e administrativo da IMPD no
lugar do bispo Josivaldo (abaixo), transferido para Lisboa

v5
“Cerca de 30% dos recursos que arrecadamos são desviados
por bispos e pastores. Por mês, R$ 30 milhões saem pelo ralo”
,
afirma um alto dirigente da IMPD do Rio de Janeiro
Quisera Valdemiro Santiago, porém, que seus problemas fossem revezes restritos apenas ao campo administrativo da sua igreja. Em São Paulo, o líder evangélico é alvo de uma investigação do Ministério Público estadual e da Polícia Civil. Desde janeiro de 2013, diligências feitas pelo Grupo Especial de Delitos Econômicos (Gedec) e pela Divisão de Investigações sobre Crimes contra a Fazenda, da Polícia Civil, apuram um suposto crime de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, direitos ou valores. O dono da Mundial virou alvo das autoridades quando elas descobriram que a Fazenda Santo Antonio do Itiquira, localizada em Santo Antônio do Leverger (MT), um conglomerado de 10.174 hectares de terras ocupado por milhares de cabeças de gado, foi comprado por R$ 29 milhões à vista pela empresa W. S. Music, cujos representantes são o apóstolo e sua mulher, a bispa Franciléia. O caso, que pode configurar uso do dinheiro de fiéis para enriquecimento pessoal, corre em sigilo.
v6A Mundial, fundada em 1998 – antes dela, Valdemiro fora pastor na Igreja Universal por 18 anos (leia quadro) –, viveu um avanço muito grande em um curto espaço de tempo. De 500 templos em 2009, hoje a denominação computa mais de cinco mil unidades, segundo seus membros. Acontece que a vida de uma igreja não se resume ao púlpito ou aos cultos. Administrativa e financeiramente falando, a IMPD não evoluiu. “Cerca de 30% dos recursos que arrecadamos são desviados. Por mês, R$ 30 milhões saem pelo ralo”, afirma um alto dirigente da denominação, lotado no Rio de Janeiro. De acordo com ele, a devoção em torno dos cultos, espécie de pronto-socorro espiritual, onde fiéis garantem ter alcançado a cura divina para alguma enfermidade graças à intercessão de Valdemiro, trouxe notoriedade à igreja e atraiu quadrilhas de pastores que se infiltraram em seus templos para se apropriar das doações. “Há dois anos e meio, por exemplo, o Valdemiro descobriu uma dessas quadrilhas no ABC paulista liderada pelo bispo e por seus auxiliares e os expulsou.”

v7
PREGAÇÃO
Com fama de milagreiro, Valdemiro fez fama ao se aproximar
dos mais humildes. Abaixo, sua esposa, a bispa Franciléia
v8
Esse mesmo dirigente lembra do dia em que, ao manobrar seu carro na saída de um culto, uma fiel bateu no vidro para alertar que pessoas traíam a confiança do líder evangélico: “Pastor, está vendo esse carnê da Mundial? A conta corrente aqui escrita não é a da igreja. Estão distribuindo carnês falsos para o povo pagar! Avisa o apóstolo, por favor!” Ou seja, o dinheiro estava sendo desviado num esquema paralelo ao de Valdemiro. Professor da pós-graduação de Ciências da Religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Ricardo Bitun se deparou com essa prática ao ir a campo para a confecção de sua tese de doutorado. Intitulado “Igreja Mundial do Poder de Deus: Continuidades e Descontinuidades no Neopentecostalismo Brasileiro”, o estudo defende que Valdemiro foi o único dissidente da Universal que conseguiu alcançar sucesso. E assim o fez graças, principalmente, à remasterização da cura divina, uma prática bastante difundida no Brasil nos anos 1970. “Um bispo me contou que havia pastores infiltrados em igrejas e até mesmo bispos cobrando propinas de pastores”, diz Bitun.

v10
SUSPEITA
Uso do dinheiro de fiéis para enriquecimento pessoal, como a compra de uma
fazenda de R$ 29 milhões (à esq., o documento de compra em seu nome),
é investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil de São Paulo
Valdemiro é um líder religioso onipresente no altar e nos programas televisivos e demorou a perceber que estava sendo traído por pessoas muito próximas a ele – e do alto escalão da igreja. Havia um grupo próximo a Josivaldo Batista de Souza, que era considerado o número 2 da Mundial, agindo como lobos em pele de cordeiro. “Ele se deu conta de que o problema advinha da concentração de poder em torno dessa turma”, diz um membro da hierarquia paulista da Mundial. “Era gente pedindo avião para fazer não sei o quê, para ter programa na televisão não sei onde, para abrir igreja em um grotão aí…” Segundo esse integrante da IMPD, Valdemiro cometeu erros próprios de líderes que sobem muito e rapidamente. “Ele se cercou de um estafe pequeno que blindava o acesso a ele. E, assim, passou a ouvir pouco outras opiniões. Precisa amadurecer.”

v11

FLAGRA
Membros da Mundial chegaram a clonar carnês para desviar
o dinheiro que era arrecadado dos fiéis nos cultos
Diante das dívidas, dos calotes e das traições, o líder da IMPD está tentando conter a sangria da sua igreja do jeito que pode. Transferiu para Lisboa o pastor Josivaldo, um ex-membro da Universal que o acompanha desde o começo dos trabalhos da denominação em Pernambuco, segundo Estado onde ele fincou sua bandeira. Para substituir Josivaldo, que era responsável pela gestão administrativa e financeira e cuidava do dia a dia da Mundial, além dos bispos e pastores, Valdemiro achou por bem recorrer a um familiar. Empossou o bispo Jorge Pinheiro, marido da irmã da sua esposa Franciléia. Para tentar se reequilibrar financeiramente, conta um bispo paulista, ele decidiu se desfazer de duas Cidades Mundiais, como são chamados os megatemplos da IMPD, em São Paulo e no Paraná. Elas se encontram fechadas pelos órgãos públicos locais, após pouco tempo de funcionamento, por não preencherem requisitos para receber o público. Um claro erro de avaliação que onerou a igreja. “A Cidade Mundial paulista está fechada desde fevereiro de 2012. Mas Valdemiro, todo mês, tem de pagar R$ 5 milhões das parcelas da compra dela”, diz o bispo. Missionário da IMPD, o deputado estadual Rodrigo Moraes (PSC-SP), que foi designado pela igreja para fazer “a coisa caminhar” junto aos órgãos públicos, segue na sua empreitada. “Não recebi o comando de parar o trabalho ainda. Mas a vontade do apóstolo é que fala mais alto”, afirma. Templos pequenos e mal localizados, que não condiziam com a orientação de Valdemiro, também deixaram de ser usados. “Cerca de 15% deles tiveram de ser fechados ou reestruturados”, diz uma liderança da igreja. Pode ser uma saída para que a fama de caloteiro não suplante a de apóstolo milagreiro.

v12 
NA JUSTIÇA
Faz três meses que a Mundial não paga o aluguel do imóvel (acima),
localizado em Pirituba (SP): ação de despejo e cobrança de R$ 34 mil.
À esq., Cidade Mundial em São Paulo, que será fechada
v13 Não são poucos os templos ocupados pela IMPD que têm problemas com aluguel atrasado ou ações de despejo em curso na Justiça. Em Pirituba, por exemplo, bairro da capital paulista, o proprietário impetrou na justiça uma ação de despejo contra a igreja por não receber o aluguel de seu imóvel desde julho. E cobra, ainda, o pagamento de R$ 34.538,64. De acordo com um de seus representantes legais, essa é terceira vez que a justiça é acionada desde 2010, quando o local passou a ser ocupado pela Mundial. “Não entendo a falta de organização da igreja. Não acredito que ela não tenha caixa para pagar o aluguel”, diz ele, que prefere não se identificar. “Esses problemas diminuíram 70% nos últimos tempos”, garante Dênis Munhoz, advogado da Mundial. À frente também do cargo de vice-presidente da Mundial, Munhoz refuta a ideia de a denominação viver uma crise, argumentando que a IMPD é a evangélica que mais cresce no Brasil. Sobre as quadrilhas de pastores, afirma: “Se existe esse problema, a igreja sempre tomou as providências rapidamente.” Prefere, no entanto, não comentar a perda dos espaços no Canal 21 e na Band. Quem falou sobre o assunto foi o presidente da IMPD, o deputado federal José Olímpio (PP-SP). “Estamos pagando muitas prestações, os valores de aluguéis aumentaram, temos muitas obras em andamento e acabou atrasando alguma coisa. Aí, deixa de pagar um mês e vira um problema para a mensalidade seguinte”, diz.
v14
Para se ver livre de mais problemas, Valdemiro, que, procurado por ISTOÉ, não se manifestou, entregou os horários que possuía na Rede TV! e na CNT. Deixou também de alugar espaço em dezenas de retransmissoras de diferentes estados e recuou no projeto de ocupar a programação de tevês da Argentina, Colômbia e do México. “Muitas vezes, é melhor dar um passo atrás para, depois, dar um maior à frente”, diz o alto dirigente da Mundial do Rio. “Valdemiro me disse que estava, inclusive, vendendo a sua fazenda no Mato Grosso.” Essa informação não foi confirmada pelo presidente nem pelo vice-presidente da IMPD. Mas, na atual situação, receber R$ 33 milhões, valor estimado da Fazenda Santo Antonio do Itiquira, seria como um milagre para o líder evangélico.
***

10 características da Igreja que satanás gosta



diabo
Por Renato Vargens
Dez características da igreja que satanás gosta:
1-) A igreja que satanás gosta não é cristocêntrica. Muito pelo contrário, ela não prega Cristo.
2-) A igreja que satanás gosta não proclama o evangelho, nem tampouco anuncia a necessidade do pecador se arrepender de seus pecados, mediante a fé em Cristo Jesus.
3-) A igreja que satanás gosta vende indulgências, barganhando com Deus fórmulas mágicas para o enriquecimento e prosperidade de todos aqueles que desejam ser abençoados.
4-) A igreja que satanás gosta visa somente a satisfação do homem em todas as suas dimensões deixando de lado a necessidade de arrependimento e conversão por parte do pecador.
5-) A igreja que satanás gosta não proclama a salvação pela graça, mas sim pelos méritos do ofertante ou dizimista.
6-) A igreja que satanás gosta não valoriza a Palavra de Deus, antes, relativiza as Escrituras considerando-as desnecessárias ao amadurecimento do cristão.
7-) A igreja que satanás gosta é aquela que coloca em pé de igualdade os apóstolos da modernidade e as Escrituras Sagradas.
8 -) A igreja que satanás gosta é aquela que se preocupa em construir templos suntuosos e nababescos, deixando de lado o trabalho missionário.
9-) A igreja que satanás gosta é antropocêntrica, ensimesmada e focada na satisfação de todas as vontades humanas e jamais prega a cruz.
10-) A Igreja que satanás gosta ama cantar os sucessos gospel, mas odeia estudar as Escrituras e viver em santidade.

Afinal, casamento é de Deus ou apenas uma invenção humana?




namorados

Por Augustus Nicodemus
Com a desvalorização do casamento em nossa cultura, junto com a relativização dos valores morais e a tendência contra tudo aquilo que é estabelecido, muitos cristãos nutrem esta ideia curiosa de que a Bíblia não ensina o casamento, o qual se resume num acordo mútuo de duas pessoas viverem juntas. Pronto, estão casadas diante de Deus.
Com isto, não é pequeno o número de evangélicos que têm uma vida sexual ativa com o namorado/namorada.
Alguns anos passados fiquei impressionado com uma estatística publicada por uma revista evangélica após entrevistas feitas com jovens evangélicos de 22 denominações. Estes jovens, a grande maioria composta de solteiros, haviam nascido em lar evangélico e eram freqüentadores regulares de igrejas. De acordo com a pesquisa, 52% deles já haviam tido sexo. Destes, cerca da metade mantinha uma vida sexual ativa com um ou mais parceiros. A idade média em que perderam a virgindade era de 14 anos para os rapazes e de 16 anos para as moças.
Essa reportagem foi publicada em setembro de 2002. Desconfio que os números são ainda mais estarrecedores se forem atualizados para 2012.
Não vou aqui gastar muito tempo defendendo o que, acredito, a maioria dos nossos leitores já sabe que é nossa posição: sexo é uma bênção a ser desfrutada somente no casamento. Namorados que praticam relações sexuais estão pecando contra a Palavra de Deus. Mesmo que não tenhamos um versículo que diga “é proibido o sexo pré-marital” (desnecessário à época em que a Bíblia foi escrita, visto que na cultura do antigo Oriente não existia namoro, noivado, ficar, etc.), é evidente que a visão bíblica do casamento é de uma instituição divina da qual o sexo é uma parte integrante e essencial.
Alguns textos que mostram que contrair matrimônio e casar era uma instituição oficial entre o povo de Deus, e o ambiente próprio para desfrutar o sexo:
“…nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações” (Dt 7.3).
“…Majorai de muito o dote de casamento e as dádivas, e darei o que me pedirdes; dai-me, porém, a jovem por esposa” (Gn 34.12).
“… e lhe dará uma jovem em casamento…” (Dn 11.17).
“… Respondeu-lhes Jesus: Podem, acaso, estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles?” (Mt 9.15).
“… nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento” (Mt 24.38).
“… Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus. Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento” (Jo 2.1-2).
“… Estás livre de mulher? Não procures casamento” (1Cor 7.27).
“… Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento…” (1Tim 4.1-3).
“… Se um homem casar com uma mulher, e, depois de coabitar com ela, a aborrecer, e lhe atribuir atos vergonhosos, e contra ela divulgar má fama, dizendo: Casei com esta mulher e me cheguei a ela, porém não a achei virgem…” (Dt 22.13-14)
“… qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério” (Mt 5.32).
“… Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar” (Mt 19.10).
“… Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado” (1Cor 7.9).
“… Mas, se te casares, com isto não pecas; e também, se a virgem se casar, por isso não peca” (1Cor 7.28).
“… A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor” (1Cor 7.39).
“… ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade” (Jo 4.17-18).
“… alguém (o presbítero e/ou pastor) que seja irrepreensível, marido de uma só mulher…” (Tito 1.6).
“… quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher; mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido.” (1Cor 7:1-2)
“… Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros” (Heb 13.4).
“… que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação” (1Tes 4.4-7).
As passagens acima (e haveriam muitas outras) mostram que casar, ter esposa, contrair matrimônio é o caminho prescrito por Deus para quem não quer ficar solteiro ou permanecer viúvo. O casamento era, sim, uma instituição oficial em meio ao povo de Deus. As relações sexuais fora do casamento nunca foram aceitas, quer em Israel, quer na Igreja Primitiva, a julgar pela quantidade de leis contra a fornicação e a impureza sexual e pelas leis e exemplos que fortalecem o casamento como instituição para o povo de Deus em todas as épocas.
O ônus de provar que namorados podem ter relações sexuais como uma coisa normal é dos libertinos. Posso me justificar biblicamente diante de Deus por viver com minha namorada como se ela fosse minha esposa, não sendo casados? Como eu lido com essa evidência massiva de que o casamento é a alternativa bíblica para quem não quer ficar solteiro ou viúvo?
O que existe na verdade é aquilo que Judas menciona em sua carta, sobre pessoas ímpias que transformam a graça de Deus em libertinagem (Judas 4). Os argumentos do tipo, “quem casou Adão e Eva” demonstram o grau de má vontade e a disposição do coração de continuar na prática da fornicação, mesmo diante da resposta: “O caso de Adão e Eva não é nosso paradigma, a não ser que você tenha sido feito diretamente do barro por Deus e sua namorada tenha sido tirada de sua costela. Se não foi, então você deve se sujeitar ao paradigma que Deus estabeleceu para toda a raça humana, para os descendentes de Adão e Eva, que é contrair matrimônio, casar-se, um compromisso público diante das autoridades civis”.
Os demais argumentos – “é melhor que os namorados cristãos tenham sexo responsável entre si do que procurar prostitutas, etc.” nem merecem resposta. O que falta realmente é domínio próprio, castidade, submissão à vontade de Deus, amor à santificação.
Chegamos ao ponto em que os rapazes e as moças cristãos têm vergonha de dizer, até mesmo em reuniões de mocidade e de adolescentes, que são virgens.
Tenho compaixão dos jovens e adolescentes de nossas igrejas. Mas sinto uma santa ira contra os libertinos, que pervertem a graça de Deus, pessoas ímpias, que desviam nossa juventude para este caminho. “A vingança pertence ao Senhor” (Rom 12.19).

Pacto involuntário?




GIRAFA4


Por Norma Braga
Para você que ficou com medo da brincadeira da girafa no Facebook, uma palavra amiga.
Também participei desse “viral” no Facebook, que era uma charada. Quem errasse a resposta tinha que colocar no perfil a foto de uma girafa e compartilhar a seguinte mensagem:
Eu mudei meu perfil para uma girafa. Tentei responder um pequeno enigma e errei. Quer experimentar o desafio da girafa? Funciona assim. Eu te dou uma charada. Se você acertar você mantém a sua foto do perfil. Se errar você troca a sua foto do perfil por uma girafa pelos próximos 3 dias. ME MANDA UMA MENSAGEM PRIVADA para que outras pessoas não vejam a resposta. Eis a charada: São 3 horas da manhã, a campainha toca e você acorda. Visitantes inesperados, seus pais que vieram para o café da manhã. Você tem geleia de morango, mel, vinho, pão e queijo. Qual é a primeira coisa que você abre? Lembre-se… mensagem privada só pra mim.
Enquanto todo mundo pensava que seria “a porta”, a resposta correta era: os olhos. Achei aquilo hilariante: de uma hora para a outra, um Facebook cheio de girafas de todos os tipos.
Mas nem todo mundo achou tão engraçado. Dois dias depois, li um texto que argumentava ser a charada da girafa uma armadilha espiritual, um pacto involuntário com o demônio.
Pacto involuntário com o demônio? A expressão me remeteu a meus antigos tempos de esotérica. O esoterismo está cheio de involuntariedades. O simples fato de tocar sem querer em uma pessoa deprê pode levar você à depressão também… Milhões de regras ocupam a mente do esotérico, com cara de “informações importantes”. É o caso das regras enunciadas na história da girafa – que são, essas sim, uma armadilha diabólica. Vamos ver ponto por ponto?
Ideia:
“Existem pactos involuntários com o diabo, ou seja, coisas que eu faço sem querer e que à primeira vista são inofensivas, mas comprometem minha vida espiritual.”
O que o diabo quer que você pense:
“Preciso conhecer e observar todas as regras espirituais para não comprometer minha vida com Deus! Preciso criar uma lista gigantesca dessas regras. Preciso estudar satanismo para entender como isso funciona.”
Minha resposta:
Enquanto você fica preocupado com essas regrinhas – que não fazem bem nem mal objetivos a ninguém -, Satanás desvia sua atenção do que realmente importa. Você precisa estudar a Bíblia, e não o satanismo, e nem pode ficar dependente de um líder espiritual para entender o que é o pecado e qual é a vontade de Deus. A Bíblia precisa ser seu norte. Segundo a Bíblia, o pecado original não foi involuntário, mas Adão e Eva pecaram voluntariamente porque foram seduzidos pela ideia de ser iguais a Deus. Isso trouxe consequências morais sérias: inimizade, males e morte. Você não peca com ações tão inofensivas quanto uma foto de Facebook, mas sim desobedecendo diretamente as leis de Deus. O diabo atua na sua vida com base na sua decisão de continuar desobedecendo a Deus, não com base em atos aleatórios.
Ideia:
“Quando o cristão troca sua foto pela imagem de uma girafa, está trocando sua identidade espiritual e promovendo uma abertura para opressão e possessão demoníaca.”
O que o diabo quer que você pense:
“Uau, como eu sou poderoso. Eu movo as forças espirituais com um clique. Se ao trocar uma simples foto de Facebook eu dou abertura para o diabo, então eu tenho poder espiritual para dar abertura a Deus também. É só descobrir como fazer.”
Minha resposta:
Você não tem esse poder. Satanás está tentando você a querer aprender a lidar com coisas espirituais como se fosse Deus, apenas mexendo no botão de um computador. Trocar uma foto no Facebook é só isso mesmo, trocar uma foto no Facebook. Quando você cria uma correspondência entre ações simples e um “mover espiritual”, não está pensando biblicamente, mas sim adotando o ponto de vista de um mago, alguém que se vê como espiritualmente poderoso. É na magia que as pessoas acreditam “mover o mundo espiritual” manipulando objetos que “representam” outras coisas. Isso não é bíblico e nenhum filho ou filha de Deus, nas Escrituras, age de acordo com o pensamento mágico, mas sabe que somente Deus tem poder espiritual direto, e que até Satanás só age se Deus permitir.
Ideia:
“A girafa é símbolo de sensualidade.”
O que o diabo quer que você pense:
“Todas as coisas deste mundo devem ser encaradas primeiramente em seu significado simbólico.”
Minha resposta:
Uma girafa é uma girafa: um animal que Deus criou. Os simbolismos existem, mas não podem ser confundidos com a própria realidade. Se a imagem da girafa vai significar alguma coisa além de uma girafa, esse significado se dá na mente das pessoas e não tem consequências drásticas. Quando sua mente é treinada para ver símbolos em tudo, você se afasta da realidade e vive em um mundo imaginário em sua cabeça – um mundo que o diabo vai poder manipular à vontade, controlando você.
Afastando-se do pensamento mágico
O que acontece quando nos convertemos a Deus? A Bíblia nos diz que o fruto do Espírito é: amor, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, esperança (Gl 5.22). Você quer desenvolver o fruto do Espírito? Então leia a Palavra, conheça a vontade de Deus para sua vida e trate de seus reais pecados – essa é a verdadeira santificação. Ninguém se torna uma pessoa mais amorosa, paciente, benigna etc. se deixar de participar de joguinhos bobos no Facebook. O objetivo da santificação é que nos tornemos semelhantes a Cristo. Como alguém se tornará semelhante a Cristo seguindo regras exteriores? O diabo está tirando a sua paz, fazendo com que você acredite que deve decorar um monte de regras para alcançar uma espiritualidade sadia; mas o resultado é que você vive o tempo todo preocupado com coisas sem importância (como o jogo da girafa no Facebook) e esquecendo que é Deus que nos purifica, por Sua graça, nos transforma para cumprirmos seu mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Cristo nos chama para descansar Nele.
Na cosmovisão cristã não existem pactos involuntários. Aliás, em lugar nenhum, já que a natureza de todo pacto (trato, acordo) é necessariamente voluntária. A crença em pactos involuntários é uma concessão ao pensamento mágico, típico das religiões esotéricas. Se seus atos involuntários tivessem algum poder espiritual, você estaria perdido, sua salvação seria impossível. Se por meio do sacrifício de Jesus Cristo DEUS efetuou essa salvação em você, não é um ato involuntário que vai invalidar o que Deus fez. Um ato involuntário do homem não pode ser mais forte que um ato voluntário de Deus. Oro agora para que você se arrependa dessas crenças antibíblicas e solidifique NA BÍBLIA sua cosmovisão. Que Deus o abençoe.
Mais sobre esoterismo e pensamento mágico:

OS PERIGOS NO MAU USO DA DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO



Destino[2]
Por Fabio Campos
Há uma vanglória por parte de alguns a despeito da “Doutrina da Predestinação” muito perigosa e nociva à mensagem das “Boas-Novas” em Cristo, O Salvador. Alguns pregadores focam na “eleição”, mas esquecem da “justificação”. A doutrina da predestinação é bíblica, e seu tema encontra-se com contundência em várias passagens das Escrituras sem precisar de muito esforço exegético para o entendimento (At 4.28; Rm 8.29,30; 9.11-13; Ef 1.4-6).
A questão é como pregar e expor estes textos. Precisamos ter discernimento! Não sabemos quem são os “escolhidos” de Deus, e sem a justificação das boas novas, a reprovação fará o ouvinte olhar para si ao invés de olhar para o Salvador. Charles Spurgeon na sua refutação contra o hipercalvinismo disse:
“Sou calvinista, gosto do que alguém chamou ‘calvinismo glorioso’, mas ‘hiperismo’ é quente demais para o meu paladar” [1].
A doutrina da predestinação é o baluarte do crente em meio a dificuldades e tentações, lembrando-o constantemente que sua salvação pertence a Cristo que o escolheu e não na da força de seu braço. Este é o contexto que ela deve ser apresentada. Não há como pregar o evangelho por meio da predestinação sem antes falar da graça de Deus disponível a todos os homens [sem entrar no mérito do chamado eficaz e o chamado externo]. Para alguns pregadores a proclamação do evangelho é unicamente o meio para juntar os eleitos de Deus. Uma pregação sem misericórdia e desprovida da graça de salvadora de Deus-Pai.
Precisamos ter outra abordagem para com os de fora. A ministração com a pressuposição de que nossa pregação deve alcançar os “pecadores eleitos” se tornará tendenciosa conspirando aos nossos conceitos e estado de “humor”. Certa vez perguntaram para Spurgeon “como é possível oferecer aos pecadores uma salvação que Cristo não realizou a favor deles”? Iain Murray no seu livro “Spugeon versus hipercalvinismo”, conta que ele pôs de lado essa questão como sendo uma coisa que Deus não quis explicar. Para ele era suficiente saber que o próprio Cristo Se oferece a todos; que o evangelho é para “toda criatura”, que todos os que vierem a Ele serão salvos, e que todos o que rejeitarem estão sem escusa. Ele disse que uma proclamação universal da boa notícia, das boas novas, com uma garantia para toda criatura, está no cerne do seu entendimento das Escrituras. Em acréscimo à argumentação bíblica segundo a qual os convites do evangelho não devem limitar-se aos que possuem certas experiências, Surpegeon adicionou o argumento de que tal limitação está sujeita a confundir almas necessitadas e a pô-las em perigo com uma forma de legalismo.
Spurgeon disse que os homens mais penitentes são os que se consideram os mais impenitentes. Uma exposição da predestinação sem a justificação para os incrédulos é joga-los no inferno com a probabilidade de que Deus já tenha reservado uma morada no céu a eles. O príncipe dos pregadores prossegue neste argumento:
“Se começássemos a pregar aos pecadores que eles precisam ter certo senso de pecado e certa medida de convicção, esse ensino faria com que o pecador fugisse de Deus em Cristo para si mesmo. O homem começaria logo a indagar: ‘Teria eu coração partido, estaria abatido’? Essa é apenas outra forma da pessoa olhar para si mesma. O homem não deve examinar a si mesmo para encontrar motivos para a graça de Deus” [2]
A capacidade de crer pertence unicamente aos eleitos por revelação do Espírito de Deus, e isto tem um tempo determinado; “há tempo para todo proposito debaixo do sol”. Por isso, o pregador que quer chamar seus ouvintes ao imediato arrependimento e fé, tendo isto por base para saber se o mesmo é um predestinado ou não, estará negando tanto a depravação humana como a Soberania de Deus. Um erro grave possa ser cometido neste contexto: “Predestinar um Judas Iscariotes e reprovar um ladrão arrependido nos últimos minutos de sua vida”.
A respeito da soberania de Deus e da responsabilidade humana, Spurgeon, introduziu seu assunto com estas palavras:
“O sistema da verdade não é uma linha reta, mas duas. Nenhum homem chegará a ter uma correta visão do evangelho enquanto não souber ver as duas linhas ao mesmo tempo… Ora, se eu declarasse que o homem é tão livre para agir que não há presidência nenhuma de Deus sobre suas ações, eu seria levado para muito perto do ateísmo; e se, por outro lado, eu declarasse que Deus governa de tal modo todas as coisas que o homem não é livre para ser responsável, eu seria levado direto para o antinomianismo ou para o fatalismo. Que Deus predestina e que o homem é responsável são duas coisas que poucos conseguem enxergar. Estas verdades são tidas como incongruentes e contraditórias; contudo não são. É defeito do nosso fraco julgamento… é minha tontice que me leva a imaginar que duas verdades podem, alguma vez, contradizer-se uma a outra”. [3]
A Soberania de Deus não contradiz o seu caráter. Os homens sem ao menos entender a “doutrina da predestinação” imaginam um Deus severo, zangado e feroz, muito facilmente levado à ira, mas não tão facilmente induzido ao amor. O puritano John Owen sempre aconselhava:
“Não enredemos o nosso espírito limitando a Sua graça… Somos aptos a pensar que estamos sempre dispostos a ter perdão, mas que Deus não Se dispõe a concedê-lo”. [4]
O reformador João Calvino, nas últimas edições das Institutas, mudou o seu tratamento da eleição para fazê-lo seguir-se ao ensino da justificação. Ele dizia que quando a eleição é consequentemente introduzida como preliminar em relação a fazer ouvir o evangelho, inevitavelmente será como se fosse designada para limitar ou obstruir a salvação dos homens e das mulheres.
Inain Murray no mesmo livro disse “a conclusão final só pode ser que quando o calvinismo deixa ser evangelístico, quando se torna mais preocupado com a teoria do que com a salvação dos homens e das mulheres, quando a aceitação de doutrinas parece tornar-se mais importante do que a aceitação de Cristo, ele passa a ser, então, um sistema falido e invariavelmente vai perdendo seu poder de atração” [5]
Precisamos chorar pelos perdidos ao invés de ostentar nossa eleição a eles. O sentimento de Cristo a vista de Jerusalém, o de Paulo para com os seus compatriotas e o de Moisés para com o seu povo, este choro e lamento, por aqueles que vão rejeitando a graça rumo ao inferno. A doutrina da predestinação é bíblica e uma segurança para o crente; mas quando contemplamos pessoas que amamos fora do aprisco do “Bom Pastor”, o desespero bate em nossa porta. Isso é um bom sinal! Do contrário seria preocupante.
Que Deus nos dê graça para sermos mais prudentes ao expor essa doutrina tão preciosa dada a nós. Não sejamos inconsequentes ostentando “o saber” atribulando aqueles que ainda não foram iluminados no seu entendimento a respeito da sua salvação.
Fica a frase do reformador inglês John Bradford para o nosso aprendizado:
“Que o homem vá primeiro à escola secundária da fé e do arrependimento, antes de ir à universidade da eleição e da predestinação” [6].
Soli Deo Gloria!

Ministério Público denuncia oração de Silas Malafaia por Lindbergh Farias



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A participação do senador Lindbergh Farias no culto do pastor Silas Malafaia rendeu críticas de outros políticos e agora um processo. O Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro está denunciando os dois por “propaganda eleitoral antecipada”.
Lindbergh é candidato do PT ao governo do Rio de Janeiro, e por este motivo sua participação no culto do dia 23 de outubro da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo foi interpretada como um apoio político.
No vídeo postado pelo jornalista Lauro Jardim, na coluna Radar On-line, o pastor Silas Malafaia interrompe o culto e chama o senador para fazer uma oração por ele e por sua família. Em nenhum momento o pastor menciona que Lindbergh é candidato ao governo e ainda diz que os evangélicos são livres para votar em quem quiser.
“Nós oramos pelas autoridades, não importa quem seja”, disse ele fazendo uma piada de orar até mesmo por Sérgio Cabral, atual governador do Rio, desafeto de Malafaia.
O pastor evangélico também falou aos seus fiéis que o senador petista o defendeu diante dos ativistas gays que o acusavam de “homofobia”. “Tirando Magno Malta somente o senador Lindbergh Farias subiu na tribuna em minha defesa”, lembrou.
Mas antes de iniciar a oração Malafaia disse: “Quem sabe não estou orando pelo futuro governador”, disse o líder religioso fazendo os fiéis darem risada.

O MAIS PIEDOSO HOMEM SERIA O MAIS MALIGNO “DEUS”

Por Fabio Campos
Uma proposta nos é apresentada todos os dias: “Coma do fruto e sereis como Deus”. A soberba que antecede a queda nos faz tomar o lugar de Deus e julgar de acordo com a nossa justiça. Muitos travestidos de piedade, mesmo que há aparente louvor na sua ira contra o mal, por não se examinarem, não conseguem produzir a justiça de Deus. Onde quero chegar? Creio sim que Deus ama o pecador!

Muitos samaritanos são consumidos pelo fogo do céu “determinado” por alguns de nós. Não tem problema, são os “reprovados” desde antes da fundação do mundo. Esse é o “deus” que seríamos porém o Verdadeiro e Único é bem diferente disso: “Mas Jesus, voltando-se, os repreendeu, dizendo: "Vocês não sabem de que espécie de espírito são, pois o Filho do homem não veio para destruir a vida dos homens, mas para salvá-los" (Lc 9.55).

Deus é um Pai que deve ser seguido como exemplo. Aliás, o mandamento é, “Sedes vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mt 5.48). Mas qual o contexto dito aqui pelo Senhor Jesus? O que precisamos para alcançar esta perfeição dita no imperativo? O contexto trata do “amor ao próximo”. Muito mais que isso! Trata do amor aos inimigos (Mt 5.43). A justiça do homem caído não tem prazer em amar os inimigos e orar pelos os que o perseguem. Já Deus prova o seu amor para com o pecador que fez nascer o sol sobre maus e bons, e fez descer chuva sobre os justos e injustos. Isso não é amor? Seria um paradoxo o Senhor pedir para amar nossos inimigos sendo que Ele os odeia.

Nosso Deus não o homem que diz: “Faça o que mando, mas não faça o que eu faço”. Nada disso! Pelo contrário, sua orientação tem o parâmetro Nele mesmo. Ame o pecador: “Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão? Até os publicanos fazem isso! E se vocês saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso! Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês". (Mt 5.46-48 NVI).

Não podemos usar dos salmos precatórios para amaldiçoar ou demandar fogo dos céus contra os inimigos. O que seria de Paulo se João não tivesse apreendido a lição com o Mestre? Mesmo que o pecador seja lançado no inferno Deus em nenhum momento deixou de ama-lo, pois seu amor não é manifesto em não jogar as pessoas no inferno, mas em dar o seu único Filho para que os que Nele crer, não vá para lá. Deus é amor (1 Jo 4.8) e não pode negar a si mesmo. Isso explica o porquê Jesus amou Judas até o fim mesmo sendo ele o filho da perdição (Jo 13.1). Negar o amor ao pecador é negar um atributo de Deus e torna-lo mutável. Ele não muda (Ml 3.6) e assim é ontem, hoje e sempre será. Ainda que o pecador não atenda o chamado de Deus, o ato de convencer [mesmo que continue na dureza do seu coração] pela ministração por meio dos arautos demonstra o seu amor para com todos (Sl 25.8).

Por nós amados, já teríamos jogado a muitos no inferno que hoje estão em Cristo. Somos bons até o momento que precisamos exercitar os frutos do Espírito. O Senhor é Deus e não homem (Os 11.9). O homem é ruim (Rm 3.10-12; Mt 7.11), inclinado para o mau desde de sua infância (Gn 6.5; Sl 51.5). Deus é bom e sua misericórdia dura para sempre. Quem não entendia muito bem como Jesus poderia ser amigo de pecadores eram os fariseus legalistas (Mt 11.19; Lc 7.39; 19.7). Lógico que todos se arrependiam e o seguia. Mas Ele foi criticado por ter andando com eles [pecadores].

Deus é Deus e está no trono da Graça. Não podemos tirar o poder de amar de suas mãos e distribuir conforme nossas convicções teológicas. Convido você a ler Mt 5.43-48 sem as pressuposições dos pregadores [os quais muitos os admiro, mas não concordo com sua ideia] de que Deus odeio o pecador assim como o pecado.

A ira do homem não produz a justiça de Deus (Tg 1.20). A história de Jonas tipifica muito bem a justiça do homem e a justiça de Deus. Jonas um grande profeta foi repreendido por tratar os ninivitas como pecadores odiados; pois é, odiados pelos israelitas, mas amados por Deus. Logo quem somos para falar do assunto com tanta “propriedade”? Nisto confirma que o amor de Deus transcende toda teologia, pois como entender isso?

“De fato, no devido tempo, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios.

Dificilmente haverá alguém que morra por um justo; pelo homem bom talvez alguém tenha coragem de morrer. Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores”. - Romanos 5. 6-8 NVI

Pense nisso!

Deus não resgata ninguém para descartar

Ovelha1

Por Maurício Zágari
O Senhor não resgata ninguém para descartar depois. Se ele resgata é para tornar aquele indivíduo alguém útil e produtivo, um servo ativo na obra de Deus e plenamente capacitado e aprovado para atuar em prol do reino dos céus. É um absurdo achar que Jesus busca a ovelha perdida para fazer dela um peso morto, inútil. Esse é um pensamento antibíblico e, vamos concordar, impiedoso e maldoso. Mas hoje importa começar esta reflexão com palavras que não são minhas, mas de Jesus: “O Filho do homem veio para salvar o que se havia perdido. ‘O que acham vocês? Se alguém possui cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixará as noventa e nove nos montes, indo procurar a que se perdeu? E se conseguir encontrá-la, garanto-lhes que ele ficará mais contente com aquela ovelha do que com as noventa e nove que não se perderam’.” (Mt 18.11-13). No relato de Lucas, o Senhor emenda essa parábola com a da moeda perdida:“Qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e, perdendo uma delas, não acende uma candeia, varre a casa e procura atentamente, até encontrá-la? E quando a encontra, reúne suas amigas e vizinhas e diz: ‘Alegrem-se comigo, pois encontrei minha moeda perdida’. Eu lhes digo que, da mesma forma, há alegria na presença dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15.8-10). E, em seguida, Jesus fecha com chave de ouro, contando a famosa história do filho pródigo.

Creio que o conceito por trás desses ensinamentos está claro: se uma ovelha, alguém que se perdeu, um filho do Pai tropeça no meio do caminho, chafurda no pecado e é resgatado por Cristo, o nosso papel é exultar, festejar, juntar-nos a Deus e aos anjos na enorme alegria que representa o retorno dessa vida. Não consigo ver em nenhuma dessas passagens que nossa postura deva ser a de discriminar o arrependido que retornou – como fez o irmão mais velho do filho pródigo, alguém que, certamente, não compreendia o que significa amor nem graça.

Tendo dito isso, falemos sobre Jimmy Swaggart. Para as gerações mais novas, explico: ele é um evangelista que nos anos 1970 e 1980 lotava estádios por todo o mundo, tinha um ministério profícuo e famoso. Até que cometeu adultério. Pecou. Errou. O que fez foi feio. Horrível. Abominável. Nisso todos concordamos e não há espaço para discussão sobre a gravidade desse pecado (é possível até que seja tão grave como ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo e inveja, visto que sobre todos esses diz Gálatas 5.21 que “Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus”). Mas vamos adiante: consta que Swaggart se arrependeu, confessou e deixou sua transgressão. Diante disso, não sou o Espírito Santo para julgar o homem, simplesmente porque a Bíblia não me autoriza a isso. Se ele se arrependeu de fato, confessou e deixou, que autoridade tenho eu para condená-lo? Jesus o justificou e eu o condeno? Ai de mim se o fizer, como o Senhor mostra com apavorante clareza na parábola do credor incompassivo (Mt 18.21-35). Mas ninguém vinha dando muita atenção a isso por aqui pois, afinal, Swaggart deixou de estar presente na vida da Igreja brasileira há muitos e muitos anos.

Bem, até agora. A Sociedade Bíblica do Brasil lançou há algum tempo a “Bíblia de Estudo do Expositor – Jimmy Swaggart”, com comentários exclusivos escritos pelo próprio. Dei uma boa espiada no material e, acredite, é bastante bom. Uma ferramenta útil para o estudo das Escrituras, uma obra digna de ser lida por todo cristão interessado em compreender melhor a Palavra de Deus. Claro, não é perfeito. Mas – com exceção da Bíblia e de Jesus – existe algum livro ou ser humano na face da terra que seja?

Fiquei muito feliz quando tive contato com essa Bíblia de Estudo; aliás, duplamente feliz. Primeiro por ver um material do gênero à disposição da Igreja. E, segundo, por ver que não só o filho pródigo, Swaggart, tornou à casa do Pai, recebeu um anel no seu dedo, foi vestido de roupas novas e gerou alegria entre os anjos do céu, mas também porque ele ganhou a oportunidade de voltar a ser um membro produtivo do Corpo de Cristo – em prol da edificação do Corpo de Cristo. Bravo, palmas para Jesus, que cumpriu o milagre da justificação em mais uma alma que estava fora do aprisco, e palmas para o Espírito Santo, que convenceu a ovelha pedida do pecado, da justiça e do juízo. O Bom Pastor deixou as 99 ovelhas e foi atrás de Jimmy Swaggart. Consta que seu arrependimento foi sincero e Deus me livre de dizer que não foi, pois não compete a mim julgá-lo neste momento de sua vida. Os frutos até o momento não o condenam, pelo que me consta. E, vamos combinar: sendo eu este terrível pecador que sou, que moral tenho para lançar a primeira pedra?

No entanto, quando minha alegria ao ver essa dupla bênção aflorou, eis que baldes de água gelada foram lançados na minha cabeça. Pois foi só as pessoas tomarem conhecimento de que essa Bíblia de Estudo seria publicada e não demorou para alguns cristãos impiedosos se manifestarem, desmerecendo a obra, pelo fato de ser comentada pelo homem que um dia adulterou. Parece que preferiam que ele jamais voltasse a produzir nada para o reino. Perdoem-me, mas não consigo acreditar que seja isso o que o Senhor deseja: pelo meu entendimento bíblico, o perdão do pecado confessado e abandonado zera tudo: “O SENHOR é compassivo e misericordioso, mui paciente e cheio de amor. Não acusa sem cessar nem fica ressentido para sempre; não nos trata conforme os nossos pecados nem nos retribui conforme as nossas iniquidades. Pois como os céus se elevam acima da terra, assim é grande o seu amor para com os que o temem; e como o Oriente está longe do Ocidente, assim ele afasta para longe de nós as nossas transgressões” (Sl 103.8-12). Isso, claro, é como Deus vê e faz. Mas para cristãos impiedosos não é assim: o cumprimento da sua justiça humana exige que se enterre aquele que Jesus desenterrou e que ele se torne inútil para a obra do Senhor. A justiça da cruz some nessa hora. Vale é a justiça do degredo ou, no mínimo, a do desmerecimento eterno.

É a filosofia do “não o resgate, mate. Mas, já que vai resgatar, pelo menos o esconda em algum porão. E, se não der, desmereça tudo o que ele vier a fazer…”.

Eu não deveria mais me espantar com isso. Afinal, já vi a impiedade se manifestar no seio da Igreja muitas e muitas vezes e de muitas e muitas maneiras. Não em poucas ocasiões testemunhei o apedrejamento de cristãos arrependidos de seus pecados por grupos que consideram seus próprios pecados menos graves do que os dos outros. Pior: vi gente que prossegue sem arrepender-se de suas iniquidades não confessadas acusar e desmerecer coisas feitas por iníquos que se arrependeram, confessaram e deixaram o pecado. O que não é novidade nenhuma, Jesus mesmo falou sobre isso (atente para o negrito):

“Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (Lc 18.9-14).

De tanto isso acontecer, eu não deveria mais me surpreender ao ver tantos cristãos justificados de seus pecados serem escorraçados por cristãos que não compreendem o alcance do perdão e da graça de Deus. Aliás, permita-me confessar o meu pecado: eu mesmo não entendia tempos atrás, encharcado de impiedade que eu era, até o dia em que as asas da graça divina se estenderam sobre minha vida e experimentei na pele e na alma o que é ser alvo da compaixão do Senhor. Então, de certo modo, entendo os impiedosos, pois já estive cego como eles estão. O que não quer dizer que eu não fique muito, mas muito triste com atitudes como essas.

É duro ver ovelhas que Jesus trouxe de volta ao aprisco se esforçando para fazer algo em prol da edificação da Igreja e observar o fruto do seu esforço ser desmerecido, desdenhado e boicotado por irmãos em Cristo. Gente que voa na jugular, sabotadores da redenção da cruz. Será que o pai do filho pródigo o recebeu de volta em casa para ele ficar sentado o dia inteiro, sem fazer nada? O fato de o filho pródigo ter saído dos trilhos por uma fase faz dele imprestável pelo resto da vida? O que Jesus diria sobre isso? Quando Pedro traiu Cristo (três vezes, lembremos) e Jesus o perdoou, o que o Mestre disse ao apóstolo? “Tudo bem, mas nem ouse fazer a obra de Deus, esconda-se num canto e nunca mais faça nada”. É isso? Ou ele manda o pecador arrependido apascentar as suas ovelhas? Pare. Preste atenção: Jesus manda o pecador que o traiu três vezes fazer nada menos do que pastorear as suas ovelhas, cuidar delas, guiá-las. Que lição para todos nós!

Sinto arder na minha pele a tristeza por ver homens impiedosos depreciarem todo o esforço de Swaggart em elaborar essa Bíblia de Estudo, em vez de se alegrarem por ele estar ativo na edificação do Corpo de Cristo. Que tipo de gente faz isso? Que tipo de gente faz caretas e comentários maldosos e maquiavélicos porque alguém que estava perdido foi encontrado e voltou a ser útil? Deveriam estar se alegrando junto com os anjos no céu, por Deus!

E note algo: em momento algum estou falando de concordar ou discordar da teologia que ele prega, de suas crenças soteriológicas ou do que for. Minha reflexão passa longe disso. Estou falando de pecado, arrependimento e perdão de um cristão, algo que perpassa absolutamente toda e qualquer divergência teológica ou doutrinária.

Uma verdade: infelizmente, fala-se muito mais sobre graça do que se exerce graça. É lindo teologizar sobre graça. Mas… pôr em prática? É para poucos. Pois muitos preferem se juntar não ao pai do filho pródigo, mas aos apedrejadores da mulher adúltera.

Peço a Deus que sejamos mais piedosos. Perdoadores. Graciosos. Amorosos. Menos ferinos na língua que fustiga os outros e mais amáveis ao aplicar o bálsamo sobre as feridas dos que se embrenharam pelo espinheiro do pecado mas foram resgatados pela maravilhosa graça.

Volto a dizer: não sou o Espírito Santo para dizer o que se passa no coração de Jimmy Swaggart. Se ele abandonou a prática do pecado eu não posso garantir. Mas quero crer que sim. E, até que me provem o contrário, o sangue de Cristo repousa sobre a vida daquele homem, tornando-o inculpável. E herdeiro do céu.

A ovelha foge do aprisco. O Senhor parte em seu resgate. Ele a traz de volta. Os anjos no céu fazem festa. O banquete é servido. O Pai se alegra. E depois? Depois muitos de nós pegamos aquela ovelha e a espancamos com socos, murros, pontapés e cusparadas. Que linda lição de cristianismo.

Obrigado, Senhor, pela graça. Obrigado, Senhor, pelo perdão. Obrigado, Senhor, pela restauração. E tem misericórdia de mim, pois não sou melhor do que ninguém. Ó Deus, sê propício a mim, pecador…

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício