sábado, 9 de novembro de 2013

Que tipo de igreja você quer?



emergente

Há tantos tipos de igrejas quanto de pastores. Se você estivesse a procura de uma para frequentar, sobre qual delas cairia a sua escolha? Quais seriam os critérios que você usaria para fazer a sua seleção? Tomei a liberdade de dividi-las em três grandes grupos, apenas para facilitar a sua visualização do “mercado religioso” nacional.
As do ‘grupo A’ são as que atraem por dois fortes apelos: bem-estar e espetáculo. Sob uma ênfase pragmática simples – os homens têm muitos problemas e queremos dar solução à todos eles – elas oferecem solução apropriada para cada caso, com rituais específicos em dias específicos, os quais, garantem eles, vão aplacar a ira dos espíritos malditos e desembaraçar as tramas infernais, tecidas inteligentemente para a destruição do matrimônio, da saúde e das finanças das pessoas. Dentro deste mesmo grupo, adeptas da teologia do bem-estar, também estão aquelas igrejas que capricham no cenário do espetáculo, oferecendo experiências muito semelhantes a qualquer uma das oferecidas pelos inúmeros teatros da broadway: euforia e doses maciças de endorfina. Nesse ambiente, a audiência grita, berra, pula, canta, mesmo sem saber o que está cantando, pois tudo o que se busca não é culto racional, o alvo é a sensação.
As do ‘grupo B’ são as que fascinam pelo misticismo. Visões, arrebatamentos de sentidos, quedas, risos, choros, açulamento emocional, e uma forte personalidade por trás de um microfone (ou sem ele), impondo autoridade pelo volume da voz e de afirmações sobre a presença de seres celestiais e infernais, em batalhas violentas entre o bem e o mal, que certamente imporiam a J. K. Rowling e seu personagem Harry Potter o lugar de figurantes. Igrejas deste grupo fazem muito sucesso num país cuja religiosidade foi formada em torno de ocas e senzalas.
Outro detalhe, digno de um parágrafo exclusivo, que une as igrejas do grupo ‘A’ e ‘B’, é o forte apelo financeiro por trás dos seus serviços. Para elas, dinheiro é artefato de culto, por isso, dedicam um tempo considerável construindo argumentos e mecanismos para arrancar o máximo dos seus adeptos, também fascinados com os lucros que a divindade poderá lhes dar dos seus ‘investimentos’. Em seus ambientes vende-se de tudo e seus pastores mais parecem com mascates do que com embaixadores.
Finalmente, as do ‘grupo C’, comprometidas com a reflexão sobre o texto sagrado, e totalmente desvinculadas da máxima romana de que o povo necessita de pão e circo, oferecem um ambiente mais devocional, cânticos contextualizados com a fé, e uma séria dedicação pastoral associada ao serviço e ao ensino. Tais igrejas, não comovem pelo espetáculo mas por sua seriedade e respeito aos seus membros. Elas também falam em dinheiro, dízimos e ofertas, não como artefatos de culto, mas como um instrumento de sustento da proclamação da verdade.
Que tipo de igreja você quer? É só escolher.

DEUS ME MOSTROU? DEUS ME FALOU? DEUS ME REVELOU? TEM CERTEZA?


Por Fabio Campos
Texto base: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”. (Ex 20.7 AFC)

Fico preocupado com alguns irmãos quando fazem o que vem na cabeça dizendo ser a vontade de Deus! É tanta “profecia”, “revelação” e “experiências sobrenaturais” que começo a duvidar se de fato sou um cristão genuíno – essas coisas não são corriqueiras a mim.

Não quero com isso limitar o poder de Deus nem tão pouco menosprezar as experiências verdadeiras que alguns irmãos tiveram. Até porque não sou “cessacionista” e acredito piamente nos dons espirituais e nos milagres que seguem os que creem. A questão é a forma que muitos têm usado o nome de Deus para seu próprio benefício. Quanta carnalidade escondida no excesso de “espiritualidade” ostentada a vista da plateia. Quando me deparo com alguém falando que foi ao terceiro céu, ou que viu anjo, ou se não, viu o próprio Jesus, logo me vem à mente – ou este irmão é muito “ungido”, ou ele é um tremendo de um “picareta” e não é irmão.

Há muita falta de temor por traz destas coisas. Gente que não conhece o Deus da Bíblia -, mas que fala em seu nome. Não é bom o zelo sem o conhecimento (Pv 19.2). Pior é jurar em nome de Deus ou por sua própria cabeça. Temos que ser honestos mesmo que nosso ministério não ganhe popularidade. Fomos chamados para ser fiel e não para ganhar ibope. Quantas pessoas correm atrás disso - “feiticeiros evangélicos” que não se contentam com o que está escrito. Nossa palavra deve ser sim, sim ou não, não -, passou disso - vem do maligno.

Paulo se fosse um charlatão faria um grande sucesso perante os gregos e judeus. Um homem que foi até o terceiro céu - viu coisas que nunca poderão ser compreendidas neste corpo mortal. Este mesmo Paulo não se beneficiou nem um pouco da visão que lhe foi dada. Pelo contrário! Preferiu não ir além do que está escrito (1 Co 4.6).

Quantas pessoas caindo em maldição por votarem precipitadamente. A Bíblia é clara, “guarda o pé, quando entrares na Casa de Deus; chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal”. Quantos irmãos pronunciam palavras diante de Deus, prometendo o que não vão cumprir - falando que Deus falou sem ter Ele falado. São como sinos que ressoam sem a afinação devida. O cristão é de poucas palavras, pois do muito falar, nascem às palavras néscias. Há mais esperança para o insensato do que para o homem que é precipitado no dizer (Pv 29.20).

Amados, a aplicação prática deste pequeno estudo é alertar que nem sempre Deus está quando seu nome é citado. Não importa quem seja – qualquer ensino, revelação e profecia que não se enquadrem com o ensino das Escrituras, imediatamente devem ser rejeitados e tratados em caráter de maldição. Até Paulo que foi ao terceiro céu, disse que caso mudasse sua doutrina da que foi transmitida por ele no começo do seu ministério, e mesmo que um anjo do céu endossasse tal ensino, deveria ser rejeitado e considerado como anátema (Gl 1.8).


É necessário no temor lembrar que Deus está no Céu e nós estamos na terra. Tomar o nome de Deus em vão é falar daquilo que não se conhece para receber se auto-promover, tomando para si a glória que pertence ao único Digno de louvor. Muito cuidado, pois o Senhor não dará por inocente aquele que tomar Seu Santo Nome em vão!

Cuidado com este evangelho esotérico pragmático apresentado em algumas igrejas ditas evangélicas. Nestes lugares há sempre um líder que recebe as visões e toda comunidade é coagida a acatar como sendo canônicas - imunes de julgamentos. Isso não tem respaldo bíblico! Tratam de pessoas carnais, manipuladoras e sem temor a Deus - que reivindicam uma “unção” dos “superes ungidos”; “e ai daquele que tocar no ungido do Senhor”. Quanto a estes, as Escrituras são claras. Ela é nossa maior autoridade pelo qual podemos confrontar qualquer um que se diz profeta, apóstolo, bispo, ou a quarta pessoa da trindade, mas que está fora do crivo escriturístico, pois está escrito: “Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal”. (Cl 2.18 ARA)

Pensemos duas vezes antes de falar “ah Deus me mostrou, Deus me falou ou Deus me revelou”. Que o Senhor nos ajude a sermos humildes o bastante a ficarmos apenas com as Escrituras e nada a ela acrescentar, pois este é o ensino:

“...aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro”. (1 Co 4.6 AFC)

Sola Scriptura!

Igreja Efeminada

 
Por Stephen Perks
Recentemente fui questionado se seria correto dizer que, na história do mundo, dinastias e civilizações inteiras de fato naufragaram na rocha da homossexualidade. Minha resposta foi que não deveríamos pôr as coisas desse modo. Claro, eu creio que a prática homossexual é imoral e proibida pela Lei de Deus. Todavia, em Romanos 1.21 – 32, Paulo põe dessa forma: deixaram de servir a Deus para servirem à criatura. Como uma consequência, Deus entregou-lhes às paixões impuras. Homossexualidade é julgamento de Deus sobre uma sociedade que abandonou a Deus e adora a criatura em vez do Criador. A apostasia espiritual é a rocha na qual as culturas, incluindo a nossa, foi fundada, e a homossexualidade é o julgamento de Deus sobre tal apostasia. Esta é a razão porque a homossexualidade era uma prática comum entre as antigas culturas pagãs; na verdade, é uma prática comum entre a maioria das culturas pagãs, incluindo a nossa crescente cultura neo-pagã. Em resumo, a ideia de que a tolerância da homossexualidade é um mal que conduzirá ao julgamento de Deus não é bíblica, pois coloca o carro na frente dos bois. É exatamente o contrário! A prevalência da homossexualidade em uma cultura é um sinal seguro de que Deus já tem executado ou está executando sua ira sobre a sociedade por sua apostasia. A causa deste julgamento não é a prática imoral da homossexualidade (apesar dos atos imorais homossexuais); mas sim, sua apostasia espiritual. A prevalência da homossexualidade é o efeito, não a causa da ira de Deus visitando aquela sociedade. E em uma sociedade cristã (ou talvez devesse dizer “pós-cristã”), isso significa, inevitavelmente, que a prevalência da homossexualidade na sociedade é julgamento de Deus sobre a igreja por sua apostasia, sua infidelidade para com Deus, porque o julgamento de Deus começa com a Casa de Deus (1Pe 4.17).
Esta, decerto, não é uma mensagem popular aos cristãos. É fácil levantar o dedo para os pecados e imoralidades grosseiros, mas a igreja está muito menos disposta a considerar seu papel nos males sociais que maculam nossa era. A apostasia espiritual que nos levou à presente condição começou na igreja, e grande parte do fracasso da sociedade moderna, que os cristãos corretamente lamentam pode, em alguma medida, ser atribuída a esta apostasia da igreja como a causa fundamental. E mesmo agora a igreja recusa-se a assumir sua responsabilidade para preservar a sociedade deste mal tão sério, tendo abdicado de seu papel profético como porta-voz de Deus para a Nação.
Claro, isto não quer dizer que não deveríamos desafiar o lobby gay e não trabalharmos para estabelecer uma moralidade bíblica em nossa sociedade. Nós devemos. Mas, também devemos escolher as prioridades corretas; e eu temo que a igreja tenha um diagnóstico equivocado destes problemas e tenha escolhido errado as suas prioridades. A Igreja sofre com o flagelo homossexual, tanto quando, e talvez mais, do que qualquer outro setor da sociedade (com exceção da mídia e do mundo do entretenimento). Para maior parte deste século, a igreja tem procurado um deus feminino para substituir o Deus da Bíblia. Nós tivemos ministros que ensinaram, agiram e pregaram como mulheres há muitos anos. O Ministério Pastoral de nossa geração é, no geral, caracterizado pela feminilização. O crescente número de homossexuais no ministério é, penso, simultaneamente uma causa e efeito relacionados a isto e, ao mesmo tempo, uma manifestação do julgamento de Deus sobre a igreja. Muitas vezes, é claro, o julgamento funciona numa relação de causa e efeito, porque toda criação é obra de Deus; portanto, ela funcionada de acordo com Seu plano e vontade. A igreja tem se tornado completamente efeminada por causa de um clero efeminado. O Ministério hoje é dirigido primariamente por mulheres, e ministros têm começado a pensar e agir como mulheres, porque o Cristianismo tem se tornado naquilo que é chamado de “religião salva-vidas” – mulheres e crianças primeiros. E o mundo vê isso bem adequadamente.
Por exemplo, foi-me dito em mais de uma ocasião por pastores e presbíteros que, quando eles visitam os membros de suas igrejas, se porventura o homem da casa vem recebê-los à porta, frequentemente a primeira coisa que este homem diz é: vou buscar a esposa. Pastores e Presbíteros estão ali para mimar as mulheres e as crianças; ou então, como pensa o mundo, isto é simplesmente porque o ministério na igreja é frequentemente dirigido principalmente às mulheres e crianças, e não aos homens. Tenho observado o mesmo tipo de coisa em reuniões das igrejas. Se alguém levanta uma questão doutrinária ou mesmo assuntos sérios sobre a missão da igreja, o interesse é quase nulo. No entanto, frequentemente tem havido, e continua havendo, enormes problemas doutrinários e problemas relacionados ao entendimento da igreja de sua missão no mundo, incomodando essas igrejas; apesar disso, estas igrejas nem mesmo consideraram que isso merece discussões nas reuniões de liderança da igreja. Os líderes da Igreja falarão de maneira interminável sobre “relacionamentos” e afins, mas evitarão questões doutrinárias [como evitam] a praga porque estes assuntos são considerados causas de divisão e que dificultam os “relacionamentos”.
Agora, no fundo eu creio que isto é um sério problema criado pela feminização da liderança da igreja. A agenda da liderança, que é uma agenda masculina, foi substituída por uma agenda feminina, que é um desastre para liderança. A igreja tem abandonado o Deus das Escrituras pelo conforto de uma divindade do tipo feminino que não requer líderes eclesiásticos que exponham doutrinas bíblicas ou ajam com convicção de acordo coma Palavra de Deus (ambos são percebidos, muitas vezes com razão, como causador de divisão – Mt 10. 34ss); mas, em vez disso, exige líderes simplesmente para mãe de suas congregações de uma forma feminina. Isso, naturalmente, produz ministros efeminados e uma igreja efeminada. Mas, isto não é simplesmente uma causa e efeito impessoal relacionadas. Deus age através de causas secundárias em sua Criação para executar sua vontade. Um ministério efeminado e uma igreja efeminada são a resposta de Deus para a determinação de a igreja substituir o Deus da Escritura por um deus do sexo feminino; e esta cruzada contra o Deus da Bíblia tem sido em sua própria maneira, uma característica do evangelicalismo, como abertamente tem sido a característica do liberalismo que os evangélicos dizem abominar, mas ainda assim, estão dispostos a imitar.
Este não é um problema apenas agora na igreja, mas porque está na igreja, a sociedade em geral é agora feminizada e efeminada. Somos governados por mulheres e homens que pensam e agem como mulheres. Mas, as mulheres não fazem bons governos em geral. Em Margaret Thatcher tivemos uma situação inversa: uma mulher que pensava mais como um homem deve pensar, mas a exceção não anula a regra. Eu não estou discutindo um ponto político aqui, nem endossando qualquer posição [política]; até porque eu acredito que isto tudo é parte da situação em julgamento. O mundo está de cabeça para baixo, porque os homens viraram de cabeça para baixo por sua rebelião contra Deus. Jean-Marc Berthoud frisou bem este ponto em seu artigo “Humanism: Trust in Man – Ruin of the Nations”, o qual eu recomendo em relação a este tópico. Agora somos governados por mulheres e crianças (Is 3.4, 12)
Mas, a Liderança não é feminina. Líderes Efeminados não governam bem, seja o Estado, seja a Igreja. É vital que a Justiça seja temperada com Misericórdia. Mas alguém não pode temperar a Misericórdia com a Justiça. Quando a misericórdia é colocada antes da justiça, as sociedades sofrem colapsos nas situações idiotas que temos hoje, onde os criminosos são libertos e as pessoas inocentes são condenadas. Por exemplo, as punições infligidas aos motoristas por inadvertidamente dirigirem um pouco acima do limite da velocidade hoje, mesmo onde não há perigo envolvido, são muitas vezes mais graves do que os castigos infligidos aos ladrões. E hoje um pai pode ser punido por bater em um filho travesso – mesmo que tal castigo seja realizado num ambiente de amor e disciplina e não haja perigo para criança – mas ainda assim, alguém pode, com impunidade, assassinar os filhos ainda não nascidos. O Estado ainda paga por esses abortos, fornecendo-lhes o Sistema Único de Saúde.
Creio que isto é o resultado final da feminização de nossa cultura. Pensa-se, frequentemente, que a liderança feminina é mais compassiva, mais carinhosa. Isto é um mito que a ideologia feminista tem trabalhado nas percepções populares da realidade em nossa cultura. Pelo contrário, a cultura feminista é uma cultura violenta, uma cultura que produz o aborto e ao mesmo tempo exige que se extinga as coisas tipicamente masculinas. Uma situação mais perversa é difícil de se imaginar. Em última análise, o feminismo é, na prática, inerentemente violento, intrinsecamente instável, intrinsecamente perverso, inerentemente injusto, porque ele é todas essas coisas em princípio, a saber, a rejeição da ordem criada por Deus; e as consequências de um compromisso religioso sempre se desenvolverão na prática. O Feminismo está, agora, desenvolvendo as consequências práticas de sua visão religiosa da sociedade (e isto é sua religião).
As igrejas têm falhado em ver isso. Elas têm abraçado o feminismo vigorosamente, e como consequência, se tornaram uma importante avenida pela qual o Feminismo tem sido capaz de influenciar nossa cultura. O clero estava envolvido na feminização da fé e da igreja bem antes do Movimento Feminista tivesse se tornado consciente na percepção popular. E a feminização de nossa cultura é um dos principais motivos para sua anarquia e violência. Por exemplo, o resultado da feminização da sociedade tem sido a de que os homens perderam o seu papel em muitos aspectos. O feminismo tem definido homens em nada mais do que briguentos ou efeminados. Na perspectiva feminista, estas são as duas alternativas para os Homens, embora isso não possa ser entendido por muitas feministas; talvez normalmente não seja, porque o Feminismo é ingênuo e não opera com base na razão, mas na emoção; e estas coisas trazem-nos novamente ao problema da liderança e governos femininos. Emoções não lideram ou governam bem. Para as Feministas, os homens são governantes incapazes; as mulheres devem governar.
Agora nós temos o governo de mulheres e homens efeminados. O efeito de colocar as virtudes femininas no lugar das virtudes masculinas, e as virtudes masculinas no lugar das virtudes femininas tem sido a de subverter a ordem criada. Como resultado, a justiça é desprezada e a misericórdia é transformada e colocada em seu lugar. A Liderança é masculina, mas é preciso temperá-la com as virtudes feministas. Quando as virtudes feministas estão na liderança, as virtudes masculinas não podem funcionar; a masculinidade é feita desnecessária. Isto é um dos problemas mais sérios da nossa sociedade. O Feminismo tornou a liderança masculina na igreja e da nação obseleta e, agora, estamos colhendo as consequências espirituais e sociais disto. A Justiça é uma vítima! A misericórdia cessa de ser misericórdia e torna-se indulgência dos piores vícios. Violência, anarquia, desordem e uma sociedade disfuncional são o legado da Feminização de nossa Sociedade, porque neste sentido, nem as virtudes masculinas, nem as femininas podem desempenhar apropriadamente seu papel. O mundo é posto de ponta cabeça. Até mesmo as igrejas “crentes na Bíblia” são anestesiadas na sua apostasia em relação a este e muitos outros assuntos em nossa sociedade. Temos uma igreja efeminada, e uma sociedade efeminada e, portanto, a resposta de Deus tem sido um ministério cada vez mais homossexual e uma crescente sociedade homossexual. Este é o justo julgamento de Deus sobre nossa apostasia espiritual.
A resposta é o arrependimento, voltar-se para Deus e abandonar nosso caminho de rebelião contra a ordem divina da Criação. A igreja deve começar isto. O julgamento começa com a igreja (1Pe 4.17) e o arrependimento também. Eu não creio que resolveremos o problema homossexual até reconhecermos sua causa. É o julgamento de Deus sobre a apostasia da Nação. Liderando o caminho para esta apostasia estava a igreja.
O que tenho dito acima não significa minimizar a seriedade do problema homossexual, nem sua imoralidade. Mas devemos reconhecer isto como uma manifestação do julgamento de Deus, como Paulo tão claramente ensina em Romanos, capítulo um. A resposta está em combater as causas, enquanto não deixamos de fazer as outras coisas. O que eu disse aqui não significa promover uma diminuição da oposição cristã aos direitos homossexuais por qualquer meio; mas significa encorajar a uma maior leitura do problema, porque é nesta vasta leitura do problema que detectamos a causa e esperamos a solução para o problema.
Além disso, este assunto não um assunto isolado. É parte inseparável da re-paganização de nossa sociedade, uma tendência de que a igreja, em grande medida, não apenas tem tolerado, mas por vezes, estimulado, por sua percepção míope de fé e sua negação prática de sua relevância para toda a vida do homem, incluindo seus relacionamentos e responsabilidades. Enquanto a crítica é necessária e vital na tarefa profética da igreja de levar a Palavra de Deus para influenciar nossa sociedade, ela não é o bastante. Em vez disso, a igreja também deve jogar fora o seu próprio consentimento na prática do humanismo secular e praticar o pacto da vida da comunidade redimida no momento que ela tenha qualquer efeito sobre nossa cultura. Portanto, o julgamento continuará ininterruptamente até a igreja mais uma vez começar a viver para fora, bem como falando a palavra de vida para sociedade em sua volta. Somente então quando ela começar a manifestar o reino de Deus; e apenas quando a igreja começar a manifestar o reino de Deus novamente, nossa sociedade começará a ser liberta do julgamento de Deus.

O mundanismo prega graça falsificada!

Por Josemar Bessa

Acreditar na verdade bíblica da Soberania de Deus, na Graça soberana... aponta para o imperativo da santificação. O mundanismo em quem fala sobre a graça é sempre fruto da separação impossível da graça e da verdade, como se fossem coisas antagônicas. A manifestação da glória de Deus em sua perfeição em Cristo e em toda a Palavra mantém sempre estas duas coisas juntas: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” João 1:14

A nossa santidade foi planejada por Deus na eternidade: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente” - Tito 2:11-12 – É assim que a graça se manifesta. A graça de Deus se manifestou e isso sempre produz santidade. A “graça de Deus se manifestou” aponta, é uma referência a Cristo. Ele já veio e esse plano eterno mostra que a nossa santidade é fruto de planejamento eterno.

A linguagem junto com a eleição sempre é esta – aponta para a santidade, “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade” -Colossenses 3:12 – e qualquer ensino das Doutrinas da Graça que não apontem para isso, mas como uma liberdade para ser e viver como o homem natural, caracterizado pela sociedade que nos cerca, é uma grosseira falsificação da Verdade, o que não tem sido incomum nestes dias.

A santidade está enraizada no conselho eterno de Deus: “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho” - Romanos 8:29 – O propósito divino é mostrados na nossa conformidade a Cristo. Isto nada mais é que Santidade. A semelhança com Cristo é a santidade, e é de suma importância isso ficar claro para nós. Podemos ter inúmeras habilidade, conhecimento teológico, capacidade intelectual, habilidades na comunicação, mas se não há semelhança com Ele, não há santidade.

Como podemos saber que fomos eleitos, pergunta John Owen – A resposta sempre vem – Deus destinou que você seja santo? Ainda temos um combate com o pecado mesmo sendo homens regenerados, e sem a Graça nós falharíamos completamente neste combate, mas o plano eterno de Deus é o impulso e poder necessário e suficiente para o crescimento em santidade.

A imagem de Deus foi quebrada no homem quando este pecou – a obra eterna de Deus visa exatamente nos livrar de tudo que não é Cristo em nós, santificação! O propósito de Deus é que sejamos à imagem de Seu Filho, e a isto fomos eleitos e predestinados. Em Romanos, Paulo continua dizendo que NADA vai frustrar esse plano – Satanás?... Quem pode ficar no caminho de Deus? Quem pode destruir Seu propósito? Em seu poder Onipotente e Soberano Deus em seu plano restaura o universo para que ele reflita Cristo. Ele“desconstrói” os eleitos e reconstrói nosso caráter, vida... para sermos semelhantes a Cristo. Deus está determinado que você (se de fato é igreja de Cristo) vai ser transformado na mesma imagem de Cristo. Santidade nos eleitos de Deus não é uma ameaça, mas um motivo de alegria, adoração, humildade... porque a santidade foi comprada pela obra perfeita de Cristo para todos aqueles que Deus chamou eficazmente.

Precisamos ver que o papel de Cristo na santificação se estende para muito além da compra somente, a santidade foi adquirida por Cristo – não como um trabalho adicional, Justificação e Santificação estão ligadas entre si e inseparáveis. Minha santificação é tão comprada como qualquer outro aspecto da salvação. Podemos ficar tão focados no sangue de Cristo que perdoa, que perdemos de vista que ele também compra a nossa santificação e santidade. Não há nenhuma benção no Evangelho que vem de algo além de Cristo e este crucificado. Nós não recebemos nada ( e nem poderíamos ) que Ele não tenha comprado por sua obediência e expiação: “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão. Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão. Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.” - Hebreus 2:14-17

A morte de Cristo é uma realidade multifacetada, e isto é assim porque o pecado não é uma massa única e independente em nossos corações, mas o pecado é tecido multidimensionalmente em nossas vidas. A salvação no Sangue derramado na Cruz é uma perfeita expiação que corresponde a esse pecado. Estamos indo para sermos um dia totalmente santificados – o que significa que não haverá nenhum vestígio de pecado em nós – e esse processo poderoso e infalível em todos os que Deus elegeu, começa imediatamente no momento que o homem é regenerado: “que se entregou a si mesmo por nossos pecados a fim de nos resgatar desta presente era perversa, segundo a vontade de nosso Deus e Pai” Gálatas 1:4

Muitas vezes o entendimento das pessoas sobre a cruz é completamente superficial – temos que enxergar as múltiplas dimensões do pecado e entendermos claramente as múltiplas dimensões da obra feita na cruz: “Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença.” - Efésios 1:4

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade” -Colossenses 3:12